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slide de anatomia

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Anatomia da Madeira 
Profa. Marcela Gomes 
 
Outubro, 2018 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
Instituto de Ciências Agrárias 
Engenharia Florestal 
Tópicos abordados 
1) Estrutura macroscópica do lenho 
 
2) Crescimento da árvore 
 
3) Planos anatômicos de corte 
 
4) Estrutura anatômica do xilema 
1) Gimnospermas 
2) Angiospermas dicotiledôneas 
 
5) Características organolépticas da madeira 
 
6) Noções de microtécnica 
1) Maceração 
2) Montagem de lâminas 
 
7) Normas de descrição 
 
8) Princípios de identificação da madeira 
 
Bibliografia 
Apresentação 
 
Importância nas regiões tropicais 
Elevado número de espécies ainda pouco 
conhecidas 
 
 
 
 
 Identificar espécies madeireiras; 
 
Distinguir madeiras aparentemente idênticas; 
 
 Proporcionar subsídios aos órgãos de 
fiscalização para identificação das madeiras 
comercializadas e/ou ameaçadas de extinção; 
 
 Predizer utilizações adequadas, de acordo 
com as características; 
 
 Prever e compreender o comportamento da 
madeira no que diz respeito a sua utilização. 
Filogenia 
 
Madeira” 
 
Materia significa : matéria, madeira, tema, assunto 
 
Anatomia vem do grego anatomé 
 
 “cortar de alto a baixo” 
 
 
anatomikós, relativo a dissecar, cortar em pedaços 
 
 
Latino materia mater “mãe” 
 
 A anatomia é a ciência que estuda macro e 
microscopicamente a constituição e 
desenvolvimento de seres organizados. 
 
Anatomia da madeira 
 Ramo da botânica que estuda as 
células que compõem o xilema, bem como 
sua organização, função e relação com a 
atividade biológica do vegetal. 
O que é a madeira? 
 
Tecido condutor de água e sais minerais 
encontrado principalmente no caule e ramos 
de vegetais superiores 
 
Constitui-se de um sistema de microtubos 
dispostos vertical e horizontalmente por onde 
é feita a condução de líquidos. Na botânica é 
conhecido por xilema. 
 
O surgimento do xilema na natureza está 
relacionado a pressão ambiental sofrida 
pelos vegetais no sentido de desenvolver 
um tecido capaz de conduzir água das 
raízes até as folhas e também capaz de 
sustentar o vegetal; 
 
O xilema é um tecido estruturalmente 
complexo; 
 
Esse termo foi introduzido por Nageli (1851) e 
deriva do grego xylon, madeira. 
 Xilema 
 
 
 
 
Principal tecido condutor de água nas plantas vasculares 
 
Sais minerais 
Armazenar substâncias 
Sustentar vegetal 
 
 
Conjunto de células com forma e 
função diferenciadas 
Xilema 
 A madeira é um conjunto heterogêneo de 
diferentes tipos de células com 
propriedades específicas para 
desempenharem as seguintes funções 
vitais: 
 
- Condução de líquidos; 
- Transformação, armazenamento e 
transporte de substâncias nutritivas; 
- Sustentação do vegetal. 
Estudo anatômico de madeiras – Histórico 
 Antes do início dos estudos 
 
 
 
 
 
 
 
 Equivocada da constituição dos organismos vivos; 
 
 A própria célula ainda desconhecida. 
 
 
Tamanho das células era proporcional ao tamanho do 
indivíduo 
 
 
 
 Conceitos teóricos 
 
 Comprovações científicas 
 
 
Pesquisadores 
Novas metodologias 
Desenvolvimento de equipamentos que 
melhorar a capacidade de observação 
 
 
 
 
Marcelo Malpighi (1628-1694) – 
Anatomia Plantarum 1675.. 
Nehemiah Grew (1641-1712) The 
Anatomy of Plants, relata pela primeira 
vez a existência de vasos fibras e 
parênquima em madeira. 
Teofrasto (369-202 a.C.) - Descrição 
de seiva de plantas, tipos de madeira 
e respectivos usos 
 
 
 
 
Anton Van Leeuwenhoek (1632-1723) 
Desenvolveu um microscópio e analisou, 
madeira e casca, de Miristicáceas, em 
cortes nos planos transversal, tangencial e 
radial 
Augustin P. de Candolle, estabeleceu a 
diferenciação de madeira , baseada na 
presença e ausência de vasos, sistemas 
de classificação, empregando caracteres 
anatômicos da madeira. 
 
Samuel J. Record (1881-1945) 
 
Iniciou uma coleção de amostras de 
madeira que, até a data da sua morte 
compreendia mais de 40 mil espécimes, 
fato que a transformaria na primeira 
xiloteca do mundo. Também foi um dos 
fundadores da IAWA. 
 
 
 
 
Associação Internacional de 
Anatomistas da Madeira, reúne 
pesquisadores do mundo todo. 
Anatomia da madeira no Brasil 
 
 De acordo com Cortez (2003) – As primeiras publicações 
datam de 1926, com Arthur de Miranda Bastos. 
 
 -Tese intitulada Estudo sobre algumas madeiras da 
Amazônia, sob o ponto de vista da sua identificação e 
propriedades industrias. 
 
 Em 1933, José Aranha Pereira (agrônomo) da Secretaria de 
Agricultura de São Paulo – IPT. 
 
 - Publica o trabalho Contribuição para a identificação 
micrográfica das nossas madeiras. 
IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do 
Estado de São Paulo, em São Paulo 
Instituições no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém 
LPF – Laboratório de Produtos Florestais, em 
Brasília 
INPA – Instituto Nacional de Pesquisa da 
Amazônia, em Manaus. 
Divisões da anatomia 
 
 Normand (1950), divide anatomia em: 
 
 
Para que serve a anatomia da madeira? 
 
 Correlacionados às linhas de 
dendrocronologia, dendroclimatologia, 
climatologia, química e microbiologia. 
 
Atividade cambial; 
 
Formação dos anéis de crescimento; 
 
Variações climáticas de épocas passadas; 
 
Coloração em decorrência de deposição de 
tanino, resinas e carboidratos. 
O homem e a madeira 
 
O homem têm usado a madeira para as mais diversas 
finalidades desde tempos imemoriais. 
 
O homem e a madeira 
 
• De acordo com Fonseca et al (2005) 
 
A madeira foi uma das primeiras matérias-primas naturais 
usadas pelo homem; a sua abundância e múltiplas utilidades. 
 
Somadas ao conhecimento empírico de suas propriedades 
físicas e mecânicas, contribuíram para a popularização de seu 
emprego, pelas civilizações primitivas. 
Conclusão 
 
Estudar a constituição da madeira é importante passo no 
sentido da preservação dos recursos naturais. 
 
 Compreensão da evolução da vida vegetal; 
 Adoção de tecnologias que permitam usar este 
maravilhoso recurso da natureza sem esgotá-lo 
 
 
Introdução - Madeira vem das árvores 
 
 
 A madeira é um produto proveniente do 
tecido xilemático das árvores, especializado 
em sustentação e condução de seiva. 
 
 Uma planta é considerada lenhosa quando 
atinge, pelo menos, três metros de altura, 
apresenta geralmente, um único caule ou 
tronco e apresenta lenho secundário. 
 
 A madeira em tábuas pode ser extraída de 
árvores com altura superior a 6 metros de 
altura e 40 cm de diâmetro. 
Árvores podem ser divididas em três regiões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copa 
Caule 
Raízes 
ESTRUTURA MACROSCÓPICA 
DO TRONCO 
1 
Cerne 
Alburno 
Cerne 
Alburno 
Câmbio medula 
vaso 
Câmbio floema 
casca 
raio Cerne 
Alburno 
Camadas de uma árvore 
 
 
 Um caule de árvore, quando seccionado no sentido transversal, 
apresenta as seguintes estruturas: 
 
Casca- é o tecido queenvolve o tronco 
 
 
 Função protetora 
 Isolando a parte viva do caule da ação nociva do meio ambiente 
 
 
 
. 
 
Calor 
Predadores 
Camadas de uma árvore - Casca 
 
 É um tecido complexo, heterogêneo , composto por uma 
porção fisiologicamente ativa, próxima ao câmbio e uma 
porção protetora externa, formada por células mortas 
(ritidoma) 
 
 
Camadas de uma árvore - Floema 
 Floema: Situa-se próximo a casca 
 
 É uma fina camada de células 
 
 Condução de nutrientes nas plantas vasculares 
 
FUNÇÕES DA CASCA 
• Aspectos fisiológicos e ecológicos 
– Proteção mecânica, 
– Cicatrização 
– Proteção térmica 
– Proteção contra desidratação 
– Proteção contra intensidade luminosa 
 
Camadas de uma árvore - Casca 
 A casca em algumas espécies chega a medir considerável 
espessura (até mais de 20 cm em Sequoia sempervirens) 
e constitui-se de excelente proteção natural. 
 
 
 
APLICAÇÕES DA CASCA 
• Aspectos taxonômicos 
 - Identificação de espécies 
 
 
 
 
APLICAÇÕES DA CASCA 
• Aspectos econômicos 
• Cortiça – Quercus suber (sobreiro) 
 
 
APLICAÇÕES DA CASCA 
APLICAÇÕES DA CASCA 
• Cortiça – Brasil 
 
– Corticeira (Erythrina crista-galli) 
 
– Corticeira-do-campo (Pithecolobium incuriale Benth) 
 
– Barbatimão (Stryphnodendron barbatimão) 
 
– Araticum-do-campo (Anona coriacea) 
 
– Pau-santo (Kielmeyera coriacea) 
 
 
APLICAÇÕES DA CASCA 
Aspectos econômicos 
• Taninos: destacam-se: 
 
• Acácia Negra (Acacia mearnsii); 
• Quebracho (Schinopsis balansae); 
• Angico (Anadenantherae Piptadenia spp) 
• Barbatimão (Stryphnodendron adstringens) 
• Eucalyptus: astringens, wandoo, grandis, saligna e urophylla, 
dentre outras. 
 
 
APLICAÇÕES DA CASCA 
Aspectos econômicos 
• Látex; 
APLICAÇÕES DA CASCA 
Aspectos econômicos 
• Condimentos canela 
 
• Enchimento  adesivo 
 
• Energia 
 
• Ração 
 
• Fármacos – Salgueiro (Salix alba) 
 
CASCA EXTERNA 
• Textura externa da superfície  padrões característicos; 
 
 
tronco com periderme alada textura escamosa esfoliante 
CASCA EXTERNA 
textura lisa, variegada e esfoliante textura fissurada e presença de epífitas vasculares 
CASCA EXTERNA 
Periderme de textura rendilhada e esfoliante Periderme de textura escamosa e esfoliante 
CASCA EXTERNA 
periderme espessa tronco com cicatrizes foliares 
CASCA EXTERNA 
Tronco com lenticelas visíveis 
 
 
Camadas de uma árvore – Câmbio 
Constitui-se de uma camada 
delgada de células entre o 
floema e o xilema onde ocorre 
a divisão celular no tronco. 
 
O câmbio é o responsável pelo 
crescimento em diâmetro das 
árvores, originando as células 
do xilema e do floema. 
 
 São células amplamente vacuolizadas; 
 
 Localiza ‐se entre o xilema e o floema; 
 
Função: gerar novos elementos celulares; 
 
Somente visível ao microscópio; 
 
Permanece ativo durante toda a vida do vegetal; 
 
 É responsável pela formação dos tecidos secundários; 
 
 Sua atividade é sensivelmente afetada pelas condições 
climáticas 
Camadas de uma árvore – Medula 
Contém substâncias escuras não 
fibrosas 
Baixa densidade 
Armazenar substâncias nutritivas 
 
Seu papel é especialmente importante nas plantas mais jovens 
 
Participa na condução ascendente de líquidos 
 
Susceptível ao ataque de microorganismos xilófagos 
 
Tamanho, forma e cor muito variáveis. 
 
Camadas de uma árvore – Medula 
Camadas de uma árvore – Medula 
www.treedictionary.com 
Camadas de uma árvore – Cerne e Alburno 
 O caule de uma planta jovem é 
constituído inteiramente de células vivas 
ou funcionais, responsáveis pela 
condução da seiva bruta 
 
 Atividades vitais associadas com o 
armazenamento de substâncias nutritivas 
 Até essa fase da formação do vegetal diz-se que seu caule é 
constituído só de alburno.só de alburno. 
Camadas de uma árvore – Cerne e Alburno 
 A partir de determinado período de tempo, ocorre a 
morte do protoplasma das células centrais do caule, dando 
origem à formação do cerne. 
 Deste modo, as células da parte mais interna do 
alburno, com a perda da atividade fisiológica, vão se 
transformando em novas camadas de cerne. 
60 
Camadas de uma árvore – Cerne e Alburno 
 A transformação do alburno em cerne é 
acompanhada formação de várias substâncias 
orgânicas conhecidas por extrativos. 
 Em algumas angiospermas pode ocorrer a 
formação de tilose (ou tilos) nos vasos. 
61 
Camadas de uma árvore – Cerne e Alburno 
 Alburno: Lenho que, nas árvores vivas, 
contém células “vivas” e materiais de 
reserva. 
 
 Cerne: As partes interiores da madeira ou 
lenho que nas plantas em crescimento 
cessaram de conduzir seiva e que não 
contém células vivas nem materiais de 
reserva, os quais foram removidos ou 
transformados em substâncias cernificantes, 
geralmente de cor mais escura que o alburno 
Fonte: GLÓRIA & GUERREiRO, 2003 
62 
Camadas de uma árvore – Cerne e Alburno 
A proporção de cerne e alburno varia 
dentro da própria árvore, além de outros 
fatores, depende da espécie, idade, sítio, 
solo e clima. 
As principais diferenças entre o cerne e 
o alburno são: 
- O cerne apresenta cor mais escura; 
- O cerne apresenta menor teor de 
umidade; 
- O cerne é mais resistente e mais 
impermeável. 
Fonte: GLÓRIA & GUERREiRO, 2003 
Camadas de uma árvore – Cerne e Alburno 
 Cerne: 
• Mais extrativos 
• Menor permeabilidade (tilose nas folhosas) 
• Maior dificuldade de impregnação 
Camadas de uma árvore – Cerne e Alburno 
Cerne apresenta durabilidade natural mais alta e 
massa específica ligeiramente superior. 
Este último fato torna as propriedades mecânicas 
do cerne um tanto superior às do alburno. 
 
Crescer e Desenvolver 
Resultado de um longo processo evolutivo 
 
 
Desenvolvimento de dois mecanismos que possibilitaram 
as plantas aumentar a sua altura e aumentar o diâmetro 
do caule 
 
Crescer X Desenvolver 
 
 
 
 
Crescer e desenvolver são processos diferentes 
 
Crescer está relacionado a características quantitativas: 
 
 Ganho de peso 
 Incremento em altura ou volume 
 Aumento do número de células. 
 
Desenvolver-se relaciona-se à diferenciação 
 
 Estrutura e morfogênese 
 
Ordem sequencial, em que cada somente ocorre após o 
término de uma fase precedente 
Altura: meristema apical (ápice do tronco e galhos) 
 
 Diâmetro: meristema cambial (produz casca e madeira) 
 
Crescimento da Árvore 
 O crescimento das árvores é devido à presença de 
tecidos designados meristemas (do grego meristos = 
divisível), dotados de capacidade de produzir novas 
células. 
 
Crescimento Apical (Crescimento primário) 
GLÓRIA & GUERREiRO 
- Seta grossa: gema apical 
- Seta fina: gemas auxiliares 
 
 O meristema apical, que é o 
responsável pelo crescimento em 
altura, representa uma porção 
ínfima da árvore e localiza-se no 
ápice do tronco e ramos. 
Crescimento Apical 
A – Promeristema 
B – Medula 
C – Câmbio 
 
PANSHING & ZEEUW 
 Por meio de sucessivasdivisões celulares, novas 
células são acrescentadas 
para baixo, enquanto o 
tecido meristemático vai 
sendo deslocado para 
cima. 
 O crescimento em diâmetro deve-se ao 
meristema cambial, tecido constituído por uma 
camada de célula que se localiza entre o floema 
(casca interna) e o alburno. 
 
 Essas células amadurecem e se transformarem 
diretamente em xilema ou floema, ao se dividirem 
em novas células que se diferenciam nos vários 
constituintes da madeira. 
Crescimento do Caule em Diâmetro 
As células que constituem o 
câmbio são denominadas 
iniciais cambiais e são de dois 
tipos: as iniciais fusiformes e as 
iniciais radiais. 
 
As primeiras são alongadas e 
as segundas são ligeiramente 
arredondadas 
Crescimento do Caule em Diâmetro 
Iniciais fusiformes 
Iniciais radiais 
Fonte: ESAU 
As iniciais fusiformes 
são responsáveis pela 
formação de todo 
sistema axial do caule 
(fibras, traqueídeos, 
parênquima axial e 
elementos de vasos) 
 
Iniciais radiais originam 
o sistema radial (raios). 
Crescimento do Caule em Diâmetro 
 O crescimento em diâmetro do caule é realizado 
graças às iniciais fusiformes que se dividem 
tangencialmente em duas células: 
 
Uma delas permanece meristemática como a cambial 
inicial e a outra cresce, se divide uma ou mais vezes 
diferenciando-se em célula madura do floema ou xilema. 
Crescimento do Caule em Diâmetro 
Divisão das Células Cambiais 
c – Célula Mãe 
X – Célula Madura de Xilema 
X1 (a , a1 , b , b1) , X2 (a , b) – Célula Mãe de Xilema e seus derivados 
P e P1 – Células Mãe de Floema 
 
PANSHING & ZEEUW 
 A espessura do xilema é muito superior à do floema, 
devido as iniciais cambiais produzirem maior numero de 
células de xilema do que de floema. 
 
 Após um período de, aproximadamente, um ano, o 
floema perde sua atividade, deslocando-se para o 
exterior; constitui, assim a casca externa que se 
descama periodicamente. 
 
Crescimento do Caule em Diâmetro 
Crescimento da árvore 
 Os meristemas são altamente 
influenciados por condições climáticas, 
fato que origina a formação dos anéis 
de crescimento. 
Fonte: www.microscopy-uk.net 
Plano Transversal de Tronco de Pinus 
Desenvolvimento de Novas Células no Câmbio 
Inicial do 
câmbio 
Inicial câmbio 
Nova célula 
do xilema 
Crescimento 
Nova célula 
floema 
Inicial 
Célula xilema 
Célula floema 
Inicial 
Xilema jovem 
Xilema maduro 
Raio 
Z
o
n
a
 c
a
m
b
ia
l 
Vaso 
Xilema 
80 
Crescimento do Caule em Diâmetro 
Câmbio (divisão periclinal) 
a – a’ – Divisão periclinal de uma inicial fusiforme originando uma 
derivada xilemática 
b – b’ – Divisão periclinal de uma inicial fusiforme originando 
uma derivada floemática 
i= inicial 
 
Fonte: Glória & Guerreiro, 2003 
Câmbio (divisão anticlinal) 
a – a’ – Divisão anticlinal radial originando 
duas células de igual tamanho e dispostas 
lado a lado 
 
Fonte: Glória & Guerreiro, 2003 
Câmbio (divisão anticlinal) 
 Seções transversais do caule de cedro. A – Câmbio; parede anticlinal sendo 
formada (seta). B – Detalhe. 
 
 
 
Fonte: Glória & Guerreiro, 2003 
 
A B 
Câmbio (divisão anticlinal) 
 As células divisórias num plano radial (anticlinal) 
podem ser: 
- retas, originando uma estrutura organizada dos 
elementos celulares axiais e denominada estrutura 
estratificada; 
- Inclinadas, dando origem a uma estrutura sem 
organização especial desses elementos. 
Jacarandá da Bahia Ipê amarelo 
Estruturas estratificadas 
Estrutura não estratificada 
Fonte: Glória & Guerreiro, 2003 
Estrutura estratificada 
Millettia stuhlmannii Taub. (Panga panga) 
 
http://delta-intkey.com 
Anéis de Crescimento 
 Em regiões onde as estações do ano são bem 
definidas, as árvores apresentam, nas estações da 
primavera e verão, um rápido crescimento que pode 
diminuir ou cessar nas estações do outono e inverno. 
 
 Isso faz com que o câmbio tenha atividades 
periódicas, dando origem aos anéis de crescimento, que 
são bem distintos nas madeiras de gimnosperma ou 
conífera. 
Fonte: www.microscopy-uk.net 
 Esses anéis ou camadas apresentam um aspecto 
concêntrico quando observados no plano transversal 
Anéis de Crescimento 
E em forma de 
cones superpostos 
quando vistos no 
plano longitudinal – 
tangencial 
Anéis de Crescimento 
Anéis de Crescimento 
- Lenho de primavera, 
inicial ou precoce 
 
 
- Lenho de verão, tardio ou 
estival 
Fonte: www.microscopy-uk.net 
Anéis de Crescimento 
 Num anel, a madeira inicialmente formada recebe o nome de 
lenho inicial ou primaveril ou precoce. 
A madeira que se formou no fim do período de crescimento é 
denominada de lenho tardio, de verão ou estival. 
Fonte: www.microscopy-uk.net 
Anéis de crescimento de uma conífera 
Casca 
Anel anual 
Condições 
desfavoráveis 
para crescimento 
Condições 
favoráveis para 
crescimento 
Lenho 
tardio 
Lenho 
inicial 
Medula 
Anéis de Crescimento 
 O lenho inicial apresenta 
células com paredes delgadas, 
diâmetro maior e comprimento 
relativamente menor do que as 
do lenho tardio. 
Portanto o lenho inicial é 
menos denso do que o tardio 
Anéis de Crescimento 
 
 
Anéis de Crescimento 
Anéis de Crescimento - Folhosas 
 Em madeiras de angiospermas dicotiledôneas, 
comumente designadas de folhosas; os anéis de 
crescimento não são, algumas vezes, facilmente 
distintos, mas podem destacar-se por determinadas 
características anatômicas, tais como: 
 
Fonte: GLÓRIA & GUERREiRO, 2003 
Anéis de Crescimento - Folhosas 
- Parênquima marginal e 
alargamento dos raios no limite 
dos anéis de crescimento – 
Copaifera langsdorffii 
 
 Presença de uma faixa de células 
parenquimáticas nos limites dos 
anéis de crescimento (parênquima 
marginal) que aparece 
macroscopicamente como uma 
linha tênue de tecido mais claro. Ex: 
Mogno (Swietenia macrophylla) 
 Alargamento dos raios nos limites 
dos anéis de crescimento 
Anéis de Crescimento - Folhosas 
- Porosidade em anel – Quercus 
sp 
 
 Concentração maior de 
poros no início do período 
vegetativo (porosidade em 
anel). Ex: Cedro (Cedrella 
fissilis) 
 
Anéis de Crescimento - Folhosas 
Celtis occidentalis L., Celtis spp. Fonte: delta-intkey.com/wood/pt/www/ulmceocc.htm 
Anéis de Crescimento - Folhosas 
Fraxinus spp. Fonte: delta-intkey.com/wood/pt/www/ulmceocc.htm 
103 
Anéis de Crescimento 
Fonte: www.microscopy-uk.net 
 Nas regiões de clima 
tropical, onde não há estações 
bem definidas, os anéis que se 
formam no caule podem não 
corresponder aos períodos 
anuais de crescimento, como 
também pode ocorrer o 
aparecimento de mais de um 
anel de crescimento durante o 
ano. 
Anéis de Crescimento 
 É comum encontrar em troncos anéis de crescimento 
descontínuos (que não formam um circulo completo em torno 
da medula), ocorrem principalmente em árvores mas velhas 
que apresentam a copa assimétrica. 
 Falsos anéis de crescimento (quando se forma mais de um 
anel por período vegetativo): perda temporária da folhagem, 
estimulo de crescimento fora de época. 
 
 
106 
Anéis de Crescimento 
Anéis de crescimento descontínuos e Falsos anéis de 
crescimento: 
- Esses anéis podem ser muitas 
vezes detectados por não 
apresentarem um limite tão 
nítido como nos anéis 
verdadeiros. 
- Microscopicamente, a camada 
de células do lenho tardio 
decresce gradativamentetanto 
para interior quanto para o 
exterior do tronco. 
107 
Anéis de Crescimento 
Anéis de crescimento excêntrico e anéis 
ondulados: 
Fonte: www.microscopy-uk.net 
Causas não esclarecidas 
Anéis de Crescimento 
Anéis de crescimento excêntrico e anéis ondulados: 
Anéis de Crescimento 
Largura dos anéis de crescimento: é de grande repercussão nas 
propriedades tecnológicas da madeira, varia desde uma fração 
de milímetros a até alguns centímetros, dependendo de alguns 
fatores: 
- Duração do período vegetativo; 
- Temperatura; 
- Umidade; 
- Qualidade do solo; 
- Luminosidade; 
- Manejo silvicultural (espaçamento, desbastes, concorrência, 
etc.) 
Camadas de crescimento em espécies de 
florestas tropicais 
Amazônia 
 
Terra-firme 
 
Quando não chove, na liteira da floresta, forma-se 
uma grande quantidade de nitratos e muitos 
nutrientes acumulam-se. 
• Primeiras chuvas 
• Disponíveis e absorvidos pelos vegetais 
• Estimulação do hormônio 
• Originando nova divisão cambial 
Floresta de Várzea 
 
Meses de chuva, o nível dos rios sobe muitos metros, 
ocasionando a submersão quase total de árvores 
• Raízes sofrem de anoxia 
• Período de dormência 
• Quando as chuvas cessam e chega a época da 
vazante, as árvores voltam a se exibir na paisagem 
• Efetuam as suas fisiologicamente normalmente 
• Formação de uma nova camada de crescimento

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