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APS 2 TGP - Sujeitos do Processo

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FACULDADE DOCTUM DE JOÃO MONLEVADE
	
APS – TEORIA GERAL DO PROCESSO: Sujeitos do Processo
João Monlevade
2019
Sujeitos do Processo
O processo é um instrumento para resolução imparcial de conflitos no meio social, e para isso, o processo necessita de no mínimo três sujeitos: o autor e o réu, nos polos contratantes da relação, como sujeitos parciais; e o juiz, como sujeito imparcial, representando o interesse coletivo para uma justa resolução do litígio. Contudo, o Código de Processo Civil trata como “sujeitos do processo” as partes, os advogados, os terceiros que intervém no processo, o juiz e os auxiliares da justiça, o Ministério Público, a advocacia e a Defensoria Pública (arts. 70 a 187, CPC/2015). Além disso, o Código de Processo Civil trata da forma dos atos processuais, referindo-se aos atos praticados pelas partes (arts. 200 a 202, CPC/2015), pelo juiz (arts. 203 a 205, CPC/2015) e pelo escrivão ou chefe de secretaria (arts. 206 a 211, CPC/2015).
Sujeitos do processo e suas características: 
Juiz: Em síntese, pode-se afirmar que o magistrado é a autoridade para dirimir a lide, como representante do Estado-juiz, sendo ele quem dirige o processo. Espera-se que o juiz venha a “assegurar às partes igualdade de tratamento” (art. 139, CPC/2015), além disso, ele deve agir de maneira imparcial, trazendo – implicitamente – a idéia de que o magistrado possui atributos que lhe permitam “cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício” (art. 35, lei complementar 35/79). A imparcialidade é uma virtude, exigida legalmente e cercada de cuidados constitucionais, e a sua quebra pode gerar suspeição ou impedimento do Juiz, conforme arts. 144 a 148 do Novo Código de Processo Civil. Por isso, é importante que este terceiro, o juiz, seja estranho ao conflito em causa, como afirma Cintra, Grinover e Dinamarco. Nestes altos, verifica-se que a jurisdição é uma função estatal e o seu exercício dever do Estado, não podendo o juiz eximir-se de atuar no processo, visto que tal conduta importaria evidente denegação de justiça e violação da garantia constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional (art. 5º, XXXV, CF/88).
Observa-se também que, bem como todos os outros sujeitos do processo, o juiz também possui deveres no processo. Em regra, todos os poderes são poderes-deveres, uma vez que não lhe são conferidos para defesa de interesses próprios do magistrado ou do Estado, mas sim como uma prestação de serviços a comunidade. Os poderes do juiz podem ser divididos em:
Poderes: administrativos e jurisdicionais
Administrativos (ou de polícia): exercidos por ocasião do processo, a fim de evitar sua perturbação e de assegurar a ordem e o decoro que devem envolvê-lo.
Jurisdicionais: poderes meio e poderes fins.
Poderes meio: abrangendo os ordinatórios, que dizem respeito ao simples andamento processual, os instrutórios, que se referem à forma de convencimento do juiz e poderes fins, que compreendem os decisórios e os de execução.
Deveres: sentenciar, conduzir o processo segundo a ordem legal, propiciar as partes todas as oportunidades de participação a que tem direito.
Partes – Autor/Réu: As partes serão aqueles que vão a juízo, sendo representadas pelos advogados, com o intuito de defender seus interesses. Por essa razão são parciais. Mas essa parcialidade não as impede de se sujeitarem aos deveres de lealdade e cooperação, sob pena, em caso de abusos, de responderem com multa e até mesmo sanções penais, como previsto nos artigos 77 e 80 do NCPC.
Advogado: O advogado é aquele que irá representar a parte em juízo, devendo estar inscrito regularmente na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Por ser o representante da parte em conflito, o advogado, no processo judicial, “contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador” (art. 2º § 2º lei 8906/94). Logo, ele é parcial. É essa parcialidade que fará com que o advogado leve suas argumentações fáticas e jurídicas ao processo, que entrarão em conflito com os de seu adversário, para que o Juiz, a partir desse choque de proposições, possa decidir e equacionar a lide. A parcialidade não os torna isentos de formular pretensões com fundamentação lógica e de cumprir as decisões e não embaraçá-las. Em caso de abusos, eles deverão responder, porém não pelos Juízes que conduzem os processos, e sim pela OAB e/ou corregedorias, em caso de infrações praticados por advogados públicos.
Com o Novo Código do Processo Civil, os advogados passarão a ter que trabalhar não apenas pela protelação do processo, mas sim pela conciliação, também chamada de mediação. O objetivo é de evitar um efeito de alongamento do processo, e uma resolução mais rápida da lide. Dessa forma o profissional deverá optar por intensificar sua atuação técnica com foco nas alegações de mérito.
Ministério Público: O Ministério Público é o grande defensor dos interesses do conjunto da sociedade brasileira, é uma instituição pública autônoma, a quem a Constituição Federal atribuiu à incumbência de defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis. No processo civil, especificamente, é o órgão incumbido de tutelar o interesse público, que compreende os interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis, e a ordem jurídica, na relação processual e nos procedimentos de jurisdição voluntária. Conforme consta no artigo 127 da constituição Federal o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. O Ministério Público é um órgão independente, que não está vinculado a nenhum dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com a Constituição da República, o mesmo é uma instituição permanente que possui autonomia e independência funcional e que possui princípios institucionais. São esses os seguintes princípios; a indivisibilidade e a independência funcional, sendo a função da indivisibilidade, que é um corolário da unidade, entendem-se que seus membros podem ser indiferentemente substituídos por outro em suas funções, sem que com isso haja alguma alteração subjetiva nos processos em que oficiam. E o princípio da independência funcional, não há subordinação intelectual nem hierarquia entre os membros do Ministério Público. A inexistência de vinculação de posicionamentos, todavia, fica restrita a momentos processuais e órgãos judiciais distintos.
Auxiliares da Justiça: Os auxiliares de justiça são aqueles que participam do processo no sentido de implementar a prestação jurisdicional. Suas atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária e todas as atribuições dos auxiliares de justiça estão contidas no CPC dos artigos 149 aos 159. São eles, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete. Os auxiliares de justiça podem ser permanentes ou eventuais. Os permanentes são os auxiliares que aparecem em todos ou quase todos os processos, por exemplo, o escrivão, o oficial de justiça e o distribuidor. Já os eventuais são os auxiliares que atuam em certos tipos de processos, aparecendo nas relações processuais de forma esporádica, como, por exemplo, os intérpretes ou os peritos. A presença dos auxiliares de justiça é imprescindível à efetividade e celeridade da prestação jurisdicional. O escrivão ou o chefe de secretaria são as autoridades mais importantes da vara a agilidade e a eficácia da justiça dependem, em grande parte, da atuação desses serventuários. Aos oficiais de justiça incumbe a execução das ordens determinadas pelo juiz e a realização pessoal das citações, prisões, penhoras, buscas e apreensões, arrestos, avaliações e demais diligências próprias de seu ofício. O perito, a seu turno, é um auxiliar de atuação eventual, que assiste o juiz quando a prova defato depender de conhecimento técnico ou científico.O depositário e o administrador são aqueles auxiliares responsáveis pela guarda e conservação de bens penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados. Intérprete e tradutor são aqueles auxiliares nomeados pelo juiz para traduzir para o vernáculo os documentos e atos originalmente expressados em língua estrangeira, bem como em linguagem dos surdos-mudos. 
RELATÓRIO DE UM PROCESSO
Número do processo: 0019126-41.2017.8.13.0054
Ação de Indenização por Danos Morais com Tutela de Urgência
Requerente (Autor): Elizabete de Oliveira
Requerida (Réu): Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda – UNISEB EAD
Síntese dos Fatos:
Foi proposta a Ação de Indenização por Danos Morais com Tutela de Urgência pela Procuradora Requerente.
A Requerente alegou na petição inicial que queria se matricular em outra Instituição de Ensino e precisava de documentos para efetuar a matrícula. Ao procurar a Requerida com a finalidade de obter os documentos necessários foi informada, por meio de prepostos, que deveria efetuar a rematrícula para poder solicitar os documentos, mas que não efetuando o pagamento do boleto da rematrícula automaticamente esta seria cancelada.
Para obter os documentos a Requerente efetuou todos os procedimentos, conforme orientação dos prepostos da Requerida.
Entretanto, para surpresa da Requerente, no momento, em que estava efetuando um pagamento em uma empresa de consertos de automóveis da Cidade o seu cheque foi recusado, tendo o comerciante a informado que havia restrição em seu nome.
Diante da situação, outra alternativa não restou à Requerente a não ser a propositura da ação de indenização por danos morais com tutela de urgência.
A petição inicial (ff. 02/16) foi distribuída pela Procuradora da Requerente no dia 12/07/2017, constando o número do processo 0019126-41.2017.8.13.0054, tendo sido a audiência de conciliação designada para o dia 14/08/2017 às 15 horas.
O Juiz deferiu, no dia 27/07/2017, o Pedido de Tutela Antecipada determinando que a parte ré exclua o nome da autora dos cadastros de inadimplentes, sob pena de multa diária (ff.32/32v).
Na audiência realizada no dia 14/08/2017, foi presidida pelo Juiz em substituição na Comarca, conduzida pelo conciliador, compareceram as partes: a Autora, acompanhada de sua Advogada; e o Réu, através de seu Preposto, acompanhado pela Advogada. Aberta a audiência não foi realizado acordo.
Na própria audiência o Réu, por meio de seu advogado, apresentou contestação e documentos, tendo a parte Autora saído intimada para apresentar a Impugnação à contestação.
A Contestação foi apresentada na audiência de conciliação pelo Advogado da Ré (ff. 41/47) alegando a legalidade do procedimento, bem como a impossibilidade da condenação em danos morais.
Foi apresentada pela Advogada da Autora a Impugnação à Contestação (ff. 81/87), tendo sido a petição protocolada no dia 31/08/2017, alegando que não há legalidade no procedimento e sim que há ilegalidade no procedimento adotado pela Ré, também alegou que devido a ilegalidade praticada na inscrição do nome da Autora no cadastro de inadimplentes gera o dano moral.
A Advogada da Autora também manifestou ff. 93/94, protocolo efetuado no dia 10/11/2017, que apesar do Juiz ter deferido a Tutela Antecipada determinando a exclusão do nome da Autora dos cadastros de inadimplentes, mesmo assim, a Ré novamente incluiu o nome da Autora, tendo esta solicitado novamente a exclusão e a majoração do valor da multa.
A Sentença (ff. 105/107v) foi prolatada pela Juíza – Dra. Renata Nascimento Borges – no dia 24/04/2018, constando o seguinte: “(...) julgo procedente o pedido inicial, resolvendo o mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil, para condenar a Ré a pagar à Autora, a título de indenização por danos morais, a quantia de R$7.000,00 (sete mil reais), acrescida de juros de mora de 1% ao mês, desde a data da citação (art. 405, do Código Civil), e corrigida monetariamente, segundo os índices da CGJ/MG, a partir da data do arbitramento (Súmula n. 362, do Superior Tribunal de Justiça). (...)”
Foi feita a juntada do comprovante de pagamento (ff.115/116) pelo Advogado da Ré, conforme protocolo realizado no dia 21/05/2018.
Entretanto, a Advogada da Autora informou através da petição protocolada no dia 24/05/2018, que a Ré efetuou o pagamento do valor referente a indenização por dano moral, mas não efetuou o pagamento referente à multa pelo descumprimento do deferimento da Tutela Antecipada.
Sendo assim, foi determinado pela Juíza a expedição do Alvará para levantamento do valor da indenização depositado, determinou ainda que seja realizada a obrigação de pagar.
Valendo mencionar, que o processo continua em andamento aguardando o cumprimento integral da obrigação.
Análise da participação de cada um dos sujeitos processuais:
Juíza: conduziu e sentenciou o processo de maneira justa, legal e imparcial, de forma a resolver o litígio.
Partes:
Autor: iniciou a ação, por meio de sua advogada, de forma a defender seus interesses, que seriam dano moral e retirada do seu nome do cadastro de inadimplentes. 
Advogado (a): defendeu os interesses de seu cliente, de forma ética, mas parcial, levando ao processo versões fáticas e proposições jurídicas que interessem ao cliente. Distribuição da Petição Inicial, Impugnação à Contestação e Manifestação. 
Réu: contestou a ação, juntamente com seu advogado, buscando defender seus interesses.
Advogado: defendeu os interesses de seu cliente, de forma ética, mas parcial, levando ao processo versões fáticas e proposições jurídicas que interessem ao cliente. Apresentando Contestação e juntada de documentos.
Ministério Público: não teve interferência do Ministério Público.
Auxiliares da Justiça: 
Conciliador: conduziu a audiência de conciliação, presidida pelo juiz, no dia 14/08/2017.
Escrivão: responsável por executar atividades relacionadas à organização dos serviços que envolvam as funções de suporte técnico e administrativo às unidades do Tribunal de Justiça.
Distribuidor: tem por atribuições, dirigir os trabalhos do ofício, praticar atos e executar tarefas inerentes ao ofício do foro judicial previstas em leis e regulamentos.
Servidores: responsáveis pelas publicações, citações, intimações, entre outros.
REFERÊNCIAS
Sujeitos do processo: o Juiz, o Ministério Público e os auxiliares da Justiça. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/59623/sujeitos-do-processo-o-juiz-o-ministerio-publico-e-os-auxiliares-da-justica>. Acesso em: 13 jun. 2019.
Sujeitos do processo: o Juiz, o Ministério Público e os auxiliares da Justiça. Disponível em: <https://wellingtoncacemiro.jusbrasil.com.br/artigos/485397131/sujeitos-do-processo-o-juiz-o-ministerio-publico-e-os-auxiliares-da-justica>. Acesso em: 13 jun. 2019.
Os sujeitos do processo no novo CPC. Disponível em: < https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI271931,41046-Os+sujeitos+do+processo+no+novo+CPC >. Acesso em: 13 jun. 2019.
Novo Código de Processo Civil. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm >. Acesso em: 13 jun. 2019.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 13 jun. 2019.
Processo nº0019126-41.2017.8.13.0054. Disponível em: Fórum Omar Avelino Soares – Barão de Cocais – MG. Acesso em: 11 jun. 2019.
MONTENEGRO FILHO, Misael. Novo Código de Processo Civil Comentado. 3ª Ed. Editora Atlas. Acesso em: 14 jun. 2019.

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