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Cargo Emprego e Função

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Conceitue, explique e exemplifique:
1 Cargo, emprego e função
Diferença
Classificação
Criação, transformação e extinção
Provimentos > d.1) tipos e formas
Investidura: nomeação, posse e exercício
Reingresso
Vacância
2) Concurso e os critérios de acessibilidade:
- Portadores de deficiência
- Sexo e idade
- Exame psicotécnico
- Idoso, etc…
A) DIFERENÇA
Cargo público é o lugar dentro da organização funcional da Administração Direta e de suas autarquias e fundações públicas que, ocupado por servidor público, tem funções específicas e remuneração fixadas em lei ou diploma a ela equivalente. O art. 3° da Lei 8.112/1990 (Estatuto dos Servidores da União) define o cargo público como sendo o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
A expressão emprego público é utilizada para identificar a relação funcional trabalhista, assim como se tem usado a expressão empregado público como sinônima da de servidor público trabalhista. O servidor trabalhista tem função no sentido de tarefa, atividade, mas não ocupa cargo.
A função pública é a atividade em si mesma, ou seja, função é sinônimo de atribuição e corresponde às inúmeras tarefas que constituem o objeto dos serviços prestados pelos servidores públicos. Fala-se em função de apoio, função de direção, função técnica.
B) CLASSIFICAÇÃO
A classificação leva em consideração a situação dos cargos diante do quadro funcional. Dividem-se em cargos de carreira que permitem a progressão funcional dos servidores através de diversas classes até chegar à classe mais elevada e cargos isolados que têm natureza estanque e inviabilizam a progressão.
Sob o ângulo das garantias e características dos cargos, podem eles agrupar-se em três categorias: Cargos vitalícios, são aqueles que oferecem a maior garantia de permanência a seus ocupantes. Cargos efetivos são aqueles que se revestem de caráter de permanência, constituindo a maioria absoluta dos cargos integrantes dos diversos quadros funcionais. E cargos em comissão são de ocupação transitória, seus titulares são nomeados em função da relação de confiança que existe entre eles e a autoridade nomeante.
C) CRIAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO E EXTINÇÃO
A regra geral para a criação, transformação e extinção de cargos públicos é contemplada no art. 48, X, da CF. Segundo este dispositivo, cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre a criação, transformação e extinção dos cargos, empregos e funções públicas. Na criação, formam-se novos cargos na estrutura funcional; na extinção, eliminam-se os cargos; e a transformação nada mais é do que a extinção e a criação simultânea de cargos: um cargo desaparece para dar lugar a outro.
O Chefe do Executivo pode proceder à extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Desse modo, mesmo que o cargo tenha sido criado por lei, pode ser extinto por decreto no caso de vacância. A transformação de cargos, implementada por atos administrativos oriundos de autoridades dirigentes de pessoas e órgãos públicos, através dos quais se extinguem alguns cargos e se criam outros com despesa correspondente à daqueles.
D) PROVIMENTOS
É o fato administrativo que traduz o preenchimento de um cargo público. Como esse fato depende da manifestação da autoridade competente em cada caso, tem-se que o fato provimento é consubstanciado através de um ato administrativo de caráter funcional: são os atos de provimento.
D.1) Tipos
Há dois tipos de provimento, de acordo com a situação do indivíduo que vai ocupar o cargo. O provimento originário, aquele em que o preenchimento do cargo dá início a uma relação estatutária nova, seja porque o titular não pertencia ao serviço público anteriormente, seja porque pertencia a quadro funcional regido por estatuto diverso do que rege o cargo agora provido. E o provimento derivado, aquele em que o cargo é preenchido por alguém que já tenha vínculo anterior com outro cargo, sujeito ao mesmo estatuto.
D.2) Formas
Várias são as formas de provimento, todas dependentes de um ato administrativo de formalização: nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução.
*Nomeação é o ato administrativo que materializa o provimento originário. 
*Promoção é a forma de provimento pela qual o servidor sai de seu cargo e ingressa em outro situado em classe mais elevada.
* Readaptação é forma de provimento pela qual o servidor passa a ocupar cargo diverso do que ocupava, tendo em vista a necessidade de compatibilizar o exercício da função pública com a limitação sofrida em sua capacidade física ou psíquica.
* Recondução é o retorno do servidor que tenha estabilidade ao cargo que ocupava anteriormente.
* Reintegração é quando o servidor retorna a seu cargo após ter sido reconhecida a ilegalidade de sua demissão.
* Aproveitamento significa o retorno do servidor a determinado cargo, tendo em vista que o cargo que ocupava foi extinto ou declarado desnecessário.
* Reversão é quando o servidor inativo e se consuma mediante a ocorrência de duas situações funcionais: restabelecimento, por laudo médico, de servidor aposentado por invalidez e vício de legalidade no ato que concedeu a aposentadoria.
E) INVESTIDURA: NOMEAÇÃO, POSSE E EXERCÍCIO
A investidura retrata uma operação complexa, constituída de atos do Estado e do interessado, para permitir o legítimo provimento do cargo público.
Nomeação é o ato administrativo que materializa o provimento originário de um cargo. Exige que o nomeado não somente tenha sido aprovado previamente em concurso público, como também tenha preenchido os demais requisitos legais para a investidura legítima.
A posse é o ato da investidura pelo qual ficam atribuídos ao servidor as prerrogativas, os direitos e os deveres do cargo. É o ato de posse que completa a investidura, é o momento em que o servidor assume o compromisso do fiel cumprimento dos deveres e atribuições.
O exercício representa o efetivo desempenho das funções atribuídas ao cargo. Só se legitima na medida em que se tenha consumado o processo de investidura. É o exercício que confere ao servidor o direito à retribuição pecuniária como contraprestação pelo desempenho das funções inerentes ao cargo.
F) REINGRESSO
É o retorno do servidor ao serviço público pela ocorrência de determinado fato jurídico previsto no estatuto funcional. Como tais formas representam a investidura do servidor depois de extinta a relação estatutária, constituem modalidades de provimento, reintegração, aproveitamento e reversão.
G) VACÂNCIA
É o fato administrativo-funcional que indica que determinado cargo público não está provido, está sem titular. Ato administrativo pelo qual o servidor é destituído do cargo, emprego ou função.
Diversos podem ser os fatos que geram a situação de vacância: exoneração, demissão, transferência, promoção, readaptação e a ascensão provocam a vacância dos cargos cujos titulares passaram a ocupar outros cargos, aposentadoria e o falecimento do servidor.
PORTADORES DE DEFICIÊNCIA
A acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência é assegurada no art. 37, VIII, da CF, que impõe seja reservado na lei percentual dos cargos e empregos públicos, bem como a definição dos critérios de admissão. A Lei 7.853/99, dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social, além de enunciar, como fundamentais, os princípios da igualdade de tratamento e oportunidade, justiça social, respeito à dignidade humana e outros de caráter social.
As pessoas portadoras de deficiência têm direito subjetivo à participação nos concursos públicos, ao mesmo tempo em que o Poder Público tem o dever jurídico de fixar o percentual de cargos e empregos públicos a elas destinados. Se a lei do ente federativo não o tiver feito, deve fazê-lo o edital de concurso.
SEXO E IDADE
Homens e mulheres, independentemente de sua idade, devem disputar normalmente as vagas reservadas para candidatos em concurso público.
O STF assentoua regra geral da inviabilidade do requisito de idade, mas ressalvou as hipóteses em que a limitação pudesse justificar-se em virtude da natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. Em casos nos quais a limitação não teria justificativa, os dispositivos legais foram considerados inconstitucionais.
Um desses casos consiste na previsão, em dispositivo legal ou em edital de concurso, de dispensa do requisito de idade em favor de candidatos que já sejam servidores públicos, em detrimento dos demais candidatos. A ilegitimidade é flagrante, visto que a discriminação de idade não teria suporte na natureza das funções, como seria aceitável, mas sim na qualificação jurídica pessoal do candidato.
Em princípio, o sexo não pode ser fixado como requisito de acesso. Ressalvadas estarão, no entanto, as situações funcionais que justificarem a escolha de um ou outro dos sexos. Em concurso para prover cargos de monitora em estabelecimento de abrigo para meninas adolescentes, seria válido limitar-se o acesso ao sexo feminino. Vedado será, entretanto, instituir esse requisito em casos que não tenham qualquer justificativa e em que as funções do cargo possam ser normalmente executadas por pessoas de qualquer dos sexos.
EXAME PSICOTÉCNICO
O exame psicotécnico é aquele em que a Administração mede as condições psíquicas do candidato a provimento de cargo público. Trata-se de requisito legítimo, visto que as funções públicas devem ser exercidas por pessoas mentalmente sãs. Algumas observações devem ser feitas, a respeito desse tipo de exame, tratando-se de requisito de acesso a cargos públicos, deve ser expressamente previsto em lei.
A validade do exame psicotécnico está subordinada a dois pressupostos necessários: o real objetivo do teste e o poder de revisão, para o fim de evitar qualquer forma de subjetivismo que vulnere o princípio da impessoalidade na Administração.
A exigência do exame do candidato ao concurso, deve ser prevista em lei, art. 37, I, da CF. Esse fato impõe, que a Administração inclua também no edital, decorrente da referida lei, a previsão do exame, sendo a conduta nesse caso vinculada à disposição legal.
IDOSO
A profissionalização e ao trabalho do idoso, a lei garante o exercício de atividade profissional, observadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas. Para admitir idosos em qualquer trabalho ou emprego, será vedado discriminar e fixar limite máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir. 
O limite de idade para a investidura do idoso não poderá ser superior a 75 anos, já que, como regra geral, com essa idade ocorre a aposentadoria compulsória.
Algumas funções serão incompatíveis com o exercício por servidor de idade mais elevada; nesses casos, legítima será a exclusão do idoso.
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - POLÍCIA MILITAR - QUADRO DA SAÚDE - LIMITAÇÃO ETÁRIA - DESARRAZOABILIDADE E DESPROPORCIONALIDADE - LIMITE DE IDADE DEVE GUARDAR RELAÇÃO COM AS FUNÇÕES - INADMISSIBILIDADE DE RESTRIÇÕES PELA IDADE - OFENSA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA E VEDAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO. 1- A Constituição Federal consagrou, como regra, a ampla acessibilidade aos cargos, funções e empregos públicos, mediante a realização de concurso público (CF, art. 37); 2- Salvo atividade especiais que exijam condições físicas diferenciadas, não tem amparo constitucional impor restrições de acesso a cargo público em razão da idade sob pena de ofensa ao princípio da isonomia e a veda de discriminação; 3- O edital do concurso é a norma que rege todas as suas etapas, de modo que o candidato se sujeita às exigências nele contidas. Somente se pode questioná-lo em havendo vícios de legalidade e constitucionalidade; 4- De acordo com precedentes jurisprudenciais do STF e do STJ, a exigência de idade máxima para ingresso nos quadros da saúde da Polícia Militar não se mostra razoável ou proporcional, por não guardar relação com as funções desempenhadas.  (TJMG -  Apelação Cível  1.0000.17.041960-0/002, Relator(a): Des.(a) Renato Dresch , 4ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 19/04/0018, publicação da súmula em 23/04/2018)

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