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Relatório de Pesquisa em Serviço Social

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
ALUNA (O): Patrícia Gomes de Oliveira RU1980556
RELATÓRIO DE PESQUISA DE PORTFÓLIO
CICLO 2 MÓDULO B FASE II
DISCIPLINAS: Instrumentalidade do Serviço Social e Instrumentais Tecnico Operativos do Serviço Social
Osasco, São Paulo
2019
ALUNA (O): Patrícia Gomes de Oliveira RU1980556
RELATÓRIO DE PESQUISA DE PORTFÓLIO
CICLO 2 MODULO B FASE II
DISCIPLINAS: Instrumentalidade do Serviço Social e Instrumentais Tecnico Operativos do Serviço Social
Osasco, São Paulo
2019
INTRODUÇÃO 
 Este relatório tem como objetivo apresentar a pesquisa Teórica e de Campo das disciplinas de Instrumentalidade do Serviço Social e Instrumentais Técnicos Operativos do Serviço Social com a finalidade de proporcionar o conhecimento necessário para a compreensão dos processos utilizados para a devida pratica do Profissional do Assistente Social.
A Pesquisa de campo foi realizada na Instituição Procare Saúde Fundada em 2006, é uma empresa de atendimento domiciliar destinada à pacientes de diversas faixas etárias e complexidade clínica. Desenvolvida a partir da percepção da necessidade de uma atenção especial a portadores de doenças crônicas incapacitantes ou passíveis de reabilitação, a empresa traz o compromisso de prestar atendimento humanizado, valorizar as individualidades e garantir a segurança necessária no tratamento domiciliar.
INSTRUMENTALIDADE E INSTRUMENTAIS DO SERVIÇO SOCIAL
2.1 Debate Teórico
De acordo com Yolanda Guerra (2000, p.02) a Instrumentalidade é uma propriedade e/ou capacidade, que a profissão vai adquirindo na medida em que concretiza os objetivos. Ela possibilita que os profissionais objetivem suas intencionalidades em respostas profissionais. É por meio desta capacidade, adquirida no exercício profissional, que os assistentes socias modificam, transformam, alteram as condições objetivas subjetivas e as relações interpessoais e sociais existente num determinado nível de realidade social: no nível cotidiano.
A instrumentalidade no Serviço Social é um campo de mediação, espaço para se pensar nos valores subjacentes às ações, no nível e na direção das respostas que estamos dando e pelas quais a profissão é reconhecida, questionada ou requisitada socialmente. 
Reconhecer a instrumentalidade como mediação significa levar em consideração as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa da profissão, exigindo a parti de mediações em campos diferenciados. Porém, é importante ressaltar que essas três dimensões caminham interligadas e devem iluminar a prática profissional de forma complementar.
 O termo “dimensão” remete às propriedades de alguma coisa, no sentido de seus pressupostos, de suas direções, de seus princípios fundamentais. SANTOS (2002, p.01)
A primeira dimensão se refere à capacidade de apreensão do método e das teorias e sua relação com a prática. Neste sentido, a dimensão teórico-metodológica é fundamental para a formação profissional, pois a teoria vai subsidiar o significado social da ação, ultrapassando, dessa forma, o conhecimento do senso comum. (GUERRA, apud VIDIGAL, 2019, p.04).
A segunda dimensão se refere aos objetivos e finalidades das ações do profissional de Serviço Social e os princípios e valores humano-genéricos que os guiam. Portanto, a dimensão técnico-operativa deve ser concebida além das capacidades técnicas e instrumentais, objetivando à consecução de uma determinada finalidade. Esta dimensão deve ser entendida como um elemento consciente e sistemático do trabalho do assistente social quanto ao seu objeto de intervenção, a questão social e suas expressões, buscando alcançar os objetivos propostos (GUERRA, apud VIDIGAL, 2019, p.04).
 A terceira dimensão explana sobre a capacidade de o profissional articular meios e instrumentos para materializar os objetivos, com base nos valores concebidos (GUERRA, apud VIDIGAL, 2019, p.04).
A dimensão técnico-operativa envolve um conjunto de estratégias, táticas e técnicas instrumentalizadoras da ação, que efetivam o trabalho profissional, e que expressam uma determinada teoria, um método, uma posição política e ética. SANTOS (2000, P.02).
É na dimensão técnico-operativa que são abordados os instrumentais técnicos-operativos da profissão, onde é preciso fazer o desenvolvimento de um processo investigativo apropriado, capaz de oferecer uma leitura ampla e apurada do contexto do usuário e suas questões sociais.
De forma geral, a dimensão técnico-operativa abarca os procedimentos e instrumentos interventivos utilizados pelo assistente social, a fim de operacionalizar seu trabalho. Desta forma, os procedimentos se referem às ações profissionais que têm uma abrangência maior e expressam o fazer profissional, que são procedimentos como o relacionamento, a observação, a abordagem, o plantão social, a entrevista, as visitas domiciliares, a perícia social e os instrumentais de trabalho com grupos e coletividade (os quais serão abordados detalhadamente nas próximas aulas) (LAVORATTI; COSTA, 2016 apud VIDIGAL,2019,p.05).
São vários tipos de instrumentais técnico-operativo que o profissional Assistente Social pode utilizar em seu trabalho como: Observação, entrevista, grupo, reunião, mobilização de comunidades, visita domiciliar, visita institucional, etc. 
Na atuação do assistente social, existem diferentes tipos de instrumentais técnico-operativos. A escolha do instrumental se dará com base em seu objetivo de trabalho, assim o assistente social irá retomar as dimensões do Serviço Social a fim de refletir sobre qual procedimento deve ser adotado. Portanto, de acordo com as necessidades, demandas e objetivos o profissional escolhe um instrumental.
2.2 Pesquisa de Campo 
A Assistente Social F.F.O CRESS 47.024 que foi entrevistada é formada desde 2012, pela Universidade Nove de Julho – Uninove, e tem atuado junto a ProCare Saúde desde 23 de maio de 2016. Sendo contratada pelo regime da CLT.
A ProCare Saúde é uma empresa prestadora de serviço com atuação domiciliar à saúde, com atuação em São Paulo, nas áreas metropolitanas, interior e baixada santista além do Rio de Janeiro.
A ProCare atua para promover a desospitalização de pacientes que se encontram em estado clinico estável e não mais necessitem permanecer em estrutura hospitalar garantindo o menor tempo de implantação. O processo de desospitalização permite que o paciente siga com o tratamento no conforto de sua residência, o que garante autonomia e bem-estar.
A Assistente Social não possui especialização, a atuação da mesma na ProCare passa por mediar, mobilizar, articular as relações entre equipe – paciente- família – hospital, sempre visando a qualidade de vida e segurança do paciente atendido e seus familiares e/ou cuidadores. Além de orientar e encaminhar os pacientes / família / cuidadores sobre os direitos sociais. Realizam também visitas domiciliares e relatórios sociais. 
O processo de trabalho institucional passa pelas seguintes fases:
Desospitalização do paciente
Transição de cuidados 
Gerenciamento do atendimento
No processo de desospitalização o paciente é avaliado tecnicamente pela equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas. Deste modo é possível definir o modo de atendimento técnico que será praticado no domicilio sempre considerando as necessidades clinicas do paciente. Após a definição do plano de atendimento é realizada a captação da equipe multidisciplinar necessária ao atendimento. 
No processo de transição de cuidados o paciente/ família / cuidador é acolhido e tem suas possíveis demandas sanadas. Neste processo também são fornecidas orientações sobre os fluxos e protocolos da empresa ao paciente/ família /cuidador. 
E por fim, é executado o processo de gerenciamento do atendimento,por meio do qual as demandas técnicas e/ou operacionais relacionadas ao paciente são dirimidas. Este processo dura até que o paciente receba alta ou por ter as metas de atendimento atendidas, ou por necessidade de nova hospitalização ou ainda por óbito. 
A Assistente Social utiliza os seguintes instrumentais para realização do seu trabalho:
Observação
Entrevistas Socias 
Visitas hospitalares 
Visitas domiciliares 
Discursão de caso
Reunião para alinhamento do atendimento com equipe multidisciplinar e/ou familiares
Realização de encaminhamentos
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto a instrumentalidade visa uma atuação focada na realidade, buscando um fazer profissional crítico e comprometido com a classe trabalhadora. é preciso ter claro que o trabalho profissional exige reflexão cotidiana nas dimensões, ético-político, teórico-metodológico e técnico-operativa para que então ocorra a ação profissional.
Somente um olhar crítico e criativo é capaz de compreender a realidade social e tecer as possibilidades de intervenção e consequentemente de atingir de maneira concreta os objetivos da atuação profissional.
Pode-se ver que dos instrumentais estudados, a Assistente Social entrevistada utiliza a observação, visitas domiciliares, relatórios sociais, entrevista e discursão de caso, mostrando então uma prática comprometida com seu usuário e com seu atendimento na totalidade.
REFERÊNCIAS 
CARMONA, Rafael. Instrumentalidade do Serviço Social – Aula 01. Uninter. Disponível em http://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/. Acesso 03 de setembro de 2019.
GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade no trabalho do Assistente Social. Capacitação em Serviço Social e Políticas Sociais. Módulo IV: O trabalho do assistente social e as políticas sociais. Brasília: UNB; CEAD, 2002. Disponível em http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/Yolanda%20Guerra%20instrumentalid.pdf. Acesso em 03 de setembro de 2019
SANTOS, C. M. dos. A dimensão técnico-operativa e os instrumentos e técnicas no Serviço Social. In: Revista Conexão Geraes, segundo semestre. Minas Gerais: CRESS/MG, 2013. Disponível em https://cress-mg.org.br/publicacoes/Home/PDF/62. Acesso em 03 de setembro de 2019.
VIDIGAL, Ana Carolina. Instrumentais Técnico-Operativos do Serviço Social. Aula 01. Uninter. Disponível em http://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/. Acesso em 03 de setembro de 2019.
ROTEIRO DE PERGUNTAS DA ENTREVISTA
Qual seu nome?
Qual número do seu CRESS?
Há quanto tempo está formada?
Onde se formou?
Há quanto tempo trabalha na instituição?
É concursada ou CLT?
Possui alguma especialização?
Qual sua função na Instituição? Qual o seu processo de trabalho?
Quais Instrumentos Técnico-Operativo você utiliza no seu cotidiano de trabalho? 
Relatório do Portfólio do Ciclo 2 Módulo B Fase II apresentado para fins de avaliação nas disciplinas: Instrumentalidade do Serviço Social e Instrumentais Tecnico Operativos do Serviço Social do Curso de Bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário Internacional - UNINTER.
Polo (PAP): Osasco

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