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LIVRO Futsal da iniciação ao alto rendimento_marquinhos xavier

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1ª. Edição 
Carlos Barbosa – RS 
2017 
Transaction: HP10515278818747 e-mail: jv_assis@yahoo.com.br
 
MARCOS XAVIER DE ANDRADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUTSAL - DA FORMAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO 
Métodos e Processos do Treinamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FICHA BIBLIOGRÁFICA 
Dados Internacionais de Publicação 
 
A553f Andrade, Marcos Xavier de. 1974- 
 
 Futsal – Da Formação ao Alto Rendimento: Métodos e Processos do Treinamento. 
– Carlos Barbosa/RS: Ed. do Autor, 2017. 
 
 132 páginas. 
 
ISBN 978-85- 922713-0-5 
 
 1. Esporte. 2. Esporte - Futsal. I. Andrade, Marcos Xavier de. II. Título. 
 
 CDD 796.4622 
CDD 796.33422 
 
 
Índice para Catálogo Sistemático: 
1. Esporte CDD 796 
2. Esporte – Futsal CDD 796.334 
 
Copyright © 2017 
Marcos Xavier de Andrade 
 
 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibida a reprodução total ou parcial, de 
qualquer forma ou por qualquer meio, salvo com autorização, por escrito, do editor e 
do autor. 
 
 
Impresso no Brasil 
Printed in Brazil 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Capa: 
Felipe Napoli 
Diagramação: 
Cristiane Carla Johan 
Revisão: 
Barbara Cabral Parente 
 
 
 
 
Impresso por: 
www.impressaolivros.com.br 
 
 
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Dedicatória 
 
Aos meus filhos Leonardo e Pedro, que renovam minhas motivações pela vida, pelo 
meu trabalho e pelos meus sonhos. Por eles, tudo vale muito a pena. 
Transaction: HP10515278818747 e-mail: jv_assis@yahoo.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
 
Agradeço a Deus pelas oportunidades, pelas dificuldades profissionais que me fazem 
buscar respostas e encontrar soluções aqui divididas nesta obra. 
A minha esposa, Daniana, que me presenteou com a vinda do Pedro e aumentou 
ainda mais a minha vontade de vencer. Obrigado também pela compreensão e 
cumplicidade nos momentos de dificuldades a que a profissão me submete, pelo 
amor e o carinho com que cuida da nossa família. 
Aos meus pais, Pedro Miguel e Rosemarie, pela vida e amor incondicional. 
Aos meus irmãos Fábio, Marcelo e Pedro, que tanto tenho orgulho. 
Aos meus companheiros de Comissão Técnica, que me auxiliam tanto na busca de 
melhores resultados e em especial pela amizade. 
Aos meus atletas, que me auxiliam na compreensão dos processos de treino. 
Aos apoiadores desta obra, que acreditam na minha proposta de continuar 
produzindo conteúdos para o Futsal. 
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Apresentação 
 
 
Apesar de o Futsal ser uma modalidade muito difundida e praticada em 
nosso país, ainda possuímos ampla necessidade de investigação teórica acerca das 
variáveis do jogo, dos entendimentos táticos e, principalmente, dos conceitos que 
norteiam nossas metodologias de trabalho. 
Constata-se no presente a ausência de literaturas especializadas e com 
aprofundamento técnico/tático de nossa modalidade, o que, em minha opinião, atrasa 
nosso crescimento e não cria padrões metodológicos para o ensino/desenvolvimento 
seguro. 
Considerada uma modalidade dinâmica e de elevado grau de 
imprevisibilidade, o Futsal possui características próprias e uma vasta combinação de 
valências físicas e motoras, é rico em gestuais específicos e visa principalmente sua 
aplicação em grande velocidade, além, é claro, da necessidade de desenvolvimento 
individual para atuar em mais de uma posição em jogo. 
Com dificuldade para pesquisas e fundamentações, nosso esporte repousa 
em técnicas mecanicistas e que não visam explorar o que possuímos de melhor, o 
gestual técnico, a habilidade no controle da bola, a criatividade e o elevado poder de 
inovação nas ações individuais exigidas pelo jogo. 
O Futsal possui um espaço próprio, um terreno de jogo específico e com 
possibilidades de ações imprevisíveis sob o ponto de vista cognitivo, não estamos 
limitados a regras blindadas e que nos impedem de nos desenvolver, pois nossos 
atletas possuem características multifuncionais. 
O que ocorre é que precisamos recorrer a um passado recente sem impedir 
o crescimento e o avanço das técnicas modernas, resgatar o poder criativo e decisivo 
de nossos atletas e apresentar um desenvolvimento tático que complemente sua 
formação e não o torne refém dele. 
Esta obra visa expandir nossos conhecimentos sem provocar alucinações 
teóricas e, tampouco, rotular o desenvolvimento individual, necessário para todo 
esporte. 
Devemos resgatar o simples ato de jogar com criatividade e melhorar a 
cognição visual, ativando a mente de nossos atletas e preparando-os para atuarem 
nas mudanças frequentes de sistemas agindo de forma rápida e eficiente. 
 
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Precisamos de um melhor entendimento sobre o Futsal, apesar de estarmos 
integrados num cenário esportivo, em que nossa visibilidade vem crescendo muito, 
temos que nos preocupar com a evolução da modalidade. 
Elaborar, a partir do já existente, conceitos próprios e que já são de 
conhecimento de muitos, porém, estão guardados em gavetas ou em seus ricos 
acervos de trabalho, anotações e manuscritos. 
Sou crítico quando observo que nossas heranças parecem não existir e que 
não possuímos uma metodologia unificada capaz de dar um sentido ao 
desenvolvimento do Futsal. 
É preciso vir à tona todas as informações que possuímos e confrontar 
nossas visões técnicas relacionadas ao jogo. 
Oferecer ao universo acadêmico, e também aos iniciantes, estudiosos e 
profissionais, a oportunidade de analisar tais experiências e acrescentar ainda mais 
nesse conjunto de ideias que construirão caminhos para o conhecimento e 
aprofundamento dos métodos de jogo, princípios, sistemas e processos. 
Muitos estão sedentos para saborear tais conhecimentos. Aqui deixo minha 
pequena, mas importante, contribuição, pois na tentativa de dividir o pouco que sei 
tenho aprendido muito mais. 
Todo esporte possui características essencialmente técnicas e táticas, 
posso dizer inclusive que ambos estão inteiramente ligados e não vejo possibilidade 
de estarem desassociados por uma única razão: um necessita intimamente do outro e 
se complementam no ato de competir e vencer as dificuldades impostas pelas regras 
específicas. 
A técnica caracterizada pelo gestual funciona como uma espécie de suporte 
ao plano tático, que, por sua vez, é o conjunto de estratégias para resolução da 
problemática do jogo. 
De forma simples, pode-se dizer que utilizamos o gestual técnico para 
resolver problemas táticos, um está a serviço do outro e é esta interação dinâmica que 
oferece ao técnico a oportunidade de orientação, correção e de ajustes. Constituindo 
assim os componentes do processo de treinamento. 
A visão é global e nos leva ao entendimento de que o conjunto é complexo, 
pois apresentará sempre uma característica própria para cada equipe em razão óbvia, 
que é a forma com que cada um analisa e entende o jogo. Embora o seu 
desenvolvimento possa atender a metodologias comuns, cada uma possuirá umaidentidade, pois, muito bem, o que se pretende é possuir uma linguagem tática comum 
e a compreensão dos conceitos, fases e momentos do jogo. 
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E a partir desse ponto deixar livre a possibilidade de estabelecer os padrões 
táticos para cada equipe, respeitando principalmente a visão de quem a comanda. 
A tática é o elemento operacional do jogo, e possuir capacidade para 
compreender sua funcionalidade dentro do sistema é de fundamental importância, pois 
a oposição do jogo é lógica; enquanto um defende, o outro ataca, e por essa razão 
não podemos possuir tal limitação visual em relação ao que é lógico, ou então 
estaremos enfrentando um abismo dentro desse processo. 
É necessário consolidar o desenvolvimento tático e o entendimento das 
ações do jogo de forma integradora e condicionadora, mas não limitar o 
desenvolvimento técnico individual, apenas dar suporte para resolução das 
problemáticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prefácio I 
 
Volto a prefaciar este novo trabalho do nosso querido amigo e treinador 
Marquinhos Xavier. 
Dupla responsabilidade, pois pude testemunhar o enorme sucesso do 
primeiro livro, prova da capacidade do autor. 
Agora, neste segundo livro, Marquinhos Xavier vai ao ponto mais sensível, 
para os que buscam aprimorar-se na montagem e adequação das formas de 
treinamento e do modelo de jogo, que é a identidade tática de uma equipe. 
Desde já, contaremos todos com uma ferramenta inestimável para consultar 
e orientar nossas práticas. 
O Futsal, em todas as suas variantes táticas, é estudado em detalhes, 
jogando-se luz na organização dos treinos, que visam preparar de forma efetiva, as 
equipes para competir e vencer. 
Marquinhos Xavier, do alto de sua competência para discorrer sobre o tema, 
o faz de forma clara e objetiva tornando simples o que para muitos é complexo. 
Assim, vamos desfrutar do seu imenso conhecimento e descobrir, pelo 
menos em parte, porque suas equipes apresentam um Futsal tão vistoso e, sobretudo 
competitivo. 
Aprendamos todos então! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Fernando Ferretti 
Técnico de Futsal 
 
 
 
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Prefácio II 
 
Não é possível, num espaço razoável, descrever adequadamente a 
participação indireta de tantas pessoas que contribuíram para a evolução e o 
esclarecimento das ideias contidas neste livro, que com sua efetiva peculiaridade 
mantém o propósito de um debate consistente e público. 
 
A obra caminha para desvendar os enigmas do treinamento no Futsal, 
abordando os processos e as metodologias específicas da modalidade, além de 
conceituar temas importantes sem a pretensão de formar novos paradigmas. 
 
Marquinhos Xavier escreve sua história não somente citando suas 
conquistas, mas mostra com argumentos muito bem fundamentados sua experiência 
prática e estudo. 
 
O autor, em mais uma obra, partilha seu conhecimento, instigando novos 
caminhos, utilizando seu método, sempre questionando o contexto do esporte, 
sutilmente e, às vezes, indicando caminhos de modo contundente. 
Com sua inquietação e preocupação com o Futsal, Marquinhos Xavier nos 
brinda com mais uma obra sólida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Paulinho Cardoso 
Técnico de Futsal 
 
 
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Introdução 
 
Futsal: O Jogo e Seus Momentos 
 
Caracterizado pelas oposições de ataque e defesa, durante muito tempo o 
principal objetivo foi desenvolver estes sistemas para obter sucesso nas ações do jogo. 
Um bom ataque ou uma ação individual poderia ser a solução para a problemática do 
jogo, e isso resolveria a questão, não muito distante se apostou na recuperação desta 
posse ou na destruição das formações ofensivas para garantir segurança e relação 
com o resultado. 
Ambos continuam muito presentes no jogo, porém tornaram-se óbvios, a 
luta constante por manter a posse de bola ou recuperá-la criou um despertar para que 
os momentos fossem mais bem elaborados e, por consequência, divididos dentro da 
metodologia de desenvolvimento do jogo e das sessões de treinamento. 
Tal qual o conceito sobre as linhas de marcação, definida por alguns a 
existência de duas linhas e por outros, de três linhas defensivas, os momentos do jogo 
também sofrem tais interferências, por alguns elaborados em quatro momentos. 
Por razão clara, gostaria de dividir em cinco os momentos do jogo, 
conceituando cada um deles e fracionando sua organização metodológica para uma 
melhor adaptação e desenvolvimento destes. 
Acredito que desta forma poderemos melhorar a compreensão descritiva 
dos momentos do jogo, apresentando uma organização ordenada e que poderá 
contribuir significativamente para a elaboração das dinâmicas apropriadas para cada 
elemento. 
Momentos do Jogo: 
Sistema de Ataque, Sistema de Defesa, Transições Ataque/Defesa e 
Defesa/Ataque, Contra-ataque e Bolas Paradas (Jogadas Ensaiadas). 
Quando nos deparamos com todos estes momentos do jogo, parece que 
estamos falando de coisas completamente diferentes. Ledo engano, pois tudo está 
interligado e é justamente por isso que recomento seu fracionamento, para que todos 
obtenham atenção e orientação específicas. 
Talvez o grande segredo de sucesso de uma equipe seja a interligação de 
todos esses momentos, na velocidade de resposta e recomposição para cada um 
deles. 
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Um número ilimitado de ações que exigem pronto reestabelecimento dos 
sistemas exigirá uma organização posicional e uma linguagem tática avançada para 
superar as adversidades do jogo. 
Apesar de integrado, cada momento do jogo apresenta relevante 
característica específica para a realização de suas funções, sejam elas de ataque ou 
de defesa. 
Definir adequadamente cada momento do jogo para que possamos elaborar 
estratégias táticas, desenvolvimento do gestual técnico específico e a formação das 
estruturas de ataque e defesa. 
 
Sistema ofensivo 
 • Determinado pela posse de bola, ação positiva do jogo que visa 
especificamente a obtenção do gol. 
Sistema defensivo 
 • Determinado pela luta para obtenção da bola, ação negativa do 
jogo que visa a anulação da iniciativa do adversário. 
Transição Defesa/Ataque – Ataque/Defesa 
• Determinado pelas ações ofensivas imediatas pós-recuperação 
da posse da bola (Defesa/Ataque) e pelas ações de recomposição 
defensiva pós-perda da posse de bola (Ataque/Defesa). Momento 
chave do jogo. 
Contra-ataque 
 • Determinado pelas ações ofensivas pós-recuperação da posse 
de bola, alta exigência de formações dos desenhos ofensivos, 
posicionamentos orientados e rápida conclusão da ação valendo-se 
do desequilíbrio do adversário e sua inferioridade numérica 
defensiva. 
Bolas paradas – Jogadas Ensaiadas 
 • Determinada pelas ações específicas de recomposição de bola 
(tiro de meta), faltas, laterais e tiro de canto. Momento com elevado 
grau de concentração, movimentos específicos e sincronia de 
movimentos. (Ataque/Defesa). 
 
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Considerando-se que os momentos do jogo são definidos separadamente 
e que cada um receberá atenção especial dentro do processo de treinamento, deve-
se lembrar que eles surgem aleatoriamente e que o grande desafio será recompor-se 
rapidamente e com eficiência às mudanças. Sempre após a “destruição”de um 
sistema eleva-se a necessidade de “construção” do momento seguinte. 
Todos os momentos do jogo elevam a capacidade de concentração e 
intensidade, posicionamentos específicos, ocupação de espaço e tempo, formação de 
linhas e cobertura do espaço de jogo. 
A ideia central deste livro é justamente essa, tratar todos esses aspectos de 
maneira didática, sem criar novos paradigmas, mas organizar os conteúdos facilitando 
a elaboração dos métodos de treinamento para o Futsal. 
Esta é mais uma pequena contribuição que deixo ao Futsal, em forma de 
agradecimento por tudo que esse apaixonante esporte me proporciona todos os dias. 
 
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Capítulo I 
 
Processos e Modelos de Construção do Treinamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Construção Metodológica do Treinamento 
Conceituação e Importância das Sessões de Treinamento 
 
Penso que uma das grandes preocupações que todos nós temos 
diante de uma equipe é saber como administrar e planejar nossas sessões de 
treinamento, dar às sessões um caráter de proximidade técnica e legitimidade 
ao jogo que se desenvolverá. 
A teoria tradicional do treinamento evidencia inúmeras lacunas sobre 
a melhor metodologia a se adotar, e torna-se fundamental buscar 
esclarecimentos relacionados à problemática, aos conceitos, ao planejamento, 
e às questões relativas à Periodização Tática. 
O treinamento não é apenas repetição de atividades técnicas e 
táticas, vão muito além disso. É preciso averiguar a especificidade e o modelo 
de jogo proposto, atendendo a contemplação dos princípios e subprincípios 
desse modelo. 
O treinamento deve assemelhar-se ao jogo proposto pelo modelo 
técnico da equipe e suas características individuais/coletivas. 
As dúvidas de como treinar e de que forma maximizar os benefícios 
do treinamento criam uma grande lacuna, despertando ainda mais interesse 
pelos modelos de treinamento de equipes que obtêm sucesso. 
Com o surgimento dessa problemática, identificamos alguns fatores 
importantes para o esclarecimento dessas dúvidas, observando que a 
dimensão tática é quem irá gerir o processo do treinamento associando fatores 
físicos, técnicos individuais/coletivos e também fatores emocionais. Desta 
forma, devemos procurar um modelo que oriente toda essa especificidade e 
que leve em consideração todos esses fatores importantes. 
O foco de observação deve ser em pontos determinantes para o 
sucesso das ações, tais como: 
• De que forma estamos treinando e se realmente estamos 
aplicando nas sessões os conceitos do nosso modelo de jogo; 
• Se as sessões de treino contemplam características técnicas, 
táticas e físicas; 
• E se existe uma concepção de jogo integrado com o processo 
de treinamento. 
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Sublinhado
A identificação desses aspectos auxilia em nossas conclusões por 
relacionarem objetivamente em que caminho estamos e em qual direção 
iremos seguir. 
Com informações claras, poderemos traçar a forma ideal que 
pretendemos para que nossa equipe treine em função da forma que irá jogar. 
Os treinamentos são momentos importantes para que os recursos 
técnicos sejam aprimorados, mas o mais importante é utilizar o treinamento 
para transmitir aos atletas sua forma de pensar e sua filosofia de jogo. 
Se você conseguir transmitir essa informação, com certeza o seu 
planejamento de treino está no caminho certo. 
Embora a periodização seja fundamental para que haja um caminho 
a ser percorrido, é apenas parte desse processo e não o todo. 
O treinamento alcança dimensões que vão além da quantidade de 
exercícios e da repetição deles, que quase sempre objetivam o ganho de 
condição física, técnica e tática; será o modo de treinar que irá influenciar o 
modo de jogar. 
Ficamos muitas vezes preocupados em saber o que vamos trabalhar 
e qual a intensidade e o volume das sessões. Assim, deixamos de pensar no 
ponto fundamental, que é entender se conseguiremos transmitir a mensagem 
principal e se nossos atletas compreenderão uniformemente essas mensagens. 
Precisamos então implementar uma metodologia que se preocupe 
com o processo como um todo, observando de maneira global a dimensão 
física, técnica, tática e psicológica. 
Lembrando que, de forma geral, tudo está edificado na obtenção de 
resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Metodologia do Treinamento no Esporte 
 
 
Precisamos assegurar que o treinamento 
possua uma íntima ligação com o jogo, 
que transmita segurança e que 
mantenha relação com o resultado. 
 
 
As metodologias tradicionais do treinamento ainda nos trazem 
inúmeras dúvidas acerca do modelo ideal para se desenvolver uma equipe, 
melhorar seu rendimento e estabelecer um modelo que se ajuste a sua forma 
de jogar. 
Desenvolver e elaborar sessões de treinamentos que possam 
contemplar as necessidades físicas/técnicas e táticas sem desassociar-se da 
problemática que o treinamento exige, utilizando-se de conceitos claros e 
objetivos para sua completa obtenção. 
Ainda distantes de encontrar a “fórmula mágica”, caminhamos ao 
encontro dessas metodologias, e o que posso assegurar é que o modelo do 
jogo é a base fundamental para o planejamento do treino. 
Se conhecermos a verdadeira essência do jogo, teremos a 
possibilidade de montar uma metodologia segura e capaz de suprir nossas 
necessidades. 
As metodologias do treinamento no Futsal ainda priorizam muito a 
aquisição da performance física/técnica e tática, mas muito pouco o 
desenvolvimento do poder criativo do atleta. 
O jogo é momento rico em incertezas, e estas produzem riscos e 
benefícios para nossas equipes, por este motivo justifica-se a elaboração de 
modelos de treinamentos com grau elevado de problemáticas. 
Este caminho poderá assegurar equilíbrio emocional para decidir 
sob pressão e encontrar a melhor decisão em situações adversas. 
Com o objetivo de encontrar essas respostas, desenvolvemos ainda 
conteúdos para uma formatação dos modelos e metodologias do treinamento 
para o Futsal. 
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Não podemos esquecer que nosso esporte possui especificidades 
físicas/técnicas e especialmente táticas. Relacionar o treino à forma de jogar é 
imprescindível para o sucesso de uma equipe. 
Então o que pretendo não é elaborar a receita infalível, mas 
organizar a sessão de treinamento baseando-se no modelo/padrão do jogo. 
Os conteúdos aqui relacionados são baseados na minha experiência 
profissional e no conjunto de informações teórico-práticas adquiridos através do 
estudo no Futsal, cujo objetivo é mostrar uma visão abrangente e não somente 
relacionada às aquisições da técnica e da tática da modalidade. 
Trago para o conhecimento de todos minha metodologia de trabalho, 
que não privilegia a robotização do atleta, mas sim o desenvolvimento de seu 
potencial cognitivo, dando a ele uma autonomia em suas decisões. 
Baseando-me em inúmeras interrogativas, sigo desenvolvendo 
metodologias que possam auxiliar novos treinadores e despertar o excitante 
ambiente da incerteza que o jogo nos proporciona. 
A operacionalização do treinamento passa por organizar nossas 
sessões de maneira integrada com os problemas do jogo, suas “armadilhas”,aspectos importantes da evolução e em especial a formatação de uma linha de 
trabalho que objetiva a velocidade entre o pensamento e a ação, 
proporcionando avanço no desenvolvimento do atleta. 
Todo esse desenvolvimento se dá em razão de implementar novas 
ações e criar referências para conceitualização do jogo como algo muito mais 
amplo do que apenas aquisição de fatores físicos/técnicos e táticos, e também 
um ganho emocional e seguro para decidir as partidas, pois acredito que o 
Futsal é norteado por uma grande complexidade e elevado grau de 
dificuldades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Desenvolvimento do Treino – Aplicação no Jogo 
 
O objetivo principal do jogo, com toda certeza, é buscar a 
superioridade técnica e física sobre o adversário. É para isso que trabalhamos 
todos os dias. Sob o risco de conseguir ou não tal feito. 
Muitas vezes o domínio técnico e físico é evidente, o que nem 
sempre na prática se traduz em vantagem no resultado. Quem de nós nunca 
presenciou o domínio de uma equipe acabar em um resultado desfavorável? 
Infelizmente a explicação se torna muito difícil quando isso ocorre. 
Difícil de explicar e difícil de compreender; o que é seguro dizer é que isso 
acontece. 
Por isso, além de produzir uma história, o jogo também produz 
enigmas a respeito do que acontece e de que forma aconteceu. 
Outro fator relevante é interpretar a sensação que isso provocará na 
cabeça de cada atleta da sua equipe, como eles analisarão tal acontecimento e 
como irão reagir frente a essa incapacidade de aceitar o jogo como ele se 
apresenta. 
Neste momento, entra em cena a presença do técnico/psicólogo 
com um grau de conhecimento restrito, muitas vezes. 
Desconhecer tais fatores pode provocar um agravamento dessas 
sensações e elevar o grau de insegurança e impotência para a necessária 
reação. 
É preciso conhecer o comportamento de cada atleta e sair em busca 
do auxílio para não pôr a perder parte importante de seu trabalho técnico e a 
autoconfiança dos seus atletas. 
Primeiro passo: está descartada a possibilidade de achar culpados. 
Entende-se neste momento que o mais importante é a restauração da equipe e 
dar seguimento ao caminho em busca de soluções. 
Segundo passo: se não retirarmos as armaduras que usamos na 
última batalha correremos o risco de esquecer que por baixo delas existem 
seres humanos. 
Terceiro passo: cada um está com um tipo de ferimento, então o 
remédio não pode ser igual para todos. 
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Quarto passo: senhor técnico, trate de ser forte e estar preparado 
para ajudar cada um deles a se recuperar, ouvir e principalmente ter sua 
própria análise bem resolvida. 
Para muitas pessoas, somos vistos como máquinas perfeitas que 
não podem falhar, muitos são incapazes de nos enxergar por baixo de nossas 
armaduras, de perceberem que sempre nos ferimos em nossos combates 
(jogos) e que muitas vezes não nos recuperamos desses ferimentos e já 
estamos lutando novamente. 
Cada jogo exige e provoca uma elevada gama de sentimentos e 
sensações, e é muito perigoso lidar com tudo isso sem conhecer suas 
consequências. O perigo se inicia inclusive quando dizemos “preciso motivar 
meus atletas”. De que forma faremos isso sem desencadear sensações de 
medo, desconfiança ou de coragem excessiva e bravura? 
Cada dia acredito ainda mais que é necessário conhecer-se a si 
próprio e a seus atletas, entender suas reações e comportamentos para auxiliá-
los nesta dura tarefa de competir. 
O princípio da individualidade precisa estar sempre presente e claro 
em nossas ações, não podemos usar a mesma receita; o que para uns é cura, 
para outros é fatal. 
Após uma derrota, os questionamentos e a impotência tomam conta 
de nossos pensamentos, mas também restauram nosso comportamento e nos 
deixam mais atentos ao que nos é dito. Somos capazes de absorver melhor as 
informações que nos serão passadas. 
Certamente se tivéssemos vencido poderíamos estar movidos 
também por certa arrogância e orgulho. Então é ruim vencer? Não! Não é ruim 
vencer; a questão é que perder faz parte desse contexto. Saiba lidar com as 
duas sensações e busque explicações sensatas para a reconstrução. 
 
 
 
 
 
 
 
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POT – Programa de Orientação Tática 
Planejamento teórico das ações que envolvem o treinamento 
 
O programa de orientação tática nada mais é do que um 
planejamento teórico das ações que envolvem o treinamento. 
O processo consiste em orientar-se por meio dos conceitos do jogo, 
objetivando a elaboração do conteúdo teórico a ser desenvolvido. Muitos 
trabalhos são realizados sem a necessidade de fundamentar os seus 
conceitos, outros tantos necessitam dessa orientação para um entendimento 
eficiente. 
Basta então que, após elaborarmos uma sessão de treinamento ou 
um programa, possamos pensar em sua fundamentação, estabelecendo 
pontos importantes de observação, correção e ajustes. 
As sessões de treinamento cujo objetivo é desenvolver a capacidade 
do atleta na busca por soluções e que em sua totalidade priorize sua 
criatividade devem receber atenção nesses processos, mas não são sessões 
que tenham uma evolução significativa se interrompidas frequentemente. 
Já as sessões cujo objetivo é fixar movimentos, ajustar correções de 
tempo e o desenvolvimento de manobras de ataque, coberturas de marcação, 
entre outros aspectos, merecem uma fundamentação, e por esta razão um 
programa de orientação tática. 
Dividir os processos do jogo, elaborar as funções de cada posição, 
determinar as variações e as possibilidades de ajuste e correção de 
movimentos são algumas das atividades que apresentam evolução significativa 
quando bem elaboradas e fundamentadas. 
O programa de orientação tática não segue padrão didático, apenas 
desperta a importância da elaboração desse importante processo. 
A elaboração de planilhas de controle e avaliação do desempenho 
individual/coletivo é importante para a análise do avanço, tanto das sessões de 
treinamento, como também da aplicabilidade dos treinamentos durante os 
jogos. 
Ressalto também a importância da estatística como base de 
fundamentação das ações, assim como a utilização dos scouts técnicos em 
jogos e treinamentos. 
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As Fases da Construção do Treinamento 
Fragmentação das Sessões de Treinamento – Etapas e Processos 
 
Elaboramos as fases de construção do treinamento com o objetivo 
de cumprir as etapas e os processos de evolução, garantindo assim uma 
relação direta entre o que treinamos e o que realmente será útil para o 
planejamento de jogo. 
Desta maneira, entendo que a fragmentação das sessões auxilia-
nos a identificar os processos, interromper ou avançar as etapas à medida que 
observamos sua viabilidade e aplicação. 
 
Fases do Treino 
• Elaboração da Atividade; 
• Exposição da Atividade; 
• Fixação da Atividade (Ajustes/Correções); 
• Aplicação da Atividade (Com e Sem Resistência/Marcação); 
• Introdução Competitiva (Jogos de Aprimoramento); 
• Realinhamento da Atividade. 
 
As etapas metodológicas do treino, quando bem realizadas, 
garantem segurança e relação direta com os resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Processos Conceituais do Treino 
Elaboração da Atividade Técnico-Táticanas sessões 
 
É impossível falar em planejamento sem falar em organização. Para 
se planejar algo é necessário organizar as estruturas do trabalho que iremos 
realizar, qual a intenção, quais caminhos iremos percorrer para alcançarmos 
aquilo que desejamos. 
Desta forma, o processo de elaboração da atividade é o primeiro 
passo para a montagem do planejamento das sessões de treino. Tudo que 
será realizado posteriormente deve ser antes analisado com critérios bem 
definidos, com base na estrutura da equipe, do potencial técnico, dos objetivos 
e, é claro, do tempo disponível para a realização do trabalho. 
Esta fase do trabalho é uma fase de estudos, em que buscamos 
entender e compreender as dinâmicas e as adaptações que serão necessárias 
até alcançarmos o objetivo proposto. 
Quando elaboramos nossas atividades práticas estamos fazendo-a 
baseando-se no conhecimento que temos sobre a equipe, do seu potencial 
individual e de sua capacidade para reproduzir estes ensaios. 
A necessidade de fundamentar teoricamente esse processo poderá 
auxiliar-nos no entendimento e principalmente no plano de exposição da 
atividade, momento em que esta é informada ao atleta. 
Por meio desse processo teórico, elaboramos as regras específicas 
da atividade. São elas que irão limitar ou incentivar alguma ação de acordo 
com o propósito da atividade. 
É preciso ter muito cuidado quando elaborarmos uma atividade e 
simplesmente a reproduzirmos em nossa equipe sem atender esses critérios, 
pois poderemos incentivar movimentos e situações que prejudicarão nossos 
atletas; chamamos isso de vícios de movimento. Eles são extremamente 
nocivos ao desenvolvimento motor e cognitivo do atleta. 
Depois de memorizados e mecanizados pelo atleta, torna-se um 
padrão motor/mental e sua reinterpretação é algo bem mais complicado de se 
mudar. 
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Analise qual é o seu objetivo com a atividade sugerida, qual sua 
aplicabilidade e quais serão os pontos de observação, estude a atividade e 
promova sempre que necessário as adaptações e correções. 
Dessa maneira, você irá treinar de forma correta e os benefícios do 
treinamento serão alcançados, lembrando que todo esse processo é contínuo e 
evolutivo. Parta sempre do simples até os pontos complexos das atividades, 
evite iniciar com atividades com alto grau de complexidade, pois isso poderá 
frustrar e inibir a participação do atleta, e assim inviabilizar todo o processo de 
construção de uma atividade ou movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Processos Conceituais do Treino 
Exposição da Atividade Técnico-Tática nas sessões 
 
O processo de exposição da atividade é um momento importante. 
Como todos nós sabemos, vendemos sonhos através de movimentos e nossos 
atletas são influenciados pela nossa convicção, pela forma com que 
conduzimos nossos trabalhos e pelos objetivos que lançamos como desafio. 
Quando possuímos o conhecimento daquilo que propomos e 
demonstramos confiança no que estamos fazendo, com certeza isso irá se 
reproduzir fidedignamente em nosso trabalho, do contrário, se não 
acreditarmos ou não fundamentarmos nossas metas e objetivos, ou se não 
possuirmos o conhecimento daquilo que estamos realizando, instala-se o clima 
de desconfiança, tornando tudo mais difícil. 
Após a elaboração da atividade, em que montamos as regras 
específicas da atividade prática, identificamos possíveis mudanças e 
previamente analisamos o desfecho da atividade. Em seguida, faremos a 
exposição, processo na qual iremos explicar os objetivos, demonstrar as 
possibilidades, os benefícios e também teremos a clara evidência do que 
poderá não dar certo, prevendo então possíveis problemas. Desta forma, 
prepararemos as estratégias. 
Preocupo-me muito quando recebo pedidos de profissionais por 
atividades práticas, trabalhos de quadra, pois percebo que isso poderá, em vez 
de ajudar, prejudicar e muito tanto o desempenho de sua equipe quanto o 
relacionamento com os seus atletas. 
Não existe atividade de sucesso, o que existe são atividades que 
atendem a necessidade de sua equipe, que respeite e auxilie a característica 
dela e que seja exclusiva para aquele grupo. 
A diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem. Pensando 
assim, posso afirmar que o que serve para minha equipe poderá prejudicar a 
sua. Surge então a necessidade de nos empenharmos e estudarmos as nossas 
características técnicas para então elaborar nossas próprias atividades 
baseando-nos nesses processos de elaboração. 
Demonstre confiança no que faz, transmita com segurança e seu 
atleta irá confiar em seu trabalho. 
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Processos Conceituais do Treino 
Execução das Ações Técnico-Táticas nas sessões 
 
Desenvolvimento de uma linguagem técnico/tática comum a todos, 
facilitando os movimentos e tornando-a claro para sua aplicação real. 
Importante observar as execuções das ações técnico-táticas sob o 
ponto de vista teórico e prático. Não podemos pensar em movimentos 
sincronizados sem prévia conceituação teórica desses movimentos, observar 
sua aplicabilidade, sua importância e em especial a flexibilidade de adaptações 
e correções. 
Destaco alguns pontos de observação importantes dentro desse 
contexto: 
• Habilidade Técnica 
• Domínio da Posse de Bola 
• Velocidade/Qualidade de execução dos movimentos 
• Compreensão/Reprodução dos gestos técnico-táticos. 
 
Essas observações podem elucidar as dúvidas e proporcionar 
mudanças importantes nos modelos. 
Nos treinamentos técnico-táticos, o atleta não deve limitar-se a 
repetir somente os exercícios, mas enxergar possibilidades e integrar essas 
ações ao modelo de jogo. 
O treinamento de ações técnico-táticas consiste em organização 
sistemática dos movimentos do jogo e promove interligação dinâmica entre 
execução/correção do padrão proposto e, por fim, a análise de sua aplicação. 
Todo trabalho apresentado deve ser criteriosamente avaliado para 
que sua real aplicação seja garantida. 
Para determinados treinamentos, a necessidade de informações 
teóricas é de suma importância para conceituar os trabalhos antes de propor 
sua apresentação. A boa explicação e compreensão teórica da atividade 
realizada resultarão em fixação técnico-tática, e esse processo poderá garantir 
a aplicação prática da atividade no jogo. 
Deve-se ter em mente que a execução de movimento cria padrões e 
gestos técnico-táticos, motivo pelo qual é preciso ter cuidado nas orientações. 
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Processos Conceituais do Treino 
Aplicação das Ações Técnico-Táticas nas sessões 
 
 
A aplicação das ações técnico-táticas nas sessões de treinamento 
podem ocorrer sob diversas vias. 
As mais importantes e que destaco neste tema são: 
• Aplicação da atividade sem resistência (mecanização das ações, 
sem imposição do sistema de defesa, facilitando a memorização da atividade); 
• Aplicação da atividade com resistência (mecanização das ações, 
com imposição do sistema de defesa, criando dificuldade e promovendo a 
correção dos movimentos através dos deslocamentos do ataque e defesa). 
Após a elaboração da atividade, necessitamos aplicá-la de forma 
prática para que, desta forma, possamos analisar sua viabilidade direta, se o 
exercício poderá possuirefeito sobre o plano de jogo. 
Na aplicação sem resistência, a memorização é sempre mais 
simples, permitindo ao atleta como única preocupação fixar mentalmente seus 
movimentos específicos e os demais movimentos que integrar a ação. 
Na aplicação com resistência, a memorização necessita estar em 
processo avançado. O atleta executa sem a preocupação de ter que se 
recordar dos movimentos. Neste processo, ele irá executar com foco nas 
possibilidades de futuras criações dentro da estrutura inicial, fará contribuições 
individuais com o objetivo de enriquecer os movimentos e aumentar a gama de 
possibilidades técnico-táticas. 
A presença da marcação na aplicação com resistência irá promover 
um claro conhecimento dos trajetos da movimentação, deslocamentos do 
ataque e defesa. Desta forma, poderemos promover na medida necessária os 
ajustes e correções desses trajetos, movimentos individuais simples e com 
complexidade de deslocamento, proximidade dos atletas de defesa, linhas de 
passe, ajuste de tempo, configurações coletivas, entre outros aspectos 
inerentes aos movimentos. 
A aplicação da atividade requer um grande nível de concentração e 
contribuição dos atletas. Em face das dificuldades que surgirão, poderemos 
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construir movimentos bem elaborados e com aplicabilidade comprovada em 
nossos jogos, motivo pelo qual o treinamento exerce grande função. 
Se construirmos bem nossos movimentos, com certeza eles terão 
relação direta com nosso plano estratégico de jogo. Do contrário, iremos perder 
tempo executando movimentos sem aplicação no jogo. 
O treinamento é o protótipo fiel das ações do jogo e deve ser sempre 
a missão de todo técnico: tornar o treinamento uma cópia fiel do 
desenvolvimento do jogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Processos Conceituais do Treino 
Introdução Competitiva – Jogos de Aprimoramento 
 
Este é o processo mais dinâmico dentro das fases de construção do 
treinamento. O processo de introdução competitiva se aproxima da realidade 
do jogo, cria situações diferentes e até mesmo inusitadas, pois as respostas 
dependem muito da imposição que o sistema de defesa ou as condições de 
regras são impostas para a realização da atividade. 
Como se pode observar, estamos evoluindo a cada processo e, à 
medida que vamos evoluindo, colocamos imposições para adaptar os 
processos até atingir um elevado nível de compreensão e eficiência da 
atividade. 
O processo de introdução competitiva exige resistência, e a 
metodologia para esse processo passa por incentivar quem sofre a ação a ter a 
vantagem de contra-atacar, de recuperar a posse de bola e obter o mesmo 
direito. Essas regras são apenas alguns exemplos de como incentivar e motivar 
o treinamento. 
Deve-se elaborar um jogo de aprimoramento, também chamado por 
alguns profissionais de “jogos de sustentação”, que atenda as necessidades 
daquela atividade específica, com regras e controle de tempo específicos para 
sua realização. 
Nesse processo, estamos “jogando” e executando a atividade de 
forma competitiva; essa é a realidade do nosso trabalho. 
Jogar é o último processo do treinamento. Muitos iniciam pelo fim e 
então possuem mais dificuldades na fixação, memorização e adaptação da 
atividade, pois o jogo é o processo mais complexo que possuímos. Por esse 
motivo, sempre iniciamos do processo mais simples para o mais complexo, e 
não o contrário. 
À medida que a atividade vai se adaptando, colocamos outros 
desafios, outras regras para que nossos atletas estejam constantemente 
buscando respostas e exercendo autonomia nas estratégias, isso os ajudará 
muito na formação de seu aperfeiçoamento motor e cognitivo. 
Sugiro que no primeiro momento desse processo, dediquemos 
esforços na observação do desenvolvimento da atividade, que nossas 
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interferências sejam restritas, pois precisamos analisar o desempenho dos 
nossos atletas frente às dificuldades do jogo e da atividade. 
Essas observações é que formarão uma análise de desempenho 
técnico-tático individual e coletivo. 
A partir desse processo, poderemos melhorar nossa atividade e criar 
ainda mais dificuldade, sempre na medida em que percebermos a 
compreensão do jogo competitivo. 
Devemos controlar nossa ansiedade por criar novos jogos a cada 
semana ou a cada sessão de treinamento, pois o princípio do treinamento é a 
repetição, e para que uma atividade possa se consolidar precisamos repetir a 
atividade várias vezes e formar uma análise criteriosa dessas etapas. 
Como se pode observar, o treinamento é algo muito íntimo e 
particular. Procure sempre formar seu próprio estilo de trabalho, respeitando as 
características dos seus atletas, e de forma a atender, além de sua expectativa, 
o seu modelo de jogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Processos Conceituais do Treino 
Realinhamento da Atividade – Processo de Reconstrução 
 
Como em qualquer processo, ou em qualquer situação de nossas 
vidas, chega o momento de reavaliar nossas atividades, identificar a 
necessidade de mudá-la, alterar suas regras, ou até mesmo deixar de executá-
la. 
No tema anterior, comentei sobre nossa ansiedade em realizar toda 
semana novas atividades, ou de elaborar a cada sessão um novo treinamento. 
Isso pode não ser benéfico, pois a repetição é um dos princípios do 
treinamento. 
Mas é importante observar em que momento devemos modificar ou 
alterar nossa atividade. Esse processo de realinhamento consiste em identificar 
o que pode e o que deve ser alterado, o que é viável manter ou o que não 
atende mais a expectativa de evolução. 
O realinhamento surge da necessidade de promover estímulos e 
manter o grau de dificuldade, processo pelo qual nos desenvolvemos e 
continuamos crescendo. 
Existem atividades que formam a estrutura do nosso jogo, aquelas 
que semanalmente repetimos para manter uma ou mais características da 
equipe, outras são atividades que formam a base de sustentação do 
desenvolvimento individual dos nossos atletas, há aquelas que incentivam sua 
criatividade e autonomia para tomar decisões, e temos ainda as que estruturam 
nosso jogo tático, as de repetição, que são as bolas paradas e manobras 
ensaiadas, entre tantas outras que formam o nosso programa de trabalho. 
Mas existem aquelas que se adaptam rapidamente às 
características, que deixam de estimular o atleta e que já não atendem mais a 
nossa expectativa, daí a necessidade de se realinhar a atividade, ou de excluí-
la de nosso plano de trabalho. 
A sensibilidade será sempre o melhor conselheiro, pois não há um 
tempo certo e um prazo determinado para essa ou aquela atividade, é 
importante estar atento e perceber em que momento ela deixa de ser 
realmente importante para nós e ter o desprendimento de não insistir em algo 
que já não possui o mesmo resultado. 
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O treinamento é o laboratório mais perfeito que existe. Nele 
experimentamos sensações e experiências que nos fazem evoluir juntamente 
com nossos atletas. É a grande oportunidade de conhecer a dificuldade de 
cada um e auxiliar no seu crescimento. 
Por meio do treinamento,alcançamos nossos objetivos no jogo, 
encontramos equilíbrio para competir e identificamos a relação direta que ele 
tem com nossos resultados. 
A partir do momento que seu treino se torna a base dos seus 
resultados, verá que dedicar-se mais a ele e elaborar os processos para sua 
construção trará, além do prazer, uma relação íntima com o trabalho e os 
resultados que ele proporcionará. 
Busque o equilíbrio para que suas sessões de treino atendam em 
especial às expectativas de seus atletas. Nesse processo, somos facilitadores 
e precisamos oferecer ferramentas para tornar o trabalho de nossos atletas 
melhor. Coloque-se sempre à disposição para ajudá-lo, pois esta relação irá 
refletir diretamente em seu ambiente de trabalho e, por consequência, nos 
resultados de todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os Princípios das Sessões de Treinamento 
Os princípios e as características das sessões de treinamento 
 
As sessões de treinamento costumam trazer elementos pessoais. 
Cada técnico possui sua metodologia de treinamento, e traz consigo o seu 
próprio estilo de trabalho. 
Todos buscam a mesma coisa: o rendimento coletivo e individual de 
seus atletas. Mas a excelência dependerá sempre do nível em que ele estimula 
as aptidões técnicas dos atletas. 
Encontramos então a nossa verdadeira missão: buscar e identificar 
os limites, propor ao treinamento as dificuldades necessárias, colocar 
problemas, dificuldades e obstáculos para testar a evolução. 
Repetir várias vezes alguns exercícios poderá evidenciar a busca do 
seu limite máximo, imprescindível nos jogos e em especial nos finais das 
partidas, em que o limite é colocado à prova. 
O princípio básico do treinamento é buscar uma evolução técnica, 
tática e física coletiva/individual, nunca esquecendo que a individualidade deve 
ser observada para que o efeito seja sempre uniforme. 
Apenas executar movimentos não garante evolução, pois o princípio 
secundário das sessões é o de proporcionar autonomia nas decisões, o que 
propiciará ao atleta alterações do padrão do movimento proposto para um 
ajuste necessário para tal situação. Vale ressaltar que essa autonomia advém 
do próprio ambiente de treino, das características de liberdade que nós, 
técnicos, garantimos aos nossos atletas e da forma criativa que desenvolvemos 
nossos trabalhos. 
Não estou lançando novos conceitos para o desenvolvimento das 
sessões, estou apenas resgatando o verdadeiro princípio do treino, que é de se 
aproximar sempre da realidade do jogo, e por meio deste tornar eficiente a 
atuação de nossa equipe. 
As características técnicas individuais de nosso trabalho também 
precisa estar presente nesse processo. Diz o ditado que: “A equipe é a cara de 
seu técnico”. Isso é verdadeiro e facilmente percebido quando enfrentamos 
equipes com estilo de jogo próprio e que traz a ideia principal da partida 
conforme seu treinador a enxerga. 
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Implantar sua característica de trabalho ao princípios do treinamento 
é a chave para a identificação desses conceitos, tornando este um caminho 
seguro ao desenvolvimento coletivo. Uma equipe que atua somente na 
“motivação” do confronto trilha caminhos incertos, pois a motivação é parte 
desse processo e não deve ser a parte principal, ou então o treinamento passa 
a não ter legitimidade. 
Equipes desconfiguradas taticamente revelam o modelo de treino 
desenvolvido todos os dias, além de produzir internamente inseguranças 
quanto a sua eficiência. Quando isso ocorre algo está errado e precisa ser 
revisto, pois facilmente reconhecemos quando não estamos no caminho certo, 
e o resultado passa a ser apenas a confirmação disso. 
Outro princípio importante no treinamento é a mobilização. Quando 
deixamos de nos mobilizar e buscamos a evolução constante, nossos 
adversários nos ultrapassam, e assim iniciamos um declínio técnico perigoso. 
Cabe ao técnico a tarefa de monitorar se sua equipe está realmente 
mobilizada para a realização das tarefas e, consequentemente, das 
metas/objetivos propostos coletivamente. Exigir mobilização em torno desses 
pontos resulta em disciplina e intensidade que, aliados ao trabalho, formam os 
pilares do sucesso de uma equipe. 
“Se você não estiver com vontade de 
treinar, reduza a duração, e não a 
intensidade”. (André Agassi). 
 
Este será sempre o ponto chave para alcançar sucesso, e nós, 
treinadores, teremos sempre a grande responsabilidade de monitorar e 
conduzir nossos trabalhos desta maneira. Lembre-se que, muito antes de 
colocar táticas ao jogo, precisamos incutir a filosofia de sermos sempre 
intensos naquilo que fazemos. Essa é a característica principal que podemos 
deixar em nossa equipe, a marca registrada aliada aos princípios do 
treinamento. 
 
 
 
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Princípio da Progressão Tática 
Avaliações e análises da aplicabilidade tática 
 
A ideia central do tema é direcionar importância ao processo de 
progressão das táticas aplicadas no jogo. O tema não está intimamente ligado 
às evoluções táticas no treinamento, mas a sua real aplicação no jogo. 
Existe, sim, uma ligação ao que se desenvolve nas sessões de 
treinamento, porém, a avaliação do que foi treinado e do que foi aplicado indica 
ou não uma progressão. 
Desta maneira, podemos dividir esse princípio de progressão em três 
partes, assim nominadas neste conteúdo: 
• Avaliação pós-ciclo de treino; 
• Análise pré-jogo; 
• Análise pós-jogo. 
 
Avaliação pós-ciclo de treino – Destina-se a uma avaliação de 
todo o conteúdo de trabalho elaborado para a montagem tática, tais como: 
▪ Situações de jogo e sistemas; 
▪ Elaboração das variações táticas; 
▪ Estratégias emergenciais. 
Além de outras necessidades que possam garantir legitimidade ao 
trabalho. 
Desta maneira, tudo que for elaborado neste ciclo pode e deve ser 
discutido entre todos os envolvidos, a fim de identificar as possibilidades de 
aplicá-las ou não no jogo. Mesmo que neste momento seja um tanto quanto 
subjetivo analisar. 
De comum acordo e tendo estabelecido os critérios e ajustes, todos 
trabalham para o seu cumprimento, criando assim uma relação de confiança no 
que foi proposto e estabelecido. 
Análise pré-jogo – Relacionado ao estudo tático do adversário e à 
aplicação da tática e estratégias estabelecidas. 
▪ Análise de riscos; 
▪ Definição dos sistemas (marcação e ataque); 
▪ Ações emergenciais (contenção/exposição). 
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Outras situações também poderão ser relacionadas, mas o foco 
principal será elaborar planos táticos baseando-se nas características do 
adversário, diria Plano Específico de Confronto. 
Neste processo, é extremamente importante analisar fatores 
externos, estatística e ambiente do confronto. 
 Os fatores externos são as análises comparativas entre as duas 
equipes, pontuação, posição de classificação e custo da partida. 
 Fatores estatísticos estão relacionados ao aproveitamento técnico 
e outras variáveis de controle. 
 Fatores ambientais dizem respeito ao local do confronto, em quais 
condições ele ocorre, expectativas emocionais em que ele se 
desenvolverá etc. 
A união desses processos cria Padrões de Análises 
Recomendáveis (PARTático). 
Chego, então, ao ponto principal desse tema e que considero o mais 
relevante. 
Análise pós-jogo – Justifico os motivos pelo qual considero este o 
ponto relevante deste conteúdo: a análise pós-jogo garante evolução ao 
conjunto desenvolvido anteriormente. 
Com a desintegração dos princípios aqui elaborados, conseguimos 
monitorar e avaliar melhor as etapas do nosso trabalho. Desta maneira, os 
pontos passam a receber atenção à medida que vamos vivenciando 
separadamente cada um deles. 
A análise pós-jogo retrata a forma com que os conteúdos táticos 
foram elaborados e aplicados, bem como a avaliação de forma objetiva de seus 
resultados. 
Lógico que necessitamos de bom senso para, neste contexto, 
analisar o resultado obtido. 
Tudo deve ser avaliado separadamente da seguinte forma: 
▪ O desenvolvimento do jogo; 
▪ O resultado do jogo; 
▪ O benefício ou prejuízo alcançado com o resultado. 
 
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Em muitos casos, vencer uma partida não significa que houve 
progressão tática. Assim como perder uma partida também não significa que 
houve atraso ou que não obtivemos crescimento. 
Trabalhamos para vencer jogos, mas é importante não se desligar 
do trabalho realizado, pois em determinado momento será ele que garantirá 
sucesso nos momentos decisivos. 
Costumo dizer que existem equipes que “vencem jogos, mas não 
vencem competições”. 
Um resultado isolado é apenas um resultado isolado, um trabalho 
bem realizado é um caminho para o sucesso. 
Finalizando o tema, saliento ainda a importância de administrar bem 
os resultados que são obtidos, sem pânico nas derrotas e tampouco euforia 
demasiada em vitórias. É importante entender que a progressão tática se 
constrói por meio de conceitos definidos e muita disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Método de Treinamento 
Os alicerces da construção dos métodos do treinamento no Futsal 
 
Passou-se o tempo em que nossas preocupações em relação ao 
treinamento eram apenas ministrar exercícios e atividades práticas. 
Com o surgimento das ferramentas de informação e a busca por 
novos “recordes”, a velocidade de tudo ganhou dimensões quase 
incontroláveis. Com isso, as dúvidas e as incertezas vêm aumentando na 
mesma proporção. 
Anteriormente, tudo que fazíamos ficava restrito ao próprio espaço 
onde realizávamos a atividade. Hoje, tudo é compartilhado, inclusive em tempo 
real, e tudo também se torna parte do passado muito rapidamente. 
É preciso avançar e desenvolver-se de forma constante para a 
inovação e a adaptação às inúmeras mudanças exigidas, o que, em minha 
opinião, desencadeou um processo de modismo a tudo que se faz e em 
relação a tudo que se propõe. 
No esporte, especificamente, as mudanças não acompanharam a 
maturidade emocional, o desenvolvimento físico e a aprendizagem cognitiva. 
Vários fatores são determinantes para a aceleração de um ciclo que 
não se completa mais, o ciclo do desenvolvimento natural do próprio atleta. 
Influenciado pela exposição e visibilidade da mídia, busca o sucesso 
sem se preocupar com o trabalho, avança processos importantes e, no 
momento que é realmente exigido, acaba falhando e, como pena, frustrando-
se. 
Sem o aporte emocional, tem dificuldades para retomar sua carreira, 
encontrar equilíbrio e suportar as pressões. 
Uma edificação construída sem base sólida. 
Face ao exposto, justifico a necessidade de estabelecer um método 
de trabalho que preconize o desenvolvimento global do atleta e não apenas 
suas qualidades técnicas individuais. 
No meu entender, o trabalho deverá respeitar a formação do atleta 
de forma geral, seu estado físico/mental. 
Acredito que uma mente equilibrada e resistente poderá suportar 
momentos difíceis e de alta pressão, comuns na vida profissional de um atleta. 
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Resistir às adversidades e encontrar soluções criativas aos 
problemas enfrentados são aspectos que diferenciam atletas profissionais. 
Preparados, reagem bem aos momentos críticos e mantêm sua 
performance em níveis aceitáveis que garantem seu bom desempenho. 
Um método de treinamento não consiste apenas em atividades 
práticas e técnicas, ele deverá ir além dessas questões. Deve compor uma 
base sólida e bem estruturada que envolve também a preparação mental do 
atleta. 
Face ao exposto, apresento meu método de treinamento global e de 
forma detalhada justifico e abordo os itens para um melhor entendimento. 
Lembrando que os métodos de trabalho devem conter em seu plano 
principal a filosofia e característica de quem o aplica. Não existem métodos 
infalíveis, tampouco soluções milagrosas para se obter resultados. O método é 
um espelho que reflete com exatidão os processos de trabalho, características 
técnicas/táticas e formas comportamentais de atuação de todos os membros 
envolvidos na equipe, respeitando sempre suas individualidades, relação 
pessoal/profissional e o ambiente de trabalho. 
 
Método de Treinamento Global 
• Segmentação das Estruturas do Jogo; 
• Estrutura do Processo de Treinamento/Jogo; 
• Fração do Treinamento; 
• Complexidade do Jogo – Elaboração das Formas; 
• Diminuição do Tempo de Reação (Pensamento/Ação); 
• Velocidade das Transições (Ataque/Defesa – Defesa/Ataque); 
• Evolução da Capacidade de Antecipação, Leitura e Interpretação do 
Jogo; 
• Exigência Comportamental. 
 
O método de treinamento é composto por seis itens relacionados ao 
desenvolvimento do trabalho, avanço técnico, tático, físico e mental. 
Os processos são elaborados e desenvolvidos de forma integrada, com 
objetivos estabelecidos para cada sessão de treinamento, respeitando sua 
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característica principal e mantendo sempre a proposta de evolução e correção 
contínua. 
Desta maneira, o atleta se desenvolve de maneira global, competindo 
dentro da estrutura de treino, com regras específicas para cada atividade, em 
velocidade e dinâmica comparadas ao jogo, criando aspectos realísticos nas 
sessões de treinamento diário. 
Para cada item relacionado ao método de treinamento, são elaboradas 
atividades específicas que complementam o grau de exigência, sua 
característica de aplicação e, por sua vez, garantem fidelidade ao processo de 
trabalho. 
Possuem adaptações dinâmicas nas estruturas práticas com 
possibilidade de intervenção e autonomia dos atletas na busca pela resolução 
dos problemas que o treino/jogo apresenta. 
Ativam sua capacidade cognitiva e de inovação em função das regras 
específicas determinadas e constantemente alteradas dentro da estrutura. 
Proporcionam segurança nas decisões tomadas e elevado nível de 
competitividade aos atletas. 
Sendo assim, é possível avaliar o comportamento técnico/tático e 
emocional de cada atleta, criando padrões de avaliações individuais, e 
identificando qual o nível de resposta e velocidade de cada um, auxiliando 
inclusive na composição das formações, garantindo segurança e relação com 
os resultados da equipe. 
O método de treinamento possui flexibilidade e preza pela criatividade 
do atleta. Quanto maior sua capacidade de antecipação, leitura de jogo e 
qualidade técnica individual, mais ilimitada será sua capacidade de 
improvisação e tomada de decisão. 
O método ainda auxilia o atleta na formação de bancode respostas 
práticas, em função das inúmeras possibilidades vivenciadas no treinamento. 
Na sequência, irei detalhar todos os processos, explicar suas 
características e de que forma desenvolvo este método de trabalho. 
 
 
 
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Método de Treinamento 
• Segmentação das Estruturas do Jogo: 
 
 Estrutura de Ataque 
 Estrutura de Defesa 
 Transições 
 Ataque/Defesa 
 Defesa/Ataque 
 Contra-Ataque 
 Manobras Ensaiadas 
 
A Segmentação das Estruturas refere-se às fases do jogo. Dentro de 
cada fase específica, estabelecemos pontos de aprimoramento técnico/tático, 
em que as atividades práticas são desenvolvidas. 
Os processos de jogo são interligados, mas as atividades são 
segmentadas para uma melhor avaliação e desenvolvimento. Com isso, 
aumentamos a eficiência nas execuções com foco direto no trabalho específico 
proposto. Por exemplo: se o objetivo do treinamento for desenvolver e trabalhar 
a estrutura de Ataque, a estrutura de Marcação não será o foco de observação 
e correção, todos os esforços são no sentido de unificar o entendimento e 
aperfeiçoamento do Ataque. 
Concentramos a atenção e a correção da Estrutura de Ataque 
promovendo atividades e jogos que priorizem as conclusões. Desta maneira, a 
equipe passa a elaborar ações de ataque independente da marcação que 
recebe. 
Da mesma forma, quando o foco de observação e correção é a estrutura 
de Marcação, este receberá total atenção para unificar o entendimento e o 
aperfeiçoamento da Defesa. 
As demais estruturas recebem todas a mesma importância e atenção, é 
natural que em função da pré-disposição individual e característica da equipe 
uma estrutura possa receber maior atenção, em função da própria 
característica do adversário, do tempo das sessões, entre outros fatores que 
mereçam a nossa atenção. 
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▪ Composição das Estruturas Segmentadas: 
 
 Estrutura de Ataque 
– Evoluções do Jogo (saída de pressão, organização e conclusão de 
ataque). 
– Movimentações orientadas (passes, passagens e ultrapassagens). 
– Conceitos de Ataque (linhas de avanço, posicionamentos e funções 
específicas individuais/coletivas). 
– Formas de Ataque (complexidade, superioridade, inferioridade 
numérica). 
– Ações de Ataque (jogo individual/jogo coletivo). 
 
 Estrutura de Defesa 
– Comportamento da Defesa (individual, zona ou mista). 
– Defesa orientada (ponto de fuga, indução, técnica de abordagem). 
– Posicional (linhas, espaços, pontos e ângulos desfavoráveis). 
– Postura (agressiva, passiva). 
– Recomposições (dobras, coberturas e inferioridade numérica). 
 
 Transições – Ataque/Defesa, Defesa/Ataque 
– Leitura da Ação (velocidade/temporização). 
– Potencialização da Ação (aberturas, condução e conclusão). 
– Redução da Transição (reação e decisão). 
– Identificação da Ação (espaço de ocupação, posse de bola, 
inferioridade/superioridade). 
 
 Contra-Ataque 
– Leitura da Ação (velocidade/temporização) 
– Orientação (vantagem numérica) 
– Potencialização da Ação (aberturas, condução e/ou conclusão). 
 
 Manobras Ensaiadas 
– Movimento (saída de pressão, manobras de ataque e conclusão). 
– Bolas paradas (faltas, saída de centro, canto e laterais). 
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Método de Treinamento 
• Estrutura dos Processos do Treinamento/Jogo: 
 
▪ Técnica Individual 
▪ Ações Coletivas Ofensivas 
▪ Ações Coletivas Defensivas 
▪ Ações Especiais do Jogo 
▪ Jogo 
 
 Técnica Individual – Desenvolvimento das técnicas individuais que 
compõem o acervo gestual do atleta de Futsal, permitindo que os 
componentes técnicos melhorem sua performance e o auxilie na sua 
forma de jogar. 
 
- Passe/Recepção 
- Com posse de bola 
- Controle/Condução/Proteção 
- Velocidade/Temporização 
- Sem posse de bola 
- Marcação/Desarme/Antecipação da Ação 
- Agrupar/Dispersar 
- Situações Individuais 
- Drible/Finta/Finalização 
 
 Ações Coletivas Ofensivas – Desenvolvimento das ações que 
compõem o sistema ofensivo e que potencializam as movimentações 
de ataque. 
 
- Interligação dos Pares (Simples, Complexa e Avançada) 
- Desenvolvimento dos Princípios e Subprincípios do Sistema 
- Ataque Organizado 
- Ataque Rápido 
 
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 Ações Coletivas Defensivas – Desenvolvimento das ações que 
compõem o sistema defensivo e que potencializam as estruturas da 
defesa. 
 
- Representação das estruturas de defesa (Filosofia de marcação) 
- Sincronismo estre os pares (Simples, Complexo e Avançado) 
- Desenvolvimento dos Princípios e Subprincípios do sistema 
- Pontos de equilíbrio – Elementos da Marcação Individual (Formação 
do Conjunto Coletivo) 
 
 Ações Especiais do Jogo – Desenvolvimento das estruturas especiais 
do jogo, em vantagem e desvantagem númerica. 
 
- Ataque 5x4 / Marcação 4x5 
- Ataque 4x3 / Marcação 3x4 
 
 Jogo – Transferência das técnicas e táticas desenvolvidas no 
treinamento para o modelo de jogo proposto. 
 
- Identidade da forma de jogar 
- Transferência do treinamento 
- Adaptação do modelo e a Flexibilização/Ajuste do modelo 
- Competitividade 
 
 
 
 
 
 
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Método de Treinamento 
• Fração do Treinamento 
 
A Fração do Treinamento (FT) surge em função da complexidade do 
jogo. Os movimentos são realizados em pontos de ação inicial e seguem o 
seguinte desenvolvimento. 
 
 
Após as bases fracionadas, o início do processo de montagem e CONEXÃO 
DO JOGO INDIVIDUAL 
 
A Fração de Treinamento produz evolução técnico/tática de forma 
significativa, pois as atividades coletivas de grande complexidade são 
fracionadas e elaboradas didaticamente com o objetivo de estabelecer 
movimentos específicos e deslocamentos orientados, facilitando o 
entendimento de todos em relação às bases determinadas. 
 
• Ponto/Base Inicial – De onde parte a Ação. 
• Deslocamento – Realizados os movimentos 
específicos. 
• Ação Final – Ponto de destino da Ação. 
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Se possuirmos uma movimentação ou uma manobra ensaiada e que 
requer repetição, nada melhor do que tirarmos inicialmente a complexidade 
dessa ação, determinando pontos de ação isolados e trabalhando cada ponto 
separadamente até adquirir o entendimento e o aperfeiçoamento das bases e, 
aos poucos, vamos interligando os pontos e criando dinâmica ao movimento. 
Por exemplo: 
Uma jogada de Lateral 
▪ Ponto Base/Inicial – De onde parte o passe (Base 1). 
▪ Deslocamento – As bases de posicionamento e seus movimentos. 
(Base 2 e/ou 3). 
▪ Ação Final – Local onde se concluia ação final (Base 3 e/ou 4). 
Após identificarmos os pontos base e determinarmos o que cada 
base deverá realizar, iniciamos o processo de dinâmica, em que cada base 
executará seu movimento e função, podemos realizar essa atividade com 
movimentação integrada e incluindo a dinâmica progressiva ao movimento. 
Utilizando apenas 3 bases de início, e na medida em que o 
movimento vai se formando, incluímos a quarta base. Desta maneira, todos vão 
se adaptando aos movimentos de cada base. 
 
 
 
As correções ficam simplificadas e se ajustam melhor ao tempo, 
espaço e velocidade proposta para o trabalho. 
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Podemos ainda potencializar e integrar todos os movimentos, 
aproveitando cada um deles em outras ações tanto de bolas paradas como em 
manobras de movimentação ofensiva. 
Cada base terá sempre movimentos específicos, é importante 
identificá-los e, após, promover a conexão entre eles. 
 
 
 
Abaixo verificamos três pontos importantes que devem se repetir 
dentro das etapas dos processos de evolução das FT. Eles garantem uma 
análise segura e proporcionam a possibilidade de modificações sempre que 
necessário. 
• Repetições e ajustes de tempo e sincronia; 
• Correções frequentes ou sempre que necessárias; 
• Utilização de jogos de sustentação técnico/tático. 
 
 No próximo tema, veremos a importância da Fração de Treinamento, 
abordando a complexidade do jogo, pontos negativos para enfrentar essa 
complexidade e os riscos de não formular estratégias que potencializem o 
ataque; a ideia de fracionar o treinamento se sustenta sobre a ideia de se 
diminuir o enfrentamento do jogo complexo. 
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Método de Treinamento 
• Complexidade do Jogo – Elaboração das Formas 
 
Entender o jogo é imprescindível para se trabalhar o treinamento e, 
através das informações teóricas, podemos demonstrar a importância de 
diminuir a complexidade do jogo. 
Veja a organização no esquema abaixo: 
Elaboração das Formas 
 
1. Início de Jogo – Estrutura inicial 5 x 5 
2. Desenvolvimento do jogo (quase que na totalidade) – 4 x 4 
3. Jogo Especial – 5 x 4 / 4 x 3 (Ataque e Marcação) 
4. Elaboração das estratégias – 4 x 3 / 3 x 2 (Criar Superioridades). 
5. Potencialização das estratégias – 2 x 1 / 1 x 1 (Sucesso da Ação). 
 
O jogo deve desenvolver-se para ser o menos complexo possível, 
atuando como elemento de prioridade e objetividade de finalizar a ação 
ofensiva (Ponto principal – Ataque/Gol). 
 
 
 
As configurações do jogo são apenas um cumprimento da regra, não 
necessariamente se desenvolve na formatação habitual. Penso que nossos 
esforços são em quebrar esses paradigmas e elaborar estratégias mais 
eficazes para diminuir a complexidade. Nesse processo, o treinamento é 
fundamental para o sucesso dessas ações. 
O enfrentamento complexo proporciona riscos defensivos, e como já 
abordado neste livro os sistemas são interligados. Pensando dessa maneira 
imaginamos que ao elaborar o jogo ofensivo precisamos também nos 
estruturarmos para o jogo defensivo. 
Podemos fundamentar melhor os riscos do enfrentamento complexo 
através dos pontos abaixo relacionados. 
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As desvantagens do Jogo Complexo 
 
Manifestações de inúmeras ações imprevisíveis, tornando o jogo 
inseguro mesmo que muitas dessas ações tenham sido previamente previstas 
ou antecipadas, tais como: 
 
1. Não identifica com exatidão as probabilidades; 
2. Ações involuntárias do adversário; 
3. Riscos na elaboração de estratégias; 
4. Elevada exposição do jogo ofensivo. 
 
Ciente das dificuldades, surge a necessidade de construir elementos 
técnico/táticos para potencializar as ações de ataque ao adversário. 
Veremos a seguir a conceitualização das formas do jogo, detalhando 
melhor as teorias aqui levantadas e pontuando essas informações. 
 
• Início de Jogo – Estrutura 5 x 5 
A configuração inicial do jogo é no formato 5x5. Essa configuração 
atende o limite de confronto previsto na regra, portanto, trata-se de uma 
questão apenas formal. O que quero é tentar quebrar esse paradigma, já que 
entendo que não necessitamos enfrentar o jogo com essa formatação, e que 
podemos desmistificar este conceito estrutural. 
• Desenvolvimento do Jogo – 4 x 4 
Mesmo com participação dos goleiros em funções avançadas, o que 
ocorre na sua totalidade é um enfrentamento 4x4, salvo em algumas equipes 
em que se utiliza o goleiro de forma até abusiva ao meu ver para obter 
“vantagem” 5 x 4. O jogo tem em sua grande maioria uma formação de jogo de 
igualdade, e é nesse ponto que gostaria de colaborar com minha visão a 
respeito do assunto, já que quanto mais atletas envolvidos na ação, maior será 
sua complexidade e maior o grau de dificuldade. 
A questão não é eliminar esse conceito de enfrentamento, mas 
potencializar o jogo fracionado, executando movimentos onde ocorrem 
logicamente a participação de todos os atletas, mas que em determinado 
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momento ocorre o desprendimento dessas configurações utilizando-se de 
buscas e aproximações que permitam a superioridade fracionada, 
intensificando assim as ações. 
• Jogo Especial – 5 x 4 / 4 x 3 (Ataque e Marcação) 
O jogo especial é caracterizado pelo momento especial de uma 
partida, ou seja, momento da utilização do Gol linha, da necessidade de atacar 
ou marcar com tal estratégia, assim como momentos em que uma das equipes 
perde um atleta no caso de expulsão e precisa marcar ou se beneficiar 
atacando com vantagem numérica durante o período determinado. Para esse 
período do jogo, é preciso desenvolver uma metodologia própria, por isso 
denominado Jogo Especial. 
• Elaboração de Estratégia – 4 x 3 / 3 x 2 
A elaboração de nossas estratégias ofensivas está relacionada às 
configurações de vantagens numéricas 4 x 3 e 3 x 2, que permitem certa 
vantagem para a realização de um ataque efetivo que possam realmente surtir 
efeito. As estratégias quebram o conceito de enfrentamento tradicional. Desta 
forma, o sucesso da equipe dependerá sempre da maneira com que estas são 
realizadas e, logicamente, quanto mais eficientes mais eficazes serão. 
• Potencialização do Ataque – 2 x 1 / 1 x 1 
Quando nossos movimentos ofensivos conseguem criar situações 2 
x 1 ou 1 x 1, posso assegurar que nossas ações obtêm sucesso. 
Independentemente da configuração inicial, da utilização de um número maior 
de atletas envolvidos no jogo, criar uma vantagem sobre o adversário é o ponto 
principal do jogo; a formação de triângulos ofensivos é uma tentativa de obter 
essa vantagem. Quando isso ocorre, mantemos nosso sistema de defesa 
preparado para as coberturas e também para o pronto restabelecimento da 
estrutura de jogo. 
Muitas vezes, partimos desorganizadamente ao ataque, lançando-
nos sem nos preocupar com a recomposição da defesa. Claro que se estamos 
atacando, o nosso principal objetivo é realmente se impor sobre o adversário. 
Ocorre que ao não se organizar para isso o nível de exposição é muito maior e, 
por consequência, o prejuízo também. Já abordei aqui neste livro a 
necessidade de potencializar nosso ataque concentrando-o em mais de um 
ponto ofensivo. Desta maneira, todos os envolvidos são efetivamente atacantes 
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em potencial, mas a função dos deslocamentos

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