Grátis
231 pág.

5 de 5 estrelas









5 avaliações
Enviado por
Fernanda Lima
5 de 5 estrelas









5 avaliações
Enviado por
Fernanda Lima
Pré-visualização | Página 11 de 50
e 29, VIII, da CF). Tendo como termo inicial a diplomação e temo final o término do mandato. b) Imunidade formal ou relativa. Também denominada imunidade processual, refere-se à prisão, ao processo, a prerrogativas de foro. Os parlamentares somente podem ser presos na hipótese de flagrante de crime inafiançável, caso em que a respectiva Casa deliberará, em 24 horas, sobre a prisão. Poderá, ainda, por maioria dos membros da respectiva Casa, sustar o curso da ação penal instaurada contra o parlamentar, desde que referente à infração penal perpetrada após a diplomação. c) Imunidade dos vereadores (art. 29, inc. VIII, CF). Os vereadores possuem apenas imunidade material por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do respectivo município. Obs.: A imunidade material e formal foi estendida aos deputados estaduais (art. 27, parágrafo 1°, da CF). Contudo, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, as imunidades e prerrogativas concedidas aos deputados estaduais limitam-se às autoridades judiciárias dos respectivos Estados- membros, dispondo na Súmula 3 o seguinte: “A imunidade concedida a Deputado Estadual é restrita à Justiça do Estado- Membro”. 11. DISPOSIÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO DA LEI PENAL 11.1. Crimes à distância. Se da quando a conduta do agente ocorre em um país e o resultado se deflagra em outro. Temos como exemplo o caso do agente que da Argentina encaminha uma carta bomba para o Brasil e aqui ocorre a explosão. É aplicável a lei brasileira porque o resultado ocorreu aqui. Aqui tratamos de fixção de competência internacional e não de competência interna. 11.2. Tentativa nos crimes à distância. É possível a aplicação da lei brasileira nas hipóteses de crime à distância tentado, desde que a ação ou omissão tenha se dado no território nacional ou, se ocorrida no estrangeiro, devesse o resultado produzir-se aqui. Não houve previsão legal em caso de ocorrência de resultado parcial no território nacional, o que leva a dúvidas sobre a aplicação da lei brasileira nesta particularidade. Entretanto, entende a doutrina que ‘parte do resultado’ é como se resultado fosse, o que torna aplicável a lei pátria, entretanto há divergência doutrinária neste sentido. 11.3. Pena cumprida no estrangeiro. Segundo disposto no artigo 8°, do Código Penal, a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 11.4. Eficácia de sentença estrangeira Art. 9o - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: Exame de Ordem Direito Penal – Parte Geral e Especial Profs. Geibson Rezende e Kheyder Loyola redejuris.com 25 PROTEGIDO PELA LEI DOS DIREITOS AUTORAIS – LEI 9.610/98 I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende: a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. 11.4.1. Efeitos no Brasil. A sentenç profereda no estrangeiro surte efeitos no Brasil Independentemente de homologação para fins de reincidência, detração penal etc., entretanto, para fins de obrigar o condenado a reparar o dano ou restituir a coisa, a sentença deve ser homologada no Brasil; também é necessária a homologação quando o sentenciado sujeitar-se à medida de segurança; a homologação de sentença estrangeira é feita pelo Superior Tribunal de Justiça (art. 105, I, i, CF). 12. CONTAGEM DE PRAZO Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Tema importante em matéria penal é a contagem do praxo. No direito brasileiro o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo, assim, se uma pena começa a ser cumprida às 23:30h, os 30 minutos restantes serão contados como sendo o 1° dia; o prazo penal distingue- se do processual, pois, neste, exclui-se o 1° dia da contagem, assim, se o réu é intimado da sentença no dia 10.04, o prazo para recorrer começa a fluir apenas no dia 11.04 (se for dia útil); os prazos penais são improrrogáveis, assim, se o prazo termina em um sábado, domingo ou feriado, estará ele encerrado, ao contrário, os prazos processuais prorrogam-se até o 1° dia útil subseqüente; se o CP e o CPP tratarem da mesma matéria (ex.: decadência), conta-se pelo modo mais favorável ao réu, ou seja, incluindo o dia do começo. 13. FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS NA PENA Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. A inteligência do artigo 11 do CP impede que alguém seja condenado, por exemplo, ao cumprimento de uma pena que tenha a duração de um mês e seis horas. No que diz respeito às penas pecuniárias, como alteração da nossa moeda, onde se lê cruzeiro, na segunda parte do artigo 11 do Código Penal, leia-se real. Aqui, quis o legislador deixar de um lado a condenação em centavos. Aos valores correspondentes às penas pecuniárias deverão, portanto, ser desprezadas as frações de real. 14. LEGISLAÇÃO ESPECIAL Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. 15. CONFLITO APARENTE DE NORMAS Exame de Ordem Direito Penal – Parte Geral e Especial Profs. Geibson Rezende e Kheyder Loyola redejuris.com 26 PROTEGIDO PELA LEI DOS DIREITOS AUTORAIS – LEI 9.610/98 15.1. Conceito. Fala-se em conflito ou concurso aparente de normas quando, para um mesmo fato, aparentemente, existem duas ou mais normas que poderão sobre ele incidir. Este conflito, porque aparente, deverá ser resolvido com a análise dos seguintes princípios: 15.2. Princípio da especialidade. A norma especial afasta a aplicação da norma geral (lex specialis derrogat generali). A norma penal incriminadora é especial em relação à outra geral quando possuem, em sua definição legal todos os elementos típicos desta, e mais alguns, de natureza objetiva ou subjetiva, denominados especializantes. Nos dizeres de Assis Toledo. Comparação abstrata das normas. Exemplo: homicídio/infanticídio. 15.3. Princípio da subsidiariedade. A norma subsidiária é considerada, na expressão de Hungria, como um “soldado de reserva”. Há relação de primariedade e subsidiariedade entre normas quando elas descrevem graus de violação do mesmo bem jurídico, de forma que a infração definida pela subsidiária, de menor gravidade que a da principal, é absorvida por esta. Divide-se em: a) Subsidiariedade expressa ou explícita: Quando a própria lei subordina sua aplicação quando não for o caso de aplicação de outra lei que prevê conduta mais grave (art. 132); b) Subsidiariedade implícita ou tácita: Quando uma figura típica funciona como elementar ou circunstância legal específica de outra, de maior gravidade punitiva, porém a lei não determina sua aplicação à não ocorrência da infração principal (arts. 163/155, §4o, I). 15.4 Princípio da consunção. Ocorre quando um fato definido pela norma penal incriminadora é meio necessária ou normal fase de preparação ou execução de outro crime, ou quando constitui conduta anterior ou posterior do agente,