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13/05/2018 1 DIABETES MELLITUS Profª.Msc. Sandra Beatriz Pedra Branca Dourado OBJETIVOS: 1. Diferenciar Diabetes tipo 1 e 2 2. Descrever fatores etiológicos associado ao Diabetes. 3. Descrever a Fisiopatologia do Diabetes. 4. Descrever a todas as estratégias de tratamento do Diabetes. 5. Descrever as complicações e cuidados de Enfermagem ao Diabético CONCEITO: O DM é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos 13/05/2018 2 13/05/2018 3 FATORES DE RISCOS CONSEQUÊNCIAS Diabetes Pricipal causa de Doença Renal Aumanta o risco de doenças cardiácas Principal causa de cegueira em adultos Principal causa de amputação de membros www.hypertensiononline.org FISIOLOGIA DO DIABETES 13/05/2018 4 FISIOLOGIA DA INSULINA pâncreas é composta por agregados celulares denominados ilhotas de Langherans FISIOLOGIA DA INSULINA Células alfa α, produtoras de glucagon (15-20% do total); VERMELHO Células beta β, produtoras de insulina (70-80%); VERDE Células delta δ,produtoras de somatostatina (5%); Células PP produtoras de peptídeo pancreático (1%). FISIOLOGIA DA INSULINA Os níveis de glicose plasmática são normalmente mantidos numa faixa relativamente estreita, aproximadamente entre 70 e 150 mg/dL A insulina é liberada nos períodos pós-prandiais (após alimentação) E o glucagon nos períodos de jejum. 13/05/2018 5 FISIOLOGIA DA INSULINA A secreção de insulina é bifásica A 1a fase ocorre nos primeiros 10 minutos após o estímulo, sendo aguda e de curta duração. É constituída pela insulina pré-formada Persistindo o estímulo glicêmico, ocorre a 2a fase, que é menos intensa e mais prolongada. FISIOLOGIA DA INSULINA A insulina liberada na circulação atinge seus receptores em seus órgãos-alvo sem necessitar de transportador. FISIOLOGIA DA INSULINA As principais ações metabólicas da insulina são: 13/05/2018 6 DIABETES TIPO 2 Fisiopatologia SINDROME METABÓLICA 1. Síndrome metabólica é uma doença da civilização moderna, associada à obesidade, como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo 2. A obesidade esta entre o principais fatores de risco para o diabetes mellitus tipo 2 3. A cada quilograma de aumento de peso associe-se a uma elevação relativa de 9% na prevalência de DM. 4. Mais de 80% dos pacientes diabéticos do tipo 2 apresentam obesidade ou excesso de peso o que agrava a sua situação metabólica, predispondo a dislipidemias e hipertensão artéria DIAGNÓSTICOS DA SM, RECOMENDAÇÕES DA OMS (1999) E DA IDF (2005) Anormalidade do metabolismo da glicose Tolerância à glicose diminuída, DM ou resistência à insulina Glicemia de jejum > 100 mg/dl Hipertensão Arterial · Pressão Arterial > 140/90 mmHg > 130/85 mmHg Dislipidemia · Triglicérides · HDL-colesterol > 150 mg/dl e/ou < 35 mg/dl homens < 39 mg/dl mulheres > 150 mg/dl e < 40 mg/dl homens < 50 mg/dl mulheres Obesidade* Razão cintura-quadril > 0,90 homens > 0,85 mulheres Circunferência > 94 cm homens > 80 cm mulheres Microalbuminúria Excreção urinária de albumina > 20 µg/min. Não contempla * Recomendação para asiáticos: 90 cm homens e 80 cm mulheres 13/05/2018 7 O QUE RESISTÊNCIA INSULÍNICA? A resistência à insulina é caracterizada por alterações em diversos pontos da via de transmissão do sinal da insulina, com redução da concentração e da atividade quinase do IR, receptor (IR)transporte de glicose. DIAGNÓSTICO CLÍNICO O diagnóstico clínico do DM ocorre em média de 7 anos após o início da hiperglicemia. Os clássicos sintomas muitas vezes passam despercebidos ou não são valorizados pelos portadores. Complicações crônicas, como a retinopatia, infarto do miocárdio,Insuficiência Renal. RECOMENDAÇÕES PARA RASTREAMENTO A cada 3-5 anos em indivíduos com mais de 45 anos Mais freqüente e mais precocemente na presença de: Excesso de peso Dislipidemia, principalmente na presença de HDL baixo e triglicérides elevados Hipertensão arterial Doença cardiovascular Antecedente familiar de diabetes Diabetes gestacional prévio, história de macrossomia e abortos de repetição. 13/05/2018 8 RECOMENDAÇÕES PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Tabela 2 - Critérios diagnósticos para a presença de anormalidades da tolerância à glicose, segundo a ADA-2005 Categoria Glicemia de jejum Glicemia 2h pós prandial Normal <100 mg/dL <140 mg/dL Glicemia de jejum alterada 100-125 mg/dL - Tolerância à glicose diminuída - 140-199 mg/dL Diabetes* 126 mg/dL 200 mg/dL Quando ambos os exames são realizados (glicemia de jejum e TOTG de 2h), GJA ou TGD podem ser diferenciados. * O diagnóstico de diabetes requer confirmação em uma outra coleta. Adaptado da American Diabetes Association. TRATAMENTO DIABETES MELLITUS TIPO 2: ▪ As principais estratégias: 1. Educação; 2. Modificações do estilo de vida 3. Atividade física 4. Reorganização dos hábitos alimentares; e, 5. Se necessário, uso de medicamentos 13/05/2018 9 ANTIDIABÉTICOS ORAIS TRADICIONAIS Os antidiabéticos orais podem ser classificados em duas categorias: 1. Os que não aumentam a secreção de insulina - anti-hiperglicemiantes 2. E os que aumentam a secreção de insulina - hipoglicemiantes. Agentes Farmacológicos no Tratamento do DM2 Ação Terapêutica Classes Farmacológicas Agentes que estimulam a secreção de insulina 1.Sulfoniluréias Clorpropamida Glibenclamida Glimepirida Gliclazida Glipizida 2. Glinidas Repaglinida Nateglinida Melhoram a ação periférica da insulina Sensibilizadores da ação da insulina -Glitazonas (Rosiglitazona, Pioglitazona) -Metformina Retardam a absorção de CH Inibidores da alfa-glicosidase -Acarbose DIABETES TIPO 1 Fisiopatologia 13/05/2018 10 FISIOPATOLOGIA DO DM 1 1. Conceito. 2. Causas: ✓ A predisposição genética múltiplas ✓ Fatores ambientais (ainda pouco definidos) devem dar início ao processo auto-imune nas células β. pâncreas humano normal pâncreas de criança com diabetes mellitus tipo 1 TRATAMENTO DIABETES MELLITUS TIPO 1: Objetivos do tratamento são: ✓ promover o controle metabólico, incluindo níveis euglicêmicos nos períodos após a alimentação; ✓permitir crescimento e desenvolvimento adequados; ✓ promover o bem-estar físico e psíquico; ✓evitar as complicações crônicas. INSULINOTERAPIA: Perfis de ação das insulinas humanas e dos análogos de insulina humana Tipo de insulina Princípio ativo Início de ação Pico de ação Duração da ação Ultra-rápida Análogos de insulina de curta duração Lispro < 15 minutos 0,5-1,5 horas 2-4 horas Asparte 5-10 minutos 1-3 horas 3-5 horas Rápida subcutânea Regular 30-60 minutos 1-2 horas 3-6 horas Intermediária NPH 2-4 horas 4-10 horas 10-16 horas Longa Análogos de insulina de longa duração Glargina1 1,5 horas Não tem 24 horas Detemir1 1,5 horas 6-8 horas, pico discreto e dose dependente 15,5 horas, 1 Fonte: Porcellati et al. Referência 13. 13/05/2018 11 METAS A SEREM ALCANÇADAS Tabela 1 – Metas glicêmicas e de a1c para pacientes com DM-1 por faixa etária Faixa etária Antes das refeições Antes de deitar / durante a noite A1C (%) 0-6 anos 100-180 110-200 >7,5 e <8,5 6-12 anos 90-180 100-180 <8 a 7 (se puder ser alcançada com pouco risco de hipoglicemia) 13-19 anos 90-130 90-150 <7,5 Metas devem ser individualizadas e metas mais baixas podem ser razoáveis desde que a relaçãorisco-benefício seja favorável. As metas de valores de glicemia podem ser maiores do que as acima em crianças com hipoglicemia freqüente ou hipoglicemia assintomática. American Diabetes Association. Diabetes Care 2007 30:S3, Standards of Medical Care. COMPLICAÇÕES DA INSULINA 1. Reações alérgicas locais: Uma reação alérgica local sob a forma de vermelhidão, edema, sensibilidade e enduração no local da injeção 1 a 2 horas após a injeção COMPLICAÇÕES DA INSULINA 2. Reação alérgica Sistêmicas: As reações sistêmicas a insulina são raras. Primeiro há na pele uma reação local imediata que espalha em urticária generalizada. O tratamento é dessensibilização, com pequenas doses de insulina fornecidas em quantidades gradualmente crescentes. 13/05/2018 12 COMPLICAÇÕES DA INSULINA 3. Liposditrofia Insulínica: a liposditrofia se refere a um distúrbio localizado do metabolismo de gorduras seja sob a forma lipoatrofia ou lipoipertrofia, ocorrendo no local da injeção de injeção de insulina. A lipoatrofia e a perda de gordura subcutânea e surge uma leve depressão no local COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES 1. Hipoglicemia: Ocorre quando a glicemia cai abaixo de 50 a 60 mg/dl Sintomas: suor, temor, taquicardia, palpitação, nervosismo, crise convulsiva e morte. COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES 2. Cetoacidose Diabética. É estado catabólico caracterizado por deficiência grave de insulina associada à elevação do glucagon e demais hormônios contra- reguladores. 13/05/2018 13 CETOACIDOSE DIABÉTICA 1. Tal ambiente hormonal causa: ✓ diminuição da utilização periférica de glicose e aumento da sua produção endógena (fígado). ✓ Aumento da lipólise ✓ Aumento da proteólise 2. Pode ser precipitada por estresse, transgressão alimentar ou omissão da insulina, ou resultar de período mais longo de mal controle metabólico. COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES TIPO 2 1. Estado hiperosmolar não cetótico (EHNC): É a descompensação metabólica aguda do DM, principalmente do tipo 2. Este estado catabólico é caracterizado por hiperglicemia e desidratação extremas COMPLICAÇÕES CRÔNICAS 2.Aterosclerose 3. Nefropatias 4. Retinopatia. 13/05/2018 14 COMPLICAÇÕES CRÔNICAS 5. Neuropatia Consideram-se três formas estabelecidas de neuropatia diabética: a) Mononeuropatia b) Polineuropatia Periférica e Simétrica c) Neuropatia Autonômica COMPLICAÇÕES CRÔNICAS a) A mononeuropatia diabética pode envolver nervos periféricos e cranianos, causando paralisia motora (exs.: mão e pé caídos, ptose palpebral) COMPLICAÇÕES CRÔNICAS b) A polineuropatia periférica e simétrica é a manifestação mais comum de neuropatia diabética periférica, havendo perda sensorial ascendente nas extremidades, 13/05/2018 15 COMPLICAÇÕES CRÔNICAS Síndrome do pé diabético: É conseqüência da insuficiência vascular (macro e microangiopatias) e neuropatia periférica e por sua freqüência e gravidade merece ser ressaltada. Devido à diminuição sensorial o pé sofre continuamente traumas . SÍNDROME DO PÉ DIABÉTICO: 13/05/2018 16 OBRIGADA
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