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AD2 RELAÇÕES DE CONSUMO

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	 
	
 Avaliação a Distância
 
Unidade de aprendizagem: Direito das Relações de Consumo
Curso: Graduação
Professor: Hernani Luiz Sobierajski
Nome do aluno: Paula Petroski Mendes
Data: 30/08/2019
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Questão 1 – 3,0 pontos
Em que situação é possível ao consumidor, após receber um produto adquirido, arrepender-se do negócio e pedir a devolução dos valores pagos corrigidos monetariamente? Justifique.
R:	Segundo o CDC, o consumidor pode desistir do produto no prazo de sete dias, conforme segue:
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
Se o consumidor exercer o seu direito de arrependimento a lei não exige que ele explique porque desistiu da compra, e o fornecedor não tem outra opção que não seja a imediata devolução do valor pago, de acordo com o parágrafo único do artigo 49 do CDC.
Muitos estabelecimentos comerciais, contrariando a lei, exigem, para efetuar a desistência, que o produto esteja lacrado ou na embalagem, porém o CDC garante que o direito à desistência da compra ocorre sobre o produto adquirido e não sobre a sua embalagem ou lacre.
Questão 2 – 4,0 pontos
Daniela Souza adquiriu um automóvel em 20/08/2013, com garantia contratual de 12 meses. Em 12/11/2014, Daniela sofreu um grave acidente em virtude de um defeito no automóvel. Ao procurar o fornecedor, o consumidor foi informado que não seria indenizado pelos prejuízos advindos do acidente pelo encerramento do prazo de garantia. Após estudar Direito das Relações de Consumo, Daniela ficou com a seguinte dúvida: ainda é possível ingressar com ação para ser indenizada pelos prejuízos decorrentes do acidente? Justifique.
R: 	Conforme o que foi citado no problema acima, é possível evidenciar de que se trata de um vício oculto, que é aquele que ocorre de forma mediata, não sendo visto pelo consumidor e que, tende a aparecer na maioria das vezes, após o término da garantia. Quando isso ocorre, sempre temos a figura dos fabricantes, vendedores e comerciantes que tentam de eximir de sua responsabilidade, já que a garantia expirou. Sendo assim, o CDC traz em sua redação no Art. 26 § 3º: 
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: 
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
	Após a leitura, entende-se que o prazo não foi encerrado, pois a Lei estipula que os prazos são contados a partir do momento em que o defeito é detectado pelo consumidor.
Questão 3 – 3,0 pontos
A ENGANATEL fez veicular anúncio publicitário informando aos consumidores que estava oferecendo no mercado internet banda larga com maior velocidade do Brasil. Nilton Cardoso procurou verificar a informação contida na mensagem publicitária verificou que os dados não correspondiam a realidade dos fatos. Pergunta-se: A conduta da empresa é aceita pelo Código de Defesa do Consumidor? Justifique.
R: 	Segundo o livro didático que nos fora disponibilizado, o CDC ainda proíbe duas formas de publicidade, a enganosa e a abusiva, de acordo com o caput do artigo 37. A publicidade enganosa está conceituada no § 1° do mesmo artigo, em que dispõe:
 
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. (BRASIL, 1990) 
A respeito da publicidade enganosa, o § 3° do artigo 37 do CDC dispõe que a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço. Para Humberto Theodoro Júnior (2013), reconhecem-se dois tipos de publicidade enganosa: por comissão, quando o fornecedor afirma algo que possa induzir o consumidor em erro (a afirmação não corresponde à realidade); e por omissão, quando omite informação importante a respeito da natureza, das características, da qualidade ou de outros dados sobre o bem que, caso fosse conhecida pelo consumidor, impediriam sua aquisição. 
Pelo princípio da veracidade, a publicidade deve ser escorreita e honesta, segundo os requisitos legais. Deve conter uma apresentação verdadeira do produto ou serviço oferecido. Visa a manter corretamente informado o consumidor, para assegurar- lhe a escolha livre e consciente. Coíbe-se a publicidade enganosa. (ALMEIDA, 2015).
Sendo assim, a conduta da empresa não é aceita pelo Código de Defesa do Consumidor.
Referências
ALMEIDA, João Batista de. Manual de direito do consumidor. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: DOU,1988. 
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Direitos do consumidor: a busca de um ponto de equilíbrio entre as garantias do CDC e os princípios gerais do direito civil e do direito processual civil. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013.

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