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Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. 
Teoria e Exercícios 
Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 
 
 
Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 58 
Aula 05 ± prisões e liberdade provisória (parte 1) e 
Teoria Geral da Pena (parte 1). ), Lei nº 12.037/09 (Lei 
de Identificação Criminal), Lei nº 5.553/1968 
(Identificação Pessoal) e Lei nº 11.343/06 (Lei Contra 
as Drogas). 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Prisões (parte 1) 1 
2. Teoria Geral da Pena (Parte 1) 8 
3. Lei nº 12.037/09 (Lei de Identificação Criminal) 15 
4. Lei nº 5.553/1968 (Identificação Pessoal) 19 
5. Lei nº 11.343/06 (Lei Contra as Drogas) 20 
6. Questões propostas 26 
7. Questões comentadas 35 
8. Gabarito 58 
 
1. Prisões e Liberdade provisória (parte 1) 
 
1.1 Prisão preventiva x Prisão domiciliar 
 
Vamos começar a nossa aula de hoje comentando um jugado que 
está em um informativo de 2014 do STJ, que trata de um tema bem 
interessante na jurisprudência que é a prisão preventiva e a prisão 
domiciliar, tão falada recentemente por conta dos inúmeros 
parlamentares e demais políticos que foram parar atrás das grades por 
conta das reiteradas participações em esquemas de corrupção. 
Vamos ao julgado. 
 
É possível a substituição de prisão preventiva por prisão domiciliar, 
quando demostrada a imprescindibilidade de cuidados especiais de pessoa 
 
Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. 
Teoria e Exercícios 
Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 
 
 
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menor de 6 anos de idade (art. 318, III, do CPP) e o decreto prisional não 
indicar peculiaridades concretas a justificar a manutenção da segregação 
cautelar em estabelecimento prisional. STJ. 6ª Turma. HC 291.439-SP, 
Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 22/5/2014 (Info 544). 
 
Vejamos como é tratado o instituto da prisão domiciliar no CPP. 
 
Hipóteses em que o juiz poderá substituir a prisão preventiva pela 
domiciliar quando o agente for: 
 
x I - maior de 80 anos; 
x II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
x III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 
anos de idade ou com deficiência; 
x IV - gestante a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta 
de alto risco. 
 
Analisando um caso concreto, o STJ afirmou que era possível a 
substituição de prisão preventiva por prisão domiciliar, porque estava 
demostrado que a mulher presa precisava cuidar de seu filho de 1 ano de 
idade, ou seja, tratava-se de uma nítida situação de aplicação do art. 
318, III, do CPP, já que o seu companheiro foi preso junto e a criança não 
tinha com quem ficar. 
Ademais, a decisão que decretou a prisão não indicava peculiaridades 
concretas a justificar a manutenção da segregação cautelar em 
estabelecimento prisional. 
Vamos para o segundo julgado da nossa aula, que envolve a 
manutenção da prisão cautelar, mesmo que o acusado tenha sido 
condenado a regime semiaberto. 
Não há incompatibilidade no fato de o juiz, na sentença, ter condenado o 
réu ao regime inicial semiaberto e, ao mesmo tempo, ter mantido sua 
prisão cautelar. 
 
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Se ainda persistem os motivos que ensejaram a prisão cautelar (no caso, 
o risco de fuga), o réu deverá ser mantido preso mesmo que já tenha sido 
condenado ao regime inicial semiaberto. 
 
Deve ser adotada, no entanto, a seguinte providência: o condenado 
permanecerá preso, porém, ficará recolhido e seguirá as regras do regime 
prisional imposto na sentença. Em outras palavras, o réu, enquanto 
aguarda seu recurso preso, deverá receber o tratamento dispensado aos 
condenados ao regime semiaberto. 
STJ. 5ª Turma. HC 289.636-SP, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado 
em 20/5/2014. 
 
 
De acordo com esse posicionamento do STJ, não há 
incompatibilidade no fato de o juiz, na sentença, ter condenado o réu ao 
regime inicial semiaberto e, ao mesmo tempo, ter mantido sua prisão 
cautelar (prisão preventiva). 
 
Caso ainda tenhamos presentes os requisitos que ensejaram a 
prisão preventiva, por exemplo, o risco de fuga, o réu deverá ser mantido 
preso mesmo que já tenha sido condenado ao regime inicial semiaberto. 
 
O procedimento a ser adotado nesses casos é o seguinte: o 
condenado permanecerá preso, no entanto, ficará recolhido e seguirá as 
regras do regime prisional imposto na sentença. 
 
Mutatio mutandis, o acusado, enquanto aguarda seu recurso preso, 
deverá receber o tratamento dispensado aos condenados ao regime 
semiaberto. 
 
 
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Em casos em que seja condenado a regime semiaberto, o réu sairá 
da Penitenciária (local destinado ao regime fechado) e deverá ser 
transferido para uma colônia agrícola, industrial ou estabelecimento 
similar, eis que esse é o local de cumprimento da pena para o regime 
semiaberto. 
 
No local devido, o condenado, enquanto aguarda o recurso, já 
poderá usufruir de alguns direitos que a Lei de Execução Penal lhe 
garante, quais sejam, o trabalho e a frequência a cursos. 
 
Resumindo, de acordo com o STJ, caso o réu permaneça preso 
durante todo o processo criminal, e, na sentença, foi condenado ao 
regime semiaberto, isso não significa, necessariamente, que o juiz terá 
que revogar a prisão preventiva e conceder-lhe a liberdade. 
 
A saída a ser adotada pelo juiz é a de garantir que esse condenado 
receba o tratamento destinado aos presos do regime semiaberto. 
 
Nosso terceiro julgado da aula de hoje a ser comentado envolve um 
recente posicionamento adotado pelo STF no que concerne aos atos 
infracionais, utilizados como justificativa para a decretação da prisão 
preventiva, como garantia da ordem pública. 
Imagine a situação em que um jovem de 19 anos, está 
respondendo a processo criminal por roubo. 
 
Ocorre que quando ele era adolescente, cumpriu medida 
socioeducativa por ato infracional análogo ao crime de homicídio. 
 
O questionamento que se faz é se é possível o juiz, ao decretar a 
prisão preventiva do réu, mencionar a prática desse ato infracional como 
um dos fundamentos para a prisão cautelar? 
 
 
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Havia divergência entre as Turmas do STJ, mas o tema foi 
recentemente pacificado. 
 
A prática de atos infracionais anteriores serve para justificar a decretação 
ou manutenção da prisão preventiva como garantia da ordem pública, 
considerando que indicam que a personalidade do agente é voltada à 
criminalidade, havendo fundado receio de reiteração. 
STJ. 5ª Turma. RHC 47.671-MS, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgadoem 18/12/2014 (Info 554). 
STJ. 3ª Seção. RHC 63.855-MG, Rel. para acórdão Min. Rogerio 
Schietti Cruz, julgado em 11/05/2016. 
 
O Min. Rogério Schietti Cruz fez uma ressalva em relação aos atos 
infracionais que poderiam ser utilizados de tal forma, de acordo com o 
ministro, devem ser obedecidos alguns critérios (condições). 
 
São três as condições, vajamos: 
 
a) a gravidade específica do ato infracional cometido 
(independentemente de equivaler a crime considerado em 
abstrato como grave); 
 
b) o tempo decorrido entre o ato infracional e o crime em razão do 
qual é decretada a preventiva; e 
 
c) a comprovação efetiva da ocorrência do ato infracional. 
 
Podemos resumir a ideia nas seguintes diretrizes que devem ser 
levadas a efeito pelo magistrado quando da análise do caso concreto: 
 
a) o fato foi grave (e aqui não importa a gravidade em abstrato, mas sim 
no caso concreto); 
 
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b) ficou realmente provado; 
 
c) foi cometido há muitos anos, ou seja, se entre a data do ato 
infracional e o dia do crime praticado já se passou muito tempo, situação 
que faz com que o ato infracional perca importância na análise. 
 
CUIDADO! 
 
Os atos infracionais, a rigor não são levados em conta como 
antecedentes criminais, no entanto eles podem ser valorados 
negativamente em relação ao acusado maior que tenha os 
cometido antes da maioridade penal. 
 
Os motivos e justificativas para tanto são simples: o ato infracional 
não é crime e a medida socioeducativa não é uma pena em si. 
 
No entanto, os registros sobre o passado de uma pessoa, seja ela 
quem for, não podem ser desconsiderados para fins cautelares, desde que 
preencham os requisitos acima, podem ser levados em conta como 
preenchimento do requisito de cautelaridade da preventiva pela garantia 
da ordem pública. 
 
A avaliação sobre a periculosidade de alguém impõe que se 
examine todo o seu histórico de vida, em especial o seu comportamento 
perante a comunidade. 
 
A conclusão é que os atos infracionais praticados durante a 
menoridade penal não servem como antecedentes penais, tampouco para 
embasar reincidência, mas não podem ser ignorados, devendo ser 
analisados para se aferir se existe risco à garantia da ordem pública com 
a liberdade do acusado. 
 
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O que o STF pensa sobre o tema 
 
STF ainda não se manifestou concretamente sobre o tema em seu 
colegiado (pleno), mas existe ao menos uma decisão monocrática recente 
prolatada pelo Min. Luiz Fux afirmando que é possível utilizar atos 
infracionais pretéritos como fundamento para a prisão preventiva, 
corroborando a tese firmada pelo STJ. Veja: 
 
"(...) A prevalecer o argumento de que a prática de atos infracionais na 
menoridade não se comunica com a vida criminal adulta, ter-se-á que 
admitir o absurdo de que o agente poderá reiterar na prática criminosa 
logo após adquirir a maioridade, sem que se lhe recaia a possibilidade de 
ser preso preventivamente. A possibilidade real de reiteração delituosa 
constitui, fora de dúvida, base empírica subsumível à hipótese legal da 
garantia da ordem pública. (...)" 
(STF. Decisão monocrática. RHC 134121 MC, Rel. Min. Luiz Fux, 
julgado em 20/04/2016) 
 
Podemos resumir esse tema no seguinte quadro: 
 
A prática de atos infracionais anteriores serve para justificar a 
decretação ou manutenção da prisão preventiva como garantia da 
ordem pública, considerando que indicam que a personalidade do 
agente é voltada à criminalidade, havendo fundado receio de 
reiteração. 
 
Não é qualquer ato infracional, em qualquer circunstância, que 
pode ser utilizado para caracterizar a periculosidade e justificar a 
prisão antes da sentença. É necessário que o magistrado analise: 
 
a) a gravidade específica do ato infracional cometido; 
 
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b) o tempo decorrido entre o ato infracional e o crime; e 
 
c) a comprovação efetiva da ocorrência do ato infracional. 
 
STJ. 3ª Seção. RHC 63.855-MG, Rel. para acórdão Min. Rogerio 
Schietti Cruz, julgado em 11/05/2016. 
 
2. Teoria Geral da Pena (parte 1) 
 
Vamos agora passar ao estudo da teoria geral da pena, sob o 
aspecto da jurisprudência do STF e do STJ. No entanto, antes de 
adentrarmos propriamente na jurisprudência, vamos verificar uma teoria 
básica acerca da dosimetria da pena. 
 
2.1 Dosimetria da Pena 
 
A dosimetria nada mais é do que o cálculo da pena, que é feito pelo 
magistrado em sua sentença condenatória, após condenar o acusado de 
cometimento de um crime. 
Essa dosimetria serve como forma de aplicar um princípio bem 
conhecido do direito penal-constitucional, que é o princípio da 
individualização da pena. Vejamos o que a CF/88 prevê: 
 
Art. 5º, XLVI��³$�OHL�UHJXODUi�D�LQGLYLGXDOL]DomR�GD�pena e adotará, entre 
outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) prestação social alternativa; 
G��VXVSHQVmR�RX�LQWHUGLomR�GH�GLUHLWRV´� 
 
 
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Lembrem-se de que praticamente todos os crimes possuem penas 
privativas de liberdade variáveis, com limites mínimo e máximo e essa 
variação serve para que o juiz ao prolatar a sua sentença possa dar ao 
acusado a pena que lhe é justa, em tese. 
O maior entusiasta desse critério foi o jurista Nelson Hungria, que 
na verdade dá até nome ao critério trifásico, que também é conhecido 
como critério Nélson Hungria de aplicação da pena. 
O fato de ser trifásico significa que ele passa por três fases ou 
etapas para que ao final tenhamos a pena em concreto atribuída ao 
acusado condenado pelo cometimento de crime. 
As etapas são as seguintes: 
 
x 1ª Etapa: Cálculo da pena-base, de acordo com as 
circunstâncias judiciais, previstas no art. 59, do CP. 
x 2ª Etapa: Aplicação de agravantes e atenuantes 
x 3ª Etapa: Aplicação de causas de aumento e diminuição 
 
O princípio acima é consagrado pela jurisprudência pátria: 
(...) I. A pena deve ser aplicada na forma estatuída no art. 68 
do Código Penal, observado o critério trifásico. A pena-base é 
fixada de acordo com as circunstâncias judiciais do art. 59 do 
Código Penal, seguida, na fase intermediária da dosimetria, da 
aplicação das atenuantes e agravantes, previstas nos arts. 61 
a 66 do Código Penal, para, após, na terceira etapa, 
considerar-se as causas de diminuição e aumento de pena, 
destacadas na Parte Especial e Geral do Código Penal. 
(STJ - AgRg no REsp: 1021796 RS 2008/0004676-7, 
Relator: Ministra ASSUSETEMAGALHÃES, Data de 
Julgamento: 19/03/2013, T6 - SEXTA TURMA, Data de 
Publicação: DJe 17/04/2013) 
 
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Assim, uma vez entendido que o tema acima está consubstanciado 
na jurisprudência e na doutrina, vamos verificar como se dá a análise de 
cada fase do sistema. 
 
2.1.1 Primeira Fase (Circunstâncias Judiciais) 
 
Na primeira fase da aplicação da pena o juiz vai ponderar as 
circunstâncias judiciais, que são as seguintes: 
x Culpabilidade 
x Antecedentes 
x Conduta Social 
x Personalidade do agente 
x Motivos do Crime 
x Circunstâncias do Crime 
x Consequências do Crime 
x Comportamento da Vítima 
 
Estudando cada uma delas, temos: 
 
a) Culpabilidade: 
 
Podemos afirmar que essa culpabilidade, prevista no art. 59, do CP está 
ligada à reprovação social que o crime e o autor do delito merecem. 
Cumpre ressaltar que essa culpabilidade é diversa daquela que é 
enxergada como elemento do crime, de acordo com a teoria geral do 
delito. 
 
b) Antecedentes 
 
São as condenações anteriores em matéria criminal, que o acusado 
ostenta em seu nome. Aqui cabe mencionar que o STJ possui 
 
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entendimento sumulado por meio do qual se veda a utilização de 
inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena base. 
 
Súmula 444 ± STJ: É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações 
penais em curso para agravar a pena-base. 
 
c) Conduta Social 
 
No dizer de Nucci: ³p�R�SDSHO�GR� UpX�QD�FRPXQLGDGH�� LQVHULGR�QR�
contexto da família, do trabalho, da escola, da vizinhança eWF�´� 
Temos julgado do STJ também afastando a possibilidade de 
majoração da pena base por conta de ser o réu usuário de drogas, pois 
isso, na verdade, nada mais é do que um infortúnio. 
HABEAS CORPUS. DISPARO DE ARMA DE FOGO. (I) DOSIMETRIA. PENA-
BASE.CONDUTA SOCIAL. ARGUMENTAÇÃO INIDÔNEA. MAUS 
ANTECEDENTES. REFORMATIO IN PEJUS CONFIGURADA. (II) EXECUÇÃO. 
REGIME ABERTO. POSSIBILIDADE. PENA INFERIOR A 4 ANOS E 
FAVORABILIDADE DE TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. 1. A dependência 
toxicológica é, na verdade, um infortúnio, não podendo, por isso mesmo, 
ensejar a exasperação da pena-base a título de má conduta social. (...) 
 
(STJ - HC: 201453 DF 2011/0064905-9, Relator: Ministro 
SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Data de Julgamento: 02/02/2012, T6 - 
SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 21/03/2012) 
 
d) personalidade do agente: 
 
Para analisar esse item vamos nos socorrer da doutrina de 
%,7(1&2857�� TXH� DVVHYHUD�� ³QD� DQiOLVH� GD� SHUVRQDOLGDGH� GHYH-se 
verificar a sua boa ou má índole, sua maior ou menor sensibilidade ético-
 
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social, a presença ou não de eventuais desvios de caráter de forma a 
LGHQWLILFDU�VH�R�FULPH�FRQVWLWXL�XP�HSLVyGLR�DFLGHQWDO�QD�YLGD�GR�UpX´� 
 
A aferição por parte do julgador deve levar em consideração 
elementos concretos e suficientes, critérios objetivos para uma eventual 
valoração negativa da sua personalidade. Nesse sentido: 
 
HABEAS CORPUS. PENAL. CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO. 
DOSIMETRIA DA PENA. INIDONEIDADE DA FUNDAMENTAÇÃO JUDICIAL 
APRESENTADA PARAJUSTIFICAR A EXASPERAÇÃO DA PENA-BASE, EM 
RELAÇÃO À CULPABILIDADE, ÀCONDUTA SOCIAL, À PERSONALIDADE, 
BEM COMO AOS MOTIVOS DO CRIME E AOCOMPORTAMENTO DA VÍTIMA. 
CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. DEVOLUÇÃO DA RESFURTIVA COM 
PEQUENAS AVARIAS. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. READEQUAÇÃO 
AOMÍNIMO LEGAL. ORDEM DE HABEAS CORPUS CONCEDIDA. A 
personalidade do criminoso não pode ser valorada negativamente senão 
existirem, nos autos, elementos suficientes para sua efetiva e segura 
aferição pelo julgador. 
 
(STJ - HC: 176004 MG 2010/0107183-2, Relator: Ministra 
LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 16/08/2012, T5 - QUINTA 
TURMA, Data de Publicação: DJe 27/08/2012) 
 
e) Motivos: 
 
Os motivos nada mais são do que as razões que levaram o agente 
delituoso a cometer o crime. 
 
f) Circunstâncias do crime: 
 
 
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São elementos que não estão ligados ao próprio tipo penal, 
literalmente, no entanto, podem ser utilizados para valorizar a pena base, 
aumentando-o ou diminuindo-a, dentro do patamar mínimo o máximo. 
 
Exemplos são o lugar do crime, o tempo de duração, eventual 
relacionamento existente entre o agente delituoso e a vítima, enfim, tudo 
aquilo que circunda a ação delituosa e que pode servir para agravar ou 
beneficiar o réu. 
 
g) Consequências do crime 
 
Nesse ponto o magistrado deverá analisar o mal que é gerado 
dentro da sociedade com o cometimento do delito. A título de exemplo, 
citando NUCCI, podemos dizer que um homicídio tem uma consequência 
para a sociedade e para os familiares da vítima, natural de todo crime de 
morte. 
Entretanto, quando estamos falando de um crime de morte no qual 
o agente delituoso mata a própria esposa na frente de seus filhos que 
presenciam toda a ação criminosa, as consequências psíquicas e o trauma 
transcende a natural consequência, motivo pelo qual devemos levar em 
conta em uma eventual condenação para efeito de pena base. 
 
h) Comportamento da vítima: 
A Vitimologia, ramo da criminologia, ciência muito importante para 
o entendimento do fenômeno criminosos, entende que em determinadas 
situações a vítima contribui para que ocorra o delito. Elas são chamadas 
GH�³FRODERUDGRUDV´� 
Assim, o comportamento da vítima, no caso concreto, poderá ser 
levado em conta para a fixação da pena base. 
Vajamos mais um julgado que consta no informativo 532, do STJ 
sobre o tema. 
 
 
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Se o comportamento da vítima em nada contribuiu para o delito, isso 
significa que essa circunstância judicial é neutra, de forma que não pode 
ser utilizada para aumentar a pena imposta ao réu. 
STJ. 6ª Turma. HC 217.819-BA, Rel. Min. Maria Thereza de Assis 
Moura, julgado em 21/11/2013. 
 
Observações: 
 
x Na primeira fase de aplicação da pena ela ficará entre o limite 
mínimo e máximo previstos de forma abstrata no preceito 
secundário do tipo penal incriminador. Portanto, na primeira fase de 
aplicação da pena por um crime de furto simples, a pena mínima 
não poderá ser inferior a 1 ano e nem a máxima superior a 4 anos. 
 
x Para que haja o aumento e a pena base fiqueacima do mínimo 
legal, basta a incidência de uma circunstância negativa, e isso está 
de acordo com a jurisprudência do STF: 
 
³Esta Corte tem adotado orientação pacífica segundo a qual não há 
nulidade na decisão que majora a pena-base considerando-se as 
circunstâncias judiciais desfavoráveis. 3. O Juiz-Presidente do 
Tribunal do Júri, quando de terceiro julgamento, realizado em 
função do provimento dado a recurso exclusivo do réu por ocasião 
do primeiro julgamento, não pode incluir e quesitar circunstância 
agravante que per se qualificaria o crime de homicídio pelo qual o 
réu foi denunciado sem que tivesse ela sido mencionada na 
denúncia, na pronúncia e no libelo-crime acusatório. 
(STF - RHC: 103170 RJ, Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Data de 
Julgamento: 15/03/2011, Primeira Turma, Data de 
Publicação: DJe-090 DIVULG 13-05-2011 PUBLIC 16-05-
2011). 
 
 
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x O aumento da pena acima do mínimo legal deve ser motivado. A 
providência deve ser levada em conta ainda com mais veemência 
quando o juiz utilizar as razões para aumentar a pena acima do 
mínimo legal. 
Isso nada mais é do que a materialização do princípio insculpido no 
art. 93, IX, da CF88. 
Nesse sentido podemos citar o seguinte julgado: (STJ HC 
185633/ES) 
 
3. Lei nº 12.037/09 (Lei de Identificação Criminal) 
 
Então meus amigos, essa Lei dispõe sobre a identificação criminal do 
civilmente identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da 
Constituição Federal. Assim, o civilmente identificado não será 
submetido à identificação criminal, salvo nos casos previstos Lei 
12.037/2009. 
 
A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes 
documentos: 
9 carteira de identidade; 
9 carteira de trabalho; 
9 carteira profissional; 
9 passaporte; 
9 carteira de identificação funcional; 
9 outro documento público que permita a 
identificação do indiciado. 
Equiparam-se aos documentos de identificação civil os documentos 
de identificação militares e isso já foi cobrado em provas! 
 
 
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Outra informação muito importante é que, embora apresentado 
documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal 
quando: 
9 o documento apresentar rasura ou tiver indício de 
falsificação; 
9 o documento apresentado for insuficiente para 
identificar cabalmente o indiciado; 
9 o indiciado portar documentos de identidade distintos, 
com informações conflitantes entre si; 
9 a identificação criminal for essencial às 
investigações policiais, segundo despacho da 
autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou 
mediante representação da autoridade policial, do 
Ministério Público ou da defesa; 
9 constar de registros policiais o uso de outros nomes ou 
diferentes qualificações; 
9 o estado de conservação ou a distância temporal ou 
da localidade da expedição do documento apresentado 
impossibilite a completa identificação dos caracteres 
essenciais. 
 
As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos 
autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que 
consideradas insuficientes para identificar o indiciado e quando houver 
necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará 
as providências necessárias para evitar o constrangimento do 
identificado. 
Pessoal, a identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o 
fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em 
flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação. 
Na hipótese de a identificação criminal for essencial às investigações 
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que 
 
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decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do 
Ministério Público ou da defesa, a identificação criminal poderá incluir a 
coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético, 
fiquem atentos que segundo a norma, só será possível nesse caso, 
existem algumas controvérsias, mas para sua prova ficamos, 
basicamente, com o texto da Lei! 
Assim, o professor Luiz Flávio Gomes, chama a atenção que, nesses 
delitos, a identificação genética do condenado não serve para qualquer 
investigação criminal em curso (podendo subsidiar investigação futura), 
muito menos para esclarecer dúvida eventualmente gerada pela 
identificação civil (ou mesmo datiloscópica), tendo como fim principal 
abastecer banco de dados sigiloso, a ser regulamentado pelo Poder 
Executivo. 
A inovação, nesse ponto específico (obrigatoriedade do fornecimento 
de material), parece, para o mestre, inconstitucional (enquanto enfocada 
como obrigatoriedade no fornecimento de material genético). 
A Carta Maior elenca, no art. 5º, como garantias fundamentais de 
todo cidadão: 
 ³QmR�VHU�FRQVLGHUDGR�FXOSDGR�DWp�R�WUkQVLWR�HP�MXOJDGR�
GH�VHQWHQoD�SHQDO�FRQGHQDWyULD��/9,,��´ 
 ³TXDQGR�SUHVR��VHU�LQIRUPDGR�GH�VHXV�GLUHLWRV��HQWUH�RV�
quais o de permanecer calado (LXIII)�´ 
 
Dessas garantias constitucionais resulta (por meio do princípio da 
interpretação efetiva) outra, qual seja, de não produzir prova contra si, 
direito implícito na CF/88 e expresso no art. 8.2 da Convenção Americana 
de Direitos Humanos (toda pessoa tem direito de não ser obrigada a 
depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada), da qual o Brasil é 
signatário, assim afirma o professor. 
Pessoal, deve ser lembrado que a mesma discussão foi travada 
FRP� D� HGLomR� GD� ³/HL� 6HFD´�� WHQGR� R� 67-� GHFLGLGR (seguindo 
precedentes do STF) que o motorista não pode ser obrigado a participar 
 
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GR�³WHVWH�GR�EDI{PHWUR´�RX�IRUQHFHU�PDWHULDO�SDUD�H[DPH�GH�VDQJXH��VRE�
pena de violar a garantia da não auto-acusação, mas como eu disse, 
acredito que a banca não entrará nesse mérito. 
Seguindo, a Lei deixa claro que os dados relacionados à coleta do 
perfil genético deverão ser armazenados em banco de dados de 
perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal. Além 
disso, as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis 
genéticos não poderão revelar traços somáticos ou 
comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de 
gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre 
direitos humanos, genoma humano e dados genéticos. 
Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos 
terão caráter sigiloso, respondendo civil, penal e 
administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização 
para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial. Asinformações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão 
ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial 
devidamente habilitado. 
É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em 
atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo 
criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. No caso 
de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é 
facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do 
inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da 
identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente 
provas de sua identificação civil. 
Vocês devem ficar atentos, pois a exclusão dos perfis 
genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do prazo 
estabelecido em lei para a prescrição do delito e a identificação do perfil 
genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme 
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo, só que ainda não 
temos essa regulamentação! 
 
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4. Lei nº 5.553/1968 (Identificação Pessoal) 
 
Meus caros, essa lei é bem pequena. O que vocês precisam saber 
que, a nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, 
de direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento 
de identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada 
ou pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço 
militar, título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de 
nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturalização e 
carteira de identidade de estrangeiro. 
Entretanto, se for para a realização de determinado ato, e for 
exigida a apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer 
a exigência fará extrair, no prazo de até 5 (cinco) dias, os dados que 
interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor. Além 
disso, somente por ordem judicial poderá ser retirado qualquer 
documento de identificação pessoal. 
Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada 
de pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados 
anotados no ato e devolvido o documento imediatamente ao 
interessado. Então, no caso de retenção dos referidos documentos o 
agente estará cometendo uma contravenção. 
Outra informação importante é no caso da infração ser praticada 
por preposto ou agente de pessoa jurídica, considerar-se-á 
responsável quem houver ordenado o ato que ensejou a retenção, a 
menos que haja, pelo executante, desobediência ou inobservância de 
ordens ou instruções expressas, quando, então, será este o infrator. 
 
 
 
 
 
 
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5. Lei nº 11.343/06 (Lei Contra as Drogas) 
 
 
Esta Lei tem várias jurisprudências, assim, começaremos pela 
Súmula 522 do STF. A Súmula deixa evidente que salvo ocorrência de 
tráfico com o exterior, quando, então, a competência será da Justiça 
Federal, compete à justiça dos Estados o processo e o julgamento dos 
crimes relativos a entorpecentes. 
Dessa forma, no caso dos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, a 
competência para o processo e julgamento é, em regra, da Justiça 
Estadual; tratando-se, no entanto, de crime internacional, isto é, à 
distância, que possui base em mais de um país, passa a ser da 
competência da Justiça Federal, nos termos do artigo 109, V da CF/88. 
 
O estudo do art. 33 e seus parágrafos são importantes para nossos 
estudos. Vejamos, primeiramente, a Lei Seca: 
"Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, 
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, 
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar 
a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 
500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, 
expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz 
consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em 
 
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desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, 
insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que 
se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a 
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente 
que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o 
tráfico ilícito de drogas. 
§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de 
droga: (Vide ADI nº 4.274) 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 
(cem) a 300 (trezentos) dias-multa. 
§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a 
pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento 
de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem 
prejuízo das penas previstas no art. 28. 
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as 
penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a 
conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja 
primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades 
criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 
5, de 2012)" 
 
 
 
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O delito previsto no art. 33 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) é 
clássico exemplo de crime de ação múltipla. Assim, caso o agente, no 
mesmo contexto fático e sucessivamente, pratique mais de uma ação 
típica, responderá por crime único, por força do princípio da 
alternatividade. Porém, caso os contextos de fato sejam diversos, hão de 
incidir as regras do concurso de crimes. 
Falando do art. 33, é preciso saber que a causa especial de 
diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006 não pode ser 
indeferida exclusivamente com base em maus antecedentes 
informados pelo réu em seu interrogatório. 
Seguindo, a minorante do art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006 não 
retirou o caráter hediondo do crime de tráfico de entorpecentes, 
limitando-se, por critérios de razoabilidade e proporcionalidade, a 
abrandar a pena do pequenoe eventual traficante, em contrapartida com 
o grande e contumaz traficante, ao qual a Lei de Drogas conferiu punição 
mais rigorosa que a prevista na lei anterior. O reconhecimento da 
progressão de regime após o cumprimento de 1/6 da pena, pelo 
afastamento da hediondez do crime, desprezando-se as frações de 2/5, 
se primário, e de 3/5, se reincidente, previstas na Lei de Drogas, 
constituirá incentivo a que as pessoas cada vez mais se 
aventurem no tráfico, ante o ínfimo tempo em que permanecerão 
presas. 
Outro ponto importante, falando em minorante, o juiz não está 
obrigado a aplicar o máximo da redução prevista, quando presentes os 
requisitos para a concessão desse benefício, tendo plena liberdade de 
aplicar a redução no patamar conforme seja necessário e suficiente para 
reprovação e prevenção do crime, segundo as peculiaridades de cada 
caso concreto. Do contrário, seria inócua a previsão legal de um patamar 
mínimo e um máximo. 
Na sequência, é preciso sabermos que os arts. 33, § 1º, I, e 34 da 
Lei de Drogas ² que visam proteger a saúde pública, com a ameaça 
de produção de drogas ² tipificam condutas que podem ser 
 
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consideradas mero ato preparatório. Assim, evidenciado, no mesmo 
contexto fático, o intento de traficância do agente (cocaína), utilizando 
aparelhos e insumos somente para esse fim, todo e qualquer ato 
relacionado a sua produção deve ser considerado ato preparatório do 
delito de tráfico previsto no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006. Aplica-
se, pois, o princípio da consunção, que se consubstancia na 
absorção do delito-meio (objetos ligados à fabricação) pelo delito-
fim (comercialização de drogas). 
 
No art. 35 da Lei, temos o crime de associação para o tráfico: 
 
"Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de 
praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos 
arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 
700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa." 
 
O verbo núcleo do tipo previsto no art. 35 da Lei 11.343/2006 é 
associar-se. Portanto, a caracterização da associação para o tráfico de 
drogas, segundo os tribunais, depende da demonstração do vínculo 
de estabilidade entre duas ou mais pessoas, não sendo suficiente 
a união ocasional e episódica. Não se pode transformar o crime de 
associação, que é um delito contra a paz pública ² capaz de expor a risco 
o bem jurídico tutelado ², em um concurso de agentes. 
Na sequência, é preciso saber que segundo a jurisprudência, vigora 
no direito brasileiro e no direito contemporâneo em geral o princípio da 
persuasão racional ou do livre convencimento motivado. A condenação 
por tráfico de drogas e por associação para o tráfico de drogas 
prescinde da efetiva apreensão de entorpecentes na posse de um 
acusado específico, cuja responsabilidade pode ser definida 
racionalmente, a despeito de apreendida a droga na posse de terceiro, 
com base no contexto probatório, a autorizar o provimento condenatório. 
 
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Outra informação importante, é que no art. 40 da Lei, temos as 
majorantes. Vejamos: 
 
"Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são 
aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto 
apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a 
transnacionalidade do delito; 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou 
no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou 
vigilância; 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações 
de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes 
de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, 
ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se 
realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de 
serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção 
social, de unidades militares ou policiais ou em transportes 
públicos; 
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, 
emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação 
difusa ou coletiva; 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre 
estes e o Distrito Federal; 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente 
ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a 
capacidade de entendimento e determinação; 
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
 
 
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Por qual motivo mencionamos essas majorantes? Vocês precisam 
saber que para configuração da majorante da transnacionalidade prevista 
no art. 40, I, da Lei 11.343/2006, basta que existam elementos concretos 
aptos a demonstrar que o agente pretendia disseminar a droga no 
exterior, sendo dispensável ultrapassar as fronteiras que dividem 
as nações. 
Outra decisão importante, é que o tráfico de drogas nas imediações 
de estabelecimentos de ensino é suficiente para incidência da causa 
de aumento de pena prevista no art. 40, III, da Lei 11.343/2006, 
independente de os agentes visarem ou não aos frequentadores daquele 
local. 
Seguindo, o inciso III do art. 40 da Lei 11.343/2006 visa a punir com 
maior rigor a comercialização de drogas em determinados locais, como 
escolas, hospitais, teatros e unidades de tratamento de dependentes, 
entre outros. Pela inserção da expressão ³WUDQVSRUWH� S~EOLFR´� QHVVH�
mesmo dispositivo, evidencia-se que a referência há de ser interpretada 
na mesma perspectiva, vale dizer, no sentido de que a comercialização da 
droga em transporte público deve ser apenada com mais rigor. Logo, a 
mera utilização de transporte público para o carregamento da 
droga não leva à aplicação da causa de aumento do inciso III do art. 
40 da Lei 11.343/2006. 
Outro ponto, falando das majorantes, é que para o aumento de pena 
prevista no art. 40, V, da Lei 11.343/2006 não é necessário a efetiva 
transposição da fronteira estadual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Questões propostas 
 
01. (VUNESP ± SP ± TJSP - Juiz de Direito ± 2016) Afirma-se 
corretamente em matéria de prisão cautelar, que 
a) em caso de excepcional gravidade, ainda que analisada abstratamente, 
o princípio da presunção de inocência poderá ser desprezado, a fim de se 
autorizar o largo emprego de prisões cautelares. 
b) em caso de descumprimento de alguma medida cautelar, a regra será 
a decretação imediata e automática da prisão processual.c) na análise do cabimento da prisão preventiva, deve o juiz ponderar, na 
decisão, se não são aplicáveis medidas diversas menos gravosas. 
d) o prazo da prisão temporária, ainda que prorrogada, jamais excederá a 
10 (dez) dias. 
e) em sendo vedada a fiança, não é possível a concessão de liberdade 
provisória, com ou sem condições. 
 
02. (FAURGS ± TJRS ± Juiz de Direito ± 2016) Sobre prisão, medidas 
cautelares e liberdade provisória, assinale a alternativa correta. 
 
a) Somente se admite a decretação de prisão preventiva nos crimes 
dolosos cuja pena mínima for igual ou superior a 4 (quatro) anos, desde 
que presentes prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de 
autoria. 
b) A autoridade policial somente poderá se manifestar sobre a decretação 
de fiança nos crimes cuja pena máxima for igual ou inferior a 2 (dois) 
anos. Nos demais casos, a competência para sua concessão será 
exclusiva do juiz. 
 
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c) Segundo a jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça, 
as medidas cautelares dispostas no artigo 319 do Código de Processo 
Penal não podem ser aplicadas de forma cumulativa. 
d) Em caso de descumprimento das medidas cautelares impostas, o juiz 
deverá decretar imediatamente a prisão preventiva do 
investigado/acusado. 
e) De acordo com o Código de Processo Penal, no curso do inquérito 
policial, o juiz não poderá decretar a prisão preventiva do investigado de 
ofício, sendo necessário, para tanto, requerimento do Ministério Público, 
do querelante ou de seu assistente, ou, ainda, representação da 
autoridade policial. 
 
03. (FUNCAB ± PERITO CRIMINAL ± PCAC ± 2015) Acerca das 
prisões em flagrante, preventiva e domiciliar, assinale a alternativa 
correta. 
a) O agente somente poderá ser preso em flagrante delito no prazo de 
vinte e quatro horas a contar do momento da prática da infração penal, 
sendo certo que a autoridade policial contará com igual prazo para 
comunicar a prisão ao juiz competente, ao Ministério Público, a Defensoria 
Pública e a família do preso. 
b) Ocorre hipótese de flagrante impróprio quando o agente é perseguido e 
preso logo após praticar o delito, pela autoridade, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor da infração. 
c) A prisão preventiva, por sua natureza cautelar, somente poderá ser 
decretada pela autoridade judiciária uma única vez. 
d) Em nenhuma hipótese a autoridade policial poderá lavrar o auto de 
prisão em flagrante se não houver testemunhas da infração praticada. 
e) Prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em 
sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial e 
será concedida ao preso maior de sessenta anos que tenha praticado 
crime contra a Administração Pública. 
 
 
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04. (UEG ± Delegado de Polícia ± PCGO ± 2013) Sobre a fixação da 
pena, tem-se o seguinte: 
a) a existência de circunstância atenuante pode conduzir à redução da 
pena abaixo do mínimo legal. 
b) pelo critério trifásico, adotado pelo Código Penal, o juiz, na segunda 
fase, deverá apreciar as causas de aumento e de diminuição da parte 
geral e especial. 
c) o estabelecimento do valor de dias-multa independe da condição 
econômica do condenado. 
d) em caso de reincidência, fixada a pena em patamar inferior a 4 
(quatro) anos, o condenado poderá iniciar o cumprimento da pena em 
regime semiaberto, desde que as circunstâncias judiciais o recomendem. 
 
05. (CESPE ± UNB ± Juiz de Direito ± TJPB ± 2015) Segundo a 
doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, deve 
a) aplicar pena inferior ao mínimo legal se houver circunstância 
atenuante. 
b) agravar a sanção a ser aplicada a quem tiver coagido outrem a praticar 
o crime no caso de concurso de pessoas. 
c) valer-se de sua discricionariedade no que diz respeito à fixação do 
regime prisional em que o condenado começará a cumprir a sanção. 
d) indicar, no caso de condenado a pena de reclusão, que o cumprimento 
da sanção deve ser iniciado em regime fechado. 
e) considerar eventuais causas de aumento de pena do condenado na 
segunda fase da dosimetria. 
 
6. (2015 - FUNIVERSA - PC-DF - Papiloscopista Policial) A Lei n.° 
12.037/2009 dispõe acerca da identificação criminal do indivíduo 
civilmente identificado, estando correto afirmar que 
A) basta a juntada do procedimento datiloscópico aos autos da 
comunicação da prisão em flagrante para o processo de identificação 
criminal. 
 
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B) não é vedado informar a identificação criminal de indivíduo indiciado 
nos atestados de antecedentes destinados à justiça. 
C) o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal. 
D) a identificação civil só poderá ser atestada pela carteira de identidade, 
pela carteira de trabalho ou por meio da apresentação de um passaporte. 
E) os documentos de identificação civil, no tocante à identificação criminal 
do civilmente identificado, são equiparados aos documentos de 
identificação militar. 
 
7. (2015 - FUNIVERSA - PC-DF - Papiloscopista Policial) Quanto à 
identificação criminal, é correto afirmar que 
A) a identificação criminal dar-se-á por meio dos processos datiloscópico 
e fotográfico. 
B) a carteira de identificação funcional e a carteira profissional não são 
documentos de identificação civil válidos para se excluir a necessidade de 
uma identificação criminal. 
C) o civilmente identificado por meio de documento de identificação civil 
válido não será submetido à identificação criminal. 
D) os documentos de identificação militares não se equiparam aos 
documentos de identificação civil para excluir a necessidade de 
identificação criminal, devendo para tal serem validados pela 
apresentação concomitante da carteira de identidade ou da carteira de 
trabalho. 
E) a identificação criminal, mesmo diante da apresentação da carteira de 
identidade, poderá ocorrer quando for essencial às investigações 
criminais, independentemente de decisão da autoridade judiciária 
competente. 
 
8. (UEPA - 2013 - PC-PA - Papiloscopista Policial) Baseados na Lei 
nº. 12.037/2009 NÃO será necessário ocorrer identificação 
criminal quando: 
A) o documento apresentar rasura. 
 
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B) o documento apresentado for suficiente para identificar cabalmente o 
indiciado. 
C) o indiciado portar documentos de identidade distintos, com 
informações conflitantes entre si. 
D) constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes 
qualificações. 
E)o documento apresentado tiver indícios de falsificação. 
 
9. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Papiloscópico ± Específicos) 
Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da 
Lei n.o12.037/2009. 
É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de 
antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes 
do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 
10. (CESPE - 2009 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar) Em cada 
item, é apresentada uma situação hipotética considerando a 
legislação extravagante, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Um policial abordou um cidadão sob suspeita da prática de furto, do qual 
solicitou documento de identificação. Na ocasião, o cidadão apresentou 
seu título de eleitor, argumentando que sua carteira de identidade estaria 
em sua residência. Visando confirmar a verdadeira identidade do cidadão, 
o policial reteve o título de eleitor e estipulou o prazo de 24 horas para a 
apresentação da carteira de identidade. Nessa situação, o policial incorreu 
em erro, pois é ilícito reter documento de identificação pessoal 
pertencente a qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou 
privado. 
 
11. (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia - Específicos) Com 
relação à legislação especial, julgue o item a seguir. 
A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de 
direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de 
 
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identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou 
pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar, 
título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, 
certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de 
identidade de estrangeiro, exceto para a prática de determinado ato em 
que for exigida a apresentação de documento de identificação, ocasião em 
que a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até dez dias, 
os dados que interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu 
exibidor. 
 
12. (UFMT ± DELEGADO DE POLICIA) É possível reter documento de 
identificação para a realização de ato determinado, no prazo máximo de 
cinco dias, devendo, ao final, ser devolvido. Para que seja retido qualquer 
documento de identificação pessoal, é exigível ordem de autoridade 
policial. 
 
13. (CESPE ± PERITO PAPILOSCÓPICO) Em relação à carteira de 
identidade e considerando a Lei no 5.553/1968, julgue os itens 
que se seguem. 
Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de 
pessoa em órgãos públicos, seus dados deverão ser anotados no ato e o 
documento deverá ser-lhe devolvido no prazo máximo de cinco dias. 
 
14. (CESPE ± PERITO PAPILOSCÓPICO) Em relação à carteira de 
identidade e considerando a Lei no 5.553/1968, julgue os itens 
que se seguem. 
Constitui contravenção penal a retenção injustificada de qualquer 
documento de identificação pessoal. 
 
15. (UEPA ± ESCRIVÃO DE POLÍCIA ± PCPA ± 2013) A Lei nº. 
5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse 
de seus documentos pessoais de identificação, os quais são 
 
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garantias do exercício de direitos. Por força dessa lei, julgue os 
itens seguintes. 
É vedada a apreensão de documentos originais, porém é permitida a 
retenção daqueles apresentados em fotocópias autenticadas, na medida 
em que estes não possuem valor legal. 
 
16. (UEPA ± ESCRIVÃO DE POLÍCIA ± PCPA ± 2013) A Lei nº. 
5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse 
de seus documentos pessoais de identificação, os quais são 
garantias do exercício de direitos. Por força dessa lei, julgue os 
itens seguintes. 
A retenção de documentos de identificação pessoal constituirá 
contravenção penal, mas apenas quando praticada por autoridade 
pública, sendo um irrelevante penal a conduta quando praticada por 
particular. 
 
17. (UEPA ± ESCRIVÃO DE POLÍCIA ± PCPA ± 2013) A Lei nº. 
5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse 
de seus documentos pessoais de identificação, os quais são 
garantias do exercício de direitos. Por força dessa lei, julgue os 
itens seguintes. 
As limitações constantes da lei somente se referem a documentos que 
contenham a fotografia do titular, pois apenas estes são válidos como 
documentos de identificação. 
 
18. (UEPA ± ESCRIVÃO DE POLÍCIA ± PCPA ± 2013) A Lei nº. 
5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse 
de seus documentos pessoais de identificação, os quais são 
garantias do exercício de direitos. Por força dessa lei, julgue os 
itens seguintes. 
 
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É lícito condicionar a entrada de pessoas em prédios públicos à 
apresentação de documento de identificação, mas o documento deve ser 
imediatamente restituído após conferência ou anotação dos dados. 
 
19. (VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público) Assinale a 
alternativa correta. 
A) O disposto no art. 34 da lei de entorpecentes tipifica, em separado, a 
conduta de quem colabora como informante com grupo criminoso 
destinado ao tráfico de drogas. 
B) Segundo entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, a 
incidência da causa de diminuição da pena prevista no art. 33, § 4.º, da 
Lei n.º 11.343/2006 retira a hediondez do crime de tráfico de drogas. 
C) Na Lei n.º 11.343/2006, o legislador elegeu como circunstâncias 
preponderantes para fixação da pena, dentre aquelas prevista no art. 59 
do CP, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a 
personalidade e a conduta social do agente. 
D) A Lei n.º 11.343/2006 prevê o aumento de pena de um sexto até um 
terço para o crime de tráfico quando o agente financiar a prática do 
delito. 
 
20. (VUNESP - 2014 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto) Assinale a 
alternativa que apresenta o atual posicionamento do Supremo 
Tribunal Federal com relação à posse de droga para consumo 
pessoal, prevista no art. 28 da Lei n.º 11.343/2006, no qual, para 
a Corte Suprema, tal conduta foi 
A) descriminalizada. 
B) transformada em contravenção penal. 
C) transformada em ilícito administrativo. 
D) despenalizada 
E) atenuada. 
 
 
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21. (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) No que concerne 
aos aspectos processuais das leis penais extravagantes e às 
inovações legais havidas no sistema processual penal, julgue os 
itens a seguir. 
O comércio ilegal de drogas envolvendo mais de um estado faz surgir o 
tráfico interestadual de entorpecentes,deslocando-se a competência para 
apuração e atuação da Polícia Federal, todavia, a competência para 
processar e julgar o criminoso continua a ser da justiça estadual. 
 
22. (CESPE - Promotor - MPE-SE - 2010) Para o STJ, os preceitos 
legais em vigor impedem a conversão da pena corporal em restritiva de 
direitos no caso de condenado por tráfico ilícito de substância 
entorpecente. 
 
23. (CESPE - Defensor Público - DPU - 2010) No que concerne ao 
processo e ao procedimento dos crimes de tráfico de entorpecentes, é 
correto afirmar que circunstâncias inerentes à conduta criminosa não 
podem, sob pena de bis in idem, justificar o aumento da reprimenda. 
 
24. (CESPE - Agente de Investigação - PC-PB - 2009) Considerando 
que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico de 
drogas, a ausência do relatório circunstanciado torna nulo o inquérito 
policial. 
 
25. (CESPE - Promotor - MPE-RO - 2008) A inobservância do rito 
procedimental estabelecido pela Lei n.º 11.343/2006 quanto à intimação 
e consequente apresentação de defesa preliminar constitui causa de 
nulidade relativa, sendo, pois, necessário que se comprove o prejuízo, 
restando preclusa a alegação, se não for feita no momento oportuno. 
 
26. (CESPE - Analista Processual ± MPU - 2010) Em relação ao crime 
de tráfico de drogas, considera-se, tráfico privilegiado o praticado por 
 
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agente primário, com bons antecedentes criminais, que não se dedica a 
atividades criminosas nem integra organização criminosa, sendo-lhe 
aplicada a redução de pena de um sexto a dois terços, 
independentemente de o tráfico ser nacional ou internacional e da 
quantidade ou espécie de droga apreendida, ainda que a pena mínima 
fique aquém do mínimo legal. 
 
 
7. Questões Comentadas 
 
01. (VUNESP ± SP ± TJSP - Juiz de Direito ± 2016) Afirma-se 
corretamente em matéria de prisão cautelar, que 
a) em caso de excepcional gravidade, ainda que analisada abstratamente, 
o princípio da presunção de inocência poderá ser desprezado, a fim de se 
autorizar o largo emprego de prisões cautelares. 
b) em caso de descumprimento de alguma medida cautelar, a regra será 
a decretação imediata e automática da prisão processual. 
c) na análise do cabimento da prisão preventiva, deve o juiz ponderar, na 
decisão, se não são aplicáveis medidas diversas menos gravosas. 
d) o prazo da prisão temporária, ainda que prorrogada, jamais excederá a 
10 (dez) dias. 
e) em sendo vedada a fiança, não é possível a concessão de liberdade 
provisória, com ou sem condições. 
 
Resposta: item C. 
 
Comentário: 
 
Item A - Incorreto: O princípio da presunção da inocência deve ser 
sempre tido como norte de orientação, logo, a na eventualidade de uma 
prisão, devemos ter uma análise do caso concreto, não bastando a 
 
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gravidade em abstrato. HC 95460/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 
31.8.2010. (HC-95460). 
 
Item B - Incorreto: Vejamos o que prevê o Art. 282, §4°: 
 
" No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o 
juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu 
assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em 
cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 
312, parágrafo único)". Assim, a prisão é a última medida a ser adotada, 
em caráter excepcional. 
 
Item C ± Correto: de acordo com o que foi comentado no item anterior. 
 
Item D ± Incorreto: No caso de crimes hediondos a prisão temporária 
será decretada pelo prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual 
período (Art. 2°, §4°, da Lei n° 8.072/90). 
 
Item E - Incorreto: Vejamos o que prevê o art. 5, LXVI, CF/88: 
 
³1inguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a 
OLEHUGDGH�SURYLVyULD��FRP�RX�VHP�ILDQoD´� 
 
02. (FAURGS ± TJRS ± Juiz de Direito ± 2016) Sobre prisão, medidas 
cautelares e liberdade provisória, assinale a alternativa correta. 
a) Somente se admite a decretação de prisão preventiva nos crimes 
dolosos cuja pena mínima for igual ou superior a 4 (quatro) anos, desde 
que presentes prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de 
autoria. 
b) A autoridade policial somente poderá se manifestar sobre a decretação 
de fiança nos crimes cuja pena máxima for igual ou inferior a 2 (dois) 
 
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anos. Nos demais casos, a competência para sua concessão será 
exclusiva do juiz. 
c) Segundo a jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça, 
as medidas cautelares dispostas no artigo 319 do Código de Processo 
Penal não podem ser aplicadas de forma cumulativa. 
d) Em caso de descumprimento das medidas cautelares impostas, o juiz 
deverá decretar imediatamente a prisão preventiva do 
investigado/acusado. 
e) De acordo com o Código de Processo Penal, no curso do inquérito 
policial, o juiz não poderá decretar a prisão preventiva do investigado de 
ofício, sendo necessário, para tanto, requerimento do Ministério Público, 
do querelante ou de seu assistente, ou, ainda, representação da 
autoridade policial. 
 
Resposta: item E. 
 
Comentário: 
 
 
Item A ± Incorreto: 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a 
decretação da prisão preventiva: 
 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade 
máxima superior a 4 (quatro) anos; 
 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença 
transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 
64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; 
 
 
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III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, 
criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para 
garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
 
IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando 
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não 
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser 
colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra 
hipótese recomendar a manutenção da medida. 
 
Item B - Incorreto: 
 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos 
de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior 
a 4 (quatro) anos. 
 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que 
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.Item C - Incorreto: 
 
Art. 282. (...) 
 
§ 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente. 
 
Item D - Incorreto: 
 
Art. 282. (...) 
 
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§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o 
juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu 
assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em 
cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, 
parágrafo único). 
 
Item E - Correto: 
 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, 
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da 
ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do 
assistente, ou por representação da autoridade policial. 
 
03. (FUNCAB ± PERITO CRIMINAL ± PCAC ± 2015) Acerca das 
prisões em flagrante, preventiva e domiciliar, assinale a alternativa 
correta. 
a) O agente somente poderá ser preso em flagrante delito no prazo de 
vinte e quatro horas a contar do momento da prática da infração penal, 
sendo certo que a autoridade policial contará com igual prazo para 
comunicar a prisão ao juiz competente, ao Ministério Público, a Defensoria 
Pública e a família do preso. 
b) Ocorre hipótese de flagrante impróprio quando o agente é perseguido e 
preso logo após praticar o delito, pela autoridade, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor da infração. 
c) A prisão preventiva, por sua natureza cautelar, somente poderá ser 
decretada pela autoridade judiciária uma única vez. 
d) Em nenhuma hipótese a autoridade policial poderá lavrar o auto de 
prisão em flagrante se não houver testemunhas da infração praticada. 
e) Prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em 
sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial e 
 
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será concedida ao preso maior de sessenta anos que tenha praticado 
crime contra a Administração Pública. 
 
Resposta: item B. 
 
Comentário: 
 
Item A ± Incorreto. Inexiste prazo predeterminado, mantendo-se a 
situação de flagrância enquanto não cessada a perseguição. 
 
Item B - Correto. Vejamos o que diz o Art. 302, III, CPP: 
 
É perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. É a situação 
eu a doutrina chama de flagrante IMPRÓPRIO. 
 
Item C ± Incorreto. A prisão preventiva se liga à cláusula rebus sic 
stantibus, ou seja, o juiz poderá decretá-la ou revogá-la a depender da 
análise da subsistência dos motivos que a ensejaram. 
 
A revogação da preventiva dependerá apenas da persistência dos 
requisitos autorizadores, de modo que inexiste obstáculo à revogação da 
preventiva e posterior decretação da prisão cautelar por se verificarem 
presentes os seus requisitos. 
 
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do 
processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de 
novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
 
Item D ± Incorreto. Vejamos o que prevê o art. 304, §2º, CPP: 
 
 
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A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em 
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo 
menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à 
autoridade. 
 
Item E ± Incorreto. Vejamos o art. 317. A prisão domiciliar consiste no 
recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela 
ausentar-se com autorização judicial. 
 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar 
quando o agente for: 
 
I - maior de 80 (oitenta) anos; 
 
 
04. (UEG ± Delegado de Polícia ± PCGO ± 2013) Sobre a fixação da 
pena, tem-se o seguinte: 
a) a existência de circunstância atenuante pode conduzir à redução da 
pena abaixo do mínimo legal. 
b) pelo critério trifásico, adotado pelo Código Penal, o juiz, na segunda 
fase, deverá apreciar as causas de aumento e de diminuição da parte 
geral e especial. 
c) o estabelecimento do valor de dias-multa independe da condição 
econômica do condenado. 
d) em caso de reincidência, fixada a pena em patamar inferior a 4 
(quatro) anos, o condenado poderá iniciar o cumprimento da pena em 
regime semiaberto, desde que as circunstâncias judiciais o recomendem. 
 
Resposta: item D. 
 
Comentário: 
 
 
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Item A - Incorreto. Súmula 231 do STJ: A incidência da circunstância 
atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. 
 
Item B ± Incorreto. Pelo critério trifásico, adotado pelo Código Penal, o 
juiz, na terceira fase (e não na segunda), deverá apreciar as causas de 
aumento e de diminuição da parte geral e especial. 
 
Item C ± incorreto. Código Penal, art. 60: Na fixação da pena de multa 
o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu. § 1º A 
multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em 
virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no 
máximo. 
Item D ± Correto. Súmula 269 do STJ: É admissível a adoção do regime 
prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior 
a 4 (quatro) anos se favoráveis as circunstâncias judiciais. 
 
05. (CESPE ± UNB ± Juiz de Direito ± TJPB ± 2015) Segundo a 
doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, deve 
a) aplicar pena inferior ao mínimo legal se houver circunstância 
atenuante. 
b) agravar a sanção a ser aplicada a quem tiver coagido outrem a praticar 
o crime no caso de concurso de pessoas. 
c) valer-se de sua discricionariedade no que diz respeito à fixação do 
regime prisional em que o condenado começará a cumprir a sanção. 
d) indicar, no caso de condenado a pena de reclusão, que o cumprimento 
da sanção deve ser iniciado em regime fechado. 
e) considerar eventuais causas de aumento de pena do condenado na 
segunda fase da dosimetria. 
 
Resposta: item B. 
 
Comentário: 
 
Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. 
Teoria e Exercícios 
Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 
 
 
Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 58 
 
Item A ± Incorreto. STJ SÚMULA 231 - A incidência da circunstância 
atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. 
 
Item B

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