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Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 58 Aula 05 ± prisões e liberdade provisória (parte 1) e Teoria Geral da Pena (parte 1). ), Lei nº 12.037/09 (Lei de Identificação Criminal), Lei nº 5.553/1968 (Identificação Pessoal) e Lei nº 11.343/06 (Lei Contra as Drogas). SUMÁRIO PÁGINA 1. Prisões (parte 1) 1 2. Teoria Geral da Pena (Parte 1) 8 3. Lei nº 12.037/09 (Lei de Identificação Criminal) 15 4. Lei nº 5.553/1968 (Identificação Pessoal) 19 5. Lei nº 11.343/06 (Lei Contra as Drogas) 20 6. Questões propostas 26 7. Questões comentadas 35 8. Gabarito 58 1. Prisões e Liberdade provisória (parte 1) 1.1 Prisão preventiva x Prisão domiciliar Vamos começar a nossa aula de hoje comentando um jugado que está em um informativo de 2014 do STJ, que trata de um tema bem interessante na jurisprudência que é a prisão preventiva e a prisão domiciliar, tão falada recentemente por conta dos inúmeros parlamentares e demais políticos que foram parar atrás das grades por conta das reiteradas participações em esquemas de corrupção. Vamos ao julgado. É possível a substituição de prisão preventiva por prisão domiciliar, quando demostrada a imprescindibilidade de cuidados especiais de pessoa Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 58 menor de 6 anos de idade (art. 318, III, do CPP) e o decreto prisional não indicar peculiaridades concretas a justificar a manutenção da segregação cautelar em estabelecimento prisional. STJ. 6ª Turma. HC 291.439-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 22/5/2014 (Info 544). Vejamos como é tratado o instituto da prisão domiciliar no CPP. Hipóteses em que o juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: x I - maior de 80 anos; x II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; x III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência; x IV - gestante a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. Analisando um caso concreto, o STJ afirmou que era possível a substituição de prisão preventiva por prisão domiciliar, porque estava demostrado que a mulher presa precisava cuidar de seu filho de 1 ano de idade, ou seja, tratava-se de uma nítida situação de aplicação do art. 318, III, do CPP, já que o seu companheiro foi preso junto e a criança não tinha com quem ficar. Ademais, a decisão que decretou a prisão não indicava peculiaridades concretas a justificar a manutenção da segregação cautelar em estabelecimento prisional. Vamos para o segundo julgado da nossa aula, que envolve a manutenção da prisão cautelar, mesmo que o acusado tenha sido condenado a regime semiaberto. Não há incompatibilidade no fato de o juiz, na sentença, ter condenado o réu ao regime inicial semiaberto e, ao mesmo tempo, ter mantido sua prisão cautelar. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 58 Se ainda persistem os motivos que ensejaram a prisão cautelar (no caso, o risco de fuga), o réu deverá ser mantido preso mesmo que já tenha sido condenado ao regime inicial semiaberto. Deve ser adotada, no entanto, a seguinte providência: o condenado permanecerá preso, porém, ficará recolhido e seguirá as regras do regime prisional imposto na sentença. Em outras palavras, o réu, enquanto aguarda seu recurso preso, deverá receber o tratamento dispensado aos condenados ao regime semiaberto. STJ. 5ª Turma. HC 289.636-SP, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 20/5/2014. De acordo com esse posicionamento do STJ, não há incompatibilidade no fato de o juiz, na sentença, ter condenado o réu ao regime inicial semiaberto e, ao mesmo tempo, ter mantido sua prisão cautelar (prisão preventiva). Caso ainda tenhamos presentes os requisitos que ensejaram a prisão preventiva, por exemplo, o risco de fuga, o réu deverá ser mantido preso mesmo que já tenha sido condenado ao regime inicial semiaberto. O procedimento a ser adotado nesses casos é o seguinte: o condenado permanecerá preso, no entanto, ficará recolhido e seguirá as regras do regime prisional imposto na sentença. Mutatio mutandis, o acusado, enquanto aguarda seu recurso preso, deverá receber o tratamento dispensado aos condenados ao regime semiaberto. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 58 Em casos em que seja condenado a regime semiaberto, o réu sairá da Penitenciária (local destinado ao regime fechado) e deverá ser transferido para uma colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar, eis que esse é o local de cumprimento da pena para o regime semiaberto. No local devido, o condenado, enquanto aguarda o recurso, já poderá usufruir de alguns direitos que a Lei de Execução Penal lhe garante, quais sejam, o trabalho e a frequência a cursos. Resumindo, de acordo com o STJ, caso o réu permaneça preso durante todo o processo criminal, e, na sentença, foi condenado ao regime semiaberto, isso não significa, necessariamente, que o juiz terá que revogar a prisão preventiva e conceder-lhe a liberdade. A saída a ser adotada pelo juiz é a de garantir que esse condenado receba o tratamento destinado aos presos do regime semiaberto. Nosso terceiro julgado da aula de hoje a ser comentado envolve um recente posicionamento adotado pelo STF no que concerne aos atos infracionais, utilizados como justificativa para a decretação da prisão preventiva, como garantia da ordem pública. Imagine a situação em que um jovem de 19 anos, está respondendo a processo criminal por roubo. Ocorre que quando ele era adolescente, cumpriu medida socioeducativa por ato infracional análogo ao crime de homicídio. O questionamento que se faz é se é possível o juiz, ao decretar a prisão preventiva do réu, mencionar a prática desse ato infracional como um dos fundamentos para a prisão cautelar? Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 58 Havia divergência entre as Turmas do STJ, mas o tema foi recentemente pacificado. A prática de atos infracionais anteriores serve para justificar a decretação ou manutenção da prisão preventiva como garantia da ordem pública, considerando que indicam que a personalidade do agente é voltada à criminalidade, havendo fundado receio de reiteração. STJ. 5ª Turma. RHC 47.671-MS, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgadoem 18/12/2014 (Info 554). STJ. 3ª Seção. RHC 63.855-MG, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 11/05/2016. O Min. Rogério Schietti Cruz fez uma ressalva em relação aos atos infracionais que poderiam ser utilizados de tal forma, de acordo com o ministro, devem ser obedecidos alguns critérios (condições). São três as condições, vajamos: a) a gravidade específica do ato infracional cometido (independentemente de equivaler a crime considerado em abstrato como grave); b) o tempo decorrido entre o ato infracional e o crime em razão do qual é decretada a preventiva; e c) a comprovação efetiva da ocorrência do ato infracional. Podemos resumir a ideia nas seguintes diretrizes que devem ser levadas a efeito pelo magistrado quando da análise do caso concreto: a) o fato foi grave (e aqui não importa a gravidade em abstrato, mas sim no caso concreto); Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 58 b) ficou realmente provado; c) foi cometido há muitos anos, ou seja, se entre a data do ato infracional e o dia do crime praticado já se passou muito tempo, situação que faz com que o ato infracional perca importância na análise. CUIDADO! Os atos infracionais, a rigor não são levados em conta como antecedentes criminais, no entanto eles podem ser valorados negativamente em relação ao acusado maior que tenha os cometido antes da maioridade penal. Os motivos e justificativas para tanto são simples: o ato infracional não é crime e a medida socioeducativa não é uma pena em si. No entanto, os registros sobre o passado de uma pessoa, seja ela quem for, não podem ser desconsiderados para fins cautelares, desde que preencham os requisitos acima, podem ser levados em conta como preenchimento do requisito de cautelaridade da preventiva pela garantia da ordem pública. A avaliação sobre a periculosidade de alguém impõe que se examine todo o seu histórico de vida, em especial o seu comportamento perante a comunidade. A conclusão é que os atos infracionais praticados durante a menoridade penal não servem como antecedentes penais, tampouco para embasar reincidência, mas não podem ser ignorados, devendo ser analisados para se aferir se existe risco à garantia da ordem pública com a liberdade do acusado. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 58 O que o STF pensa sobre o tema STF ainda não se manifestou concretamente sobre o tema em seu colegiado (pleno), mas existe ao menos uma decisão monocrática recente prolatada pelo Min. Luiz Fux afirmando que é possível utilizar atos infracionais pretéritos como fundamento para a prisão preventiva, corroborando a tese firmada pelo STJ. Veja: "(...) A prevalecer o argumento de que a prática de atos infracionais na menoridade não se comunica com a vida criminal adulta, ter-se-á que admitir o absurdo de que o agente poderá reiterar na prática criminosa logo após adquirir a maioridade, sem que se lhe recaia a possibilidade de ser preso preventivamente. A possibilidade real de reiteração delituosa constitui, fora de dúvida, base empírica subsumível à hipótese legal da garantia da ordem pública. (...)" (STF. Decisão monocrática. RHC 134121 MC, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 20/04/2016) Podemos resumir esse tema no seguinte quadro: A prática de atos infracionais anteriores serve para justificar a decretação ou manutenção da prisão preventiva como garantia da ordem pública, considerando que indicam que a personalidade do agente é voltada à criminalidade, havendo fundado receio de reiteração. Não é qualquer ato infracional, em qualquer circunstância, que pode ser utilizado para caracterizar a periculosidade e justificar a prisão antes da sentença. É necessário que o magistrado analise: a) a gravidade específica do ato infracional cometido; Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 58 b) o tempo decorrido entre o ato infracional e o crime; e c) a comprovação efetiva da ocorrência do ato infracional. STJ. 3ª Seção. RHC 63.855-MG, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 11/05/2016. 2. Teoria Geral da Pena (parte 1) Vamos agora passar ao estudo da teoria geral da pena, sob o aspecto da jurisprudência do STF e do STJ. No entanto, antes de adentrarmos propriamente na jurisprudência, vamos verificar uma teoria básica acerca da dosimetria da pena. 2.1 Dosimetria da Pena A dosimetria nada mais é do que o cálculo da pena, que é feito pelo magistrado em sua sentença condenatória, após condenar o acusado de cometimento de um crime. Essa dosimetria serve como forma de aplicar um princípio bem conhecido do direito penal-constitucional, que é o princípio da individualização da pena. Vejamos o que a CF/88 prevê: Art. 5º, XLVI��³$�OHL�UHJXODUi�D�LQGLYLGXDOL]DomR�GD�pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) prestação social alternativa; G��VXVSHQVmR�RX�LQWHUGLomR�GH�GLUHLWRV´� Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 58 Lembrem-se de que praticamente todos os crimes possuem penas privativas de liberdade variáveis, com limites mínimo e máximo e essa variação serve para que o juiz ao prolatar a sua sentença possa dar ao acusado a pena que lhe é justa, em tese. O maior entusiasta desse critério foi o jurista Nelson Hungria, que na verdade dá até nome ao critério trifásico, que também é conhecido como critério Nélson Hungria de aplicação da pena. O fato de ser trifásico significa que ele passa por três fases ou etapas para que ao final tenhamos a pena em concreto atribuída ao acusado condenado pelo cometimento de crime. As etapas são as seguintes: x 1ª Etapa: Cálculo da pena-base, de acordo com as circunstâncias judiciais, previstas no art. 59, do CP. x 2ª Etapa: Aplicação de agravantes e atenuantes x 3ª Etapa: Aplicação de causas de aumento e diminuição O princípio acima é consagrado pela jurisprudência pátria: (...) I. A pena deve ser aplicada na forma estatuída no art. 68 do Código Penal, observado o critério trifásico. A pena-base é fixada de acordo com as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, seguida, na fase intermediária da dosimetria, da aplicação das atenuantes e agravantes, previstas nos arts. 61 a 66 do Código Penal, para, após, na terceira etapa, considerar-se as causas de diminuição e aumento de pena, destacadas na Parte Especial e Geral do Código Penal. (STJ - AgRg no REsp: 1021796 RS 2008/0004676-7, Relator: Ministra ASSUSETEMAGALHÃES, Data de Julgamento: 19/03/2013, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 17/04/2013) Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 58 Assim, uma vez entendido que o tema acima está consubstanciado na jurisprudência e na doutrina, vamos verificar como se dá a análise de cada fase do sistema. 2.1.1 Primeira Fase (Circunstâncias Judiciais) Na primeira fase da aplicação da pena o juiz vai ponderar as circunstâncias judiciais, que são as seguintes: x Culpabilidade x Antecedentes x Conduta Social x Personalidade do agente x Motivos do Crime x Circunstâncias do Crime x Consequências do Crime x Comportamento da Vítima Estudando cada uma delas, temos: a) Culpabilidade: Podemos afirmar que essa culpabilidade, prevista no art. 59, do CP está ligada à reprovação social que o crime e o autor do delito merecem. Cumpre ressaltar que essa culpabilidade é diversa daquela que é enxergada como elemento do crime, de acordo com a teoria geral do delito. b) Antecedentes São as condenações anteriores em matéria criminal, que o acusado ostenta em seu nome. Aqui cabe mencionar que o STJ possui Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 58 entendimento sumulado por meio do qual se veda a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena base. Súmula 444 ± STJ: É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base. c) Conduta Social No dizer de Nucci: ³p�R�SDSHO�GR� UpX�QD�FRPXQLGDGH�� LQVHULGR�QR� contexto da família, do trabalho, da escola, da vizinhança eWF�´� Temos julgado do STJ também afastando a possibilidade de majoração da pena base por conta de ser o réu usuário de drogas, pois isso, na verdade, nada mais é do que um infortúnio. HABEAS CORPUS. DISPARO DE ARMA DE FOGO. (I) DOSIMETRIA. PENA- BASE.CONDUTA SOCIAL. ARGUMENTAÇÃO INIDÔNEA. MAUS ANTECEDENTES. REFORMATIO IN PEJUS CONFIGURADA. (II) EXECUÇÃO. REGIME ABERTO. POSSIBILIDADE. PENA INFERIOR A 4 ANOS E FAVORABILIDADE DE TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. 1. A dependência toxicológica é, na verdade, um infortúnio, não podendo, por isso mesmo, ensejar a exasperação da pena-base a título de má conduta social. (...) (STJ - HC: 201453 DF 2011/0064905-9, Relator: Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Data de Julgamento: 02/02/2012, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 21/03/2012) d) personalidade do agente: Para analisar esse item vamos nos socorrer da doutrina de %,7(1&2857�� TXH� DVVHYHUD�� ³QD� DQiOLVH� GD� SHUVRQDOLGDGH� GHYH-se verificar a sua boa ou má índole, sua maior ou menor sensibilidade ético- Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 58 social, a presença ou não de eventuais desvios de caráter de forma a LGHQWLILFDU�VH�R�FULPH�FRQVWLWXL�XP�HSLVyGLR�DFLGHQWDO�QD�YLGD�GR�UpX´� A aferição por parte do julgador deve levar em consideração elementos concretos e suficientes, critérios objetivos para uma eventual valoração negativa da sua personalidade. Nesse sentido: HABEAS CORPUS. PENAL. CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO. DOSIMETRIA DA PENA. INIDONEIDADE DA FUNDAMENTAÇÃO JUDICIAL APRESENTADA PARAJUSTIFICAR A EXASPERAÇÃO DA PENA-BASE, EM RELAÇÃO À CULPABILIDADE, ÀCONDUTA SOCIAL, À PERSONALIDADE, BEM COMO AOS MOTIVOS DO CRIME E AOCOMPORTAMENTO DA VÍTIMA. CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. DEVOLUÇÃO DA RESFURTIVA COM PEQUENAS AVARIAS. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. READEQUAÇÃO AOMÍNIMO LEGAL. ORDEM DE HABEAS CORPUS CONCEDIDA. A personalidade do criminoso não pode ser valorada negativamente senão existirem, nos autos, elementos suficientes para sua efetiva e segura aferição pelo julgador. (STJ - HC: 176004 MG 2010/0107183-2, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 16/08/2012, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/08/2012) e) Motivos: Os motivos nada mais são do que as razões que levaram o agente delituoso a cometer o crime. f) Circunstâncias do crime: Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 58 São elementos que não estão ligados ao próprio tipo penal, literalmente, no entanto, podem ser utilizados para valorizar a pena base, aumentando-o ou diminuindo-a, dentro do patamar mínimo o máximo. Exemplos são o lugar do crime, o tempo de duração, eventual relacionamento existente entre o agente delituoso e a vítima, enfim, tudo aquilo que circunda a ação delituosa e que pode servir para agravar ou beneficiar o réu. g) Consequências do crime Nesse ponto o magistrado deverá analisar o mal que é gerado dentro da sociedade com o cometimento do delito. A título de exemplo, citando NUCCI, podemos dizer que um homicídio tem uma consequência para a sociedade e para os familiares da vítima, natural de todo crime de morte. Entretanto, quando estamos falando de um crime de morte no qual o agente delituoso mata a própria esposa na frente de seus filhos que presenciam toda a ação criminosa, as consequências psíquicas e o trauma transcende a natural consequência, motivo pelo qual devemos levar em conta em uma eventual condenação para efeito de pena base. h) Comportamento da vítima: A Vitimologia, ramo da criminologia, ciência muito importante para o entendimento do fenômeno criminosos, entende que em determinadas situações a vítima contribui para que ocorra o delito. Elas são chamadas GH�³FRODERUDGRUDV´� Assim, o comportamento da vítima, no caso concreto, poderá ser levado em conta para a fixação da pena base. Vajamos mais um julgado que consta no informativo 532, do STJ sobre o tema. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 58 Se o comportamento da vítima em nada contribuiu para o delito, isso significa que essa circunstância judicial é neutra, de forma que não pode ser utilizada para aumentar a pena imposta ao réu. STJ. 6ª Turma. HC 217.819-BA, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 21/11/2013. Observações: x Na primeira fase de aplicação da pena ela ficará entre o limite mínimo e máximo previstos de forma abstrata no preceito secundário do tipo penal incriminador. Portanto, na primeira fase de aplicação da pena por um crime de furto simples, a pena mínima não poderá ser inferior a 1 ano e nem a máxima superior a 4 anos. x Para que haja o aumento e a pena base fiqueacima do mínimo legal, basta a incidência de uma circunstância negativa, e isso está de acordo com a jurisprudência do STF: ³Esta Corte tem adotado orientação pacífica segundo a qual não há nulidade na decisão que majora a pena-base considerando-se as circunstâncias judiciais desfavoráveis. 3. O Juiz-Presidente do Tribunal do Júri, quando de terceiro julgamento, realizado em função do provimento dado a recurso exclusivo do réu por ocasião do primeiro julgamento, não pode incluir e quesitar circunstância agravante que per se qualificaria o crime de homicídio pelo qual o réu foi denunciado sem que tivesse ela sido mencionada na denúncia, na pronúncia e no libelo-crime acusatório. (STF - RHC: 103170 RJ, Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Data de Julgamento: 15/03/2011, Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-090 DIVULG 13-05-2011 PUBLIC 16-05- 2011). Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 58 x O aumento da pena acima do mínimo legal deve ser motivado. A providência deve ser levada em conta ainda com mais veemência quando o juiz utilizar as razões para aumentar a pena acima do mínimo legal. Isso nada mais é do que a materialização do princípio insculpido no art. 93, IX, da CF88. Nesse sentido podemos citar o seguinte julgado: (STJ HC 185633/ES) 3. Lei nº 12.037/09 (Lei de Identificação Criminal) Então meus amigos, essa Lei dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal. Assim, o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nos casos previstos Lei 12.037/2009. A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos: 9 carteira de identidade; 9 carteira de trabalho; 9 carteira profissional; 9 passaporte; 9 carteira de identificação funcional; 9 outro documento público que permita a identificação do indiciado. Equiparam-se aos documentos de identificação civil os documentos de identificação militares e isso já foi cobrado em provas! Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 58 Outra informação muito importante é que, embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando: 9 o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; 9 o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; 9 o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; 9 a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; 9 constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; 9 o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado e quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado. Pessoal, a identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação. Na hipótese de a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 58 decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa, a identificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético, fiquem atentos que segundo a norma, só será possível nesse caso, existem algumas controvérsias, mas para sua prova ficamos, basicamente, com o texto da Lei! Assim, o professor Luiz Flávio Gomes, chama a atenção que, nesses delitos, a identificação genética do condenado não serve para qualquer investigação criminal em curso (podendo subsidiar investigação futura), muito menos para esclarecer dúvida eventualmente gerada pela identificação civil (ou mesmo datiloscópica), tendo como fim principal abastecer banco de dados sigiloso, a ser regulamentado pelo Poder Executivo. A inovação, nesse ponto específico (obrigatoriedade do fornecimento de material), parece, para o mestre, inconstitucional (enquanto enfocada como obrigatoriedade no fornecimento de material genético). A Carta Maior elenca, no art. 5º, como garantias fundamentais de todo cidadão: ³QmR�VHU�FRQVLGHUDGR�FXOSDGR�DWp�R�WUkQVLWR�HP�MXOJDGR� GH�VHQWHQoD�SHQDO�FRQGHQDWyULD��/9,,��´ ³TXDQGR�SUHVR��VHU�LQIRUPDGR�GH�VHXV�GLUHLWRV��HQWUH�RV� quais o de permanecer calado (LXIII)�´ Dessas garantias constitucionais resulta (por meio do princípio da interpretação efetiva) outra, qual seja, de não produzir prova contra si, direito implícito na CF/88 e expresso no art. 8.2 da Convenção Americana de Direitos Humanos (toda pessoa tem direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada), da qual o Brasil é signatário, assim afirma o professor. Pessoal, deve ser lembrado que a mesma discussão foi travada FRP� D� HGLomR� GD� ³/HL� 6HFD´�� WHQGR� R� 67-� GHFLGLGR (seguindo precedentes do STF) que o motorista não pode ser obrigado a participar Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 58 GR�³WHVWH�GR�EDI{PHWUR´�RX�IRUQHFHU�PDWHULDO�SDUD�H[DPH�GH�VDQJXH��VRE� pena de violar a garantia da não auto-acusação, mas como eu disse, acredito que a banca não entrará nesse mérito. Seguindo, a Lei deixa claro que os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal. Além disso, as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos. Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial. Asinformações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado. É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente provas de sua identificação civil. Vocês devem ficar atentos, pois a exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do prazo estabelecido em lei para a prescrição do delito e a identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo, só que ainda não temos essa regulamentação! Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 58 4. Lei nº 5.553/1968 (Identificação Pessoal) Meus caros, essa lei é bem pequena. O que vocês precisam saber que, a nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro. Entretanto, se for para a realização de determinado ato, e for exigida a apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 5 (cinco) dias, os dados que interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor. Além disso, somente por ordem judicial poderá ser retirado qualquer documento de identificação pessoal. Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no ato e devolvido o documento imediatamente ao interessado. Então, no caso de retenção dos referidos documentos o agente estará cometendo uma contravenção. Outra informação importante é no caso da infração ser praticada por preposto ou agente de pessoa jurídica, considerar-se-á responsável quem houver ordenado o ato que ensejou a retenção, a menos que haja, pelo executante, desobediência ou inobservância de ordens ou instruções expressas, quando, então, será este o infrator. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 58 5. Lei nº 11.343/06 (Lei Contra as Drogas) Esta Lei tem várias jurisprudências, assim, começaremos pela Súmula 522 do STF. A Súmula deixa evidente que salvo ocorrência de tráfico com o exterior, quando, então, a competência será da Justiça Federal, compete à justiça dos Estados o processo e o julgamento dos crimes relativos a entorpecentes. Dessa forma, no caso dos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, a competência para o processo e julgamento é, em regra, da Justiça Estadual; tratando-se, no entanto, de crime internacional, isto é, à distância, que possui base em mais de um país, passa a ser da competência da Justiça Federal, nos termos do artigo 109, V da CF/88. O estudo do art. 33 e seus parágrafos são importantes para nossos estudos. Vejamos, primeiramente, a Lei Seca: "Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. § 1o Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 58 desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. § 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: (Vide ADI nº 4.274) Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. § 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28. § 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)" Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 58 O delito previsto no art. 33 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) é clássico exemplo de crime de ação múltipla. Assim, caso o agente, no mesmo contexto fático e sucessivamente, pratique mais de uma ação típica, responderá por crime único, por força do princípio da alternatividade. Porém, caso os contextos de fato sejam diversos, hão de incidir as regras do concurso de crimes. Falando do art. 33, é preciso saber que a causa especial de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006 não pode ser indeferida exclusivamente com base em maus antecedentes informados pelo réu em seu interrogatório. Seguindo, a minorante do art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006 não retirou o caráter hediondo do crime de tráfico de entorpecentes, limitando-se, por critérios de razoabilidade e proporcionalidade, a abrandar a pena do pequenoe eventual traficante, em contrapartida com o grande e contumaz traficante, ao qual a Lei de Drogas conferiu punição mais rigorosa que a prevista na lei anterior. O reconhecimento da progressão de regime após o cumprimento de 1/6 da pena, pelo afastamento da hediondez do crime, desprezando-se as frações de 2/5, se primário, e de 3/5, se reincidente, previstas na Lei de Drogas, constituirá incentivo a que as pessoas cada vez mais se aventurem no tráfico, ante o ínfimo tempo em que permanecerão presas. Outro ponto importante, falando em minorante, o juiz não está obrigado a aplicar o máximo da redução prevista, quando presentes os requisitos para a concessão desse benefício, tendo plena liberdade de aplicar a redução no patamar conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, segundo as peculiaridades de cada caso concreto. Do contrário, seria inócua a previsão legal de um patamar mínimo e um máximo. Na sequência, é preciso sabermos que os arts. 33, § 1º, I, e 34 da Lei de Drogas ² que visam proteger a saúde pública, com a ameaça de produção de drogas ² tipificam condutas que podem ser Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 58 consideradas mero ato preparatório. Assim, evidenciado, no mesmo contexto fático, o intento de traficância do agente (cocaína), utilizando aparelhos e insumos somente para esse fim, todo e qualquer ato relacionado a sua produção deve ser considerado ato preparatório do delito de tráfico previsto no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006. Aplica- se, pois, o princípio da consunção, que se consubstancia na absorção do delito-meio (objetos ligados à fabricação) pelo delito- fim (comercialização de drogas). No art. 35 da Lei, temos o crime de associação para o tráfico: "Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa." O verbo núcleo do tipo previsto no art. 35 da Lei 11.343/2006 é associar-se. Portanto, a caracterização da associação para o tráfico de drogas, segundo os tribunais, depende da demonstração do vínculo de estabilidade entre duas ou mais pessoas, não sendo suficiente a união ocasional e episódica. Não se pode transformar o crime de associação, que é um delito contra a paz pública ² capaz de expor a risco o bem jurídico tutelado ², em um concurso de agentes. Na sequência, é preciso saber que segundo a jurisprudência, vigora no direito brasileiro e no direito contemporâneo em geral o princípio da persuasão racional ou do livre convencimento motivado. A condenação por tráfico de drogas e por associação para o tráfico de drogas prescinde da efetiva apreensão de entorpecentes na posse de um acusado específico, cuja responsabilidade pode ser definida racionalmente, a despeito de apreendida a droga na posse de terceiro, com base no contexto probatório, a autorizar o provimento condenatório. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 58 Outra informação importante, é que no art. 40 da Lei, temos as majorantes. Vejamos: "Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 58 Por qual motivo mencionamos essas majorantes? Vocês precisam saber que para configuração da majorante da transnacionalidade prevista no art. 40, I, da Lei 11.343/2006, basta que existam elementos concretos aptos a demonstrar que o agente pretendia disseminar a droga no exterior, sendo dispensável ultrapassar as fronteiras que dividem as nações. Outra decisão importante, é que o tráfico de drogas nas imediações de estabelecimentos de ensino é suficiente para incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 40, III, da Lei 11.343/2006, independente de os agentes visarem ou não aos frequentadores daquele local. Seguindo, o inciso III do art. 40 da Lei 11.343/2006 visa a punir com maior rigor a comercialização de drogas em determinados locais, como escolas, hospitais, teatros e unidades de tratamento de dependentes, entre outros. Pela inserção da expressão ³WUDQVSRUWH� S~EOLFR´� QHVVH� mesmo dispositivo, evidencia-se que a referência há de ser interpretada na mesma perspectiva, vale dizer, no sentido de que a comercialização da droga em transporte público deve ser apenada com mais rigor. Logo, a mera utilização de transporte público para o carregamento da droga não leva à aplicação da causa de aumento do inciso III do art. 40 da Lei 11.343/2006. Outro ponto, falando das majorantes, é que para o aumento de pena prevista no art. 40, V, da Lei 11.343/2006 não é necessário a efetiva transposição da fronteira estadual. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 58 6. Questões propostas 01. (VUNESP ± SP ± TJSP - Juiz de Direito ± 2016) Afirma-se corretamente em matéria de prisão cautelar, que a) em caso de excepcional gravidade, ainda que analisada abstratamente, o princípio da presunção de inocência poderá ser desprezado, a fim de se autorizar o largo emprego de prisões cautelares. b) em caso de descumprimento de alguma medida cautelar, a regra será a decretação imediata e automática da prisão processual.c) na análise do cabimento da prisão preventiva, deve o juiz ponderar, na decisão, se não são aplicáveis medidas diversas menos gravosas. d) o prazo da prisão temporária, ainda que prorrogada, jamais excederá a 10 (dez) dias. e) em sendo vedada a fiança, não é possível a concessão de liberdade provisória, com ou sem condições. 02. (FAURGS ± TJRS ± Juiz de Direito ± 2016) Sobre prisão, medidas cautelares e liberdade provisória, assinale a alternativa correta. a) Somente se admite a decretação de prisão preventiva nos crimes dolosos cuja pena mínima for igual ou superior a 4 (quatro) anos, desde que presentes prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria. b) A autoridade policial somente poderá se manifestar sobre a decretação de fiança nos crimes cuja pena máxima for igual ou inferior a 2 (dois) anos. Nos demais casos, a competência para sua concessão será exclusiva do juiz. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 58 c) Segundo a jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça, as medidas cautelares dispostas no artigo 319 do Código de Processo Penal não podem ser aplicadas de forma cumulativa. d) Em caso de descumprimento das medidas cautelares impostas, o juiz deverá decretar imediatamente a prisão preventiva do investigado/acusado. e) De acordo com o Código de Processo Penal, no curso do inquérito policial, o juiz não poderá decretar a prisão preventiva do investigado de ofício, sendo necessário, para tanto, requerimento do Ministério Público, do querelante ou de seu assistente, ou, ainda, representação da autoridade policial. 03. (FUNCAB ± PERITO CRIMINAL ± PCAC ± 2015) Acerca das prisões em flagrante, preventiva e domiciliar, assinale a alternativa correta. a) O agente somente poderá ser preso em flagrante delito no prazo de vinte e quatro horas a contar do momento da prática da infração penal, sendo certo que a autoridade policial contará com igual prazo para comunicar a prisão ao juiz competente, ao Ministério Público, a Defensoria Pública e a família do preso. b) Ocorre hipótese de flagrante impróprio quando o agente é perseguido e preso logo após praticar o delito, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor da infração. c) A prisão preventiva, por sua natureza cautelar, somente poderá ser decretada pela autoridade judiciária uma única vez. d) Em nenhuma hipótese a autoridade policial poderá lavrar o auto de prisão em flagrante se não houver testemunhas da infração praticada. e) Prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial e será concedida ao preso maior de sessenta anos que tenha praticado crime contra a Administração Pública. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 58 04. (UEG ± Delegado de Polícia ± PCGO ± 2013) Sobre a fixação da pena, tem-se o seguinte: a) a existência de circunstância atenuante pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. b) pelo critério trifásico, adotado pelo Código Penal, o juiz, na segunda fase, deverá apreciar as causas de aumento e de diminuição da parte geral e especial. c) o estabelecimento do valor de dias-multa independe da condição econômica do condenado. d) em caso de reincidência, fixada a pena em patamar inferior a 4 (quatro) anos, o condenado poderá iniciar o cumprimento da pena em regime semiaberto, desde que as circunstâncias judiciais o recomendem. 05. (CESPE ± UNB ± Juiz de Direito ± TJPB ± 2015) Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, deve a) aplicar pena inferior ao mínimo legal se houver circunstância atenuante. b) agravar a sanção a ser aplicada a quem tiver coagido outrem a praticar o crime no caso de concurso de pessoas. c) valer-se de sua discricionariedade no que diz respeito à fixação do regime prisional em que o condenado começará a cumprir a sanção. d) indicar, no caso de condenado a pena de reclusão, que o cumprimento da sanção deve ser iniciado em regime fechado. e) considerar eventuais causas de aumento de pena do condenado na segunda fase da dosimetria. 6. (2015 - FUNIVERSA - PC-DF - Papiloscopista Policial) A Lei n.° 12.037/2009 dispõe acerca da identificação criminal do indivíduo civilmente identificado, estando correto afirmar que A) basta a juntada do procedimento datiloscópico aos autos da comunicação da prisão em flagrante para o processo de identificação criminal. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 58 B) não é vedado informar a identificação criminal de indivíduo indiciado nos atestados de antecedentes destinados à justiça. C) o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal. D) a identificação civil só poderá ser atestada pela carteira de identidade, pela carteira de trabalho ou por meio da apresentação de um passaporte. E) os documentos de identificação civil, no tocante à identificação criminal do civilmente identificado, são equiparados aos documentos de identificação militar. 7. (2015 - FUNIVERSA - PC-DF - Papiloscopista Policial) Quanto à identificação criminal, é correto afirmar que A) a identificação criminal dar-se-á por meio dos processos datiloscópico e fotográfico. B) a carteira de identificação funcional e a carteira profissional não são documentos de identificação civil válidos para se excluir a necessidade de uma identificação criminal. C) o civilmente identificado por meio de documento de identificação civil válido não será submetido à identificação criminal. D) os documentos de identificação militares não se equiparam aos documentos de identificação civil para excluir a necessidade de identificação criminal, devendo para tal serem validados pela apresentação concomitante da carteira de identidade ou da carteira de trabalho. E) a identificação criminal, mesmo diante da apresentação da carteira de identidade, poderá ocorrer quando for essencial às investigações criminais, independentemente de decisão da autoridade judiciária competente. 8. (UEPA - 2013 - PC-PA - Papiloscopista Policial) Baseados na Lei nº. 12.037/2009 NÃO será necessário ocorrer identificação criminal quando: A) o documento apresentar rasura. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 58 B) o documento apresentado for suficiente para identificar cabalmente o indiciado. C) o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si. D) constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações. E)o documento apresentado tiver indícios de falsificação. 9. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Papiloscópico ± Específicos) Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei n.o12.037/2009. É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. 10. (CESPE - 2009 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar) Em cada item, é apresentada uma situação hipotética considerando a legislação extravagante, seguida de uma assertiva a ser julgada. Um policial abordou um cidadão sob suspeita da prática de furto, do qual solicitou documento de identificação. Na ocasião, o cidadão apresentou seu título de eleitor, argumentando que sua carteira de identidade estaria em sua residência. Visando confirmar a verdadeira identidade do cidadão, o policial reteve o título de eleitor e estipulou o prazo de 24 horas para a apresentação da carteira de identidade. Nessa situação, o policial incorreu em erro, pois é ilícito reter documento de identificação pessoal pertencente a qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado. 11. (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia - Específicos) Com relação à legislação especial, julgue o item a seguir. A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 58 identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro, exceto para a prática de determinado ato em que for exigida a apresentação de documento de identificação, ocasião em que a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até dez dias, os dados que interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor. 12. (UFMT ± DELEGADO DE POLICIA) É possível reter documento de identificação para a realização de ato determinado, no prazo máximo de cinco dias, devendo, ao final, ser devolvido. Para que seja retido qualquer documento de identificação pessoal, é exigível ordem de autoridade policial. 13. (CESPE ± PERITO PAPILOSCÓPICO) Em relação à carteira de identidade e considerando a Lei no 5.553/1968, julgue os itens que se seguem. Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa em órgãos públicos, seus dados deverão ser anotados no ato e o documento deverá ser-lhe devolvido no prazo máximo de cinco dias. 14. (CESPE ± PERITO PAPILOSCÓPICO) Em relação à carteira de identidade e considerando a Lei no 5.553/1968, julgue os itens que se seguem. Constitui contravenção penal a retenção injustificada de qualquer documento de identificação pessoal. 15. (UEPA ± ESCRIVÃO DE POLÍCIA ± PCPA ± 2013) A Lei nº. 5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse de seus documentos pessoais de identificação, os quais são Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 58 garantias do exercício de direitos. Por força dessa lei, julgue os itens seguintes. É vedada a apreensão de documentos originais, porém é permitida a retenção daqueles apresentados em fotocópias autenticadas, na medida em que estes não possuem valor legal. 16. (UEPA ± ESCRIVÃO DE POLÍCIA ± PCPA ± 2013) A Lei nº. 5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse de seus documentos pessoais de identificação, os quais são garantias do exercício de direitos. Por força dessa lei, julgue os itens seguintes. A retenção de documentos de identificação pessoal constituirá contravenção penal, mas apenas quando praticada por autoridade pública, sendo um irrelevante penal a conduta quando praticada por particular. 17. (UEPA ± ESCRIVÃO DE POLÍCIA ± PCPA ± 2013) A Lei nº. 5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse de seus documentos pessoais de identificação, os quais são garantias do exercício de direitos. Por força dessa lei, julgue os itens seguintes. As limitações constantes da lei somente se referem a documentos que contenham a fotografia do titular, pois apenas estes são válidos como documentos de identificação. 18. (UEPA ± ESCRIVÃO DE POLÍCIA ± PCPA ± 2013) A Lei nº. 5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse de seus documentos pessoais de identificação, os quais são garantias do exercício de direitos. Por força dessa lei, julgue os itens seguintes. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 58 É lícito condicionar a entrada de pessoas em prédios públicos à apresentação de documento de identificação, mas o documento deve ser imediatamente restituído após conferência ou anotação dos dados. 19. (VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público) Assinale a alternativa correta. A) O disposto no art. 34 da lei de entorpecentes tipifica, em separado, a conduta de quem colabora como informante com grupo criminoso destinado ao tráfico de drogas. B) Segundo entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, a incidência da causa de diminuição da pena prevista no art. 33, § 4.º, da Lei n.º 11.343/2006 retira a hediondez do crime de tráfico de drogas. C) Na Lei n.º 11.343/2006, o legislador elegeu como circunstâncias preponderantes para fixação da pena, dentre aquelas prevista no art. 59 do CP, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente. D) A Lei n.º 11.343/2006 prevê o aumento de pena de um sexto até um terço para o crime de tráfico quando o agente financiar a prática do delito. 20. (VUNESP - 2014 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto) Assinale a alternativa que apresenta o atual posicionamento do Supremo Tribunal Federal com relação à posse de droga para consumo pessoal, prevista no art. 28 da Lei n.º 11.343/2006, no qual, para a Corte Suprema, tal conduta foi A) descriminalizada. B) transformada em contravenção penal. C) transformada em ilícito administrativo. D) despenalizada E) atenuada. Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 58 21. (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) No que concerne aos aspectos processuais das leis penais extravagantes e às inovações legais havidas no sistema processual penal, julgue os itens a seguir. O comércio ilegal de drogas envolvendo mais de um estado faz surgir o tráfico interestadual de entorpecentes,deslocando-se a competência para apuração e atuação da Polícia Federal, todavia, a competência para processar e julgar o criminoso continua a ser da justiça estadual. 22. (CESPE - Promotor - MPE-SE - 2010) Para o STJ, os preceitos legais em vigor impedem a conversão da pena corporal em restritiva de direitos no caso de condenado por tráfico ilícito de substância entorpecente. 23. (CESPE - Defensor Público - DPU - 2010) No que concerne ao processo e ao procedimento dos crimes de tráfico de entorpecentes, é correto afirmar que circunstâncias inerentes à conduta criminosa não podem, sob pena de bis in idem, justificar o aumento da reprimenda. 24. (CESPE - Agente de Investigação - PC-PB - 2009) Considerando que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico de drogas, a ausência do relatório circunstanciado torna nulo o inquérito policial. 25. (CESPE - Promotor - MPE-RO - 2008) A inobservância do rito procedimental estabelecido pela Lei n.º 11.343/2006 quanto à intimação e consequente apresentação de defesa preliminar constitui causa de nulidade relativa, sendo, pois, necessário que se comprove o prejuízo, restando preclusa a alegação, se não for feita no momento oportuno. 26. (CESPE - Analista Processual ± MPU - 2010) Em relação ao crime de tráfico de drogas, considera-se, tráfico privilegiado o praticado por Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 58 agente primário, com bons antecedentes criminais, que não se dedica a atividades criminosas nem integra organização criminosa, sendo-lhe aplicada a redução de pena de um sexto a dois terços, independentemente de o tráfico ser nacional ou internacional e da quantidade ou espécie de droga apreendida, ainda que a pena mínima fique aquém do mínimo legal. 7. Questões Comentadas 01. (VUNESP ± SP ± TJSP - Juiz de Direito ± 2016) Afirma-se corretamente em matéria de prisão cautelar, que a) em caso de excepcional gravidade, ainda que analisada abstratamente, o princípio da presunção de inocência poderá ser desprezado, a fim de se autorizar o largo emprego de prisões cautelares. b) em caso de descumprimento de alguma medida cautelar, a regra será a decretação imediata e automática da prisão processual. c) na análise do cabimento da prisão preventiva, deve o juiz ponderar, na decisão, se não são aplicáveis medidas diversas menos gravosas. d) o prazo da prisão temporária, ainda que prorrogada, jamais excederá a 10 (dez) dias. e) em sendo vedada a fiança, não é possível a concessão de liberdade provisória, com ou sem condições. Resposta: item C. Comentário: Item A - Incorreto: O princípio da presunção da inocência deve ser sempre tido como norte de orientação, logo, a na eventualidade de uma prisão, devemos ter uma análise do caso concreto, não bastando a Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 58 gravidade em abstrato. HC 95460/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 31.8.2010. (HC-95460). Item B - Incorreto: Vejamos o que prevê o Art. 282, §4°: " No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único)". Assim, a prisão é a última medida a ser adotada, em caráter excepcional. Item C ± Correto: de acordo com o que foi comentado no item anterior. Item D ± Incorreto: No caso de crimes hediondos a prisão temporária será decretada pelo prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período (Art. 2°, §4°, da Lei n° 8.072/90). Item E - Incorreto: Vejamos o que prevê o art. 5, LXVI, CF/88: ³1inguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a OLEHUGDGH�SURYLVyULD��FRP�RX�VHP�ILDQoD´� 02. (FAURGS ± TJRS ± Juiz de Direito ± 2016) Sobre prisão, medidas cautelares e liberdade provisória, assinale a alternativa correta. a) Somente se admite a decretação de prisão preventiva nos crimes dolosos cuja pena mínima for igual ou superior a 4 (quatro) anos, desde que presentes prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria. b) A autoridade policial somente poderá se manifestar sobre a decretação de fiança nos crimes cuja pena máxima for igual ou inferior a 2 (dois) Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 58 anos. Nos demais casos, a competência para sua concessão será exclusiva do juiz. c) Segundo a jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça, as medidas cautelares dispostas no artigo 319 do Código de Processo Penal não podem ser aplicadas de forma cumulativa. d) Em caso de descumprimento das medidas cautelares impostas, o juiz deverá decretar imediatamente a prisão preventiva do investigado/acusado. e) De acordo com o Código de Processo Penal, no curso do inquérito policial, o juiz não poderá decretar a prisão preventiva do investigado de ofício, sendo necessário, para tanto, requerimento do Ministério Público, do querelante ou de seu assistente, ou, ainda, representação da autoridade policial. Resposta: item E. Comentário: Item A ± Incorreto: Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 58 III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. Item B - Incorreto: Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.Item C - Incorreto: Art. 282. (...) § 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. Item D - Incorreto: Art. 282. (...) Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 58 § 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). Item E - Correto: Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. 03. (FUNCAB ± PERITO CRIMINAL ± PCAC ± 2015) Acerca das prisões em flagrante, preventiva e domiciliar, assinale a alternativa correta. a) O agente somente poderá ser preso em flagrante delito no prazo de vinte e quatro horas a contar do momento da prática da infração penal, sendo certo que a autoridade policial contará com igual prazo para comunicar a prisão ao juiz competente, ao Ministério Público, a Defensoria Pública e a família do preso. b) Ocorre hipótese de flagrante impróprio quando o agente é perseguido e preso logo após praticar o delito, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor da infração. c) A prisão preventiva, por sua natureza cautelar, somente poderá ser decretada pela autoridade judiciária uma única vez. d) Em nenhuma hipótese a autoridade policial poderá lavrar o auto de prisão em flagrante se não houver testemunhas da infração praticada. e) Prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial e Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 58 será concedida ao preso maior de sessenta anos que tenha praticado crime contra a Administração Pública. Resposta: item B. Comentário: Item A ± Incorreto. Inexiste prazo predeterminado, mantendo-se a situação de flagrância enquanto não cessada a perseguição. Item B - Correto. Vejamos o que diz o Art. 302, III, CPP: É perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. É a situação eu a doutrina chama de flagrante IMPRÓPRIO. Item C ± Incorreto. A prisão preventiva se liga à cláusula rebus sic stantibus, ou seja, o juiz poderá decretá-la ou revogá-la a depender da análise da subsistência dos motivos que a ensejaram. A revogação da preventiva dependerá apenas da persistência dos requisitos autorizadores, de modo que inexiste obstáculo à revogação da preventiva e posterior decretação da prisão cautelar por se verificarem presentes os seus requisitos. Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Item D ± Incorreto. Vejamos o que prevê o art. 304, §2º, CPP: Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 58 A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. Item E ± Incorreto. Vejamos o art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos; 04. (UEG ± Delegado de Polícia ± PCGO ± 2013) Sobre a fixação da pena, tem-se o seguinte: a) a existência de circunstância atenuante pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. b) pelo critério trifásico, adotado pelo Código Penal, o juiz, na segunda fase, deverá apreciar as causas de aumento e de diminuição da parte geral e especial. c) o estabelecimento do valor de dias-multa independe da condição econômica do condenado. d) em caso de reincidência, fixada a pena em patamar inferior a 4 (quatro) anos, o condenado poderá iniciar o cumprimento da pena em regime semiaberto, desde que as circunstâncias judiciais o recomendem. Resposta: item D. Comentário: Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 58 Item A - Incorreto. Súmula 231 do STJ: A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. Item B ± Incorreto. Pelo critério trifásico, adotado pelo Código Penal, o juiz, na terceira fase (e não na segunda), deverá apreciar as causas de aumento e de diminuição da parte geral e especial. Item C ± incorreto. Código Penal, art. 60: Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu. § 1º A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo. Item D ± Correto. Súmula 269 do STJ: É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 4 (quatro) anos se favoráveis as circunstâncias judiciais. 05. (CESPE ± UNB ± Juiz de Direito ± TJPB ± 2015) Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, deve a) aplicar pena inferior ao mínimo legal se houver circunstância atenuante. b) agravar a sanção a ser aplicada a quem tiver coagido outrem a praticar o crime no caso de concurso de pessoas. c) valer-se de sua discricionariedade no que diz respeito à fixação do regime prisional em que o condenado começará a cumprir a sanção. d) indicar, no caso de condenado a pena de reclusão, que o cumprimento da sanção deve ser iniciado em regime fechado. e) considerar eventuais causas de aumento de pena do condenado na segunda fase da dosimetria. Resposta: item B. Comentário: Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. Teoria e Exercícios Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 05 Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 58 Item A ± Incorreto. STJ SÚMULA 231 - A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. Item B
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