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Aula 08 1000 Questões Comentadas - Leis Penais Extravagantes, Dir. Penal e Dir. Processual Penal Professor: Alexandre Herculano Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 81 Aula 08 - Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/90). Crimes contra o patrimônio. Sujeitos Processuais. SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 1 2. Questões propostas 2 3. Questões comentadas 22 3.1. Crimes contra o patrimônio. 22 3.2. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/90). 63 3.3. Do Juiz, do Ministério Público, do Acusado e Defensor, dos Assistentes e Auxiliares da Justiça. 76 4. Gabarito 81 Olá, meus amigos! Hoje vou abordar questões sobre os seguintes tópicos: 9 Crimes contra o patrimônio; 9 Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/90); 9 Do Juiz, do Ministério Público, do Acusado e Defensor, dos Assistentes e Auxiliares da Justiça. Meus amigos, primeiramente, façam as questões; e depois leiam os comentários, mesmo que tenham acertado! Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 81 Questões propostas 01) (2016 - CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE) Considere que José tenha subtraído dinheiro de Manoel, após lhe impossibilitar a resistência. Nessa situação hipotética, fica caracterizada a causa de aumento de pena se José tiver cometido o crime A) com emprego de chave falsa. B) com restrição da liberdade de Manoel. C) com destruição de obstáculo à subtração do dinheiro. D) mediante fraude, escalada ou destreza. E) durante o repouso noturno. 02) (2016 - UFMT - DPE-MT - Defensor Público) Mévio, mediante grave ameaça, subtraiu um telefone celular de Maria Rosa, avaliado em R$ 2.000,00 (dois mil reais), mantendo-a em seu poder, restringindo sua liberdade por duas horas, com o propósito de garantir o êxito da empreitada criminosa. Mévio responderá por A) roubo circunstanciado. B) roubo e sequestro, em concurso formal. C) sequestro, já que este absorve o roubo. D) roubo e sequestro, em concurso material. E) roubo impróprio. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 81 03) (2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto) Sobre os crimes contra o patrimônio, indique a alternativa correta: A) A interpretação da majorante do repouso noturno no crime de furto é aquela que indica sua coincidência com o conceito de noite. B) Os crimes de roubo e de extorsão não são considerados crimes da mesma espécie, de modo que é não possível o reconhecimento da continuidade delitiva entre eles. C) Para o reconhecimento da qualificadora da destreza no crime de furto, a conduta do agente pode recair sobre vítima ou sobre a coisa objeto da subtração. D) Tratando-se de crime acessório, porquanto imprescindível a prática de um anterior crime, a receptação fica dependente da punibilidade deste último. (CESPE - TITULAR DE SERVIÇO DE NOTAS - TJ/ES - 2013 - Adapt.) A respeito dos crimes contra o patrimônio, julgue os itens a seguir. 04) Para a configuração do emprego de chave falsa no crime de furto, considera-se a aparência do instrumento usado pelo agente. 05) Para a configuração da tentativa de latrocínio, é necessária a comprovação de que a vítima sofreu lesão corporal, leve ou grave. 06) (CESPE - DEFENSOR PÚBLICO - DPU - 2015) O agente considerado primário que furta coisa de pequeno valor faz jus a causa Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 81 especial de diminuição de pena ou furto privilegiado, ainda que esteja presente qualificadora consistente no abuso de confiança. 07) (FUNCAB - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - PC/ES - 2013) Vitorina, ex- funcionária da empresa de fornecimento de energia elétrica, vestindo um uniforme antigo, foi até a casa de Pauliana dizendo que estava ali para receber os valores da conta mensal de fornecimento de energia elétrica. Acreditando em Vitorina, Pauliana, pagou os valores a esta, que utilizou o dinheiro para comprar alguns vestidos. Entretanto, como sempre, as contas dessa empresa eram e deveriam ser pagas na rede bancária. Logo, Vitorina praticou o crime de estelionato. 08) (FUNIVERSA - DELEGADO DE POLÍCIA - PC/DF - 2015) 6XSRQKD�TXH�³$´�FRORTXH�VRQtIHUR�QD�EHELGD�GH�³%´�D�ILP�GH�VXEWUDLU-lhe os pertences (celular, bolsa, cartão de crédito). Neste caso, ausente a YLROrQFLD�RX�D�JUDYH�DPHDoD��³$´�UHVSRQGHUi�SRU� IXUWR�RX�HVWHOLRQDWR��D� depender das circunstâncias concretas e do dolo. (CESPE - AUXILIAR JUDICIÁRIO - TJ/AC - 2012) Na madrugada do dia 20/8/2012, Francisco, escalou o muro que cercava determinada residência e conseguiu entrar na casa, onde anunciou o assalto aos moradores. Francisco ameaçou cortar a garganta das vítimas com um caco de vidro, caso elas gritassem por socorro ou tentassem chamar a polícia. Ele então amarrou as vítimas, explodiu o cofre localizado no andar de cima da casa e subtraiu as joias que encontrou. Essas joias foram vendidas a Paulo, que desconhecia a origem do produto por ele adquirido. Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes, relativos a crimes contra o patrimônio. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 81 09) Ao adquirir as joias roubadas, Paulo praticou o crime de receptação. 10) Francisco praticou o crime de roubo. 11) O fato de Francisco ter escalado o muro da residência não qualifica o crime por ele perpetrado. 12) Em razão de ter praticado o delito durante o repouso noturno, a pena de Francisco será aumentada. 13) A utilização de um caco de vidro como arma não majora a pena da infração penal praticada por Francisco, uma vez que, para fins penais, se considera arma o instrumento dotado de função precípua de ataque ou defesa, como armas de fogo (revólveres, fuzis etc.) ou armas brancas (punhais, estiletes ou facas). (CESPE - ESCRIVÃO DE POLICIA - PC/BA - 2013) No que se refere a crimes contra o patrimônio, julgue os itens subsequentes 14) Considere a seguinte situação hipotética. Heloísa, maior, capaz, em conluio com três amigos, também maiores e capazes, forjou o próprio sequestro, de modo a obter vantagem financeira indevida de seus familiares. Nessa situação, todos os agentes responderão pelo crime de extorsão simples. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 81 15) Para a configuração do crime de roubo mediante restrição da liberdade da vítima e do crime de extorsão com restrição da liberdade da vítima, nominado de sequestro relâmpago, é imprescindível a colaboração da vítima para que o agente se apodere do bem ou obtenha a vantagem econômica visada. 16) (CESPE - JUIZ SUBSTITUTO - TJDFT - 2014 - Adapt.) Renato, dolosamente, atirou uma pedra sobre o automóvel de Tales, causando danos consideráveis ao veículo. Nessa situação, Tales não poderá oferecer queixa-crime contra Renato, visto que o crime de dano é deação penal pública condicionada à representação do ofendido. 17) (CESPE - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS - TJ/SE - 2014) Em se tratando do crime de extorsão mediante sequestro, será reduzida a pena do corréu que, agindo em concurso de agentes, denunciar o delito à autoridade competente, ainda que a delação não seja meio eficaz de facilitação da libertação da vítima. 18) (CESPE - TÉCNICO ESPEC. SEGURANÇA - MPU - 2015) O crime de extorsão mediante sequestro, desde que se prove que a intenção do agente era, de fato, sequestrar a vítima, se consuma no exato instante em que a pessoa é sequestrada, privada de sua liberdade, independentemente de o(s) sequestrador(es) conseguir(em) solicitar(em) ou receber(em) o resgate. 19) (CESPE ± AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCU - 2015) O réu primário cujo crime tenha sido o de adquirir ou receber coisa que, por Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 81 sua natureza ou pela desproporção entre seu valor e preço, ele presumia ter sido obtida por meio criminoso poderá receber o perdão judicial, caso o juiz considere, conforme as circunstâncias, ser adequada tal medida. 20) (FCC - TÉCNICO ESPEC. SEGURANÇA E TRANSPORTE - TRT/2ª - 2012) O segurança de um estabelecimento comercial, mediante remuneração de R$ 10.000,00, desligou o alarme durante trinta minutos para que seus comparsas arrombassem a porta, entrassem e subtraíssem todo o dinheiro do cofre. Nesse caso, o segurança responderá pelo crime de furto simples, na condição de coautor. 21) (FCC - TÉCNICO ESPEC. SEGURANÇA - TRT/15ª - 2013) NÃO se inclui dentre as qualificadoras do crime de roubo qualificado a subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para outra cidade do mesmo Estado da Federação e o concurso de duas ou mais pessoas. 22) (POLÍCIA CIVIL - RR, Cespe - Delegado - 2003) Julgue os seguintes itens em (C) CERTO ou (E) ERRADO, relativos a crimes contra o patrimônio. A res nullius e a res derelicta não podem ser objeto material do crime de furto. 23) (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia) No que se refere a crimes contra o patrimônio, julgue os itens subsequentes. O reconhecimento do furto privilegiado é condicionado ao valor da coisa furtada, que deve ser pequeno, e à primariedade do agente, sendo o privilégio um direito subjetivo do réu. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 81 24) (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia) No que se refere a crimes contra o patrimônio, julgue os itens subsequentes. Para a configuração do crime de roubo mediante restrição da liberdade da vítima e do crime de extorsão com restrição da liberdade da vítima, nominado de sequestro relâmpago, é imprescindível a colaboração da vítima para que o agente se apodere do bem ou obtenha a vantagem econômica visada. 25) (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) Mário havia encomendado uma geladeira em uma loja de departamento. No dia da entrega do produto, o empregado da transportadora equivocou-se quanto ao número do apartamento de Mário, entregando o bem, por engano, a José, síndico do prédio, que, na ocasião, se ofereceu para guardá-lo e entregá-lo a seu real destinatário, já com o objetivo de ficar com o bem para si; e assim o fez. Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem, no que se refere aos crimes contra o patrimônio. O crime de apropriação indébita somente pode ser praticado dolosamente, não existindo previsão para a modalidade de natureza culposa. 26) (Procurador ± MP-RO ± 2010 ± CESPE) Com relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens. Não há delito de roubo quando a res sobre a qual recai a conduta delituosa do agente constitui objeto ou substância proibida pelo ordenamento jurídico brasileiro, como, por exemplo, substâncias entorpecentes. 27) (Procurador ± MP-RO ± 2010 ± CESPE) Com relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 81 O entendimento firmado na jurisprudência dos tribunais superiores e na doutrina em relação ao crime de roubo majorado por uso de arma é que o termo arma deve ser concebido em seu sentido próprio. Dessa forma, o roubo praticado com arma desmuniciada não autoriza a incidência da majorante, por ausência da potencialidade lesiva. 28) (Procurador ± MP-RO ± 2010 ± CESPE) Com relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens. O roubo majorado pelo concurso de pessoas impõe que os agentes sejam capazes, não se computando os inimputáveis. 29) (Procurador ± MP-RO ± 2010 ± CESPE) Com relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens. A distinção entre roubo próprio e roubo impróprio, segundo a doutrina e a jurisprudência, refere-se ao uso de violência no primeiro e, no segundo, a utilização da grave ameaça contra a pessoa. 30) (Procurador ± MP-RO ± 2010 ± CESPE) Com relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens. O delito de roubo majorado por uso de arma absorve o delito de porte de arma. (Juiz ± TRT-1 ± 2010 ± CESPE) A respeito dos crimes contra o patrimônio, julgue os itens abaixo. 31) Conforme iterativa jurisprudência do STJ, o fato de se tratar de furto qualificado constitui motivação suficiente para impedir a aplicação do princípio da insignificância. 32) No roubo, caso o agente seja primário e tenha sido de pequeno valor a coisa subtraída, o juiz poderá substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços ou aplicar somente a pena de multa. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 81 33) Consoante a jurisprudência do STJ, é possível o reconhecimento de continuidade delitiva entre os crimes de latrocínio e roubo, porque são da mesma espécie, dado que previstos no mesmo tipo incriminador. 34) No estelionato, a reparação espontânea do dano após o recebimento da denúncia e antes do julgamento de primeiro grau não extingue a punibilidade, mas constitui circunstância atenuante genérica. 35) (CESPE - 2006 - IPAJM ± Advogado) Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada acerca do direito penal. Cássio praticou o crime de apropriação indébita previdenciária. Após o início da ação fiscal, ele, espontaneamente, declarou, confessou e efetuou o pagamento das contribuições, bem como prestou as informações devidas à Previdência Social, na forma definida em lei. Nesse caso, extinguiu-se a punibilidade de Cássio. 36) (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia) No que se refere a crimes contra o patrimônio, julgue os itens subsequentes. Para a configuração do crime de roubo mediante restrição da liberdade da vítima e do crime de extorsão com restrição da liberdade da vítima, nominado de sequestro relâmpago, é imprescindível a colaboração da vítima para que o agente se apodere do bem ou obtenha a vantagem econômica visada. 37) (CESPE - 2009 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar) Acerca dos crimes contra a pessoa e contra o patrimônio, julgue os itens que se seguem. A pena do agente que pratica o delito de rouboé majorada na hipótese de o infrator empregar arma de fogo ou de brinquedo durante a ação delituosa. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 81 38) ( CESPE - 2012 - DPE-ES - Defensor Público) Com relação aos crimes contra a pessoa, contra o patrimônio e contra a dignidade sexual, julgue os itens que se seguem. Para a configuração do denominado crime de sequestro-relâmpago, a restrição da liberdade da vítima é condição necessária para a obtenção da vantagem econômica, independentemente da ocorrência desta. 39) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia) Acerca da parte geral do direito penal e seus Institutos, julgue os itens seguintes. Considere que Marcos, penalmente imputável, subtraia de seu genitor de sessenta e oito anos de idade, um relógio de alto valor. Nessa situação, o autor não pode beneficiar-se da escusa penal absolutória, em razão da idade da vítima. 40) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia) No que se refere às contravenções penais, aos crimes em espécie e às leis penais extravagantes, julgue os itens a seguir com base na jurisprudência dos tribunais superiores. Considere que João, por vários meses, tenha captado sinal de televisão a cabo por meio de ligação clandestina e que, em razão dessa ligação, considerável valor econômico tenha deixado de ser transferido à prestadora do serviço. Nessa situação hipotética, considerando-se o entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito da matéria, João praticou o crime de furto de energia. 41) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária) O fato de o crime ter sido praticado durante o repouso noturno não implicará aumento de pena, uma vez que a vítima não estava repousando em sua residência no momento da ação criminosa. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 81 42) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado ± Segurança) No que diz respeito aos crimes contra o patrimônio, julgue os próximos itens. Considere que uma pessoa, de posse de uma chave falsa, invada determinada sala de um órgão público e de lá subtraia um computador. Nessa situação, caracteriza-se crime de furto, para o qual é prevista pena de reclusão de um a quatro anos e multa. 43) (2015 ± FUNIVERSA - SEAP-DF) Segundo entendimento do STJ, do STF e da doutrina dominante acerca do direito penal, julgue o item subsequente. A utilização de arma inidônea, como forma de intimidar a vítima do delito de roubo, não caracteriza a elementar grave ameaça prevista nesse tipo penal. 44) (2015 ± CESPE ± MPU - Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte) A respeito dos crimes contra o patrimônio, julgue o item a seguir. Considere que um indivíduo tenha encontrado, na rua, um celular identificado e totalmente desbloqueado. Considere, ainda, que esse indivíduo tenha mantido o objeto em sua posse, deixando de restituí-lo ao dono. Nessa situação, só existirá infração penal se o legítimo dono do objeto tiver reclamado a sua posse e o objeto não lhe tiver sido devolvido. (2015 - CESPE - Prefeitura de Salvador - BA - Procurador do Município ± 2ª Classe) Assinale a opção correta acerca dos crimes contra o patrimônio conforme entendimento do STJ e da doutrina majoritária. 45) Indivíduo que vender coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que tiver prometido vender a terceiro mediante Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 81 pagamento em prestações, e silenciar sobre quaisquer dessas circunstâncias, praticará o delito de induzimento à especulação. 46) Se, posteriormente à subtração dos bens, a vítima for obrigada a fornecer senha para a realização de saques em sua conta bancária, será configurado um delito único, ou seja, a extorsão. 47) O crime de roubo se consuma quando o agente se torna possuidor da coisa subtraída, mediante violência ou grave ameaça, ainda que o objeto subtraído não saia da esfera de vigilância da vítima. 48) No crime de apropriação indébita, assim como no de estelionato, o agente detém, anteriormente à prática do crime, a posse lícita da coisa. 49) A destruição de patrimônio de empresa pública, a exemplo da Caixa Econômica Federal, configura dano qualificado. (2015 - FAURGS - TJ-RS - Outorga de Delegação de Serviços Notoriais e Registrais) Acerca dos crimes contra o patrimônio, julgue os itens abaixo. 50) Com relação ao crime de furto praticado durante o repouso noturno, a causa de aumento de pena poderá incidir no furto simples e no furto qualificado. 51) De acordo com entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, há crime de latrocínio tentado quando o homicídio se consuma sem que haja a subtração dos bens da vítima pelo agente, por circunstâncias alheias à sua vontade. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 81 52) Casos de subtração de coisa alheia móvel em que o autor usa arma de brinquedo idêntica a arma de fogo verdadeira para coagir a vítima a entregar o bem são considerados roubo majorado pelo emprego de arma. 53) No crime de estelionato, o emprego da fraude deve ser anterior à obtenção da vantagem ilícita. 54) (2016 - VUNESP - TJ-RJ - Juiz Substituto - adaptada) Julgue os itens abaixo com base na Legislação Penal e nas principais jurisprudências. José adentra a um bar e pratica roubo contra dez pessoas que ali estavam presentes em dois grupos distintos de amigos, subtraindo para si objetos de valor a elas pertencentes. Nesta hipótese, segundo a jurisprudência dominante mais recente do Superior Tribunal de Justiça, José praticou os crimes em concurso formal. (CESPE - POLICIAL RODOVIARIO FEDERAL - DPRF - 2013) No que se refere aos delitos previstos na parte especial do CP, julgue os itens a seguir. 55) Em se tratando do crime de furto mediante fraude, a vítima, ludibriada, entrega, voluntariamente, a coisa ao agente. No crime de estelionato, a fraude é apenas uma forma de reduzir a vigilância exercida pela vítima sobre a coisa, de forma a permitir a sua retirada. 56) (CESPE - JUIZ SUBSTITUTO - TJ/RN - 2013) Pratica o crime de latrocínio o agente que, pretendendo subtrair coisa alheia móvel, Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 81 emprega violência contra a pessoa e, em decorrência dessa violência, consuma o homicídio, ainda que não realize a subtração de bens da vítima. 57) (2016 - CONSULPLAN - TJ-MG) Segundo a Lei nº 8.069/90, constituem crimes, EXCETO: A) Submeter criança sob sua vigilância a vexame. B) Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão. C) Registrar, por qualquer meio, cena pornográfica envolvendo criança. D) Privar o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão estando em flagrante de ato infracional. 58) (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário - Direito) Julgue os itens a seguir, tendo como referência as disposições da Lein.º 11.343/2006 (Lei Antidrogas), da Lei n.º 10.826/2003 e suas alterações (Estatuto do Desarmamento), e da Lei n.º 8.069/1990 (ECA). Para a configuração do crime de corrupção de menores, previsto no ECA, não se faz necessária prova da efetiva corrupção do menor, uma vez que se trata de delito formal. 59) (FEPESE - 2014 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina) Analise os enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa, é crime previsto no artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente ± ECA, classificado como próprio, sendo admissível a suspensão condicional do processo, prevista no artigo 89, da lei n. 9.099/95. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 81 60) (CESPE - 2013 - DPE-DF - Defensor Público) Com base na Lei n.º 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e na Lei n.º 8.069/1990, julgue os itens que se seguem. Conforme jurisprudência consolidada do STF e do STJ, para a configuração do crime de corrupção de menores, previsto na Lei n.º 8.069/1990, são necessárias provas de que a participação na prática do crime efetivamente corrompeu o menor de dezoito anos de idade. 61) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Delegado de Polícia - adaptada) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o item em C ou E. Deixar a autoridade policial responsável pela sua apreensão de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada comete crime tipificado na Lei. 62) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Delegado de Polícia - adaptada) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, julgue o item em C ou E. Recusar fornecer autorização para viajar dentro do país, quando a criança viajar acompanhada apenas por um dos genitores constitui crime tipificado no ECA. 63) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Delegado de Polícia - adaptada) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, julgue o item em C ou E. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto é crime tipificado no ECA. 64) (MPE-SP - 2010 - MPE-SP - Promotor de Justiça) O fato de privar adolescente de sua liberdade sem obedecer às formalidades legais (flagrante de ato infracional ou ordem escrita de autoridade judiciária) Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 81 constitui crime previsto na Lei nº 4.898/65 (Abuso de autoridade), que prevalece sobre norma correspondente da Lei nº 8.069/90 (ECA). 65) (Advogado ± 2008 ± Senado Federal) Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e consequências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional. 66) (INSTITUTO CIDADES - 2011 - DPE-AM - Defensor Público) O crime de embaraçar ou impedir a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista pela Lei 8069/90 pode ser praticado somente por funcionário público. 67) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Com base nas disposições do Estatuto do Desarmamento, da Lei Maria da Penha, do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Estatuto do Idoso, julgue os itens subsequentes. O ato de corromper menor de dezoito anos de idade ou de facilitar a sua corrupção para a prática de infração penal é considerado delito formal, cuja caracterização demanda a coautoria ou participação de indivíduo maior de idade, majorando-se a pena caso o delito perpetrado em decorrência da corrupção seja hediondo. 68) (CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivão de Polícia) Considerando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e os crimes contra a pessoa, julgue os itens que se seguem. Se, após a regular apreensão de adolescente, a autoridade policial responsável deixar de comunicar, imediatamente, o fato à autoridade Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 81 judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada, o delegado de polícia, por ter a incumbência legal de ordenar a lavratura do auto de apreensão e demais medidas dele decorrentes, será responsabilizado criminalmente por delito previsto no ECA. 69) (CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivão de Polícia) Considerando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e os crimes contra a pessoa, julgue os itens que se seguem. Pratica o delito de sequestro ou cárcere privado previsto no CP aquele que apreende criança ou adolescente, encarcerando-o, contra o qual inexista ordem judicial escrita, salvo se a apreensão for em flagrante de ato infracional. 70) (DPE-ES - CESPE - 2012 ± Defensor Público) O ECA preconiza expressamente a responsabilidade penal do agente que adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, com a possibilidade de diminuição da pena, se for pequena a quantidade do material apreendido, e faculta ao juiz deixar de aplicar a sanção ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à sua localização. 71) (CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivão de Polícia) Considerando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e os crimes contra a pessoa, julgue os itens que se seguem. O crime consistente na submissão de criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento, por ser crime próprio, somente pode ser praticado por agentes do Estado. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 81 72) (CESPE - 2008 - OAB-SP - Exame de Ordem) Julgue o item, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente. Caso não haja sentença condenatória, a internação pode ser determinada pelo prazo máximo de sessenta dias. 73) (CESPE - 2008 - OAB-SP - Exame de Ordem) Julgue o item, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime, não sendo consideradas atos infracionais as contravenções penais. 74) (CESPE - 2008 - OAB-SP - Exame de Ordem) Julgue o item, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente. Para os efeitos dessa lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do resultado da conduta delitiva, ainda que outra seja a data da ação ou omissão. 75) (CESPE - 2008 - OAB-SP - Exame de Ordem) Julgue o item, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente. O adolescente somente será privado de sua liberdade em caso de flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.76) (CESPE - 2009 - PC-PB - Delegado de Polícia) Julgue o item, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente. Em caso de flagrante da prática de ato infracional, o adolescente não é prontamente liberado pela autoridade policial, apesar do comparecimento dos pais, quando, pela gravidade do ato infracional e por sua repercussão social, o adolescente deve permanecer sob internação para manutenção da ordem pública. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 81 77) (CESPE - 2009 - PC-PB - Delegado de Polícia) Julgue o item, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente. A internação pode ser cumprida em estabelecimento prisional comum, desde que o adolescente permaneça separado dos demais presos, se não existir na comarca entidade com as características definidas em lei para tal finalidade. 78) (CESPE - 2009 - PC-PB - Delegado de Polícia) Julgue o item, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente. Se o adolescente, devidamente notificado, não comparecer, injustificadamente, à audiência de apresentação, a autoridade judiciária deve decretar sua revelia e encaminhar os autos à defensoria pública para apresentação de resposta escrita. 79) (CESPE - 2009 - PC-PB - Delegado de Polícia) Julgue o item, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente. O regime de semiliberdade possibilita ao adolescente a realização de atividades externas, mediante expressa autorização judicial. 80) (CESPE - 2009 - PC-PB - Delegado de Polícia) Julgue o item, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente. Durante o período de internação, é vedado à autoridade judiciária ou policial suspender temporariamente a visita dos pais do adolescente. 81) As partes poderão indicar técnicos, quando não houver peritos oficiais, sendo que o profissional nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo público, sob pena de prisão por crime de desobediência. 82) O juiz deve declarar-se impedido e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes, se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, até o quarto grau, inclusive, sustentar demanda Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 81 ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes. 83) De acordo com o entendimento do STJ, o assistente da acusação não terá direito a réplica, quando o MP tiver anuído à tese de legítima defesa do réu e declinado do direito de replicar. 84) O juiz nomeará advogado ao acusado que não o tiver, podendo o réu, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender- se, caso tenha habilitação. Na hipótese de nomeação de defensor dativo, não será cabível o arbitramento de honorários. 2015 ± CESPE - TRE-RS - Analista Judiciário ± Judiciária) Em relação aos sujeitos processuais, julgue os itens. 85) Se o réu estiver preso fora da jurisdição do juiz do processo, a citação poderá ser feita por edital. 86) Configura hipótese de suspeição do juiz a oitiva de sua esposa como testemunha no processo. 87) (2014 ± CESPE - PGE-BA - Procurador do Estado) Em relação à assistência no processo penal, julgue os itens subsecutivos. O assistente de acusação, de acordo com a jurisprudência do STJ, não tem direito a manejar recurso de apelação que objetive o aumento da pena do sentenciado. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 81 Questões comentadas Crimes contra o patrimônio 01) (2016 - CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE) Considere que José tenha subtraído dinheiro de Manoel, após lhe impossibilitar a resistência. Nessa situação hipotética, fica caracterizada a causa de aumento de pena se José tiver cometido o crime A) com emprego de chave falsa. B) com restrição da liberdade de Manoel. C) com destruição de obstáculo à subtração do dinheiro. D) mediante fraude, escalada ou destreza. E) durante o repouso noturno. Comentários: Trata-se da majorantes elencadas no § 2º do art. 157 do CP. A questão traz o chamado roubo circunstanciado. Vejamos: "Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê- la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 81 § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade." Gabarito: B. 02) (2016 - UFMT - DPE-MT - Defensor Público) Mévio, mediante grave ameaça, subtraiu um telefone celular de Maria Rosa, avaliado em R$ 2.000,00 (dois mil reais), mantendo-a em seu poder, restringindo sua liberdade por duas horas, com o propósito de garantir o êxito da empreitada criminosa. Mévio responderá por A) roubo circunstanciado. B) roubo e sequestro, em concurso formal. C) sequestro, já que este absorve o roubo. D) roubo e sequestro, em concurso material. E) roubo impróprio. Comentários: Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 81 Mesma coisa aqui. Gravem estas majorantes! "art. 157 (...) § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade." Gabarito: A. 03) (2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto) Sobre os crimes contra o patrimônio, indique a alternativa correta: A) A interpretação da majorante do repouso noturno no crime de furto é aquela que indica sua coincidência com o conceito de noite. B) Os crimes de roubo e de extorsão não são considerados crimes da mesma espécie, de modo que é não possível o reconhecimento da continuidade delitiva entre eles. C) Para o reconhecimento da qualificadora da destreza no crime de furto, a conduta do agente pode recair sobre vítima ou sobre a coisa objeto da subtração. D) Tratando-se de crime acessório, porquanto imprescindível a prática de um anterior crime, a receptação fica dependente da punibilidade deste último. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br25 de 81 Comentários: Na letra "A", não podemos confundir repouso noturno com noite. Na letra "B", segundo o STJ, se o roubo e a extorsão são cometidos sucessivamente, não há possibilidade de consideração de um crime único. A continuação delitiva pressupõe crimes da mesma espécie e o roubo e a extorsão, ainda que do mesmo gênero, são de espécies diversas, não comportando a ficção jurídica. Na letra "C", a destreza é uma ação que recai sobre a vítima, e não sobre coisas. Na letra "D", não depende da punição. Gabarito: B. (CESPE - TITULAR DE SERVIÇO DE NOTAS - TJ/ES - 2013 - Adapt.) A respeito dos crimes contra o patrimônio, julgue os itens a seguir. 04) Para a configuração do emprego de chave falsa no crime de furto, considera-se a aparência do instrumento usado pelo agente. 05) Para a configuração da tentativa de latrocínio, é necessária a comprovação de que a vítima sofreu lesão corporal, leve ou grave. Comentários 04: Não, não! Para a doutrina, chave falsa é todo instrumento, com ou sem forma de chave, destinado a abrir fechaduras, tais como mixa, gazuas, grampos, pregos etc. O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento de que o conceito de chave falsa abrange também a chave "MIXA". Gabarito: E. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 81 Comentários 05: Também errada! Não se esqueça jamais que o latrocínio exige dolo na conduta antecedente, qual seja, o roubo, e dolo ou culpa na conduta subsequente, qual seja, a morte. Para o STJ é irrelevante a comprovação de que a vítima tenha sofrido lesão corporal de natureza leve ou grave: PROCESSUAL PENAL E PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL, ORDINÁRIO OU DE REVISÃO CRIMINAL. NÃO CABIMENTO. TENTATIVA DE LATROCÍNIO. ABSOLVIÇÃO E DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO. ROUBO. ART. 157, § 3º, 1ª PARTE. IMPOSSIBILIDADE. REEXAME DE PROVA. DESNECESSIDADE DE LESÃO CORPORAL. 1. Ressalvada pessoal compreensão diversa, uniformizou o Superior Tribunal de Justiça ser inadequado o writ em substituição a recursos especial e ordinário, ou de revisão criminal, admitindo-se, de ofício, a concessão da ordem ante a constatação de ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia. 2. Incabível o exame do pleito de absolvição e de desclassificação do delito, pois, para se afastar o entendimento adotado pelas instâncias ordinárias, seria necessário o revolvimento do conjunto probatório, o que não é possível em sede de habeas corpus. 3. Para a configuração do delito de latrocínio tentado, é irrelevante a ocorrência de lesão corporal, de qualquer natureza, bastando a comprovação de que o agente tinha Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 81 a intenção de matar, ou assumiu o risco de fazê-lo, para subtrair coisa alheia móvel. 4. Habeas corpus não conhecido. (HC 151.885/SC, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 05/05/2015, DJe 14/05/2015) Exatamente o contrário do que afirma a questão! Gabarito: E. 06) (CESPE - DEFENSOR PÚBLICO - DPU - 2015) O agente considerado primário que furta coisa de pequeno valor faz jus a causa especial de diminuição de pena ou furto privilegiado, ainda que esteja presente qualificadora consistente no abuso de confiança. Comentários: Questão excelente para abordarmos importante entendimento do STJ sobre o furto privilegiado! $Wp�DQWHV�GD�YtUJXOD�WHPRV�R�FKDPDGR�³IXUWR�SULYLOHJLDGR´��SUHYLVWR� no art. 155, §2º do CP. No entanto, depois da vírgula temos a menção da existência da qualificadora de abuso de confiança. Nesse caso, precisamos pensar um pouquinho. O "abuso de confiança" é uma qualificadora do elemento subjetivo do tipo (qualifica o dolo), ou seja, é necessário que o agente tenha consciência de que está praticando o fato e com abuso de confiança. Pois bem, o entendimento adotado pela jurisprudência é o de que jurisprudencial o privilégio não é aplicável ao furto qualificado quando a qualificadora NÃO FOR de ordem objetiva. Confira: STJ: Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 81 Súmula 511 ± É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. Em poucas palavras, qualificadora de ordem objetiva, ao contrário da de ordem subjetiva, é aquela causa que se qualifica pelo meio empregado na execução de crime, como: fogo, asfixia, emprego de veneno, explosivo, à traição, de emboscada e etc. Seguindo então esse entendimento, como o "abuso de confiança" é qualificadora de ordem subjetiva (qualifica o dolo, e não o meio empregado), não há que se falar em fazer jus ao privilégio, quando restar provado o abuso de confiança no cometimento da infração penal citada. Erra, portanto, a questão ao afirmar que o agente considerado primário que furta coisa de pequeno valor faz jus a causa especial de diminuição de pena ou furto privilegiado, mesmo que esteja presente qualificadora consistente no abuso de confiança. Guarde o conteúdo dessa Súmula STJ nº 511 com muito carinho, ok? Gabarito: E. 07) (FUNCAB - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - PC/ES - 2013) Vitorina, ex- funcionária da empresa de fornecimento de energia elétrica, vestindo um uniforme antigo, foi até a casa de Pauliana dizendo que estava ali para receber os valores da conta mensal de fornecimento de energia elétrica. Acreditando em Vitorina, Pauliana, pagou os valores a esta, que utilizou o dinheiro para comprar alguns vestidos. Entretanto, como sempre, as Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 81 contas dessa empresa eram e deveriam ser pagas na rede bancária. Logo, Vitorina praticou o crime de estelionato. Comentários: Perfeito, exatamente! No estelionato a fraude objetiva que a vítima incida em erro (Vitorina acreditou em Pauliana e pagou a ela os valores referentes à sua conta de energia) e, a partir deste erro, desfaça-se conscientemente de seus bens (entregou o dinheiro a Pauliana), ingressando estes na esfera de disponibilidade do autor. Pauliana, portanto, obteve para si uma vantagem ilícita, em prejuízo de Vitorina, induzindo-a a erro, mediante fraude, ao disfarçar-se de emprega da energia elétrica. Resumo: cometeu o crime de estelionato, como bem afirma a assertiva! Gabarito: C. 08) (FUNIVERSA - DELEGADO DE POLÍCIA - PC/DF - 2015) 6XSRQKD�TXH�³$´�FRORTXH�VRQtIHUR�QD�EHELGD�GH�³%´�D�ILP�GH�VXEWUDLU-lhe os pertences (celular, bolsa, cartão de crédito). Neste caso, ausente a YLROrQFLD�RX�D�JUDYH�DPHDoD��³$´�UHVSRQGHUi�SRU� IXUWR�RX�HVWHOLRnato, a depender das circunstâncias concretas e do dolo. Comentários: Trata-se de ROUBO e roubo próprio, pois o agente se valeu de um meio para reduzir a vítima à impossibilidade de resistência, caracterizando o tipo penal do art. 157 do CP. Lembrando que, no roubo próprio, a violência (violência, grave ameaça ou qualquer outro meio que reduz a vítima à impossibilidade de Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br30 de 81 resistência) é empregada antes ou durante a subtração e tem como objetivo permitir que a subtração se realize. Gabarito: E. (CESPE - AUXILIAR JUDICIÁRIO - TJ/AC - 2012) Na madrugada do dia 20/8/2012, Francisco, escalou o muro que cercava determinada residência e conseguiu entrar na casa, onde anunciou o assalto aos moradores. Francisco ameaçou cortar a garganta das vítimas com um caco de vidro, caso elas gritassem por socorro ou tentassem chamar a polícia. Ele então amarrou as vítimas, explodiu o cofre localizado no andar de cima da casa e subtraiu as joias que encontrou. Essas joias foram vendidas a Paulo, que desconhecia a origem do produto por ele adquirido. Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes, relativos a crimes contra o patrimônio. 09) Ao adquirir as joias roubadas, Paulo praticou o crime de receptação. 10) Francisco praticou o crime de roubo. 11) O fato de Francisco ter escalado o muro da residência não qualifica o crime por ele perpetrado. 12) Em razão de ter praticado o delito durante o repouso noturno, a pena de Francisco será aumentada. 13) A utilização de um caco de vidro como arma não majora a pena da infração penal praticada por Francisco, uma vez que, para fins penais, se considera arma o instrumento dotado de função precípua de ataque ou defesa, como armas de fogo (revólveres, fuzis etc.) ou armas brancas (punhais, estiletes ou facas). Comentários 09: Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 81 Para julgar essa assertiva, vamos revisar o crime de receptação, tipificado no art. do CP: Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de 01 a 04 quatro anos, e multa. O enunciado da questão é bem claro ao afirmar que Paulo desconhecia a origem do produto por ele adquirido. Ora, se desconhecia a origem, as expressões acima destacadas em vermelho nos garantem que Paulo não cometeu o crime de receptação. Quem o fez foi Francisco, pois esse sim sabia da origem ilícita do produto. Gabarito: E. Comentários 10: Verdade! Por ter ameaçado cortar a garganta das vítimas com um caco de vidro e por tê-las amarrado a fim de subtrair as joias, podemos afirmar que Francisco, de fato, cometeu o crime de roubo. Gabarito: C. Comentários 11: Certíssimo! Escalar muros para a prática de roubo não é circunstância qualificadora do crime de roubo por ele perpetrado. As qualificadoras do roubo em Comentários anterior, mas nunca é demais repetir: Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 81 ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: (...) § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. Gabarito: C. Comentários 12: Caro aluno, não esqueça: a qualificadora do repouso noturno só encontra aplicação quando se trata de furto simples, não se estendendo ao furto qualificado e muito menos ao roubo, ok? Nesse caso, mesmo o crime tendo sido praticado durante o repouso noturno, a pena de Francisco não será aumentada. Gabarito: E. Comentários 13: Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 81 Errado e já fique sabendo, caro aluno, que a doutrina e a jurisprudência entendem ser o caco de vidro uma arma branca e, por isso, majora sim a pena da infração penal praticada por Francisco. Quando a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma, temos uma situação qualificadora, majorante do crime de roubo. Gabarito: E. (CESPE - ESCRIVÃO DE POLICIA - PC/BA - 2013) No que se refere a crimes contra o patrimônio, julgue os itens subsequentes 14) Considere a seguinte situação hipotética. Heloísa, maior, capaz, em conluio com três amigos, também maiores e capazes, forjou o próprio sequestro, de modo a obter vantagem financeira indevida de seus familiares. Nessa situação, todos os agentes responderão pelo crime de extorsão simples. 15) Para a configuração do crime de roubo mediante restrição da liberdade da vítima e do crime de extorsão com restrição da liberdade da vítima, nominado de sequestro relâmpago, é imprescindível a colaboração da vítima para que o agente se apodere do bem ou obtenha a vantagem econômica visada. Comentários 14: Questão polêmica e que, à época, foi motivo de um montão de recursos à banca! Antes de analisar o caso, vamos revisar um pouquinho o delito de extorsão simples: Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 81 Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de 04 a 10 anos, e multa. A extorsão simples, portanto, é o ato de obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa por meio de ameaça ou violência, com a intenção de obter vantagem, recompensa ou lucro. Pode ser qualificada pelo concurso de pessoas. Lembre-se: Art. 158. (...) § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. Assim, podemos concluir que, a um primeiro olhar, Heloísa comete o crime de extorsão qualificada, não é? Pois bem, a soberana Cespe, seguindo algumas posições doutrinárias, não reconhece essa situação como qualificadora da extorsão, e sim como um aumentativo de pena do crime, o que, convenhamos, no parece um erro. E foi exatamente por isso que considerou correta a questão em seu gabarito preliminar, sustentando a resposta no gabarito definitivo. Fazer o que então? Anotar o entendimento da banca e levá-lo como uma oração para a sua prova! Gabarito: C. Comentários 15: Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 81 Errada! A posição majoritária na doutrina e na jurisprudência é no sentido de que a extorsão é crime formal ou de consumação antecipada, não se exigindo a obtenção da indevida vantagem econômica. Assim, o crime se consuma no momento em que a vítima é coagida a fazer, tolerar que se faça ou a deixar de fazer alguma coisa, independentemente de o agente vir a obter a vantagem econômica. SÚMULA 96 DO STJ. Logo, na extorsão com restrição da liberdade da vítima, é imprescindível a colaboração da vítima para que o agente tenha a vantagem econômica visada. E mais: extorsão mediante sequestro não é a mesma coisa que sequestro relâmpago! No crimede roubo circunstanciado pela restrição da liberdade da vítima, no entanto, a conduta desta em entregar a coisa objeto do delito é prescindível, ou seja, não é elementar á caracterização do delito. Gabarito: E. 16) (CESPE - JUIZ SUBSTITUTO - TJDFT - 2014 - Adapt.) Renato, dolosamente, atirou uma pedra sobre o automóvel de Tales, causando danos consideráveis ao veículo. Nessa situação, Tales não poderá oferecer queixa-crime contra Renato, visto que o crime de dano é de ação penal pública condicionada à representação do ofendido. Comentários: Que houve crime de dano, disso não tenhamos dúvidas! Mas dizer que tal crime é de ação penal pública condicionada à representação do ofendido, aí não! Gabarito: E. 17) (CESPE - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS - TJ/SE - 2014) Em se tratando do crime de extorsão mediante sequestro, será reduzida a Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 81 pena do corréu que, agindo em concurso de agentes, denunciar o delito à autoridade competente, ainda que a delação não seja meio eficaz de facilitação da libertação da vítima. Comentários: Erradíssima! Segundo o que estabelece o parágrafo 4º do art. 159 do CP, se o crime for cometido em concurso de pessoas, o concorrente (corréu) que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de 1/3 a 2/3. Ou seja: a delação tem que ser meio eficaz de facilitação da libertação da vítima! Gabarito: E. 18) (CESPE - TÉCNICO ESPEC. SEGURANÇA - MPU - 2015) O crime de extorsão mediante sequestro, desde que se prove que a intenção do agente era, de fato, sequestrar a vítima, se consuma no exato instante em que a pessoa é sequestrada, privada de sua liberdade, independentemente de o(s) sequestrador(es) conseguir(em) solicitar(em) ou receber(em) o resgate. Comentários: Vamos rever o tipo penal extorsão mediante sequestro: Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 81 Pois bem, é consumado com a privação de liberdade da vítima por tempo juridicamente relevante. E para reforçar, mostramos o seguinte julgado do STJ: STJ, HC 87.764/SC Extorsão mediante sequestro: a consumação desse delito prescinde da efetiva obtenção da vantagem, pelo que, com a privação de liberdade, já está consumado o delito. O curto tempo de privação da liberdade não retira a atipicidade da conduta. É o que em outras palavras afirma a questão em análise! Gabarito: C. 19) (CESPE ± AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCU - 2015) O réu primário cujo crime tenha sido o de adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre seu valor e preço, ele presumia ter sido obtida por meio criminoso poderá receber o perdão judicial, caso o juiz considere, conforme as circunstâncias, ser adequada tal medida. Comentários: A questão nos remete ao crime de receptação culposa. Confira: Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 81 E qual foi o detalhe importante que destacamos a respeito desse delito: a possibilidade de perdão judicial, assim como corretamente afira a assertiva! Gabarito: C. 20) (FCC - TÉCNICO ESPEC. SEGURANÇA E TRANSPORTE - TRT/2ª - 2012) O segurança de um estabelecimento comercial, mediante remuneração de R$ 10.000,00, desligou o alarme durante trinta minutos para que seus comparsas arrombassem a porta, entrassem e subtraíssem todo o dinheiro do cofre. Nesse caso, o segurança responderá pelo crime de furto simples, na condição de coautor. Comentários: Não é bem assim! Ao entrarem no estabelecimento comercial e subtrair todo o dinheiro do cofre, os comparsas do segurança cometeram o crime de furto com uma situação qualificadora desse crime: foi cometido com o concurso de duas ou mais pessoas. Aí já temos o primeiro erro da questão! E qual é o segundo erro? O de afirmar que o segurança foi coautor do crime. Não, não! Ele foi partícipe do delito e a diferença entre coautor e partícipe é a seguinte: Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 81 Autor é quem pratica o crime. Às vezes temos mais de um autor. Nessa caso, chamamos de coautores. Os coautores podem ter o mesmo tipo de envolvimento (por exemplo, todos atiraram na vítima) ou podem ter participações distintas (por exemplo, um pode ter planejado ± chamado de autor intelectual ± e o outro executado o homicídio). Já o partícipe é quem ajuda. Exatamente o caso do segurança que facilitou a entrada de seus comparsas, mas não participou efetivamente do furto. Gabarito: E. 21) (FCC - TÉCNICO ESPEC. SEGURANÇA - TRT/15ª - 2013) NÃO se inclui dentre as qualificadoras do crime de roubo qualificado a subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para outra cidade do mesmo Estado da Federação e o concurso de duas ou mais pessoas. Comentários: Questão boa para revisarmos as circunstâncias qualificadoras do crime de roubo. São elas: Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: (...) § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 81 III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. Como se pode ver, a questão acerta ao afirmar que o concurso de duas ou mais pessoas é uma qualificadora, mas erra ao dizer que também o é o fato de o veículo ser transportado para outra cidade do mesmo Estado da Federação. Gabarito: E. 22) (POLÍCIA CIVIL - RR, Cespe - Delegado - 2003) Julgue os seguintes itens em (C) CERTO ou (E) ERRADO, relativos a crimes contra o patrimônio. A res nullius e a res derelicta não podem ser objeto material do crime de furto. Comentários: No furto, tutela-se o patrimônio, tanto sob o aspecto da propriedade quanto da posse. Assim, não podem ser objeto de furto: 9 o ser humano vivo, visto que não se trata de coisa; 9 o cadáver, sendo que sua subtração pode, em regra, se constituir crime contra o respeito aos mortos (art. 211 do CP). Quando, contudo, o cadáver for propriedade de alguém (instituição de ensino, por exemplo), pode ser objeto do crime de furto, visto possuir valor econômico; Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 81 9 coisas que nunca tiveram dono (res nullius) e coisas abandonadas (res derelicta); 9 coisa perdida (res derelicta). Quando alguém se apropria dolosamente de coisa perdida por terceiro comete, em tese, o crime de apropriação de coisa achada (CP,art. 169, parágrafo único, II). Não se considerada perdida a coisa que simplesmente é esquecida pelo proprietário em local determinado, podendo ser reclamada a qualquer momento (por exemplo: pessoa que esquece um livro em sala de aula. Acaso alguém se apodere do mesmo, comete o crime de furto); 9 coisas de uso comum (res commune omnium), como o ar, luz do sol, água do mar ou dos rios, exceto se forem destacadas do local de origem e exploradas individualmente (por exemplo: água encanada para uso exclusivo de alguém). Lembra-se, ainda, que existe o crime de usurpação de águas (art. 161, § 1º, I, do CP), consistente na conduta de desviar ou represar, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias. Portanto, quem desvia curso natural de água (de um igarapé, por exemplo) para se beneficiar do mesmo, evitando que ele passe pelo terreno do vizinho (que antes era seu caminho natural) comete o crime de usurpação de águas, afastando-se a possibilidade de furto; 9 os imóveis. Gabarito: C. 23) (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia) No que se refere a crimes contra o patrimônio, julgue os itens subsequentes. O reconhecimento do furto privilegiado é condicionado ao valor da coisa furtada, que deve ser pequeno, e à primariedade do agente, sendo o privilégio um direito subjetivo do réu. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 81 Comentários: O reconhecimento do furto privilegiado é condicionado ao valor da coisa furtada, que deve ser pequeno, e à primariedade do agente, sendo o privilégio um direito subjetivo do réu. Trata-se do disposto nos termos do artigo 155, no seu parágrafo segundo. "Art. 155,§ 2º do CP - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa." Gabarito: C. 24) (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia) No que se refere a crimes contra o patrimônio, julgue os itens subsequentes. Para a configuração do crime de roubo mediante restrição da liberdade da vítima e do crime de extorsão com restrição da liberdade da vítima, nominado de sequestro relâmpago, é imprescindível a colaboração da vítima para que o agente se apodere do bem ou obtenha a vantagem econômica visada. Comentários: Na extorsão com restrição de liberdade o agente a vítima precisa ajudar o meliante, já no crime de roubo não precisa da ajuda da vítima. Gabarito: E. 25) (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) Mário havia encomendado uma geladeira em uma loja de departamento. No dia da entrega do produto, o empregado da transportadora equivocou-se quanto ao número do apartamento de Mário, entregando o bem, por engano, a José, síndico do prédio, que, na ocasião, se ofereceu para guardá-lo e entregá-lo a seu real destinatário, já com o objetivo de ficar com o bem para si; e assim o fez. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 81 Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem, no que se refere aos crimes contra o patrimônio. O crime de apropriação indébita somente pode ser praticado dolosamente, não existindo previsão para a modalidade de natureza culposa. Comentários: Certíssima! O delito de apropriação indébita somente pode ser praticado dolosamente, não existe a previsão para a modalidade de natureza culposa (animus rem sibi habendi). Outra coisa, é sabido que o delito em questão se consuma no momento em que o possuidor ou detentor toma para si a coisa alheia, deixando de restituí-la ao seu legítimo proprietário. Gabarito: C. 26) (Procurador ± MP-RO ± 2010 ± CESPE) Com relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens. Não há delito de roubo quando a res sobre a qual recai a conduta delituosa do agente constitui objeto ou substância proibida pelo ordenamento jurídico brasileiro, como, por exemplo, substâncias entorpecentes. Comentários: Segundo a doutrina, é roubo a subtração violenta de maconha ou de outros entorpecentes que têm valor patrimonial, sendo comercializados entre viciados e traficantes. Por exemplo: para fins médicos. Gabarito: E. 27) (Procurador ± MP-RO ± 2010 ± CESPE) Com relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 81 O entendimento firmado na jurisprudência dos tribunais superiores e na doutrina em relação ao crime de roubo majorado por uso de arma é que o termo arma deve ser concebido em seu sentido próprio. Dessa forma, o roubo praticado com arma desmuniciada não autoriza a incidência da majorante, por ausência da potencialidade lesiva. Comentários: Vamos aproveitar essa questão e explorar mais um pouco alguns FRQFHLWRV��2�TXH�SRGH�VHU�FRQVLGHUDGR�³DUPD´" Para os fins do art. 157, § 2º, I, podem ser incluídas no conceito de arma: a arma de fogo; a arma branca, como faca, facão, canivete; e quaisquer outros "artefatos" capazes de causar dano à integridade física do ser humano ou de coisas, como por exemplo uma garrafa de vidro quebrada, um garfo, um espeto de churrasco, uma chave de fenda etc. Se o agente emprega nR� URXER� XPD� ³DUPD´� GH� EULQTXHGR� QmR haverá a referida causa de aumento. Outra coisa, é necessário que a arma utilizada no roubo seja apreendida e periciada para que incida a majorante? Não! O reconhecimento da causa de aumento prevista no art. 157, § 2º, I, do Código Penal prescinde (dispensa) da apreensão e da realização de perícia na arma, desde que provado o seu uso no roubo por outros meios de prova. Se, após o roubo, foi constatado que a arma empregada pelo agente apresentava defeito, temos que saber que se o defeito faz com que o instrumento utilizado pelo agente seja absolutamente ineficaz, não incide a majorante. Entretanto, se o defeito faz com que o instrumento utilizado pelo agente seja relativamente ineficaz, incide a majorante. Se, após o roubo, foi constatado que a arma estava desmuniciada no momento do crime, incide mesmo assim a majorante? Não. A utilização de arma desmuniciada, como forma de intimidar a vítima do delito de roubo, caracteriza o emprego de violência, porém, não permite o reconhecimento da majorante de pena, já que esta está vinculada ao potencial lesivo do instrumento, pericialmente comprovado como ausente Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 81 no caso, dada a sua ineficácia para a realização de disparos (STJ). Mas o H[DPLQDGRU� IRL� PDOGRVR�� DR� FRORFDU� TXH� ³R� termo arma deve ser concebido em seu sentido próprio�´�� Gabarito: E. 28) (Procurador ± MP-RO ± 2010 ± CESPE) Com relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens. O roubo majorado pelo concurso de pessoas impõe que os agentes sejam capazes, não se computando os inimputáveis. Comentários: Para configurar o concurso de pessoas não importa se um dos agentes é menor de idade, por exemplo. Gabarito: E. 29) (Procurador ± MP-RO ± 2010 ± CESPE) Com relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens. A distinção entre roubo próprio e roubo impróprio, segundo a doutrina e a jurisprudência,refere-se ao uso de violência no primeiro e, no segundo, a utilização da grave ameaça contra a pessoa. Comentários: O roubo próprio refere-se à prática de violência ou grave ameaça para subtrair coisa alheia móvel. Enquanto o roubo impróprio refere-se à prática de violência ou grave ameaça para assegurar a subtração já efetuada. Gabarito: E. 30) (Procurador ± MP-RO ± 2010 ± CESPE) Com relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens. O delito de roubo majorado por uso de arma absorve o delito de porte de arma. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 81 Comentários: O delito de roubo majorado por uso de arma absorve o delito de porte de arma, pois contrário, configuraria bis in idem. O art. 157 do Código Penal prevê o crime de roubo: "Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa." O § 2º do art. 157 traz cinco causas de aumento de pena para o roubo. A pena aumenta-se de um terço até metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. Caso ocorra alguma dessas hipóteses, tem-se o cKDPDGR� ³URXER� FLUFXQVWDQFLDGR´� Para os fins do art. 157, § 2º, I, podem ser incluídas no conceito de arma: a arma de fogo; a arma branca (considerada arma imprópria), como faca, facão, canivete; e quaisquer outros "artefatos" capazes de causar dano à integridade física do ser humano ou de coisas, como por exemplo uma garrafa de vidro quebrada, um garfo, um espeto de churrasco, uma chave de fenda etc. É necessário que a arma utilizada no roubo seja apreendida e periciada para que incida a majorante? NÃO. O reconhecimento da causa de aumento prevista no art. 157, § 2º, I, do Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 81 Código Penal dispensa a apreensão e da realização de perícia na arma, desde que provado o seu uso no roubo por outros meios de prova. Se o acusado alegar o contrário ou sustentar a ausência de potencial lesivo na arma empregada para intimidar a vítima, será dele o ônus de produzir tal prova, nos termos do art. 156 do Código de Processo Penal. Outra coisa, se a arma apresentar defeito e esse faz com que o instrumento utilizado pelo agente seja absolutamente ineficaz, não incide a majorante. Entretanto, se o defeito faz com que o instrumento utilizado pelo agente seja relativamente ineficaz, incide a majorante. Já no caso de utilização de arma desmuniciada, como forma de intimidar a vítima do delito de roubo, caracteriza o emprego de violência, porém, não permite o reconhecimento da majorante de pena, já que esta está vinculada ao potencial lesivo do instrumento, pericialmente comprovado como ausente no caso, dada a sua ineficácia para a realização de disparos (STJ HC 190.067/MS). Gabarito: C. (Juiz ± TRT-1 ± 2010 ± CESPE) A respeito dos crimes contra o patrimônio, julgue os itens abaixo. 31) Conforme iterativa jurisprudência do STJ, o fato de se tratar de furto qualificado constitui motivação suficiente para impedir a aplicação do princípio da insignificância. Comentários: O Min. Celso de Mello idealizou quatro requisitos objetivos para a aplicação do princípio da insignificância, sendo eles adotados pela jurisprudência do STF e do STJ. Segundo a jurisprudência, somente se aplica o princípio da insignificância se estiverem presentes os seguintes requisitos cumulativos: Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 81 9 mínima ofensividade da conduta; 9 nenhuma periculosidade social da ação; 9 reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e 9 inexpressividade da lesão jurídica provocada. O Plenário do STF, ao analisar o tema, afirmou que não é possível fixar uma regra geral sobre o assunto. A decisão sobre a incidência ou não do princípio da insignificância deve ser feita caso a caso. Apesar disso, na prática, observa-se que, na maioria dos casos, o STF e o STJ negam a aplicação do princípio da insignificância caso o réu seja reincidente ou já responda a outros inquéritos ou ações penais. De igual modo, nega o benefício em situações de furto qualificado. Gabarito: E. 32) No roubo, caso o agente seja primário e tenha sido de pequeno valor a coisa subtraída, o juiz poderá substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços ou aplicar somente a pena de multa. Comentários: Conforme jurisprudência do STJ, a causa especial de aumento da pena decorrente da realização do furto durante o repouso noturno é aplicável somente às hipóteses de furto simples, sendo incabível no caso do delito qualificado e o fato de se tratar de furto qualificado não constitui motivação suficiente para impedir a aplicação do princípio da insignificância. No delito de furto - e não de roubo -, se o agente é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. Entretanto, segundo entendimento do STF, a figura do privilégio tem sua aplicação restrita ao crime de furto, não se estendendo ao delito de roubo. Gabarito: E. Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 08 Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 81 33) Consoante a jurisprudência do STJ, é possível o reconhecimento de continuidade delitiva entre os crimes de latrocínio e roubo, porque são da mesma espécie, dado que previstos no mesmo tipo incriminador. Comentários: Os crimes de roubo e latrocínio, apesar de serem do mesmo gênero, não são da mesma espécie. No crime de roubo, a conduta do agente ofende o patrimônio. No delito de latrocínio, ocorre lesão ao patrimônio e à vida da vítima, não havendo homogeneidade de execução na prática dos dois delitos, razão pela qual tem aplicabilidade a regra do concurso material. Gabarito: E. 34) No estelionato, a reparação espontânea do dano após o recebimento da denúncia e antes do julgamento de primeiro grau não extingue a punibilidade, mas constitui circunstância atenuante genérica. Comentários: Aqui, faz-se necessário o conhecimento do art. 65, III, b, do Código Penal, pois este deixa evidente que se o agente procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano, terá sua pena atenuada. Gabarito: C. 35) (CESPE - 2006 - IPAJM ± Advogado) Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada acerca do direito penal. Cássio praticou o crime de apropriação indébita previdenciária. Após o início da ação fiscal, ele,
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