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Processo Penal I

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Processo Penal I 
1) Sistemas processuais penais: 
Inquisitivo: interesse coletivo >> juiz acusa, defende e julga >> presunção de culpabilidade 
>> processo sigiloso >> provas nas mãos do juiz. 
Acusatório: direitos e garantias individuais >> separa funções de acusar, defender e julgar 
>> presunção de inocência >> publicidade dos atos >> juiz imparcial. 
2) Sujeitos processuais: juiz, sujeito passivo, sujeito ativo, assistente de acusação 
(ação penal pública) 
 
3) Princípios: 
I. Princípio do Contraditório (tomar ciência + se manifestar) e da Ampla Defesa 
(ferramentas para que o acusado possa exercer seu direito de defesa. Defesa 
técnica (indispensável, sob pena de nulidade) – advogado + Autodefesa – 
direito de audiência, direito de presença nos atos processuais e capacidade 
postulatória ( é renunciável – direito ao silêncio)). 
 
II. Princípio da Não Obrigatoriedade de Produzir Provas Contra Si Mesmo 
(Vedação à Autoincriminação): ninguém é obrigado a produzir provas contra 
si próprio. É o direito de não ser compelido (obrigado) a praticar qualquer 
comportamento ativo prejudicial a sua defesa. 
Direito ao silêncio: direito de ficar calado + direito de ser informado sobre a 
existência desse direito + direito de que esse silêncio não seja utilizado em 
prejuízo do acusado (não é elemento de prova e nem confissão). 
* O direito ao silêncio não se aplica à testemunha, exceto, se for se 
autoincriminar. 
 
4) Aplicação da Lei Processual: 
• Lei Processual no Tempo: aplicação imediata (independente de ser mais gravosa), sem 
prejuízo dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
 
• Lei Processual no Espaço: 
Regra >> Princípio da Territorialidade 
CPC Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este 
Código, ressalvados: 
➔ Tratados, convenções e regras de Direito Internacional; 
➔ Jurisdição política >> crimes de responsabilidade; 
➔ Processos de competência da Justiça Eleitoral e da Justiça Militar → aplica o CPP 
subsidiariamente; 
➔ Legislação Especial >> exige rito específico (ex: lei de drogas). 
OBS: atos processuais de processos brasileiros realizados em outro país, seguirá as 
regras processuais desse país onde for praticado. 
 
5) Inquérito Policial 
PERSECUÇÃO PENAL = INVESTIGAÇÃO CRIMINAL (FASE PRÉ-PROCESSUAL) + 
AÇÃO PENAL (FASE PROCESSUAL) 
 
• Inquérito policial: conjunto de diligências cuja finalidade é obter os elementos mínimos 
de prova para a ação penal. 
 
➔ Características: administrativo (rege-se pela regra dos atos administrativos), 
inquisitivo (não há acusação nem necessidade de contraditório e ampla defesa), 
autoridade, oficialidade, oficiosidade (poder dever), indisponibilidade, dispensável 
(para instauração da ação penal), escrito, sigiloso (regra sigilo externo, exceto quando 
se fizer necessário no interno. Não cabe sigilo ao juiz, mp e ao advogado do indiciado – 
no que se refere aos documentos dos autos). 
 
➔ Abertura 
 
 
➔ Reprodução simulada dos fatos (reconstituição) – art 7º CPP: é possível desde que 
não contrarie a moralidade e a ordem pública. 
 
➔ Incomunicabilidade do preso: apesar de estar previsto no CPP, a doutrina majoritária 
entende que fere as garantias constitucionais. 
 
➔ Encerramento do inquérito: a autoridade deve fazer um minucioso relatório e enviar 
os autos ao juiz competente. 
Prazo para encerramento do inquérito 
Preso – começa a contar da data da prisão – prazo material (inclui o 1º dia) 
Solto – começa a contar a partir da portaria de instauração do IP – prazo processual 
(exclui o 1º dia e passa a contar a partir do próximo dia útil) 
Natureza da Infração Prazo 
Regra Geral Preso: 10 dias 
Solto: 30 dias 
Crimes Federais Preso: 15 dias 
Solto: 30 dias 
Lei de Drogas Preso: 30 dias 
Solto: 90 dias 
Ambos podem ser duplicados 
➔ Arquivamento 
✓ Ação Penal Pública: o MP requer ao juiz o arquivamento que poderá ser aceito ou não 
(remete ao chefe do MP que dará a palavra final, estando o juiz vinculado a essa decisão) 
 
✓ Ação Penal Privada: os autos serão remetidos ao juiz ou serão entregues ao ofendido. 
 
✓ Arquivamento implícito: não é aceita pela doutrina majoritária e nem pelo STF/STJ. Eles 
entendem que há necessidade de se requerer o arquivamento ao juiz. Além disso, o MP 
poderá, após o oferecimento da denúncia, realizar o aditamento quando novar provas 
surgirem, não sendo necessário esperar para ingressar contra um dos indiciados. 
 
Abertura
De ofício
Requisição do Juiz ou MP
Requerimento do ofendido: poderá ser 
indeferido pela autoridade policial e 
caberá recurso ao chefe de polícia
Auto de Prisão em Flagrante
✓ Desarquivamento do inquérito: se surgirem fatos novos que ensejam uma nova 
investigação – coisa julgada formal (ausência de justa causa para o ajuizamento da 
ação). 
 
6) Ação Penal: instrumento que da início ao processo. 
 
• Condições: 
✓ Possibilidade jurídica do pedido: punibilidade concreta, ou seja, a possibilidade de se 
poder aplicar a pena caso a decisão seja de condenação. 
✓ Interesse de agir: o processo penal segue o princípio da necessidade (adequação via 
eleita), ou seja, o processo é o meio necessário para se chegar a pena. 
✓ Legitimidade >> ativa (acusador) e passiva (réu) 
✓ Justa Causa: indícios suficientes de autoria e materialidade para o ajuizamento da ação 
penal. 
 
• Espécies: 
 
(a) Ação Penal Pública 
*Princípios: obrigatoriedade, indisponibilidade, oficialidade, oficiosidade, 
indivisibilidade. 
*Outras características: 
➔ É cabível o aditamento pelo MP até prolação de sentença condenatória. 
➔ Prazo para a denúncia: 5 dias >> réu preso ou 15 dias >> réu solto contados da 
data em que o MP receber os autos do inquérito policial. 
 
a.1) Incondicionada: não há condição especial para seu ajuizamento. 
a.2) Condicionada: há condição especial para seu ajuizamento. 
➔ Representação do ofendido >> manifestação de livre vontade. 
✓ Natureza da representação: condição de procedibilidade para instaurar a AP 
✓ Legitimidade/titular do direito de representação: ofendido, representante legal (< 18 
anos) ou sucessores – CADI (óbito do ofendido). 
✓ Formalidades: não há. Pode ser escrita ou oral. 
✓ Destinatário da representação: MP | Juiz | Autoridade Policial 
✓ Prazo: decadencial 6 meses contados do dia que vier a saber quem é o autor do crime. 
*Decadência – perda do direito de representar – extinção da punibilidade (art107CP). 
✓ Retratação (voltar atrás): é cabível até o oferecimento da denúncia. 
*Retratação da retratação é cabível pelo mesmo prazo acima. 
✓ Não vinculação: MP não está vinculado a vontade do ofendido. Poderá pedir a denuncia 
ou o arquivamento. 
 
(b) Ação Privada 
*Princípios: oportunidade/conveniência, disponibilidade, indivisibilidade 
A
Ç
Ã
O
 P
E
N
A
L
PÚBLICA
Titular - MP
Denúncia
INCONDICIONADA
CONDICIONADA
à representação da 
vítima
à requisição do 
Ministro da Justiça
PRIVADA
Titular -
ofendido/querelante
Queixa-crime
Exclusiva
Personalíssima
Subsidiária da 
pública
➔ Extinção da Punibilidade: 
Renuncia Perdão Perempção 
Ocorre antes do ajuizamento da 
AP – abre mão da queixa-crime. 
Ocorre posteriormente ao 
ajuizamento da AP – pode ser 
processual ou extraprocessual e será 
apresentado durante o processo. 
“Punição” ao querelante 
negligente → atinge o direito de 
prosseguir na ação. 
Tácito (ato incompatível com a 
vontade de processar) ou 
expresso 
Tácito (ato incompatível) ou 
expresso 
Art 60 – Hipóteses: 
- Querelante deixa de promover o 
andamento do processo durante 30 
dias seguidos; 
 
- Falecendo o querelante, ou 
sobrevindo sua incapacidade,não 
comparecer em juízo, para 
prosseguir no processo, dentro do 
prazo de 60 dias, qualquer 
legitimado (CADI); 
 
- Querelante deixar de 
comparecer, sem motivo 
justificado, a qualquer ato do 
processo a que deva estar 
presente; 
 
- Querelante deixar de formular o 
pedido de condenação nas 
alegações finais. 
 
- Sendo o querelante PJ, esta se 
extinguir sem deixar sucessor. 
Indivisível – vale para todos os 
infratores. 
Indivisível, mas a aceitação é um 
direito individual (cada um escolhe 
por si) 
Unilateral – não precisa ser 
aceita pelo infrator para produzir 
efeitos 
Bilateral – depende de aceitação por 
parte do querelado. 
Art. 49. A renúncia ao 
exercício do direito de queixa, 
em relação a um dos autores 
do crime, a todos se 
estenderá. 
 
Art. 50. A renúncia expressa 
constará de declaração 
assinada pelo ofendido, por 
seu representante legal ou 
procurador com poderes 
especiais. 
Art. 57. A renúncia tácita e o 
perdão tácito admitirão todos 
os meios de prova. 
 
Art. 51. O perdão concedido a um 
dos querelados aproveitará a 
todos, sem que produza, todavia, 
efeito em relação ao que o recusar. 
Art. 58. Concedido o perdão, 
mediante declaração expressa nos 
autos, o querelado será intimado a 
dizer, dentro de três dias, se o 
aceita, devendo, ao mesmo tempo, 
ser cientificado de que o seu 
silêncio importará aceitação. 
Parágrafo único. Aceito o perdão, 
o juiz julgará extinta a punibilidade. 
Art. 59. A aceitação do perdão fora 
do processo constará de 
declaração assinada pelo 
querelado, por seu representante 
legal ou procurador com poderes 
especiais. 
 
 
b.1) Exclusiva: pode ser exercida pela vítima ou seu representante legal. 
➔ Legitimidade: próprio ofendido (> 18 anos), representante legal (< 18 anos), 
Sucessores – CADI (caso de óbito do ofendido). 
➔ Prazo decadencial: 6 meses da ciência da autoria. 
 
b.2) Personalíssima: direito intransmissível. Somente o ofendido pode propor a 
ação. 
 
b.3) Subsidiária da pública 
➔ Legitimidade igual a da exclusiva. 
➔ Direito surge diante da inércia do MP. 
➔ Não cabe se o MP: ajuíza a denúncia, requer o arquivamento do IP ou quando 
requisita novas diligências. 
➔ Prazo: 6 meses contados a partir do esgotamento do prazo para o MP. 
 
7) Jurisprudência e Competência 
 
CPP Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: 
I - o lugar da infração 
II - o domicílio ou residência do réu 
III - a natureza da infração 
IV - a distribuição 
V - a conexão ou continência 
VI - a prevenção 
VII - a prerrogativa de função. 
 
• Classificação da competência: 
* A competência por distribuição é a escolha aleatória de qual juízo 
competente irá julgar a causa. 
 
 
(a) Competência ratione materiae (matéria): 
*justiça do trabalho não tem competência criminal 
 
Tribunal do Juri: 
➔ Processo e julgamento do crimes dolosos contra a vida + crimes a eles conexos 
*Latrocínio (crime patrimonial) e lesão corporação com resultado morte (crime 
preterdoloso) não são da competência do tribunal do júri. 
 
(b) Competência ratione loci (foro/territorial): 
REGRA GERAL: TEORIA DO RESULTADO 
*CRIMES TENTADOS: lugar do último ato de execução 
 
CPP Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração (crimes 
plurilocais), ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução >> competência 
territorial. 
 
Casos Especiais 
(1) Teoria da atividade (local da conduta): crimes plurilocais contra 
a vida, juizados especiais (crimes de menor potencial ofensivo) e 
atos infracionais (< 18 anos). 
 
(2) Crimes entre Brasil e exterior: 
→ Iniciado no Brasil com resultado no exterior: onde aconteceu o 
último ato de execução. 
→ Iniciado no exterior com resultado no Brasil: onde o crime se 
consumou. 
 
(3) Crimes praticados e consumados no exterior (art 7º CP): 
→ Domiciliado no Brasil: capital do estado em que o réu fixou seu 
último domicílio. 
→ Nunca domiciliado no Brasil: capital federal. 
 
(4) Crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações 
que, por determinação da lei penal, estejam sujeitos à lei 
brasileira (arts 89 e 90 CPP) 
→ No local em que primeiro aportar ou pousar a embarcação ou 
aeronave. 
→ No último local em que tenha aportado ou pousado. 
 
(5) Domicílio do réu: 
→ Não sendo conhecido o lugar da infração 
→ Nas hipóteses de ação exclusivamente privada, poderá o 
querelante ajuizar a queixa no lugar do domicílio ou residência do réu, 
ainda que conhecido o lugar da infração (art 73 CPP). 
Competência Por Prevenção: juízo que 
anteceder os demais na prática de algum 
ato 
 
(1) Quando incerto o limite territorial 
entre duas ou mais jurisdições e a 
infração tenha sido praticada em 
suas divisas. 
 
(2) Crimes continuados ou 
permanentes praticados em 
territórios de duas ou mais 
jurisdições. 
 
(3) Quando não se puder definir a 
competência pelas regras dos 
artigos 80 e 90 (embarcações e 
aeronaves) 
 
(4) Domicílio do réu 
→ Réu tem mais de uma residência 
→ Réu não tem residência ou for 
desconhecido/ignorado seu paradeiro 
(primeiro que tomar conhecimento) 
 
 
(c) Conexão e Continência: geram a modificação da competência. 
Matéria
Justiça 
Especial
Militar
Eleitoral
Justiça 
Comum
Federal
Estadual
 
 
Regras aplicáveis às hipóteses de conexão e continência: 
REGRA GERAL: reunião dos processos para fins de julgamento único. 
 
➔ Já foram instaurados processos diferentes >> jurisdição prevalente deverá avocar. 
 
➔ Foro prevalente: 
Jurisdição de categorias distintas: 
*no concurso de jurisdições de diversas categorias, prevalecerá a de maior 
graduação. 
✓ Tribunal do Juri > Jurisdição comum 
✓ Jurisdição especial > Jurisdição comum 
✓ Jurisdição comum federal > Jurisdição comum estadual 
Modificação de 
Competência
Continência
Cumulação Subjetiva -
concurso de pessoas: vários 
infratores e um único crime.
Cumulação Objetiva -
concurso formal: vários 
crimes praticados por 
uma conduta
Conexão: 2 ou + 
infrações
Intersubjetiva: + de 
uma pessoa
Por simultaneidade ocasional:
pessoas diversas cometem 
infrações no mesmo local e 
época, mas não estão ligadas por 
um vínculo subjetivo. Ex: 
torcedor
Por concurso: não importa o 
local e o momento, desde que 
os agentem tenham atuado em 
concurso de pessoas
Por reciprocidade:
agentes praticam 
infrações uns contra os 
outros
Objetiva
Teleológica: uma 
infração é praticada 
para facilitar a outra
Consequencial: uma 
infração é praticada 
para ocultar a outra
Instrumental ou probatória:
a prova da ocorrência de 
uma infração influencia na 
caracterização de outra 
infração (furto x receptação)
✓ Jurisdição superior > Jurisdição inferior 
 
Jurisdição de mesma categoria: 
✓ Juízo do lugar em que foi praticado o delito mais grave (1) 
✓ Juízo do lugar em que tiver sido praticado o maior número de infrações se as 
respectivas penas forem de igual gravidade (2) 
✓ Prevenção (3) 
 
*Separação dos processos: 
➔ Separação obrigatória: 
✓ Jurisdição comum x militar 
✓ Jurisdição comum x juízo de “menores” (atos infracionais – ECA) 
✓ Superveniência de inimputabilidade penal a um dos corréus (doença mental – 
suspende) 
✓ Revelia do corréu citado por edital 
✓ Suspensão do processo em relação a um dos corréus. 
✓ Recusas imotivadas no júri (impedindo a formação do conselho de sentença – 
mínimo de pessoas para o julgamento) 
✓ Crime doloso contra a vida em que apenas um réu possui foro privilegiado 
 
➔ Separação facultativa: 
✓ Infrações praticadas em circunstância de tempo ou lugar diferentes 
✓ Excessivo número de acusados (finalidadede não prolongar a prisão) 
✓ Outros motivos relevantes 
 
Competência absoluta: razão da matéria e da pessoa – não pode ser modificada 
sob pena de nulidade – ordem pública. 
Competência relativa: razão do lugar – pode ser prorrogada ou modificada, 
podendo acarretar uma nulidade relativa que deve ser arguida no momento 
oportuno sob pena de preclusão. 
 
(d) Competência ratione personae (pessoa): 
➔ Foro por prerrogativa de função: se aplica apenas aos crimes cometidos durante o 
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. 
 
➔ Perda do cargo: em regra a competência se desloca para o juízo de primeira instância. 
Entretanto, se já terminou a instrução processual, tendo já havido intimação para 
apresentação de alegações finais, a competência permanece no tribunal (estágio 
avançado). 
 
➔ Conflito Tribunal do Júri x Foro privilegiado: 
Prevista na CF/88 > Tribunal do Júri 
Não prevista na CF/88 < Tribunal do Júri 
SUM 45 STF A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro 
por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. 
 
➔ Conexão ou continência: reunião dos processos no foro prevalente (maior hierarquia), 
exceto, no caso de crimes dolosos contra a vida em que há a separação obrigatória 
dos processos e cada um responderá no seu respectivo tribunal. 
 
➔ Se tiver presidente, deputados federais ou senadores como coautores >> todos 
respondem no STF, independente do seu foro inicial. 
 
 
 
FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO 
Presidente + Vice Crimes comuns e dolosos contra a vida – STF 
Crimes de responsabilidade - Senado Federal 
Deputados Federais + Senadores Crimes comuns e dolosos contra a vida – STF 
Crimes de responsabilidade – casa correspondente 
Ministros do STF e PGR Crimes comuns e dolosos contra a vida – STF 
Crimes de responsabilidade – Senado Federal 
 
Governador 
Crimes comuns e dolosos contra a vida – STJ 
Crimes de responsabilidade – depende da CE – 
tribunal misto (TJ+ Assembleia) 
Desembargadores e membros TCE, TCM, MPU 
(atuam em 2ª instância) 
Crimes comuns, dolosos contra a vida e de 
responsabilidade – STJ 
Juízes Federais e do Trabalho, Membros do MPU 
(atuam na 1ª instância) 
Crimes comuns, dolosos contra a vida e de 
responsabilidade – TRF 
Crimes eleitorais - TRE 
 
Juízes Estaduais e Membros do MPE 
Crimes comuns, dolosos contra a vida e de 
responsabilidade, crimes federais – TJ 
Crimes eleitorais - TRE 
Deputado Estadual 
 
Crimes comuns – TJ 
Crime de competência federal - TRF 
Simetria constitucional * 
Vice Governador + Vereador Somente se houver previsão na Constituição estadual 
e, por crimes comuns - TJ 
 
Prefeitos 
Crimes comuns e dolosos contra a vida – TJ 
Crimes de competência federal – TRF 
Crimes eleitorais – TRE 
Crimes de responsabilidade – Legislativo Municipal 
 
8) Prisão cautelar: natureza processual >> não está fundamentada na culpa, mas na 
necessidade de assegurar o resultado final do processo. 
• Princípios: 
➔ Presunção de inocência: a prisão cautelar não pode ser uma antecipação da pena. 
➔ Vedação do excesso ou proporcionalidade 
 
• Pressupostos: 
➔ Fumus comissi delicti: prova de existência do crime (prova da materialidade) + 
indícios suficientes de autoria 
➔ Periculum libertatis: a liberdade do suspeito é um risco para o processo. 
 
• Espécies: 
(a) Prisão em flagrante 
➔ A doutrina diverge quanto a sua natureza: 
* Pré-cautelar 
* Cautelar processual 
* Ato complexo: ela é efetuada por autoridade policial (natureza administrativa) e, 
posteriormente, se comunica o ato ao juiz (natureza processual). 
 
➔ Sujeitos: 
Ativo: quem pode prender? 
Obrigatório: autoridade policial e seus agentes 
Facultativo: qualquer pessoa 
 
Passivo: pessoa que foi detida em situação de flagrante. 
 
➔ Das espécies: 
I. Flagrante próprio: 
✓ Está cometendo a infração penal ou 
✓ Acabou de cometê-la 
 
II. Flagrante impróprio: 
✓ É perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser autor da infração 
 
III. Flagrante presumido: 
✓ É encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da infração. 
 
IV. Flagrante diferido: autorização legal para que a prisão seja feita num momento 
posterior àquele em que o agente está cometendo o crime. 
 
V. Flagrante esperado: a polícia toma conhecimento da realização de determinado delito 
e permanece oculta no local determinado, esperando a efetivação dos atos executórios 
para realizar a prisão. 
 
VI. Flagrante forjado: modalidade ilegal de flagrante, em que é criada uma situação 
fática, forjando provas, a fim de justificar a prisão. 
 
VII. Flagrante preparado: modalidade ilegal de flagrante em que o agente é induzido a 
cometer o crime para ser preso >> delito putativo por obra do agente provocador. 
 
VIII. Demais casos: 
Cabe prisão em flagrante Não cabe prisão em 
flagrante 
Só pode ser preso em 
flagrante por crime 
inafiançável 
✓ Crimes de ação penal privada ou 
condicionada a representação: tem que 
ter requisição do ofendido ou do 
representante legal 
✓ Infração de menor potencial ofensivo: o 
ato de prisão em flagrante é possível, 
mas não será lavrado o auto de prisão, 
mas sim o termo circunstanciado 
✓ Crime permanente: é possível enquanto 
não cessada a permanência 
✓ Crime continuado: vários crimes 
cometidos sob a mesma circunstância. 
✓ Crime habitual: prática reiterada e com 
habitualidade que, sozinha, não seria 
crime (curandeiro). 
 
 Apresentação espontânea 
do preso: quando não foi 
preso no local da infração e 
não está sendo perseguido 
 Homicídio e lesão corporal 
culposa: quando o agente 
presta socorro à vítima 
 Presidente da República 
 Agente diplomático e seus 
familiares 
 Menores de 18 anos 
➔ Membros do Congresso 
Nacional 
➔ Deputados Estaduais 
➔ Magistrados 
➔ Membros do MP 
 
 
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá 
fundamentadamente: 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva; ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
 
(b) Prisão preventiva: 
➔ Natureza judicial: ato jurisdicional >> deve ser decretada pelo judiciário. 
➔ Decretação: 
Antes do processo: desde que haja requerimento do MP ou da autoridade policial. 
Durante o processo: juiz pode decretar de ofício ou a requerimento do MP, do 
querelante, do assistente 
 
CPPArt. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá 
a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a 
requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por 
representação da autoridade policial. 
 
➔ Prazo: não tem prazo certo, mas esse deve ser razoável e utilizado para assegurar o 
bom funcionamento do processo. Poderá ser feita ou revogada a qualquer tempo. 
 
➔ Quando: 
✓ O acusado tiver sido preso em flagrante e o juiz, ao receber o APF, convertê-lo em 
preventiva. 
✓ O acusado não tiver sido preso em flagrante, mas as circunstâncias do caso concreto 
demonstram a necessidade; 
✓ O acusado descumprir, injustificadamente, medida cautelar diversa da prisão 
anteriormente imposta. 
 
➔ Hipóteses de cabimento: 
✓ Crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos; 
✓ Se o infrator for reincidente em crime doloso no prazo de 5 anos; 
✓ Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, 
idoso, enfermo, pessoa com deficiência;✓ Quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa e esta se recusa a 
esclarecer, devendo o preso ser liberado após a identificação, salvo se outra hipótese 
recomendar a manutenção da prisão. 
 
➔ Pressupostos – “fumus comissi delicti”: Prova da materialidade do crime (existência) + 
indícios suficientes de autoria 
 
➔ Requisitos – “periculum libertatis”: 
(a) Garantia da ordem pública 
(b) Garantia da ordem econômica 
(c) Conveniência da instrução criminal 
(d) Segurança na aplicação da lei penal 
 
 Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, 
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a 
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente 
de autoria 
 
(c) Prisão cautelar domiciliar: só poderá deixar sua residência com autorização judicial. 
Hipóteses: 
✓ Maior de 80 anos; 
✓ Extremamente debilitado por doença grave; 
✓ Pessoa imprescindível aos cuidados especiais de menor de 6 anos ou pessoa com 
deficiência; 
✓ Gestante; 
✓ Mulher com filho até 12 anos incompletos; 
✓ Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 anos 
incompletos. 
 
(d) Prisão temporária: 
➔ Natureza judicial: ato jurisdicional – só pode ser decretada pelo judiciário 
 
➔ Características: 
✓ Prazo certo 
Regra: 5 dias, podendo ser prorrogado por mais 5 dias em caso de necessidade. 
Crime hediondo e equiparados: 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias 
em caso de necessidade. 
*A não liberação do preso após o prazo constitui abuso de autoridade. 
*Poderá o juiz decretar a preventiva após o prazo. 
*A autoridade policial não pode soltar o preso antes do prazo, pois deverá, primeiro, 
solicitar ao juiz sua revogação. 
✓ Só cabe durante a investigação (antes do processo). 
✓ Não pode ser decretada de ofício pelo juiz, somente a requerimento. 
✓ Só cabe para crimes específicos (art 1º lei 7960/99) 
 
➔ Hipóteses de cabimento (art 1º da lei 7960/99): 
Quando for imprescindível para as investigações durante o inquérito policial, ou 
seja, quando houver indícios de que, sem a prisão, as diligências serão 
malsucedidas. 
OU 
Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos 
necessários ao esclarecimento de sua identidade. 
 
 
✓ Quando houver indícios de autoria ou de participação de um dos seguintes 
crimes: homicídio doloso, sequestro ou cárcere privado, roubo, extorsão ou 
extorsão mediante sequestro, estupro, epidemia ou envenenamento de água ou 
alimento, quadrilha, genocídio, tráfico de entorpecentes ou crime contra o 
sistema financeiro. 
 
✓ Outros crimes: terrorismo, tortura e outros crimes hediondos. 
 
➔ Legitimados para requerer: MP e autoridade policial 
 
➔ Da audiência de custódia: exigível em qualquer tipo de prisão. Tem por finalidade 
avaliar se efetivamente é necessária a prisão 
 
9) Da liberdade no curso do processo 
Liberdade provisória Relaxamento da prisão Revogação de prisão cautelar 
Embora legal, se demonstra 
desnecessária. 
Pode ser com ou sem fiança 
Ocorre no caso de prisão ilegal Perda dos pressupostos/ 
motivos que autorizaram a 
decretação da medida 
• Da liberdade provisória: poderá ser decretada pelo juiz, com ou sem fiança, impondo 
ou não outras medidas cautelares (vínculo – art 319 CPP), observados os critérios da 
proporcionalidade, necessidade e adequação. 
*descumprimento do vínculo – quebra de fiança 
(a) Sem fiança e sem vínculo 
(b) Sem fiança e com vínculo 
(c) Com fiança e com vínculo 
 
• Da fiança: 
➔ Natureza: caução patrimonial (garantia) 
 
➔ Momento: na investigação ou no processo 
 
➔ Competente para concessão: autoridade policial (pena máxima não seja superior a 4 
anos de privação da liberdade) e o juiz (demais casos e no caso de recusa ou 
retardamento da autoridade policial no caso acima). 
 
➔ Valor: autoridade policial (1 a 100 salários mínimos) e o juiz (10 a 200 salários 
mínimos). Dependendo da situação econômica do indiciado, a fiança poderá ser 
dispensada, diminuída em 2/3 ou majorada em até 1000x. 
Critérios: NATUREZA DA INFRAÇÃO + CONDIÇÃO ECONÔMICA + 
PERICULOSIDADE DO INFRATOR + VALOR PROVÁVEL DAS CUSTAS 
 
➔ Vedação legal ao arbitramento da fiança – crimes inafiançáveis – a lei veda a fiança, 
mas não a concessão da liberdade provisória. 
 Tortura, racismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo, crimes 
hediondos, prisão civil ou militar, anterior quebramento da fiança, quando presentes os 
motivos para prisão preventiva, crimes cometidos por grupos armados contra a ordem 
constitucional. 
 
➔ Obrigações do afiançado: 
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a 
autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução 
criminal e para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança será havida como 
quebrada. 
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de 
residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais 
de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será 
encontrado. 
 
➔ Da quebra da fiança: sanção processual imposta pelo judiciário àquele que rompeu o 
laço de confiança, deverá ser respeitado o direito ao contraditório. 
Consequência: perda de metade do valor pago a título de fiança e o juiz irá analisar se 
é o caso de decretar outra medida cautelar ou prisão. O valor perdido vai para o fundo 
penitenciário nacional depois de deduzidas as custas. 
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado: 
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo 
justo; 
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo; 
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança; 
IV - resistir injustificadamente a ordem judicial; 
V - praticar nova infração penal dolosa. 
 
➔ Da perda da fiança: não se apresentar para cumprir a pena. É decretada apenas pelo 
juiz. O valor será destinado ao fundo penitenciário nacional. 
 
➔ Da cassação da fiança: o valor deve ser, integralmente, devolvido ao acusado. 
✓ Concedida de forma ilegal 
✓ Inovação na classificação do delito 
 
➔ Do reforço da fiança: completar o $$. 
✓ Fiança insuficiente 
✓ Depreciação do valor dos bens que foram dados em fiança 
✓ Inovação na classificação do delito 
 
➔ Da destinação da fiança: 
✓ Condenação: será realizada as deduções e o restante será devolvido a quem pagou. 
✓ Absolvição: valor, atualizado e sem desconto, será devolvido a quem pagou. 
* não foi considerado os casos de quebramento ou perdimento. 
 
10) Medidas cautelares diversas da prisão: 
• Cabimento: nos casos em que poderia ser decretada a prisão preventiva, mas, em 
razão da proporcionalidade, será aplicada uma outra medida menos onerosa que sirva 
para tutelar aquela situação. 
*prisão preventiva deve ser o último recurso 
*não cabe nos crimes culposos 
 
• Momento da aplicação: a qualquer fase da investigação ou do julgamento, podendo ser 
dada, substituída, cumulada ou revogada sempre que houver necessidade. 
 
• Espécies: 
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para 
informar e justificar atividades; 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por 
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante 
desses locais para evitar o risco de novas infrações;III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias 
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou 
necessária para a investigação ou instrução; 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado 
ou acusado tenha residência e trabalho fixos; 
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica 
ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações 
penais; 
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com 
violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-
imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do 
processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada 
à ordem judicial; 
IX - monitoração eletrônica. 
 
11) Questões e processos incidentes e medidas assecuratórias 
 
• Questões prejudiciais x Questões preliminares → ambas são decididas antes do exame 
da causa. 
 
(a) Questões prejudiciais 
➔ Direito material 
➔ Refere-se ao mérito da principal – a resolução terá influência direta na natureza da 
sentença. 
➔ Gozam de autonomia, podendo existir sem que haja a principal 
 
 
 
 
 
➔ PREJUDICIAIS DEVOLUTIVAS ABSOLUTAS 
✓ Suspensão: volta a contar de onde parou. 
✓ A suspensão é decretada de ofício pelo juiz ou a requerimento das partes. 
✓ Quando se tratar de estado civil das pessoas, o juiz criminal deverá suspender o 
processo principal até que a questão prejudicial seja solucionada pelo juízo cível com 
trânsito em julgado. 
✓ O juiz criminal está vinculado à decisão cível. 
 
Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de 
controvérsia, que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o 
curso da ação penal ficará suspenso até que no juízo cível seja a controvérsia dirimida 
por sentença passada em julgado, sem prejuízo, entretanto, da inquirição das 
testemunhas e de outras provas de natureza urgente (produção antecipada de provas). 
Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando 
necessário, promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a 
citação dos interessados. 
*ação penal privada: somente a parte poderá propor ação no cível e dar-lhe 
andamento. 
 
➔ PREJUDICIAIS DEVOLUTIVAS RELATIVAS 
✓ A suspensão é decretada de ofício pelo juiz ou a requerimento das partes. 
✓ Se o litígio for decidido no juízo cível, deverá ser acatada pelo juízo penal. 
 
PREJUDICIAIS
HOMOGÊNEA: de caráter penal 
- são resolvidas pelo próprio 
juízo criminal
HETEROGÊNEA: de caráter 
extrapenal - julgadas na jurisdição 
cível 
ABSOLUTA: devolução 
obrigatória da prejudicial 
extrapenal ao juízo competente 
(cível)
RELATIVA: suspensão é 
facultativa e depende de escolha 
do juiz.
DEVOLUTIVA: solucionada pelo 
juízo cível
NÃO DEVOLUTIVA:
solucionada pelo juízo criminal
Art. 93. Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão 
sobre questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, 
e se neste houver sido proposta ação para resolvê-la, o juiz criminal poderá, desde que 
essa questão seja de difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, 
suspender o curso do processo, após a inquirição das testemunhas e realização das 
outras provas de natureza urgente (produção de provas antecipadas). 
§ 3o Suspenso o processo, e tratando-se de crime de ação pública, incumbirá ao 
Ministério Público intervir imediatamente na causa cível, para o fim de promover-lhe o 
rápido andamento. 
 
(b) Questões preliminares – processos incidentes: eventualidades que podem aparecer 
no decorrer do processo. 
➔ Direito processual 
➔ Diz respeito aos pressupostos processuais 
➔ São dependentes da questão principal 
➔ São sempre decididas pelo juízo criminal 
 
(b1) Exceções: defesa indireta (ataca o processo). 
✓ Dilatórias 
Suspeição: questiona a imparcialidade do juiz devido a fatos externos ao processo. 
 
Impedimento: questiona a imparcialidade do juiz devido a fatos ligados ao próprio 
processo. 
 
Incompatibilidade: trata de casos de imparcialidade não previstos para 
suspeição/impedimento. 
 
 
Incompetência do juízo: As incompetências absolutas/relativas podem ser decretadas 
de ofício ou a requerimento das partes (prazo da defesa – 10 dias, sob pena de 
preclusão da incompetência relativa). 
Incompetência relativa: serão ratificados os atos não decisórios e anulados os atos 
decisórios. 
Incompetência absoluta: todo o feito será anulado, inclusive o recebimento da 
denúncia. 
 
✓ Peremptória: extinguem o processo sem resolução do mérito. Poderá ser reconhecida 
de ofício ou a requerimento das partes, a qualquer tempo. 
Litispendência, coisa julgada, ilegitimidade da parte 
OBS: CONFLITO DE JURISDIÇÃO (tribunais diferentes) E COMPETÊNCIA (mesmo 
tribunal) 
 
 
Interposta a exceção 
por meio de petição 
com provas
Juiz acolhe e é 
substituído
Juiz não acolhe >> 
remete ao Tribunal, 
podendo indicar 
provas
Tribunal julga 
improcedente a 
exceção - juiz 
continua atuando
Tribunal julga 
procedente a exceção 
- remessa dos autos 
ao juiz substituto 
CONFLITO ÓRGÃO JULGADOR 
STJ X QUALQUER TRIBUNAL 
STF ENTRE TRIBUNAIS SUPERIORES 
TRIBUNAIS SUPERIORES X QUAISQUER OUTROS 
TRIBUNAIS 
TRIBUNAL X JUIZ A ELE NÃO VINCULADO 
STJ JUÍZES VINCULADOS A TRIBUNAIS DIVERSOS 
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL E JUIZADO ESPECIAL 
ESTADUAL 
JUÍZES FEDERAIS DA MESMA REGIÃO TRF 
JUIZ ESPECIAL FEDERAL X JUIZ FEDERAL TRF 
JUÍZES ESTADUAIS VINCULADOS AO MESMO 
TRIBUNAL 
 
TJ 
JUIZADO ESPECIAL ESTADUAL X JUIZ ESTADUAL 
 
OBS: CONFLITO DE ATRIBUIÇÃO: se estabelece entre órgão do poder judiciário e o 
órgão dos outros poderes (executivo e legislativo). 
(b2) Dos processos incidentes 
➔ Incidente de falsidade: documentos utilizados como meio probatório que possam 
interferir na apreciação da causa. Poderá ser suscitada a requerimento das partes ou 
de ofício pelo juiz, caso suspeite de sua idoneidade. Caso o documento seja relevante 
para a questão, há a suspensão do processo. 
 
➔ Incidente de insanidade mental do acusado: busca verificar se o acusado era 
inimputável ao tempo da infração. Poderá haver 3 resultados: 
✓ O acusado não tem qualquer comprometimento mental → processo retoma o seu curso 
normal; 
✓ O acusado era, ao tempo da infração, inimputável → nomeado um curador. Caso seja 
totalmente inimputável, será absolvido + imposição de medida de segurança; caso seja 
parcialmente inimputável, redução de pena de um a dois terços, se houver 
condenação. 
✓ Doença mental posterior à infração → processo fica suspenso até o reestabelecimento 
do acusado, sem prejuízo dos atos considerados urgentes. 
 
➔ Incapacidade superveniente na execução da pena: se a doença ocorrer na fase de 
execução da pena, poderá ocorrer a conversão da pena privativa de liberdade em 
medida de segurança. 
 
➔ Incidente de dependência toxicológica: aplica-se o que consiste no incidente de 
insanidade mental do acusado. 
 
➔ Incidente de restituição de coisas apreendidas: objetos, quando apreendidos, 
devem seguir o inquérito ou o processo enquanto tiverem relevância para investigação, 
porque pode ser necessário se fazer uma perícia na arma, uma avaliação das jóias e 
etc.Entretanto, não sendo mais relevantes para o processo, e não se tratando de coisa 
ilícita, esses bens devem ser restituídos aos donos ou a quem tenha legítimo direito 
sobre eles. 
(b3) Das medidas assecuratórias: medidas cautelares cuja finalidade é a de ressarcimento ou 
reparação do dano civil causado pela infração, resguardando os bens para uma futura ação 
civil ex delicto, bem como para o pagamento das custas processuais. 
➔ Do sequestro de bens: retenção de coisa litigiosa, por ordem judicial, de bens (móveis 
ou imóveis) adquiridos ilicitamente ou de produtos de ilícito penal. Os requisitos para 
sua decretação são: existência do fato criminoso e indícios veementes da proveniência 
ilícita do bem. Pode ser decretada de ofício ou a requerimento tanto na fase 
investigatória quanto na fase processual. 
 
➔ Especialização de hipoteca: o objetivo de garantir que o devedor possa arcar com a 
liquidação dos valores decorrentes da infração penal na ação civil ex delicto. É feita por 
requerimento do ofendido, em qualquer fase do processo, desde que haja prova da 
materialidade e indícios de autoria. Cabe a ele indicar o valor aproximado da 
responsabilidade civil e apontar o imóvel de valor correspondente para fins de hipoteca. 
 
➔ Do arresto: apreensão judicial dos bens do devedor para garantir uma futura cobrança. 
Caso concreto 1: A Autoridade Policial da 13ª Delegacia de Polícia da Comarca da Capital, 
que investiga o crime de lesão corporal de natureza grave, do qual foi vítima o segurança 
da boite TheNight Agenor Silva, obtém elementos de informação que indicam a suspeita de 
autoria dos fatos ao jovem de classe média Plininho, de 19 anos. O Delegado então 
determina a intimação de Plininho para que o mesmo compareça em sede policial para 
prestar esclarecimentos, sob pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no art. 
330 do CP. Pergunta-se: 
a. Caso Plininho não compareça para prestar declarações, poderá responde pelo cime do 
art. 330 do CP? 
b. E se houvesse processo penal tramitando regularmente e o juiz da Vara Criminal 
intimasse Plininho para o interrogatório, poderia o mesmo responder pelo delito em 
questão? 
R: Em nenhum dos dois casos Plinio sofrerá a pena por desobediência caso não 
compareça. Ele está amparado pelo princípio da vedação a autoincriminação e poderá 
exercer o seu direito ao silêncio, não sendo obrigado a praticar qualquer comportamento 
ativo prejudicial a sua defesa. 
Caso concreto 2: Jorginho, jovem de classe média, de 19 anos de idade, foi denunciado 
pela prática da conduta descrita no art. 217-A do CP por manter relações sexuais com sua 
namorada Tininha, menina com 13 anos de idade. A denúncia foi baseada nos relatos 
prestados pela mãe da vítima, que, revoltada quando descobriu a situação, noticiou o fato à 
delegacia de polícia local. Jorginho foi processado e condenado sem que tivesse 
constituído advogado. Á luz do sistema acusatório diga quais são os direitos de Jorginho 
durante o processo penal, mencionando ainda as características do nosso sistema 
processual. 
R: Direito a ampla defesa = (1) defesa técnica por advogado (irrenunciável), sob pena de 
nulidade e (2) autodefesa (renunciável). 
Caso concreto 3: Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz ter ocorrido 
um crime de homicídio e que o autor do crime é Paraibinha, conhecido no local. A simples 
delatio deu ensejo à instauração de inquérito policial. Pergunta-se: é possível instaurar 
inquérito policial, seguindo denúncia anônima? Responda, orientando-se na doutrina e 
jurisprudência. 
R: Não. O IP não pode ser instaurado com base em denúncia anônima, devendo o 
delegado averiguar as informações para saber se poderá embasar uma investigação 
criminal. 
Caso concreto 4: Em um determinado procedimento investigatório, cujo investigado estava 
solto, a autoridade policial entendeu com base nos indícios apontados em encerrar a 
investigação apresentando como termo final, o relatório conclusivo do feito com 
indiciamento do sujeito, bem como encaminhou as respectivas peças a autoridade 
judiciária, na forma do artigo 10, parágrafo primeiro do CPP. Tendo como parâmetro o 
nosso sistema processual penal, analise a questão à luz da adequada hermenêutica 
constitucional. 
R: Caberá ao MP requerer o arquivamento do IP ao juiz. 
Caso concreto 5: João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. 
Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, 
silenciando quanto à José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi proposta. 
Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula 524 do 
STF? 
R:É um caso, mas o entendimento jurisprudencial é no sentido de que o arquivamento 
implícito é vedado pelo MP, seguindo o princípio da indivisibilidade. 
Caso concreto 6: João, diretor de uma empresa de marketing, agride sua mulher, Maria, 
modelo fotográfica, causando-lhe lesão de natureza leve. Instaurado inquérito policial, este 
é concluído após 30 dias, contendo a prova da materialidade e da autoria, e remetido ao 
Ministério Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede a este que não 
denuncie João, pois o casal já se reconciliou, a lesão já desapareceu e, principalmente, a 
condenação de João (que é reincidente) faria com que este perdesse o emprego, o que 
deixaria a própria vítima e seus três filhos menores em situação dificílima. Diante de tais 
razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia? 
R: Não, pois segundo o princípio da obrigatoriedade, o MP, nos casos de ação pública 
incondicionada, é obrigado a oferecer a denúncia. 
Caso concreto 7: Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante 
do exposto, pergunta-se : 
a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura da queixa? 
R: ad causam – ser parte – Paula 
Ad processum – estar em juízo – precisa de um representante legal 
b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do cônjuge ou 
do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo quem seria seu 
representante legal? 
R: continuaria a necessidade de representação pelo seu representante legal. 
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para a 
propositura da ação seria concorrente ou exclusiva? 
R: exclusiva, pois a maioridade penal é com 18 anos. 
Caso concreto 8: Determinado prefeito municipal, durante o mandato, desvia verbas 
públicas repassadas ao Município através de convênio com o Ministério da Educação, 
sujeitas a prestação de contas, visando ao treinamento e qualificação de professores. 
Referida fraude somente é descoberta após a cessação do mandato, instaurando-se 
inquérito policial na DP local. Concluído o Inquérito, no qual restaram recolhidos elementos 
de prova suficientes para a denúncia, o Promotor de Justiça oferece denúncia contra o ex-
prefeito. Diante do exposto, diga qual o juízo competente para julgar o ex prefeito. 
R: O juízo competente é a justiça federal, pois se trata de infrações penais em detrimento 
de bens, serviços ou interesse da União. 
Caso concreto 9: Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu 
secretário, no dia 20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no 
art. 312 do CP, tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto, indaga-se: 
a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato? 
R: Nos dois casos o juízo competente é o TJ, pois há uma continência por cumulação 
subjetiva obrigando a reunião dos processos no foro prevalente. 
b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o julgamento? 
R: Para evitar conflito constitucional,há a separação dos processos, sendo o juiz de direito 
julgado no TJ e o seu secretário julgado no tribunal do júri. 
Caso concreto 10: Deoclécio, pistoleiro profissional, matou um desafeto de Pezão, a mando 
deste, abandonando o cadáver numa chácara de propriedade de Lindomar, que nada 
sabia. Temeroso de que lhe atribuíssem a autoria do homicídio, Lindomar sepultou 
clandestinamente o cadáver da vítima. Isso considerado, indaga-se: 
a) A hipótese é de conexão ou continência? 
R: Pesão + Deoclesio → continência por cumulação subjetiva 
 Todos os 3 → conexão objetiva consequencial 
b) Haverá reunião das ações penais em um só juízo? 
R: sim. 
 c) Qual será o juízo competente para julgar Cabeção, Pezão e Lindomar? 
R: Tribunal do júri. 
Caso concreto 11: Seguindo denúncia anônima sobre existência de “boca de fumo”, uma 
equipe de policiais combina dar um flagrante no local. Lá chegando, ficam de espreita, 
presenciando alguma movimentação de pessoas, entrando e saindo do imóvel, que 
também servia de residência. Já passava das 21h, quando telefonaram à autoridade 
policial e esta autorizou o ingresso para busca e apreensão. Assim foi feito e os policiais 
lograram apreender grande quantidade de pedra de crack, que estava escondida sob uma 
tábua do assoalho. Levado o morador à DP local, foi ele submetido ao procedimento legal 
de flagrante, sendo imediatamente comunicada a prisão ao juízo competente. O defensor 
público requereu o relaxamento do flagrante, por ilegalidade manifesta. Assiste razão a 
defesa? 
R: Sim, pois conforme a CF, o cumprimento de decisão judicial deverá ser feito ao longo do 
dia. A noite somente cabe os casos de prestar socorro ou flagrante delito. 
Caso concreto 12: Após uma longa investigação da delegacia de polícia local, Adamastor 
foi preso às 21h em sua casa, em razão de um mandado de prisão temporária expedido 
pelo juiz competente, por crime de descaminho. A prisão fora decretada por 10 dias. O 
advogado de Adamastor impetrou Habeas Corpus requerendo a sua liberdade provisória 
com fundamento no art. 310 do CPP. Em no máximo 10 linhas, discorra sobre o exposto 
acima, analisando as hipóteses de cabimento, prazo da prisão temporária. 
R: >> asilo inviolável >> mandado judicial somente será cumprido de dia. 
 >> prazo da temporária >> 5 dias prorrogáveis por mais 5 dias. 
Caso concreto 13: Flávio foi preso em flagrante delito por estar portando três papelotes de 
cocaína, que alegou ser para uso próprio, nas proximidades de uma casa noturna. 
Conduzido à Delegacia, o Delegado lavrou o APF, indiciando Flávio pela prática do crime 
previsto no art. 33 da Lei 11.343/06, representando ao juízo pela conversão da prisão em 
flagrante em prisão preventiva. O advogado de Flávio ajuizou junto à 1ª Vara Criminal de 
Nova Friburgo pedido de liberdade provisória, que foi negado sob o argumento de que o 
art. 44 da Lei de Drogas veda a concessão de liberdade provisória e este crime ser 
considerado inafiançável nos termos do art. 5º, XLIII, da Constituição, sem indicação 
fundamentada dos requisitos do art. 312, CPP, que ensejam a prisão preventiva. Agiu de 
forma adequada o magistrado? Justifique sua resposta. 
R: A lei antidrogas veda a fiança, mas não impede a concessão de liberdade provisória 
que, para sua concessão ou não, devem ser observados os princípios da razoabilidade e 
proporcionalidade. 
Caso concreto 14: O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do 
inquérito policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz 
concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, o 
próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente nova, 
indicativa de que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal? 
A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material? 
R:_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_____________________________________________________________ 
Caso concreto 15: João foi condenado por crime de latrocínio a uma pena de 25 anos de 
reclusão a ser cumprida no regime fechado. Ocorre que no curso da execução de tal pena 
privativa de liberdade sobrevêm doença mental ao condenado. Diante de tal situação, na 
qualidade de juiz da execução como decidiria? E se a doença mental ocorresse no curso 
do processo de conhecimento e posteriormente ao crime? E se a doença mental já existia 
no momento da prática da infração? 
R:_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_____________________________________________________________ 
Caso concreto 16: 
(a) Os arts. 5º, II, 18, 26, 156, I, 241, retratam a atuação de ofício pelo juiz ainda na fase 
investigativa. Diga se esses dispositivos são compatíveis com o atual sistema vigente 
na CRFB/88, estabelecendo as principais diferenças entre o sistema acusatório e o 
inquisitivo. 
R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
(b) A instrução contraditória é inerente ao próprio direito de defesa, pois não se concebe 
um processo legal, buscando a verdade processual dos fatos, sem que se dê ao 
acusado a oportunidade de desdizer as afirmações feitas pelo Ministério Público em 
sua peça exordial? (Almeida, Joaquim Canuto Mendes de. Princípios Fundamentais do 
Processo Penal. São Paulo: RT). Analise os princípios informados acima e responda se 
eles são aplicados na fase pré-processual, fundamentando sua resposta. 
R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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(c) Catarina, no dia 10/03/08, praticou o crime de homicídio doloso. Em agosto de 2008 entrou em 
vigor a lei 11.689/08, que revogou o art. 607 do CPP, extinguindo assim com o protesto por 
novo júri, um recurso exclusivo da defesa que era cabível para os condenados à uma pena igual 
ou superior a vinte anos de reclusão. Em dezembro de 2008 o magistrado proferiu a sentença 
condenando Catarina à 21 anos de reclusão. Essa lei processual nova se aplica à Catarina? 
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(d) Determinado inquérito policial foi instaurado para apurar a prática do crime de tráfico de 
drogas, figurando como indiciado Regiclécio da Silva, mais conhecido como Águia. Durante as 
investigações, seu advogado, devidamente constituído, requereu à autoridade policial a vista 
dos autos do respectivo inquérito. Argumentou para tanto que, não obstante em tramitação 
sob regime de sigilo, considerada a essencialidade do direito de defesa, prerrogativa 
indisponível assegurada pela Constituição da República, que o indiciado é sujeito de direitos e 
dispõe de garantias legais e constitucionais, cuja inobservância, pelos agentes do Estado, além 
de eventualmenteinduzir-lhes à responsabilidade penal por abuso de poder, pode gerar a 
absoluta desvalia das provas ilicitamente obtidas no curso da investigação policial. A autoridade 
policial não permitiu o acesso aos autos do inquérito policial, uma vez tratar-se de 
procedimento sigiloso e que tal solicitação poderia comprometer o sucesso das investigações. 
Diga a quem assiste razão, fundamentando a sua resposta na doutrina e jurisprudência. 
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(e) O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito policial, em razão 
da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz concordou com as razões 
invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, o próprio promotor de justiça 
tomou conhecimento de prova substancialmente nova, indicativa de que o fato realmente 
praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arquivamento do IP faz 
coisa julgada material? 
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(f) Maneco Branco estava sob suspeita de traficar drogas nas imediações de uma casa 
noturna frequentada por jovens da classe média da zona sul da cidade. Foi assim que 
policiais da circunscricional local postaram-se em condições de observar a dinâmica do 
negócio espúrio: de tempos em tempos, Maneco entrava e saía da de uma casa 
próxima, para entregar alguma coisa a pessoas, que iam na direção da referida casa 
noturna. Sendo assim, os policiais, às 22h, ingressaram na casa mediante pontapés, e 
lograram encontrar 100kg de cocaína, 1000 papelotes de ácido e 5000 comprimidos de 
êxtase. Maneco foi preso em flagrante. A prisão de Maneco foi legal? 
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(g) Claudão estava na porta de uma casa noturna, pretendendo nela ingressar, de 
qualquer maneira, mesmo não dispondo de dinheiro para pagar o ingresso ou de 
convite distribuído a alguns frequentadores. Vendo que não conseguia o seu intento, 
resolveu apelar para o golpe: vou entrar só para ver se encontro um amigo, que 
marcou aqui na porta, disse ao porteiro. Como o porteiro não foi na conversa, Claudão 
começou a insultá-lo e nele desferiu dois socos bem colocados, causando-lhe um 
inchaço na testa e escoriações no cotovelo direito, ferimento esse decorrente da queda 
do agredido ao chão. Policiaismilitares, chamados ao local, deram voz de prisão ao 
Claudão, e o conduziram, juntamente com a vítima, à circunscricional, onde Claudão foi 
logo autuado em flagrante delito. Indaga-se: 
 
Foi correta a prisão de Claudão pelos policiais militares? 
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O fato narrado, por si só, ensejava a lavratura do auto de flagrante? 
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(h) Wladimir e Otaviano, policiais civis, vão até a uma favela da região e, no intuito de 
incriminar Godofredo como traficante de droga, fingem ser compradores de maconha e 
o induzem a lhes vender a erva. Quando Godofredo traz a droga, os policiais efetuam a 
prisão em flagrante por infringência do art. 33, da Lei nº 11.343/06. Pergunta-se: Essa 
prisão é legal? Resposta fundamentada. 
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(i) Genésia, 13 anos de idade, foi vítima do crime previsto no art. 217-A do CP praticado 
por Regiclécio. Genésia, assustada, foi pra casa e comunicou o fato a seu pai, que 
imediatamente noticiou o fato à delegacia local. Após algumas diligências, horas depois 
do crime, a autoridade policial logrou prender Regiclécio em sua residência. O auto de 
prisão em flagrante foi lavrado nos termos do art. 306 do CPP. Diante do exposto, 
pergunta-se: 
A situação acima caracteriza flagrante delito? Em caso positivo, diga qual a espécie, 
indicando o dispositivo legal. 
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Agiu corretamente a autoridade policial na condução da diligência, bem como na 
lavratura do auto de prisão em flagrante? 
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(j) Rosivaldo Loureiro foi preso em flagrante por policiais militares pela prática do crime 
previsto no art. 12 da lei 10.826/03. Narra o auto de prisão em flagrante, que o preso 
guardava em sua residência 03 (três) revólveres calibre 38, em desacordo com a 
regulamentação legal. O APF foi comunicado ao juiz no prazo legal acompanhado da 
folha de antecedentes criminais de Rosivaldo, onde não constava nenhuma anotação. 
À luz das características da prisões cautelares, diga se é possível que Rosivaldo 
responda ao processo em liberdade. 
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