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MAPA MENTAL - TRANSTORNOS DE HUMOR

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TRANSTORNO 
DEPRESSIVO MAIOR 
CONSIDERAÇÕES: 
Não se deve negligenciar o discurso do sujeito. 
Trata-se de um estado patológico e disfuncional ocorrendo tanto 
espontaneamente quanto em resposta a eventos. 
70% dos quadros depressivos respondem convenientemente ao tratamento e 
2/3 não procuram tratamento, ou, quando procuram, demonstrando queixas 
relativas à sintomatologia deste transtorno. 
25% tem curso crônico e pelo menos 50% tem episódios recorrentes. 
Sobre o senso comum: 
Muitos não conseguem encarar depressão como doença, o que retarda as 
chances de procura de tratamento e empurram quem está deprimido ainda mais 
intensamente no sentimento de incapacidade e de incurabilidade. 
 
 
QUADRO CLÍNICO: 
Humor depressivo e/ou anedonia 
 Tudo que antes era agradável, se torna sem graça 
 A instalação em geral é lenta 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TRANSTORNO DEPRESSIVO 
MAIOR (DSM V): 
A. No mínimo, CINCO dos seguintes sintomas estiveram presentes 
durante o mesmo período de DUAS semanas e representam uma 
alteração a partir do funcionamento anterior. Pelo menos um dos 
sintomas é (1) ou (2) e esses sintomas não devem ser devidos a 
alguma condição médica geral ou alucinações ou delírios 
incongruentes com o humor. 
1. Humor Deprimido (em Crianças e adolescentes pode ser humor 
irritável) 
2. Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos 
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta ou 
diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias. 
4. Insônia ou hiperinsonia quase todos os dias 
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias 
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias 
7. Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada 
8. Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se 
9. Pensamento de morte recorrentes 
B. Os sintomas não satisfazem os critérios para um episódio misto 
C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras área 
importantes na vida do indivíduo 
D. Os sintomas não se devem a efeitos fisiológicos diretos de uma 
substância 
E. Os sintomas não são bem explicados por luto 
OBRIGATÓRIO QUESTIONAR O PACIENTE SOBRE MANIA E SUICÍDIO 
 
 
 
 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA DISTIMIA (DSM V): 
A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato 
subjetivo ou observação feita por outros, por pelo menos 2 anos. 
B. Presença, enquanto deprimido, de duas ou mais das seguintes características: 
1. Apetite diminuído ou hiperfagia 
2. Insônia ou hipersonia 
3. Baixa energia ou fadiga 
4. Baixa auto-estima 
5. Fraca concentração ou dificuldade em tomar decisões 
6. Sentimento de desesperança 
C. Durante período de 2 anos (1 ano para crianças ou adolescentes) de perturbação, 
jamais a pessoa esteve sem os sintomas dos critérios A ou B por mais de 2 meses de cada 
vez. 
D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem ser continuadamente 
presentes durante 2 anos. 
E. Nunca ter ocorrido um episódio maníaco ou de hipomania 
F. Não é explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente, esquizofrenia, 
transtorno delirante, esquizofrenia ou outro específico ou inespecífico espectro dentro 
da esquizofrenia ou outro transtorno psicótico. 
G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de um substância (Droga de 
abuso, medicamento) ou de condição médica geral (hipotireoidismo) 
H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do 
indivíduo. 
 
TRANSTORNO 
DEPRESSIVO PERSISTENTE 
(DISTIMIA) 
CONSIDERAÇÕES: 
Há sofrimento psicológico, associado ao impacto 
negativo em sua vida social e familiar, onde ocorre 
muitas vezes insucesso conjugal e mal-estar 
perene na relação entre os membros da família 
 Quando vão ao médico, suas queixas 
geralmente são de cansaço, falta de energia, 
dificuldade em conciliar o sono e dores difusas e 
variadas 
 As queixas são julgadas vagas 
 Não sabem como expressar felicidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TRANSTORNOS DE HUMOR 
CONSIDERAÇÕES: 
Efeito cumulativo dos 
fatores de Risco da 
Depressão: 
1. Histórico de Maus Tratos 
2. Presença de 5-HTTLPR SS 
3. BNDF val66mt 
4. Baixo Apoio social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
QUANTO AO TRATAMENTO: 
Sintomas de Depressão e Expressão Afetiva: 
AFETO NEGATIVO AUMENTADO AFETO POSITIVO DIMINUIDO 
Humor Depressivo Humor Depressivo 
Culpa Anedonia 
Ansiedade Falta de energia 
Medo Perda de ânimo e entusiasmo 
Irritabilidade Redução da atenção 
Hostilidade Baixa autoestima 
Solidão 
DISFUNÇÃO SEROTONINÉRGICA 
E NORADRENÉRGICA 
DISFUNÇÃO DOPAMINÉRGICA E 
NORADRENÉRGICA 
 
 
 
PRINCÍPIOS GERAIS: 
O tratamento deve durar, no 
mínimo, 6 meses a partir da 
remissão dos sintomas. 
JAMAIS DEIXAR DE 
PERGUNTAR SOBRE SUICÍDIO 
E MANIA. 
 
No paciente depressivo com APATIA E PERDA DE INTERESSE, não 
vale a pena dar medicamento serotoninérgico, pois as vias dessas 
áreas só tem relação com a dopamina e a noradrenalina. 
 
EVOLUÇÃO: 
Todo antidepressivo, via de regra, demora de 6 a 8 semanas para 
fazer efeito. 
 No momento que o AD é introduzido, já ocorre sensibilização 
dos receptores e o aumento da quantidade de NT na fenda 
sináptica. 
 O efeito clínico atinge seu pico em torno da 6ª a 8ª semana, 
pois até esse período é necessária a diminuição gradativa da 
sensibilização dos receptores – a transdução de sinal e a ação do 
2º mensageiro para o corpo reagir e se adaptar ao medicamento. 
 
O paciente deve ser reavaliado, turno de 6 a 8 semanas, após o 
início da medicação. Se este apresentar melhora do quadro, um 
conjunto de fatores prognósticos deve ser avaliado para saber a 
sua próxima conduta: manter a dose, aumentar a dose ou fazer 
associação com outro medicamento. 
 
PSICOTERAPIA: Benefícios quando há fatores relacionais na vida 
do indivíduo, como sociais e ambientais. 
CLASSE DE MEDICAMENTOS: 
ADs: Cascata neurobiológica que aumenta agudamente a 
quantidade de NT na fenda sináptica, reduzindo a sensibilidade 
dos receptores secundariamente e, consequentemente, 
alterando a atividade neuronal pela expressão de genes. O 
resultado se traduz em diminuição da atividade límbica em 
relação a um incremento da atividade cortical pré-frontal. 
1. INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA 
(ISRS) 
 Inibem recaptura de serotonina por bloqueio do transportador. 
 Área somatodendrítica – Autorreceptor 5HT1A 
o Aumenta níveis de 5HT 
o Dessensibilização dos receptores 
o Diminuição da inibição 
o Aumento do fluxo de impulsos neuronais 
 Terminais axônicos – Receptor pós-sinaptico 
o Incrementa na liberação de 5HT 
o Aumenta níveis de 5HT 
o Dessensiblização dos receptores 
o Alteração na transdução dos sinais 
o Prováveis modificações na expressão dos genes 
críticos. 
 Efeitos Colaterais: 
o Agitação mental aguda, ansiedade e crises de 
pânico. (2A e 2C – amígdala e CPFVM) 
o Parkinsonismo leve com acatisia ou pouco 
retardo (2A – gânglios base) 
o Mioclonias e despertares noturnos. (2A e 2C – 
medula espinal) 
o Náuseas e ou vômitos (3 – hipotálamo ou tronco 
cerebral) 
o Cólicas GI ou diarreia (3 e/ou 4 – trato GI) 
CLASSE DE MEDICAMENTOS: 
ADs: Cascata neurobiológica que aumenta agudamente a 
quantidade de NT na fenda sináptica, reduzindo a sensibilidade 
dos receptores secundariamente e, consequentemente, 
alterando a atividade neuronal pela expressão de genes. O 
resultado se traduz em diminuição da atividade límbica em 
relação a um incremento da atividade cortical pré-frontal. 
 
 
1. INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRS) 
 Inibem recaptura de serotonina
por bloqueio do transportador. 
 Área somatodendrítica – Autorreceptor 5HT1A 
o Aumenta níveis de 5HT 
o Dessensibilização dos receptores 
o Diminuição da inibição 
o Aumento do fluxo de impulsos neuronais 
 Terminais axônicos – Receptor pós-sinaptico 
o Incrementa na liberação de 5HT 
o Aumenta níveis de 5HT 
o Dessensiblização dos receptores 
o Alteração na transdução dos sinais 
o Prováveis modificações na expressão dos genes críticos. 
 Efeitos Colaterais: 
o Agitação mental aguda, ansiedade e crises de pânico. (2A e 2C – amígdala e CPFVM) 
o Parkinsonismo leve com acatisia ou pouco retardo (2A – gânglios base) 
o Mioclonias e despertares noturnos. (2A e 2C – medula espinal) 
o Náuseas e ou vômitos (3 – hipotálamo ou tronco cerebral) 
o 
o Cólicas GI ou diarreia (3 e/ou 4 – trato GI) 
 São eles: 
1. FLUOXETINA 
 Antagonista 5HT2C (efeito desinibidor de NA e DA) 
o Efeito energizante e redutor de fadiga/melhora na atenção e concentração. 
o Ações na anorexia e bulimia (doses altas) 
 Bloqueador fraco da recapitação de NA 
 Inibição CYP 2D6 e 3A4 
 T ½ Longa (2 a 3 dias) 
 Indicada em altas doses no TOC 
 Vômitos e náuseas ocorrem mais no início do seu uso 
2. SERTRALINA 
 Inibição do transportador de dopamina 
o Melhora na energia, motivação e concentração 
 Ligação aos receptores gama 
o Ações ansiolíticas 
 Inibidor fraco da CYP 2D6 em doses altas 
3. PAROXETINA 
 Preferida por muitos clínicos para pacientes com sintomas ansiosos 
 Leve ação colinérgica (muscarínica) 
o Mais ansiolítico e até sedativo 
 Bloqueador fraco da receptação de NA 
 Potente inibidor CYP 2D6 – declínio rápido dos níveis plasmáticos quando interrompe o uso 
 Inibidor da óxido nítrico sintetase 
o Disfunção sexual 
 O mais sedativo de todos, podendo ter mais ação em relação ao sono 
 Há relação de abstinência quando ocorre suspensão súbita. 
4. CITALOPRAM 
 Ação terapêutica inconsistente em doses baixas 
 Levemente anti-histamínico 
 Inibição leve CYP 2D6 
 Exclusivamente seletivo para o receptor serotoninérgico 
 Enantiômeros R e S 
 Devido a sua ½ vida curta, é feito em duas tomadas diárias 
5. ESCITALOPRAM 
Na atuação dos ISRS a presença de NT na fenda já aumenta desde 
o início da ação medicamentosa, no entanto, os efeitos do 
medicamento demoram a aparecer, pois a diminuição da 
sensibilidade dos receptores, a transdução de sinal e ação do 2º 
mensageiro faz demorar a reação/adaptação do corpo ao 
medicamento. 
 
TRATAMENTO 
2. INIBIDORES DA RECAPTURA DA SEROTONINA E NORADRENALINA (IRSNs) 
 Estimulam não somente a serotonina e noradrenalina em todo o cérebro, mas 
também dopamina especificamente no córtex pré-frontal. 
 Inibição do transportador da NA aumenta o DA no córtex pré-frontal 
 Atuam nos afetos positivos 
 Efeitos Colaterais: 
o Ativação motora e tremores (β1 e β2 – cerebelo e SN simpático) 
o Agitação (amígdala e CPFVM) 
o Aumento da PA (centros cardiovasculares do tronco cerebral) 
o Alterações da FC (β1 – coração) 
o Xerostomia, constipação intestinal e retenção urinária (α1 – 
redução do tônus parassimático) 
 São eles: 
1. VENLAFAXINA 
 Usado para TAG 
 Em dose baixa, possui ação somente na SHT, para ter efeito dual, e 
necessário dose mais alta. 
 Ação álgica 
2. DULOXETINA 
 Sintomas dolorosos 
 Fibromialgia/neuropatia diabética 
 Sintomas cognitivos na depressão geriátrica 
3. DESVENLAFAXINA 
 Sintomas de perimenopausa 
4. MINALCIPRANO 
 Inibe mais o TNA que o TSHT 
 Sintomas físicos dolorosos, fibromialgia, dor neuropática crônica e 
sintomas cognitivos. 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
3. INIBIDOR DA RECAPTURA DA NORADRENALINA E DOPAMINA (IRND) 
 Ação particularmente nos sintomas referentes à redução do afeto positivo 
1.BUPROPIONA 
 Droga ativa precursora de outras drogas ativas 
 “Prodroga” 
 Pacientes que não conseguem tolerar os efeitos colaterais 
serotoninérgicos dos ISRS como nos que não respondem aos ISRS 
 Também interessante seu uso na abstinência à nicotina 
 Sem prejuízo da vida sexual 
 
4. DESINIBIDOR DE SEROTONINA E NORADRENALINA (DISN) 
1. MIRTAZAPINA 
 Se conjuga bem com os medicamentos anteriores 
 Ação antagonista α2 
o Autorreceptor α2 pré-sinaptico em neurônios 
noradrenérgicos que, estimulado, inibe a liberação. 
o Heterorreceptor α2 pré-sinaptico em neurônios 
serotoninérgicos que, estimulado, inibe a liberação. 
o Heterorreceptor α1 em corpos celulares 
serotoninérgicos na rafe que, estimulado pela NA 
cuja disponibilidade foi aumentada pelo antagonismo 
α2, aumenta o fluxo de impulsos neuronais. 
 Ação antagonista 5HT2A e 5HT2C 
o Efeito ansiolítico e restaurador do sono 
o Sem prejuízo da vida sexual 
o “Desinibidor da NA e DA” 
 Ação antagonista 5HT3 
o Ausencia de efeitos GI 
 Ação agonista 5HT1A 
o Aumenta liberação de dopamina 
 Ação antagonista H1 
o Alívio de insônia e diminuição da ansiedade, porém 
com possibilidade de sonolência diurna e ganho 
ponderal 
5. ANTAGONISTA/INIBIDOR DA RECAPTURA DA SEROTONINA (AIRS) 
1. TRAZODONA 
 Antagonista de serotonina 2A e 2C e inibidor da recaptaçao de serotonina 
o Essa ação inibe liberação de DA e NA 
 Ação antagonista 5HT2A, H e α1 (em doses baixas) 
o Hipnótica 
 Ação antagonista 5HT2C e inibição do T5HT (doses altas) 
o Ação antidepressiva 
 Acarreta aumento de ação da serotonina em 5HT1A 
6. DESINIBIDOR DE NORADRENALINA E DOPAMINA (DIND) 
1. AGOMELATINA 
 Ação antagonista 5HT2C 
o Ação antidepressiva 
 Ação agonista MT1 e MT2 
o Ação estimuladora do sono 
 Atua nos sintomas de redução do afeto postivo. 
7. INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDASE (IMAOs) 
1. TRANILCIPRAMINA E FENELZINA 
 Ligam-se de forma covalente e irreversível à MAO. 
o (MAO-A metaboliza, preferencialmente, 5HT e NA) 
o (MAO-B metaboliza, preferencialmente, 
oligoaminas). 
o (MAO-A e B, mebolizam, DA e tiramina) – A – 
tiramina é potente liberadora de NA (aumento de 
PA) 
 Evitar alimentos contendo Tiramina: 
o Carne, frango e peixes defumados ou fermentados, 
Vagens, Queijos envelhecidos, Chope, Produtos de 
soja/ tofu, Chucrute 
8. ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLOS 
 Inibem recaptura de 5HT e NA 
 Antagonistas 5HT2A e 5HT2C 
 Bastante eficazes, porém com muitos efeitos colaterais 
 Efeitos colaterais: 
o Xerostomia, dificuldades de acomodação 
visual, constipação intestinal e retenção 
urinária. 
 Antagonismo colinérgico 
muscarínico – M1 
o Hipotensão ortostática e tontura – 
Antagonismo α1 
o Risco de arritmias/parada cardíaca; 
convulsões/coma. – bloqueio de canais de 
sódio sensíveis a voltagem. 
 São eles 
 Amitriptilina 
 Nortriptilina 
 Imipramina 
 Cloripramina 
 
 
10. ELETROCONVULSOTERAPIA 
 Modulação trimonaminérgica 
 Eficaz, segura e de início rápido 
 Hipomnésia e estigma social são os principais problemas 
 Para: alto risco, refratárias, gravemente incapacitantes, como as de propensão 
suicida, psicótica, pós-parto.

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