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Direito Administrativo - Resumo

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CONCEITOS 
 
1. Conjunto harmônico de princípios que regem os órgãos, agentes e as atividades 
administrativas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo 
Estado; 
 
2. É o ramo do Direito Público que estuda princípios e normas reguladores do exercício 
da função administrativa. 
- Interesse público: 
- Interesse público primário: verdadeiro interesse da sociedade 
- Interesse público secundário: interesse do Estado como pessoa jurídica. 
 
 
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
 A cada um dos poderes foi atribuído uma função típica: a) o Poder Legislativo 
exerce a função legislativa; b) o Poder Judiciário exerce a função jurisdicional; c) O Poder 
Executivo exerce a função administrativa, também chamada função executiva. 
 
 Ocorre que, de modo atípico, é possível que um Poder exerça uma função atribuída 
a outro, como, por exemplo, o julgamento do chefe do executivo pelo Legislativo nos 
crimes de responsabilidade. Da mesma forma, a função legislativa pode ser exercida 
atipicamente pelos poderes Legislativo e Judiciário. 
 
 De tal sorte, a função administrativa é toda atividade desenvolvida pela 
Administração representando os interesses da coletividade. Em razão do interesse público, 
a Administração terá posição privilegiada em face de terceiros que com ela se relacionam, 
ela tem prerrogativas e obrigações que não são extensíveis aos particulares. 
 
- Sentido Objetivo: a administração pública nesse contexto representa o próprio exercício 
da função administrativa pelo Estado, por meio de seus agentes e órgãos. 
 
- Sentido Subjetivo: por essa concepção, a administração pública vertente considera-se, 
aqui, o sujeito da função administrativa. 
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PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
Princípios expressos do Direito Administrativo 
 
a) Legalidade: tal princípio preceitua que a atuação está vinculada à observância do 
disposto na lei em sentido amplo, ou seja, o administrador só pode atuar nos limites 
previstos no ordenamento jurídico. É, portanto, a base do Estado Democrático de Direito e 
garante que todos os conflitos serão resolvidos mediante lei; 
 
b) Impessoalidade: o agir da administração pública não pode prejudicar ou beneficiar o 
cidadão individualmente considerado, de modo que será imposto ao Administrador 
Público que só pratique ato para o seu fim legal. Ademais, a impessoalidade é o 
fundamento para a Responsabilidade Objetiva do Estado, porquanto, o agir da 
Administração Pública não se confunde com a pessoa física de seu agente. 
 
c) Moralidade: a Administração Pública impõem ao Agente Público que pratica o ato 
administrativo um comportamento ético, jurídico, adequado. Não basta a simples previsão 
legal que autorize o agir da administração pública, é necessário que além de 
legal, o ato administrativo também seja aceitável do ponto de vista ético-moral, segundo o 
que está expresso no artigo 37, § 4º da CF/88. 
 
d) Publicidade: diz respeito à imposição legal da divulgação no Órgão Oficial, do ato 
administrativo, como regra geral, no intuito do conhecimento do conteúdo deste pelo 
Administrado e início de seus efeitos externos. A publicidade do ato administrativo o 
torna exequível. Todavia, nem todos os atos administrativos necessitam de divulgação 
oficial para serem válidos. 
 
e) Eficiência: este princípio ingressou no rol dos princípios mínimos da Administração 
com o advento da EC 19/98, quando foi inserido no caput do artigo 37. Por meio deste 
princípio, exige-se que o Administrador aja de modo rápido e preciso, produzindo 
resultados que satisfaçam as necessidades dos administrados. 
 
 
 
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Outros Princípios. 
 
Princípios infraconstitucionais (art. 2°. Da Lei 9784/99) 
 
a) Princípio da autotutela: Estabelece que a Administração pode rever os seus próprios 
atos, seja para anulá-los (se ilegais) ou revogá-los (se inconvenientes). Trata-se, pois, de 
um controle interno realizado através da revogação de atos inconvenientes ou inoportunos, 
com efeito ex nunc; e da anulação (Lei 9784/99 art. 54) de atos ilegais (vício, fraude, erro), 
com efeito ex tunc. 
 
b) Princípio da Finalidade: Na visão de Hely Lopes Meireles (doutrina minoritária), tal 
princípio se assemelha ao princípio da impessoalidade. Ocorre que, sempre que um ato for 
praticado visando interesse alheio ao interesse público o ato será nulo devido ao desvio de 
finalidade. 
Atenção: desvio de finalidade constitui ato de improbidade administrativa, tipificado no 
art. 11 da Lei 8429/92. 
 
c) Princípio da obrigatória motivação: Todo ato deve ser acompanhado de uma explicação 
por escrito das razões de fato e de direito que levaram a sua prática. 
 
d) Princípio da Razoabilidade: Alguns autores defendem que este também é princípio 
explícito, art. 5°, XXVIII, CF. A administração deve agir de maneira racional, usando o 
bom-senso, praticar atos com moderação. 
 
 
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 Os poderes administrativos são prerrogativas especiais e instrumentos que o 
ordenamento jurídico confere ao Estado para que este cumpra suas finalidades 
institucionais na busca e alcance do interesse público. 
 
 
 
 
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Características dos Poderes Administrativos 
 
a) Instrumentalidade; 
b) Poder-dever; 
c) Irrenunciabilidade; 
d) Exercício dos poderes da lei; 
e) Responsabilização do Administrador; 
 
 
Classificação dos Poderes Administrativos quanto à margem de liberdade 
 
a) Poder Vinculado: No exercício do poder vinculado, a lei tipifica objetiva e claramente 
a situação em que o agente deve agir e o comportamento a ser tomado. O Administrador, 
pois, é obrigado a agir de acordo com o previamente definido em lei. 
 
b) Poder Discricionário: O poder discricionário permite uma margem de liberdade ao 
administrador, que exercerá um juízo de valor segundo critérios de conveniência e 
oportunidade, dentro dos limites definidos pela lei, avaliando a situação e escolhendo o 
melhor comportamento a ser tomado dentre os que são legalmente possíveis e que melhor 
atenda ao interesse público buscado. 
 
 
Classificação dos Poderes Administrativos quanto às espécies 
 
a) Poder Hierárquico: Prerrogativa que tem o Estado de organizar sua estrutura, 
escalonando e definindo funções de seus órgãos, bem como fiscalizar, ordenar e rever a 
atuação de seus agentes, através do estabelecimento de relações de subordinação entre 
aqueles que integram o seu quadro de pessoal. Suas características são: a) edição de atos 
normativos internos; b) dar ordens (poder de comando); c) fiscalização e controle; e d) 
delegação e avocação. 
 
b) Poder Disciplinar: É o poder conferido ao agente público de aplicar sanções aos 
demais agentes diante da prática de uma infração funcional, bem como às pessoas que 
mantêm vínculo contratual com a Administração e cometem alguma falta durante a 
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execução do contrato. 
 
c) Regulamentar ou Normativo: Refere-se à prerrogativa que tem o Chefe do Executivo 
de expedir regulamentos que irão complementar o teor das leis, preparando-se sua 
execução (art. 84, IV da CF/88). Ademais, importa destacar que no exercício do poder 
regulamentar, a Administração não pode criar direitos, obrigações, proibições, medidas 
punitivas, devendo limitar-se a estabelecer normas sobre a formacomo a lei vai ser 
cumprida. 
 
d) De Polícia: É a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando 
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
interesse Público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina 
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de 
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
 
 
Do Abuso de Poder 
 
 O abuso de poder ocorre quando o agente, no exercício de suas atribuições legais, 
atua com desrespeito a normas de competência ou em forma contrária a sua finalidade 
institucional. 
 
- Excesso de Poder: Atuação fora dos limites de competência; 
 
- Desvio de Poder ou Finalidade: Deixa de observar a finalidade estabelecida em lei para o 
ato. 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E TERCEIRO SETOR 
 
 Trata-se da estruturação da Administração Pública, identificando seus elementos 
constitutivos e a forma como se inter-relacionam. 
 
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Órgãos Públicos 
 
Segundo o que dispõe o artigo 1°, § 2°, inciso I, da Lei 9.784/ 99: 
 
Art. 1° (...) 
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e 
da estrutura da Administração indireta; 
 
 
 São divisões das entidades estatais (União, Estados e Municípios) ou centros 
especializados de competência, instituídos para o desempenho de funções estatais, através 
de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. 
 
Ademais, podem ter representação própria, por seus procuradores, bem como 
ingressar em juízo, na defesa de suas prerrogativas, contra outros órgãos públicos. 
 
ATENÇÃO: 
Os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, são destituídos de legitimidade para atuar 
em Juízo. Excepcionalmente os tribunais admitem a legitimidade do órgão para a defesa de 
competências, atribuições e prerrogativas próprias. 
 
 
- Classificação: 
 
a) Independentes: são os derivados da Constituição (ex. Senado Federal); 
b) Autônomos: são órgãos com autonomia técnica e financeira (ex. Ministérios); 
c) Superiores: são os órgãos de direção, mas sem autonomia técnica (ex. Coordenadorias e 
Gabinetes); 
d) Subalternos: são órgãos de execução (ex. seções e os serviços) 
e) Simples: são os que não têm outros órgãos agregados à sua estrutura 
f) Compostos: são os que têm outros órgãos agregados à sua estrutura, para funções 
complementares ou especializadas; 
g) Singulares: são órgãos de um só titular (ex. Presidência da República); 
h) Colegiados: são os compostos por duas ou mais pessoas (ex. Conselhos e Tribunais). 
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- Administração pública direta: União, Estados, Municípios, DF; 
 
- Administração pública indireta: autarquias, fundações, sociedades de economia mista, 
empresas públicas, agencias reguladoras, agencia executiva, consórcio público com 
personalidade jurídica de direito público (associação pública, Lei 11.107/05). 
 
PERGUNTA! 
A Administração Indireta está subordinada à Administração Direta? 
R.: Não. Entre a Administração Direta e Indireta há relação de vinculação. Existe um controle 
externo chamado de tutela administrativa, controle finalístico ou supervisão ministerial, que nada 
mais é do que uma fiscalização que os entes políticos e seus órgãos exercem sobre as entidades 
administrativas da administração indireta, visando o cumprimento das suas finalidades 
institucionais. Ademais, insta destacar que todas as entidades da administração indireta federal, 
sejam elas de direito público ou de direito privado, estão sujeitas ao controle externo realizado pelo 
Poder Legislativo, com auxilio do Tribunal de Contas da União. 
 
 
Desconcentração Descentralização 
 Órgãos; 
 Distribuição das atividades dentro da mesma 
pessoa; 
 Sem personalidade jurídica (despersonalizados); 
 Subordinação hierárquica; 
 Ministérios, Secretarias, Delegacias; 
 Administração pública direta, ou centralizada. 
 Entidades; 
 Distribuição das atividades para diferentes pessoas 
jurídicas; 
 Pessoas jurídicas de direito privado (autônomas); 
 Não são subordinadas, mas vinculas a ministérios; 
 Autarquias, fundações públicas; 
 Administração pública indireta ou descentralizada; 
 
Atenção! Alguns órgãos possuem capacidade processual especial para defesa de suas 
prerrogativas em juízo. Capacidade para impetrar mandado de segurança ou ser autoridade 
coatora em mandado de segurança. 
 
 
Figuras da Administração Indireta 
 
Dois tipos de pessoas jurídicas: pessoas de direito público e pessoas de direito 
privado. 
1. Direito público: autarquias e fundações públicas (clássicas). Agências reguladoras e 
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associações públicas (novas). 
2. Direito privado: empresas públicas e sociedades de economia mista (clássicas). 
Fundações governamentais (nova). 
 
 
Autarquias e fundações públicas: 
 
 São pessoas jurídicas de direito público interno, criadas por lei específica (art. 37, 
XIX, CF/ 88), as quais é atribuída, para melhor funcionamento, autonomia administrativa, 
econômica e financeira para exercício de algum serviço público típico do Estado. 
 
Ex. INSS, IBAMA, CADE, INCRA, FUNAI, Banco Central, etc. 
 
 
Características: 
 
a) Pessoas de direito público; 
b) Criadas e extintas por lei específica; 
c) Não podem falir; 
d) Possuem autonomia (capacidade de autogoverno); 
e) São imunes a impostos; 
f) Praticam atos administrativos e celebram contratos administrativos; 
g) São executadas pelo sistema de precatórios (art. 100, CF); 
h) Responsabilidade direta e objetiva. 
i) Possuem prerrogativas processuais (prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para 
contestar); 
j) Precisam licitar ao contratar com terceiros; 
 
 
ATENÇÃO: 
Os Conselhos Profissionais são considerados autarquias federais (ADI 1.717-DF). Porém, em 
relação a OAB, o STF, no julgamento da ADI 3026-DF, classificou esta autarquia como “categoria 
ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro”. 
 
 
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- Agencias Reguladoras: São autarquias de regime especial, são responsáveis pela 
regulamentação, o controle e a fiscalização de serviços públicos transferidos ao setor 
privado. 
Ex.: ANATEL – Agência Nacional das Telecomunicações, ANP – Agência Nacional de 
Petróleo, etc. 
 
- Agências Executivas: trata-se de uma qualificação prevista no art. 37, § 8° da CF/ 88 
conferida às autarquias e fundações públicas integrantes da Administração Indireta que 
hajam celebrado contrato de gestão com o Ministério Supervisor e possuam um plano 
estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional, voltado para a melhoria da 
qualidade da gestão e para a redução de custos. Além da maior autonomia, podemos 
apontar como vantagem de uma agência executiva a ampliação dos valores para a 
contratação direta. Entretanto, as agências executivas devem cumprir objetivos e metas 
fixados no contrato de gestão, visando uma atuação mais eficiente. Um exemplo de 
Agência Executiva é o INMETRO. 
 
 
Fundações públicas e Empresas Estatais 
 
As Fundações surgem quando um determinado patrimônio é destacado pelo 
fundador, ao qual é atribuída uma personalidade jurídica, visandoao atendimento de uma 
finalidade específica. 
 
De outro norte, entende-se por empresas estatais as empresas públicas e sociedades 
de economia mista. Alguns autores denominam estas entidades de “empresas paraestatais”. 
 
As empresas estatais são autorizadas por lei, sendo que sua criação efetiva ocorre 
com o registro dos atos constitutivos no registro competente. Ademais, a criação de 
subsidiárias das empresas estatais ou sua participação em empresas privadas também 
exigem autorização legislativa, conforme dispõe o artigo 37, inciso XX, da CF/ 88. 
 
 
 
 
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 Fundações públicas Empresas Estatais (Governamentais) 
 Pessoas de direito público; 
 FUNAI, FUNASA, PROCON; 
 Criadas por lei específica; 
 Exerce atividade social; 
 Responsabilidade civil objetiva; 
Necessitam de licitação para contratar com 
terceiros; 
unidade tributária recíproca e prerrogativas 
processuais; 
 Seus bens são públicos; 
 Juízo privativo; 
essoas de direito privado; 
undação Pe. Anchieta (TV cultura); 
das por autorização legislativa; 
 Podem prestar serviço público ou explorar atividade 
econômica; 
 Responsabilidade civil objetiva, quando prestar 
serviço público e, subjetiva, em caso de exploração de 
atividade econômica; 
Necessitam de licitação para contratar com terceiros; 
Não tem imunidade tributária nem prerrogativas 
processuais; 
omente os bens afetados são públicos; 
 
 
Consórcios Públicos 
 
Podem ser pessoas públicas ou privadas, se públicas, são associações públicas de 
natureza autárquica. 
 
Quando constituídos sob a forma de associação pública, o consórcio assumirá 
personalidade jurídica de direito público e terá natureza de autarquia, observando as 
prerrogativas destas entidades administrativas e integrando a Administração Pública 
Indireta de todos os entes consorciados. 
 
Ademais, o consórcio público também pode se constituir sob a forma pessoa 
jurídica de direito privado, observando-se que a legislação civil dispõe sobre o tema. 
Entretanto, mesmo neste caso, o consórcio público observará as normas de direito público 
no que tange à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e 
admissão de pessoal, que será regido pela CLT. 
 
Os consórcios públicos poderão gozar dos seguintes privilégios: 
– Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, 
contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do 
governo; 
– Nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desapropriações e 
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instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou 
interesse social, realizada pelo Poder Público; 
– Ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação 
consorciados, dispensada a licitação; 
- Emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros 
preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos 
por eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação 
consorciado; 
- Outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante 
autorização prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma 
específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá 
atender, observada a legislação de normas gerais em vigor. 
 
 A criação de um consórcio público seguirá os seguintes passos: a) subscrição de 
protocolo de intenções entre os entes interessados na constituição do consórcio; b) 
publicação de protocolo de intenções na imprensa oficial; c) promulgação de lei por cada 
um dos entes integrantes ratificando o protocolo, salvo se existir lei prévia autorizando a 
subscrição; e d) celebração do correspondente contrato. 
 
ATENÇÃO: 
A União não poderá constituir consórcio público diretamente com municípios, assim como os 
Estados não poderão consorciar-se com Municípios que não estejam localizados em seu território. 
 
Outrossim, além do próprio contrato de criação, há a previsão de duas modalidades 
de contratos firmados entre os entes consorciados, quais sejam, os contratos de rateio e 
programa. 
 
O contrato de rateio é o instrumento por meio do qual os entes consorciados 
assumem o compromisso de transferir recursos financeiros ao consórcio, para que este 
possa atingir os objetivos estabelecidos no ato de criação. Já o contrato de programa é 
instrumento pelo qual devem ser constituídas e reguladas as obrigações de que um ente da 
Federação, inclusive sua administração indireta, tenha para com outro ente da Federação, 
ou para com o consórcio público, no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de 
cooperação federativa. 
 
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Empresas públicas e Sociedades de economia mista 
 
Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 
Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante autorização de lei 
específica, com capital exclusivamente público, para a exploração de atividades de 
natureza econômica ou execução de serviços públicos. 
 
Ao passo que Sociedades de economia mista, são pessoas jurídicas de direito 
privado, integrantes da Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante 
autorização legal, sob a forma de sociedade anônima e com capitais públicos e privados, 
para a exploração de atividades de natureza econômica ou execução de serviços públicos. 
 
 As empresas públicas e as sociedades de economia mista são criadas com o 
objetivo de permitir ao Estado a exploração de atividades de caráter econômico. Embora 
tais entidades estejam intimamente ligadas à ideia de exploração de atividade econômica, 
de cunho lucrativo, há empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam 
serviços públicos, sujeitando-se, portanto, a regime jurídico distinto daquele aplicável às 
que se dedicam a atividades econômicas. 
 
 
Terceiro Setor 
 
 O Terceiro Setor é composto por entidades da sociedade civil, sem fins lucrativos, 
que se destinam à prestação de serviços de interesse coletivo e social, não exclusivos do 
Estado, podendo receber incentivo estatal para o desempenho de tais atividades. Tais 
entidades são chamadas de entes de cooperação ou entidades paraestatais. 
 
ATENÇÃO: 
As entidades integrantes do terceiro setor não integram a Administração Pública direta ou indireta. 
 
 
 
 
 
 
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ATO ADMINISTRATIVO 
 
Trata-se de toda manifestação unilateral de vontade da Administração, a qual 
tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar 
direitos ou impor obrigações a ela mesma e aos particulares. 
 
- Atributos dos Atos Administrativos: 
a) Presunção de Legitimidade e Veracidade; 
b) Imperatividade ou coercibilidade; 
c) Autoexecutoriedade ou exigibilidade; 
d) Tipicidade. 
 
- Requisitos de validade: 
a) Competência – prerrogativa para a edição de um ato, esfera de atuação; 
b) Forma – somente a prescrita em lei, maneira de exteriorização dos atos 
administrativos, em regra, são escritos; 
c) Motivo – razões que justificam a edição do ato; 
d) Objeto – é ato em si mesmo considerado, é o que o ato decide, opina, certifica; 
e) Finalidade – única, o interesse público. 
 
 
Invalidação e Anulação dos Atos Administrativos 
 
Os atosadministrativos devem ser convenientes, oportunos e legítimos e, quando 
isso não ocorre, devem ser desfeitos pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário, 
sempre que se revelarem inadequados aos fins visados pelo Poder Público, ou ainda 
contrários às normas legais que os regem. A invalidação, portanto, pode se dar pela 
revogação ou anulação dos atos administrativos, figuras que se diferenciam na doutrina. 
 
A anulação é a declaração de invalidade de um ato administrativo ilegítimo ou 
ilegal, feita pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. Funda-se, ademais, em 
razões de legitimidade ou legalidade. 
 
 
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Espécies de atos administrativos 
 
a) Enunciativos: declaram algum fato; 
b) Negociais: em concordância com o particular, ampliativos; 
c) Ordinatórios: atos internos de disciplina do Estado; 
d) Normativos: criam regras para particulares e agentes; 
e) Punitivos: aplicam sansões. 
 
 
Classificação do ato administrativo 
 
a) Discricionário ou vinculado; 
b) Concreto ou abstrato; 
c) De Império, de gestão ou de expediente (atos de rotina); 
d) Gerais ou individuais (especiais). 
 
 
Invalidade do ato administrativo 
 
a) Inexistentes – não admitem convalidação; 
b) Nulos – não admitem convalidação; 
c) Anuláveis – admitem convalidação; 
d) Irregulares – vício irrelevante. 
 
 
Extinção do ato administrativo 
 
a) Renúncia: o particular abre mão da vantagem que lhe foi concedida; 
b) Cumprimento de seus efeitos (ato exaurido); 
c) Desaparecimento do sujeito ou objeto; 
d) Cassação: quando o particular não cumpre com seus deveres (cassação de licença, por 
uso indevido); 
e) Caducidade: lei nova não mais permite a prática do ato; ato x lei; 
f) Contraposição/derrubada: o ato é extinto em razão de novo ato antagônico/contrário 
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ao primeiro (exoneração extingue a nomeação); ato x ato; 
g) Revogação; 
h) Anulação. 
 
 
LICITAÇÕES 
 
Licitação é o procedimento pelo qual o ente público seleciona a proposta de 
contratação mais vantajosa dentre as que forem oferecidas pelos interessados. Ademais, a 
licitação deverá ser processada e julgada em estrita conformidade com os princípios 
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento 
objetivo e dos que lhe são correlatos. 
 
Em regra, são obrigados a licitar os entes políticos (União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios), além de suas autarquias, fundações, empresas estatais e demais entidades 
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios. 
 
 De modo que, de acordo com artigo 2° da Lei de Licitações, é obrigatória a 
realização de licitação para a contratação de obras, serviços, inclusive de publicidade, 
compras, alienações, concessões, permissões e locações. 
 
Legislação 
 Lei 8666/93 – alterada pela medida provisória 495/2010; 
 Lei 10520/02 – lei do pregão; 
 12232/10 – serviços de publicidade, em especial o art. 2° (ler com atenção). 
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Finalidades (art. 3° e §§ da lei 8666/93) 
nar a proposta mais vantajosa, não necessariamente é o menor preço; 
eitar o princípio da isonomia, visto que todos podem participar; 
romoção do desenvolvimento nacional (novidade trazida com a MP 495/10). 
 
Competência legislativa 
ara normas gerais: União; 
 Para norma não geral os estados e municípios poderão legislar; 
 
Princípios 
 Vinculação ao instrumento convocatório (edital de publicação e/ou carta- convite – 
instrumento convocatório da modalidade Convite) – todos (inclusive a administração) 
devem obedecer ao instrumento convocatório. 
 Adjudicação compulsória ao licitante vencedor – a atribuição do objeto da 
licitação deve ir obrigatoriamente para o vencedor adjudicação é uma das fases da 
licitação. Vencer a licitação não gera um dever, a contratação é ato discricionário da 
administração, mas se for contratar, deve ser o vencedor. O vencedor não pode ser 
preterido na contratação. 
 
Fases da licitação 
1. Publicação do edital ou envio da carta-convite; 
2. Habilitação (momento que será verificada a qualificação dos licitantes); 
3. Julgamento e classificação das propostas; 
4. Homologação (ocasião em que a autoridade competente irá atestar a regularidade do 
procedimento licitatório); 
5. Adjudicação (atribuição do objeto da licitação). 
 
ATENÇÃO: 
A Contratação não é fase da licitação, uma vez que o contrato poderá não ser firmado. Assim, pode 
existir licitação que não leve à contratação. 
 
Tipos de licitação 
Estão relacionados com os critérios de julgamento e classificação de propostas: 
 Menor preço; 
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 Melhor técnica; 
nica e preço; 
Maior lance ou oferta 
Menor lance (apenas para alguns autores); 
 
Exceções ao dever de licitar 
A regra é que todos devem licitar para contratar. Onde haja dinheiro público, é necessário 
licitação para contratar com terceiros. 
 Inexigibilidade – quando a competição for inviável (art. 25 da lei de licitações). 
 Dispensa – de fato é possível licitar, mas a lei dispensa. 
a) Dispensável – a administração tem discricionariedade para decidir se licita ou não. 
b) Dispensada – a administração não tem discricionariedade para decidir se licita. 
 
Modalidades de licitação (art. 22 da lei 8666/93) 
a) Concorrência – contratações de maior vulto: obrigatoriamente para obras de serviços 
de engenharia acima de R$ 1.500.000 (um milhão e meio de reais), e para o resto das 
coisas acima de R$ 650.000 (seiscentos e cinquenta mil reais); licitação internacional; 
outorga de concessão de serviço público; concessão de direito real de uso. 
b) Tomada de preços – transações de médio vulto, para obras e serviços de engenharia até 
R$ 1.500.000 (um milhão e meio de reais), e até R$ 650.000 (seiscentos e cinquenta mil 
reais) para serviços e compras – participam desta modalidade os cadastrados e os não 
cadastrados que preenchem os requisitos para cadastro em até três dias do recebimento das 
propostas (art. 27 a 31 da lei 8666/93); 
c) Convite – para transações de menor vulto: obras e serviços de engenharia até R$ 
150.000, demais serviços e compras até R$ 80.000, participam desta modalidade: 
cadastrados ou não, também podem participar os cadastrados não convidados, desde 
que demonstrem interesse em até 24 horas da apresentação das propostas; quem não é 
cadastrado nem foi convidado não participa desta modalidade; 
d) Concurso – seleciona um trabalho, técnico, artístico, etc. 
e) Leilão – utilizado para alienar bens públicos inservívies: 
- Móveis: inservíveis, legalmente apreendidos ou penhorados. 
- Imóveis: oriundos de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento. 
f) Pregão (lei 10520/02) – aquisição de bens e serviços comuns (art. 1° da aludida lei): 
aqueles cujos padrões e desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo 
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edital por meio de especificações usuais no mercado. Não tem limite de valor para o 
pregão. Só pode ser do tipo menor preço, e alguns autores defendem que na verdade é o 
menor lance. A ordem procedimental é invertida: a habilitação é feita depois das 
propostas, é mais inteligente, pois primeiro classifica para depois analisar a documentação, 
se a documentação do vencedor nãoestiver "ok", passa-se para o segundo colocado, 
e assim por diante. Deve ser de preferência eletrônico. Na seleção da proposta teremos 
uma fase termos um momento que os participantes darão lances: aquele que apresentou o 
menor preço e todos aqueles que apresentaram um preço até 10% maior que o menor 
preço. 
 
 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
São considerados contratos administrativos os ajustes celebrados entre a 
Administração e terceiro, pessoa física ou jurídica, regidos por normas de direito público, 
cujo objeto busca atingir algum interesse público. 
 
Diversos são os contratos administrativos existentes no ordenamento jurídico 
brasileiro, podendo-se citar como exemplos os contratos de obras públicas, de prestação de 
serviços, de fornecimento, de concessão e permissão de serviços públicos. 
 
Características 
- Participação da Administração Pública no ajuste: a Administração Pública atuará 
valendo-se do seu poder de império, ocorrendo, pois, um desequilíbrio na relação 
contratual; 
- Busca de um interesse Público: os contratos administrativos visam atingir um interesse 
público imediata e diretamente; 
- Regime jurídico de Direito Público: a existência de interesse público nos contratos 
administrativos permite a aplicação de regime jurídico próprio de contratação trazido pela 
Lei 8.666/ 93, também aplicável, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros 
instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração. 
- Cláusulas exorbitantes: estas cláusulas conferem à Administração algumas prerrogativas 
exclusivas, assegurando-lhe posição de prevalência relativamente ao contratado. 
- Possibilidade de alteração contratual: a Administração poderá modificar os contratos 
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unilateralmente para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os 
direitos do contratado. 
- Possibilidade de rescisão unilateral: a Administração poderá rescindir unilateralmente o 
contrato nas seguintes formas: 
 Determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados 
nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior; 
 Amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, 
desde que haja conveniência para a Administração; e 
 Judicial, nos termos da legislação; 
- Fiscalização da execução do contrato: de acordo com o artigo 67 da LLC, a execução do 
contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração 
especialmente designado; 
- Aplicação de sanções: a Administração poderá aplicar e executar diretamente, sem 
intervenção do judiciário, sanções legais e contratuais caso exista inexecução parcial ou 
integral do ajuste, assegurando-se o contraditório e a ampla defesa ao contratado; 
- Ocupação provisória: os casos de serviços essenciais, a Administração poderá ocupar 
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do 
contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas 
contratuais pelo contrato, bem como na hipótese de recisão do contrato administrativo. 
- Restrição ao uso da exceção de contrato não cumprido: caso a Administração suspenda a 
execução do contrato ou atrase no pagamento dos valores devidos ao contrato, este não 
poderá deixar de cumprir automaticamente suas obrigações. 
- Formalismo: a lei 8.666/ 93 estabelece uma série de formalismos que devem ser 
observados, vejamos: 
 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: 
I - o objeto e seus elementos característicos; 
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; 
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade 
do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do 
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de 
observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação 
funcional programática e da categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; 
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VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os 
valores das multas; 
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão 
administrativa prevista no art. 77 desta Lei; 
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, 
quando for o caso; 
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a 
inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; 
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos 
omissos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, 
em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de 
habilitação e qualificação exigidas na licitação. (...) 
 
ATENÇÃO: 
De acordo com o artigo 60, parágrafo único, será nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a 
Administração, salvo de pequenas compras de pronto pagamento, valores que não poderão exceder 
a 5% do limite estabelecido no artigo 23, II, a, desta Lei. 
 
- Publicidade: o instrumento do contrato, ou de seus aditamentos, deverão ser publicados 
resumidamente na Imprensa Oficial. 
- Pessoalidade: os contratos administrativos são intuito personae não podendo o contrato, 
em regra, transferir o objeto contratado a terceiros. 
 
 
Espécies de contratos Administrativos 
a) Concessão de Serviço Público: é o contrato pelo qual o estado (Poder Concedente) 
transfere à pessoa jurídica privada (concessionária) a prestação de serviço público, 
mediante remuneração (tarifa) paga pelo usuário. 
b) Parcerias Público Privada (PPPs): são tipo de concessão, com distribuição de riscos 
entre o parceiro público e o privado, com duração acima de 5 anos e valor superior a 
20 milhões. 
 
 
Execução dos Contratos 
 
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 A Administração deverá fiscalizar a execução do contrato, determinando os ajustes 
que entender necessários. Ademias, a execução do contrato traz algumas peculiaridades, 
vejamos: 
 
- Responsabilidade do contratado: o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, 
reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em 
que forem constatados vícios, defeitos ou incorreções. Outrossim, o contratado será 
responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes 
de sua culpa ou dolo na execução do contrato. 
- Encargos do contrato: o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, 
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. 
- Prorrogação do contrato: os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de 
entrega do objeto do contrato admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do 
contrato. 
 
 
Equilíbrio econômico-financeiro 
 
Trata-se de uma garantia do contratado de que haverá preservação do lucro, diante 
de situações excepcionais que aumentem o custo da prestação, tais como: 
 
- Reajuste: visa manter atualizados os valores inicialmente contratados; 
- Fato do príncipe: é o evento externo ao contrato e provocado pelo Estado. 
- Fato da administração: evento interno ao contrato e provocado pelo poder público 
contratante. 
- Álea extraordinária: é o acontecimento externo ao contrato e provocadopela natureza. 
- Circunstâncias imprevistas: são dificuldades de ordem material que oneram o contrato. 
 
 
Extinção dos contratos 
 
 A extinção do contrato administrativo se dá quando cessa o vínculo obrigacional 
entre as partes pelo integral cumprimento de suas cláusulas ou pelo rompimento, através 
da rescisão ou da anulação. 
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Os contratos Administrativos podem ser extintos através de: 
- Advento do termo ou conclusão do contrato: esta forma de extinção do contrato 
administrativo é a mais comum. Ocorre quando as partes cumprem integralmente suas 
prestações contratuais. 
- Recisão unilateral: é prevista nos artigos 78 e 79 da Lei n.º 8.666/93, e trata da rescisão 
por parte da Administração pública quando o contratado não cumprir, ou cumprir 
irregularmente sua obrigação. 
- Recisão judicial: normalmente é requerida pelo contratado, quando haja inadimplemento 
pela Administração, já que ele não pode paralisar a execução do contrato nem fazer a 
rescisão unilateral. No caso do Poder Público este não tem necessidade de ir a juízo, já 
que a lei lhe confere o poder de rescindir unilateralmente o contrato, nas hipóteses 
previstas na própria lei. 
- Anulação: a extinção do contrato pela anulação é também uma forma excepcional e só 
pode ser declarada quando se verificar ilegalidade na sua formalização ou em cláusula 
essencial. 
 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
 Serviço Público é todo e qualquer serviço prestado pela Administração ou por seus 
delegados, a fim de satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou 
simples conveniência do Estado. 
 
Levando-se em conta a essencialidade, a adequação, a finalidade e os destinatários 
dos serviços, podemos classificá-los em: 
 
Serviços Públicos - são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por 
reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do 
próprio Estado. Tais serviços são considerados privativos do Poder Público, no sentido de 
que só a Administração deve prestá-los. 
Ex.: defesa nacional, de polícia, de preservação da saúde pública. 
 
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Serviços de Utilidade Pública - serviços de utilidade pública são os que a Administração, 
reconhecendo sua conveniência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da 
coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros. 
Ex.: os serviços de transporte coletivo, energia elétrica, gás, telefone. 
 
Serviços próprios do Estado - são aqueles que se relacionam intimamente com as 
atribuições do Poder Público. 
Ex.: segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc. 
Serviços impróprios do Estado - são os que não afetam substancialmente as necessidades 
da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a 
Administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas 
Ex.: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações 
governamentais), ou delega sua prestação. 
 
Serviços Gerais - são aqueles que a Administração presta sem ter usuários determinados, 
para atender à coletividade no seu todo. 
Ex.: polícia, iluminação pública, calçamento. 
 
Serviços Individuais - são os que têm usuários determinados e utilização particular e 
mensurável para cada destinatário. 
Ex.: o telefone, a água e a energia elétrica domiciliares. 
 
Serviços Industriais - são os que produzem renda mediante uma remuneração da utilidade 
usada ou consumida. 
Ex.: ITA, CTA. 
 
Serviços Administrativos - são os que a administração executa para atender as suas 
necessidades internas. 
Ex.: Imprensa Oficial. 
 
 
RESPONSABILIDADE DO ESTADO (civil e extracontratual) 
 
A teoria responsabilidade civil clássica pressupõe a obrigação de ressarcir em razão 
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da prática de um ato ilícito de alguém que cause prejuízo a outrem. De modo que, o Estado 
não está imune à responsabilização por danos causados a terceiros. 
 
Civil porque serve para reparação de dano que é diferente da responsabilidade 
penal e da administrativa. Extracontratual porque ocorre nas chamadas relações jurídicas 
de sujeição geral, diferente da responsabilidade contratual, quando há uma sujeição 
especial, baseada em contrato. As relações de vínculo de sujeição geral ensejam ação de 
indenização. As relações de vínculo de sujeição especial ensejam ação de cobrança (na lei 
8666/93). 
 
1. Período da irresponsabilidade o Estado (até 1873) – nesta fase o Estado nunca 
indenizava, ficou conhecida a frase "o rei não erra"; 
2. Período da responsabilidade subjetiva (1873 a 1946)- a partir de um caso concreto, 
em que o Estado foi pela primeira vez a pagar indenização a um particular, vítima da prestação 
do serviço público. A indenização era devida se a vítima comprovasse quatro requisitos: a) 
ato; b) dano; c) nexo; d) culpa ou dolo. O requisito da culpa era fundamental para a 
responsabilização do Estado, sendo exigida falta (falha) na prestação do serviço. Teoria 
civilista. Essa teoria não funcionou muito bem, porque era praticamente impossível comprovar 
a culpa do Estado, e o ônus de provar era do particular; 
3. Período da responsabilidade objetiva (de 1946 até os dias de hoje) – exige a 
comprovação de apenas três requisitos: a) ato; b) dano; c) nexo causal. Tem como fundamento 
a noção de risco. Quem presta serviço público assume o risco dos danos causados. 
Atenção! A partir da CF de 1946 houve um deslocamento do momento de discussão da culpa 
ou dolo. Essa discussão saiu da ação de indenização (vítima x Estado) e foi transferida para a 
ação regressiva (Estado x agente público). Não é totalmente irrelevante. Não é necessário falta 
(erro), somente fato do serviço. 
 
 
Fundamento Constitucional da Responsabilidade do Estado (§6° do art. 37 da CF) 
 
O agente deve estar atuando com status de agente público. Há quem defenda que para 
algumas funções públicas o status de agente público é permanente (policial, promotor de 
justiça, juiz). Pessoas jurídicas de direito público sempre respondem pela teoria objetiva (ex. 
entidades federativas, autarquias e fundações públicas). As pessoas jurídicas de direito privado 
só respondem objetivamente se prestar serviço público, caso contrário respondem pela teoria 
subjetiva (empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações governamentais, 
concessionários e permissionários). Na ação regressiva a responsabilidade do agente depende 
de culpa ou dolo. A responsabilidade pessoal do agente é subjetiva. 
 
 
Risco Integral x Risco Administrativo 
 
Existem no mundo, duas correntes explicativas da responsabilidade objetiva: 
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Risco integral Risco administrativo 
Mais radical Mais moderada 
Mais vantajosa para a vítima Menos vantajosa para a vítima 
Exceção (CF 88) Vale como regra geral no Brasil 
Sem excludentes Três excludentes 
 
 
AGENTES PÚBLICOS 
 
De maneira geral, podemos definir agente público como todo aquele que exerce, ainda 
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou 
qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública. 
 
Os agentes públicos podem ser: políticos, administrativos, honoríficos e delegados. 
 
Agentes Políticos: exercem atribuições constitucionais, ocupam os cargos dos órgãos 
independentes e dos órgãos autônomos.Agentes Administrativos: são os agentes públicos que se vinculam à Administração Pública 
Direta ou às Autarquias por relações profissionais. São funcionários públicos com regime 
jurídico único (estatutários). 
 
Agentes Honoríficos: são os agentes convocados ou nomeados para prestarem serviços de 
natureza transitória, sem vínculo empregatício, e em geral, sem remuneração. 
 
Agentes Delegados: são os particulares que exercem funções delegadas da Administração 
Pública, e que são os serviços concedidos, permitidos e autorizados. 
 
 
BENS PÚBLICOS 
 
São todos aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, podendo 
ser de uso próprio ou por toda a coletividade, e regidos por regime de direito público. 
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Características: 
a) Inalienabilidade (alienabilidade condicionada): em princípio bens públicos não podem ser 
vendidos; 
b) Impenhorabilidade: bens públicos não são sujeitos a constrição judicial (Art. 100 da CF); 
c) Imprescritibilidade: bens públicos não se sujeitam a prescrição. 
 
Categorias de bens públicos: 
a) Bens de uso comum do povo: são aqueles abertos a uma utilização gratuita e universal; 
b) Bens de uso especial: destinação certa; 
c) Bens dominiais ou dominicais: não tem nenhuma utilidade: são bens estaduais, mas 
pertencem a união quando indispensáveis para defesa das fronteiras. 
 
 
FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE 
 
 Em algumas situações o Estado deve intervir na propriedade privada, restringindo seu 
uso, impondo algum dever ao proprietário ou mesmo transferindo-a para seu domínio, por 
razões de interesse público. 
 
 A doutrina aponta como meios de intervenção na propriedade a desapropriação, a 
servidão administrativa, a requisição, a ocupação temporária, o tombamento e a limitação 
administrativa. 
 
Desapropriação: é o ato administrativo unilateral e compulsório do Poder Público, que tem por 
objetivo transferir a propriedade privada para o patrimônio público, seja por interesse social, 
seja por utilidade pública, sempre perseguindo o interesse público mediante justa e prévia 
indenização por dinheiro, salvo nas exceções previstas pela CF/88. 
 
Servidão Administrativa: é ônus real imposto à propriedade privada de sorte a assegurar a 
realização da obra, serviço ou atividade pública, mediante indenização quando for o caso. São 
exemplos de servidão administrativa os aquedutos, as passagens aéreas de fios elétricos, 
fixação de torres para condução de energia elétrica. 
 
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Requisição Administrativa: é ato compulsório e auto-executório do Poder público, com vistas a 
se utilizar da propriedade privada (móvel ou imóvel) ou serviços particulares em razão de 
necessidades urgentes e coletivas, com posterior indenização, se houver dano. Tem previsão no 
artigo 5º, XXV da CF/88. 
 
Ocupação Temporária: implica na utilização da propriedade privada, de forma transitória, 
gratuita ou onerosa, de modo a assegurar a realização de obras, serviços e atividades públicas. 
O fundamento da ocupação temporária é, normalmente a necessidade de local para depósito de 
equipamentos e materiais destinados à realização de obras e serviços públicos. 
 
Tombamento: é o ato administrativo que tem por objetivo proteger o patrimônio em que pese 
um valor histórico, artístico, paisagístico e cultural, dependendo para tanto, da inscrição do bem 
no Livro de Tombo. O tombamento não é indenizável e sujeita o bem a restrições parciais. 
 
Limitação administrativa: é ato unilateral, genérico e não indenizável, em que o poder Público 
condiciona o exercício do direito de propriedade ao bem estar social e coletivo. A limitação 
administrativa é um ato genérico por se dirigir a todos indistintamente. 
 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 Em decorrência da própria noção de Estado Democrático de Direito, a Constituição 
criou alguns mecanismos de controle para a atuação da Administração Pública. 
 
- Quanto à natureza do controlador: 
a) Administrativo: realizado pela própria Administração, normalmente no exercício da 
autotutela. 
b) Legislativo: realizado pelo Poder Legislativo, em alguns casos com auxílio do Tribunal de 
Contas. 
c) Judicial: realizado pelo Poder Judiciário, no tocante à legalidade dos atos praticados. 
 
 
 
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- Quanto à extensão do Controle: 
a) Interno: exercido por órgãos de um poder sobre condutas administrativas produzidas dentro 
da sua esfera. 
b) Externo: quando o órgão fiscalizador se situa fora da estrutura organizacional da 
administração fiscalizada. 
 
- Quanto à natureza do controle: 
a) De legalidade: verifica se a atuação da Administração está de acordo com as previsões 
normativas pertinentes. 
b) De Mérito: Ingressa no mérito administrativo e acaba por avaliar as razões de conveniência e 
oportunidade do ato. 
 
- Quanto à oportunidade: 
a) Prévio: exercido antes da consumação da conduta administrativa. 
b) Concomitante: exercido na medida em que se desenvolve a atuação administrativa. 
c) Posterior: objetiva a revisão dos atos praticados, confirmando-os ou corrigindo-os. 
 
- Quanto à iniciativa: 
a) De Ofício: executado pela própria Administração no exercício de suas funções. 
b) Provocado: deflagrado por terceiro, que postula a revisão de conduta administrativa.

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