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como a educação física escolar pode auxiliar no combate à obesidade infantil

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21
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Nova Iguaçu
2019
Como a educação física escolar pode AUXILIAR NO combate a obesidade infantil
 
FERNANDA DA SILVA CARDOSO
FERNANDA DA SILVA CARDOSO
Como a educação fisica escolar pode auxiliar no combate a obesidade infantil
 
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física.
Orientadores: Irani Silva Filho, Franciele Fernanda Souza Ferreira.
Nova Iguaçu
2019
CARDOSO, Fernanda da Silva. Como a educação física pode auxiliar no combate a obesidade infantil: Projeto de Ensino e Pesquisa em Educação Física. 2019. 18p. Projeto de Ensino (Graduação em Educação Física) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Cidade, 2019.
RESUMO
O sobrepeso e obesidade infantil estão intimamente relacionados ao aumento de comportamentos sedentários frequentes, com a evolução da tecnologia a maior parte do tempo passou a ser utilizado , com a televisão ou jogos de computador, e vídeo game a dificuldade em utilizar espaços públicos em locais de lazer e brincadeiras, ou o pouco tempo do assunto da Educação Física nas escolas. O objetivo geral desta pesquisa é apresentar um estudo sobre a influência da atividade física escolar no combate a obesidade infantil. Os objetivos específicos são: apresentar um estudo sobre a obesidade infantil; descrever como está inserida a educação física escolar nos parâmetros curriculares nacionais e identificar os benefícios das atividades físicas para os educandos, e esclarecer a importância da educação física escolar nas primeiras fazes infantis, integrar os responsáveis e familiares ao âmbito escolar. Observou-se que há um baixo nível de condição física entre os estudantes em geral, além de um desequilíbrio relacionado à alimentação e nutrição, que está associado aos problemas de saúde da criança. É proposto um plano de ação imediato com o objetivo de reduzir maus hábitos físicos e alimentares que existem na comunidade educacional e na vida cotidiana. A proposta é um projeto em que através das aulas de educação física, oficinas e feiras culturais, possam vir resgatar e incentivar bons hábitos físico-esportivos e nutricionais nos alunos, e responsáveis com o objetivo de melhorar sua saúde e assim evitar problemas metabólicos. Uma ação conjunta e interdisciplinar pode alcançar avanços significativos em aspectos como melhorar as opções de alimentos saudáveis nos refeitórios dos institutos ou nas cantinas escolares, estimular os alunos a irem para as aulas caminhando ou de bicicleta, facilitar o uso das Instalações esportivas durante os intervalos ou à tarde, oferecer atividades extracurriculares que promovem lazer ativo, etc. É preciso ampliar a capacidade dos alunos para atuar e o da comunidade educacional para influenciar os fatores determinantes no aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade.
Palavras-chave: Educação Física. Obesidade. Obesidade Infantil.
Nova Iguaçu
2019
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	5
1.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA	5
1.2 JUSTIFICATIVA	5
1.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA	6
1.4 PROBLEMATIZAÇÃO	6
1.5 OBJETIVOS	6
2	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	7
2.1 OBESIDADE INFANTIL	8
2.2 EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA	11
2.3 EDUCAÇÃO FÍSICA NO COMBATE A OBESIDADE	12
3	METODOLOGIA	14
3.1 OBJETIVOS E PROPÓSITOS DESTE PROJETO	14
3.2 PROJETO:	15
4	CRONOGRAMA	17
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	17
6 REFERÊNCIAS	18
		
	
INTRODUÇÃO
Segundo a organização mundial de saúde a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo , e no Brasil a obesidade vem crescendo cada vez mais, alguns levantamentos apontam que mais de 50% da população está acima do peso, e um resultado alarmante obtido no último levantamento oficial feito pelo IBGE entre 2008 / 2009 é de que 15% dessa população é infantil.
Neste projeto iremos abordar um dos maiores problemas relacionado a saúde pública do mundo: a obesidade, iremos esclarecer quais são os motivos que levam a esse problema, as consequências que trazem a nossa saúde, e porque essa doença está afetando cada vez mais a população infantil.
Iremos refletir sobre a importância da educação física no âmbito escolar, e como ela pode contribuir para conscientização por parte dos alunos e responsáveis sobre a prática de atividades físicas, visando a saúde e a qualidade de vida.
Trabalharemos no resgate aos costumes culturais relacionados a jogos, brinquedos e brincadeiras, pois as atividades lúdicas além de estimular as habilidades motoras, exercita a habilidade mental, a imaginação, a socialização entre os colegas, de uma maneira agradável e eficiente, mantendo as crianças fisicamente ativas, auxiliando assim o combate a obesidade infantil, e explorando ao máximo os princípios da multilateralidade.
1.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA
Como a educação física escolar pode auxiliar no combate contra obesidade infantil:
1.2 JUSTIFICATIVA
O sobrepeso e obesidade na grande maioria dos casos estão associados a uma vida sedentária, e a maus hábitos alimentares. Com o grande avanço tecnológico, o aumento das vias públicas, o consumo de alimentos industrializados com grandes proporções de gorduras e carboidratos, os problemas socioculturais enfrentado no país como violências e criminalidades impedindo que as crianças brinquem nas ruas, só fazem esse quadro aumentar cada vez mais. A causa primaria da obesidade está relacionada ao evidente desequilíbrio ocorrido entre a ingestão alimentar e o gasto energético, o que resulta de elevado consumo calórico e pouca atividade física (MEIRELLES; GOMES, 2004).
O sedentarismo está associado a doenças crônicas, hipertensão, aumento do colesterol, diabetes, doenças respiratórias, distúrbios cardíacos, e obesidades, além dos distúrbios psíquicos, como: ansiedade, depressão, problema de autoestima, aumentando a dificuldade de realizar atividades físicas e promovendo a discriminação entre outras crianças. Tradicionalmente, essas doenças ocorrem apenas em adultos, mas a obesidade em crianças vem aumentando e faz com que elas acrescentem 30 anos à sua saúde vascular. Um peso significativamente maior do que o ideal favorece o estreitamento das vias circulatórias e, consequentemente, o coração tem que fazer um esforço maior para bombear o sangue por todo o corpo. Além disso, esse excesso de peso é geralmente acompanhado por fatores envolvidos no aumento do risco cardiovascular, como a diminuição do HDL-colesterol (bom colesterol) ou o aumento da glicose, colesterol total, triglicérides e até mesmo o perímetro abdominal (TRIANI et al., 2016; VIEIRA, 2016; OLIVEIRA, COSTA, 2016).
1.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA
Ensino Básico.
1.4 PROBLEMATIZAÇÃO
Como a educação física escolar pode influenciar a mudança nos hábitos infantis?
1.5 OBJETIVOS
O objetivo geral desta pesquisa é apresentar um estudo sobre a influência da educação física escolar no combate a obesidade infantil.
Os objetivos específicos são:
Apresentar um estudo sobre a obesidade infantil.
Descrever como foi inserida a educação física escolar nos parâmetros curriculares nacionais,
A conscientização dos pais e responsáveis sobre a importância da educação física escolar nas fases iniciais da infância, esclarecendo os benefícios das atividades físicas para os educandos.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
É de extrema importância que as crianças resgatem praticas culturais, como as brincadeiras de ruas, brincadeiras e costumes que eram passadas de pais para filhos, e que as mantinham fisicamente ativas durante todo o processo de crescimento, essas atividades não influenciam apenas na manutenção do peso ou do desenvolvimento muscular, mas tambémé considerado um estímulo para o bom funcionamento dos nossos órgãos. Os exercícios de psicomotricidade, por exemplo, quando realizados adequadamente desde os primeiros meses de vida, são um grande estímulo para o desenvolvimento das funções cerebrais. E o que é mais importante, infância e adolescência são os períodos ideais para introduzir os hábitos de aprendizagem que serão mais produtivos e saudáveis durante a vida adulta. Estudos apontam que quanto mais cedo a atividade física for incorporada como um hábito na infância, maior a probabilidade de permanecer na idade adulta (VIEIRA, 2016).
Segundo a OMS, sobrepeso e obesidade são definidos como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura que pode ser prejudicial à saúde. O índice de massa corporal (IMC) é um indicador simples da relação entre peso e altura que é frequentemente usado para identificar sobrepeso e obesidade em adultos. Calcula-se dividindo o peso de uma pessoa em quilos pelo quadrado do seu tamanho em metros (kg / m2). A definição da OMS é a seguinte (TRIANI et al., 2016):
- Um IMC igual ou maior que 25 determina excesso de peso.
- Um IMC igual ou maior que 30 determina obesidade.
O IMC fornece a medida mais útil de sobrepeso e obesidade na população, uma vez que é o mesmo para ambos os sexos e para adultos de todas as idades. No entanto, deve ser considerado como uma indicação porque pode não corresponder ao mesmo nível de espessura em pessoas diferentes (OLIVEIRA, COSTA, 2016).
A atividade física nada mais é do que qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que requerem gasto de energia (OMS). Destaca-se, ainda, que isso não deve ser confundido com o "exercício", pois trata-se de uma variedade de atividade física planejada, estruturada, repetitiva e realizada com um objetivo relacionado à melhoria ou manutenção de um ou mais componentes da aptidão física. A atividade física inclui exercício, mas também outras atividades que envolvem o movimento do corpo e são realizadas como parte dos momentos de brincadeira, trabalho, formas ativas de transporte, tarefas domésticas e atividades recreativas (OLIVEIRA, COSTA, 2016).
Sendo assim , o que diferencia a atividade física do exercício físico é que :, a atividade física está relacionada a todos os movimento que faz com que o ser humano saia do estado de inercia , que envolve o deslocamento dos diversos componentes do corpo e gasto energético que pode ser feito durante a vida diária, como ocupação, distração, exercício e esporte. O exercício, por outro lado, é um tipo de atividade física, planejada e estruturada, na qual o homem participa com o objetivo estabelecido de melhorar algumas de suas qualidades físicas, como força, potência, velocidade, resistência aeróbica, entre outras. Os esportes, é a atividade física organizada em ligas com competição individual ou em grupo (TRIANI et al., 2016).
Além de combater a obesidade, o exercício físico ajuda a preservar as funções cognitivas e sensoriais em melhores condições, bem como suas habilidades físicas e em relação ao conteúdo emocional, a ideia central é que o aluno voluntariamente opte por sentir amor pela execução de exercícios para dar, conhecer suas conquistas ou dificuldades. Educação física são todas as atividades em que algo é ensinado, aprendido ou adquirido intencionalmente por meio de movimento, mudanças ou melhorias nas habilidades, habilidades, afetos ou motivações e conhecimentos são vistos, existem diferentes formas e maneiras de alcançar um objetivo, mas é preciso também respeitar as suas capacidades e limitações, a educação física, é fundamentalmente orientada para o desenvolvimento integral do aluno (VIEIRA, 2017; OLIVEIRA, COSTA, 2016).
2.1 OBESIDADE INFANTIL
Segundo a Organização Mundial de Saúde (1998), a obesidade é uma doença na qual o acúmulo de gordura corporal se instala de tal modo que a saúde pode ser afetada, indicando a preocupação desta entidade com as possíveis sequelas do excesso tecido adiposo no organismo (BRASIL, 1998).
A literatura aponta que a obesidade, além de ser conceituada como doença, é fator de risco importante para diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, infarto do miocárdio entre outros (PEREIRA e LOPES, 2012).
Conteúdos literários expõe que a obesidade pode ser decomposta em obesidade de origem exógena e endógena. A obesidade exógena pode trazer o desequilíbrio entre ingestão e gasto calórico, devendo ser manejada com orientação alimentar, especialmente mudanças de hábitos e otimização da atividade física (MELLO et al, 2004).
Sigulem et al. (2000), narra a obesidade de agente nutricional, o autor denomina sendo ela simples ou exógena, que representa o tipo mais comum de obesidade ou seja (mais de 95%). A forma generalizada, sem distribuição regional preferente segundo o autor é a mais comum nas crianças e nos adolescentes.
As síndromes genéticas e as alterações endocrinológicas são responsáveis por apenas 1% dos casos em geral, de obesidade endógena. Os 99% restante são considerados de causa exógena (DAMIANI, 2000).
A importância da genética na etiologia da obesidade também tem sido foco de pesquisa em todo o mundo. No entanto existem poucas evidências sugerindo que algumas populações são mais susceptíveis a obesidade por motivos genéticos, além disso, o substancial aumento na prevalência da obesidade observado nos últimos 20 anos, não pode ser justificado por alterações genéticas, o fato deve ser mais pelos fatores ambientais (APARÍCIO et al, 2011).
Sabe-se que existem diferentes causas que desenvolvem a obesidade, entre eles, os aspectos bioquímicos, genéticos, fatores psicológicos, fatores fisiológicos e ambientais (PEREIRA; LOPES, 2012).
Achados na literatura comprovam evidências sugerindo que a prevalência do sobrepeso e da obesidade na faixa pediátrica tem aumentado significativamente, apontando para uma epidemia mundial. Segundo os autores este fato é preocupante, uma vez que as alterações metabólicas e consequências oriundas da obesidade eram evidentes apenas em adultos (MISSAGIA, 2012).
A ideia de multicausalidade, proposta frequentemente como modelo explicativo de doenças, reflete a contradição das diversas formulações disciplinares sobre um mesmo evento. Apesar da multicausalidade teórica, geralmente os modelos de causalidade linear predominam na prática. Pesquisa feita por Oliveira e Costa (2016) descreve e aplica a causalidade principalmente a fatores comportamentais como o padrão alimentar e o sedentarismo que determinam o balanço energético positivo. De acordo com o autor a preocupação refere-se à distribuição da obesidade na população infantil e seus determinantes (OLIVEIRA, COSTA, 2016).
Para Duchesne (1998,p.291) : “A obesidade resulta de uma complexa interação de variáveis biológicas , comportamentais ,cognitivas ,familiares ,culturais e econômicas que influenciam seu desenvolvimento e manutenção” 
Estudos apontam uma grande proporção em novos casos de sobre peso e obesidade em crianças e adolescentes escolares , Almeida (2009) indica que uma pesquisa realizada com 511 crianças entre 7 e 10 anos no estado do Paraná apontou um percentual de 17% de obesos para meninos e 9,5%, expondo ainda que a baixa frequência da pratica de atividades físicas foi apresentada como um dos indicadores determinantes para o resultado encontrado.
A inatividade física, juntamente com o mau habito alimentar resultam esses percentuais, a facilidade em adquirir alimentos, o aumento dos “fast food”, e os alimentos industrializados que facilitam no preparo dos alimentos tornando-o mais rápido e prático.
Os familiares são os principais responsáveis por esses quadros alarmantes, tendo em vista que é a família da criança que prepara sua comida.
A família também como sendo a responsável pelo manejo psicológico quando a criança se depara com alguma situação que lhe cause angústia. O autor traz alguns exemplos como o nascimento de outro filho e os pais não consegue envolver o filho mais velho, ou também, uma grave doença na família, dealguém bem próximo da criança. Nesse tipo de situação, a criança poderá resolver sua angústia com a comida, mas geralmente tende a diminuir a quantidade quando o problema for solucionado. A chance de a criança se tornar um adulto obeso é de 4:1 quando a obesidade não é corrigida até a idade de 12 anos, se a obesidade persistir por toda a adolescência, a chance será de 28:1. Tanto no período de início da obesidade infantil, quanto o tempo de permanência da obesidade, aumentam o risco dessa criança de desenvolver obesidade na fase adulta (VIEIRA, 2016).
2.2 EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA
Após a mudança na lei de diretrizes e bases da educação brasileira, a educação física deixa de ter uma visão tecnicista e passa a ter um conceito educacional, tendo como base parâmetros curriculares, devendo está adequada a proposta pedagógica da escola, adequando seus saberes com o nível de desenvolvimento (cognitivo) dos estudantes.
 Essa mudança é bastante nova tendo em vista que a penúltima lei regente era : Art.7 da lei de diretrizes e bases de 1971-lei5692/71- ( Brasil) Será obrigatória a inclusão de Educação Moral e Cívica , educação física , Educação artística e programa de saúde nos currículos plenos dos estabelecimentos de 1 e 2 graus ,observado quanto a primeira o disposto no decreto-lei n.369, de 12 de setembro de 1969.
 com esse decreto a educação física passou ter obrigatoriedade nas instituições de ensino , porem manteve o mesmo padrão tecnicista , que segundo Ghiraldelli Júnior (1998) instalou-se no Brasil a partir de 1965 , seguindo a mesma lógica militarista nos anos trinta e quarenta (para alcançar o desejado sucesso esportivo é necessário ter saúde e disciplina ).devemos ressaltar que após a mudança na LDBEN a educação física passa a ser vista com outros parâmetros.
 
O ambiente escolar é o local de grande importância para o desenvolvimento da criança isso, porque fornece uma série de mecanismos essenciais que estarão atuando na formação moral, ética, intelectual, promovendo a interação entre os indivíduos e, com isso, os preparando para o convívio social (SILVA, 2014).
A educação fundamental é dever do Estado, e como tal deve ser oferecida de forma gratuita e obrigatória a toda a população, inclusive para os que a ela não tiveram acesso na idade adequada. O objetivo geral da educação fundamental é estabelecer as capacidades relativas aos aspectos cognitivo, afetivo, físico, ético, estético, de atuação e de inserção social, de forma a expressar a formação básica necessária para o exercício da cidadania (BRASIL, 1997). 
Art.29 da lei de Diretrizes e Bases – Lei 9394/96: A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL,1996).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) prevê que os currículos da educação infantil e fundamental possuam uma base nacional comum a ser continuamente complementada e revista em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida por características regionais e locais (BRASIL, 1996).
O objetivo das bases curriculares é difundir os princípios da reforma curricular e orientar os professores na busca de novas abordagens e metodologias. Essa nova proposta apresentada aos educadores brasileiros é descrita nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para educação fundamental. Tais Parâmetros estimulam a compreensão de que a escola é um produto de construção coletiva, bem como orientam o estabelecimento de práticas escolares que levam em conta questões de tratamento didático por área e por ciclo, das quais surge a ideia de tratamentos de conteúdos de modo interdisciplinar, distribuídos em assuntos trabalhados por temas transversais. (BRASIL, 1997).
2.3 EDUCAÇÃO FÍSICA NO COMBATE A OBESIDADE
Após a promulgação da LDBEN nº9.394/96 a educação física passa a ser uma disciplina curricular, sendo assim o governo federal, por meio do ministério da educação e cultura produziu um documento oficial chamado: referencial curricular Nacional para a educação infantil (RCNEI) ele apresenta sugestões e reflexões para os professores. Esse documento ressalta que o movimento é inato no ser humano; relata que a criança , já ao nascer ,apresenta movimentos , sendo assim o professor de educação física não irá ensinar o movimento para seus estudantes como muitos acreditam, mas sim possibilitar aos estudantes a compreensão deste movimentar , mesmo nos diferentes níveis de desenvolvimento em que se encontram as crianças da educação infantil.
A atividade física baseada em uma intervenção na escola é observada como melhorando o desempenho cognitivo e escolar, portanto, a atividade física pode beneficiar crianças com sobrepeso e obesidade, independentemente da perda de peso (TEIXEIRA, DESTRO, 2010).
A atividade física reduz o risco de doença cardíaca coronariana e acidentes cardiovasculares, diabetes tipo II, câncer de cólon, mama e depressão, além de ajudar a alcançar um equilíbrio de energia e controle de peso, ajudando a prevenir a obesidade e o excesso de peso. O educador deve enfatizar o princípio de conscientização com seus educandos, pois quando as atividades são realizadas conscientemente sabendo o porquê e para que de sua realização adquiri se mais resultados positivos , a conscientização também deve ser feita com os pais ,e responsáveis dos educandos pois : Crianças com pais ativos são mais propensas a serem ativas (ARAGÃO, 2015).
Motivação é o processo de iniciar, orientar e manter comportamentos que visam alcançar um objetivo ou satisfazer algumas necessidades. A atividade física com brincadeiras proporciona à criança felicidade e distração, as crianças não instituem exercícios para prevenir a morbimortalidade, o resultado do exercício físico e do esporte será a motivação.
O mais importante para a criança fazer atividade física é a percepção de competência e diversão. Além de promover os princípios de modelagem, reforço e autodeterminação. Essas são as chaves para iniciar um programa de atividade física e alcançar a sustentabilidade e a continuidade do exercício em crianças obesas (TEIXEIRA, DESTRO, 2010).
A prática regular de exercício físico leva a um efeito agradável e viciante. O compromisso determina a continuação da participação em uma atividade física. Assim como são: o gozo da prática de exercício físico regular, práticas alternativas, restrições sociais, conquistas ou benefícios alcançados pela criança como resultado da prática continuada do exercício físico (ARAÚJO, 2010).
A atitude positiva em relação à prática de exercício físico regular pelos pais para incentivar o interesse de seus filhos. 76% dos jovens cujos pais praticam exercício físico realizam algum tipo de esporte pelo menos uma ou duas vezes por semana (ARAGÃO, 2015).
A fim de resolver esta situação educacional existente no Brasil, é necessário criar programas educacionais que possam responder tanto ao escopo legal e aos interesses, necessidades e demandas dos estudantes. Tendo como base à programação didática ao documento que serve de referência ao professor para o trabalho durante o ano letivo de acordo com o nível. É, portanto, um ótimo instrumento para orientar e ajudar o professor na aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, evitando assim a improvisação.
METODOLOGIA
 Trata-se de uma pesquisa bibliográfica exploratória, os materiais utilizados na pesquisa foram: livros, revistas acadêmicas, textos, e artigos, adquiridos em sites de buscas cientificas, como Google Acadêmico. Esse projeto diz respeito aos “(...)procedimentos que os professores utilizarão para facilitar o processo de aprendizagem” (GIL, 2012, p. 38). E também sobre a importância da educação física escolar, visando a conscientização, a saúde, e o desenvolvimento psicomotor dos alunos. 
3.1 OBJETIVOS E PROPÓSITOS DESTE PROJETO
Propõe-se um plano de ação imediato com oobjetivo de reduzir hábitos não saudáveis existentes na comunidade educacional e na vida cotidiana. A proposta é um projeto em que através das aulas de educação física, e atividades interdisciplinares, os educandos e seus responsáveis passam a ter consciência sobre a importância de manter hábitos saudáveis constantemente, buscando melhorar sua saúde e assim evitar problemas metabólicos.
Feiras culturais apresentadas pelos educandos, e abertas ao público, serão realizadas no final de cada bimestre do ano letivo. Este projeto estará focado em resgatar costumes culturais relacionados a jogos, brinquedos, e brincadeiras regionais, que são denominados vulgarmente por brincadeiras de rua, esclarecer, e ampliar o conhecimento dos responsáveis e familiares sobre a importância da educação física escolar, a prevenção, e o tratamento do excesso de peso, e a obesidade.
3.1PROJETO:
A proposta na prática do projeto será realizada em 4 fases: conhecimento, aprendizado, prática e compromisso.
1ª Fase:
Durante o primeiro bimestre do curso, será feito uma pesquisa qualitativa, onde os educandos deverá fazer uma pesquisar em casa sobre jogos, brinquedos, e brincadeiras de costumes antigos, trazer para a aula de educação física uma série de dados sobre os seus conhecimentos adquiridos, para que no fim do projeto possa verificar, se estes mesmos costumes foram integrados no âmbito escolar conciliando o conhecimento empírico e científico.
 Pesquisa qualitativa, conhecer os valores e os costumes culturais, relacionados a jogos e brincadeiras. 
 Estudar as possibilidades cinéticas do corpo tendo como fonte de estudo os jogos e brincadeiras abordados nas pesquisas feitas, medir a frequência cardíaca, o IMC e testar as condições cardiorrespiratória e motora dos alunos.
 identificar e executar os diferentes movimentos coordenativos estudados.
Explorar ao máximo o desenvolvimento múltiplo de lateralidade
1.Tema da feira cultural: O resgate dos bons costumes.
2ª Fase:
Acontecerá no segundo bimestre com o objetivo de esclarecer os benefícios físicos e psíquico, que as atividades e exercícios físicos proporcionam para o ser humano, inclusive em sua fase adulta.
UNIDADE DIDÁTICA: Jogos, Brinquedos e Brincadeiras:
 fatores escolares: socialização em grupo, aumento da frequência nas aulas, redução de distúrbios de comportamentos.
 fatores psicológicos: aumento da autoestima, diminuição da depressão, aumento do bem-estar.
fatores biológicos: diminuição da pressão arterial, controle do peso corporal, bom desenvolvimento das capacidades motoras.
 Treinamento funcional: realize uma série de exercícios onde os alunos explorem ao máximo sua motricidade, e consigam associar os exercícios abordados aos jogos e brincadeiras.
2. Tema da feira cultural: Trazendo para dentro da escola os bons costumes
3º fase:
Acontecerá no terceiro bimestre, será abordado o papel da escola na luta contra a obesidade infantil.
 Conhecimento e compreensão dos fatores que levam a obesidade infantil.
 Conscientização nutricional, abordagem interdisciplinar buscando a melhora da merenda escolar
Medir, testar, avaliar. Medir a frequência cardíaca, o IMC, testar as condições cardiorrespiratória e motora dos alunos, para avaliar se houve resposta durante, e após o projeto.
 3. Tema da feira cultural: Educação física escolar e saúde.
Atividade Extracurricular:
2 dias de atividade física no ambiente natural, com o objetivo de conhecer as atividades que podem ser realizadas no ambiente natural e incentivar sua participação. Neste será realizado: Um dia de trilha, onde acontecerá uma caminhada indo de encontro a praia, será realizado um circuito psicomotor na areia da praia. E no dia seguinte terá corridas no campo, e um passeio de bicicleta. À noite haverá alguns festivais onde haverá gincanas de jogos e prêmios.
Hábitos alimentares:
Os hábitos alimentares serão controlados através do caderno de pontos positivos, este será composto por aqueles alunos que trazem frutas e lanches saudáveis para as aulas de educação física, terão um incentivo para as notas. Com o objetivo de incentivar uma boa alimentação evitando alimentos industrializados.
4º Fase:
A avaliação do projeto será feita através de uma pesquisa qualitativa, por meio de uma entrevista com os alunos, onde será avaliado quais foram os conhecimentos adquiridos durante o projeto, também será feito uma pesquisa quantitativa, onde será coletado dados referente ao IMC, a frequência cardíaca, as condições cardiorrespiratórias, e motora dos alunos, para que se possa comparar os resultados adquiridos durante todos os bimestres, e se houve um resultado satisfatório após o projeto.
CRONOGRAMA
	1ª Fase
	1º Bimestre 
	2ª Fase
	2º Bimestre 
	3ª Fase
	3º Bimestre 
	4ª Fase
	4º Bimestre 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A obesidade infantil é uma doença alarmante na atualidade da sociedade, e através deste trabalho ficou comprovado que há um grande percentual de crianças com sobrepeso e obesidade em nosso país. Por esse motivo deve-se intervir imediatamente nos hábitos alimentares e físicos desde a infância, já que o risco da criança obesa continuar sofrendo com a obesidade na fase adulta é muito grande, além de sofrer com doenças relacionada a obesidade, problemas cardiovasculares, diabetes, entre outros.
Algumas das soluções para combater este problema social, é lutar contra maus hábitos alimentares e resgatar práticas culturais e coletivas, o papel do professor de educação física será trazer para dentro da escola esses costumes e trabalhar de forma dinâmica e estruturada, estabelecendo o conhecimento científico que envolve esses costumes.
Como vimos anteriormente, as causas desta doença são devidas a mudanças em nossa sociedade, onde o estilo de vida sedentário aumentou (vamos a todos os locais de carro, não se passa horas cozinhando, mas compra-se fast-food de alto teor calórico e mais a atividade física é inexistente desde que passamos horas e horas em frente à televisão, computador ou consoles).
Uma ação conjunta pode alcançar avanços significativos em aspectos como dar opções de alimentos mais saudável nos refeitórios dos institutos ou nas cantinas escolares, estimular os alunos a irem para a escola caminhando ou de bicicleta, facilitar o uso das Instalações esportivas durante os intervalos ou à tarde, oferecer atividades extracurriculares que promovem lazer ativo, etc. Essas iniciativas devem partir do próprio centro educacional e projetar-se em direção aos ambientes adjacentes. As possibilidades são muitas, mas há um longo caminho a percorrer na criação de ambientes que contribuam para a saúde e promovam a facilidade de escolher opções de vida mais saudáveis. É preciso ampliar a capacidade dos alunos para atuar e o da comunidade educacional para influenciar os fatores determinantes que prevaleça a luta contra o sobrepeso e a obesidade infantil.
Finalmente, através dessa pesquisa eu pude ampliar os meus conhecimentos sobre a obesidade infantil e concretizar conceitos para o combate a obesidade infantil, esse trabalho poderá ser o ponto de partida para futuros projetos de curto prazo.
6 REFERÊNCIAS
CALDEIRA, ALEXANDRE SCHUBERT. SERON, BRUNA BARBOZA. Educação Física Escolar e Saúde. Londrina, p. 10-21, 42-43, 77-78, 174-181, 2015.
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ARAGÃO, Camila da Silva. A prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares da cidade de Rio Branco-AC e a importância da Educação Física escolar desta epidemia. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 9, n. 53, p. 170-175, 2015.
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