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Livro de Contabilidade Comercial KLS UNopar

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ISBN 978-85-87686-66-4
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9 788587 686664
ISBN 978-85-87686-66-4
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9 788587 686664
ISBN 978-85-87686-66-4
Fábio Rogério Proença
Contabilidade comercial
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Proença, Fábio Rogério 
P962c Contabilidade Comercial/ Fábio Rogério Proença – 
Londrina: UNOPAR, 2014. 
256 p.
 ISBN 978-85-87686-66-4
1. Comercio. 2. Financeiro. I Título.
CDD 657.839
© 2014 by Unopar 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação 
poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo 
ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, 
gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, 
sem prévia autorização, por escrito, da Unopar.
Diretor editorial e de conteúdo: Roger Trimer
Gerente de produção editorial: Kelly Tavares
Supervisora de produção editorial: Silvana Afonso
Coordenador de produção editorial: Sérgio Nascimento
Editor: Casa de Ideias
Editor assistente: Luciane Gomide
Revisão: Carla Martins
Capa: Solange Rennó
Diagramação: Casa de Ideias
89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:18 - January 31, 2014 - PG-4
Sumário
Unidade 1 | Introdução à contabilidade comercial
Seção 1 - Noções de comércio e instituições comerciais 
1.1 | Atividade comercial
 1.1.1 | Comércio e instituições comerciais
 1.1.1.1 | Origens históricas do comércio
1.2 | Tipos de sociedade empresária
 1.2.1 | Constituições de empresas
1.3 | Contabilidade comercial 
 1.3.1 | Contabilidade como profissão
 1.3.2 | Funções e conceitos da contabilidade comercial
 1.3.3 | Campo de aplicação da contabilidade
 1.3.4 | Usuários da contabilidade
1.4 | Princípios, convenções e normas de contabilidade
 1.4.1 | Princípios contábeis
 1.4.2 | Convenções contábeis
 1.4.3 | Normas brasileiras de contabilidade
 1.4.4 | Comitê de pronunciamentos contábeis
Seção 2 - Escrituração contábil 
2.1 | Fatos contábeis
 2.1.1 | Fatos permutativos/variações qualitativas
 2.1.2 | Fatos permutativos/variações quantitativas
 2.1.3 | Fatos mistos/variações mistas
2.2 | Métodos e critérios de escrituração
 2.2.1 | Documentação contábil
 2.2.2 | Contas contábeis
2.3 | Reconhecimento dos elementos patrimoniais e de resultado
 2.3.1 | Ativos
 2.3.2 | Passivos
 2.3.3 | Patrimônio líquido
 2.3.4 | Receitas e despesas
2.4 | Reconhecimento dos elementos das demonstrações contábeis
 2.4.1 | Reconhecimento de ativos
 2.4.2 | Reconhecimento de passivos
 2.4.3 | Reconhecimento de receitas
 2.4.4 | Reconhecimento de despesas
2.5 | Erros de escrituração
2.6 | Escrituração de matriz e filial
11
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Unidade 2 | Plano de contas e estática patrimonial
Seção 1 - Plano de contas 
1.1 | Plano de contas
1.2 | Sped contábil
Seção 2 - Estática patrimonial 
2.1 | Conceito de patrimônio
 2.1.1 | Conceito econômico de bens
 2.1.2 | Conceito contábil de bens
 2.1.3 | Conceito jurídico de bens
 2.1.4 | Classificação dos bens quanto à natureza
 2.1.5 | Classificação dos bens quanto à disposição
57
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2.2 | Equação do patrimônio
2.3 | Ativo não circulante
 2.3.1 | Realizável em longo prazo
 2.3.2 | Investimentos
 2.3.3 | Imobilizado
 2.3.4 | Intangível
 2.3.5 | Depreciação
 2.3.6 | Amortização
 2.3.7 | Exaustão
2.4 | Capital
 2.4.1 | Capital do ponto de vista contábil
 2.4.2 | Subscrição do capital
 2.4.3 | Capital social não subscrito
 2.4.4 | Capital social integralizado
2.5 | Livro diário
2.6 | Livro-razão
2.7 | Balancete de verificação
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76
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Unidade 3 | Operações com mercadorias 
Seção 1 - Aspectos tributários 
1.1 | Legislação tributária
 1.1.1 | Tipos de tributos
1.2 | Tributos com características fiscais
 1.2.1 | Impostos
 1.2.2 | Taxas
 1.2.3 | Contribuição de melhoria
1.3 | Classificação econômica dos tributos
 1.3.1 | Tributos Diretos
 1.3.2 | Tributos Indiretos
1.4 | Classificações dos impostos segundo a esfera de competência
 1.4.1 | Impostos da Competência da União
 1.4.2 | Impostos da Competência dos Estados e Distrito Federal
 1.4.3 | Impostos da Competência dos Municípios
1.5 | Impostos incidentes sobre o faturamento
 1.5.1 | Cofins
 1.5.2 | PIS
 1.5.2.1 | Créditos do PIS/Pasep Não Cumulativo
 1.5.2.2 | Crédito Sobre o Valor dos Bens Adquiridos para Revenda
 1.5.2.3 | Crédito Sobre o Valor de Bens e Serviços Utilizados como Insumo
 1.5.2.4 | Crédito Sobre o Valor da Energia Elétrica Consumida
1.5.2.5 | Crédito Sobre o Valor de Aluguéis de Prédios, Máquinas e 
Equipamentos
 1.5.2.6 | Crédito Sobre o Valor de Despesas de Empréstimos e 
Financiamentos
 1.5.2.7 | Crédito Sobre o Valor de Encargos de Depreciação e Amortização
 1.5.2.8 | Crédito Sobre o Valor de Encargos de Bens Recebidos em 
Devolução
 1.5.2.9 | Crédito Sobre o Valor de Armazenagem de Mercadoria e Frete
 1.5.2.10 | Contabilização do PIS/Pasep Não Cumulativo
 1.5.3 | ICMS
Seção 2 - Operações com mercadorias
2.1 | Operações do comprador 
 2.1.1 | Compras de mercadorias
 2.1.2 | Fretes sobre compras
 2.1.3 | Bonificações de mercadorias recebidas
 2.1.4 | Abatimentos sobre compras
 2.1.5 | Devoluções de compras
 2.1.6 | Descontos financeiros obtidos
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 2.1.7 | Adiantamento ao fornecedor
 2.1.8 | Descontos incondicionais obtidos
2.2 | Operações do vendedor 
 2.2.1 | Vendas de mercadorias
 2.2.2 | Fretes sobre vendas
 2.2.3 | Vendas por cartão de crédito
 2.2.4 | Descontos incondicionais concedidos
 2.2.5 | Vendas canceladas ou devolução de venda
 2.2.6 | Adiantamentos recebidos de clientes
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141
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Unidade 4 | Estoque, CMV e folha de pagamento
Seção 1 - Estoque e CMV 
1.1 | Estoque e CMV 
 1.1.1 | Estoques
 1.1.1.1 | Itens de estoques
 1.1.1.2 | Tratamento contábil
 1.1.1.3 | Mensuração dos estoques
 1.1.1.4 | Critério de valorização dos estoques
 1.1.1.5 | Reconhecimento no resultado
 1.1.1.6 | Divulgação
1.2 | Provisão para ajuste do estoque ao valor de mercado
1.3 | Provisão para perdas em estoques
1.4 | ICMS nos estoques 
 1.4.1 | Conta-corrente do ICMS
 1.4.2 | Contas ICMS a recuperar e ICMS a recolher
1.5 | Controle de estoques 
 1.5.1 | Inventário periódico
 1.5.1.1 | Mercadoria conta desdobrada
 1.5.2 | Inventário permanente
1.6 | Inventário permanente e avaliação dos estoques 
 1.6.1 | PEPS – primeiro que entra primeiro que sai
 1.6.2 | Custo médio ponderado móvel
 1.6.3 | UEPS – último que entra primeiro que sai
 1.6.4 | Custo específico
 1.6.5 | Fichas de controles de estoques
1.7 | Custo das mercadorias vendidas
1.8 | Resultado com mercadorias (RCM)
Seção 2 - Folha de pagamento 
2.1 | Legislação trabalhista
 2.1.1 | Pagamento
 2.1.2 | Remuneração e salário
 2.1.3 | Comissões e percentagens
 2.1.4 | Repouso semanal remunerado
 2.1.5 | Gratificações
 2.1.6 | Adicionais
 2.1.7 | Adiantamento salarial
 2.1.8 | Parcelas excluídas do salário
 2.1.9 | Descontos nos salários
 2.1.10 | Contribuição sindical
 2.1.11 | Contribuição confederativa
 2.1.12 | Contribuição assistencial
 2.1.13 | Contribuição à previdênciasocial
 2.1.14 | Alimentação, cesta básica e habitação
 2.1.15 | Habitação
 2.1.16 | Contribuições sociais
 2.1.17 | FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
 2.1.18 | Retirada pró-labore
 2.1.19 | Férias
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163
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194
194
195
 2.1.20 | Abono de férias
 2.1.21 | 1/3 das férias
 2.1.22 | 13º salário – gratificação de Natal
2.2 | Contabilização da folha de pagamento
 2.2.1 | Adiantamentos de salários
 2.2.2 | Vale-transporte
 2.2.3 | INSS
 2.2.4 | Provisão para férias
 2.2.5 | Provisão para 13º salário
 2.2.6 | Exemplo prático completo
195
196
196
197
198
198
199
201
202
204
Unidade 5 | Registro dos contábeis
Seção 1 - Operações financeiras
1.1 | Operações financeiras
 1.1.1 Empréstimos
 1.1.1.1 | Incidência de juros e demais encargos financeiros
 1.1.1.2 | Empréstimos pós-fixado
 1.1.1.3 | Empréstimo pré-fixado
1.2 | Aplicações financeiras 
 1.2.1 | Aplicação financeira de renda fixa
 1.2.2 | Aplicação financeira de renda variável
1.3 | Operações com duplicatas 
 1.3.1 | Desconto de duplicatas
 1.3.2 | Duplicatas em cobrança simples
1.4 | Descontos financeiros 
1.5 | Juros financeiros
Seção 2 - Outras escriturações 
2.1 | Prêmio de seguros a apropriar
2.2 | Arrendamento mercantil — leasing
2.3 | Consórcios
2.4 | Parcelamento de débito
213
216
216
216
216
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218
219
219
220
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229
231
237
242
Glossário 
Referências
247
250
Carta ao aluno
O crescimento e a convergência do potencial das tecnologias da 
informação e da comunicação fazem com que a educação a distância, 
sem dúvida, contribua para a expansão do ensino superior no Brasil, 
além de favorecer a transformação dos métodos tradicionais de ensino 
em uma inovadora proposta pedagógica.
Foram exatamente essas características que possibilitaram à Unopar 
ser o que é hoje: uma referência nacional em ensino superior. Além 
de oferecer cursos nas áreas de humanas, exatas e da saúde em três 
campi localizados no Paraná, é uma das maiores universidades de 
educação a distância do país, com mais de 450 polos e um sistema 
de ensino diferenciado que engloba aulas ao vivo via satélite, Internet, 
ambiente Web e, agora, livros-texto como este.
Elaborados com base na ideia de que os alunos precisam de 
instrumentos didáticos que os apoiem — embora a educação a distância 
tenha entre seus pilares o autodesenvolvimento —, os livros-texto da 
Unopar têm como objetivo permitir que os estudantes ampliem seu 
conhecimento teórico, ao mesmo tempo em que aprendem a partir de 
suas experiências, desenvolvendo a capacidade de analisar o mundo a 
seu redor.
Para tanto, além de possuírem um alto grau de dialogicidade — 
caracterizado por um texto claro e apoiado por elementos como “Saiba 
mais”, “Links” e “Para saber mais” —, esses livros contam com a seção 
“Aprofundando o conhecimento”, que proporciona acesso a materiais 
de jornais e revistas, artigos e textos de outros autores.
E, como não deve haver limites para o aprendizado, os alunos 
que quiserem ampliar seus estudos poderão encontrar na íntegra, 
na Biblioteca Digital, acessando a Biblioteca Virtual Universitária 
disponibilizada pela instituição, a grande maioria dos livros indicada na 
seção “Aprofundando o conhecimento”.
Essa biblioteca, que funciona 24 horas por dia durante os sete dias 
da semana, conta com mais de 2.500 títulos em português, das mais 
diversas áreas do conhecimento, e pode ser acessada de qualquer 
computador conectado à Internet.
Somados à experiência dos professores e coordenadores 
pedagógicos da Unopar, esses recursos são uma parte do esforço 
da instituição para realmente fazer diferença na vida e na carreira de 
seus estudantes e também — por que não? — para contribuir com o 
futuro de nosso país.
Bom estudo!
Pró-reitoria
Apresentação
Este trabalho foi desenvolvido para fins de atendimento aos alunos 
do curso de graduação em Ciências Contábeis, sendo esta uma ciência 
social aplicada, que depende das ações humanas, que, mediante sua 
intervenção, modificam o objeto de estudo desta ciência, que é o 
patrimônio das entidades, assim como suas ocorrências e variações, as 
quais vêm a impactar de forma positiva ou negativa neste patrimônio.
Diante dessa perspectiva, no curso de graduação em Ciências 
Contábeis, temos a disciplina de Contabilidade Intermediária, a qual 
contempla diversas discussões relevantes acerca do objeto de estudo 
da contabilidade.
Esta obra está baseada na Lei 6.404, do dia 15 de dezembro de 
1976, com as devidas alterações promulgadas pela Lei 11.638, de 28 
de dezembro de 2007, com algumas considerações efetuadas pela 
Medida Provisória n. 449, em 3 de dezembro de 2008 que finalmente 
foi convertida na Lei 11.941 em 27 de maio de 2009.
Contempla a referida obra a harmonização da contabilidade 
brasileira com as normas internacionais de contabilidade, princípios 
contábeis, procedimentos para a elaboração e divulgação de relatórios 
contábeis.
Os principais objetivos deste trabalho foram a didática, a simplicidade 
e a prática profissional, visando sempre o estudo da Contabilidade em 
todos os níveis curriculares e a orientação para os futuros profissionais 
do ramo.
Abordaremos questões quanto aos métodos de escrituração 
contábil, planos de contas, registro de operações envolvendo 
mercadorias, apuração e escrituração do custo das mercadorias 
vendidas, contabilização da folha de pagamento e outras operações 
comuns às empresas cuja atividade preponderante é a comercial.
Serão tratados os aspectos e procedimentos adotados para fins 
de elaboração do Balancete de Verificação, inclusive comentando a 
respeito das formalidades intrínsecas e extrínsecas do Livro Diário.
A obra está dividida em cinco unidades e, ao final de cada uma, você 
irá se deparar com propostas de atividades para fins de aprendizagem e 
reflexão sobre o que foi abordado no decorrer da leitura.
Unidade 1
Introdução à contabilidade
comercial
Apresentar noções de comércio e instituições comerciais, 
demonstrar a importância da contabilidade comercial para essas 
empresas, abordando de forma sucinta os conceitos sobre a 
introdução à contabilidade e os princípios e convenções que a 
regem.
Objetivos de aprendizagem
Nesta seção iremos estudar a respeito da atividade comercial, sua origem 
histórica, seus conceitos, a forma como procedemos à legalização dos 
negócios bem como a definição de contabilidade comercial, seu campo de 
aplicação, usuários, bem como os princípios e normas que a regem.
Nesta seção iremos estudar os fatos contábeis de uma empresa, os 
métodos de escrituração, as contas contábeis, plano de contas para atividade 
comercial, veremos também os registros contábeis de empresas com filiais e, 
por fim, estudaremos o Livro Diário e Razão.
Seção 1 | Noções de comércio e introdução à contabilidade comercial
Seção 1 | Escrituração contábil
Introdução à unidade
Nesta unidade você será levado a uma revisão contábil geral, 
trataremos de conceitos de comércio, sociedades comerciais, 
levaremos a vocês a exposição sobre plano de contas, regimes de 
contabilização, bem como a abordagem sobre como proceder na 
abertura de empresas. Nossos estudos e discussões serão apresentados 
seguindo as alterações promovidas na Lei das Sociedades Anônimas.
Um dos propósitos das discussões é compreender as mudanças 
que ocorreram a partir da lei sobre o assunto proposto.
Dentro ainda desta unidade serão apresentados os conceitos 
e funções da Contabilidade. E ainda enfatizaremos os princípios, 
convenções e normas de Contabilidade.
E por últimoserá discutido sobre os registros contábeis, fatos 
contábeis, documentação contábil, erros de escrituração, o Livro Diário 
e suas formalidades intrínsecas e extrínsecas bem como o Livro-Razão.
Essas discussões da unidade se fazem necessárias porque cada 
vez mais nos deparamos com a necessidade de ter um profissional 
da área contábil, conhecedor tanto das origens do comércio como 
de sua formalização, para então estar apto a estudar as práticas 
contábeis dentro da legislação vigente, a qual permite direcionar o 
rumo que as entidades devem seguir por meio de orientações quanto 
à busca constante quanto a maximizar lucros, sem deixar rastros ou 
brechas para possíveis problemas junto ao fisco ou demais órgãos 
que normatizam e regem a profissão contábil. Isso porque o mercado 
dinâmico contribui para mudanças constantes de cenários motivados 
pela globalização da economia.
U1 - Introdução à contabilidade comercial14
Seção 1
Noções de comércio e instituições comerciais
1.1 Atividade comercial
Antes de darmos início à aprendizagem de como se contabilizam 
fatos contábeis de empresas que praticam a atividade comercial, 
devemos conhecer a origem e caracte rísticas dessa atividade, para isso 
iniciamos estudando a definição de “Comércio”, que podemos resumir 
como a troca de mercadoria por dinheiro ou de uma mercadoria por 
outra. No passado a sociedade tinha suas necessidades essenciais 
para a sua sobrevivência, mas, sem a existência da moeda, praticava 
a troca de bens que tinham em maior quantidade por outros que não 
possuíam. Atualmente com a presença do dinheiro, o comerciante, 
pessoa física ou jurídica, é aquele que coloca à disposição grande 
variedade de bens e serviços necessários à satisfação do ser humano. 
1.1.1 Comércio e instituições comerciais
Comércio é equivalente à troca de produtos, ele está relacionado 
com a economia formal praticada dentro da legislação vigente ou 
de forma informal, que são aqueles atos praticados por firmas sem 
registro e por este motivo praticam a sonegação fiscal, que é um 
crime que fere o Código Tributário Nacional. 
Quando falamos em atividade comercial devemos nos lembrar 
de que o ato de comércio pode ser praticado dentro do território 
nacional ou entre países, nesse caso chamamos de comércio 
exterior, dessa forma todo país possui regras de importação e 
exportação às quais as empresas são submetidas. 
Exportar significa que determinada empresa vende um produto 
ou bem para fora do país, já a importação é quando a empresa 
compra de outro país um bem ou produto.
Por último devemos compreender que o comércio atacadista é 
aquele que compra e vende em grandes quantidades, dessa forma 
os valores das operações comerciais tendem a serem menores que 
o praticado pelo comércio varejista, que é aquele que vende para o 
U1 - Introdução à contabilidade comercial 15
consumidor final.
1.1.1.1 Origens históricas do comércio
Na antiguidade, os fenícios possivelmente foram o povo que 
mais se notabilizou na atividade comercial. Várias causas e fatores 
contribuíram para tal, alguns, inclusive, de natureza geográfica. Por 
exemplo, a Fenícia possuía pouca terra para o aumento de sua 
agricultura com uma grande qualidade.
A Fenícia dispunha de pouca terra para a ampliação da agricultura 
de grande qualidade. Por esse motivo, passou a praticar a atividade 
comercial, por meio de uma enorme frota que realizava extensas 
práticas comerciais com as civilizações do Ocidente, e também por 
deslocamento por terra, com as civilizações do Oriente. Além dos 
fenícios, foram muitos os povos da antiguidade que exerceram com 
esmero a atividade comercial, como os gregos e os romanos.
Portanto, a contabilidade sem caráter científico era praticada 
pelo homem antigo, com o objetivo principal de controlar o 
Patrimônio, que era representado pelos rebanhos e outros bens nos 
seus aspectos quantitativos de riqueza, sendo os primeiros registros 
contábeis feitos de forma simples, na maioria das vezes na memória 
do homem, que, por conta da grande dificuldade de controle, logo 
encontrou formas mais eficientes de processar os seus registros, 
com a utilização de gravações e outros métodos alternativos para 
manter por mais tempo o arquivo desses registros para consultas e 
comparações.
São aceitas como primeiros registros contábeis algumas 
escrituras encontradas em escavações que datam do término da 
Era da Pedra Polida, momento em que o homem passou a registrar 
os seus primeiros desenhos e gravações. Este é um fato histórico, 
podendo, a título de interpretação, ser considerado outro momento 
o início de registros contábeis.
Mais recentemente, entre os séculos XII e XVI, vários países 
independentes e re-públicas europeias desenvolveram intensa 
atividade comercial. Destacando Veneza, com seu interesse 
principalmente voltado para o Oriente, e Portugal, bem como outros 
países de tradição de descobertas e de navegação. Por vocação, por 
necessidade e como consequência de suas descobertas, acabaram 
desenvolvendo atividade comercial em níveis acima da média. 
U1 - Introdução à contabilidade comercial16
Atualmente o comércio é uma atividade primordial de todos os 
países.
No Período Medieval, que foi batizado como “Era Técnica” 
por conta das grandes invenções, houve o crescimento e o 
aperfeiçoamento da contabilidade, por causa do advento do 
capitalismo, junto, nesse período, iniciava-se o trabalho assalariado, 
tornando a contabilidade mais complexa, quando surge pela 
primeira vez a conta “Capital”. Nessa época havia de maneira simples 
as figuras de Débito e Crédito.
Quanto ao período moderno, pode-se dizer que foi a fase da 
pré-ciência, em que ocorrem vários fatos importantes como o 
descobrimento do Brasil e também a Reforma Religiosa, por meio 
da qual protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as 
Américas. A contabilidade entrou em cena, então, para controlar 
essas riquezas.
No mesmo período, na Itália a contabilidade entra no seu período 
científico, de forma que a Contabilidade já chegara à universidade 
e começou a ser lecionada junto com a aula de comércio da corte, 
em 1809.
Desde a época da abertura dos portos, o Brasil tem desenvolvido 
vasta aptidão para atividades comerciais, tanto internas quanto 
externas, sendo beneficiado pela excêntrica variedade de produtos 
primários e secundários que produz, porém, até pouco tempo atrás 
o país era oprimido pela necessidade de importar outros bens de 
capital dos quais era carente. 
Apesar de já existir várias formas de Contabilidade no Brasil, a 
primeira manifestação oficial data de 1808, com a vinda da Família 
Real ao país. Dom João VI publicou um alvará que obrigava a adoção 
do método das partidas dobradas.
Atualmente as funções do contabilista não se restringem 
meramente ao âmbito fiscal, tornando-se, por conta do mercado 
complexo de economia, peça vital para empresas em relação ao 
oferecimento de informações mais precisas possíveis para tomada 
de decisões.
Links
Nos dias atuais a atividade de comércio eletrônico vem crescendo 
muito em nosso país. Dentro desse contexto separamos um link com 
U1 - Introdução à contabilidade comercial 17
informações importantíssimas desse segmento. Acesse: <http://www.
sebrae.com.br/setor/comercio-eletronico>.
1.2 Tipos de sociedade empresária
A Sociedade Empresária tem seus instrumentos de constituição 
e alterações registrados na Junta Comercial, enquanto as Sociedades 
Simples são registradas em cartórios. 
O novo Código Civil, com relação ao nome ou denominação social 
das empresas, determina que conste a designação do objetivo da 
sociedade. Dessa forma é necessário que o nome empresarial contenha 
especificamente a atividade que a empresa exerce, no caso de mais de 
um objeto social é recomendado que conste a atividade preponderante 
exercida porela.
As Sociedades Empresárias registradas podem exercer várias 
atividades, como industriais, comerciais e prestadoras de serviços e 
podem ser regulamentadas nos tipos mais comuns como:
Sociedade Simples: constituída para a exploração de atividades 
de prestação de serviços decorrentes de atividades como advogados, 
médicos, dentistas, contadores entre outros, onde o contrato e alterações 
são registrados em cartórios de registro cível de pessoas jurídicas.
Sociedade Limitada: esse tipo de sociedade é utilizado por mais de 
90% das empresas brasileiras. A Sociedade Limitada é administrada por 
uma ou mais pessoas designadas como sócios no contrato social ou, 
ainda, se o contrato permitir administradores não sócios, a designação 
deles dependerá de aprovação em unanimidade dos sócios, enquanto 
o capital não estiver integralizado, e de dois terços, no mínimo, após a 
integralização.
O Capital Social estabelecido é dividido entre os sócios em quotas 
podendo ser em partes iguais ou desiguais, e a responsabilidade de 
cada sócio é restrita ao valor de cada uma de suas quotas, mas todos 
respondem solidariamente pela integralização do capital social. 
Sociedade Anônima: tem seu capital social dividido em ações e 
a responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço de emissão das 
ações adquiridas.
Sociedade Sem Fins Lucrativos: é constituída pela união de 
pessoas que se organizem para fins não econômicos e não há entre os 
associados direitos e obrigações. Os associados têm direitos iguais, no 
U1 - Introdução à contabilidade comercial18
entanto, o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. 
A quantidade de associado é intransmissível e a exclusão do associado 
só é admissível se houver justa causa, tudo isso obede-cendo às regras 
do Estatuto.
A importância da leitura do texto a seguir está em conhecer um 
pouco sobre a Eireli – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. 
O texto traz informações básicas para o entendimento sobre o tema e 
sobre os procedimentos para a transformação de empresas em Eireli, 
bons estudos!
1.2.1 Constituições de empresas
Para que uma empresa seja constituída devemos elaborar um 
contrato, e nele as principais regras que regerão a sociedade, sendo esta 
a primeira etapa para o desenvolvimento da constituição da empresa.
Antes do registro da empresa é necessário seguir algumas regras 
fundamentais para a elaboração do contrato, como:
• tipo de sociedade: empresa individual, sociedade simples, 
sociedade empresarial, sendo Ltda. ou S.A.; 
• ramos de atividade da empresa;
• o Capital Social, a participação, responsabilidade e qualificação
• de cada sócio;
• o nome comercial da empresa e endereço de funcionamento;
• prazo de duração da sociedade, podendo ser determinado ou 
indeterminado; 
• e outras informações, como forma de integralização do capital, 
atitudes no caso e falecimento de um dos sócios etc.
Também é importante ressaltar que, após o contrato registrado 
na Junta Comercial ou em cartório, é necessário obter o CNPJ 
(Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) na Receita Federal, e após esse 
processo obter permissão de funcionamento do estabelecimento 
na Receita Estadual e Municipal.
Para saber mais
Vamos conhecer um pouco mais sobre constituição de empresas, 
modelos de contratos sociais, alterações, entre outros. Para isso, acesse 
U1 - Introdução à contabilidade comercial 19
1.3 Contabilidade comercial
Contabilidade Comercial é uma das ramificações das Ciências 
Contábeis que é aplicada ao estudo e ao controle do patrimônio 
das entidades comerciais, tendo como objetivo primordial oferecer 
informações sobre sua composição e as variações do mesmo, 
abordando também o resultado oriundo das operações na atividade 
empresarial. Dessa forma fica evidente que, além de acompanhar 
a variação quantitativa e qualitativa do patrimônio das empresas, 
torna-se imprescindível compreender o quadro econômico e 
jurídico mais amplo de dentro do qual operam, bem como algumas 
características essenciais de sua gestão.
A Apuração do Resultado com as mercadorias, como é o caso 
da empresa comercial, é muito mais do que uma diferença entre 
entradas e saídas, muitos mais detalhes devem ser considerados. 
Como vamos ver o próprio custo da mercadoria envolve muito mais 
que apenas os valores das compras.
1.3.1 Contabilidade como profissão
As sociedades, em se tratando de empresários e investidores, 
concentram sua atenção em um novo recurso − a informação. 
Nesse ponto a Contabilidade, por excelência, sendo a ciência 
da informação, traz grandes perspectivas para o profissional 
contábil, considerando que as empresas sempre se interessam por 
profissionais com boa experiência, principalmente na área fiscal, 
custos, auditoria etc. Além disso, por ser um profissional liberal, 
ele pode prestar serviços às pequenas empresas. Observa-se que 
não há um limite de idade para o exercício dessa profissão, sendo 
apenas um requisito necessário ao bom profissional o constante 
aprimoramento de seus conhecimentos.
Podemos contar com várias especializações na área contábil, 
onde se abre um leque bastante amplo, conforme o dom de cada 
profissional.
o site do DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio, 
disponível em: <http://www.dnrc.gov.br>.
U1 - Introdução à contabilidade comercial20
1.3.2 Funções e conceitos da contabilidade comercial
Obedecendo às normas próprias e seus preceitos, e estando 
definidos os objetivos de estudo e sua finalidade, pode-se afirmar que 
a contabilidade faz parte das ciências econômicas e administrativas.
Contudo, a contabilidade estuda os fatos econômicos e 
financeiros que afetam a situação patrimonial de determinada 
pessoa, jurídica ou física, evidenciados por meio das demonstrações 
contábeis e relatórios específicos para determinada finalidade.
Com o passar do tempo e com o progresso da contabilidade 
além dos valores registrados no balanço patrimonial, é indispensável 
a apresentação das informações complementares como quantidade 
de produtos vendidos ou serviços prestados, números de clientes e 
fornecedores, para que possamos atender as exigências da receita 
federal ou estadual que está cada vez mais estabelecendo esses 
detalhamentos e até mesmo ao empresário, que não tinha essa 
preocupação.
Dentro dos aspectos de apuração do resultado com mercadoria 
de uma empresa, é muito mais do que uma simples diferença 
entre valores de vendas e custos das vendas, no delineamento 
das vendas líquidas e na apuração dos custos das vendas, muitos 
detalhes devem ser considerados, como o custo da mercadoria 
vendida envolve muito mais que os valores das compras, é um fato 
importante que será apresentado também nos capítulos seguintes.
Entretanto, a contabilidade no sentido universal é aplicada 
em qualquer setor de atividade, mas neste livro será dirigida 
preferencialmente à contabilidade comercial.
1.3.3 Campo de aplicação da contabilidade
A contabilidade possui como seu campo de aplicação todas 
as pessoas físicas ou jurídicas que tenham atividades econômicas, 
para isso ela identifica, registra, acumula, resume e interpreta todos 
os fatos contábeis, em outras palavras, todos os acontecimentos 
que interferem na situação patrimonial, econômica e financeira das 
entidades.
A principal finalidade da contabilidade é assegurar o total 
controle do patrimônio da entidade e por meio desse controle 
fornecer as informações sobre a sua composição e variações do 
U1 - Introdução à contabilidade comercial 21
seu patrimônio, e dessa forma promover a apuração do resultado 
das atividades econômicas desenvolvidas pela empresa.
1.3.4 Usuários da contabilidade
As informações contábeis podem ser utilizadas por inúmeras 
pessoas, dentro de seus próprios interesses. Os sócios, acionistas e 
investidores sãopessoas interessadas e têm como maior interesse 
saber da rentabilidade e segurança de seus investimentos e 
necessitam principalmente das seguintes informações:
• se a empresa oferece perspectiva de rentabilidade e segurança 
para os investimentos;
• a taxa de lucratividade proporcionada ao investimento aplicado 
na empresa; 
• e se existem dentro das empresas alternativas mais adequadas 
para os investimentos.
No caso dos bancos e financeiras, eles precisam basicamente das 
mesmas informações dos sócios e acionistas. Já o governo é com 
as informações contábeis que eles esboçam a política tributária, e 
com as estatísticas dos dados contábeis de diversas empresas que é 
determinada a situação de cada região do país.
Os administradores e diretores atingem um grau mais elevado 
das análises contábeis e com maior frequência, pois são eles os 
responsáveis por decisões que visam o andamento da empresa; é 
imprescindível que saibam o que aconteceu no passado e o que 
está acontecendo no momento.
Vale a pena ressaltar que as informações fornecidas pela 
contabilidade não são limitadas apenas pelas demonstrações 
financeiras elaboradas anualmente, e sim fornecem informações 
rotineiras envolvendo vários aspectos da gestão financeira e 
econômica da sociedade. Portanto, a contabilidade se divide em 
dois grandes ramos, a Contabilidade Financeira, mais utilizada pelos 
agentes externos da sociedade, cujos relatórios são basicamente o 
Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, e 
a Contabilidade Gerencial, visada para a administração da sociedade, 
que é uma contabilidade mais analítica que inclui informações de 
custos da empresa.
U1 - Introdução à contabilidade comercial22
1.4 Princípios, convenções e normas de contabilidade
1.4.1 Princípios contábeis
Os princípios da Contabilidade são normas resultantes dos 
princípios técnicos decorridos da contabilidade dentro do seu 
desenvolvimento de aplicação e prática, proporcionando melhor 
apresentação das demonstrações financeiras.
A Resolução do CFC n. 750/93 (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 1993) e a Resolução atualizada n. 1.282/10 
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010) dispõem sobre 
os princípios da contabilidade, onde as normas proporcionam 
interpretação uniforme das demonstrações contábeis. Os princípios 
são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência 
social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.
São Princípios de Contabilidade:
• o da entidade;
• o da continuidade;
• o da oportunidade;
• o do registro pelo valor original;
• o da atualização monetária (Revogado pela Resolução CFC n. 
1.282/2010) (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010);
• o da competência;
• o da prudência.
O Princípio da Entidade é tratado no art. 4 da Resolução do CFC 
n. 750/93 (CON-SELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 1993, p. 1):
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como 
objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, 
a necessidade da diferenciação de um Patrimônio 
particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, um 
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de 
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. 
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se 
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, 
no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, 
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação 
U1 - Introdução à contabilidade comercial 23
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova 
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil.
Como resumo o patrimônio da entidade não pode ser confundido 
com o dos só-cios, acionistas ou proprietário individual, portanto o 
patrimônio pertence à Entidade.
Já o Princípio da Continuidade é tratado pela Resolução do 
CFC n. 750/93 atualizada pela Resolução n. 1.282/10 (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010, p. 1), na qual dispõe: “O 
Princípio da Continuidade pressupõe que à Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância”.
As demonstrações contábeis, embora apresentem resultado 
de um determinado exercício social, devem estar vinculadas a 
exercícios anteriores e posteriores.
O Princípio da Oportunidade foi conceituado pela Resolução 
do CFC n. 750/93, atualizada pela Resolução n. 1.282/10, que dispõe 
sobre o Princípio da Oportunidade:
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de 
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais 
para produzir informações íntegras e tempestivas. A 
falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda 
de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação 
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. 
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010, p. 1)
Esse princípio objetiva evitar a omissão de lançamentos relativos 
a mutações patrimoniais que não tenham documentação legítima, 
sendo que na falta de documentação a justificativa é o registro 
contábil pela estimativa de valor, podendo essa contabilização 
representar ônus fiscal.
O Princípio do Registro pelo Valor Original é encontrado na 
Resolução do CFC n. 750/93 atualizada pela Resolução n. 1.282/10 
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010, p. 1) que trada 
do assunto em seu art. 7, a seguir transcrito:
U1 - Introdução à contabilidade comercial24
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que 
os componentes do patrimônio devem ser inicialmente 
registrados pelos valores originais das transações, expressos 
em moeda nacional. As seguintes bases de mensuração 
devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao 
longo do tempo, de diferentes formas: 
Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores 
pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de 
caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues 
para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são 
registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos 
em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, 
pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais 
serão necessários para liquidar o passivo no curso normal 
das operações; e 
Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao 
patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, 
podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: 
Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores 
em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de 
ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem 
adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores 
em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que 
seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no 
período das demonstrações contábeis; 
Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser 
obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos 
são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de 
caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para 
liquidar as correspondentes obrigações no curso normal 
das operações da Entidade; 
Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, 
descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa 
que se espera seja gerado pelo item no curso normal das 
operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de 
caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo 
no curso normal das operações da Entidade;
Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, 
des-contado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa 
que se espera seja gerado pelo item nocurso normal das 
operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo 
U1 - Introdução à contabilidade comercial 25
valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida 
de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo 
no curso normal das operações da Entidade; 
Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, 
ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, 
dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; 
e Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder 
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos 
registros contábeis mediante o ajustamento da expressão 
formal dos valores dos componentes patrimoniais.
São resultantes da adoção da atualização monetária: 
– a moeda, embora aceita universalmente como medida 
de valor, não representa unidade constante em termos do 
poder aquisitivo; para que a avaliação do patrimônio possa 
manter os valores das transações originais, é necessário 
atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim 
de que permaneçam substantivamente corretos os valores 
dos componentes patrimoniais e, por conse-quência, o 
do Patrimônio Líquido; e – a atualização monetária não 
representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento 
dos valores originais para determinada data, mediante a 
aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a 
traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional 
em um dado período.
O Princípio da Competência está na Resolução do CFC n. 750/93 
atualizada pela Resolução n. 1.282/10 (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 2010, p. 1), que trata o princípio da competência 
no artigo descrito a seguir:
O Princípio da Competência determina que os efeitos das 
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que 
se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. 
O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da 
confrontação das receitas e das despesas correlatas.
No que diz respeito ao princípio da competência, as receitas e 
despesas devem ser compreendidas na apuração do resultado dentro 
do período em que ocorreram, independente do recebimento ou 
pagamento.
Já o Princípio da Prudência visa proteger o capital total da 
empresa, evitando que sejam distribuídos lucros não verídicos, um 
exemplo desse princípio é o “custo ou mercado, o mais baixo”, ou 
U1 - Introdução à contabilidade comercial26
melhor, menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, como diz a Resolução do CFC n. 750\93 
atualizada pela Resolução n. 1282\10 (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 2010, p. 1).
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor 
para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, 
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio 
líquido. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo 
grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários 
às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de 
que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e 
despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade 
ao processo de mensuração e apresentação dos componentes 
patrimoniais.
1.4.2 Convenções contábeis
As convenções contábeis, por sua vez, são definidas por 
modificar parcialmente o conteúdo dos princípios, precisando mais 
claramente seu significado. Os conceitos servem como um guia da 
área contábil, padronizando a escrituração dos fatos contábeis, tais 
como:
Convenção da Consciência ou da Uniformidade: uma vez 
adotado esse critério de contabilização, ele não pode ser modificado 
com frequência, para que a comparação dos relatórios contábeis 
não seja prejudicada.
Convenção do Conservadorismo ou da Prudência: sempre 
que houver a possibilidade de o profissional contábil avaliar um 
elemento do ativo ou do passivo, por motivos de precaução, deverá 
optar pelo mais baixo para o ativo e o mais elevado para o passivo.
Convenção da Materialidade ou da Relevância: devem-se 
registrar na contabilidade apenas eventos dignos de atenção e na 
ocasião oportuna, evitando, assim, desperdício de tempo e dinheiro, 
porém cabe ao contador aplicar esse princípio sempre utilizando 
alto grau de julgamento.
Convenção da Objetividade: entre um critério subjetivo de 
valor, mesmo ponderável, e outro objetivo qualquer, o responsável 
U1 - Introdução à contabilidade comercial 27
técnico deverá optar pela hipótese objetiva.
Convenção da Periodicidade: os exercícios contábeis deverão 
ser de igual duração, permitindo correta avaliação da eficácia da 
gestão, como exercício-padrão constitui-se doze meses, podendo 
variar conforme a atividade ou necessidade.
1.4.3 Normas brasileiras de contabilidade
A classificação das Normas Brasileiras de Contabilidade se dá 
em normas Profissionais e normas Técnicas, que estabelecem os 
meios de conduta profissional, bem como os padrões e também 
os procedimentos técnicos necessários para o perfeito exercício da 
profissão.
A Resolução CFC n. 1.328 de 2011 definiu a Estrutura das Normas 
Brasileiras de Contabilidade, e discorre em seus artigos os seguintes 
conteúdos:
As Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) devem seguir 
os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados 
nas normas internacionais e compreendem as Normas 
propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e os 
Comunicados Técnicos.
As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em 
Profissionais e Técnicas.
As Normas Brasileiras de Contabilidade, sejam elas 
Profissionais ou Técnicas, estabelecem preceitos de 
conduta profissional e padrões e procedimentos técnicos 
necessários para o adequado exercício profissional.
As Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais se 
estruturam conforme segue:
Geral – NBC PG – são as Normas Brasileiras de 
Contabilidade aplicadas indistintamente a todos os 
profissionais de Contabilidade;
do Auditor Independente – NBC PA – são as Normas 
Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, 
aos contadores que atuam como auditores independentes;
do Auditor Interno – NBC PI – são as Normas Brasileiras de 
Con-tabilidade aplicadas especificamente aos contadores 
que atuam como auditores internos;
do Perito – NBC PP – são as Normas Brasileiras de 
U1 - Introdução à contabilidade comercial28
Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que 
atuam como peritos contábeis.
As Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas se 
estruturam conforme segue:
Geral – NBC TG – são as Normas Brasileiras de Contabilidade 
con-vergentes com as normas internacionais emitidas pelo 
International Accounting Standards Board (IASB); e as Normas 
Brasileiras de Contabilidade editadas por necessidades locais, 
sem equivalentes internacionais;
do Setor Público – NBC TSP – são as Normas Brasileiras 
de Contabilidade aplicadas ao Setor Público, convergentes 
com as Normas Internacionais de Contabilidade para o 
Setor Público, emitidas pela International Federation of 
Accountants (IFAC); e as Normas Brasileiras de Contabilidade 
aplicadas ao Setor Público, editadas por necessidades locais, 
sem equivalentes internacionais;
de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica 
– NBC TA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade 
aplicadas à Auditoria convergentes com as Normas 
Internacionais de Auditoria Independente, emitidas pela IFAC;
de Revisão de Informação Contábil Histórica – NBC TR – são 
as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Revisão 
convergentes com as Normas Internacionais de Revisão 
emitidas pela IFAC; 
de Asseguração de Informação Não Histórica – NBC TO 
– são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à 
Asseguração con-vergentes com as Normas Internacionais 
deAsseguração emitidas pela IFAC;
de Serviço Correlato – NBC TSC – são as Normas Brasileiras 
de Contabilidade aplicadas aos Serviços Correlatos 
convergentes com as Normas Internacionais para Serviços 
Correlatos emitidas pela IFAC;
de Auditoria Interna – NBC TI – são as Normas Brasileiras de 
Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Auditoria Interna;
de Perícia – NBC TP – são as Normas Brasileiras de 
Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Perícia; 
de Auditoria Governamental – NBC TAG – são as Normas Bra-
sileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Governamental 
convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria 
Gover-namental emitidas pela Organização Internacional de 
Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI). (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011a, p. 1)
U1 - Introdução à contabilidade comercial 29
As normas de que trata o inciso I do caput são segregadas em:
a) Normas completas que compreendem as normas 
editadas pelo CFC a partir dos documentos emitidos pelo 
CPC que estão convergentes com as normas do IASB, 
numeradas de 00 a 999;
b) Normas simplificadas para PMEs que compreendem a 
norma de PME editada pelo CFC a partir do documento 
emitido pelo IASB, bem como as ITs e os CTs editados pelo 
CFC sobre o assunto, numerados de 1000 a 1999;
c) Normas específicas que compreendem as ITs e os CTs 
editados pelo CFC sobre entidades, atividades e assuntos 
específicos, nu-merados de 2000 a 2999.
A Interpretação Técnica tem por objetivo esclarecer 
a aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, 
definindo regras e procedimentos a serem aplicados 
em situações, transações ou atividades específicas, 
sem alterar a substância dessas normas.
O Comunicado Técnico tem por objetivo esclarecer 
assuntos de natureza contábil, com a definição de 
procedimentos a serem observados, considerando os 
interesses da profissão e as demandas da sociedade.
Art. 7º. As Normas são identificadas conforme segue:
I. a Norma Brasileira de Contabilidade é identificada 
pela sigla NBC, seguida das letras conforme disposto 
nos arts. 3º e 4º, nu-meração específica em cada 
agrupamento, seguido de hífen e denominação. Por 
exemplo: NBC PA 290 – “Denominação”; NBC TG 01 
– “Denominação”;
II. a Interpretação Técnica é identificada pela sigla IT, 
seguida da letra ou letras e numeração do grupo a 
que pertence conforme disposto nos arts. 3º e 4º, 
seguida de hífen e denominação. Por exemplo: ITG 
01 – “Denominação”; ITSP 01 – “Denominação”.
III. o Comunicado Técnico é identificado pela sigla 
CT, seguida da letra ou letras e numeração do grupo 
a que pertence conforme disposto nos arts. 3º e 4º, 
seguido de hífen e denominação. Por exemplo: CTG 
01 – “Denominação”; CTSP 01 – “Denominação”.
Art. 8º. As Normas Brasileiras de Contabilidade, 
U1 - Introdução à contabilidade comercial30
com exceção dos Comunicados Técnicos, devem ser 
submetidas à audiência pública com duração mínima 
de 30 (trinta) dias.
Art. 9º. A inobservância às Normas Brasileiras de 
Contabilidade constitui infração disciplinar sujeita às 
penalidades previstas nas alíneas de “c” a “g” do art. 
27 do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alte-rado pela Lei 
n.º 12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do 
Contador.
Art. 10º. As Normas Brasileiras de Contabilidade, 
tanto as Profissionais quanto as Técnicas, editadas 
pelo Conselho Federal de Contabilidade continuarão 
vigendo com a identificação que foi definida nas 
Resoluções CFC n.º 751/93, n.º 1.156/09 e n.º 
1.298/10 até serem alteradas ou revogadas mediante 
a emissão de novas normas em conformidade com as 
disposições previstas nesta Resolução. (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011a, p. 2-3)
1.4.4 Comitê de pronunciamentos contábeis
Por intermédio da Resolução CFC n. 1.055, de 7 de Outubro 
de 2005 (DOU de 24/10/2005) (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 2005), alterada pelas Resoluções CFC n. 1.075/06 
e 1.339/11, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
(CPC).
Com o objetivo de adequar a contabilidade brasileira às normas 
Internacionais de contabilidade, o CPC trouxe, por meio de seus 
Pronunciamentos, normas que, além de estabelecer parâmetros à 
contabilidade, trouxe também conceitos pelos quais a contabilidade 
deve ser estruturada.
Com um olhar voltado para os usuários da contabilidade, o 
CPC busca de uma forma abrangente uma maneira de defender 
os interesses desses usuários, definindo com especificidades quem 
são eles.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis aprovou com a maioria 
dos votos das entidades que o compõe, que outras instituições 
ligadas a contadores, representantes de universidades que possuam 
cursos de Contabilidade, reconhecidos como de alta qualidade, 
U1 - Introdução à contabilidade comercial 31
auditores, institutos de pesquisas na área contábil vinculados a 
universidades que mantenham tais cursos, analistas de investimentos 
ou Demonstrações Contábeis, relacionadas ao mercado financeiro 
em geral, ou ao mercado de capitais, poderão ser convidadas a 
participar do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), assim 
como também podem ser excluídas observando a manutenção de 
equilíbrio entre os setores nele representados.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) assume a 
função de estudar, pesquisar, deliberar, discutir, elaborar sobre o 
conteúdo e o texto dos Pronunciamentos Técnicos, ele poderá 
emitir orientações e interpretações além dos Pronunciamentos 
Técnicos, prevendo que todos poderão ser utilizados em Norma 
Brasileira de Contabilidade emitidas pelo CFC e em Atos normativos 
pelos órgãos reguladores brasileiros, tais como a SUSEP, tendo 
sempre o objetivo de tirar as dúvidas quanto à implementação 
desses Pronunciamentos Técnicos.
Outra função inerente ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
(CPC) está ligada a dar ampla divulgação dos documentos que 
produzir.
Os Pronunciamentos Técnicos e as Orientações e de suas 
Interpretações serão aprovados segundo o regulamento interno, 
mas sempre por, no mínimo, 2/3 dos seus membros que os 
compõem.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) deverá submeter 
à audiência pública as minutas dos Pronunciamentos Técnicos.
A seguir, apresentamos os CPC emitidos e suas correlações aos 
outros órgãos de classe regulamentadores:
U1 - Introdução à contabilidade comercial32
Quadro 1.1 | Demonstrativo CPC
16 C O N T A B I L I D A D E C O M E R C I A L
A seguir, apresentamos os CPC emitidos e suas correlações aos outros órgãos de 
classe regulamentadores:
Quadro 1.1 Demonstrativo CPC
CPC 
Pronunciamento 
Técnico
IAS
CVM 
Delibera-
ção
CFC 
Resolução
BACEN 
Resolução
SUSEP 
Circular
ANELL 
Despacho e 
Ofício 
Circular
ANTT 
Comuni-
cado 
SUREG
ANS 
Instru-
ção 
Norma-
tiva
CPC 
00
Estrutura Con-
ceitual para a 
Elaboração e 
Apresentação das 
Demonstrações 
Contábeis
Fra-
mework
539/08
1.212/08
NBC TG
424/11
4.796/08
E
2.775/08
01/09 —
CPC 
01 
(R1)
Redução ao Valor 
Recuperável de 
Ativos
IAS 36 639/10
1.292/10
NBC TG 01
 
3.566/08
424/11 — — 37/09
CPC 
02 
(R2)
Efeitos das Mu-
danças nas Taxas 
de Câmbio e 
Conversão
IAS 21 640/10
1.295/10
NBC TG 02
— — — — 37/09
CPC 
03 
(R2)
Demonstração 
dos Fluxos de 
Caixa
IAS 7 641/10
1.296/10
NBC TG 03
3.604/08 424/11 — — 37/09
CPC 
04 
(R1)
Ativo Intangível IAS 38 644/10
1.139/08
NBC TG 04
— 424/11 — — 37/09
CPC 
05 
(R1)
Divulgação sobre 
Partes Relacio-
nadas
IAS 24 642/10
1.297/10
NBC TG 05
3.750/09 424/11 — — 37/09
CPC 
06 
(R1)
Operações de 
Arrendamento 
Mercantil
IAS 17 645/10
1.304/10
NBC TG 06
— 424/11 — — 37/09
CPC 
07 
(R1)
Subvenções e 
Assistência Gover-
namentais
IAS 20 646/10
1.305/10
NBC TG 07
— 424/11 — — 37/09CPC 
08
Gastos de Transa-
ção e Prêmios na 
Emissão de Títulos 
e Valores Mobi-
liários
IAS 39
(partes)
649/10
1.313/10
NBC TG 08
— 424/11 — — 37/09
CPC 
09
Demonstração do 
Valor Adicionado
— 557/08
1.138/08
NBC TG 09
— —
4.796/08
2.755/08
01/09 37/09
continua
89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:18 - January 31, 2014 - PG-28
U1 - Introdução à contabilidade comercial 33
I n t r o d u ç ã o à c o n t a b i l i d a d e c o m e r c i a l 17
CPC 
Pronunciamento 
Técnico
IAS
CVM 
Delibera-
ção
CFC 
Resolução
BACEN 
Resolução
SUSEP 
Circular
ANELL 
Despacho e 
Ofício 
Circular
ANTT 
Comuni-
cado 
SUREG
ANS 
Instru-
ção 
Norma-
tiva
CPC 
10
Pagamento Ba-
seado em Ações
IFRS 2 650/10
1.314/10
NBC TG 10
— 424/11 — — 37/09
CPC 
11
Contratos de 
Seguro
IFRS 4 563/08
1.150/09
NBC TG 11
— 424/11 4.722/09 01/09
CPC 
12
Ajuste a Valor 
Presente
— 564/08
1.151/09
NBC TG 12
— 424/11 4.722/09 01/09 37/09
CPC 
13
Adoção inicial da 
Lei n. 11.638/07 e 
da Medida Provi-
sória n. 449/08
— 565/08
1.152/09
NBC TG 13
— 424/11
4.796/08
2.755/08
01/09 37/09
CPC 
14
Instrumentos 
Financeiros: 
Reconhecimento, 
Mensuração e 
Evidenciação 
(Fase 1)
ESTE PRONUNCIAMENTO ESTÁ ATUALIZADO E CORRESPONDE À ORIENTAÇÃO 
OCPC 03 E DEIXA DE TER APLICABILIDADE APÓS A UTILIZAÇÃO DO CPC 38, CPC 
39 E CPC 40
CPC 
15
Combinação de 
Negócios
IFRS 3 530/09
1.175/09
NBC TG 15
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
16 
(R1)
Estoques IAS 2
575/09
Alt. 
624/10
1.170/09 
alt. 1.279/13 
NBC TG 16
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
17
Contratos de 
Construção
IAS 11 576/09
1.171/09 
NBC TG 17
— — 4.722/09 — 37/09
CPC 
18
Investimentos em 
Coligada e em 
Controlada
IAS 28 605/09
1.241/09 
NBC TG 18
— 424/11 — — 37/09
CPC 
19
Investimentos em 
Empreendimento 
Controlado em 
Conjunto (Joint 
Venture)
IAS 31 606/09
1.242/09 
NBC TG 19
— 424/11 — — 37/09
CPC 
20
Custos de Emprés-
timos
IAS 23 577/09
1.172/09 
NBC TG 20
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
21
Demonstração 
intermediária
IAS 34 581/09
1.174/09 
NBC TG 21
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
22
Informações por 
segmento
IFRS 3 582/09
1.176/09 
NBC TG 22
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
23
Políticas Contá-
beis, Mudanças 
de Estimativas e 
Retificação de 
Erro
IAS 8 592/09
1.179/09 
NBC TG 23
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
24
Evento Subse-
quente
IAS 10 593/09
1.184/09 
NBC TG 24
3.973/11 424/11 4.722/09 — 37/09
continua
continuação
89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:18 - January 31, 2014 - PG-29
U1 - Introdução à contabilidade comercial34
18 C O N T A B I L I D A D E C O M E R C I A L
CPC 
Pronunciamento 
Técnico
IAS
CVM 
Delibera-
ção
CFC 
Resolução
BACEN 
Resolução
SUSEP 
Circular
ANELL 
Despacho e 
Ofício 
Circular
ANTT 
Comuni-
cado 
SUREG
ANS 
Instru-
ção 
Norma-
tiva
CPC 
25
Provisão, Passivos 
Contingentes e 
Ativos Contin-
gentes
IAS 37 594/09
1.180/09 
NBC TG 25
3.823/09 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
26
Apresentação das 
Demonstrações 
Contábeis
IAS 1
595/09
alt.
624/10
1.185/09 alt. 
1.273/10 
NBC TG 26
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
27
Ativo Imobilizado IAS 16 583/09
1.177/09 
NBC TG 27
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
28
Propriedade para 
investimento
IAS 40 584/09
1.178/09 
NBC TG 28
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
29
Ativo Biológico e 
Produto Agrícola
IAS 41 596/09
1.186/09 
NBC TG 29
— — — — 37/09
CPC 
30
Receitas IAS 18 597/09
1.187/09 
NBC TG 30
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
31
Ativo não Cir-
culante Mantido 
para Venda e 
Operação Des-
continuada
IFRS 5 598/09
1.188/09 
NBC TG 31
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
32
Tributos sobre o 
Lucro
IAS 12 599/09
1.189/09 
NBC TG 32
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
33
Benefícios a Em-
pregados
IAS 19 600/09
1.193/09 
NBC TG 33
— 424/11 4.722/09 — 37/09
CPC 
35
Demonstrações 
Separadas
— 607/09
1.239/09 
NBC TG 35
— 424/11 — — 37/09
CPC 
36 
(R1)
Demonstrações 
Consolidadas
IAS 27
608/09 
alt. 
624/10
1.240/09 
alt. 1.273/10 
NBC TG 36
— 424/11 — — 37/09
CPC 
37 
(R1)
Adoção inicial das 
Normas interna-
cionais de Conta-
bilidade
IFRS 1 647/10
1.306/10 
NBC TG 37
— 424/11 — — 37/09
CPC 
38
Instrumentos 
Financeiros:
Reconhecimen-
tos Financeiros 
Reconhecimento 
e Mensuração
IAS 39 604/09
1.196/09 
NBC TG 38
— 424/11 — — 37/09
CPC 
39
Instrumentos 
Financeiros: Apre-
sentação
IAS 32 604/09
1.197/09 
NBC TG 39
— 424/11 — — 37/09
CPC 
40
Instrumentos Fi-
nanceiros: Eviden-
ciação
IFRS 7 604/09
1.198/09 
NBC TG 40
— 424/11 — — 37/09
continuação
continua
89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:19 - January 31, 2014 - PG-30
U1 - Introdução à contabilidade comercial 35
I n t r o d u ç ã o à c o n t a b i l i d a d e c o m e r c i a l 19
CPC 
Pronunciamento 
Técnico
IAS
CVM 
Delibera-
ção
CFC 
Resolução
BACEN 
Resolução
SUSEP 
Circular
ANELL 
Despacho e 
Ofício 
Circular
ANTT 
Comuni-
cado 
SUREG
ANS 
Instru-
ção 
Norma-
tiva
CPC 
41
Resultado por 
ação
IAS 33 636/10
1.287/10 
NBC TG 41
— 424/11 — — —
CPC 
43
Adoção inicial 
dos Pronuncia-
mentos Técnicos 
CPCs n. 15 a 40
IFRS 1 651/10
1.315/10 
NBC TG 43
— 424/11 — — 37/09
CPC 
PME 
(R1)
Contabilidade 
para Pequenas e 
Médias Empresas
IFRS for 
SMES
—
1.255/09
1.285/10
1.319/10
NBC TG 
1000
— — — — 37/09
Fonte: Do autor (2013).
O CPC tem contribuição direta no avanço contábil no país, principalmente na 
adoção de Normas Internacionais de Contabilidade. Como as empresas e os 
profissionais da área empresarial poderão se beneficiar dessas contribuições? 
Explique o que é harmonização contábil e quais seus objetivos para o contexto 
contábil e econômico. Quais seriam as vantagens, para um país, de adotar as 
Normas Internacionais de Contabilidade?
Questões para reflexão
continuação
89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:19 - January 31, 2014 - PG-31
Fonte: Do autor (2013).
Questão para reflexão
O CPC tem contribuição direta no avanço contábil no país, 
principalmente na adoção de Normas Internacionais de Contabilidade. 
Como as empresas e os profissionais da área empresarial poderão 
se beneficiar dessas contribuições? Explique o que é harmonização 
contábil e quais seus objetivos para o contexto contábil e econômico. 
Quais seriam as vantagens, para um país, de adotar as Normas 
Internacionais de Contabilidade?
U1 - Introdução à contabilidade comercial36
Seção 2
Escrituração contábil
Desde que iniciamos nosso curso vocês vêm contabilizando fatos 
ocorridos dentro das mais diversas empresas, correto? Sim, é claro, e 
dentro desse contexto temos a escrituração contábil que nada mais é 
do que a técnica utilizada pela Contabilidade para obter seus objetivos, 
não é mesmo? Vamos estudar um pouco sobre essa técnica, mas 
antes vamos ver o estudo do patrimônio das entidades.
2.1 Fatos contábeis
Podemos conceituar fatos contábeis como eventos que provocam 
alterações no patrimônio da entidade e, portanto, devem ser 
registrados pela contabilidade. Classificam-se os fatos contábeis em 
fatos permutativos,fatos modificativos e fatos mistos.
As modificações no patrimônio geradas pelos fatos contábeis geram 
as variações patrimoniais, que se classificam em variações qualitativas, 
quantitativas e variações mistas, como vamos descrever a seguir.
Os fatos contábeis resultam, consequentemente, nas variações 
patrimoniais definidas e exemplificadas a seguir:
A = ATIVO
P = PASSIVO
PL = PATRIMONIO LÍQUIDO
2.1.1 Fatos permutativos/variações qualitativas
Os fatos permutativos e as variações qualitativas apenas trocam 
os componentes patrimoniais do ativo ou do passivo, ou somente o 
patrimônio líquido, sem que haja alterações no Patrimônio Liquido, 
como os exemplos a seguir.
Aquisição, à vista, de um terreno por R$ 1.000,00: 
imobilizado (+) R$ 1.000,00 = Caixa (-) R$ 1.000,00 
ou 
(+) A R$ 1.000,00 = (-) A R$ 1.000,00
U1 - Introdução à contabilidade comercial 37
Aquisição a prazo de mercadoria para revenda de R$ 50,00: 
Estoques (+) R$ 50,00 = Fornecedores (+) R$ 50,00 
ou 
(+) A R$ 50,00 = (+) P R$ 50,00
Pagamento em dinheiro de uma dívida de R$ 30,00 ao 
fornecedor: Caixa (-) R$ 30,00 = Fornecedores (-) R$ 30,00 
ou 
(-) A R$ 30,00 = (-) P R$ 30,00
Fornecedor A (-) R$ 40,00 = Fornecedor B (+)R$ 40,00 
ou 
(-) P R$ 40,00 = (+) P R$ 40,00
Troca de credor, onde é transferido o direito do fornecedor A 
para o B, no valor de R$ 40,00:
2.1.2 Fatos permutativos/variações quantitativas
Os Fatos Modificativos e as variações quantitativas alteram o 
patrimônio líquido em importância igual e o ativo ou passivo, como 
exemplos aumentativos ou positi-vos quando provocam o aumento 
do patrimônio líquido e diminutivos ou negativos quando provocam 
a diminuição do patrimônio líquido. Veja a seguir:
Aumentativos ou Positivos: recebido R$ 50,00 de rendimento, 
referente à aplicação financeira:
(+) A R$ 50,00 = (+) PL R$ 50,00
Diminutivos ou Negativos: registro pelo regime de competência 
do aluguel correspondente ao mês de dezembro, no valor de R$ 
160,00. 
(+) P R$ 160,00 = (-) PL R$ 160,00
2.1.3 Fatos mistos/variações mistas
Os Fatos Mistos e as Variações Mistas trocam os componentes 
patrimoniais e, ao mesmo tempo, alteram o Patrimônio Líquido para 
mais ou para menos, e são:
Aumentativos ou positivos quando provocam o aumento do 
Patrimônio Líquido (+PL);
U1 - Introdução à contabilidade comercial38
Diminutivos ou negativos quando trazem diminuição do 
Patrimônio Líquido (-PL). Veja alguns exemplos: 
a) vendas de mercadoria com lucro adquirida por R$ 100,00 e 
vendida à vista por R$ 120,00.
+ A (120) > -A (100) = +PL (20)
b) Pagamento da duplicata ao fornecedor com cobrança de 
acréscimos legais de R$ 10,00 sendo que o valor original era de R$ 
70,00.
- A (80) > -P (70) = -PL (10)
Dessa forma, podemos concluir que os Fatos Contábeis são 
eventos que provocam alterações no patrimônio da empresa, e as 
Variações Patrimoniais são as modificações no patrimônio geradas 
pelos fatos contábeis.
2.2 Métodos e critérios de escrituração
A Resolução CFC n. 1.330 (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 2011b, p. 1), de 22 de Março de 2011, e os 
procedimentos descritos na ITG 2000 dispõem sobre os critérios 
e procedimentos a serem adotados pela entidade para “[...] a 
escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de 
qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da 
documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do 
profissional da contabilidade”.
Os procedimentos descritos na ITG 2000 devem ser aplicados 
por todas as entidades, independente da natureza e do porte, na 
elaboração da escrituração contábil, observadas as exigências da 
legislação e de outras normas aplicáveis, se houver.
A escrituração contábil deve ser realizada com observância 
aos Princípios de Contabilidade, e o seu nível de detalhamento 
da escrituração contábil deve estar alinhado às necessidades de 
informação de seus usuários. Nesse sentido, a Resolução CFC n. 
1.330 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011b) não 
estabelece o nível de detalhe ou mesmo sugere um plano de contas 
a ser observado.
U1 - Introdução à contabilidade comercial 39
O detalhamento dos registros contábeis é absolutamente 
proporcional à complexidade das operações da entidade 
e dos requisitos de informação a ela aplicáveis exceto 
nos casos em que uma autoridade reguladora assim o 
solicite, não devem necessariamente observar um padrão 
predefinido.
A escrituração contábil deve ser elaborada:
a. em idioma e moeda corrente nacionais;
b. em forma contábil;
c. em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d. com ausência de espaços em branco, entrelinhas, 
borrões, rasuras ou emendas; e
e. com base em documentos de origem externa 
ou interna ou, na sua falta, em elementos que 
comprovem ou evidenciem fatos contábeis.
f. A escrituração em forma contábil deve conter, no 
mínimo:
g. data do registro contábil, ou seja, a data em que o 
fato contábil ocorreu;
h. conta devedora;
i. conta credora;
j. histórico que represente a essência econômica 
da transação ou o código de histórico padronizado, 
neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em 
livro próprio;
k. valor do registro contábil;
l. informação que permita identificar, de forma 
unívoca, todos os registros que integram um mesmo 
lançamento contábil.
O registro contábil deve conter o número 
de identificação do lançamento em ordem 
sequencial relacionado ao respectivo documento 
de origem externa ou interna ou, na sua falta, 
em elementos que comprovem ou evidenciem 
fatos contábeis. As nomenclaturas utilizadas nos 
registros contábeis devem expressar a profundeza 
econômica da transação. (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 2011b, p. 3)
U1 - Introdução à contabilidade comercial40
2.2.1 Documentação contábil
Para que a escrituração contábil seja realizada de forma legítima, 
é necessário que a documentação contábil esteja em perfeita 
ordem. Portanto, a documentação contábil compreende em todos 
os documentos, livros, papéis registros dentre outros implementos 
que possam apoiar a escrituração contábil. 
Conforme a Resolução do CFC n. 1.330/11 (CONSELHO FEDERAL 
DE CONTABILIDADE, 2011b), a Documentação Contábil pode ser 
de origem interna quando gerada dentro da própria empresa, ou 
externa, quando proveniente de terceiros.
A documentação contábil é hábil quando revestida das 
características intrínsecas ou extrínsecas essenciais, 
definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas 
pelos ”usos e costumes”.
Os documentos em papel no caso dos livros podem ser 
digitalizados e armazenados em meio magnético, desde 
que assinados pelo responsável pela entidade e pelo 
profissional da contabilidade regularmente habilitada 
devendo ser submetidos ao registro público competente. 
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011b, p. 5)
2.2.2 Contas contábeis
Conta é o instrumento utilizado para registrar os fatos de idêntica 
natureza que alterem o patrimônio da empresa. Como exemplo, 
temos a entrada e saída de dinheiro, a compra de mercadorias, as 
despesas administrativas, pagamento de fornecedores etc.
No século XIV, o registro das variações patrimoniais consolidou-
se na Itália pelo trabalho elaborado por Frei Luca Pacioli, com a 
divulgação do Método das Partidas Dobradas, que se mostrou o mais 
adequado para produzir informações úteis e capazes de atender às 
necessidades dos usuários na gerência do patrimônio, tornando-se 
um marco na evolução contábil.
Conforme o método, para um ou mais débitos, haverá, 
simultaneamente, um ou mais créditos de igual valor, do mesmo 
modo que a soma dos valores debitados será igual à soma dos 
valores creditados, assim como a soma dos saldos devedores será 
igual à soma dos saldos credores. Portanto, não há débito sem 
crédito correspondente.
U1 - Introdução à contabilidade comercial41
É importante saber que as contas são divididas em contas 
patrimoniais e de resultado. As contas patrimoniais são aquelas 
que representam as que compõem o Ativo, Passivo e Patrimônio 
Líquido. Já as contas de resultado são representadas pelas contas 
de receitas, custos e despesas.
Vamos ver as diferenças entre elas:
As Contas Patrimoniais representam a situação estática, ou 
seja, o próprio Patrimônio. Já as contas de resultado são aquelas 
que exprimem a situação dinâmica, ou seja, fatos que alteram o 
Patrimônio Líquido.
As contas patrimoniais devedoras são representadas pelas contas 
do Ativo com raras exceções que também podemos classificar 
no Passivo ou Patrimônio Líquido conforme sua função. Como 
exemplos podemos citar a conta caixa, bancos conta movimento, 
terrenos, computadores etc. Dessa forma, concluímos que as 
contas do Ativo representam bens e direitos da empresa, ou seja, as 
disponibilidades e os recebimentos futuros.
As contas patrimoniais credoras são representadas pelas contas 
do Passivo e de Patrimônio Líquido, com algumas exceções no 
Ativo conforme sua função. Como exemplos citamos fornecedores, 
impostos a recolher, capital social, lucros acumulados etc. Dessa 
forma, podemos concluir que as contas do Passivo representam as 
obrigações da empresa, ou seja, tudo que ela tem a pagar.
Vamos conhecer um pouco mais das contas de resultado. Essas 
contas são de extrema importância para mensurar o resultado 
operacional das empresas, pois o valor da diferença entre os saldos 
de suas contas devedoras em confronto com as de saldo das 
credoras irá mensurar o resultado do exercício, ou seja, o lucro ou 
o prejuízo.
As contas de resultado devedoras são representadas pelas contas 
de custos e despesas. Essas contas são sempre debitadas quando 
há saídas de elementos do Ativo ou quando a empresa assume 
um novo Passivo. Esses acontecimentos diminuem o resultado 
do período em questão. Como exemplo podemos citar as contas 
de salários e ordenados, compras de mercadorias, despesas com 
materiais de consumo etc.
Já as contas de resultado credoras são representadas pelas 
receitas, que são sempre creditadas quando há entrada de 
U1 - Introdução à contabilidade comercial42
elementos no ativo ou a extinção de um Passivo sem redução do 
Ativo. Como exemplo de contas de receitas, temos, as contas de 
receitas de vendas, juros ativos etc.
Agora, um resumo para você não ficar em dúvida na hora 
de realizar o lançamento contábil, são regrinhas simples e que 
funcionam mesmo, facilitando seu entendimento quanto à 
sistemática de escrituração contábil:
BENS E DIREITOS = ATIVO 
OBRIGAÇÕES = PASSIVO
Quadro 1.2 | Resumo para a contabilização
Quadro 1.3 | Regra do efeito sobre o saldo
24 C O N T A B I L I D A D E C O M E R C I A L
terrenos, computadores etc. Dessa forma, concluímos que as contas do Ativo represen-
tam bens e direitos da empresa, ou seja, as disponibilidades e os recebimentos futuros.
As contas patrimoniais credoras são representadas pelas contas do Passivo e de 
Patrimônio Líquido, com algumas exceções no Ativo conforme sua função. Como 
exemplos citamos fornecedores, impostos a recolher, capital social, lucros acumu-
lados etc. Dessa forma, podemos concluir que as contas do Passivo representam as 
obrigações da empresa, ou seja, tudo que ela tem a pagar.
Vamos conhecer um pouco mais das contas de resultado. Essas contas são de ex-
trema importância para mensurar o resultado operacional das empresas, pois o valor da 
diferença entre os saldos de suas contas devedoras em confronto com as de saldo das 
credoras irá mensurar o resultado do exercício, ou seja, o lucro ou o prejuízo.
As contas de resultado devedoras são representadas pelas contas de custos e 
despesas. Essas contas são sempre debitadas quando há saídas de elementos do 
Ativo ou quando a empresa assume um novo Passivo. Esses acontecimentos dimi-
nuem o resultado do período em questão. Como exemplo podemos citar as contas 
de salários e ordenados, compras de mercadorias, despesas com materiais de 
consumo etc.
Já as contas de resultado credoras são representadas pelas receitas, que são sempre 
creditadas quando há entrada de elementos no ativo ou a extinção de um Passivo sem 
redução do Ativo. Como exemplo de contas de receitas, temos, as contas de receitas 
de vendas, juros ativos etc.
Agora, um resumo para você não ficar em dúvida na hora de realizar o lançamento 
contábil, são regrinhas simples e que funcionam mesmo, facilitando seu entendimento 
quanto à sistemática de escrituração contábil:
BENS E DIREITOS = ATIVO
OBRIGAÇÕES = PASSIVO
Quadro 1.2 Resumo para a contabilização
Grupo Débito Crédito
Ativo Entrada de bens ou direitos Saída de bens ou direitos
Passivo e Patrimônio 
Líquido
Redução das obrigações com 
terceiros ou do capital social
Aumento das obrigações com 
terceiros ou do capital social
Receitas
Somente em caso de estornos ou 
de transferências
Registro das vendas de merca-
dorias
Custos e Despesas
Registro dos gastos pelo regime 
de competência
Somente em caso de estornos ou 
de transferências
Fonte: Do autor (2013).
89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:19 - January 31, 2014 - PG-36
Fonte: Do autor (2013).
Fonte: Do autor (2013).
Em resumo a regra básica do efeito sobre o saldo é:
Para entender melhor o Quadro 1.3, acompanhe:
Vamos simular o pagamento de uma duplicata a fornecedor 
à vista pelo caixa. Nessa situação debitamos a conta contábil 
intitulada “Fornecedores” e creditamos a conta “Caixa”. Vamos 
entender a prática do quadro. Primeiro a conta “Fornecedores” é 
uma obrigação, portanto, classificamos no Passivo. Muito bem, 
agora, o ato de pagar o fornecedor significa dizer que estaremos 
diminuindo o Passivo. Veja no quadro, que, se o Passivo diminuir, 
devemos debitar a conta correspondente à operação. O mesmo 
acontecerá com a conta “Caixa”, que é uma conta do Ativo. Veja 
I n t r o d u ç ã o à c o n t a b i l i d a d e c o m e r c i a l 25
Em resumo a regra básica do efeito sobre o saldo é:
Quadro 1.3 Regra do efeito sobre o saldo
Grupo Débito Crédito
Ativo Aumenta Diminui
Passivo e Patrimônio Líquido Diminui Aumenta
Receitas Diminui Aumenta
Custos e Despesas Aumenta Diminui
Fonte: Do autor (2013).
Para entender melhor o Quadro 1.3, acompanhe:
Vamos simular o pagamento de uma duplicata a fornecedor à vista pelo caixa. 
Nessa situação debitamos a conta contábil intitulada “Fornecedores” e creditamos a 
conta “Caixa”. Vamos entender a prática do quadro. Primeiro a conta “Fornecedores” 
é uma obrigação, portanto, classificamos no Passivo. Muito bem, agora, o ato de pagar 
o fornecedor significa dizer que estaremos diminuindo o Passivo. Veja no quadro, 
que, se o Passivo diminuir, devemos debitar a conta correspondente à operação. O 
mesmo acontecerá com a conta “Caixa”, que é uma conta do Ativo. Veja que quando 
as contas do Ativo diminuem, significa que elas deverão ser creditadas.
2.3 Reconhecimento dos elementos patrimoniais e de 
resultado
Os elementos patrimoniais e de resultado nada mais são do que as contas do Ativo, 
Passivo, Patrimônio Líquido e as Contas de Resultado. Para tratar desse assunto, vamos 
estudar a Resolução CFC n. 1.374/11 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 
2011c), mais precisamente o seu capítulo 4, que dispõe sobre os elementos e sua 
respectiva mensuração dentro das demonstrações contábeis.
2.3.1 Ativos
Ativo − é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos pas-
sados e do qual se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade.
Quando dito recurso controlado pela entidade como resultado de eventos pas-
sados vale lembrar que, embora a contabilidade tenha valor preditivo, ela tem a 
capacidade

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