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NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 1 NORMA REGULAMENTADORA Nº 10 CURSO BÁSICO SEGURANÇA EM SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 2 SUMÁRIO Pág. 1 – Introdução à segurança com eletricidade ............................................................... 03 2 – Eletricidade ................................................................................................................ 05 3 – Técnicas de análise de risco .................................................................................... 51 4 – Medidas de controle do risco elétrico ..................................................................... 72 5 – Normas técnicas brasileiras - NBR da ABNT e outras ........................................... 104 6 – Regulamentações do MTE ........................................................................................ 108 7 – Norma Regulamentadora Nº 10 ................................................................................ 121 8 – Equipamentos de proteção coletiva......................................................................... 140 9 – Equipamentos de proteção individual.................................................................... 142 10 – Rotinas de trabalho.................................................................................................. 157 11 – Documentação de instalações elétricas................................................................. 163 12 – Responsabilidades.................................................................................................. 164 NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 3 CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE 1 - INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE A atualização da legislação brasileira (NR-10) referente à prevenção de acidentes do trabalho tornou-se um dos principais dispositivos à disposição de trabalhadores e empregadores para garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável. Em 1983, entrou em vigor a 1a edição da Norma Regulamentadora Nº 10 (NR-10) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Embora de grande alcance para a época, seu texto se tornou inadequado às atuais exigências para a segurança do trabalhador. A Comissão Tripartite Paritária Permanente – CTPP, pelo Grupo Técnico Tripartite de Energia – GTTE, o Ministério de Trabalho e Emprego, promoveu a atualização da Norma que versa sobre o assunto de sua responsabilidade, alinhando-a a modernos conceitos de segurança e saúde em instalações e serviços com eletricidade O novo texto da Norma Regulamentadora Nº 10, foi instituído através da portaria nº 598 de 07 de dezembro de 2004, e foi publicado no Diário Oficial da União de 08 de dezembro de 2004 e altera a redação anterior da Norma Regulamentadora n° 10, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 1978. Esta revisão da Norma dispõe sobre diretrizes básicas para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, destinados a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que direta ou indiretamente interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade nos seus mais diversos usos e aplicações, e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades. SEGURANÇA EM SERVIÇOS COM ELETRICIDADE OBJETIVO: Estabelecer requisitos mínimos para garantir a segurança nos trabalhos em eletricidade e o cumprimento da NR-10 (Segurança em instalações e serviços em eletricidade). NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 4 APLICAÇÃO: Aplica-se a todos os serviços em instalações, sistemas e equipamentos elétricos. Serviços em instalações elétricas são aqueles onde é previsto ou possível o contato do trabalhador com partes destinadas à condução de corrente elétrica em condições normais de desempenho da instalação. Dessa forma, são exemplos de serviços em instalações elétricas: - Extrair e inserir gavetas elétricas ou disjuntores, independente da tensão; - Executar ou reapertar ligações entre condutores elétricos; - Trocar lâmpadas, luminárias, reatores, bocais; - Trocar fusíveis; - Intervir em sistemas de corrente contínua de alta potência (Ex: Retificadores e bancos de baterias), mesmo se em extra-baixa tensão. Os serviços na chamada zona livre (ver Anexo I – Zona de Risco e Zona Controlada) são considerados serviços fora da área energizada. Exemplos de serviços na zona livre: - Reapertar parafusos de tampa de caixa de ligação ou de caixa de passagem, pelo lado de fora e com tampa fechada; - Também não são serviços em instalações elétricas aqueles em instrumentação (Ex: Solenóide, sensores, transmissores de sinal, conversores de sinal e controladores de processo), desde que alimentados em extra-baixa tensão (menor que 50Vca ou 120Vcc). ELETRICIDADE: A eletricidade é a forma de energia mais utilizada na sociedade atual, considerando a eletricidade silenciosa, inodora e invisível, mas que apresenta um grande potencial de acidentes em conseqüência dessa “invisibilidade”, a pessoa é, muitas vezes, exposta a situações de risco ignoradas ou mesmo subestimadas. Infelizmente, conforme demonstram as estatísticas, o acidente elétrico quase sempre deixa grandes sequelas e pode causar até a morte. O objetivo básico deste curso é permitir ao treinando o conhecimento básico dos riscos a que se expõe uma pessoa que trabalha com instalações ou equipamentos elétricos, incentivar o desenvolvimento de um espírito crítico que lhe permita avaliar tais riscos e apresentar de forma abrangente sistemas de proteção coletiva e individual que deverão ser utilizados na execução de suas atividades. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 5 ELETRICIDADE 1 - Introdução A eletricidade é a forma de energia mais usada em todo o mundo. Sem ela não há dúvida de que o homem não teria as maravilhas que dispõe hoje. Ao acendermos uma simples lâmpada ou ligarmos o mais complexo dos aparelhos devemos sempre estar conscientes de que vários fenômenos elétricos estão ocorrendo naquele momento. Podemos afirmar que a eletricidade está presente em quase todos os instantes de nossas vidas. Nos momentos de lazer ou de trabalho estamos de uma forma ou de outra, utilizando a eletricidade. Há muitos anos o homem vem se preocupando em desvendar os segredos que envolvem esta forma de energia tão maravilhosa; as pesquisas e os estudos têm sido muitos, mas, apesar de todos os avanços que têm sido alcançados podemos afirmar que a eletricidade, na sua essência, continua sendo um mistério. E é exatamente esta série de dilemas que nos faz cada vez mais ficar fascinados pelo estudo da eletricidade. Eletricidade 1.1- Estrutura da Matéria Todos os corpos existentes na natureza são constituídos de matéria. Se pudéssemos observar a menor parte (dividindo-a ao meio até encontrarmos esta parte) da matéria, veríamos que ela é formada de pequenas partículas que recebem o nome de átomos.Átomos São as Partículas Formadoras de Toda a Matéria NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 6 Estudo do Átomo Os átomos são tão pequenos, que 100 milhões deles, um ao lado do outro, formarão uma reta de 10 mm de comprimento. 100 000 000 de átomos = Um átomo não pode ser visto a olho nu, mas, caso isso fosse possível veríamos que ele é formado por três partículas: prótons, nêutrons e elétrons (que são chamadas de partículas subatômicas). Os prótons e nêutrons encontram-se numa parte central do átomo chamada de núcleo, enquanto os elétrons giram em torno desse núcleo, constituindo a eletrosfera. Os Átomos São Formados por Prótons, Nêutrons e Elétrons. 1.2- CARGA ELÉTRICA Verifica-se que os prótons e os elétrons são providos de certa propriedade à qual se deu o nome de carga elétrica (também chamada de quantidade de eletricidade). Os nêutrons não apresentam essa propriedade e, por isso, são desprovidos de eletricidade. As cargas elétricas presentes nos prótons e nos elétrons são de características opostas e, por isso, diz-se que as primeiras são positivas (+), enquanto que as outras são negativas (-). Prótons: São partículas subatômicas que possuem cargas elétricas Positivas (+) Elétrons: São partículas subatômicas que possuem cargas elétricas Negativas (-) Nêutrons: São partículas subatômicas que não possuem cargas elétricas. Núcleo: É o centro do átomo onde estão os Prótons e Nêutrons. Eletrosfera: São as camadas ou órbitas formadas pelos elétrons que se movimentam em trajetórias circulares em volta do núcleo. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 7 A eletrosfera pode ser composta por camadas, identificadas pelas letras maiúsculas K, L, M, N, O, P e Q. Cada camada da eletrosfera é formada por um número máximo de elétrons, conforme você pode observar na tabela abaixo. A distribuição de prótons, nêutrons e elétrons é que de fato diferenciará um material do outro. - Mais camadas − Menos força de atração exercida pelo núcleo. Quanto mais elétrons. − Mais livres os elétrons da última camada. − Mais instável eletricamente. − Mais condutor o material. − Menos camadas − Mais força de atração exercida pelo núcleo. Quanto menos elétrons. − Menos elétrons livres. − Mais estável eletricamente. − Mais isolante o material. - Prata / Ar Seco - Cobre / Vidro Condutores / Isolantes - Alumínio / Mica - Zinco / Borracha - Latão / Amianto - Ferro / Baquelite NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 8 1.3- Corrente Elétrica A corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas elétricas, mas, como sabemos que as únicas partículas que podem ser deslocadas são os elétrons e, mais facilmente os elétrons livres. Podemos então afirmar que: Corrente Elétrica é o Movimento Ordenado de Elétrons Livres em um Caminho Condutor. A corrente elétrica é representada por I ou i e a sua unidade de medida é o Ampére, que se abrevia sempre por A. O Instrumento Usado Para Medir Corrente Elétrica é o Amperímetro. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 9 Em eletricidade existem dois tipos de corrente que se distinguem pela forma como os elétrons se deslocam no interior dos condutores. A corrente contínua e a corrente alternada. Vejamos em linhas gerais quais as diferenças entre as duas: Corrente Contínua é Aquela em Que os Elétrons se Deslocam Sempre no Mesmo Sentido. Corrente Alternada é Aquela em Que os Elétrons Períodicamente Invertem o Seu Deslocamento e em Cada Instante Tem um Valor Diferente. 1.4- Diferença de Potencial Vimos que a corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons. Mas para que os elétrons se desloquem é necessário que uma força atue sobre eles. Essa força recebe o nome de diferença de potencial (ddp) e também é conhecida por tensão (E), força eletromotriz (f.e.m) ou ainda voltagem (V). Todos estes termos servem para dar nome à força que dá origem ao movimento dos elétrons, isto é, a corrente elétrica. A unidade de medida da tensão elétrica é o VOLT, que é se abrevia sempre por V. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 10 O Instrumento Usado Para Medir Tensão Elétrica é o Voltímetro. 1.5- Resistência Elétrica Quando uma corrente elétrica atravessa um material qualquer ela encontra uma certa dificuldade que recebe o nome de Resistência Elétrica. Resistência Elétrica é a Dificuldade Oferecida a Passagem da Corrente Elétrica. Todos os materiais existentes na natureza oferecem resistência à passagem da corrente elétrica. As características do material e as condições em que ele se encontra é que definem o valor da sua resistência elétrica. A resistência elétrica de um corpo é sempre representada pela letra R. A unidade de medida da resistência é o OHM, que se representa (Ω) . O Instrumento Usado Para Medir Resistência Elétrica é o Ohmímetro. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 11 1.5.1 - Fatores Que Influem na Resistência Elétrica de um Condutor: 1.5.1.1- Temperatura Verifica-se, na prática que o valor da resistência elétrica de um corpo varia em função da sua temperatura. Essa afirmação pode ser constatada em laboratório ao medirmos a resistência de um determinado corpo à temperatura ambiente e depois de o aquecermos. Verifica- se, nesse caso, que o valor da resistência dos metais aumenta quando eles são aquecidos e diminui quando os mesmos são resfriados. Dizemos então, que a resistência de um corpo metálico é uma função direta da sua temperatura. Ao Aquecermos um Corpo Metálico a Sua Resistência Elétrica Aumenta. Ao Resfriarmos um Corpo Metálico a Sua Resistência Elétrica Diminui. 1.5.1.2- Comprimento Se um corpo tiver o seu comprimento cortado pela metade verificamos que a sua resistência também será reduzida à metade. Isto pode ser explicado da seguinte forma: Os elétrons, ao atravessarem o corpo inteiro, encontrarão um determinado número de obstáculos, o que vai caracterizar um certo valor de resistência elétrica, caso esse corpo tenha o seu comprimento cortado pela metade o mesmo ocorrerá com o número de obstáculos encontrados pelos elétrons no seu deslocamento, o que faz com que a resistência tenha seu valor reduzido à metade. A Resistência Elétrica é Diretamente Proporcional ao Comprimento do Corpo. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE12 1.5.1.3- Seção Transversal Um fenômeno inverso ocorre quando cortamos um corpo no sentido da sua seção transversal. Nesse caso a passagem para os elétrons torna-se mais difícil, fazendo, portanto, com que a sua resistência elétrica aumente. A Resistência Elétrica é Inversamente Proporcional a Seção Transversal do Corpo. 1.5.1.4- Material A resistência elétrica, também varia em função do material do corpo. 1.6- Lei de Ohm George Simon Ohm foi o cientista que no século XIX demonstrou experimentalmente a constante de proporcionalidade, entre a corrente elétrica, a tensão e a resistência. Essa relação é denominada Lei de Ohm e é expressa literalmente como: A Intensidade da Corrente é Diretamente Proporcional a Tensão Aplicada e Inversamente Proporcional a Resistência do Circuito. Na forma de equação a Lei de Ohm é expressa como: I = V ∕ R NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 13 1.7- Potência: Toda e qualquer forma de energia usada para realizar um trabalho. POTÊNCIA ELÉTRICA - É a capacidade que uma máquina elétrica possui de realizar trabalho num certo período de tempo. A unidade de potência mais usual é o Watt, mas algumas pessoas, usam também o cv (cavalo-vapor) e o HP (Horse-Power) que valem, aproximadamente 750 W. 1 CV ou 1 HP = 750 Watts Obs: Pelas normas ABNT não é prática o uso das grandezas HP e cv, sendo adotada a grandeza kw. Há três fórmulas que nos permitem calcular a potência elétrica: P = V I P = V2 / R P = R I2 Nas três formulas P representa a potência medida em Watts, V representa a tensão medida em Volts, I representa a corrente medida em Ampéres e R é a resistência medida em Ω. 1.7.1 - Potência Nos Circuitos Elétricos Potência nos Circuitos de CC A potência consumida por um circuito de corrente contínua é dada em watts, pelo produto da tensão pela corrente. Potência nos Circuitos de CC Em corrente alternada, o produto tensão x corrente, representa a potência aparente do circuito, isto é, a potência que o circuito aparenta ter uma vez que há uma defasagem entre E e I. É medida em volt-ampères (VA). ENERGIA: Para que um trabalho seja realizado, evidentemente, é necessário um certo tempo. Podemos afirmar que a energia é a velocidade com que a potência é usada na realização de um trabalho em um determinado tempo. Essa definição é genérica e serve para todos os tipos de energia, seja ela elétrica, mecânica, calorífica, luminosa ou outra forma qualquer existente na natureza. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 14 1.7.1.1- Circuito Resistivo Num circuito composto só por resistências tais como chuveiros, aquecedores, fornos elétricos, etc., vamos observar que a corrente permanente está em fase com a tensão. 1.7.1.2- Circuito Indutivo No circuito composto por bobinas, características dos motores, observamos uma defasagem de até ¼ ciclos entre a corrente e a tensão. A corrente fica atrasada em até 90º em relação à tensão. 1.7.1.3- Circuito Capacitivo Em um circuito composto por capacitores vamos observar que também há uma defasagem de até 90º, só que a corrente será sempre adiantada em relação à tensão. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 15 Se um circuito for constituído só por resistência (resistivo), encontramos uma energia que é transformada em outras formas de energia, denominada Potência Útil ou Potência Ativa. Se um circuito for constituído por Resistência e bobinas, encontramos além da Potência Ativa as Potências Reativa e Aparente. 1.7.2 - Potência Ativa É aquela que efetivamente é transformada, produzindo trabalho nos circuitos de CA, é chamada potência ativa, e a sua unidade é o Watt (W), ou quilowatt (kW), é obtida pelo produto: W = E x I x cos È a energia faturada nos consumidores ligados em Baixa Tensão, a Concessionária somente apresenta o valor da Energia Ativa consumida no período (mês) expressa em kWh. 1.7.3 - Potência Reativa É aquela que não produz trabalho, utilizada para criar fluxo magnético necessário ao funcionamento de equipamentos como motores, transformadores, reatores, etc. A potência Reativa pode ser indutiva (causada por bobinas) ou capacitiva (causada por capacitores) e sua unidade é o Volt Ampére Reativo (VAr) ou Quilo Volt Ampére Reativo (kVAr). 1.7.4 - Potência Aparente Potência aparente ou Potência Total é aquela que a Concessionária realmente fornece ao consumidor. Somando-se vetorialmente as Potências Ativa e Reativas, obteremos a Potência Aparente que é expressa em Volt Ampére (VA) ou Quilo Volt Ampére (kVA). Triângulo das Potências NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 16 1.8 - Fator de Potência No triângulo das potências observamos que um ângulo é formado entre a Potência Ativa e a Potência Aparente. A razão entre a Potência Ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das Potências Ativa e Reativa, consumidas num período especificado. Fp = Potência Ativa (kW) Potência Aparente (kVA) Fp = _______kWh_________ (kVArh)² + (kW) 1.9 - Energia As Companhias Distribuidoras de Eletricidade preocupam-se em saber não apenas quantos Watts são consumidos, mas também o tempo durante o qual ocorre esse consumo. É evidente que o consumidor que deixe uma lâmpada de 100 W, por exemplo, ligada durante três horas terá que pagar mais que um outro que deixe a mesma lâmpada ligada durante duas horas. Para isso as concessionárias multiplicam a potência consumida pelo tempo durante o qual os aparelhos ficaram ligados. Calcula-se então, a energia elétrica que, nesses casos, é medida em kWh (Quilo – Watt hora). 1 Kwh CORRESPONDE a 1000 WATTS CONSUMIDOS em 1 HORA Exemplo: Quanto se deve pagar no final de um mês de 30 dias por uma lâmpada de 100 W ligada durante 8 horas por dia? Dados: P = 100 W = 0,1 KW Tempo = t = 8 horas x 30 dias = 240 horas Custo do KWh = R$ 0,24 (valor usado como exemplo) Solução: Custo = 0,1 x 240 x 0,24 = R$ 5,76 NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 17 2 - RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE / DISCUSSÃO DE CASOS a) - O Choque Elétrico Os riscos de acidentes dos empregados que trabalham com eletricidade, em qualquer das etapas de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, são partes integrantes desta Norma Regulamentadora - Instalações e Serviços em Eletricidade - NR10 do Ministério do Trabalho e Emprego. ▪ O choque elétrico é o conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifestam no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por corrente elétrica. ▪ O choque elétrico acontece porque o corpo humano se comporta como um condutor elétrico, possibilitando a passagem da corrente elétrica eoferecendo uma "resistência" através dele. Uma pessoa está em contato com o solo e toca em algo energizado (um motor, um chuveiro, uma resistência, um fio descascado, a parte metálica de uma lâmpada, etc). A corrente elétrica vai escoar para o solo por meio do corpo da pessoa, que dizemos, estará aterrando o circuito. A essa passagem de energia denominamos choque elétrico fase-terra. Também pode ocorrer choque elétrico se a pessoa entrar em contato com dois fios de fases diferentes. Nesse caso, independente se está em contato com o solo ou não, haverá a passagem de corrente elétrica pelo corpo, constituindo-se num choque elétrico entre fases. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 18 Ou seja, o choque elétrico só acontecerá quando a pessoa estiver submetida a uma diferença de potencial (força eletromotriz, tensão ou voltagem) e circular por seu corpo uma corrente elétrica. 1 - Tensão elétrica - Quanto maior a tensão maior será o choque elétrico e suas conseqüências. 1.1 - Corrente elétrica É o movimento ordenado de elétrons livre, em um circuito fechado de material condutor, quando existir uma fonte de tensão elétrica (DDP). (Quanto maior for a corrente circulando pelo corpo, maior será o choque elétrico e suas consequências). NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 19 1.2- Choque produzido por contato com circuito energizado Aqui o choque surge pelo contato direto ou indireto da pessoa com a parte energizada da instalação; o choque dura enquanto permanecer o contato e a fonte de energia estiver ligada. O corpo humano, não só pela natureza de seus tecidos como pela grande quantidade de água que contém, tem comportamento semelhante a um condutor elétrico, ou seja, conduz corrente elétrica. As conseqüências do choque elétrico podem ser pequenas contrações, lesões irreparáveis e até mesmo a morte. Assim como todo elemento condutor, o corpo humano também apresenta valores de resistência elétrica – R (resistência ôhmica). 1.3 - Resistência elétrica – Embora o corpo humano deva ser considerado um condutor complexo, em parte eletrolítico e polarizável, pode-se assimilá-lo aos condutores metálicos e definir sua resistência ôhmica como o quociente da tensão a ele aplicada pela intensidade da corrente que nele transita. Quando o corpo humano é intercalado por um circuito energizado, passa a ser percorrido por uma corrente elétrica, cuja intensidade, de acordo com a lei de Ohm dependerá: • Da tensão existente entre os pontos de entrada e saída da corrente no corpo (V); NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 20 • Da resistência dos dois contatos do corpo com o circuito (Rc1 e Rc2); • Da resistência do corpo entre os dois contatos (Rh). O valor da resistência ôhmica do corpo humano varia de pessoa para pessoa, e depende de alguns fatores: a) área de contato; b) pressão de contado; c) resistência da pele; d) umidade da pele e e) trajetória da corrente pelo corpo humano. A oposição a passagem da corrente elétrica no corpo humano (a resistência), depende: - da pele (áspero, seco, úmido, calosidade, etc) - das condições físicas; - da natureza do contato (solo úmido); - da superfície; e - do tempo de contato. 1.4 - Limiar 1.4.1- Limiar de Sensação (Percepção) O corpo humano começa a perceber a passagem de corrente elétrica a partir de 1 mA. 1.4.2- Limiar de Não Largar Quando tocamos um objeto energizado, o cérebro emite um impulso elétrico para a mão afim de que esta solte o objeto. Por outro lado, a corrente alternada a partir de determinado valor, excita os nervos provocando contrações musculares permanentes, com isso o efeito de agarramento que impede a vítima de se soltar do circuito. A intensidade de corrente para esse limiar varia entre 9 e 23 mA para os homens e 6 a 14 mA para as mulheres. Esse valor corrente é denominado limiar de não largar. 1.4.3- Limiar de Fibrilação Ventricular Ocorre com baixos valores de correntes. 1.5 - Efeitos da Corrente Elétrica no Corpo Humano Os efeitos do choque elétrico no corpo humano variam e dependem principalmente dos seguintes fatores: a) Intensidade da Corrente Quanto maior for a intensidade da corrente que percorrer o corpo, pior será o efeito sobre o mesmo. As correntes elétricas de baixa intensidade provocam a contração muscular, situação em que a vítima muitas vezes não consegue se desprender do objeto energizado. b) Freqüência NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 21 Para o ser humano o limiar da sensação da corrente alternada cresce com a freqüência desta. De 1 mA para a corrente de freqüência industrial, chega a 1,5 mA para a freqüência de 500 Hz, atingindo 150 mA para a freqüência de 100.00Hz. As correntes de alta freqüência, acima de 100.000 Hz, têm seus efeitos limitados ao aquecimento (efeito jaule), o que, aliás, é explorado em eletroterapia. CA c) Tempo de Duração Quanto maior for o tempo de exposição à corrente elétrica, maior será seu efeito danoso no organismo. Dependendo do valor, a corrente produzirá asfixia e fibrilação ventricular, ocasionando uma parada cardíaca. d) Natureza da Corrente O corpo humano é mais sensível à corrente alternada de freqüência industrial (50/60 Hz) do que à corrente contínua. O limiar de sensação da corrente contínua é da ordem de 5 miliampères, enquanto que na corrente alternada é de 1 miliampère. A corrente elétrica passa a ser perigosa para o homem a partir de 9 miliampères, em se tratando de corrente alternada, e, 45 miliampères para corrente contínua. Natureza da corrente NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 22 e) Condições Orgânicas do Indivíduo Os efeitos do choque elétrico variam de pessoa para pessoa, e dependem principalmente das condições orgânicas da vítima. Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, mentais, deficiência alimentar, etc., estão mais propensas a sofrer com maior intensidade os efeitos do choque elétrico. Os idosos submetidos a uma intensidade de choque elétrico relativamente fraca, podem sofrer sérias conseqüências. f) Sintomas do Choque Elétrico: I)- Queimaduras dos ossos, músculos, órgãos, pele, etc.. Geralmente a corrente elétrica atinge o organismo humano através do revestimento cutâneo. Por este motivo, cerca de 84% das vítimas de acidentes com eletricidade apresentam queimaduras no seu corpo. As características das queimaduras provocadas por eletricidade apresentam diferenças em relação às queimaduras provocadas por agentes químicos ou radiações. Quando o organismo humano é submetido a um choque elétrico, as queimaduras são geralmente menos dolorosas, uma vez que a passagem da corrente elétrica poderá destruir as terminações nervosas, e tende a progredir em profundidade (com vaporização do plasma e sangue do corpo; perda de massa muscular e atrofia da região), pois elas tendem a progredirem profundidade, mesmo depois de desfeito o contato elétrico ou a descarga. Em relação às queimaduras por efeito térmico, podemos afirmar que a passagem da corrente elétrica através de um condutor cria o chamado efeito jaule, ou seja, uma certa quantidade de energia elétrica é transformada em calor. Conforme a intensidade do choque elétrico, as queimaduras poderão ser: 1º Grau ou Superficiais - Quando atingem a camada mais superficial da pele, causando ferimento leves, vermelhidão e ardor; 2º Grau - Quando compromete a superfície e a camada intermediária da pele (epiderme e derme), provocando bolhas e dor intensa. 3º Grau - Quando ocorre lesão da epiderme, derme e de tecidos profundos (músculos, nervos, vasos etc.). A pele fica carbonizada ou esbranquiçada e há ausência de dor. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 23 Onde: W - Energia dissipada R - Resistência I - Intensidade da corrente t - Tempo II)- Parada respiratória; A parada respiratória pode ocorrer direta ou indiretamente devido ao choque elétrico. Choque com corrente elétrica menor do que a do limite de fibrilação ventricular do coração produz comprometimento na capacidade respiratória do indivíduo, devido a fadiga e tensionamento do músculo diafragma. Se o choque for maior, o tensionamento exagerado produz a tetanização do diafragma, e em conseqüência a parada respiratória. Se o coração continuar funcionando, a circulação será só de sangue venoso, o que deixa a vítima em estado de morte aparente. Obs.: Em dezembro de 2005 a American Heart Association (AHA) divulgou as mais recentes diretrizes do suporte de vida (ressuscitação cardiopulmonar-cerebral). Apartir de 2010 é sensato que os socorristas leigos e profissionais de saúde realizem compressões torácicas a uma frequência mínima de 100 compressões por minuto III)- Parada cardíaca; O choque pode produzir a tetanização das fibras musculares do tecido do coração. Este estado exagerado do tensionamento das fibras deixa o coração preso. É a parada cardíaca. constante)ΙcomdtR.Ι(WtxΙxRW 2 t t 2 2 1 →== NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 24 Fibrilação ventricular - Quando a corrente elétrica é de intensidade menor do que a capaz de produzir a parada cardíaca, ela pode provocar a despolarização de partes do músculo cardíaco, ocasionando o fenômeno conhecido como fibrilação cardíaca. A fibrilação ventricular é um caso extremamente grave, por ter conseqüências idênticas à da parada cardíaca, com o agravante de que mesmo quando cessa o estímulo elétrico, ao contrário do que acontece na parada cardíaca, o ritmo normal do coração comandado pelo nodo sinoatrial (fica localizado na região superior do átrio direito, tem a função de marca-passo do coração, isto é, comanda o ritmo e frequência do coração) não é retomado e poderá perturbar o seu funcionamento. Os impulsos periódicos que em condições normais regulam as contrações (sístole) e as expansões (diástole) são alterados e o coração vibra desordenadamente (perde o passo). A fibrilação é um fenômeno irreversível que se mantém mesmo depois de desfeito o contato do indivíduo com o ponto energizado. Só pode ser anulada mediante o emprego de um equipamento conhecido por desfibrilador; IV)- Prolapso em órgãos ou músculos; Prolapso é o deslocamento, com mudança definitiva de órgão ou músculos, devido a passagem da corrente elétrica do choque. O corpo sofre uma convulsão. Os músculos se contraem, o sangue se dilata, há uma pane nos sistemas neurotransmissores. Em conseqüência, pode se produzido o prolapso de qualquer órgão. V)- Problemas mentais; Muitos acidentes ocorrem com choque na parte superior da cabeça e a corrente passando através do cérebro, pode produzir efeitos diversos, com seqüelas graves, inclusive a morte. Os efeitos são: • Inibição do cérebro; • Dessincronização nos seus comandos; • Edema; • Isquemia; • Aquecimento; NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 25 . Dilatação. No caso da isquemia (suspensão ou baixa, localizada de irrigação sanguínea, devido a má circulação arterial) as seqüelas podem ser: • Perda da memória; • Perda do raciocínio; • Perda da fala; • Comprometimento nos movimentos; • Perda da visão; O choque na cabeça ou pescoço, inevitavelmente atingirá o bulbo, produzindo conseqüências no centro cardiorrespiratório. VI)- Perdas de coordenação motora; Choque pode prejudicar a coordenação motora da pessoa, principalmente por: • Atrofia muscular; • Danos neurológicos; • Choque elétrico, superposto ao sinal transmissor natural do corpo, provoca uma pane geral, advindo daí toda a sorte de riscos e seqüelas. Seqüelas diversas, com possível perda de sensibilidade e coordenação motora. VII)- Problemas renais; A corrente elétrica, ao passar pelos rins pode comprometer o funcionamento deste órgão, geralmente produzindo os seguintes efeitos: • Insuficiência renal; • Enuresia (incontinência urinária). Os problemas renais geralmente aparecem depois de um certo tempo, ficando difícil fazer a correlação do efeito com choque elétrico. VIII)- Retensão sangüínea; No caso específico do corpo humano, que é constituído de 70% de matéria liquida, possui vários tipos de sais minerais, o choque em corrente contínua provoca a eletrólise no sangue e no plasma líquido de todo o corpo. Este efeito pode ocasionar: • Mudança da concentração de sais minerais, produzindo desequilíbrio, gerando mal funcionamento de outros elementos; • Aglutinação de sais, produzindo bolinhas que provocam coágulos no sangue. Estes coágulos aumentam ou se aglutinam com outros, aumentando o tamanho, provocando trombose nas artérias, veias, vasos, etc..com a conseqüente morte da pessoa. IX)- Outros. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 26 Danos na Visão Os danos, decorrentes do choque, causados no olho humano, podem ser diretos ou indiretos. E pode prejudicar a visão. Tabela 1 – Possíveis Conseqüências do Choque Elétrico no Corpo Humano. A morte por asfixia poderá ocorrer, se a intensidade da corrente elétrica for de valor elevado, normalmente acima de 30 mA e circular, pelo diafragma, por um período de tempo relativamente pequeno, normalmente por alguns minutos. A asfixia advém do fato do diafragma da respiração se contrair, cessando assim, a respiração. Se não for aplicada a respiração artificial dentro de um intervalo de tempo inferior a seis minutos, ocorrerão sérias lesões cerebrais e possível morte. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 27 Tabela 2 – Classificação das características da pele. As chances de salvamento da vítima de choque elétrico diminuem com o passar de alguns minutos. Pesquisas realizadas apresentam as chancesde salvamento em função do número de minutos decorridos do choque aparentemente mortal. Pela análise da tabela 3 esperar a chegada da assistência médica para socorrer a vítima é o mesmo que assumir a sua morte, então não se deve esperar, o caminho é a aplicação de técnicas de primeiros socorros pela pessoa que esteja nas proximidades. Atenção: Se a vítima estiver em contato com o circuito energizado, afastá-la do circuito para iniciar os procedimentos de 1os socorros. Se for circuito de BT e não sendo possível desligá-lo, usar luvas de borracha antes de fazer contato com a vítima. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 28 Se for circuito de AT desligá-lo antes de efetuar contato com a vítima, em casos de contato a nível de solo usar o bastão de salvamento. Bastão de salvamento O bastão de salvamento é feito em fibra de vidro com isolamento de 100kV a cada 30cm. Pode ser utilizado para tracionar a vítima pelo dorso ou pelo tornozelo. Como o ser humano que esteja com parada respiratória e cardíaca poderá ter morte cerebral a partir de 5 minutos, faz-se necessário prestar os primeiros socorros a acidentados, especialmente através de técnicas de reanimação cardiorrespiratória, logo após o resgate. Procedimento operacional - Manutenção em tensões elétrica ≥ 440VAC As instruções de como proceder em caso de descarga elétrica (primeiro socorros) deve estar afixada próximo a área de realização da tarefa. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 29 Na eventual e improvável situação do operador que está realizando a medição em circuito energizado vir a receber uma descarga elétrica, o colega que está alerta e devidamente TREINADO deve providenciar o imediato desligamento do circuito energizado. Em seguida aplicar os primeiros socorros. Tabela 3 – Chances de Salvamento. A INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA SERÁ EXPRESSA PELA FÓRMULA: FÓRMULA: V = R X I onde I = V/R R será o somatório de todas as resistências envolvidas (Rc1 + Rc2 + Rh) A intensidade da corrente que passa pelo corpo humano será: I = (V: (Rc 1 + Rc2 + Rh) Onde: I = Intensidade da corrente que passa pelo corpo V= Tensão aplicada Rc1 = Resistência de contato inicial Rc2 = Resistência de contato final Rh = Resistência do corpo humano NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 30 1.6 - As resistências de contato e do corpo (Rc1 e Rc2) As resistências de contato podem variar dentro de largos limites, dependendo: 1.6.1- Do tipo de pele: A resistência que o corpo humano oferece à passagem da corrente é quase que exclusivamente devida à camada externa da pele. Na pele seca (BB1) e que não apresenta cortes a resistência está situada entre 100KΩ e 600KΩ e a resistência da pele também depende do seu endurecimento (calosidade). Quando a pele encontra-se úmida (BB2), esta resistência pode cair a 1KΩ. A explicação para isto é que a água, penetrando em seus poros, melhora o contato elétrico entre as partes; cortes também oferecem baixa resistência elétrica. 1.6.2- Resistência interna do corpo (Rh) A resistência interna do corpo humano depende do seu percurso, ou seja, dos pontos de ligação entre o corpo e o circuito energizado. OBS: Para trabalhadores do setor elétrico em geral, considera-se a pele em condições úmidas devido ao suor (condição BB2 – vide tabela) com o valor recomendado para cálculo 1000 ohms. Para resistência de contato recomenda-se usar 15.000 ohms dividido pela área de contato em cm². Exemplo explicativo Calcular o efeito da corrente que circula em uma pessoa que toque um condutor energizado com o dedo e uma máquina com a palma da mão, estando essa energizada com diferença de potencial de 120 volts. Considerar a área do dedo como 1 cm² e a área da palma da mão como 60 cm². Solução: R = Rc1 + Rcorpo + Rc2 Rc1 = 15.000/1 = 15.000 ohms (1 é a área do dedo) Rcorpo = 1.000 ohms Rc2 = 15.000/60 = 250 ohms (60 é a área da palma da mão) R= 15.000 + 1.000 + 250 = 16.250 ohms I = 120/16.250 = 0,008 A I = 8 mA NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 31 1) - Olhar na tabela o efeito do choque nestas condições. 2) - E se ao invés de tocar com um dedo fosse com a palma da mão ou o pé? Exercício 1. Calcular o efeito da corrente que circula em uma pessoa que toque um condutor energizado com o dedo e uma máquina com a palma da mão, estando essa energizada com diferença de potencial de 220 volts. Considerar a área do dedo como 1 cm² e a área da palma da mão como 60 cm². Exercício 2. Qual dos circuitos (caso I) ou (caso II) é mais perigoso em caso com contato fase terra? CASO I CASO II Tensão 3000 V Tensão 220 V Corrente 1 A Corrente 150 A A N B ______________________ F1 C F2 F3 OBSERVAÇÃO: O Procedimento operacional PO-GROV-0008 determina que os operadores deverão estar com os EPI’s adequados, luvas de (borracha) alta tensão, carpete de isolação, botas com isolação adequada. 1.7- Choque produzido por contato com corpo eletrizado Neste caso analisaremos o choque produzido por eletricidade estática, a duração desse tipo de choque é muito pequena, o suficiente para descarregar a carga da eletricidade contida no elemento energizado. Na maioria das vezes este tipo de choque elétrico não provoca efeitos danosos ao corpo, devido à curtíssima duração. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 32 1.7.1- Choque produzido por raio (Descarga Atmosférica) Aqui o choque surge quando acontece uma descarga atmosférica e esta entra em contato direto ou indireto com uma pessoa; os efeitos desse tipo de choque são terríveis e imediatos. Ocorre caso de queimaduras grave e até morte imediata. Descargas Atmosféricas O raio é um fenômeno de natureza elétrica, sendo produzido por nuvens do tipo cumulus nimbus, que tem formato parecido com uma bigorna e chega a ter quilômetros de altura e diâmetro. As tempestades com trovoadas se verificam quando certas condições particulares (temperatura, pressão, umidade do ar, velocidade do vento, etc.) fazem com que determinado tipo de nuvem se torne eletricamente carregada internamente. O mecanismo de autoprodução de cargas elétricas vai aumentando de tal modo que dá origem a uma onda elétrica (raio), que partirá da base da nuvem em direção ao solo, buscando locais de menor potencial, definindoassim uma trajetória ramificada e aleatória. Esta primeira onda caracteriza o choque líder que define sua posição de queda entre 20 a 100 metros do solo. A partir deste estágio, o primeiro choque do raio deixa um canal ionizado entre a nuvem e o solo, que desta forma permitirá a passagem de uma avalanche de cargas com corrente de pico em torno de 20.000 ampéres. Após esse segundo choque violento das cargas elétricas passando pelo ar, há o aquecimento deste até 30.000 ºC, provocando assim a expansão do ar (trovão). Neste processo os elétrons retirados das moléculas de ar retornam, fazendo com que a energia seja devolvida sob forma de relâmpago. A descarga atmosférica pode ser ascendente (da terra para a nuvem) ou descendente (da nuvem para a terra) ou ainda entre nuvens. O que são as Descargas Atmosféricas Descargas atmosféricas são descargas elétricas de grande extensão (alguns quilômetros) e de grande intensidade (picos de intensidade de corrente acima de um quiloàmpere), que ocorrem devido ao acúmulo de cargas elétricas em regiões localizadas da atmosfera, em geral dentro de tempestades. A descarga inicia quando o campo elétrico produzido por estas cargas excede a capacidade isolante, também conhecida como rigidez dielétrica, do ar em um dado local na atmosfera, que pode ser dentro da nuvem ou próximo ao solo. Quebrada a rigidez, tem início um rápido movimento de elétrons de uma região de cargas negativas para uma região de cargas positivas. Existem diversos tipos de descargas, classificadas em função do local onde se originam e do local onde terminam. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 33 Como ocorrem Descargas atmosféricas podem ocorrer da nuvem para o solo, do solo para a nuvem, dentro da nuvem, da nuvem para um ponto qualquer na atmosfera, denominados descargas no ar, ou ainda entre nuvens. De todos os tipos de descargas, as intra-nuvem são as mais freqüentes, em parte devido ao fato de a capacidade isolante do ar diminuir com a altura em função da diminuição da densidade do ar, em parte devido às regiões de cargas opostas dentro da nuvem estarem mais próximas que no caso dos outros relâmpagos. Globalmente, elas representam cerca de 70% do número total de descargas. Este percentual varia com a latitude geográfica, sendo em torno de 80-90% em regiões próximas ao equador geográfico e em torno de 50-60% em regiões de médias latitudes. Descargas nuvem-solo As descargas nuvem-solo, também denominados raios, são os mais estudados devido ao seu caráter destrutivo. Elas podem ser divididas em dois tipos ou polaridades, definidas em função do sinal da carga efetiva transferida da nuvem ao solo: negativas e positivas. Os raios negativos, globalmente cerca de 90% dos raios, transferem cargas negativas (elétrons) de uma região carregada negativamente dentro da nuvem para o solo. Os raios positivos, cerca de 10%, transferem cargas positivas de uma região carregada positivamente dentro da nuvem para o solo (na realidade, elétrons são transportados do solo para a nuvem). NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 34 Os raios duram em média em torno de um quarto de segundo, embora valores variando desde um décimo de segundo a dois segundos têm sido registrados. Durante este período, percorrem na atmosfera trajetórias com comprimentos desde alguns quilômetros até algumas dezenas de quilômetros. A corrente elétrica, por sua vez, sofre grandes variações desde algumas centenas de àmperes até centenas de quiloàmperes. A corrente flui em um canal com um diâmetro de uns poucos centímetros, denominado canal do relâmpago, onde a temperatura atinge valores máximos tão elevados quanto algumas dezenas de milhares de graus e a pressão valores de dezenas de atmosferas. Embora o raio possa parecer para o olho humano uma descarga contínua, na verdade em geral ele é formado de múltiplas descargas, denominadas descargas de retorno, que se sucedem em intervalos de tempo muito curtos. Ao número destas descargas, dá-se o nome de multiplicidade do raio. Durante o intervalo entre as descargas, variações lentas e rápidas de corrente podem ocorrer. Raios de Polaridade Negativa Um raio negativo é formado por diversas etapas. Ele inicia com fracas descargas na região de cargas negativas dentro da nuvem, em geral em torno de 5 km, que se deslocam em direção ao centro inferior de cargas positivas ao longo de um período de cerca de 10 milissegundos (ms) denominado período de quebra de rigidez preliminar. Ao final do processo de quebra de rigidez, uma fraca descarga luminosa, geralmente não visível, denominada líder escalonado, se propaga para fora da nuvem em direção ao solo com uma velocidade em torno de 400.000 km/h ao longo do canal de relâmpago. Por transportar cargas negativas, o líder escalonado é dito ser negativo. Líder Escalonado O líder escalonado segue um caminho tortuoso e em etapas, cada uma delas percorrendo de 30- 100 m e com duração em torno de um microssegundo (ms), em busca do caminho mais fácil para a formação do canal. Ao final de cada etapa, há uma pausa de cerca de 50 ms. A maior parte da luminosidade é produzida durante as etapas de um m s, praticamente não havendo luminosidade durante as pausas. Ao todo, o líder escalonado transporta dez ou mais coulombs de carga e aproxima-se do solo em média em 20 ms, dependendo sobre a tortuosidade de seu caminho. A corrente média do líder escalonado é de algumas centenas de àmperes, com pulsos de ao menos um quiloàmpere (kA) correspondentes a cada etapa. Geralmente o líder escalonado ramifica-se ao longo de vários caminhos, embora na grande maioria das vezes um só ramo atinja o solo. Quando o líder escalonado aproxima-se do solo a uma distância de algumas dezenas a pouco mais de uma centena de metros, as cargas elétricas no canal produzem um campo elétrico NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 35 intenso entre a extremidade do líder e o solo, correspondente a um potencial elétrico da ordem de 100 milhões de volts. Este campo causa a quebra de rigidez do ar em um ou mais pontos no solo fazendo com que um ou mais líderes ascendentes positivos, denominados líderes conectantes, saiam do solo propagando-se de forma similar ao líder escalonado. As poucas medidas da velocidade de líderes conectantes indicam valores similares a dos líderes escalonados. Em cerca de 30% dos casos, mais de um líder surge a partir de diferentes pontos no solo. Descarga de Retorno No instante que um líder conectante encontra o líder escalonado, as cargas armazenadas no canal de líder escalonado começam a mover-se em direção ao solo na forma de uma intensa descarga acompanhada de um intenso clarão que propaga-se para cima ao longo do canal com uma velocidade de cerca de 400.000.000 km/h, cerca de um terço da velocidade da luz, iluminando o canal e todas as ramificações. A velocidade do clarão é máxima próxima do solo, diminuindo em até 50% próximo à base da nuvem. Esta descarga, denominada de descarga de retorno, dura cerca de 100 ms e produz a maioria da luz que vemos. As cargas depositadas no canal, bem como aquelas ao redor e no topo do canal movem-se para baixo, produzindo no ponto de contato do líder conectante com o solo (denominado base do canal) um pico de corrente médio de cerca de 30 kA, com variações desde uns poucos quiloàmperes até centenas de quiloàmperes. Valores superiores a 200 kA correspondem a menos de 0,1% doscasos. Até o presente, os máximos valores de corrente de raios negativos já registrados no solo são em torno de 280 kA. Um raio ao cair na terra pode provocar grande destruição, devido ao alto valor de sua corrente elétrica, que gera intensos campos eletromagnéticos, calor, etc. Além dos danos causados diretamente pela corrente elétrica e pelo intenso calor, o raio pode provocar sobretensões (denominada Sobretensão Transitória) em redes de energia elétrica, em redes de telecomunicações, de TV a cabo, antenas para parabólicas, redes de transmissão de dados, etc. Por sua vez, as sobretensões transitórias podem chegar até as instalações elétricas internas, de telefonia, de TV a cabo ou de qualquer unidade consumidora. Os seus efeitos, além de poderem causar danos a pessoas e animais, podem provocar a queima total ou parcial de equipamentos elétricos ou à própria instalação. Como se prevenir Durante uma tempestade, recomenda-se não sair de casa e não permanecer em ruas. Em casa, as chances de ocorrer acidentes diminuem, devido a prédios, árvores e outras residências com proteção, que atraem o potencial da descarga. Porém, mesmo estando em casa, não se deve usar o telefone, com exceção do tipo “sem fio” e também não se aproximar de objetos metálicos (janelas, grades ou tomadas). Os eletrodomésticos devem ser desligados da rede elétrica. Essas diretrizes evitam os efeitos indiretos das descargas, pois a boa condutividade presente nesses objetos pode provocar acidentes. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 36 Havendo a necessidade de permanecer nas ruas, deve-se evitar segurar objetos metálicos longos, como tripés, varas de pesca ou guarda-chuvas. Não se deve empinar pipa ou aviõezinhos com fio. Franklin, por pura sorte, escapou da morte em seu experimento com a pipa. Andar a cavalo também é uma atividade de risco. O cavaleiro comporta-se como uma ponta e poderá atrair o raio. Não se deve nadar. Relâmpagos ocorrem nessas superfícies, ao contrário do que se pensa. Nunca se deve ficar no interior de celeiros, barracos e tendas, que facilmente incendeiam ou se destroem pela força da descarga, tão pouco próximo a linha de energia elétrica ou árvores isoladas. Alguns locais podem servir de esconderijos em uma tempestade: ônibus, veículos fechados metálicos, prédios e moradias com proteção, construções com estrutura metálica, barcos e navios metálicos fechados, abrigos subterrâneos, como túneis e metrôs, vales, desfiladeiros ou depressões no solo. Às últimas regras relacionam-se aos locais onde é extremamente perigoso permanecer: topos de morros, cordilheiras, prédios, áreas abertas como campos de futebol, estacionamentos abertos, quadras de tênis, cercados de arame, varais de metal, linhas aéreas, trilhos, torres de linha telefônica e linha de energia elétrica. Quando não for possível realizar nenhum dos procedimentos acima citados, ainda há uma maneira de escapar de um acidente. Momentos antes de ocorrer à descarga, pessoas que NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 37 estejam nessas proximidades sentem sua pêlos arrepiados ou a pele coçando, indícios da atividade elétrica. Não se deve entrar em pânico, pode-se ficar na seguinte na posição: ajoelhando, curvado para frente, com as mãos colocadas nos joelhos e a cabeça entre eles. Imita-se, desse modo, uma esfera e não uma ponta, como na posição de pé. Jamais se deve deitar no chão, pois a descarga atingirá diretamente essa superfície. DISCUSSÃO DE CASOS Acidentes provocados por raios Exemplo 1: Um raio caiu por volta das 10h de sexta-feira, 28 de setembro de 2007, na Usina Ponte Preta (Comanche), localizada no município de Canitar, região oeste de São Paulo, a 356 quilômetros da capital, decorrente de uma forte chuva que desabou na região e atingiu três reservatórios de álcool com capacidade para 8.700 milhões de litros. Descarga elétrica A descarga elétrica atingiu um reservatório de 3 milhões de litros que entrou em combustão. Um funcionário disse que a tampa do tanque "voou" cerca de 5 metros de altura quando ocorreu a primeira explosão. Após o segundo estrondo, o fogo passou para outros dois tanques. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 38 Exemplo 2: Mulher morre atingida por um raio dentro de casa no Agreste Publicado em 25.03.2008, às 08h56 Do JC OnLine Com informações da TV Jornal Uma mulher morreu depois de ser atingida por um raio dentro de casa na noite dessa segunda- feira (24), em Capoeiras, no Agreste do Estado. De acordo com testemunhas, Sângela Teixeira de Lima, 33 anos, estava olhando a chuva pela janela da residência, no Sítio Junco, quando recebeu a descarga elétrica. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Este não é o primeiro caso de morte provocada por raio em Pernambuco neste ano. No dia 25 de fevereiro, duas pessoas morreram após serem atingidas por raio, no município de São João, no Agreste do Estado. Os vizinhos: José Eduardo Marcelino, 31 anos, e Héliton do Nascimento Barbosa, 13, voltavam de Garanhuns pela PE-177 em uma motocicleta quando foram atingidos. De acordo com o pai de Héliton Barbosa, Severino Rozeno, chovia muito, com fortes trovoadas e raios, no momento em que eles retornavam para o Sítio Aroeira São João, na Zona Rural de São João, onde moravam. O pai e um irmão do adolescente estavam em outra moto e também foram atingidos pelo raio, mas não ficaram feridos. BRASIL - Segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos primeiros 50 dias do ano, 22 pessoas morreram em virtude de raios no País. O número supera o balanço do primeiro trimestre de 2007, quando foram registradas 18 mortes - o ano fechou com 46 casos. O Brasil já é campeão mundial na incidência de raios, com cerca de 50 milhões de descargas elétricas por ano. Zaire e Estados Unidos são o segundo e terceiro colocados. O País lidera o ranking apesar de o Inpe fazer o levantamento apenas em nove Estados - Regiões Sudeste e Sul, mais Mato Grosso do Sul e Goiás. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aconselha que, para se proteger dos raios, as pessoas evitem ficar em áreas descampadas ou onde haja muita água, em dias nublados e chuvosos, e evitem se abrigar embaixo de árvores. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 39 b) - Arco Elétrico Chama-se de arco elétrico a corrente elétrica que circula através do ar ou de um material isolante, após vencer a resistência de isolamento existente. Ou seja, ao se interromper um circuito a tensão gera um campo elétrico entre os contatos. Este campo acelera elétrons livres no ar a tal ponto que, ao colidir com as moléculas próximas, provoca uma ionização liberando outros elétrons que serão por sua vez acelerados. Assim o ar deixa de ser isolante passando a conduzir a eletricidade. A descarga elétrica aquece o ar em seu redor, como o ar quente tende a subir, a descarga o acompanha. Um arco elétrico produz calor que pode causar queimaduras de segundo ou terceiro graus. O arco elétrico possui energia suficiente para queimar roupas e provocarincêndios, além de emitir vapores de material ionizado e raio ultravioleta. ATENÇÃO: Sabe-se que o arco elétrico é um fenômeno de ocorrência comum em painéis elétricos, provocados geralmente por curtos-circuitos (entre fases ou fase e terra) ou em abertura de equipamentos. 1- Formação e Extinção do Arco Elétrico 1.1- Com os contatos fechados, sendo estes de material condutor, a corrente circula normalmente. 1.2- Quando uma chave estiver sendo aberta e os contatos afastados à uma pequena distância, a resistência do ar não é suficiente para impedir a passagem de corrente. Circulação da Corrente elétrica NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 40 1.3- Quando à distância entre os contatos é muito grande, a resistência do ar aumenta de tal modo que impede que a corrente continue circulando. A interrupção do arco elétrico só é conseguida quando ele se extingue totalmente. 2 - Efeitos do Arco Elétrico 2.1- No Homem 2.1.1- Queimaduras: Normalmente, os efeitos do arco elétrico manifestam-se de forma drástica provocando queimaduras da pele humana, onde as conseqüências são imediatas. Suportabilidade da pele humana aos efeitos do arco elétrico. 2.1.2- Temperatura Normal. Sangue ⇨ 36,5 °C Pele ⇨ 34 °C 2.1.3- Condições 44 ºC - Durante 6 horas, já provoca lesões; 70 ºC – Com exposição de 1 segundo é suficiente para provocar destruição total das células da pele (queimaduras de 3° grau); 80 °C - Com exposição de 0,1 segundo provoca destruição da pele, com possível recuperação; 96 º C - Com valor igual ou maior e com exposição de 0,1 segundo, a radiação provoca total destruição da pele, com ferimentos incuráveis. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 41 2.2- No Equipamento Danificação total ou parcial do equipamento. 3 - Fatores que Influenciam a Formação do Arco Elétrico 3.1- Em aberturas de Circuitos: 3.2 - A Corrente Elétrica 1. Quanto menor a corrente a ser interrompida, menor será o arco elétrico e, portanto, menor a temperatura nos contatos e suas conseqüências. 2. Quanto maior a corrente a ser interrompida, maior será o arco elétrico danificando a chave. 3.3 - A Tensão do Circuito . É importante observar que quando não houver corrente no circuito, por maior que seja a tensão, não haverá arco elétrico, pois será nula a energia no circuito. . Com o circuito fechado, a tensão nos terminais das chaves é igual a zero. Obs.: No momento em que houver circulação de corrente (abertura do circuito): (1) (2) V=0 400A 30A NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 42 1. Quanto menor a tensão do circuito, para uma mesma corrente, menor e mais facilmente extinguido será o arco elétrico. 2. Quanto maior a tensão do circuito, para uma mesma corrente, maior será o arco e mais difícil sua extinção, pois para tensões altas, maior a quantidade de energia envolvida. 3.4 - A Velocidade de Abertura 1. Quanto menor a velocidade na abertura, maior é o tempo em que os contatos ficam expostos aos efeitos do arco elétrico, ficando mais oxidados ou fundidos. 2. Quanto maior a velocidade na abertura, menor é o tempo em que os contatos ficam expostos aos efeitos do arco elétrico, reduzindo os problemas que ocorrem. V≠0 V≠0 (1) (2) NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 43 3.5 - O Meio Ambiente Como o arco elétrico depende da resistência do ar, é fácil concluir que as condições do meio ambiente, tais como umidade, temperatura elevada, poluição, etc... favorecem sensivelmente o surgimento do arco elétrico e aumentam sua intensidade. 3.6 - O Fator de Potência do Circuito Através de experiências, pode-se verificar que ao interromper um circuito que possua apenas resistências, o arco elétrico que surge é de relativa intensidade e sua duração muita rápida. Se por outro lado, montamos um circuito com os mesmos valores de tensão e corrente, mas com bobinas, iremos notar que ao se fazer a abertura, o arco formado é de maior intensidade que no caso anterior e sua duração muito mais acentuada, conseqüentemente os prejuízos são maiores. 4 - Causas do Arco Elétrico - Mau contato, ocasionado, por aperto insuficiente em conexões de aperto; – Depreciação da isolação (sobretensão, sobrecarga e dielétrico comprometido); – Defeito de fabricação de componentes ou equipamentos; – Projeto de instalação inadequados ou mal dimensionados; – Manutenção inadequada (alterações sutis sem avaliação técnica adequada); ou – Contatos acidentais ou inadvertidos de ferramentas ou peças (erro humano). NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 44 5 - Como se Proteger Contra o Perigo do Arco Elétrico Utilização e conservação de uniforme retardante a chamas. O uniforme retardante a chamas e usado em serviços que venham a expor os funcionários das empresas e das suas prestadoras de serviço, aos riscos decorrentes das intervenções e operações em equipamentos que possam apresentar falhas que originem chamas provenientes de curto-circuito, formação de arco voltaico e explosão. Considerar sempre a prevenção de acidentes como parte integrante do trabalho de cada um dos empregados e de prestadores de serviço, recaindo sobre todos a responsabilidade pela execução do serviço livre de acidentes, de forma a garantir: - segurança à sua pessoa; - segurança aos demais empregados; - segurança ao público em geral; - segurança dos bens da empresa; - segurança ao meio ambiente. DEFINIÇÃO DO UNIFORME RETARDANTE A CHAMAS: Conjunto de peças confeccionadas em tecido resistente ao fogo, para proteção contra queimaduras. CONDIÇÕES GERAIS O uniforme retardante a chamas é composto das seguintes peças: Camisa Confeccionada em tecido retardante a chamas, classe 2, mangas compridas com fechamento através de tiras de velcro, contendo ou não aplicação de faixa refletiva. Calça Confeccionada em tecido retardante a chamas, classe 2, contendo ou não aplicação de faixa refletiva. Protetor Facial Confeccionado em material termoplástico, classe 2, concha protetora para queixo/pescoço, capacete com aba frontal; classe A/B com regulagem da carneira através de catraca. Notas: 1) É proibida a utilização de camisa ou camiseta de brim ou qualquer outro tecido sob o uniforme retardante a chamas; 2) Sobre o uniforme retardante a chamas somente pode ser utilizado o casaco antichama e o conjunto de proteção contra chuva com tratamento ignífugo; 3) O uniforme retardante a chamas deve ser utilizado conjuntamente com os demais Equipamentos de Proteção Individual; NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 45 4) Quando da execução dos serviços, é obrigatório levantar e fechar a gola da camisaatravés das tiras de velcro, bem como manter as mangas da camisa fechadas no punho; 5) Deve ser realizada higienização da carneira do protetor facial, através de pano umedecido e sabão neutro, antes da sua utilização por outro empregado. Características: O tecido do uniforme retardante a chamas deve apresentar as seguintes características técnicas: a) o tecido utilizado na confecção do uniforme e do casaco retardante a chamas é constituído de 88% de algodão e 12% de fibra sintética, tratado através de processo de polimerização; b) na fibra do tecido é introduzido um polímero retardante a chamas que fica impregnado no interior da mesma; c) através de um processo de selamento o polímero não se desprende do interior da fibra, fazendo com que o tecido seja resistente a chamas durante toda a vida útil do uniforme; d) o processo de polimerização permite que o tecido possa ser lavado sem perder nenhuma de suas características ignífugas; e) o polímero atua como catalizador promovendo a carbonização do tecido quando exposto a chamas, evitando a propagação destas pelo uniforme. Capuz carrasco Risco 2 Uniforme utilizado c/ especificação técnica – ATPV 8,4 cal/cm² / Risco 4 – ATPV 40 cal/cm². NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 46 Nota:Conforme ensaio de flamabilidade estabelecido pela Norma NFPA 2112, para o tempo de exposição à chamas de 3 segundos, a queimadura deve ser inferior a 50% do corpo. O tecido com as características descritas acima, utilizado na fabricação do uniforme, foi plenamente aprovado no referido ensaio. Uniformes com acabamento retardantes a chamas. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 47 c) – CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS Um campo eletromagnético é um campo magnético produzido pela passagem da corrente elétrica em um condutor. Toda vez que há uma corrente elétrica num condutor cria-se em torno deste um campo magnético, dependendo do sentido deste campo o sentido da corrente. 1- O campo terá sentido contrário ao do movimento dos ponteiros dos relógios, quando a corrente se deslocar da esquerda para a direita. 2 - Se o sentido da corrente se inverter, o sentido do campo magnético também se inverterá. Para constatar a existência de um campo magnético ao redor de um condutor percorrido por uma corrente, basta ligar aos terminais de uma bateria (pilhas) um fio grosso de cobre em série com uma chave. O fio de cobre é dobrado numa extremidade, de forma a se manter verticalmente e então é introduzido em um orifício de uma chapa de plástico que é mantida na posição horizontal. Com a chave fechada, espalhar no plástico um pouco de limalha de ferro. A seguir movimentar levemente o plástico para facilitar o alinhamento da limalha. Será observado que a limalha se ordena segundo círculos concêntricos, mostrando assim que as linhas de força magnéticas formam círculos ao redor do condutor, Concluiremos assim, que a distribuição circular resulta do campo magnético. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 48 INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA Ocorre quando próximo a um condutor energizado transportando corrente elétrica, é colocado em paralelo um segundo condutor (linha de transmissão/distribuição cerca tubulação, equipamentos, etc). O valor da tensão induzida aumenta com: - Com o aumento da corrente no condutor energizado; - Extensão em que os dois condutores Permanecem em paralelo, medida a partir de um ponto aterrado; e - Aproximação entre os dois condutores. 3 - Efeitos dos Campos Eletromagnéticos Os efeitos danosos dos campos eletromagnéticos nos trabalhadores manifestam-se especialmente quando da execução de serviços na transmissão e distribuição de energia elétrica, nos quais empregam-se elevados níveis de tensão (Alta Tensão). Os efeitos possíveis no organismo humano decorrente da exposição ao campo eletromagnético são de natureza elétrica e magnética. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 49 3.1- Os efeitos elétricos (choque elétrico) podem provocar: - Queimadura; - Parada respiratória; - Fibrilação; ou - Morte cerebral. 3.2 - Os efeitos de origem magnética podem acarretar: - Efeitos térmicos; ou - Endócrinos e suas possíveis patologias. Estes efeitos são produzidos pela interação das cargas elétricas com o corpo humano. Trabalhadores expostos a essas condições, que possuam em seu corpo próteses metálicas (pino, encaixe, articulações), devem dispensar especial atenção à sua saúde com exames regulares, uma vez que a radiação promove aquecimento intenso nos elementos metálicos, o que pode provocar necroses ósseas, assim como aos trabalhadores portadores de aparelhos e equipamentos eletrônicos (marca-passo, auditivos, dosadores de insulina, etc), pois a radiação interfere nos circuitos elétricos e poderão criar disfunções e mau funcionamento dos mesmos. Classificando em: ZR - Zona de Risco ZC - Zona Controlada ZL - Zona Livre PE- Ponto da Instalação Energizado Figura 1 Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com interposição de superfície de separação física adequada. NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 50 Onde: Figura 2 ZR – Zona de risco - Área restrita a trabalhadores autorizados e com adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho (Linha Viva). Os trabalhos nesta área somente podem ser realizados com equipamentos específicos e profissionais capacitados / certificados em linha viva; ZC –Zona Controlada – Área restrita a trabalhadores autorizados; ZL – Zona livre; PE – Ponto da instalação energizado; Rr - Raio de delimitação entre a zona de risco e a zona controlada em metros; RC - Raio de delimitação entre zona controlada e a zona livre em metros. RISCOS Zonas de Risco e Controlada NR-10 APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 51 3 – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO / RISCOS ADICIONAIS 1 - TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO ANÁLISE DE RISCOS É uma ferramenta de trabalho prevencionista simples e eficaz, através da qual na fase de planejamento de um trabalho busca-se identificar, minimizar ou neutralizar com medidas preventivas os riscos de acidentes, ou seja, através da análise de riscos, quando feita corretamente, é possível identificar já no planejamento, os possíveis riscos existentes e programar também as medidas para neutralizá-los. Portanto, através da Análise de Riscos é possível, por exemplo, elaborar procedimentos
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