Buscar

RESUMO_CANA_DE_ACUCAR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO CANA DE AÇUCAR
A cana-de-açúcar é da família das gramíneas (poaceae) que tem como características a forma da inflorescência em espiga, o crescimento do caule em colmos, as folhas com lâminas de sílica em suas bordas e com bainha aberta.
As principais espécies estudadas no cultivo são: Saccharum officianarum, Saccharum spontaneum, Saccharum sinensis, Saccharum barbiri e Saccharum robustum.
As partes da cana-de-açúcar são: raízes, colmo, folha, nó, gema, entrenó, inflorescência, flor e fruto.
Nó – chamados também de nódios ou região nodal. É uma região muito importante para a descrição das variedades de cana-de-açúcar, pois contém a gema, o anel de crescimento, a cicatriz foliar e a zona radicular, bastante variável entre os tipos de cana.
A cana-de-açúcar é adaptada às condições de alta intensidade luminosa, altas temperaturas, e a umidade do solo é importante principalmente durante sua fase de crescimento, já que a cultura necessita de grandes quantidades de água para suprir as suas necessidades hídricas, uma vez que somente 30% de seu peso é representado pela matéria seca e, 70% pela água.
No entanto, o conhecimento do ciclo da cultura é importante para melhor manejá-la, pois se sabe que qualquer produção vegetal que vise à máxima produtividade econômica, fundamenta-se na interação de três fatores: a planta, o ambiente de produção e o manejo.
O processo produtivo canavieiro visa a três objetivos básicos:
• Produtividade – alta produção de fitomassa por unidade de área, isto é, elevado rendimento agrícola de colmos industrializáveis onde a sacarose é armazenada.
• Qualidade – riqueza em açúcar dos colmos industrializáveis, caracterizando matéria-prima de qualidade. Quando associada à produtividade, reflete-se na produção por unidade de área.
• Longevidade do canavial – visa aumentar o número de cortes econômicos, refletindo-se num prazo maior de tempo entre as reformas do canavial, que é o novo plantio, resultando em melhor economicidade do empreendimento.
A cana-de-açúcar é plantada comercialmente e em grande escala e se propaga assexuadamente, por meio da germinação de suas gemas. Normalmente, o plantio se faz com colmos ou mudas de idade não superior a 12 meses. O ciclo da cana plantada pela primeira vez, isto é, oriunda de muda e que receberá o primeiro corte, recebe o nome de ciclo da cana-planta. Após o corte da cana-planta, inicia-se um novo ciclo de aproximadamente 12 meses, é o ciclo das soqueiras ou cana-soca.
Tanto para cana-planta, quanto para soca o ponto máximo de vegetação da cana-de-açúcar ocorre anualmente em dezembro. Nessa época, fatores como luz e comprimento do dia associam-se a fatores hidrotérmicos, mostrando, assim, a sua importância na produção de cana-de-açúcar. Para aproveitar todo o potencial da melhor época de vegetação, é necessário que o sistema radicular da touceira esteja bem desenvolvido e que haja de 12 a 14 folhas em pleno desenvolvimento.
Pode-se considerar que a cana-de-açúcar apresenta quatro estádios de desenvolvimento, quais sejam:
• Estádio 1 – brotação e emergência dos brotos (colmos primários após 20 a 30 dias do plantio). A base de uma boa cultura está nesse estádio. É nele que se desenvolve o estabelecimento inicial das plantas no campo.
• Estádio 2 – perfilhamento e estabelecimento da cultura (após 120 a 150 dias do plantio). Ocorre nesse estádio o estabelecimento definitivo da cultura.
Estádio 3 – período de grande crescimento (após 150 dias de plantio até a colheita). Vai do perfilhamento final ao intenso acúmulo de sacarose. Com o número de perfilho por unidade.
Estádio 4 – maturação. Com intenso acúmulo de sacarose no colmo. É quando determina-se a qualidade de matéria-prima dos colmos industrializáveis.
A cana-planta-de-ano e a cana-soca apresentam um ciclo que dura aproximadamente 12 meses. A cana-planta-de-ano-e-meio apresenta um ciclo pouco maior (±18 meses), porque há uma freada no seu desenvolvimento durante o inverno. Isso ocorre, pois ao ser plantado no fim da estação chuvosa e quente, ocorre um pico no crescimento vegetativo, que é desacelerado depois pelas condições ambientais do inverno. Na próxima estação quente e chuvosa, a cana-de-açúcar volta a vegetar.
A cana-de-açúcar é uma cultura perene porque, quando bem plantada e manejada, produz de cinco a oito safras sem precisar fazer um novo plantio (renovar o canavial). A renovação do canavial se faz necessária devido ao declínio da produtividade agrícola que comumente ocorre de uma safra para outra, porque, no decorrer de 5 a 8 anos esse declínio pode atingir percentuais de 40 a 60%. Dessa forma, o ideal é que anualmente se renove de 12,5 a 20% da área total de cultivo da fazenda.
Os principais fatores que interferem na vida útil dos canaviais são: a precipitação pluvial (quantidade e distribuição anuais), temperatura, luminosidade, tipo de solo, variedades cultivadas, incidência de pragas e doenças, etc. Os parâmetros ambientais ideais para o cultivo da cana-de-açúcar são: precipitação pluvial anual entre 1.500 e 2.000 mm bem distribuídos, temperatura de 20 a 35°C, fotoperíodo médio de 12 horas por dia, terrenos com topografia variando de plana a suavemente ondulada (declividade de até 12%), solos com textura média e níveis de fertilidade quanto mais altos, melhor.
A irrigação aumenta significativamente a longevidade dos canaviais, podendo fazer com que, mesmo no nordeste brasileiro onde a cana é menos longiva, seja possível colher de 10 a 12 folhas ou safras nas áreas com irrigação plena, sem precisar renovar o plantio.
O preparo do solo para o plantio da cana-de-açúcar, inicialmente segue as mesmas operações que qualquer cultura. Dependendo do estado em que se encontra o terreno, o preparo de solo segue as seguintes operações: desmatamento, encoivaramento, destoca, aração ou gradagem pesada, aplicação de adubos e corretivos (quando necessário), gradagens niveladoras ou de acabamento e sulcamento.
Tradicionalmente existem duas épocas principais de plantio para a região Centro-Sul: setembro a outubro (cana-de-ano) e janeiro a abril (cana-de-ano-e-meio), mas é possível obter-se boa produtividade com plantios ao longo de todo ano, desde que sejam proporcionadas condições adequadas para o desenvolvimento da planta. O uso da vinhaça e da irrigação em geral, mostrou aumento das possibilidades de expansão das épocas de plantio em diversas regiões.
O espaçamento, via de regra, entre os sulcos de plantio é de 1,40 m, sua profundidade de 20 e 25 cm e a largura é proporcionada pela abertura das asas do sulcador num ângulo de 45°, com pequenas variações ou para mais ou para menos, dependendo da textura do solo. A densidade do plantio é de em torno de 12 gemas por metro linear de sulco, que, dependendo da variedade e do seu desenvolvimento vegetativo, corresponde a um gasto de 7 a 10 toneladas por hectare. Os colmos com idade de 10 a 12 meses são colocados no fundo do sulco, sempre cruzando a ponta do colmo anterior com o base do seguinte e picado em pedaços (rebolos) que tenham aproximadamente três gemas cada. Os rebolos são cobertos com uma camada de terra, por volta de 7 cm, devendo ser ligeiramente compactada.
O seccionamento da muda em toletes com 3 gemas em média, visa quebrar a dominância apical exercida pela gema do ápice. Resumidamente, o hormônio auxina, que é responsável pelo crescimento vegetativo, é produzido no ápice da planta e tem sua distribuição pela força da gravidade para o restante da planta. As gemas laterais também podem produzir, mas não o fazem, ficando em dormência, pois enquanto houver a produção no ápice, não haverá produção nas gemas laterais. Dá-se o nome a esse fenômeno de dominância apical.
Após a definição da área de plantio é necessário escolher a variedade a ser plantada As variedades de cana-de-açúcar normalmente têm uma classificação de acordo com o período ou ciclo de maturação. Assim, as que amadurecem no início da estação seca são classificadas como precoces; as que amadurecem no final da estação seca são tardias; asintermediárias são conhecidas como de ciclo médio. No planejamento varietal de uma empresa, o ideal é que 30% da área sejam plantadas variedades precoces; em 40%, variedades de ciclo médio e nos outros 30% variedades tardias. 
A adubação da cana-de-açúcar, assim como de outras culturas exploradas comercialmente, tem como objetivo evitar que a produtividade seja atingida pela deficiência de um dos nutrientes essenciais ao bom crescimento e desenvolvimento das plantas. No tocante à época de aplicação dos adubos,normalmente se faz uma adubação de fundação (antes ou por ocasião do plantio) e outra de cobertura, entre 60 e 90 dias após o plantio. Na adubação de fundação geralmente se coloca apenas o adubo fosfatado e o restante do adubo ou elementos químicos requeridos (potássio e nitrogênio) é colocado em adubação de cobertura. Porém, devido ao aumento do valor da mão de obra, já se recomenda também a aplicação do potássio em fundação e, em algumas circunstâncias, pode se colocar até o nitrogênio também na fundação. A ordem de absorção dos minerais pela cana-de-açúcar geralmente é: K > N > Ca > Mg > P > S, sendo que em alguns tipos de solo as ordens de absorção do K e do N, P e do S podem ser invertidas. Os micronutrientes mais absorvidos são: Fe > Zn > Mn > B ≥ Cu.
O pico de absorção da maioria dos nutrientes, em cana-planta, acontece a partir dos nove meses após o plantio. Para cana-soca, esse pico ocorre a partir dos seis meses após o corte. 
Característica e funções dos nutrientes:
Nitrogênio
O nitrogênio (N) constitui aproximadamente 2% da matéria seca da cana-de-açúcar e em torno de 95% do N do solo está na forma orgânica, proteica em sua grande maioria, não disponível às plantas. Após a mineralização do material, há a liberação dos íons NO3- e NH4+, sendo essas as formas nas quais o nitrogênio é absorvido pelas plantas. Em solos de texturas franca e bem aerados, a mineralização acontece mais rapidamente. Na planta o nitrogênio controla o uso de carboidratos, controla o desenvolvimento vegetativo e florescimento. É precursor de proteínas e está presente na clorofila. Os principais sintomas de deficiência de nitrogênio nas plantas de cana-de-açúcar são: as folhas mais velhas ficam estreitas e com as lâminas verde-amareladas; o tom amarelo inicia na ponta da folha e forma um V com o vértice virado para a bainha; internódios curtos e perfilhamento reduzido. O excesso de nitrogênio no solo faz com que elas permaneçam em crescimento vegetativo e isso tem reflexos na redução da sacarose.
 Fósforo
O primeiro adubo utilizado pelo homem na agricultura foi a farinha de osso, que é um material rico em fósforo. As plantas absorvem o fósforo do solo nas formas H2PO4 - e HPO4 -. Em pH inferior a 6,5, a primeira forma é mais frequente. As funções do fósforo nas plantas de cana-de-açúcar são:
• atuar na divisão e crescimento celular por isso interfere no perfilhamento;
• estimula a assimilação de nutrientes (fotossíntese);
• atuar no desenvolvimento inicial da glicose (respiração);
• tem papel essencial no armazenamento e transferência de energia.
Os sintomas aparentes da deficiência de fósforo são: redução do perfilhamento e crescimento; as folhas mais velhas ficam estreitas e arroxeadas; reduções das dimensões do sistema radicular. O excesso de fósforo também contribui para a redução do teor de sacarose.
Potássio
As plantas só absorvem o potássio que está na forma trocável e solúvel, na forma de íon K+. As principais funções do potássio na planta de cana-de-açúcar são: controlar o movimento de açúcares na planta; regular o balanço hídrico da planta através da flexibilização da abertura e fechamento dos estômatos; elevar a produção e a pureza do caldo.
Cálcio
É absorvido pelas raízes das plantas como íon Ca++ e está presente no solo nas formas de carbonato, fosfato, silicato, orgânico, trocável e solúvel. Apenas as duas últimas são de interesse para as plantas superiores. Nas plantas, o cálcio tem como funções principais: influenciar no crescimento e funcionamento dos tecidos meristemáticos (de crescimento), nas raízes e brotos terminais. Os sintomas aparentes da deficiência de cálcio são: folhas curtas e deformadas, com amarelecimento marginal; internódios curtos, morte do broto terminal e brotação das gemas apicais. O excesso de cálcio pode induzir a deficiências de potássio e micronutrientes.
Magnésio
É um macronutriente que faz parte da composição da clorofila e auxiliam o transporte do fósforo através da planta. A absorção do magnésio pelas plantas se dá na forma de Mg++. A deficiência de magnésio na cana-de-açúcar faz as folhas mais velhas apresentarem limbos amarelados e pontuações avermelhadas, principais sintomas aparentes. Pelo exposto em relação aos principais macronutrientes, pode haver consequências tanto pela falta como pelo excesso, pois a falta ou deficiência de nitrogênio inibe o crescimento vegetativo da cana-de-açúcar e acaba reduzindo a produtividade da lavoura. Mas, quantidades excessivas também podem prejudicar a cultura porque as plantas passam a crescer continuamente e têm a maturação prejudicada. O teor de fósforo tem grande importância na qualidade da matéria-prima porque teores de P2O5 acima de 300 ppm (parte por milhão) facilitam a clarificação do caldo. Os micronutrientes cujo estudo é importante são: cobre, ferro, manganês e zinco.
Cobre
É o mais nobre dos micronutrientes metálicos, devido ao seu alto potencial de ionização e por sua rara ocorrência como elemento nativo no ambiente terrestre. O íon Cu++ é a forma na qual esse elemento é absorvido pelas plantas. O cobre tem as seguintes funções: é ativador da fotossíntese, ativador de sistemas enzimáticos e transportador de eletrólitos. Os solos arenosos ou que receberam calagens excessivas, normalmente apresentam baixos teores de cobre assimiláveis pelas plantas. Contudo, o efeito da lixiviação parece ser pequeno e por isso uma única aplicação pode suprir a cultura por vários ciclos. Os principais sintomas aparentes da deficiência de cobre são: folhas jovens com nervura central quebrada, perfilhamento deficiente e ocorrência de manchas disformes de coloração verde-escuro, em limbo amarelado.
Ferro
O ferro, respeitando-se algumas condições, é elemento de larga ocorrência na costra terrestre. A coloração de muitos solos, entre o vermelho e o amarelo, reflete a presença de óxidos de ferro com diversos graus de hidratação. As plantas absorvem ferro nas formas Fe++ e Fe+++. As principais funções do ferro nas plantas são: transportar eletrônicos na fotossíntese, na respiração e na fixação de N2. Os principais sintomas aparentes de deficiência de ferro são: folhas mais novas cloróticas e estriadas, com estrias ordenadas da bainha até a ponta da folha.
Manganês
É um elemento de grande abundância nos solos, com presença inferior apenas ao ferro. O manganês pode ser encontrado em três formas: Mn+2, Mn+3 e Mn+4. O íon Mn+3 é instável em solução, ao passo que o íon Mn+4 só aparece em pH bem abaixo dos que são normalmente encontrados na natureza. A forma Mn+2 é a mais absorvida pelas plantas. Essa forma é rapidamente oxidada pelo composto orgânico MnO2. Sintomas de deficiência caracterizam-se por estrias amarelas ao longo das nervuras e por folhas mais finas.
Zinco
No solo, uma porção relativamente pequena de zinco se encontra na forma solúvel em água, outra maior como zinco trocável e outra maior ainda como zinco relativamente insolúvel. Esse mineral é absorvido pelas plantas na forma catiônica Zn++. O teor de zinco no solo é maior na superfície, provavelmente causado pela deposição de resíduos vegetais. A queima, a remoção ou lavração excessiva da superfície do solo poderão causar a deficiência desse nutriente. Na cana-de-açúcar o zinco tem como função promover a produção de ácido indol acético (AIA ou auxina) que é um promotor do crescimento celular. O Zn também ativa os sistemas enzimáticos. Os sintomas aparentes de deficiência de zinco nas plantas são: clorose nas folhas mais novas, localizada do meiodo limbo para a ponta; manchas cloróticas longitudinais sem ordenação; internódios curtos.
A cana-de-açúcar possui 70% de água (em massa) em sua composição. Por isso é uma cultura que deve ter a disponibilidade hídrica suprida, em momentos adequados, para uma boa produção e qualidade. Há várias técnicas de irrigação e maquinários, cada qual com seu custo benefício, e deverá ser escolhida pelo produtor para melhor lhe atender. O método de irrigação mais utilizado na cultura da cana-de-açúcar é o da aspersão, seguido da irrigação por superfície. Porém, atualmente o método de irrigação localizado por gotejamento vem crescendo muito. 
Os sistemas mais utilizados por aspersão na cultura da cana-de-açúcar são: o pivô central (fixo e rebocável), linhas autopropelidas com deslocamento linear (também chamado pivô linear), aspersores autopropelidos com carretel enrolador e os aspersores-canhão.
Na irrigação por superfície, no cultivo de cana-de-açúcar, a água é aplicada de forma concentrada, em sulcos de irrigação abertos paralelamente às fileiras das plantas (Figura 7.8). Esses sulcos (pequenos canais na entrelinha) podem ser retos ou em contorno ou ainda em ziguezague, quando necessário. É um método que apresenta baixa eficiência de aplicação de água. É recomendado apenas para situações específicas de solos de textura médio-argilosa e topografia plana. Na cultura da cana-de-açúcar, a vinhaça pode ser aplicada por sistema de sulcos.
O período crítico da cana-de-açúcar, ou seja, aquele em que há maior exigência de água por parte da planta, corresponde ao período máximo de crescimento vegetativo, o que ocorre nos primeiros oito meses de vida. A necessidade hídrica da cana-de-açúcar é de 1500 a 2500 mm por ciclo vegetativo.
Os tratos culturais afetam a qualidade da cana para a indústria, influenciando em sua comercialização. Dois tipos de fatores, intrínsecos e extrínsecos, afetam a qualidade da matéria-prima destinada à indústria. Fatores intrínsecos estão relacionados à composição da cana-de-açúcar, como teores de sacarose, açúcares redutores, fibras, compostos fenólicos etc., sendo estes afetados de acordo com a variedade da cana, variações de clima, solos e tratos culturais. Os fatores extrínsecos estão relacionados a materiais estranhos ao colmo, como solo, pedra, restos de cultura, plantas invasoras, insetos pragas etc., ou compostos produzidos por microrganismos devido à sua ação sobre os açúcares do colmo.
Pragas e doenças da cana de açúcar
Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) 
(Lepidoptera: Crambidae) 
N.V.: Broca da Cana-de-açúcar
O ciclo biológico completo, de ovo a adulto, da broca da cana-de-açúcar, Diatraea saccharalis, dura em torno de dois meses (60 dias), existindo potencial de quatro a cinco gerações anuais, dependendo das condições climáticas.
PREJUÍZOS: As lagartas causam prejuízos diretos, pela abertura de galerias, ocasionam perda de peso da cana e que podem levar a planta à morte, “coração morto”, especialmente em canas novas. Quando faz galerias circulares (transversais), seccionam o colmo, provocando sua quebra pela ação de ventos. Enraizamento aéreo e brotações laterais também ocorrem devido ao seu ataque. 
Os prejuízos indiretos são consideráveis, uma vez que, através de orifícios e galerias, penetram fungos que causam a podridão vermelha do colmo, podendo abranger toda a região compreendida entre as diversas galerias. Os fungos causadores da podridão-vermelha, Colletotrichum falcatum e Fusarium subglutinans, invertem a sacarose, diminuindo a pureza do caldo e o rendimento industrial no processo de produção de açúcar e/ou álcool. 
No caso da cana destinada apenas à produção de álcool, os microrganismos que contaminam o caldo concorrem com as leveduras no processo de fermentação alcoólica, diminuindo o rendimento. 
Para cada 1% de Índice de Intensidade de Infestação Final da praga (número de entrenós atacados pelo complexo broca / podridão-vermelha), ocorrem prejuízos de 0,42% na produção de açúcar ou 0,25% na produção de álcool e mais 1,14 na produção de cana (TCH), sendo os prejuízos maiores em cana planta.
Controle:
O controle químico não tem se mostrado técnica e economicamente viável. O controle biológico, através de liberações inundativas do parasitóide de larvas Cotesia flavipes (Hymenoptera, Braconidae) tem sido uma tecnologia de aplicação com grande sucesso em todas as regiões canavieiras do país. No Centro-Sul controla-se a broca
liberando-se 6.000 vespinhas/ha, de uma única vez, em áreas com altas infestações de lagartas, cuja ocorrência se dá principalmente nos meses de dezembro a abril, ou em duas parcelas de 3.000 indivíduos/ha, em infestações menores e endêmicas. Antes das liberações são feitos levantamentos para se saber se a quantidade de lagartas e seu estádio de desenvolvimento (maiores que 1 cm) estão adequados à liberação. O nível econômico de controle, tomando-se por base a relação custo/benefício, situa-se ao redor de 3% de II. Os parasitoides são produzidos por laboratórios nas próprias usinas e destilarias, ou por terceiros.
Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848) 
(Lepidoptera: Pyralidae) 
N.V.: Lagarta Elasmo da Cana-de-açúcar
Observa-se um ataque mais severo de lagartas em plantas cultivadas em solos arenosos e secos. Nessas condições, foram verificados elevados danos em cana-de-açúcar. A umidade do solo afeta diretamente o comportamento dos adultos na seleção do local para oviposição, a eclosão de lagartas e a mortalidade de lagartas recém-eclodidas.
PREJUÍZOS: Essa praga ataca as plantas recém-brotadas de cana-de-açúcar com até 30 cm de altura, na região da planta situada na superfície ou pouco abaixo do nível do solo. Construindo galerias no centro da haste da cana, as plantas apresentam-se inicialmente amareladas, em seguida murcham as folhas internas, terminando com a total destruição da gema apical, onde ocorre a morte da folha ainda enrolada, sintoma este conhecido como “coração morto”. Ocorre com maior frequência em solos arenosos e em períodos secos. Os maiores prejuízos são causados nos primeiros 30 dias após a brotação das plantas.
Hyponeuma taltula (Schaus, 1904) 
(Lepidoptera: Noctuidae) 
N.V.: Broca Peluda da Cana-de-açúcar
Observa-se um ataque mais severo de lagartas em plantas cultivadas em solos arenosos e secos. Nessas condições, foram verificados elevados danos em cana-de-açúcar. A umidade do solo afeta diretamente o comportamento dos adultos na seleção do local para oviposição, a eclosão de lagartas e a mortalidade de lagartas recém-eclodidas.
PREJUÍZOS: O ataque ocorre na base da touceira e no sistema radicular da cana-de-açúcar, ocasionando a morte dos perfilhos em desenvolvimento. Ocasiona sintomas visíveis na parte aérea da planta, decorrentes da agressão das lagartas aos entrenós basais e aos primeiros internódios visíveis na superfície do solo.
No início, observam-se perfilhos com sintomas de murchamento, que acabam secando devido à gravidade do ataque, gerando o sintoma conhecido como “coração morto”. No final, toda a touceira seca, originando, em muitos casos, o aparecimento de reboleiras de plantas mortas.
Mahanarva fimbriolata (Stål, 1854) 
(Hemiptera: Cercopidae) 
N.V.: Cigarrinha-das-raízes da Cana-de-açúcar
O ciclo de M. fimbriolata inicia-se em setembro, normalmente, com o início das chuvas. A ausência do inseto de maio a setembro é decorrente da associação de falta de água, temperaturas mais baixas e menor fotoperíodo. Assim, os ovos colocados na base da touceira na geração de março-abril, encontrando déficit de água em abril-maio, permanecem em diapausa (quiescência) até setembro, quando se inicia um novo ciclo. Então ocorre a eclosão de ninfas, que resultam no primeiro pico populacional de adultos em novembro-dezembro. Daí em diante, contando com condições favoráveis de temperatura e umidade, a cigarrinha dá sequência ao seu ciclo, por mais duas gerações, até chegar ao acme de março-abril, quando então volta a se ausentar.
PREJUÍZOS: Um de seus danos éa “queima da cana-de-açúcar”, consequência da alimentação do adulto. As toxinas, injetadas ao se alimentar, causam redução no tamanho e grossura dos entrenós, que ficam curtos e fibrosos. Isto tem início nas folhas que inicialmente apresentam pequenas manchas amarelas que, com o passar do tempo, tornam-se avermelhadas e, finalmente, opacas, reduzindo sensivelmente a capacidade de fotossíntese da planta e, por consequência também, o conteúdo de sacarose no colmo. A perfuração dos tecidos pelo estilete infectado do inseto provoca a contaminação da seiva nutritiva por microrganismos, em consequência da deterioração dos tecidos de crescimento do colmo e, gradualmente, dos entrenós inferiores até as raízes e pode causar a morte da planta.
Mahanarva posticata (Stål, 1855) 
(Hemiptera: Cercopidae) 
N.V.: Cigarrinha-das-raízes da Cana-de-açúcar
Embora existam alguns trabalhos referentes ao ciclo biológico de M. posticata, estudos deverão ser conduzidos, no sentido de esclarecer e confirmar alguns parâmetros. Mesmo assim, serão abordadas informações biológicas fundamentadas na literatura atual.
PREJUÍZOS: Os danos causados pelas ninfas de M. posticata, ao sugarem a seiva das folhas do cartucho e do colmo da cana-de-açúcar, e pelos adultos, que ao se alimentarem nas folhas, introduzem toxinas, são semelhantes aos provocados pela cigarrinha-das-raízes. Entretanto, em virtude do hábito alimentar das ninfas dessa espécie, os danos ocasionados na parte aérea da planta tornam-se mais evidentes, pois chegam a secar toda a planta, levando à morte da touceira, refletindo negativamente na rentabilidade agrícola e industrial.
Controle:
O controle mecânico – destruição do sauveiro com enxadão – é eficiente e de fácil execução, mas está restrito a sauveiros novos (90 a 120 dias de formação). O controle com iscas é prático e não necessita de equipamento, mas tem como restrição não poder ser aplicado nas épocas de chuvas, restringir-se a sauveiros em atividade, poucas opções de iscas eficientes atualmente no mercado e o alto custo das mesmas. A termonebulização, que pode ser a gás de botijão, ou a motores de 2 e 4 tempos, ou a jato, tem se mostrado eficiente. A restrição é o custo inicial do equipamento, mas o custo de controle/sauveiro por este método tem sido vantajoso em relação aos demais.
Metamasius hemipterus (Linnaeus, 1765) 
(Coleoptera: Curculionidae) 
N.V.: Curculionídeo Rajado da Cana-de-açúcar
M. hemipterus é uma praga de importância para cana-de-açúcar no Brasil e outros países da América do Sul, onde esta limita a produtividade, qualidade da matéria–prima e porcentagem de sacarose como efeito direto de seus danos, ocasionados por larvas no interior dos colmos.
PREJUÍZOS: Os colmos infestados por M. hemipterus produzem menor número de brotos em relação a colmos sadios quando plantados. Dentro das galerias há grandes quantidades de excrementos e restos de fibras, o que facilita a entrada e ação dos fungos causadores da podridão vermelha (Colletotrichum falcatum e Fusarium moniliforme).
Migdolus fryanus (Westwood, 1863) 
(Coleoptera: Cerambycidae) 
N.V.: Migdolus da Cana-de-açúcar
O desconhecimento do ciclo biológico de M. fryanus impossibilita antever com exatidão o seu aparecimento em determinada área. As larvas e, até mesmo os adultos, passam uma etapa da vida em grandes profundidades no solo (2 a 5 metros).
PREJUÍZOS: As larvas do M. fryanus destroem o sistema radicular da cana-de-açúcar de qualquer idade, perfurando-o em todos os sentidos e alimentando-se dele. Em cana-de-açúcar, atacam o rizoma, podendo destruí-lo totalmente. Em canas jovens, as touceiras aparecem parcial ou totalmente secas e as falhas podem ser numerosas. Em canas mais velhas, as touceiras atacadas apresentam aspectos de canas afetadas por seca. Os efeitos são mais evidentes durante os períodos em que as plantas estão sujeitas ao déficit hídrico, quando é possível encontrar números elevados de larvas junto às touceiras. Por viver debaixo da terra e só sair na superfície por um curto período de tempo - para as revoadas de acasalamento - a praga é difícil de ser encontrada, o que dificulta seu controle. Os danos ao canavial são irreparáveis: desde a queda de produtividade até a perda total da plantação.
Controle:
Não existem inseticidas que controlem eficientemente esta praga. Recomenda-se a eliminação da soqueira, nas reboleiras de ocorrência, na época de maior população de larvas próximo à superfície do solo (maio a setembro), mediante aração rasa na linha de cana, seguida de aração profunda (15 a 20 dias após). Mantendo-se os locais infestados livres de quaisquer vegetação por 2 a 3 anos a praga é praticamente aniquilada. Onde esta prática não é viável, a diminuição do ataque da praga pode ser conseguido, a longo prazo, com um manejo por alguns ciclos de cana de ano, com renovações bianuais, destruindo-se a soqueira, conforme recomendado.
Sphenophorus levis (Vaurie, 1978) 
(Coleoptera: Curculionidae) 
N.V.: Curculionídeo da Cana-de-açúcar
Ocorrem dois picos populacionais para os adultos, sendo um menor no mês de outubro e novembro, e o principal em fevereiro e março. A mesma dinâmica também é observada para as larvas, com um pico populacional em dezembro e outro, de maior intensidade, em junho-julho. Esses dados sugerem a ocorrência de duas gerações - significativas - anuais da praga, em épocas bem definidas. 
Assim, nos períodos de maio a novembro, especialmente nos três primeiros meses, ocorrem os maiores danos nas plantas de cana-de-açúcar, visto que a fase larval é a que causa maior prejuízo à cultura.
PREJUÍZOS: As larvas abrem galerias nos entrenós basais, originando sintomas de amarelecimento e seca de folhas e perfilhos. Os danos se refletem no número, tamanho e diâmetro de colmos finais para a colheita, sendo que as perdas econômicas podem ser estimadas em relação à redução nas toneladas de cana esperadas por hectare. Assim, em alguns locais têm-se detectado de 50 a 60% de perfilhos atacados, ocasionando reduções de 20 a 30 toneladas por hectare.
Telchin licus (Drury, 1773) 
(Lepidoptera: Castniidae) 
N.V.: Broca Gigante da Cana-de-açúcar
Em condições de campo, nas regiões Norte e Nordeste, a broca gigante completa seu ciclo biológico em aproximadamente 180 dias, apresentando dois ciclos completos durante o ano, comprovados pela ocorrência de picos populacionais de adultos, um maior nos meses de junho-julho (inverno) e outro menor nos meses de novembro-dezembro (verão).
PREJUÍZOS: As lagartas perfuram internamente o colmo, causando a morte de plantas ou considerável perda de peso, facilitam a penetração de fungos da podridão-vermelha (Colletotrichum falcatum e Fusarium moniliforme), que invertem a sacarose, diminuindo a produção de açúcar. Estas, com a mínima perturbação, procuram se proteger enterrando-se profundamente nos túneis abertos anteriormente no rizoma ou entre as raízes, o que contribui para preservá-las. 
Logo após o corte da cana a lagarta, visando proteger-se, tem o hábito de vedar, com restos de alimento (fibras), o orifício deixado aberto pela galeria interna onde vivia. Passa então a viver escondida na parte mais profunda e fresca da touceira, alimentando-se do rizoma, de restolhos e de raízes, debilitando e reduzindo o poder germinativo da touceira. Na cana pequena, recém-brotada, especialmente de soqueiras, as lagartas em busca de melhor alimento, saem da touceira e atacam os rebentos, penetrando por alguns centímetros nos tecidos destes, destruindo seu poro vegetativo e causando a seca e, às vezes, o apodrecimento da gema apical. Devido ao pobre poder nutritivo dos tecidos atacados, passam sucessiva e rapidamente a outros rebentos causando, com a morte destes, o aparecimento do “coração morto”, isto é, a morte da gema apical. O “coração morto” apresenta, na sua base, galeria de cerca de 10 mm de diâmetro que, ao ser cortada, aparece no geral limpa e vazia.
Heterotermes tenuis (Hagen, 1858) (Isoptera: Rhinotermitidae). 
Procornitermestriacifer (Silvestri, 1901). (Isoptera: Termitidae). 
Neocapritermes parvus (Silvestri, 1901) (Isoptera: Termitidae). 
Neocapritermes opacus (Hagen, 1858) (Isoptera: Termitidae). 
Nasutitermes sp. (Isoptera: Termitidae). 
N.V.: Cupins em Cana-de-açúcar
Os cupins são eussociais e possuem castas estéreis (soldados e operários). Uma colônia típica é constituída de um casal reprodutor, rei e rainha, que se ocupa apenas de produzir ovos; de inúmeros operários, que executam todo o trabalho e alimentam as outras castas; e de soldados, que são responsáveis pela defesa da colônia. Existem também reprodutores secundários (neotênicos, formados a partir de ninfas cujos órgãos sexuais amadurecem sem que o desenvolvimento geral se complete), que podem substituir rei e rainha quando esses morrem, e que, às vezes, ocorrem em grande número numa mesma colônia.
PREJUÍZOS: Os cupins subterrâneos constituem-se numa das mais sérias pragas da cana-de-açúcar, ocorrendo em todos os países onde se cultiva essa cultura e tendo importância econômica na produtividade e qualidade da matéria-prima. No Brasil esta praga acha-se disseminada, ocasionando danos em cana-planta e soca. Assim, se na implantação de uma nova cultura não se utiliza inseticida adequado no sulco de plantio, os cupins atacam os toletes recém-plantados, danificando as gemas e trazendo, como consequência, falhas na germinação. Em cana-soca, os prejuízos são ainda maiores, pela perda de peso e drástica redução na rebrota.
Controle:
O controle só pode ser feito preventivamente e é recomendável um monitoramento da população, que consiste em levantamentos antes do plantio para determinar os índices de ocorrência e identificação dos gêneros presentes nas áreas. Em áreas de renovação, o levantamento é feito nas soqueiras, procedendo-se o arranquio e o exame de um determinado número de soqueiras/ha. Em áreas de expansão, depois do solo estar livre da vegetação original e gradeado, instalam-se iscas que são examinadas depois de 30 a 40 dias. Quando o controle se justifica, pelos índices de infestação e ocorrência de espécies daninhas, o inseticida que tem se mostrado eficiente, após a proibição dos organoclorados, é o endosulfan, em doses superiores a 2,0 l i.a./ha.
As doenças mais importantes são controladas pelo uso de variedades resistentes e, por isso, o produtor desconhece o seu valor porque, ao plantar a cana, recebe o seu controle embutido nas características agronômicas da variedade. Isto equivale a dizer que muitas doenças estão presentes nos canaviais, mas não observamos os sintomas devido ao alto nível de tolerância das variedades em cultivo. 
São exemplos deste grupo a "escaldadura das folhas", o "raquitismo das soqueiras" e podridões de raízes. A ocorrência deste fato pode causar perdas não observadas pelos produtores e, por isso, manter a sanidade dos viveiros é ponto crítico no controle das doenças de cana. A Tabela 12 descreve dez doenças que potencialmente são mais graves na cultura por serem transmitidas interna ou externamente pelas mudas, ou por serem doenças do solo.

Outros materiais