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ANTIBACTERIANOS Débora Moraes Nunes Antibacterianos Quimioterápicos → substâncias químicas utilizadas para combater patógenos. Antibióticos → substâncias produzidas por microorganismos, que matam ou inibem o crescimento de outros microorganismos. Quimioterápicos Antibióticos Antibacterianos Bactérias → agentes que mais causam doenças. Antibióticos possuem 2 tipos de ação: Bactericida → capazes de destruir o patógeno. Bacteriostático → inibir o crescimento do patógeno, sem destruí-lo. Antibacterianos Era dos Antibióticos 1929 (Fleming isola de microorganismos PENICILLIUM - Penicilina Hoje: + 5.000 tipos e 30.000 derivados Uso generalizado Sensibilidade x Resistência Dose utilizada suficiente para produzir efeito sobre os microorganismos mas com níveis plasmáticos e teciduais permanecendo abaixo dos níveis tóxicos para as células humanas = microorganismo sensível Dose utilizada suficiente para produzir efeito antimicrobiano, mas com níveis plasmáticos e teciduais acima da toxicidade do hospedeiro = micoorganismo resistente Resistência Causada por: Uso abusivo Escolha inadequada Administração incorreta Resistência Adquirida por: Mutação Ocorre em uma célula previamente sensível Gene que codifica proteína-alvo; proteína envolvida no transporte do fármaco; enzima de inativação Qualquer população grande de bactérias sensíveis contém alguns mutantes Não há evidências que essas mutações decorram da exposição ao fármaco Transdução Intervenção de um bacteriófago que contém DNA bacteriano Se o DNA bacteriano contiver o gene que confere a resistência a célula infectada pode tornar-se resistente ao agente e ser capaz de transmitir à sua progênie Resistência Adquirida por: Transformação Transferência da informação genética pela incorporação do DNA que se encontra livre no ambiente para o interior da célula Conjugação Passagem de genes de uma célula para outra por contato direto fímbria ou ponte sexual Ex: conjugação entre microorganismos patogênicos e não patogênicos no TGI Resistência Adquirida por: Transformação Incorporação de um DNA que se encontra livre no ambiente Conjugação Passagem de genes de uma célula para outra por contato direto através de uma fímbria ou ponte sexual Mecanimos importante para disseminação de resistência aos antibióticos Ex. conjugação entre microorganismos patogênicos e não- patogênicos no TGI. Mecanismos de Resistência Inativação do antimicrobiano. Modificação do alvo. Redução da permeabilidade da parede celular. Efluxo do antimicrobiano. Novas rotas metabólicas. Membranas celulares impermeáveis que impedem o influxo do fármaco Antibacterianos Decisão sobre o uso de antibióticos tomada superficialmente Terapia empírica Cobertura contra todos os patógenos prováveis, visto que o microorganismo não foi definido Conhecimento dos microorganismos infectantes mais prováveis e suas sensibilidades aos antimicrobianos O quadro clínico pode sugerir o microorganismo específico Terapia definitiva Uma vez identificado o microorganismo infectante institui-se a terapia definitiva baixa toxicidade e espectro estreito Antibacterianos 3 elementos necessários para escolha do antibiótico: Paciente (hospedeiro) Estado fisiológico e metabólico Hipersenssibilidade Atravessar a BP e secretados no leite Microorganismo Isolar o microorganismo e identificar a sensibilidade (antibiograma) Há situações em que é necessário o tratamento empírico Medicamento Via de administração Dose MICRORGANISMO HOSPEDEIRO ANTIMICROBIANO Resistência / Mecanismo de ação Farmacodinâmica/ Farmacocinética Imunidade/ Virulência Uso Incorreto dos Antibacterianos Tratamento de infecções intratáveis Virais Sarampo, caxumba Terapia da febre de origem indeterminada Febre durante poucos dias sem sinais localizados infecções virais Longo período neoplasias, distúrbios metabólicos, hepatite, enterite, artrtite reumatóide etc Posologia inadequada Administração de quantidades excessivas ou subótimas Uso Incorreto dos Antibióticos Confiança inadequada nos antibióticos Exsudato purulento ou tecidos infectados necróticos ou avasculares Ex: pneumonia drenagem da área afetada; litíase renal (pielonefrite aguda) remoção dos cálculos Falta de informação bacteriológica adequada Uso baseado no critério clínico Fraca adesão à terapêutica antimicrobiana A terapia antimicrobiana deve ser individualizada, levando-se em consideração a situação clínica, informações microbiológicas e considerações farmacológicas Célula microbiana Principais características: Parede celular → peptídeoglicano (N acetilglicosamina (NAG) e N acetilmurâmico (NAM) Manutenção, forma e proteção Patogenicidade Membrana plasmática. Organismos celulares anucleados. Ausência de mitocôndrias. Célula Microbiana Parede celular de bactérias Gram + 15 a 50 nm de espessura 50% de peptídoglicanos 40-45% de polímeros ácidos (elevada polaridade da superfície celular e carga negativa) 5-10% de proteínas e polissacarídeos Célula Microbiana Transportar gradativamente através da membrana lipofílica os componentes que são sintetizados no interior da célula e que são hidrofílicos Esse transporte acontece ao ligar cada um dos componentes a um transportador lipídico grande (55 carbonos) Estágios de síntese: 1. Intracelular: formação de precurssor, difosfato de uridina (UDP) – NAM (N-acetilmurâmico) 2. Intramembranosa: ligação UDP com lipídeo pesado (55 carbonos) 3. Extracelular: transpeptidação ou ligação com glicina (NAG – N- acetilglicosamina) e perda de alanina. Célula Microbiana Célula Microbiana Parece celular de células Gram – Espaço periplasmático com uma camada de peptídeoglicano de 2nm de espessura (5% da massa da parede) Membrana externa Dupla camada de lipídeos com moléculas de proteínas e, em sua face interna lipoproteínas ligadas ao peptidoglicano Polissacarídeos Diferem entre diferentes cepas e microorganismos Endotoxinas desencadeiam reações como a febre Porinas Antibióticos lipossolúveis deslocam-se livremente Célula Microbiana Antibacterianos Quimioterápico → tóxico contra o patógeno / inócuo contra as células do hospedeiro. Toxicidade seletiva Diferenças anatomicas e bioquímicas entre microorganismo e hospedeiro, acentuada pela distância evolutiva entre os alvos. Hospedeiros e parasitas → possuem alguns processos bioquímicos compartilhados. Reações Bioquímicas Principais reações bioquímicas envolvidas na sua formação: Reações de classe I; Reações de classe II; Reações de classe III. Reações de classe I Síntese das moléculas precursoras necessárias para as reações de classe II. Utilização de glicose → produção de energia (ATP) e de compostos de carbono simples. Não representam alvos promissores: não existe diferença entre bactérias e células humanas quanto ao mecanismo de obtenção de glicose; Mesmo que as vias da glicose fossem bloqueadas, as bactérias podem utilizar outras fontes como alternativa (aminoácidos, lactato etc) Reações de classe II Utilização da energia e dos precursores para produzir todas as pequenas moléculas necessárias. Aminoácidos, nucleotídeos, fosfolipídios, e fatores de crescimento. Constituem alvos melhores. Ex.: No decorrer da evolução, as células humanasperderam a capacidade que possuem as células bacterianas de sintetizar algumas vitamina Reações de classe II Folato: Necessário para síntese de DNA; Seres humanos incapazes de sintetizar (obtido na dieta); Bactérias e Protozoários PABA Folato Tetraidrofolato Diidropteroato-sintetase DNA Diidrofolato-sintetase Reações de classe III Pequenas moléculas produzidas pelas reações de classe II são organizadas em macromoléculas. RNA, DNA, polissacarídeos e peptídeoglicano. Constituem alvos particularmente apropriados de toxicidade seletiva. Existem diferenças muito claras entre as células dos mamíferos e as células parasitarias quanto às vias envolvidas nas reações de classe III. Reações de classe III Síntese de peptídeoglicano: Peptídeoglicano não é encontrado nas células eucariotas. Gram-negativas → a espessura de uma única camada, Gram-positivas → 40 camadas. Arcabouços de N-acetilglicosamina e Ácido N-acetilmurânico Ligações cruzadas formando um retículo Síntese de proteínas Comandada pelos ribossomos. Ribossomo bacteriano → subunidade 50S e uma 30S Eucariotos são 60S e 40S Reações de classe III Síntese de ácidos nucléicos: DNA molde DNA girase DNA polimerase Barreiras do hospedeiro contra a infecção Pele Superfícies mucosas intactas Produtos secretórios-excretórios Lisozima (glândulas lacrimais) Suco gástrico Infecção Susceptibilidade à infecção envolve: Obesidade. Má-nutrição. Doenças crônicas debilitantes. Diabetes. Insuficiência renal. Doenças neoplásicas. Imunossupressão medicamentosa. Infecção Fatores de risco: Período de hospitalização. Exposição a procedimentos invasivos. Ambiente físico hospitalar. Pessoal médico e paramédico em contato direto como paciente, ou o próprio paciente. Estado mórbido da população internada. Antibióticos Química: β-lactâmicos, aminoglicosídeos Origem: natural, semi-sintético, sintético Ação: bactericida /bacteriostático Espectro: amplo, médio, pequeno Grupos de microorganismos: Gram +,Gram – Critério farmacodinâmico: Parede celular Membrana citoplasmática Síntese protéica ANTIBIÓTICOS - Classificação - β-lactâmicos Mecanismo de ação β-lactâmicos Penicilina Cefalosporinas Carbapenens Monobactâmicos Todos interferem na síntese do peptídeoglicano da parede celular bacteriana β-lactâmicos - Penicilinas Descoberta por Fleming em 1929 Produzida pelo fungo Penicillium notatum (Penicilina G cristalina) Um bolor que infectou a sua cultura de bactérias causou a lise das bactérias 1938: a penicilina começou a ser desenvolvida como agente terapêutico β-lactâmicos - Penicilinas 1940: Clínica por Boris e Chain (contra estreptococcus) 1941: testes clínicos, 100L do caldo no qual o bolor havia crescido eram necessários para tratar um paciente durante 24H. Apoio oficial das forças armadas norte americanas. β-lactâmicos - Penicilinas A B Anel Beta Lactâmico – Atividade Antimicrobiana (A) Anel Tiazolidina – Lipossolubilidade (B ) Cadeia Lateral β-lactâmicos - Penicilinas Mecanismo de ação Se fixam a sítios de ligação na bactéria (PBP) Inibe a enzima de transpeptidação que forma ligações cruzadas das cadeias peptídicas ligadas ao arcabouço do peptidoglicano Inativação de inibidor de enzimas autolíticas de parede celular lise bacteriana β-lactâmicos - Penicilinas E. Coli exposta à Penicilina Formação de vacúolos e autolise β-lactâmicos - Penicilinas Atividade contra gram-positivos e gram-negativos. Administradas por VO, IM ou, nas infecções mais graves, EV. Alto VD – articulações, cavidades pleural e pericárdica Não atravessam facilmente a BHE – meninges inflamadas concentrações terapêuticas no LCR Eliminação renal Desprovidas de efeitos adversos graves → comum: hipersensibilidade. β-lactâmicos - Penicilinas Erupção maculopapular e urticariforme β-lactâmicos - Penicilinas Febre Broncoespasmo Vasculite Doença do soro (deposição complexo imune) Dematite esfoliativa β-lactâmicos - Penicilinas β-lactâmicos - Penicilinas β-lactâmicos - Penicilinas Resistência: Intrínseca ou Adquirida Vários mecanismos : Produção de PBP de baixa afinidade por antibióticos - lactâmico. Incapacidade do antibiótico se ligar no local de ação. Destruição enzimática dos antibióticos através da produção de diferentes tipos de -lactamases. β-lactâmicos - Penicilinas - Local de ação da β-lactamase β-lactâmicos - Penicilinas β-lactâmicos - Penicilinas Penicilina Amoxicilina Oxacilina Ampicilina Resistentes à ácidos e sensível à β-lactamase Meticilina (infecções específicas por estafilococos) Semi-sintéticas β-lactâmicos – Cefalosporinas Isoladas do fungo Cephalosporium acremonium Cefalotina e cefazolina (1ª geração injetáveis) Cefalexina e cefadroxil (1ª geração orais) moderada ação contra gram-positivo e gram-negativo; Cefoxitina, cefaclor, cefuroxima, cefamandol (2ª geração) Ação moderada contra gram-positivo e maior contra gram-negativo; Cefotaxima, ceftriaxona, ceftazidima, cefoperazona (3ª geração) Cefepima (4ª geração) razoável atividade contra gram-positivo (maior quando comparado com os de 2ª) e elevada contra gram-negativo Infecções hospitalares Ceftarolina (5ª geração) anti-MRSA, gram + espectro para S. pneumoniae e Enterococcus faecalis (sensível a Ampicilina) Via endovenosa β-lactâmicos – Cefalosporinas Agentes hidrossolúveis (como as penicilinas) Também são afetadas pelas beta-lactamases. Mecanismo de ação → idêntico ao das penicilinas. Eliminação → maioria ocorre através do rins (igual as penicilinas). Efeitos adversos: hipersensibilidade e reatividade cruzada. Pode ocorrer nefrotoxicidade. β-lactâmicos – Cefalosporinas A B Anel Beta-lactâmico – atividade antimicrobiana (A) Anel dihidrotiazina – lipossolubilidade (B) Cadeia lateral β-lactâmicos – Carbapenems Imipenem MA dos outros β-lactâmicos Amplo espectro Resistente a muitas ß-lactamases Atualmente há hidrolise Efeitos adversos: semelhantes aos outros β-lactâmicos Náuseas, vômitos Neurotoxicidade – altas Cp β-lactâmicos – Monobactâmicos Aztreonam MA dos outros ß-lactâmico Apenas gram negativas É resistente a muitas ß-lactamases EA semelhantes Pacientes alérgicos à penicilina ou cefalosporina parecem não reagir ao aztreonam Ácido Clavulânico ß-lactâmico Inibidor da ß-lactamase Pouca atividade microbiana Inibidor “suicida” (ligação irreversível) Associada a Amoxicilina (Clavulin®) Sulbactam VANCOMICINA é um glicopeptídeo tricíclico produzido pelo Streptococos orientalis. mec. de ação : bactericida , inibe a síntese da parede celular de bactérias sensíveis ; resistência dos enterococos decorre da alteração da molécula de D-alanil da parede. VANCOMICINA farmacocinética : administração i.v. por infusão lenta ; t½ de 6hs., ampla distribuição , 30% ligada a proteínas plasmáticas; excreção glomerular. efeitos adversos: hipersensibilidade; infusão venosa rápida pode causar eritema, urticária, hipotensão, taquicardia ,ototoxicidade e nefrotoxicidade. VANCOMICINA indicações terapêuticas : utilizada para tratamento de infecções graves e resistentes a outros antibióticos : osteomielite , endocardite, pneumonia, abcessos . Antibióticos que Alteram a Síntese do Folato Mecanismos de ação Sulfonamidas Mecanismo de ação Análogos estruturais do ácido p-aminobenzóico (PABA) essencial para síntese de ácido fólico Competem com o PABA pela enzima diidropteroato-sintetase Inibidores competitivos da enzima Efeitos são superados pela adição de PABA em excesso Anestésicos locais – ésteres de PABA antagonizam os efeitos do antibiótico Ação bacteriostática e não bactericida Sulfametoxazol, sulfametopirazina, sulfadiazina Sulfonamidas Mecanismo de resistência Síntese de uma enzima (diidropteroato-sintetase) insensível ao fármaco Aumento da capacidade de destruição ou inativação do fármaco Formação de uma via metabólica alternativa para a síntese do folato Produção aumentada do precussor de folato Cepas resistentes 70x mais PABA que cepas sensíveis Trimetropina Mecanismo de ação Análogo do folato e inibidor da diidrofolato redutase Combinação com sulfonamida (sulfametoxazol) - Bactrim® Fármacos que atuam em etapas seqüenciais na via da reação enzimática PABA Folato Tetraidrofolato Diidropteroato-sintetase DNA Diidrofolato-sintetase Sulfonamidas Trimetropina Antibióticos que Alteram a Síntese Protéica Mecanismos de ação Antibióticos que Alteram a Síntese Protéica Macrolídeos Tetraciclinas Cloranfenicol Aminoglicosídeos Macrolídeos Mecanismo de ação Inibem a síntese de proteínas bacterianas Ligam-se as frações 50S do ribossomo, inibindo a síntese protéica bacteriana. Ação pode ser bacteriostática ou bactericida → dependendo da concentração utilizada o do tipo de microorganismo infectante. Eritromicina, azitromicina e claritromicina. O RNAm liga-se a subunidade 30S do ribossomo. A seguir, a subunidade 30S se liga a 50S, que se move ao longo do RNAm, de modo que os códons passam pelo ribossomo da posição A para a posição P. Macrolídeos O espectro antimicrobiano é muito semelhante ao da penicilina. Seguros e eficazes para pacientes sensíveis à penicilinas. Azitromicina e Claritromicina – são substitutivos da eritromicina em suas indicações, tendo maior comodidade posológica, possuindo maior custo. Macrolídeos Macrolídeos Administrados por VO ou EV (eritromicina). Penetram nos fagócitos Concentrações de azitromicina nos lisossomos dos fagócitos podem ser 40x maior que a Cp potencialização da destruição fagocítica Não atravessam a BHE. Metabolização dos macrolideos é hepática → não necessita de ajuste de dose em insuficiência renal Claritromicina → inibidor enzimático. Principais efeitos adversos → hipersensibilidade, distúrbios transitórios de audição Tetraciclina / Cloranfenicol Mecanismos de ação: Inibição da síntese de proteínas. Tetraciclina → Bloqueia subunidade 30S que se liga ao RNA transportador, durante a tradução gênica. Cloranfenicol → Liga-se à subunidade 50S do ribossomo, no mesmo local dos macrolideos. Antibióticos de amplo espectro. Agentes bacteriostáticos. Tetraciclina Tetraciclina Duas etapas levam antibiótico ao ribossomo: 1. Difusão passiva através de poros hidrofílicos da membrana externa 2. Transporte ativo através de membrana citoplasmática Ligação reversível subunidade 30S, impede reconhecimento códon-anticódon Resistência por inibição de transporte ativo Tetraciclina Agentes quelantes de íons metálicos formação de complexos não- absorvíveis VO ou EV. Efeitos adversos: principais → TGI. Fototoxicidade, nefrotoxicidade, hepatotoxicidade Por serem quelantes do Ca2+, podem se depositar nos ossos e dentes em crescimento, causando manchas, hipoplasias dentarias e deformidades ósseas. Não devem ser administrados em crianças menores de 8 anos e lactentes. Cloranfenicol FARMACODINAMICA Penetração por difusão facilitada Ligação reversível à peptidil-transferase subunidade 50S. Inibe a formação da ligação peptídica Cloranfenicol Grande biodisponibilidade oral (pode EV também). Distribui-se amplamente pelos tecidos e líquidos corporais, incluindo o LCR Efeito adverso mais importante → depressão da medula óssea, resultando em pancitopenia (redução de todos os elementos figurados do sangue). O cloranfenicol deve ser utilizado com muita cautela em recém- nascidos → síndrome do bebê cinzento (metabolismo hepático Fase II) O uso clinico do reservado para infecções graves nas quais o beneficio do fármaco seja superior ao risco Ex: Meningite não responsiva ou em pacientes que não podem utilizar tetracilclina Aminoglicosídeos Mecanismo de ação: Formação de proteínas anômalas e autolise. Ligam-se irreversivelmente à subunidade 30S do ribossomo bacteriano. Gentamicina, estreptomicina, amicacina, tobramicina e neomicina. Uso principal: Infecções graves causadas por Gram- negativas, especialmente no tratamento de sepse. Aminoglicosídeos Atuação G- e aeróbios Penetração por transporte ativo dependente de O2 Aminoglicosídeos Atividade bactericida (potencializado por agentes que interferem na síntese de parede celular). Alta polaridade Administração V.O (efeito local), não são absorvidos Parenteral: I.M ou E.V Distribuição e ligação proteínas plasmáticas baixas (<30%) Metabolismo insignificante e eliminação na forma inalterada Pacientes com IR = Cautela e ajuste de dose Efeitos adversos principais: ototoxicidade e nefrotoxicidade. LINCOSAMIDAS Representante: Clindamicina mec. de ação : bacteriostático, liga-se a subunidade 50 S do ribossomo e inibe a síntese de proteínas. farmacocinética : absorção oral, com pico de concentração plasmática em 1h.; t ½ de 3h ; ampla distribuição e pouca passagem para o SNC e grande para a placenta (cont.) CLINDAMICINA (cont.) farmacocinética: alta ligação com proteinas plasmáticas, acumula-se em leucócitos, macrófagos e abcessos; biotransformação hepática e eliminação na bile e na urina. efeitos adversos : diarréia , colite grave (1-10%) , síndrome Stevens – Johnson (eritema multiforme) ,bloqueio j.n.m. . CLINDAMICINA indicações terapêuticas : infecções graves por cocos Gram + aeróbicos ; no tratamento de abscesso pulmonar/infecções pleurais; administração tópica ou oral no tratamento da acne e vaginose bacteriana. Quinolonas Mecanismo de ação: inibem a topoisomerase do tipo II (DNA girase). Enzima diferente no mamífero Permite a transcrição ou replicação do DNA Espectro → amplo espectro (gram-positivos e gram-negativos). Também são ativos contra microorganismos resistentes as penicilinas, cefalosporinas, e aminoglicosideos. Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino. Quinolonas Farmacocinética – são bem absorvidos por via oral. Atividade antibacteriana reduzida na presença de alumínio e magnésio, pois pode alterar a absorção. Usos clínicos – principalmente ITUs complicadas e infecções respiratórias. Efeitos adversos – raros e reversíveis. Principal – TGI. ANTIBIÓTICOS - CLASSIFICAÇÃO ANTIRETROVIRAIS
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