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Direito constitucional I - Resumo (DIRLEY) PARTE I

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DIREITO CONSTITUCIONAL I
Capítulo I: Constitucionalismo
 1. Origem e conceito: 
-Remonta à antiguidade clássica
-Povo hebreu: o regime teocrático desse povo partia da ideia de que o detentor do poder, longe de ostentar um poder absoluto e arbitrário, estava limitado pela lei do senhor.
(Governantes = governados)
● Conceito de constitucionalismo (Dirley): está vinculado à noção e importância da constituição, na medida em que é através da Constituição que aquele movimento pretende realizar o ideal de liberdade humana com a criação de meios e instituições necessárias para limitar e controlar o poder político, opondo-se a governos arbitrários.
-Surge em um movimento político e filosófico inspirado por ideias libertárias.
-O surgimento das Constituições escritas não se identifica com a origem do constitucionalismo.
-Antes de existir um Estado de Direito, já existia um Estado (absoluto) e uma Constituição que conferia poder ao soberano.
● Origem: O constitucionalismo surge com o propósito de difundir preceitos asseguradores da separação das funções estatais e dos direitos fundamentais.
 “Constitucionalismo é a expressão da soberania popular que representa, em certo momento histórico, o deslocamento do eixo do poder, cuja titularidade ou exercício era exclusivamente do soberano”. - Edvaldo Brito
2. Desenvolvimento
● Constitucionalismo da Antiguidade clássica: Desenvolveu-se com marcante presença nas Cidades-estados gregas, cujo o poder político foi isonomicamente distribuídos entre todos os cidadãos ativos.
-Atenas: instituição de um mecanismo de cidadania ativa.
-Roma: sistema de freios e contrapesos; o processo legislativo era de iniciativa dos cônsules, que redigiam o projeto. Em seguida era encaminhado para exame do Senado
● Constitucionalismo antigo: o modelo da Constituição prezava a organização de velhos Estados, o limite de alguns órgãos e o reconhecimento de certos direitos fundamentais, no entanto, nem todos estavam sujeitos a esse controle da constitucionalidade, como por exemplo o parlamento. (Constitucionalismo hebreu, grego, romano e inglês).
→ Constitucionalismo inglês (historicista): Rule of Law (Governo das leis) em substituição ao governo dos homens; limitação do poder arbitrário (Pacto – Magna Carta); igualdade dos cidadãos ingleses. Principais documentos:
► Magna Charta – 1215 (Pacto Medieval: Rei John Lackland e barões – reconhecimento de limites ao poder);
► Petition of Rights – 1628; 
► Habeas Corpus Act – 1679; 
► Bill of Rights – 1689 – 16/12/1689 (imposição do parlamento ao Rei Guilherme III para assumir o trono após fuga do Rei Jaime II).
► Revolução gloriosa (Inglaterra 1688 /1689): separação de poder (parlamento bicameral) câmara dos lordes e câmara de representação dos comuns.
→ Constitucionalismo norte-americano (estadualista): Clássico ou liberal; Surgimento das revoluções liberais; influência das ideias iluministas (John Locke, Montesquieu, Rousseau e Kant) superação das trevas; surgimento das primeiras constituições escritas;
►Declaração da Virgínia de 12/06/1776 – Declaração do bom povo da Virgínia - EUA; 
►Declaração de independência de 04/07/1776; 
►Constituição Americana de 1787 – Supremacia da Constituição e Garantia Jurisdicional (controle constitucional pelo judiciário);
Bill of Rigths (10 primeiras emendas) de 1791 – tratava de direitos fundamentais.
→ Constitucionalismo francês (individualista):
►Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 - DUDHC;
Noção precípua de constituição:
“Art. 16. A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição”.
- Constituição Francesa de 1791 – primeira constituição europeia;
- Constituição Francesa de 1793; 
- Constituição Francesa de 1799;
● Constitucionalismo moderno ou social: Constituição: rígida, escrita e suprema; Norma jurídica fundamental plasmada num documento escrito; Pós 1ª Grande Guerra; Imposição de preocupação com o econômico e com o social; Estado social e intervencionista;
-Marco inicial – Constituição Mexicana de 1917;
-No Brasil – Constituição de 1934 (influência: Constituição alemã de Weimar de 1919).
-A ideia e necessidade de constituição ganhou força no liberalismo político e econômico. (Séculos XVII e XIX)
-Após a primeira Grande Guerra, partidos socialistas e cristãos impõem às novas Constituições uma preocupação com o econômico e com o social, configurando agora um modelo intervencionista.
-Desde a Carta Constitucional de 1934 até a atual, o regime constitucional brasileiro tem se pautado por uma conjugação de democracia liberal e social.
3. Neoconstitucionalismo
 -Emergiu como uma reação às atrocidades cometidas na II Guerra Mundial, e formulou um conjunto de transformações responsável pela definição de um novo direito constitucional fundado na dignidade da pessoa humana. 
→ Principais características: 
-Compreensão da constituição como norma jurídica fundamenta, dotada de supremacia.
-Incorporação de valores associados à promoção da dignidade da pessoa humana, dos direitos fundamentais e do bem-estar social.
-Marco histórico com a formação do Estado constitucional de direito.
-Marco filosófico com o pós-positivismo, difundindo a centralidade dos direitos fundamentais.
-Ativismo judicial – críticas.
-Judicialização das questões políticas e sociais.
-Patriotismo Cultural: nesse contexto, a sociedade passa a desempenhar relevante papel na vida do cidadão e da sociedade. Os defensores desse termo defendem a Constituição como um elo que aproxima os cidadãos com base nos pressupostos de um Estado Democrático de Direito fundado nos Direito humanos e na solidariedade social. Esse conceito propaga uma união entre os cidadãos, por mais que diferentes étnica e culturalmente, através do respeito aos valores do Estado Democrático de Direito.
Capitulo II: Direito Constitucional
1. Origem: está ligada a movimentos liberais que buscavam limitação do poder e a separação das funções estatais, além de uma declaração de direitos.
Com as revoluções democráticas surgiu a ideia de constituições escritas, como:
Constituição americana (1787)
Constituição Francesa (1791)
Foi nesse contexto que o Direito Constitucional encontrou base para sua formação, assumindo o papel de estudar, organizar e fundamentar a existência harmônica entre Estado e indivíduos.
É importante saber que o Direito Constitucional tem relação com movimentos políticos que tentavam pôr termo ao Estado absoluto, limitando o poder e protegendo liberdade públicas por meio da Constituição.
2. Conceito: é mais do que um ramo que se dedica ao estudo da Constituição, se preocupa também com a análise e sistematização das normas e instituições fundamentais do Estado. É a fonte maior de legitimação de todo o Direito, na medida em que funciona como a pedra angular de toda ordem jurídica. Submete os outros ramos aos seus princípios.
3. Objeto do Direito Constitucional: O conhecimento cientifico e sistematizado da organização fundamental do Estado.
4. Divisão do direito Constitucional:
►Direito C. Positivo: tem por objeto o estudo e conhecimento da sua Constituição em vigor.
►Direito C. Comparado: descreve as peculiaridades, contrastes e semelhanças entre as normas constitucionais positivas de diferentes Estados e épocas diferentes.
►Direito C. Geral: expõe, sistematiza, e unifica os princípios, conceitos e instituições comuns a diversos ordenamentos. Pode contribuir para o amadurecimento, correção, adaptação e alterações.
5. Relação do Direito Constitucional e outros ramos:
O Direito Constitucional desempenha uma função primordial no sistema jurídico, mantendo a unidade substancial de todo o Direito, seja público ou privado, fornecendo os fundamentos e as bases de compreensão de todos os seus ramos, com os quais se relaciona.
A) Direito Constitucional e Direito administrativo: Esse ramo atua na disciplina da administração pública, de seus órgãos e entidades, de seu pessoal e serviços, regulando uma das funções desenvolvidaspelo Estado: função administrativa. É o Direito Constitucional que disponibiliza ao Direito Administrativo os princípios gerais e os fundamentos da organização da administração pública, com as regras básicas para elaboração dos regimes funcionais dos agentes administrativos.
B) Direito Constitucional e Direito Penal: É um ramo do Direito público que encontra fundamento na Constituição, consistente num complexo de normas que delimitam as excepcionais e taxativas hipóteses sobre as quais deve incidir o poder de punir o Estado em face da regra de proteção constitucional das liberdades individuais. A Constituição define catálogo de direitos e garantias fundamentais como efetivos limites à atuação estatal punitiva. 
C) Direito Constitucional e Direito Processual: O Direito constitucional possui relação na medida que garante o acesso à justiça e ao devido processo legal.
D) Direito Constitucional e Direito do Trabalho: A Constituição prevê os mais importantes direitos sociais do empregado.
E) Direito Constitucional e Direito Civil: Tendo em vista a maior presença do Estado no âmbito das relações sociais e econômicas (reivindicada pelo constitucionalismo), o Estado limitando a autonomia privada e conduzindo, com normas de ordem pública, as relações negociais, no século XX surge a Constitucionalização do Direito Civil, com a sujeição das suas normas e institutos aos princípios e regras constitucionais. Valores constitucionais como a dignidade da pessoa humana, solidariedade social e igualdade substancial marcam essa união do Direito Civil e o humanismo.
F) Direito Constitucional e Direito Tributário: A constituição delineia o sistema tributário nacional dando o conceito de tributo, discriminando a competência tributária e estabelecendo uma fixação de limites ao poder de tributar.
G) Direito Constitucional e Internacional público: Diz respeito em saber qual direito deve prevalecer, interno ou internacional. A Constituição trata dos princípios constitucionais que devem reger o Estado brasileiro nas suas relações internacionais, além de dispor sobre o procedimento de incorporação dos tratados ou convenções internacionais na ordem jurídica interna.
6. Relação com outras disciplinas
A) O direito constitucional e a sociologia: relação próxima.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
B) O direito constitucional e a filosofia: sempre presente na história do direito constitucional – fonte de inspiração das organizações políticas.
C) O direito constitucional e a economia: problemas econômicos / problemas constitucionais.
D) Teoria Geral do Estado: disciplina de enorme importância para o Direito Constitucional, na medida que subsidia este ramo de dados relevantes sobre os problemas atinentes à vida política do Estado. A ciência positiva do Estado. 
7. Fontes do Direito Constitucional:
As fontes do Direito Constitucional são a origem e o manancial sociológico (fontes materiais) e normativo (fontes formais). Podem se dividir em:
→Fontes imediatas (diretas): Constituição e costumes. A Constituição é a maior e principal fonte desse direito. Os costumes podem servir de orientação para o constituinte e intérprete da Constituição.
→Mediatas (indiretas): jurisprudência e doutrina. A jurisprudência contribui para uma reformulação do Direito Constitucional através das reiteradas decisões. A doutrina desenvolve o papel de além de explicar a Constituição, subsidiar sua constante atualização.
Capitulo VIII: Histórico das constituições brasileiras
1. Antecedentes do Constitucionalismo brasileiro
(1531-1532): Feitorias; núcleos políticos onde imperava a vontade do feitor;
(1532-1549): Capitanias hereditárias; sistema de divisão do território brasileiro em doze porções concedidas pelo Rei de Portugal a seus súditos ricos (donatários), para colonizá-las com poderes quase absolutos.
(1549-1572): Governadores gerais; unidade na organização política colonial; Regimento do Governador Geral (grande importância para o estudo da constituição, devido a sua finalidade de organizar o regime colonial e as instituições políticas da época).
(1621): colônia dividida em dois Estados (Estado do Maranhão e Estado do Brasil); organizações municipais, senado da câmara (câmara municipal), exercendo a administração local.
(1808): Chegada de D. João VI e instalação da corte no Rio de Janeiro.
(1815): Brasil elevado à categoria de Reino Unido a Portugal; fim do sistema colonial e do monopólio da metrópole. 
(1822): Independência do Brasil; consolidação do Estado Brasileiro como império.
Com a independência, surge a necessidade de montar uma estrutura política no País que tivesse as seguintes características: unidade nacional dirigida por um poder centralizador que freasse os poderes regionais e locais; garantia de direitos individuais; divisão de poderes.
2. Constituição de 1824
FUNDAMENTO: Elaboração de uma constituição escrita; estruturação do poder centralizador; organização do governo; monarquia.
-Outorgada pelo Imperador ao povo brasileiro
-Declarou o Brasil como Império;
-Estado unitário;
-Divisão em províncias (administradas por um presidente escolhido pelo Imperador);
-Transformação das capitanias em províncias;
-Estabelecimento de governo monárquico hereditário.
-Inspirada por ideias liberais, consagrou uma declaração dos direito civis.
-Divisão de poderes (quadripartite).
-Influência francesa
●Poder Legislativo: exercido pela Assembleia Geral, dividida em Câmara dos Deputados e Senado.
●Poder Moderador: exercido pelo Imperador como chefe supremo da Nação; deveria prezar pela manutenção da independência, equilíbrio e harmonia entre os demais poderes políticos.
●Poder Executivo: também tinha por chefe o Imperador que o exercia por meio de seus ministros de Estado, de sua livre nomeação e demissão.
●Poder Judiciário: composto do Supremo Tribunal de Justiça (seu órgão superior) e dos Tribunais de Relação das províncias, além dos juízes de direito.
-Conselho de Estado: órgão de consulta superior ao Imperador, composto de Conselheiros nomeados pelo Imperador.
3. Constituição de 1891
FUNDAMENTO: extensão territorial; criação de poderes locais efetivos e autônomos; ideais republicanos e democráticas;
-Proclamação da República em 1889.
-Transformação das províncias em Estados Unidos do Brasil.
-Elaborada por uma Assembleia-Geral constituinte (não poderia interferir no governo vigente).
- A primeira Constituição da Republica Federativa foi promulgada em fevereiro de 1891.
-União indissolúvel das províncias.
-Regime representativo.
-Três poderes independentes entre si.
-Sistema presidencialista (inspiração norte-americana).
-Garantiu direito civis e políticos, entre eles: direito à liberdade, segurança e propriedade.
●Poder Legislativo: Congresso Nacional que se divide em: Câmara dos Deputados e Senado Federal; membros eleitos. Vice-presidente da República é presidente do Senado.
●Poder Executivo: exercido pelo Presidente da República e auxiliado por seus Ministros de Estado
●Poder Judiciário: Supremo Tribunal Federal, juízes e tribunais.
4. Constituição de 1934
FUNDAMENTO: queda da Primeira República; Presidente deposto e cargo passado para Getúlio Vargas; Vargas edita um decreto que dissolvia o Congresso Nacional e todos os demais órgãos legislativos, iniciando um processo de reorganização do Estado brasileiro. Prepara as linhas gerais para a nova Constituição.
-Foco no social
-Criação dos Ministérios do Trabalho e da Educação.
-Promulgada em julho de 1934.
-Manteve a organização política;
-Ampliação dos poderes da União e instituição de competências concorrentes entre União e Estados;
-Rompimento com o bicameralismo rígido (Senado – mero colaborador da Câmara);
-Criação da justiça eleitoral / admissão do voto feminino;
-Reconhecimento de direitos sociais e econômicos / influência da constituiçãode Weimar (1919);
-Deu início a era das Constituições Sociais.
-Durou pouco tempo em razão da implantação do Estado Novo.
5. Constituição de 1937
FUNDAMENTO: Usando o pretexto de uma ameaça comunista para a tomada de poder (Plano Cohen), Getúlio Vargas deu um golpe e instaurou uma ditadura em 1937, anunciando o Estado Novo; período da iminência da Segunda Guerra; a derrota do nazi-fascismo contribuiu para o fim do Estado Novo.
-Outorgada por Getúlio Vargas em novembro de 1937.
-Fortalecimento do poder executivo: concentrou os poderes nas mãos do Presidente.
-O presidente legislava por meio de decretos-leis.
-Sob a égide dessa Constituição foram convocadas eleições presidenciais.
-O então presidente eleito, Eurico Gaspar Dutra, convocou uma Assembleia Constituinte.
6. Constituição de 1946
FUNDAMENTO: sentimento mundial de valorização da democracia; movimento de redemocratização do país; 
-Promulgada em setembro de 1946.
-Essência da democracia-social.
-Influência da Constituição de 1934.
-Retomada dos princípios constitucionais.
-Retorno de Getúlio em 1950 / morte em 1954.
-Sucessores: Café Filho, Juscelino K. e Jânio Quadros.
-Jânio Quadros renuncia e Joao Goulart assume.
-JG cai do poder em 1964.
7. Constituição de 1967
FUNDAMENTO: descontentes com João Goulart, militares aplicam um golpe em 1964; sucessão de atos institucionais visando regular a vida política no país, consolidando, na forma da legalidade, o regime militar estabelecido pelo comando golpista.
-Embora “promulgada” pelo Congresso Nacional, foi outorgada pelo Executivo através do Congresso.
-Entrou em vigor em março de 1967.
-Semelhanças com a de 1937.
-Ampliação de competências da União.
-Maiores poderes ao Presidente da República.
-Eleição indireta.
-Estabelecimento de diversos poderes discricionários ao Presidente da República.
EC 01/69 – “nova constituição” para alguns; 
-Caráter ostensivamente autoritário;
-Regime de repressão;
-Aumento de poder do Presidente da República;
-Debilidade do legislativo;
-Restrição de imunidades parlamentares.
8. Constituição de 1988
FUNDAMENTO: luta em busca de eleições diretas; desejo do restabelecimento das liberdades públicas, ceifadas pelo antigo regime; Tancredo Neves é eleito mas morre antes de assumir; seu vice assume e convoca uma Assembleia Constituinte.
-Promulgada em outubro de 1988.
-Constituição da esperança, democracia, felicidade, do ser humano: Constituição cidadã.
-Esperança para o povo brasileiro.
-Garantia de exercício de direitos sociais e individuais 
-Liberdade, segurança, bem-estar, desenvolvimento, igualdade, justiça, fraternidade, pluralismo.
-Negação ao preconceito / harmonia social / solução pacífica de controvérsias.
Capitulo III: Teoria da Constituição 
1. Considerações acerca do vocábulo “Constituição”
Desde a Antiguidade já se constatava que entre as leis, pelo menos uma delas se destaca em face de seu propósito de organizar o próprio poder, fixando os seus órgãos, estabelecendo as suas atribuições e seus limites. A partir do constitucionalismo a expressão Constituição passou a ser empregada para designar o corpo de normas jurídicas supremas que estabelecem os fundamentos de organização do Estado e da sociedade, dispondo e regulando o Estado.
2. Concepções sobre a Constituição 
-Sociológica (Ferdinand Lassale): A Constituição é resultado das forças sociais. Nessa perspectiva, ela deve ser examinada em relação à sociedade que a adota, da qual ela constitui puro reflexo, ou expressão da realidade nela existente.
-Politica (Carl Schmitt): nessa concepção, não é a Constituição que produz a unidade política, mas, a unidade política que dotada de uma vontade política de existir e através do Poder Constituinte, adota a Constituição e se dá a si mesma. Para o autor, a Constituição identifica-se como uma decisão política fundamental que está por detrás de toda normatividade.
-Jurídica (Hans Kelsen): Essa concepção puramente normativa da Constituição não leva em conta se ela é estabelecida por alguma vontade política, ou se reflete os fatores reais do poder. Prestigia a Constituição como um corpo de norma jurídicas básicas, postas como necessárias para viabilizar o desenvolvimento da sociedade e solucionar problemas.
-Cultural (Konrad Hesse): é uma conexão das concepções anteriores, de modo que a Constituição deve ser concebida como um sistema aberto de normas, que simultaneamente conforme e seja conformada pela realidade a que ela se dirige. As normas constitucionais devem interagir com a realidade social. Interação entre a constituição e os fatos/constituição e realidade político-social.
3. Supremacia da Constituição
Além de imperativa como toda norma jurídica, é particularmente suprema, ostentando posição de proeminência em relação às demais normas, seja quanto ao modo de sua elaboração (conformação formal), seja quando à matéria de que tratam (conformação material); superioridade normativa.
4. A unidade normativa da Constituição
A unidade normativa é importante, na medida em que o descumprimento de uma norma constitucional põe em perigo a própria unidade do texto magno. Assim, a garantia da supremacia de uma norma constitucional proporciona a garantia da própria Constituição.
5. Objeto e conteúdo das constituições
As constituições contemporâneas, entre as quais é exemplo a CF/88, tem por objeto definir a estrutura do Estado, os seus princípios fundamentais e a organização do poder político; disciplinar o modo de aquisição, a forma de exercício e os limites de atuação do poder político; declarar os direitos e garantias fundamentais; estabelecer as principais regras de convivência social e implementar a ideia de Direito a inspirar todo o sistema jurídico; fixar os fins socioeconômicos do Estado e as bases da Ordem Econômica e Social.
6. Classificação das constituições
→ quanto ao conteúdo:
A) material: O fundamental é a matéria ou conteúdo objeto da norma, sendo irrelevante a forma dessa. Preocupação maior com o conteúdo.
B) formal: é o conjunto de normas escritas reunidas num documento solenemente elaborado pelo poder constituinte, digam ou não respeito às matérias constitucionais. A formalidade é mais relevante.
→ quando à forma:
A) escrita: normas codificadas e sistematizadas em texto único e solene, elaborado racionalmente por um órgão constituinte.
B) não-escrita: as normas não estão plasmadas em um texto único.
→ quanto à origem:
A) democrática ou promulgada: efetiva participação popular, sendo fruto da soberana manifestação de vontade de um povo, que elege cm liberdade seus representantes para a tarefa fundamental de elaborar uma Constituição.
B) constituição outorgada: sem participação do povo. Fruto do autoritarismo, do abuso, usurpação do poder constituinte do povo. São impostas pelo governante.
C) pactuada: oficializa um compromisso político instável de duas forças políticas opostas: a realeza absoluta debilitada, de um lado, e a nobreza e a burguesia, em ascensão, de outro.
D) cesarista: imposição, mas carece da aprovação popular num segundo momento.
→ quanto à estabilidade ou consistência ou mutabilidade:
A) imutável: não prevê nenhum processo de alteração das suas normas. A Constituição deve gozar de certa estabilidade, uma vez que instabilidade de constituição pode reverter-se na própria instabilidade do Estado que a regula.
B) fixa: só pode ser alterada pelo próprio poder constituinte originário.
C) rígida: estabelece exige procedimentos especiais, solenes e formais, necessários para a reforma de suas normas, distintos e mais difíceis do que aqueles previstos para a elaboração ou alteração das leis.
D) flexível: pode ser alterada pelo mesmo procedimento observado para as normas legais. Não exige, para sua alteração, qualquer processo mais solene. Ex.: Const. Inglesa.
E) semirrígida ou semiflexível: uma Constituição parcialmente rígida e parcialmente flexível, ou seja, uma parte rígida (exigindo-se, pois, para sua alteração procedimentos especiais) e outra flexível.Ex.: Const. De 1824 e de 1988 que possui um núcleo material imodificável (cláusulas pétreas).
→ quanto à extensão:
A) sintética: Constituições breves que regulam os aspectos básicos da organização estatal. Ex.: Const. dos EUA (1787).
B) analítica ou prolixa: disciplinam longa e minuciosamente todas as particularidades. Ex.; Constituição de 1988.
→ quanto á finalidade:
A) Garantia: serve de instrumento de garantia das liberdades públicas individuais, visando limitar o poder.
B) dirigente: é consequência do constitucionalismo social que provocou a evolução do modelo de Estado, liberal para o social. Esse tipo de Constituição é a que estabelece um plano de direção objetivando uma evolução política.
→ quanto ao modo de elaboração: 
A) dogmática: ela consolida em seu texto escrito os dogmas ou princípios fundamentais vigentes no momento em foi elaborada.
B) histórica: a elaboração ocorre sob o influxo dos costumes e das transformações sociais.
→ quanto à ideologia: 
A) ortodoxa: resulta da consagração de uma só ideologia.
B) eclética (pluralista): logra contemplar, plural e democraticamente, varias ideologias contrapostas, conciliando as ideias que permearam nas discussões da Assembleia Constituinte. 
7. Classificação da Constituição de 1988
Formal; escrita; democrática; rígida; analítica; dirigente ou social; dogmática; eclética e normativa.
8. Estrutura das constituições
A) Preâmbulo: parte precedente do texto constitucional que sintetiza a carga ideológica que permeou documento.
PREÂMBULO CRFB 88
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
B) parte dogmática: texto articulado que reúne os direitos civis, políticos, sociais e econômicos.
C) Disposições transitórias: realiza a integração entre a nova ordem constitucional e a que foi substituída.
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 1º. O Presidente da República, o Presidente do Supremo Tribunal Federal e os membros do Congresso Nacional prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, no ato e na data de sua promulgação.
9. Elementos das Constituições
a) orgânicos: contidos nas normas que regulam o Estado e o poder.
b) limitativos: normas que formam os direitos e garantias fundamentais limitadoras do poder estatal.
c) sócio ideológicos: comprometimento com o Estado individual e social.
d) estabilização constitucional: visam garantir a solução dos conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas.
e) formais de aplicabilidade: prescrevem as regras de aplicação das Constituições.
10. A Constituição dirigente 
As constituições liberais ordenavam um Estado mínimo, que tinha o dever apenas de garantir as liberdades individuais a propriedade e segurança. Com a derrocada do Estado liberal, surge um novo constitucionalismo com reflexo direto no modelo estatal. A Constituição Dirigente, preocupada em traçar linhas de direção para o futuro.
Capítulo IV: Teoria da Norma Constitucional
1. A Constituição como um sistema aberto de normas
Como ela deve interagir com a realidade político-social de onde ela provém, é natural que as normas que a compõem estejam abertas aos acontecimentos sociais para acompanhar a sua evolução e adaptar-se às transformações sociais.
2. A norma constitucional: conceito e natureza
Complexo de normas jurídicas + complexo de normas principiológicas
Entende-se por norma constitucionais todas as disposições inseridas nunca constituição ou reconhecidas por ela, independentemente do conteúdo. 
-Normas constitucionais materiais: regulam a estrutura do Estado, a organização do poder e os direitos fundamentais. Seu conteúdo é mais importante que a localização.
-Normas constitucionais formais: são assim consideradas pelo simples fato de aderirem a um texto constitucional.
Não existe norma constitucional destituída de eficácia. O simples fato de serem inscritas numa Constituição rígida atribui às normas constitucionais natureza de normas fundamentais e essenciais, e não se pode duvidar de sua juricidade, nem de seu valor normativo.
Não há hierarquia entre as normas constitucionais.
3. As condições de aplicabilidade da norma constitucional
São condições de aplicabilidade das normas constitucionais:
a) vigência 
-Qualidade de uma norma regularmente promulgada e publicada, que faz a norma existir juridicamente e que a torna de observância obrigatória.
-Toda norma, inclusive a constitucional, possui uma cláusula de vigência. A atual Constituição não trouxe cláusula expressa, com a promulgação ela entrou em vigor.
-É possível que entre a publicação da norma e sua entrada e vigor, transcorra um lapso de tempo, no qual a nova norma não se aplica, observando-se ainda a norma anterior. É período é chamado de Vacatio legis, como está na lei, salvo disposições contrarias, a lei passa a vigorar em todo país após quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Nos países estrangeiros, quando admitida, o tempo é de três meses.
-Na mesma senda, ocorre Vacatio constitutionis, quando houver um lapso temporal que medeia publicação da norma constitucional e sua entrada em vigor.
-Leis e atos normativos que tenham sido elaborados nesse período, em conformidade com os preceitos constitucionais vigentes, valem enquanto durar a Vacatio, mas se tornam inconstitucionais com a entrada em vigor da nova Constituição. 
b) validade e legitimidade
-As normas jurídicas em geral valem e as legítimas (constitucionais), na medida em que se conformam, formal e materialmente, com as normas constitucionais.
-A validade da norma constitucional repousa, não em outra norma superior, mas sim no poder constituinte, entendido como poder político soberano.
c) eficácia
-Para que seja aplicada, a norma deve produzir efeitos jurídicos a que se preordenara.
4. As espécies de norma constitucional: os princípios e regras
Por muito tempo, os princípios desempenhavam uma função de auxilio ou subsidio na aplicação do direito. Com o pós-positivismo, houve uma superação da distinção entre normas e princípios. Na doutrina são encontrados diversos critérios distintivos entre normas-regras e normas-princípios:
A) grau de abstração e generalidade: os princípios expressam ideias ou valores que se aplicam por todo o sistema jurídico, ao passo que as regras se limitam a descrever situações hipotéticas, aplicadas a uma situação jurídica determinada.
B) grau de indeterminação: os princípios são normas abstratas e de textura aberta, indeterminados, carecem de medidas para que possam ser aplicados ao caso concreto. As regras são determinadas, de aplicação direta.
C) caráter de fundamentalidade: os princípios desempenham papel fundamental no sistema normativo, devido à sua superioridade hierárquica. 
D) proximidade da ideia de Direito: os princípios definem a ideia de direito a prevalecer em um Estado.
E) função normogenética e sistêmica dos princípios: são fundamentos das regras, dão base a elas, inspirando sua criação. Os princípios são fundamentadores do sistema jurídico, orientadores da sua exata compreensão, interpretação e aplicação.
-Os princípios podem conviver em conflito, pois permitem o balanceamento de valores e interesses de acordo com a sua importância.
-As regras, quando em colisão, uma excluirá a outra.
5. Eficácia jurídica da norma constitucional 
a) Eficácia social: consiste no fato de que a norma é efetivamente obedecida e aplicada. É o fenômeno da sua concreta observância no meio social que pretende regular.
b)Eficácia jurídica: consiste na capacidade de atingir s objetivos previstos na norma, isto é, desencadear efeitos jurídicos. É a condição da eficácia social, uma norma só sera aplicada se for juridicamente eficaz.
5.1 Normas constitucionais mandatórias e diretórias
a) normas coagentes: são as que determinam uma ação ou omissão independente das partes.
b) dispositivas: completam outras normas ou ajudam a vontade das partes a atingir seus objetivos legais.
5.2 Normas self-executing e not self-executing
a) auto executáveis: podem ser aplicadas imediatamente, são dotadas de plena eficácia jurídica.
b) não executáveis: não possuem plena eficácia, dependem de lei integrativa.
5.3 Classificação das normas
Apesar de todas as normas constitucionais serem jurídicas, nem todas estão aptas por si mesmas de desencadearam integrais efeitos.
● Classificação de José Afonso da Silva:
a) Normas de eficácia plena: desde a entrada em vigor, incidem direta e imediatamente sobre matéria que lhes constitui objeto. São de aplicabilidade direta, imediata e integral. Ex.: normas definidoras de direitos e garantias; normas de competência da União; normas de estabelecem atribuições dos poderes;
b) Normas de eficácia contida: embora não precisem de lei integrativa para incidir, esta pode ser editada, para lhes reduzir a eficácia. São de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral – sujeitas a restrições previstas ou dependentes de regulamentação que limite sua eficácia e aplicabilidade.
c) Normas de eficácia limitada ou reduzida: embora GEREM efeitos jurídicos, carecem de lei futura que regulamente seus limites. Apresentam-se divididas em:
-Normas constitucionais de princípio institutivo ou organizativo: se propõem a criar um organismo ou entidade. Traçam esquemas gerais de estruturação e atribuições de órgãos, entidades ou institutos.
-Normas constitucionais de princípio programático: veiculam políticas públicas ou programas de governo (justiça social). Independentemente de regulação, produzem eficácia jurídica imediatamente.
● Classificação de Maria Helena Diniz:
a) Normas com eficácia absoluta: integram um núcleo irredutível e imutável da constituição, chamadas de cláusulas pétreas. São providas de eficácia positiva e negativa. Em razão da eficácia positiva, elas têm incidência imediata e são intangíveis ou insuscetíveis de emenda constitucional. Em face da eficácia negativa, vedam qualquer lei que lhes seja contrária.
b) Normas com eficácia plena: embora possam ser modificadas pelo poder de emenda, independem de regulamentação para surtirem efeitos.
c) Normas com eficácia relativa restringível: têm eficácia plena, mas seus efeitos ficam susceptíveis de contenções.
d) Normas com eficácia relativa complementável: dependem de uma complementação normativa para lograrem e produzir efeitos, mas terão, desde logo, eficácia paralisantes de efeitos e normas precedentes incompatíveis e impeditivas de qualquer conduta contraria a que estabelecerem.
5.4 Eficácia jurídica das normas constitucionais programáticas
Normas Constitucionais Programáticas: São aquelas que estabelecem as políticas públicas, os programas de governo.
São definidoras de direitos sociais, dessa forma, na hipótese de não realização destas normas e destes direitos sociais por inercia dos órgãos de proteção política gerará uma inconstitucionalidade por omissão.
O fato dessas normas contemplarem direitos sociais dependentes de prestações positivas do Poder Executivo ou de providencias normativas do Poder Legislativo, não lhes retira a eficácia jurídica.
5.5 Retroatividade máxima, média e mínima
a) máxima ou restitutória: retroatividade para alcançar atos ou fatos já consumados (direito adquirido).
b) média – não alcança atos ou fatos já consumados apenas seus efeitos ainda não ocorridos (efeitos pendentes – Ex. prestações vencidas e ainda não pagas).
c) mínima, temperada ou mitigada– incidência sobre efeitos futuros dos atos ou fatos pretéritos – não atinge nem atos nem fatos pretéritos nem efeitos pendentes. (Ex. nova taxa de juros para prestações vincendas).
5.6 Derrotabilidade das normas jurídicas (enunciado normativo).
Possibilidade de afastamento ou negação de sua aplicação em razão de uma relevante exceção. Ex. Afastamento da aplicação do crime de aborto ante à decisão do STF sobre anencefalia.
6. Princípios Constitucionais
São normas jurídicas fundamentais de um sistema jurídico, dotadas de intensa carga valorativa, e por isso mesmo superiores a todas as outras, dando-lhe o fundamento e uma ordenação logica, coerente e harmoniosa. São, portanto, pautas normativas máximas de uma constituição que refletem a sua ideologia e o modo de ser compreendida e aplicada.
a) Princípios jurídico-fundamentais: definem balizas do ordenamento jurídico. Ex. princípio da supremacia da constituição, princípio da legalidade, igualdade, etc.
b) Princípios político-constitucionais: definem bases políticas do Estado. Ex. forma de Estado, de governo, regime político, (princípio federativo, republicano, soberania popular, pluralismo político, etc).
c) Princípios constitucionais impositivos: impõe realização de fins e execução de tarefas. Ex: normas constitucionais de princípio programático.
d) Princípios-garantia: apresentam garantias aos cidadãos contra abusos do Estado. Ex. segurança jurídica, devido processo legal.
Princípios e subprincípios: hierarquia (maior ou menor carga valorativa).

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