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RELATÓRIO DE ESTÁGIO DOCÊNCIA DAS DISCIPLINAS PEDAGÓGICAS

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência das Disciplinas Pedagógicas e Educação Profissional
DARLENE FERREIRA FERNANDES
RIO DE JANEIRO
2018
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência das Disciplinas Pedagógicas e Educação Profissional
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Disciplinas Pedagógicas, sob a orientação da Professora Rosaria Maria De Castilhos Saraiva. 
 
 
 Curso: Pedagogia
RIO DE JANEIRO
2018
 
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO CENÁRIO DA FORMAÇÃO CONTINUADA..............................................................................................................6
1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA.........................................................................6
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA OBSERVAÇÃO DIRETA DA COORDENADORA PEDAGÓGICA...........................................................................................................12
CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS................................................................................13
CAPÍTULO III - CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................16
4. REFERÊNCIAS......................................................................................................17
5. ANEXOS.................................................................................................................18
INTRODUÇÃO:
Este relatório irá descrever uma experiência de estágio em formação continuada, com o foco na observação direta da coordenadora pedagógica, em sua ação de formadora de formadores, os professores, vivenciada pela estagiária Darlene Ferreira Fernandes, do curso de Pedagogia na modalidade EAD do Polo Sulacap, da cidade do Rio de Janeiro, que cursa o 6º período.
O estágio foi realizado diretamente com a coordenadora pedagógica Alessandra Carneiro da Silva, na Escola Municipal Campo dos Afonsos, situado à Avenida Marechal Fontenelle,755, Rua D, nº44, Jardim Sulacap, na cidade do Rio de Janeiro – RJ, no período de 22 de Outubro à 03 de Dezembro de 2018, totalizando 110 horas, 18 horas e 30 minutos semanais.
O Estágio Supervisionado em Docência das Disciplinas Pedagógicas e Educação Profissional, voltado para formação continuada de professores em Escola de Ensino Fundamental I, tem por objetivo: propiciar a observação e regência compartilhada das disciplinas pedagógicas na Escola normal e formação continuada na Escola básica; fazer o levantamento de como se desenvolve a formação continuada, se é mediante formações externas ou internas; analisar a contribuição da formação para a reflexão do professor sobre sua prática pedagógica; a mobilização docente para a exercitação consciente da comunicação entre a teoria e a prática; contribuir para a construção feita pelo docente de se ter um novo olhar sobre o processo de ensino-aprendizagem.
No capítulo primeiro, será descrita a caracterização de todo contexto onde foi desenvolvido o estágio, assim como cenário o qual foi feito o acompanhamento, as observações voltadas para a formação continuada dos professores. Será dividida em duas partes: caracterização da escola e caracterização da observação direta da coordenadora pedagógica. Neste capítulo, será apresentado um breve histórico da organização, a localização, o contexto socioeconômico, a estrutura, o funcionamento, o Projeto Político Pedagógico (PPP) e a avaliação.
No capítulo segundo será feita a descrição do desenvolvimento e análise crítica das atividades observadas e realizadas, utilizando-se de fundamentações teóricas, pela estagiária. 
No terceiro e último capítulo serão feitas as considerações finais, dando ênfase as aprendizagens e experiências mais relevantes possibilitadas a estagiária. Será feito ainda um comentário concernente as atividades propostas e realizadas, o objetivo cumprido e a significativa contribuição desse estágio para a formação profissional da estagiária.
No momento inicial do estágio, criaram-se as seguintes expectativas: observar o cotidiano da coordenação pedagógica, a fim de identificar e caracterizar a natureza desse trabalho desenvolvido por esta profissional, abarcando assim, as especificidades e contradições que certamente serão encontradas nesse cenário e compreender ainda, as formas das relações interpessoais que abrange os sujeitos envolvidos.
CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO CENÁRIO DA FORMAÇÃO CONTINUADA
1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
A Escola Municipal Campo dos Afonsos, foi fundada em 1941, nascida de um desejo dos moradores do local que perceberam a necessidade de uma escola e por fazer parte de uma área militar onde se existia desde então, um número significativo de moradores militares que mobilizaram-se a irem em busca das medidas necessárias para que houvesse a concretude do projeto de uma fundação escolar no local estabelecido. Através da administração das Organizações Militares da Guarnição de Aeronáutica dos Afonsos, o desejo inicial foi concretizado. A escola, faz parte da 8ª Coordenadoria Regional de Educação. É direcionada por uma gestora geral, por uma gestora adjunta e por uma coordenadora Pedagógica.
Refere-se à uma escola pública, de classe média baixa e encontra-se localizada em uma Vila Militar, situada à Avenida Marechal Fontenelle, nº 755, Rua D, nº44, no bairro Jardim Sulacap, na cidade do Rio de Janeiro – RJ.
Possui uma boa infraestrutura, com iluminação adequada, fiação elétrica em bom estado de uso, contém alimentação escolar para os alunos, com acompanhamento de uma Nutricionista que organiza todo o cardápio semanal, possui bebedouros com água filtrada. A água encanada, a energia elétrica e a rede de esgoto, são da rede pública. O lixo é destinado à coleta periódica.
Os ambientes são limpos, bem organizados viabilizando de forma satisfatória às necessidades dos alunos, bem como toda equipe de trabalho.
As dependências da escola são compostas de uma sala ampla, subdividida em dois ambientes, um da direção e o outro da secretaria. Possui um total de quatorze salas de aulas e cinco delas, são utilizadas para os seguintes fins: informática, leitura, música, multimídia e teatro, sala de educação física, pelo fato de não haver quadra apropriada para prática de esportes. 
Existem dois pátios na escola um coberto, que encontra-se ao lado das salas de aula e um descoberto, ambos não possuem quadra nem tão pouco ambiente propício para a prática de esportes, portanto as aulas de Educação Física são ministradas pelo professor na sala de aula específica.
Possui uma cozinha com despensa, contendo um balcão voltado para o refeitório, viabilizando assim a distribuição do almoço no horário da merenda `a todos alunos, cozinheiras e ao inspetor de alunos. 
O corpo docente dispõem de uma sala exclusiva, climatizada, de espaço adequado para repouso sendo que ao lado dessa sala existe uma outra que é utilizada pelos professores para estudo.
O mobiliário tanto dos alunos quanto dos professores bem como de todo o cenário que envolve o funcionamento dos seus setores são suficientes e adequados.
A biblioteca disponibiliza um médio acervo de livros paradidáticos, livros para pesquisas, dentre outros, com um controle rigoroso de monitoração de suas saídas por uma bibliotecária; seu acesso é restrito aos alunos e professores da escola.
A escola Municipal Campo dos Afonsos, oferece vagas ao 5º ano do Ensino Fundamental I, aos 6º,7º,8º, 9º anos do Ensino FundamentalI e mais o projeto “Acelera 8”, que atende àqueles com idade entre 14 e 17 anos, que não conseguiram frequentar à escola na idade própria, concluindo nesse projeto o 8º e o 9º ano, no prazo de 1 ano.
O horário de funcionamento da escola no turno da manhã ocorre às 7:30hs ao 12:00hs e no turno da tarde de 12:45hs às 17:15hs. Possui acesso à pessoas com deficiência física.
A equipe técnico pedagógica é composta por um corpo docente, pela secretaria, por uma coordenadora pedagógica, que se encontram presentes durante o horário de funcionamento da escola.
O corpo docente da escola é composto de 38 professores, em seus respectivos turnos e disciplinas pré estabelecidos, 544 discentes distribuídos entre o 5º ano do Ensino Fundamental I, o Ensino fundamental II e o Acelera8. O funcionamento escolar ocorre somente no período matutino e vespertino.
São disponibilizadas trinta vagas para alunos do 5º ano do Ensino Fundamental do primeiro segmento, quarenta vagas para alunos do 6º,7º,8º,9º anos e 40 vagas para a turma do Acelera 8. A escola conta com uma turma de 5º ano, quatro turmas de 8º ano, três turmas de 9º ano e duas turmas de “Acelera 8” no turno matutino; três turmas de 6º ano e quatro turmas de 7º ano no turno vespertino. 
Alunos com necessidades especiais podem ingressar normalmente na escola e dependendo da necessidade do aluno, mobiliza-se um professor que dê o suporte, necessário à especificidade do aluno, viabilizando com isso seu desenvolvimento escolar.
Fazem parte da equipe de funcionários: o inspetor de alunos, responsável pelos dois turnos; uma cozinheira e uma copeira que são incumbidas pela organização da merenda escolar no turno da manhã e um cozinheiro no turno da tarde; a nutricionista que elabora semanalmente o cardápio da merenda dos alunos; um agente pessoal, que cuida da vida profissional dos professores; três secretários, que foram professores mas que por motivo de saúde, foram readaptados para exercerem tais funções.
A escola oferece alimentação aos alunos, preparada no local, possui água filtrada disponível em bebedouros, sanitários disponíveis ao corpo discente e ao corpo docente separados de forma exclusiva para os devidos fins. As instalações elétricas da escola funcionam de forma adequada. A Qualidade das instalações de um modo geral, é considerada boa e suficiente para atender as necessidades escolares.
O material didático utilizado é fornecido pela Secretaria Municipal de Educação, por bimestre, que são entregues na sala de aula pela professora regente.
Não há serviços oferecidos à comunidade, toda comunicação necessária são transmitidas somente aos pais de alunos.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) existe e está sendo reelaborado. O tempo estimado para a realização de uma nova elaboração ocorre a cada três anos. Durante sua elaboração são feitas várias reuniões, organizadas antecipadamente com toda equipe pedagógica, coordenada pela coordenadora pedagógica e a diretora adjunta, envolvendo para tanto um levantamento prévio do perfil da comunidade a qual a escola se insere, estudos do corpo estudantil, dando ênfase às necessidades específicas, dentro de suas singularidades.
A construção do Projeto Político Pedagógico é feita com a participação de todo corpo docente, aonde todos possuem o conhecimento do projeto e a medida que vão percebendo a necessidade de um aprimoramento, este é feito. Cabe ressaltar que o PPP seguido no momento pela escola, foi proposto pela Unesco e traz consigo o seguinte tema: “Os quatro pilares da Educação para o século XXI”; são eles: o aprender a conhecer; o aprender a fazer; o conhecer a conviver e o conhecer a ser.
O projeto político pedagógico da instituição destaca a noção de um docente que constitua seus saberes pela prática, advindo de uma composição da ação pessoal, colaborativa, coletiva e ideológica referente à defesa da utopia educativa, que como se sabe, a instituição persegue. Com isso, cada professor que pertence a escola, deve perceber-se como sujeito de transformação, ou seja, crítico em relação aos conhecimentos obtidos ou não e da prática pedagógica, bem como reflexivo no sentido de reconstruir, por meio da práxis, uma ação social e intelectual, visando ensinar de maneira nova e transformadora.
No que diz respeito à adequação do Projeto Político Pedagógico com a Legislação Educacional para a formação dos professores, percebe-se claramente a concomitância com as exigências legais, existindo uma certa superação de alguns elementos contidos no PPP.
A escola observada, opta por uma organização interna na formação docente, perpassando todos setores curriculares tanto os formais quanto os não formais, na perspectiva de qualificar de forma permanente as bases teóricas e práticas, como sendo objeto de estudo dos docentes.
Quanto à legislação e sua estrutura de trabalho formativo docente, na presente instituição pesquisada, é notória a clareza das exigências legais, assim como elementos presentes no PPP, porém os docentes dão preferência em realizar uma troca de conhecimentos entre si, tendo em vista que a formação continuada que a 8ª CRE propõem, ou seja externa, na maioria das vezes não tem a ver com a necessidade real que o professor vem vivenciando com seus alunos, no seu contexto pedagógico.
A Rede escolar disponibiliza um horário complementar(HC), para que seja utilizado para estudo do professor
A 8ª CRE, a qual pertence a escola pesquisada, propõe o Centro de Estudo Parcial, em que a metade do tempo é investido em aula e a outra em estudo do docente. É proposto também o Centro de Estudo Integral, designado um horário completamente para estudo do professor.
As avaliações são bimestrais e ocorrem em quatro momentos. Os alunos são avaliados pela professora regente da Unidade Escolar (UE), através de testes, provas e pesquisas por ela elaborada, além das provas elaboradas pela Secretaria Municipal de Educação (SME), que são distribuídas pela professora regente. Geralmente a prova da UE é aplicada no primeiro tempo de aula e após o intervalo (recreio) é feita a avaliação da SME. A média de aprovação na rede municipal da cidade do Rio de Janeiro é igual a 5.0.
A proposta pedagógica com relação ao processo avaliativo é fazer com que os professores identifiquem a dificuldade de seus alunos e a partir do diagnóstico obtido, buscar equalizar o conhecimento, utilizando novas estratégias, metodologias, para que tal objetivo seja alcançado e com isso obter um ensino mais qualitativo, que busque atender cada aluno com dificuldade, dentro da sua especificidade, para que todos possam alcançar um aprendizado com qualidade.
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA OBSERVAÇÃO DIRETA DA COORDENADORA PEDAGÓGICA
O estágio foi realizado diretamente com a observação da coordenadora pedagógica, de uma escola pública de ensino fundamental e ensino médio, cujo foco é a formação continuada e se caracteriza pela análise de formação continuada dos docentes dessa instituição, que se dá mediante a formações internas, no decorrer dos períodos de centro de estudos parciais e integrais, mas vale ressaltar que a 8ª CRE, a qual pertence a instituição, fornece palestras à todos os professores, em tele salas, com vários palestrantes. 
Os professores da instituição optam pela formação interna, pois é através dela que trocam experiência do cotidiano escolar em que encontram-se inseridos, contribuindo assim, significativamente com as reflexões de suas próprias práticas pedagógicas,mobilizando com isso, para o aperfeiçoamento consciente, dialogando com a teoria e a prática, afim de contribuir sempre com a construção de um olhar reflexivo do processo de ensino aprendizagem.
A coordenadora pedagógica da escola , Alessandra Carneiro da Silva, possui um tempo de formação de vinte e três anos de carreira profissional. Possui formação de Licenciatura em Educação Física, formação em dança e hidroginática. Está cursando uma pós em gestão pela Cândido Mendes – Pró Minas – Curso de administração escolar e orientação educacional.Além desse curso, tem feito um curso EAD, fornecido pela 8ª CRE, sobre formação de coordenação pedagógica fundamentado nos conceitos de Paulo Freire.
A ação do coordenador em prol de um desenvolvimento de formação continuada dos professores na instituição, se dá em razão das necessidades específicas do contexto escolar, capacitando os professores por meio de palestras externas ou internas, por meio dos centros de estudos.
A formação é caracterizada de forma contínua e em serviço, ou seja, ocorrem na escola, mediante a um dinamismo movido pela coordenadora pedagógica, que de um modo bem descontraído, parceiro e respeitoso acaba motivando sua equipe docente. 
Algumas estratégias são utilizadas pela coordenadora, que fazem realmente toda diferença, uma delas é o tempo que devem ser pré definidos para desenvolvimento formativo.
O planejamento das reuniões formativas, é fundamental para que realmente haja uma reflexão sobre as práticas docentes, refletindo com isso as necessidades dos docentes.
Uma das estratégias relevantes da coordenadora pedagógica observada é o tato pedagógico, sabe ouvir, se comunicar e se relacionar, proporcionando a todos uma relação de confiança e respeito com toda equipe pedagógica.
CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS
As observações que serão relatadas a seguir tratam-se de um cenário oriundo de uma escola de ensino fundamental a partir do 5º ano ao ensino médio, todos coordenados pela coordenadora pedagógica mencionada anteriormente.
Do ponto de vista curricular do corpo docente, é feito no final de cada semestre um relatório individual, por docente, que é entregue à direção. Nele é feito uma auto avaliação envolvendo: dinâmica de aula, cumprimento do planejamento, relação aluno - professor, professor - aluno, aluno - aluno e outros fatores pertinentes; e então finaliza-se o relatório com uma avaliação enquanto profissional, respondendo questões que envolve seu investimento curricular, qual o último curso feito, leituras e outros aspectos. Sendo assim, reforço essa ação escolar, sobre o campo dos currículos, com as palavras do autor José Gimeno Sacristán que afirma:
“A revisão curricular deve ser realizada periodicamente, a fim de proporcionar mudança essenciais no currículo dos cursos, possibilitando melhorias nas atividades desenvolvidas, no caso dessa pesquisa, do aperfeiçoamento do currículo do profissional da área de pedagogia”. 
É plausível tal procedimento, tendo em vista que o docente carece de atualização no seu currículo profissional, bem como aperfeiçoar o seu conhecimento, afim de enriquecimento dos conteúdos com o objetivo de proporcionar aos seus alunos um ensino contextualizado com a sua realidade.
Sacristán (2000), afirma ainda que não será fácil melhorar a qualidade do ensino se não se mudam os conteúdos, os procedimentos e os contextos de realização dos currículos.
Assim, a atualização do conteúdo dos cursos é fundamental, pois define o progresso que os estudantes obterão na vida escolar e, consequentemente, na esfera profissional, tendo em vista o impacto que a cristalização do conteúdo de um curso poderá causar nos elementos envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
Um aspecto muito relevante que foi observado na escola pesquisada, é a base pela qual o projeto político pedagógico (PPP), está alicerçado, nos 4 pilares da Educação, proposto pela UNESCO, a saber: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser. Sob esse olhar foi feita a elaboração do PPP, com a perspectiva de mudar o perfil da escola, deixar o aluno ser o protagonista à todo momento, indo em busca sempre da autonomia nesse processo de ensino- aprendizagem. Esse projeto ocorre tanto em datas comemorativas, quanto nos planos das aulas, de forma interdisciplinar.
Balizando essa rica proposta pedagógica, é oportuno mencionar o que teóricos que tratam de competência e currículo tem a dizer: 
Perrenoud (1999), define competência como “a capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles”. 
Rabaglio (2001) afirma:
“A competência possui como base três dimensões: os conhecimentos (C), as habilidades (H) e as atitudes (A), conhecidos pela junção das iniciais, como CHA, composto de questões técnicas (conhecimentos – saber), da capacidade para empregar os conhecimentos (habilidades – saber fazer) e o comportamento diante das tarefas (atitudes – querer fazer)”.
Em concordância com o autor e com o olhar pedagógico da escola, afirmo que, para que se tenha um ensino de qualidade e consequentemente um bom aprendizado é necessário que o saber docente deve estar em consonância tanto com o saber fazer quanto com o querer fazer, pois não será proveitoso possuir conhecimento, habilidade e não ter atitude; assim como não haverá proveito, querer fazer sem obter conhecimento e habilidade. Sendo assim, é fundamental que o professor reflita sempre sobre o seu fazer pedagógico, com o intuito de aprimorá-lo por meio do crescimento formativo docente.
A Conferência Mundial de Educação (UNESCO, 2010, p. 13-14-31), estabelece ainda os quatro pilares da educação para o desenvolvimento educacional: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser. Tais pilares podem se aproximar do CHA, pois alinham-se ao saber, saber fazer e querer fazer, conforme já mencionado acima.
Para que tal situação ocorra é feito todo um planejamento pedagógico que permite articular toda a organização curricular adotada, bem como a metodologia do professor, com a formação docente necessária.
Uma das estratégias utilizadas pela coordenadora pedagógica para fomentar o professor de cada disciplina específica a fazer uma formação continuada é incentivar o diálogo, a troca de experiências, através dos centros de estudos, dando ênfase na necessidade pontual da escola.
Algumas atividades realizadas pela escola, me foi dada a oportunidade de participação, cabe mencionar:
O convite recebido pela coordenadora pedagógica para fazer parte do grupo de professores durante o centro de estudo, o qual tratou do caso de uma aluno com déficit de atenção, sobre quais medidas seriam tomadas para ajudá-lo a concluir o ano letivo. Foi preenchido um relatório de anamnese, solicitado pelo médico especialista do aluno, de acordo com a opinião de todos os professores envolvidos no processo de ensino-aprendizagem do aluno, buscando viabilizar o aprendizado dele por meio também de um tratamento específico.
Foi possível acompanhar juntamente com uma professora facilitadora, seu trabalho feito com um aluno autista, durante a aula de Português. A professora possuía o curso de formação continuada em educação especial e alguns conhecimentos acerca do TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Das atividades realizadas a que mais me impressionou foi a da festa de Halloween, programada pela professora de inglês da escola. Possui formação continuada em inclusão de alunos especiais. Programou no dia da comemoração, a ornamentação de uma sala da escola com os adereços relacionados, e combinou com todos os alunos que faziam parte da disciplina, que compôssem a mesa com as comidas típicas do evento, mas que fossem eles os confeiteiros e protagonistas. Antes fez todo um trabalho em classe, utilizando-se do recurso de sala de aula invertida e depois, uma série por vez, ia participando das brincadeiras e de tudo que trouxeram para degustar.
O mesmo autista que havia acompanhado anteriormente em sala, veio em minha direção e pediu-me que o vestisse de lobisomem. Imediatamente, providenciei um TNT marrom e já confeccionei a roupa e a máscara, e ele saltitava de alegria imitando o lobisomem pela sala. Os colegas interagiram com ele, foi muito divertido.
 
CAPITULO III - CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estágio deu início no dia 22/10/2018, com término no dia 03/12/2018.
Obtive uma ótima receptividade e acolhimentopor parte de toda equipe pedagógica e funcionários.
As atividades que me foram propostas, foram realizadas de forma satisfatórias e agregadoras, do ponto de vista de aprendiz bem como do serviço prestado à escola.
O objetivo foi cumprido, uma vez que pude obter várias informações que permeiam a área do conhecimento docente, sobretudo o processo relevante da formação continuada de cada componente envolvido nessa trajetória escolar.
O estágio feito nesse cenário de formação continuada, contribuiu de uma forma significativa, levando à clareza de que o docente deve a todo momento da sua caminhada escolar fazer uma análise tanto do seu conhecimento, quanto das suas práticas pedagógicas e a partir dessa reflexão se preocupar sempre com seu aperfeiçoamento do currículo, buscando sempre um ensino de qualidade.
As expectativas iniciais foram alcançadas, uma vez que pude presenciar a diferença que faz, quando o docente vive um determinado problema com um determinado aluno em sala de aula e possui algum tipo de formação especializada naquela área específica do problema existente, é simplesmente um sucesso a relação no processo de ensino aprendizagem. A formação continuada vale muito a pena! 
O convívio com a coordenadora pedagógica e com todo o ambiente escolar me trouxe o seguinte aprendizado para vida: nunca é tarde para intervir no auxílio do aprendizado tanto de um professor pois todos possuem potencial para aprender, basta querer aprender, saber fazer e querer fazer!
REFERÊNCIAS
PERRENOUD, P. Construindo as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.
RABAGLIO, M. O. Seleção por Competências. 2. ed. São Paulo: Educador, 2001.
SACRISTÁN, J. G. O Currículo: uma reflexão sobre a prática. Trad. Ernani F, da F. Rosa, 3. ed. 2000. 
 UNESCO. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien. 1990. 
Sites Disponíveis em: 
<http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2019.
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1429/inicio-do-semestre-hora-de-planejar-e-fazer-o-cronograma-das-acoes-de-formacao-dos-professores. Acesso em :02/02/2019
ANEXOS:
 
Aluno autista vestido de lobisomem, fantasia feita pela estagiária.
Festa do Halloween: Doces feitos pelos alunos.

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