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avaliação fisioterapeutica neurofuncional

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Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 1
! 
 
O principal papel da fisioterapia é a avaliação e o treinamento das funções 
motoras de forma que o indivíduo possa retornar às suas atividades de vida diária, 
lazer, domésticas e de trabalho da maneira mais independente possível1, 
independentemente da área na qual sua patologia foi classificada (reabilitação 
neurológica, ortopédica ou cárdio respiratória, por exemplo). 
Sejam diretas ou indiretas, as lesões sintomáticas do sistema nervoso podem 
ser difusas ou focais, únicas ou múltiplas e envolver os sistema nervoso periférico 
(músculo, junção neuromuscular, nervo periférico ou craniano, plexo nervoso e raiz 
nervosa) ou o sistema nervoso central (medula espinhal, tronco encefálico, 
cerebelo, diencéfalo e cérebro). Assim, uma história e um exame neurológicos 
competentes exigem uma compreensão aprofundada da anatomia e da fisiologia do 
sistema nervoso4,5. 
Cada fisioterapeuta acaba por desenvolver um método pessoal baseado na 
experiência, mas o indivíduo em treinamento deve seguir uma rotina fixa e 
sistemática até estar muito familiarizado com o tema. Tentativas prematuras de 
abreviar o exame podem ocasionar custosos erros por omissão5. 
O fisioterapeuta não deve guiar sua estratégia de abordagem terapêutica 
somente pelo diagnóstico médico se assim o fizer ele tratará a patologia e não o 
indivíduo. Cada indivíduo é único, mesmo quando acometidos pela mesma 
patologia. Ao longo da vida, cada ser humano foi adquirindo novas informações, 
processando-as e armazenando o conteúdo de modo apropriado para recuperá-lo, 
quando necessário, para o funcionamento cortical e integrativo superior6. Estes 
dados implicam no fato de que uma mesma doença provoca quadros funcionais 
diferentes em cada paciente, portanto, não é possível tratar todos da mesma forma. 
Os fisioterapeutas defendem que apenas o diagnóstico médico não dá 
direções suficientes ou satisfatórias para seu tratamento sendo o exame 
fisioterapêutico e a avaliação da função essenciais para a escolha do tratamento 
adequado8. 
A American Physical Therapy Association (APTA: Associação Americana de 
Fisioterapia) divide o processo de tratamento em cinco elementos: exame, 
avaliação, diagnóstico, prognóstico e intervenção2 (FIGURA 1). 
 O objetivo desta unidade é discutir e complementar os temas referentes ao 
exame e/ou anamnese, avaliação e diagnóstico funcional . A ficha de avaliação 
neurofuncional pode ser encontrada no anexo 1. 
• Capítulo 1: Introdução
Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional
 
FIGURA 1. Processo do tratamento do paciente sugerido pela APTA (Fonte: 
SHUMWAY-COOK A; WOOLLACOTT MH2) 
! 
 O termo Anamnese tem origem grega sendo uma composição de dois 
termos:Ana=trazer de novo e Mnesis=memória, ou seja, é uma entrevista que busca 
relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente3. A 
intenção da anamnese é ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença e 
quando bem conduzida, é responsável por 85% do diagnóstico na clínica médica, 
liberando 10% para o exame clínico (físico) e apenas 5% para os exames 
complementares3,7,8. Alguns diagnósticos só podem ser feitos durante a anamnese7. 
O aprendizado de uma boa técnica para entrevista é lento e só é conseguido após a 
realização de dezenas de entrevistas criticamente avaliadas3. 
Na identificação do paciente, alguns detalhes são de grande valia no decorrer 
da avaliação, por exemplo: conhecer o nível de escolaridade é uma informação 
importante para interpretar posteriormente testes cognitivos; o conhecimento da 
mão de preferência nos diz provavelmente qual é o hemisfério dominante (o 
hemisfério dominante para a fala nos destros é, quase 100% das vezes, o 
hemisfério cerebral esquerdo. Nos sinistros, o hemisfério cerebral dominante, na 
maioria das vezes, é também o esquerdo, mas em até 30% das vezes, o hemisfério 
cerebral direito é o dominante para a fala)7. 
 É de fundamental importância verificar como o paciente era antes da 
instalação da patologia que o levou a ser encaminhado para fisioterapia, ou seja, se 
o paciente era previamente hígido. Tal averiguação é essencial pois o paciente 
• Capítulo 2: A anamnese
Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 3
pode ter algum déficit motor congênito do qual ele já era muito adaptado e no 
momento da avaliação apresenta apenas um déficit motor leve pela nova patologia. 
No entanto, o examinador despreparado pode enxergar erroneamente a somatória 
destes déficits como um quadro complexo causado por um único evento lesivo. 
 Durante a obtenção da história, deve-se permitir que os pacientes descrevam 
os sintomas com suas próprias palavras e de forma espontânea4,7. É necessário 
distinguir dois tipos de pacientes: aquele mais prolixo e que deve ter sua história 
mais direcionada e aquele mais tímido, que precisa ser incentivado e questionado7. 
As perguntas não devem induzir o paciente, porém devem ser diretas o suficiente 
para determinar precisamente o que o paciente quer dizer4,7. Muitos termos são 
usados de maneira diferente por pessoas diferentes. Por exemplo, tontura pode 
significar quase-síncope, vertigem, desequilíbrio ou simplesmente uma sensação 
subjetiva difícil de descrever. Dormência pode significar apenas isso ou referir-se a 
parestesias (sensação somática espontânea na ausência de um estímulo externo). 
Fraqueza pode significar perda da força, lentidão do movimento ou fadiga. Alguns 
pacientes falam dormente quando querem dizer fraco, e vice-versa4. Cabe ao 
fisioterapeuta questionar-se da legitimidade do termo e sequencialmente questionar 
o próprio paciente na presença de dúvidas pois as respostas estão nos detalhes. 
 Questionar as datas exatas de surgimento de cada sintoma e dos eventos 
relatados fornece respostas importantes para entendermos a velocidade de 
evolução da patologia e auxilia a equipe médica até no desenvolvimento do 
diagnóstico. Por exemplo, nas tabelas 1 e 2 está o tempo de instalação dos 
sintomas de um déficit neurológico focal por diversas etiologias, só esse dado já 
pode sugerir determinada doença7. 
Tabela 1 – Déficit neurológico central e exemplos de doenças neurológicas 
 Fonte: MUTARELLI, EG7 
Tabela 2 – Déficit neurológico periférico e exemplos de doenças neurológicas 
Tempo de instalação Doença sugerida
Minutos Vascular (isquemia ou hemorragia)
Horas Esclerose Múltipla, HSD e HED, encefalite
Dias Encefalite, abscesso
Semanas Tumores, hematoma subdural
Meses Degenerativas
 Fonte: MUTARELLI, EG7 
 A evolução pode ser monofásica, progressiva ou recorrente (Tabela 3). A 
evolução monofásica caracteriza-se por apresentar uma piora inicial e evoluir ou 
com estabilização dessa piora, como ocorre, por exemplo, no Acidente Vascular 
Cerebral, ou com melhora do quadro inicial, como ocorre na paralisia facial 
periférica de Bell. A evolução progressiva, por sua vez, é característica dos tumores 
e das doenças degenerativas7. 
Tabela 3 – Déficit neurológico central e exemplos de doenças neurológicas 
 Fonte: MUTARELLI, EG7 
A história neurológica não é obtida de maneira isolada, antes é interpretada 
no contexto de uma história médica geral (incluindo doenças prévias, traumatismos, 
internações, medicamentos e uso de álcool, fumo ou drogas recreativas), história 
familiar, ambiente ocupacional e social e revisão de sistemas não neurológicos 
(cabeça, olhos, ouvidos, nariz, garganta, respiratório, cardiovascular, gastrintestinal, 
renal ou urinário, genital, musculoesquelético, cutâneo, endócrino e hematológico)4. 
Tempo de instalação Doença sugerida
Minutos Vasculite, traumatismoHoras Polirradiculoneurite, viral (paralisia facial 
periférica de Bell)
Dias Pol i r radiculoneur i te, por f i r ia , d i f ter ia , 
intoxicações
Semanas Intoxicações, periarterite nodosa
Meses Degenerativas (Charcot-Marie, Dejerine-Sotas)
Tipo de 
evolução
Doença periférica Doença central
Monofásica Paralisia facial periférica de 
Bell, polirradiculoneurite, 
intoxicação
AVC, traumatismos, anóxia, 
encefalites virais, 
encefalomielite pós-virose, 
episódio isquêmico transitório
Progressiva Tumor (compressão ou 
síndrome paraneoplásica), 
esclerose lateral amiotrófica, 
carencial (complexo B), 
degenerativas (Charcot-Marie)
Tumor (compressão ou 
síndrome paraneoplásica), 
degenerativa (Parkinson, 
Alzheimer), carencial (déficit 
de B12, B1, ácido fólico)
Recorrente Polirradiculoneurite, vasculite, 
porfiria, Doença de Refsum, 
miastenia grave, paralisia 
periódica
Esclerose múltipla, vasculite, 
epilepsia, episódio isquêmico 
transitório
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 5
Dicas de questões durante a coleta da HMA podem ser encontradas no 
QUADRO 1. 
 QUADRO1- Questões importantes para a coleta da História da Moléstia Atual 
(Baseado em MUTARELLI 2) 
A entrevista do paciente e/ou de sua família pode ser uma parte essencial do 
processo de exame. É o primeiro passo no estabelecimento de uma boa relação 
entre o paciente e o terapeuta2,7. Itens importantes da anamnese podem ser 
obervados na Figura 2. 
! 
As condições associadas dizem respeita às 
comorbidades, ou seja, doenças crônicas como 
hipertensão e diabetes. Estas comorbidades podem 
aertar o examinador quanto a alguns riscos e até 
mesmo definir contra indicaçoes terapêuticas.
A história familiar mostra os riscos de patologias que 
têm como características a possibilidade de herança 
genética
História Fisiológica é a história do desenvolvimento 
neuro psico motor do indivíduo que nos traz 
informações importantes em patologias pediátricas
História da Moléstia Atual: é a história da patologia 
atual que provocou o encaminhamento para a 
fisioterapia
Nome, CPF, idade, data de nascimento, ocupação, 
escolaridade, telefones, cuidador, estado civil, 
condução, data da avaliação
Identificação do 
Paciente
HMA
História Fisiológica
Antecedent familiares
Condições associadas
1. O paciente era previamente hígido? 
2. Quais foram os primeiros sinais e sintomas, bem como as datas de instalação? 
3. Como foi sua evolução ou ordem de aparecimento? 
4. Quanto tempo demorou para o quadro se instalar completamente? 
5. Procurou o médico ou foi socorrido? Como, quando, onde? 
6. Precisou ser internado? Como foi a internação? Por quanto tempo ficou internado? 
Quais foram as complicações da internação 
7. Os sintomas ainda estão piorando? 
8. Quais os tratamentos realizados? 
9. A evolução modificou-se com alguma medida terapêutica? 
10. PERGUNTE-SE AO FINAL DA COLETA DA HISTÓRIA DA MOLÉSTIA 
ATUAL: eu entendi toda a trajetória da doença do meu paciente? Se a resposta for 
não, ainda há algo a investigar.
FIGURA 2. Itens da Anamnese. 
Nossa abordagem do exame orientado à tarefa considera o comportamento 
motor em vários níveis2, incluindo: 
- capacidades funcionais; 
- descrição das estratégias empregadas para obter as habilidades 
funcionais; 
- e quantificação dos comprometimentos sensoriais, motores e 
cognitivos subjacentes que restringem o movimento funcional. 
! 
A anamnese é, sem dúvida, a parte mais importante da avaliação clínica7, 
assim como a queixa funcional é a parte mais importante da avaliação 
fisioterapêutica neurofuncional. 
O que é uma queixa funcional principal? É a principal atividade de vida diária, 
profissional ou de lazer que o paciente deixou de realizar ou tem encontrado 
dificuldades de executá-la, cujo retorno a esta função melhoraria muito a qualidade 
de vida deste indivíduo. Esta informação, quando coletada adequadamente, torna-
se o grande mistério do investigador funcional. Para tanto, técnicas adequadas de 
abordagem também são necessárias pois não é um procedimento tão fácil. 
Com certeza, esta não será a única função trabalhada pelo fisioterapeuta, 
mas o processo de desvendar quais são os fatores que a impossibilitam ou a 
limitam nos clareia a estratégia terapêutica para abordar as outras disfunções. 
Assim, alguns itens são muito importantes durante sua avaliação (Figura 3). 
! 
FIGURA 3. Itens da Avaliação da Queixa Funcional. 
O que é uma hipótese, e como nós a utilizamos na clínica? Uma hipótese 
pode ser definida como uma proposta para explicar certos fatos. Na prática clínica, 
• Capítulo 2: O exame no nível funcional: a queixa funcional
Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional
Identificar a Queixa funcional 
• descobrir qual a queixa funcional principal do paciente
Colher a História da Queixa Funcional 
• entender como esta disfunção afeta a vida do paciente; 
• identificar as possíveis causas que colaboram para esta disfunção do ponto de 
vista do paciente (hipóteses do paciente);
Examinar a Queixa Funcional 
•quais as possíveis causas que colaboram para esta disfunção do ponto de vista 
do examinador (hipóteses do examinador)
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 7
ela pode ser considerada uma explicação possível da(s) causa(s) do problema do 
paciente. Em grande parte, a hipótese gerada reflete as teorias que o fisioterapeuta 
cria sobre a causa e a natureza da disfunção em seus pacientes2. 
Se o examinador aceita como verdade somente as hipóteses do paciente 
pode errar por omissão porque não considerou os saberes técnicos que lhe cabem 
como profissional neurofuncional. Por exemplo, o paciente pode procurá-lo em sua 
clínica e queixar-se de dificuldade para abotoar a camisa por fraqueza muscular. Na 
realidade, “fraqueza” é uma nomenclatura utilizada muitas vezes de forma errônea 
para diversas condições que podem contribuir para a dificuldade de abotoar como 
fadiga, instabilidade, incoordenação, hipoestesia. E por que isto ocorre? Porque 
muitas pessoas não conhecem a nomenclatura técnica e/ou nunca tiveram contato 
com estes distúrbios motores. Mas coletar estas informações são extremamente 
importantes, pois o avaliador precisa verificar a veracidade destas sensações e 
utilizar estes dados para guiá-lo durante a avaliação. Esta história deve ser 
posteriormente descrita na História da Queixa Funcional (Anexo 1). 
Seguem no quadro 2 algumas questões que podem auxiliá-lo na coleta desta 
história mas lembre-se que as questões devem ser guiadas de acordo com a 
particularidade de cada história: 
QUADRO2- Questões importantes para a coleta da História da Queixa Funcional 
(Fonte: própria) 
 
Observe que pelo foco das questões, a História da Queixa Funcional 
DIFICILMENTE É IGUAL à História da Moléstia Atual! Ao final de sua coleta, o 
examinador já deve ter em mente as hipóteses mais importantes que interferem na 
função (sugiro uma média de três hipóteses), por exemplo: fraqueza muscular, 
ataxia sensorial, fadiga, ataxia cerebelar, heminegligencia, hipertonia muscular, 
bradicinesia, apraxia, discinesias, entre muitos outros fatores. 
1. Desde quando você tem esta dificuldade? 
2. Qual é a dificuldade? 
3. Como isto interfere no seu dia a dia? 
4. Já tentou realizar esta atividade após o início da dificuldade? 
5. Como foi? 
6. O que você sentiu? 
7. Por que foi difícil? 
8. O que o impediu de executá-la da mesma forma como a realizava previamente à 
doença? 
9. Estas dificuldades têm piorado, melhorado ou estabilizado? 
10. O que melhora a execução desta atividade? 
11. O que piora a execução desta atividade? 
Osegundo passo é examinar a queixa funcional, ou seja, pedir que o 
paciente execute ou simule a função que ele relatou previamente para que você 
possa observar, do ponto de vista técnico, as possíveis disfunções. Neste 
momento, você observará a existência das hipóteses levantadas pela História da 
Queixa Funcional, as descartará ou até mesmo encontrará novas hipóteses. É 
importante: 
- avaliar a execução da queixa funcional de forma espontânea, ou 
seja, da forma como o paciente executa em sua rotina sem 
interferência do avaliador 
- avaliar a execução da queixa funcional de forma intervencionista, 
ou seja, com a interferência do examinador que já inicia o teste de 
suas hipóteses. 
CASO CLÍNICO 1: “FRS, 30 anos, com diagnóstico médico de Trauma Raqui Medular 
associada à fratura em vértebra T10 após queda inadequada durante competição de judô há 
2 anos, procura o fisioterapeuta com a queixa funcional de dificuldade de transferir-se da 
cadeira de rodas para a cama e vice-versa. Na História da Queixa Funcional relata que após 
a lesão nunca mais conseguiu realizar esta atividade de maneira totalmente independente e 
sempre necessita de auxílio de mais uma pessoa. SIC paciente (segundo informações 
colhidas do paciente), ele é capaz de chegar à beira do assento empurrando o encosto com 
extensão do tronco mas ao tentar transferir-se sente fraqueza nos membros inferiores. 
Refere que é capaz de sustentar-se com muita dificuldade em seus membros inferiores, eles 
“fraquejam” e logo sente o corpo “desabar”. Cita que também sente fraqueza no tronco e 
nos braços não sendo capaz de gerar força suficiente para realizar o push-up (extensão de 
membros superiores para erguer o tronco do assento) e frequentemente cai para trás. Nega 
tontura, mal estar, e flutuações com o período do dia.” 
Em quais hipóteses você está pensando? 
A maioria de vocês devem ter levantado hipóteses de fraqueza muscular de 
membros inferiores, superiores e/ou de tronco que podem contribuir tanto para a 
dificuldade de manter o ortostatismo como para realizar o push up. Acertou quem 
admitiu isso mas mantém a mente aberta para novas hipóteses, errou quem as 
assimilou como certas não havendo necessidade de examiná-las. Pois, ao realizar 
o exame da queixa funcional foi possível observar que: 
- o paciente necessita de um cuidador muito forte para colocá-lo em 
pé pois o paciente pesa aproximadamente 90 kg; 
- ele não é capaz de manter o ortostatismo sem auxílio do cuidador e 
este praticamente o carrega no colo, gira o paciente com rotação 
de coluna e solta o paciente no tablado; 
- quando os pés encostam no chão os MMII assumem postura 
extensora total, como se ficassem muito rígidos; 
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 9
- quando solicitado, FRS não foi capaz de realizar o push up, e em 
uma das tentativas apresentou queda posterior do tronco; 
- Ao auxiliar o paciente, com um pouco de estabilidade em tronco, o 
mesmo foi capaz de realizar um push-up suficiente para a 
transferência (será realmente o déficit de força muscular?); 
Levantam-se, então, novas hipóteses: o paciente pode apresentar um déficit 
de equilíbrio que dificulta a transferência? Se for assim, o que está provocando este 
déficit de equilíbrio. O peso não é uma sobrecarga para a função? 
Ao final do exame da queixa funcional, o examinador não terá chegado a 
nenhuma conclusão mas terá traçado provavelmente todo o trajeto da investigação 
e consequentemente da conclusão e do tratamento. 
Portanto, o esclarecimento da causa dos problemas de movimento funcional 
requer que o fisioterapeuta2: 
- produza várias hipóteses alternativas sobre a causa potencial 
- determine testes essenciais e seus resultados esperados de modo 
a anular uma ou mais das hipóteses 
- conduza os testes 
- continue o processo de produção e eliminação de hipóteses 
! 
É a partir deste momento que iremos confirmar as hipóteses levantadas ou 
eliminá-las. Vamos retornar ao caso fictício do paciente com Trauma Raqui 
Medular! 
Quais foram as hipóteses do ponto de vista do paciente? Fraqueza muscular 
de MMSS (membros superiores), fraqueza muscular no tronco e fadiga. 
Durante a avaliação da queixa funcional, você levantou novas hipóteses: 
instabilidade postural de tronco e ataxia sensitiva. Mas não descartou a 
possibilidade de haver fraqueza muscular de MMSS e de tronco, ou mesmo a 
fadiga, mas percebeu que elas podem ser secundárias. 
Partiremos então para a avaliação funcional. Esta parte do exame nos 
ajudará a esclarecer melhor a queixa funcional do paciente e também a conhecer 
outras limitações do paciente. 
 O exame no nível da estratégia é uma abordagem qualitativa para a medida 
da função, uma vez que examina as estratégias usadas para realizar tarefas 
funcionais2. 
• Capítulo 3: O exame no nível da estratégia: medidas qualitativas da função
Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional
 O que é uma estratégia? O termo estratégia não é limitado à avaliação do 
padrão de movimento utilizado para cumprir uma tarefa; também inclui o modo 
como o indivíduo organiza as informações sensoriais e perceptivas necessárias 
para realizar uma tarefa em diferentes ambientes. Portanto, as estratégias 
sensório-motoras que usamos associam as demandas da tarefa com nossa 
capacidade de executá-la. Se escolhemos estratégias ruins e a tarefa é difícil, 
podemos chegar aos limites da nossa capacidade muito antes de termos cumprido 
as demandas da tarefa2. Cabe ao fisioterapeuta investigador identificar tais erros 
nas escolhas das estratégias sensório-motoras e utilizar de suas ferramentas de 
reabilitação para corrigi-las e contribuir para um incremento na capacidade funcional 
de seu paciente. 
 As atividades funcionais frequentemente avaliadas são: marcha, ortostatismo, 
apoio unipodal, sedestação, ajoelhado, semi-ajoelhado, decúbitos laterais e 
decúbito dorsal. Quando necessário, ainda podemos acrescentar a quadrupedia e a 
ponte. Recomenda-se iniciar a avaliação das funções e posturas mais altas (marcha 
e ortostatismo) para as mais baixas (decúbitos). Todas são funções essenciais para 
a execução de ações de vida diária como levantar-se da cama, tomar banho, pegar 
os sapatos, vestir-se, ir ao trabalho ou à escola. Vocês, provavelmente, as tenha 
feito hoje. Seu exame nos permite ter uma idéia mais ampla dos comprometimentos 
funcionais do paciente, da mesma forma que pode nos auxiliar a filtrar os fatores 
que interferem para a queixa funcional do paciente. 
 Como assim? Você não levantou a hipótese de que FRS tenha uma 
instabilidade de tronco? Qual a melhor postura para isolar o tronco? Pense nisto. 
 No Quadro 3, podemos observar os itens importantes para serem avaliados 
em cada postura. 
QUADRO3- Itens a serem avaliados no exame funcional (Fonte: própria) 
 
1. A partir de qual postura o paciente adquire aquela que está sendo avaliada? 
2. Como ele assume esta postura? 
3. Como ele mantém esta postura? 
4. Como está o ajuste tônico e consequentemente o alinhamento postural? 
5. Como está o ajuste compensatório? 
6. Como está o ajuste antecipatório? 
7. O paciente é capaz de realizar atividades na postura? 
8. Como possíveis alterações sensoriais interferem na manutenção desta postura?
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 11
! 
 O exame neste nível concentra-se na identificação dos comprometimentos 
que potencialmente restringem as capacidades de movimento funcional2. O exame 
neurológico é realizado frequentemente no momento em que já se formulou um 
diagnóstico hipotético ou, no mínimo, um diagnóstico diferencial de várias 
possibilidades4. O exame consiste em cinco partes: estado mental; nervoscranianos; função motora (força, coordenação); função sensorial (tato, artroestesia, 
pressão, temperatura, auditivo, vestibular, visual, dor); reflexos 2,4. O grau de 
detalhe que o clínico dedica a cada parte é influenciado pela história e por outros 
sinais sistêmicos ou neurológicos4. 
 Não nos aprofundaremos nos testes específicos por já terem sido abordados 
em outras disciplinas. 
! 
 Diagnóstico fisioterapêutico é o termo que dá nome à disfunção primária na 
direção da qual o fisioterapeuta orienta seu tratamento. A disfunção é identificada 
pelo fisioterapeuta com base em informações obtidas do histórico, dos sinais, dos 
sintomas, do exame e dos testes que o terapeuta executa ou solicita2 e depende de 
um processo de interpretação destas informações8. 
 Muitos acham que todas as questões neurológicas pertencem somente ao 
domínio do especialista da área. Entretando, muitos transtornos neurológicos 
cursam inicialmente com sinais e sintomas representados por quadros ortopédicos 
ou respiratórios. Desta forma, especialistas de outras áreas podem ser os primeiros 
profissionais que terão contato com estes pacientes e devem, portanto, serem 
capazes de identificar os transtornos existentes e realizar os encaminhamentos 
multiprofissionais adequados5. 
! 
• Capítulo 4: O exame no nível do comprometimento: o exame neurológico
Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional
• Capítulo 5: O diagnóstico fisioterapêutico
Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional
• Capítulo 6: O prognóstico
Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional
 O prognóstico inclui o nível de independência funcional que se espera que o 
paciente obtenha após a intervenção e a quantidade antecipada de tempo 
necessário para chegar a esse nível. Parte do prognóstico diz respeito à 
determinação dos níveis intermediários da função que serão executados no decorrer 
da terapia. Nesse ponto do processo de tratamento, o terapeuta estabelece um 
plano para alcançar os objetivos e resultados estabelecidos2. 
 O plano definido de tratamento envolve os objetivos e resultados de curto e 
longo prazos, bem como as intervenções específicas que serão usadas, a duração e 
a frequência da intervenção exigidas para cumprir os objetivos e resultados e os 
critérios de liberação do paciente. 
 Os objetivos de curto prazo são aqueles que se pretende obter em um 
período razoavelmente curto; a quantidade de tempo depende do local em que o 
paciente está recebendo o tratamento. Por exemplo, os objetivos de curto prazo em 
um paciente de reabilitação podem ser definidos semanalmente; por outro lado, os 
objetivos de curto prazo em um programa para pacientes de ambulatório podem ser 
definidos mensalmente2. Os objetivos de curto prazo também podem ser derivados 
dos objetivos de longo prazo, que são divididos em passos intermediários. Por 
exemplo, dentro de uma semana o paciente caminhará sem ajuda por três metros, 
usando uma bengala e sem nenhuma perda do equilíbrio. Portanto, as estratégias 
de tratamento direcionadas aos objetivos de curto prazo podem se concentrar na 
solução dos comprometimentos e/ou na execução de passos intermediários de 
tarefas funcionais2. 
 Os objetivos de longo prazo definem o nível de desempenho que se espera 
do paciente no final do processo de intervenção. Tais objetivos são frequentemente 
expressos em relação a ganhos funcionais2, como: 
- quantidade de independência; 
- supervisão, ou nível de ajuda exigido para realizar uma tarefa; 
- progressão em relação ao equipamento ou à adaptação ambiental 
necessários para realizar a tarefa 
O envolvimento do paciente na determinação dos objetivos é um fator 
fundamental para a cooperação dele com o tratamento; portanto, é essencial 
envolvê-lo e a seus familiares no processo de planejamento2. 
 Uma abordagem orientada à tarefa, para estabelecer um plano abrangente 
de tratamento, nclui as estratégias de intervenção projetadas para cumprir os 
seguintes objetivos, derivados do exame de três níveis2: 
- Solucionar, reduzir ou prevenir o comprometimento; 
- Desenvolver estratégias eficazes e específicas à tarefa 
- Adaptar as estratégias funcionais orientadas ao objetivo para 
diferentes tarefas e condições ambientais 
Tais objetivos estão dispostos não em uma abordagem sequencial, mas sim 
simultânea2. 
É importante lembrar que o fisioterapeuta lida com quadros de deficiência, 
limitação funcional, incapacidade e desvantagem, devendo estar continuamente 
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 13
alerta para a presença de estados de incapacitação emocional, cognitiva ou social, 
pois desconsiderar suas respectivas repercussões sobre a incapacitação física, e 
vice-versa, representa um erro fundamental na prática de assistência 
fisioterapêutica de qualidade9. 
! 
 A prática fisioterapêutica frequentemente necessita de informações precisas 
e objetivas (geradas por medidas) sobre a habilidade de desempenho do indivíduo 
em suas tarefas motoras1. A coleta destas informações nas avaliações que 
precedem o tratamento auxiliam o fisioterapeuta a entender mais claramente o 
impacto da patologia nas disfunções de seu paciente bem como o impacto das 
disfunções na qualidade de vida deste indivíduo. Da mesma maneira, instrumentos 
que nos permitem realizar estas mensurações são valiosos para o 
acompanhamento do tratamento do paciente tanto para verificar de maneira mais 
objetiva sua evolução como para demonstrar para o paciente seus ganhos e perdas 
com a abordagem terapêutica. 
 Para a realização destas mensurações, em reabilitação neurológica, há uma 
gama de ferramentas como escalas, questionários e estadiamentos construídos 
com finalidades específicas de avaliação (p.e. avaliação da qualidade de vida, 
escalas de equilíbrio e escalas de funcionalidade). 
 Com a finalidade de obter-se maior fidedignidade destes instrumentos, os 
mesmos devem ser submetidos a testes de validação (onde observa-se sua 
replicabilidade inter examinadores e sua sensibilidade para cada patologia) e de 
adaptação cultural (com testes adaptados de acordo com especificidades culturais 
de cada país). 
 Importante ressaltar que estas ferramentas de mensuração NÃO 
SUBSTITUEM UMA EFICIENTE AVALIAÇÃO FUNCIONAL, mas a complementam. 
Descreveremos, a seguir algumas escalas muito utilizadas na prática da reabilitação 
neurológica. 
1.4.1. MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (anexo 2): A Medida de 
Independência Funcional (MIF) é um instrumento de avaliação da incapacidade de 
pacientes com restrições funcionais de origem variada, tendo sido desenvolvida na 
América do Norte na década de 1980. Seu objetivo primordial é avaliar de forma 
quantitativa a carga de cuidados demandada por uma pessoa para a realização de 
uma série de tarefas motoras e cognitivas de vida diária. Entre as atividades 
avaliadas estão os autocuidados, transferências, locomoção, controle esfincteriano, 
comunicação e cognição social, que inclui memória, interação social e resolução de 
problemas. Cada uma dessas atividades é avaliada e recebe uma pontuação que 
• Materiais complementares: Escalas
Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional
parte de 1 (dependência total) a 7 (independência completa), assim a pontuação 
total varia de 18 a 126. A aplicabilidade deste instrumento exige treinamento 
específico por parte do examinador10. 
1.4.2. PASS – POSTURAL ASSESSMENT SCALE FOR STROKE PATIENTS 
(ANEXO 3): A escala PASS foi elaborado em concordância com 3 principios: (1) a 
habilidade para manter uma dada postura e o equilíbrio envolvido na mudança 
postural precisam ser avaliados; (2) a escala precisa ser aplicável para todos os 
pacientes, mesmo naqueles que possuem performance postural pobre; e (3) precisa 
conter item com dificuldadecrescente 11. 
1.4.3. ESCALA MODIFICADA DE ASHWORTH (ANEXO 4): é a escala mais 
amplamente utilizada na avaliação do tônus muscular. Sua aceitação deve-se a sua 
confiabilidade e reprodutibilidade interobservador. A movimentação passiva da 
extremidade é realizada avaliando o momento da amplitude articular em que surge a 
resistência ao movimento. É uma escala ordinal que varia de 0 a 412. 
1.4.4. ESCALA DE RANKIN (ANEXO 5) 
1.4.5. ÍNDICE DE BARTHEL (ANEXO 6): O teste é considerado válido, mas não 
mostrou ser confiável1. As categorias avaliadas por esta escala consistem em: 
intestino, bexiga, arrumar-se, uso do vaso sanitário, alimentação, transferência, 
mobilidade, vestir-se, escada e banho. Estes itens são pontuados de zero a três, 
com zero significando total dependência de outros e três independência (embora ao 
caminhar possam ser utilizados auxílios)13. 
1.4.6. TUG – TIME UP AND GO: O teste foi desenvolvido como uma monitoração 
rápida para detectar os problemas de equilíbrio que afetam as capacidades de 
mobilidade diária dos pacientes idosos. O examinador cronometra o tempo desde o 
início da tarefa na qual o indivíduo levanta-se de uma cadeira, caminha por três 
metros, até o momento em que retorna novamente até a cadeira2. Os adultos com o 
sistema neurológico intacto e que são independentes nas tarefas de equilíbrio e 
mobilidade são capazes de executar esse teste em menos de 30 segundos1. 
1.4.7. TESTE DO ALCANCE FUNCIONAL: Este teste mede o alcance máximo à 
frente pelo posicionamento do membro superior com o indivíduo em ortostatismo. 
Realiza-se com o paciente em pé próximo a uma parede, à qual uma régua é presa. 
A posição inicial é com os pés discretamente separados e o membro superior com 
90o de flexão de ombro à frente no mesmo plano horizontal da régua, mas sem 
tocá-la. O paciente fecha a mão e a posição do terceiro metacarpo em relação à 
régua é anotada. Pede-se, então, que o paciente alcance à frente o mais longe 
possível sem dar um passo e a posição do terceiro metacarpo é novamente 
anotada. A distância alcançada é comparada a padrões relacionados à idade 
(Tabela 4). O teste é preditivo de queda em idosos1, 2. 
TABELA 4. Teste de alcance funcional: padrões relacionados à idade 
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 15
Fonte: CARR,J & SHEPHERD R1 
1.4.8. ESCALA DE EQUILIBRIO DE BERG (ANEXO 7): este teste mensura o 
equilíbrio em 14 tarefas (incluindo sentar-se e ficar em pé sem apoio, levantar-se, e 
transferências).Tem sido relatada como confiável e auxiliar à verificação da 
probabilidade de queda em idosos1,2. 
1.4.9. TESTES PARA DETECÇÃO DE APRAXIAS (ANEXO 8): Apraxia pode ser 
entendida como o comprometimento da capacidade de realizar movimentos, gestos 
ou habilidades previamente aprendidos, espontaneamente e/ou ao comando, 
seguido de uma disfunção e/ou lesão cerebal, cujos sistemas envolvidos na 
execução da ação estão intactos (ausência de distúrbios motores) e com plena 
consciência do ato a cumprir14. 
ANEXO 1 –AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NEUROFUNCIONAL DA USCS 
I . ANAMNESE 
 
 
Padrões Homens (cm) Mulheres (cm)
20-40 anos 42,50 ± 4,92 37,19 ± 5,54
41-69 anos 38,05 ± 5,61 35,07 ± 5,59
70-87 anos 33,43 ± 3,94 26,60 ± 8,97
Nome:__________________________________________________CPF:__________________ 
Idade:____Data nascim.:___/____/____ Ocupação:_______________Escolaridade:_______ 
Endereço:_____________________________________________________________________ 
Tel.:__________________ outros telefones:________________Falar com:________________ 
Acompanhante/ cuidador:__________________Estado Civil:__________Condução: _______ 
Dt da Triagem:____/___/_______DISPONIBILIDADE:_________________________________ 
 
 
II-EXAMES 
Data Exame Laudo
Diagnóstico 
médico:_________________________________________________________________________________
___________ 
Tempo de 
lesão:___________________________________________________________________________________
_____________ 
Médico 
responsável:_____________________________________________________________________________
______________ 
Outros acompanhamentos terapêuticos e 
freqüência:__________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________
____________________________ 
Queixa 
Principal:_______________________________________________________________________________
________________ 
H.M.A.:_________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________ 
Antecedentes 
familiares:______________________________________________________________________________
________ 
________________________________________________________________________________________
_____________________________ 
Outras condições associadas: 
( )lesão de pele ( )HAS ( )diabetes ( )epilepsia ( )vertigens/labirintite ( )alterações 
comportamentais ( )doenças infecto-contagiosas ( )dislipidemia ( )aneurismas ( )hérnias inguinais 
( ) hérnia de disco ( )veias varicosas ( )alterações de sono:_____ 
( ) alterações 
ortopédicas:______________________________________________________________________________
______ 
( ) quedas no último ano: 
_____________________________________________________________________________________ 
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 17
III-MEDICAMENTOS(alopatia e fitoterápicos) 
IV-EXAME FÍSICO GERAL 
V-Medida de Independência Funcional 
Medicamento Dose Posologia Tempo de uso
Aspectos Cognitivos (colaboração, Glasgow, Mini Mental):
Aspectos neurovegetativos (PA, FC, pupilas, esfíncter):
Aspectos Respiratórios (tipo, padrão, expansibil, mm aces, oxigenioterapia, SatO2, tosse, 
broncoaspiração) 
Sondas, drenos, cateteres: 
Uso de órteses e outros recursos adaptativos: 
Atividade Triagem Classificação
1. Alimentação 7. INDEPENDÊNCIA COMPLETA: realiza com segurança, s/ 
alterações, s/ ajuda e em tempo razoável (mesmo com CR). 
Anda no mínimo 50 m. Nunca é incontinente. 
6. INDEPENDÊNCIA MODIFICADA: uso de mio auxiliar, realiza 
atividades em tempo acima do normal ou com riscos. Anda no 
mínimo 50 m. S/ acides de incontinência 
5. SUPERVISÃO OU PREPARAÇÃO: necessita apenas de 
presença física de outra pessoa s/ contato, ou, ajuda na 
preparação de itens necessários ou na aplicação de órteses). 
Deambulação doméstica (mínimo 15 m s/ supervisão ou no 
mínimo 50 m com supervisão). Acidentes ocasionais de 
incontinência < 1 X/mês 
4. ASSISTÊNCIA COM CONTATO MÍNIMO: (faz 75% ou + da 
atividade ou é preciso apenas tocar a pessoa como auxílio para 
a realização das tarefas). Anda no mínimo 50 m. Acidentes 
com incontinência < 1x/sem 
3. ASSISTÊNCIAMODERADA: (faz 50%-74% ou é preciso + 
do que apenas tocar). Anda no mínimo 50 m, sobe um lance 
de escadas. Acidentes com incontinência < 1x/dia 
2. ASSISTÊNCIA MÁXIMA: (faz 25%-50% ou é preciso tocar a 
pessoa realizando grande esforço/ Anda no mínimo 15 m e 
sobe 4-6 degraus. É incontinente e suja-se quase que diária/te 
1. ASSISTÊNCIA TOTAL: faz menos que 25% do trabalho
2. Higiene Pessoal
3. Banho (lavar/secar)
4. Vestir metade sup
5. Vestir metade inf
6. Vaso sanitário
7. Urina 
8. Fezes
9. Trans leito! cadeira
10. Trans para vaso san
11. Trans para chuveiro
12. locomoção 50m
13. escada 12-14 degr
14. compreensão
VI- QUEIXA FUNCIONAL 
VII- AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES FUNCIONAIS Transferência Manter c/apoio Manter s/apoio 
15. expressão
16. interação social
17. resolução problema
18. Memória
Queixa funcional principal: 
História da Queixa Funcional: 
Exame da Queixa Funcional: 
Locomoção (arrastar, engatinhar, marcha, cadeira 
de rodas): 
0 – Não realiza 
1 – Realiza com 
muito auxílio 
2 – Realiza com 
pouco auxílio 
3 – Realiza sem 
auxílio 
Bipedestação Sed!bip:___ 
Pegar caneta:___ 
0 – Não realiza 
1 – Realiza com 
muito auxílio 
2 – Realiza com 
pouco auxílio 
3 – Realiza sem 
auxílio 
0- não mantém/ 
1-mantém com 
a p o i o 2 
p e s s o a s / 2 -
mantém com 
apoio 1 pessoa/ 
3- mantém com 
1 mão
0- não mantém/ 
1-mantém com 
apoio 2 
pessoas/ 2-
mantém com 
apoio 1 pessoa/ 
3- mantém com 
1 mão
Unipodal MID: 
Unipodal MIE:
0 – Não realiza 
1 – Realiza com 
muito auxílio 
2 – Realiza com 
pouco auxílio 
3 – Realiza sem 
auxílio
0- não mantém / 
1- mantém por 
alguns 
segundos / 2 – 
mantém por 
mais de 5 seg/ 
3 -mantém por 
mais de 10 s
Sedestação: DD!sed:_____ 
Biped!sed:___ 
0 – Não realiza 
1 – Realiza com 
muito auxílio 
2 – Realiza com 
pouco auxílio 
3 – Realiza sem 
auxílio
0-não mantém/ 
1-mantém com 
apoio/ 
2-mantém sem 
apoio por 10 
seg/ 
3-mantém sem 
apoio por 5 min
Quadrupedia: 
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Morimoto 19
VIII- AVALIAÇÃO DOS FATORES QUE INTERFEREM NA MOTRICIDADE 
Ajoelhado e Semi-ajoelhado: 
Ponte: 
Independência no leito (Dl´s e posicionamentos em 
DD): 
0 – Não realiza 
1 – Realiza com 
muito auxílio 
2 – Realiza com 
pouco auxílio 
3 – Realiza sem 
auxílio
Alterações do tecido muscular (encurtamentos, retrações): 
Alterações articulares (edema, limitações, deformidades, subluxações): 
Alterações do tônus muscular e clônus: 
Reflexos tendíneos (calcâneo, adutor, patelar, estilorradial, bicipital e tricipital): 
Reflexos primários: 
Outros reflexos (retirada,Hoffman, cutâneo abdominal, cutâneo plantar): 
Articulação Grupo 
Muscular
Tônus 
E 
Tônus 
D
Força 
E
Força 
D
 Ombro Flexores
Extensores
Adutores
Abdutores
Rot mediais
Rot laterais
Cotovelo Flexores
Extensores
Escala de Arshworth (1- tônus normal/ 2-leve ↑ (canivete)/ 3-moderado ↑ / 4-acentuado ↑/ 5-rigidez em flex ou 
ext) Mais: 0-hipotonia/ HP-hipertonia plástica (roda denteada) (F)-fim da ADM/ (I)-início da ADM/ (T)-toda 
ADM 
IX- AVALIAÇÃO DA MOTRICIDADE 
X- CONCLUSÃO 
Pronadores
Supinadores
Punho Flexores
Extensores
Dedos Flexores
Extensores
Quadril Extensores
Flexores
Adutores
Abdutores
Rot mediais
Rot laterais
Joelho Flexores
Extensores
Tornozelo Flexores
Extensores
Tronco Flexores
Extensores
Inclinadores
Provas de sustentação e resistência: 
Coordenação motora (índex-index, índex-nariz, calcanhar-tíbia, diadococinesia): 
Velocidade, oscilações, estabilidade, compensações, motricidade fina 
Movimentos espontâneos e/ou involuntários 
Capacidade para conceituar e programar os movimentos 
Outros testes e protocolos (nervos cranianos, heminegligência, apraxia, agnosias): 
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Morimoto 21
XI- OBJETIVOS FUNCIONAIS 
XII- CONDUTA 
ANEXO 2 – MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (Fonte: http://
medicalsuite.einstein.br/diretrizes/neurologia) 
ANEXO 3 – PASS – POSTURAL ASSESSMENT SCALE FOR STROKE PATIENTS 
(Fonte: BENAIN et al, 1999) 
A) MANUTENÇÃO DA POSTURA 
 
1. Sedestação sem suporte (sentado sobre uma cadeira com altura de 50 cm 
com os pés tocando o chão) 
0 = não é capaz de manter a postura 
1 = capaz de sentar-se com leve suporte, por exemplo, uma mão 
2 = capaz de sentar-se por mais de 10 segundos sem suporte 
3 = capaz de sentar-se por 5 minutos sem suporte 
2. Ortostatismo com suporte (posição livre dos pés) 
 0 = não é capaz de manter a postura, mesmo com suporte 
 1 = capaz de manter a postura com importante suporte de 2 pessoas 
 2 = capaz de manter a postura com moderado suporte de 1 pessoa 
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 23
 3 = capaz de manter a postura com suporte de apenas 1 de suas mãos 
3. Ortostatismo sem suporte (posição livre dos pés) 
0 = não é capaz de manter a postura sem suporte 
1 = capaz de manter a postura sem suporte por 10 segundos ou apresenta 
importante descarga de peso em apenas um membro inferior 
2 = capaz de manter a postura sem suporte por 1 minuto ou mantêm de 
maneira levemente assimétrica 
3 = capaz de manter a postura sem suporte por mais que 1 minuto e ao 
mesmo tempo que realiza movimentos com os MMSS ao nível do ombro. 
4. Apoio Unipodal sobre o membro não parético 
0 = não é capaz de manter a postura 
1 = capaz de manter a postura por poucos segundos 
2 = capaz de manter a postura por mais que 5 segundos 
3 = capaz de manter a postura por mais que 10 segundos 
5. Apoio unipodal sobre o membro parético 
0 = não é capaz de manter a postura 
1 = capaz de manter a postura por poucos segundos 
2 = capaz de manter a postura por mais que 5 segundos 
3 = capaz de manter a postura por mais que 10 segundos 
B) MUDANÇAS POSTURAIS: pontue dos itens 6 a 12 com a classificação abaixo 
(itens 6 a 11 são realizados com uma altura de 50 cm e os itens 10 a 12 são 
realizados sem qualquer tipo de suporte) 
 0 = não realiza a atividade 
 1 = realiza a atividade com muito auxílio 
 2 = realiza a atividade com pouco auxílio 
 3 = realiza a atividade sem auxílio 
6. Virar de decúbito dorsal para o decúbito lateral do dimídio afetado 
7. Virar de decúbito dorsal para o decúbito lateral do dimídio não afetado 
8. Sentar a partir do decúbito dorsal na beira do leito 
9. Deitar para o decúbito dorsal a partir da sedestação à beira do leito 
10. Levantar-se a partir da sedestação 
11. Sentar-se a partir do ortostatismo 
12. Em ortostatismo, pegar uma caneta no chão 
ANEXO 4 – ESCALA MODIFICADA DE ASHWORTH (Fonte: Associação Brasileira 
de Medicina Física e Reabilitação) 
1. = nenhum aumento no tônus muscular 
 1 = leve aumento do tônus muscular, manifestado por uma tensão 
momentânea ou por resistência mínima, no final da amplitude de 
movimento articular (ADM), quando a região é movida em flexão ou 
extensão; 
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Morimoto 25
 1 + = leve aumento do tônus muscular, manifestado por tensão 
abrupta, seguida de resistência mínima em menos da metade da ADM 
restante; 
 
 2 = aumento mais marcante do tônus muscular, durante a maior 
parte da ADM, mas a região é movida facilmente; 
 
 3 = considerável aumento do tônus muscular, o movimento passivo 
é difícil 
 
 4 = parte afetada rígida em flexão ou extensão. 
 
ANEXO 5 – ESCALA DE RANKIN (Fonte: Ministério da Saúde) 
 GrauDescrição 
! 
ANEXO 6 – ÍNDICE DE BARTHEL MODIFICADO (Fonte: MINISTÉRIO DA 
SAÚDE13) 
• Sem sintomasGrau 0 
• Nenhuma incapacidade significativa, a despeito dos sintomas; 
• capaz de conduzir todos os deveres e atividades habituaisGrau 1
• Leve incapacidade 
• Incapaz de realizar todas as atividades prévias, porém é 
independente para os cuidados pessoaisGrau 2
• Incapacidade moderada 
• requer alguma ajuda mas é capaz de caminhar sem assistência 
(pode usar bengala ou andador)Grau 3
• Incapacidade moderadamente severa 
• incapaz de caminhar sem assistência e incapaz de atender às 
próprias necessidades fisiológicas sem assistênciaGrau 4
• Deficiência grave 
• Confinado ao leito, incontinente, requerendo cuidados e atenção 
constante de enfermagemGrau 5
• ÓbitoGrau 6
Alimentação Totalmente dependente 
Necessita de ajuda para cortar 
Independente
0 
5 
10
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 27
Banho Não pode executar sem assistência 
Executa sem assistência
0 
5
Toalete Pessoal Necessita de ajuda 
Lava o rosto, penteia cabelos e escova os dentes
0 
5
Vestuário Totalmente dependente 
Necessita de ajuda, mas faz pelo menos a metade da 
tarefa dentro de um período de tempo razoável 
Independente, amarra sapatos, fixa fivelas e coloca 
adaptações (órtese, por exemplo)
0 
5 
10
Controle de 
intestinos
Acidentes frequentes 
Acidentes ocasionais ou necessita auxílio com enema 
ou supositório 
Sem acidentes e independente para uso de enemas 
ou supositórios, se necessário
0 
5 
10
Controle da 
bexiga
Incontinência ou necessidade de uso de dispositivo de 
coleta (fralda, coletor, sonda, etc) 
Acidentes ocasionais ou necessita de ajuda com o 
dispositivo de coleta 
Sem acidentes, capaz de cuidar do dispositivo de 
coleta, se for usado
0 
5 
10
Locomoção até o 
banheiro
Não usa banheiro, restrito ao leito 
Necessita de ajuda para equilibrar-se, colocar as 
roupas, cortar o papel higiênico 
Independente no banheiro
0 
5 
10
Transferência da 
cama para a 
cadeira
Restrito ao leito não é possível o uso da cadeira 
Capaz de sentar, mas necessita assistência máxima 
na transferência 
Mínima assistência ou supervisão 
Independente, inclusive nas travas da cadeira de 
rodas e levantar o suporte do pé
0 
5 
10 
15
Mobilidade e 
deambulação
Senta na cadeira de rodas mas não se impulsion 
Independente na cadeira de rodas por 50 m, não 
consegue caminhar 
Caminha com ajuda por uma distância de 50 m 
Independente por 50 m, pode usar dispositivos de 
auxílio, sem ser o andador com rodas
0 
5 
10 
15
Subir escadas Não sobe escadas 
Necessita de ajuda ou supervisão 
Independente, pode usar dispositivo de auxílio
0 
5 
10
ANEXO 7: ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG (Fonte: SHUMWAY-COOK,AS & 
WOOLLACOTT, MH2) 
1. Sentado para postura vertical 
Instruções: Use uma cadeira com braços. Estando o paciente sentado, peça 
para que se levante e fique em pé. Se ele se levantar usando os braços da 
cadeira, peça que tente levantar-se sem usar a s mãos, se possível. 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) capaz de ficar em pé, não usa as mãos e a estabilidade é 
independente 
 (3) capaz de ficar em pé independentemente, usando as mãos 
 (2) capaz de ficar em pé usando as mãos depois de várias tentativas 
 (1) precisa de uma mínima ajuda para ficar em pé ou se estabilizar 
 (0) precisa de uma ajuda moderada ou máxima para ficar em pé 
2. Ficar em pé sem se apoiar 
Instruções: Peça ao paciente para ficar em pé durante 2 minutos, sem se 
segurar em nenhum apoio externo. 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) capaz de ficar em pé com segurança por 2 minutos 
 (3) capaz de ficar em pé por 2 minutos com supervisão 
 (2) capaz de ficar em pé por 30 segundos sem se apoiar 
 (1) precisa de várias tentativas para ficar em pé por 30 segundos sem 
se apoiar 
 (0) incapaz de ficar em pé por 30 segundos sem ajuda 
Se o indivíduo conseguir ficar em pé por 2 minutos com segurança, marque a 
pontuação máxima nos exercícios de ficar sentado sem apoio. Prossiga para 
a mudança da posição vertical para a sentada. 
3. Ficar sentado sem se apoiar, pés no chão 
Instruções: Peça ao paciente para sentar-se com os braços cruzados durante 
2 minutos. 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) capaz de ficar sentado com segurança por 2 minutos 
 (3) capaz de ficar sentado por 2 minutos com supervisão 
 (2) capaz de ficar sentado por 30 segundos 
 (1) capaz de ficar sentado por 10 segundos 
 (0) incapaz de ficar sentado sem apoiar-se por 10 segundos 
4. Ficar em pé e depois sentar-se 
Instruções: Peça ao paciente para sentar-se 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) senta-se com segurança, com o uso mínimo das mãos 
 (3) controla a descida usando as mãos 
 (2) usa a parte posterior das pernas contra a cadeira para controlar a 
descida 
 (1) senta-se independentemente, mas com uma descida 
descontrolada 
Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori 
Morimoto 29
 (0) precisa de ajuda para sentar 
5. Transferências 
Instruções: Peça ao paciente para andar de uma cadeira (use uma cadeira 
com braços) para outra (sem braços) e depois voltar 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) consegue transferir-se com segurança, com o uso mínimo das 
mãos 
 (3) consegue transferir-se com segurança, com necessidade evidente 
de apoiar-se com as mãos 
 (2) consegue transferir-se com dicas verbais e/ou supervisão 
 (1) precisa de um indivíduo para ajudá-lo 
 (0) precisa de duas pessoas para ajudá-lo, ou de supervisão para 
sentir-se seguro 
6. Ficar em pé sem apoio, com os olhos fechados 
Instruções: Peça ao paciente para fechar os olhos e ficar imóvel em pé 
durante 10 segundos 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) consegue ficar em pé por 10 segundos com segurança 
 (3) consegue ficar em pé por 10 segundos com supervisão 
 (2) consegue ficar em pé por 3 segundos 
 (1) incapaz de manter os olhos fechados por 3 segundos, mas fica 
estável 
 (0) precisa de ajuda para não cair 
7. Ficar em pé sem ajuda, com os pés juntos 
Instruções: Peça ao paciente para juntar os pés e ficar em pé sem apoiar-se 
em nenhum apoio externo 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) capaz de juntar os pés sem ajuda, e ficar em pé por 1 minuto com 
segurança 
 (3) capaz de juntar os pés sem ajuda, e ficar em pé por 1 minuto com 
supervisão 
 (2) capaz de juntar os pés sem ajuda, mas incapaz de manter a 
posição por 30 segundos 
 (1) precisa de ajuda para chegar à posição, mas consegue ficar em pé 
por 15 segundos com os pés juntos 
 (0) precisa de ajuda para chegar à posição e é incapaz de mantê-la 
por 15 segundos 
OS ITENS A SEGUIR DEVEM SER EXECUTADOS COM O PACIENTE EM 
PÉ SEM SE APOIAR 
8. Alongar-se para a frente, com o braço esticado 
Instruções: Peça ao paciente que erga o braço a 90o. Alongue os dedos e 
estique o corpo para a frente o máximo que puder. O examinador deve 
colocar uma régua nas pontas dos dedos, quando o braço estiver a 90o. Eles 
não devem tocar a régua quando o paciente inclina o corpo para a frente. A 
medida registrada é a distância que os dedos atingem quando o indivíduo etá 
na posição máxima de inclinação para a frente 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) consegue alcançar com confiança mais de 25 cm 
 (3) consegue alcançar com confiança mais de 10 cm 
 (2) consegue alcançar com confiança mais de 5 cm 
 (1)inclina o tronco para a frente, mas precisa de supervisão 
 (0) precisa de ajuda para não cair 
9. Pegar objetos do chão 
Instruções: Peça ao paciente para pegar o sapato/chinelo colocado na frente 
dos seus pés 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) consegue pegar o chinelo com segurança e facilidade 
 (3) consegue pegar o chinelo, mas precisa de supervisão 
 (2) incapaz de pegar, mas chega a 2,5 ou 5 cm do chinelo e mantém 
o equilíbrio sem apoio/ajuda 
 (1) incapaz de pegar e precisa de supervisão enquanto tenta 
 (0) incapaz de tentar; precisa de ajuda para não cair 
10.Virar para olhar para trás/sobre os ombros direito e esquerdo 
Instruções: Peça ao paciente para virar e olhar para trás, sobre o ombro 
esquerdo. Repetir com o direito 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) olha para trás para ambos os lados e desloca bem o peso do 
corpo 
 (3) olha para apenas um lado; para o outro, mostra menos 
deslocamento do peso 
 (2) vira apenas para os lados, mas consegue manter o equilíbrio 
 (1) precisa de ajuda enquanto vira 
 (0) precisa de ajuda para não cair 
 11.Girar 360o. 
Instruções: Peça ao paciente para girar, fazendo uma volta completa. Faça 
uma pausa. Em seguida, peça para executar outra volta completa direção 
oposta. 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) capaz de girar 360o com segurança, em menos de 4 segundos 
para cada lado 
 (3) capaz de girar 360o com segurança para um dos lados em menos 
de 4 segundos. 
 (2) capaz de girar 360o com segurança, mas lentamente 
 (1) Precisa de supervisão ou dicas verbais 
 (0) Precisa de ajuda enquanto gira 
12.Contar o número de vezes em que pisa em uma banqueta 
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Instruções: Peça ao paciente para colocar cada um dos pés alternadamente 
sobre a banqueta. Peça que ele continue, até que cada um deles tenha 
tocado a banqueta quatro vezes, formando um total de oito passos. 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) capaz de ficar em pé sem apoio e com segurança, e completar oito 
passos dentro de 20 segundos 
 (3) capaz de ficar em pé sem apoio e completar os oito passos em 
menos de 20 segundos 
 (2) capaz de completar quatro passos sem ajuda, com supervisão 
 (1) capaz de completar mais de dois passos, mas precisa de ajuda 
mínima 
 (0) precisa de ajuda para não cair/incapaz de tentar 
13.Ficar em pé sem apoio, um dos pés à frente 
Instruções: (Demonstre ao paciente) peça ao paciente para colocar um dos 
pés diretamente na frente do outro. Se não conseguir colocá-lo diretamente 
na frente, peça para que tente dar o passo mais longo que conseguir à frente, 
de forma que o calcanhar de um dos pés fique na frente dos artelhos do outro 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) capaz de colocar o pé corretamente e sem ajuda e manter a 
posição por 30 segundos 
 (3) capaz de colocar o pé à frente do outro sem ajuda e manter a 
posição por 30 segundos 
 (2) capaz de dar um pequeno passo sem ajuda e manter a posição 
por 30 segundos 
 (1) precisa de ajuda para dar o passo, mas consegue manter a 
posição por 15 segundos 
 (0) perde o equilíbrio quando dá um passo à frente ou fica em pé 
 14. Ficar em pé sobre apenas uma das pernas 
Instruções: Peça ao paciente ficar em pé sobre apenas uma das pernas, 
enquanto puder, mas sem apoiar-se em nenhum apoio externo 
Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica 
 (4) consegue erguer a perna sem ajuda e manter a posição por mais 
de 10 segundos 
 (3) consegue erguer a perna sem ajuda e manter a posição por 5-10 
segundos 
 (2) consegue erguer a perna sem ajuda e manter a posição por mais 
de 3 segundos 
 (1) Tenta erguer a perna; incapaz de manter a posição por 3 
segundos, mas continua em pé sem apoio 
 (0) não consegue tentar ou precisa de ajuda para não cair 
ANEXO 8 – TESTES PARA DETECÇÃO DE APRAXIAS (Fonte: VAZ, ER; FONTES, 
SV; FUKUJIMA, MM14) 
Tipos de apraxia Testes 

Dinâmica - realizacão de três gestos 
- bater na mesa com a palma e com o 
dorso da mão 
- realizar um “8” com o dedo 
- domínio gráfico
Ideomotora - sinal da cruz 
- cumprimento militar 
- dar adeus 
- mandar beijo
Construtiva - escrita espontânea 
- desenho espontâneo 
- desenho com molde 
- reprodução de figuras com palitos
Mielocinética - Imitar pregar um prego 
- Imitar cortar um papel 
- Agulha de costura 
- Imitar passar a ferro
Da marcha - marcha 
- subir escadas
De vestir - reconhecimento do próprio corpo com 
ordem simples 
- teste das luvas e dos anéis 
- teste do casaco com um braço do 
avesso 
- teste proprioceptivo
Bucofacial - teste da língua 
- movimentos faciais ao comando verbal
Agnóstica - reconhecimento de objetos familiares 
- reconhecimento de objetos pelo seu 
formato
Diagonística - embrulho 
- dar nós 
- cubos
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Morimoto 33
! 
1. CARR, JH; SHEPHERD, RB. Reabilitação Neurológica: otimizando o 
desempenho motor. Editora Manole, 2008. 
2. SHUMWAY-COOK A; WOOLLACOTT MH. Controle Motor. Teoria e 
aplicações práticas. Editora Manole, 2a edição, 2003. 
3. SANTOS JB. Ouvir o paciente: a Anamnese no Diagnóstico Clínico. BSBM 
Brasília Médica. V36(3-4), pp 90-95, 1999. 
4. BRUST, JCM. A prática da neurociência. Editora Reichmann & Affonso 
Editores, 2000. 
5. CAMPBELL, WW. DeJong, o exame neurológico. Editora Gauanabara 
Koogan, 6a edição, 2007. 
6. UMPHRED, DA. Fisioterapia Neurológica. Editora Manole, 2a edição, 1994. 
7. MUTARELLI, EG. Propedêutica Neurológica. Sarvier Editora, 2000. 
8. THORNQUIST, E. Varieties of functional assessment in physiotherapy.Scand 
J Prim Health Care, v12, 1994. 
9. DELIBERATO, PCP. Exercícios Terapêuticos. Editora Manole, 2007. 
10.RIBERTO M; MIYAZAKI MH; JUCÁ SSH; SAKAMOTO H; PINTO PPN; 
BATTISTELLA LR. Validação da versão brasileira da medida de 
independência funcional. Acta Fisiatr, v11(2), pp 72-76, 2004. 
• Referências Bibliográficas
Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional
11. BENAIN C; PÉRENNOU DA; VILLY J; ROUSSEAUX M; PELISSIER JY. 
Valitdation of a Standardized Assessment of Postural Control in Stroke 
Patients: The Postural Assessment Scale for Stroke Patients (PASS). Stroke, 
v30, pp 1826-1868, 1999. 
12.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO. 
Espasticidade: Avaliação Clínica. Projeto Diretrizes, 2006. 
13.MINISTÉRIO DA SAÚDE. Rotinas no AVC pré hospitalar e hospitalar. 
14. VAZ, ER; FONTES, SV; FUKUJIMA, MM. Testes para Detecção de Apraxias 
por Profissionais da Saúde. Rev. Neurociências. V7(3): 136-139, 1999.

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