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Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 1 ! O principal papel da fisioterapia é a avaliação e o treinamento das funções motoras de forma que o indivíduo possa retornar às suas atividades de vida diária, lazer, domésticas e de trabalho da maneira mais independente possível1, independentemente da área na qual sua patologia foi classificada (reabilitação neurológica, ortopédica ou cárdio respiratória, por exemplo). Sejam diretas ou indiretas, as lesões sintomáticas do sistema nervoso podem ser difusas ou focais, únicas ou múltiplas e envolver os sistema nervoso periférico (músculo, junção neuromuscular, nervo periférico ou craniano, plexo nervoso e raiz nervosa) ou o sistema nervoso central (medula espinhal, tronco encefálico, cerebelo, diencéfalo e cérebro). Assim, uma história e um exame neurológicos competentes exigem uma compreensão aprofundada da anatomia e da fisiologia do sistema nervoso4,5. Cada fisioterapeuta acaba por desenvolver um método pessoal baseado na experiência, mas o indivíduo em treinamento deve seguir uma rotina fixa e sistemática até estar muito familiarizado com o tema. Tentativas prematuras de abreviar o exame podem ocasionar custosos erros por omissão5. O fisioterapeuta não deve guiar sua estratégia de abordagem terapêutica somente pelo diagnóstico médico se assim o fizer ele tratará a patologia e não o indivíduo. Cada indivíduo é único, mesmo quando acometidos pela mesma patologia. Ao longo da vida, cada ser humano foi adquirindo novas informações, processando-as e armazenando o conteúdo de modo apropriado para recuperá-lo, quando necessário, para o funcionamento cortical e integrativo superior6. Estes dados implicam no fato de que uma mesma doença provoca quadros funcionais diferentes em cada paciente, portanto, não é possível tratar todos da mesma forma. Os fisioterapeutas defendem que apenas o diagnóstico médico não dá direções suficientes ou satisfatórias para seu tratamento sendo o exame fisioterapêutico e a avaliação da função essenciais para a escolha do tratamento adequado8. A American Physical Therapy Association (APTA: Associação Americana de Fisioterapia) divide o processo de tratamento em cinco elementos: exame, avaliação, diagnóstico, prognóstico e intervenção2 (FIGURA 1). O objetivo desta unidade é discutir e complementar os temas referentes ao exame e/ou anamnese, avaliação e diagnóstico funcional . A ficha de avaliação neurofuncional pode ser encontrada no anexo 1. • Capítulo 1: Introdução Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional FIGURA 1. Processo do tratamento do paciente sugerido pela APTA (Fonte: SHUMWAY-COOK A; WOOLLACOTT MH2) ! O termo Anamnese tem origem grega sendo uma composição de dois termos:Ana=trazer de novo e Mnesis=memória, ou seja, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente3. A intenção da anamnese é ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença e quando bem conduzida, é responsável por 85% do diagnóstico na clínica médica, liberando 10% para o exame clínico (físico) e apenas 5% para os exames complementares3,7,8. Alguns diagnósticos só podem ser feitos durante a anamnese7. O aprendizado de uma boa técnica para entrevista é lento e só é conseguido após a realização de dezenas de entrevistas criticamente avaliadas3. Na identificação do paciente, alguns detalhes são de grande valia no decorrer da avaliação, por exemplo: conhecer o nível de escolaridade é uma informação importante para interpretar posteriormente testes cognitivos; o conhecimento da mão de preferência nos diz provavelmente qual é o hemisfério dominante (o hemisfério dominante para a fala nos destros é, quase 100% das vezes, o hemisfério cerebral esquerdo. Nos sinistros, o hemisfério cerebral dominante, na maioria das vezes, é também o esquerdo, mas em até 30% das vezes, o hemisfério cerebral direito é o dominante para a fala)7. É de fundamental importância verificar como o paciente era antes da instalação da patologia que o levou a ser encaminhado para fisioterapia, ou seja, se o paciente era previamente hígido. Tal averiguação é essencial pois o paciente • Capítulo 2: A anamnese Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 3 pode ter algum déficit motor congênito do qual ele já era muito adaptado e no momento da avaliação apresenta apenas um déficit motor leve pela nova patologia. No entanto, o examinador despreparado pode enxergar erroneamente a somatória destes déficits como um quadro complexo causado por um único evento lesivo. Durante a obtenção da história, deve-se permitir que os pacientes descrevam os sintomas com suas próprias palavras e de forma espontânea4,7. É necessário distinguir dois tipos de pacientes: aquele mais prolixo e que deve ter sua história mais direcionada e aquele mais tímido, que precisa ser incentivado e questionado7. As perguntas não devem induzir o paciente, porém devem ser diretas o suficiente para determinar precisamente o que o paciente quer dizer4,7. Muitos termos são usados de maneira diferente por pessoas diferentes. Por exemplo, tontura pode significar quase-síncope, vertigem, desequilíbrio ou simplesmente uma sensação subjetiva difícil de descrever. Dormência pode significar apenas isso ou referir-se a parestesias (sensação somática espontânea na ausência de um estímulo externo). Fraqueza pode significar perda da força, lentidão do movimento ou fadiga. Alguns pacientes falam dormente quando querem dizer fraco, e vice-versa4. Cabe ao fisioterapeuta questionar-se da legitimidade do termo e sequencialmente questionar o próprio paciente na presença de dúvidas pois as respostas estão nos detalhes. Questionar as datas exatas de surgimento de cada sintoma e dos eventos relatados fornece respostas importantes para entendermos a velocidade de evolução da patologia e auxilia a equipe médica até no desenvolvimento do diagnóstico. Por exemplo, nas tabelas 1 e 2 está o tempo de instalação dos sintomas de um déficit neurológico focal por diversas etiologias, só esse dado já pode sugerir determinada doença7. Tabela 1 – Déficit neurológico central e exemplos de doenças neurológicas Fonte: MUTARELLI, EG7 Tabela 2 – Déficit neurológico periférico e exemplos de doenças neurológicas Tempo de instalação Doença sugerida Minutos Vascular (isquemia ou hemorragia) Horas Esclerose Múltipla, HSD e HED, encefalite Dias Encefalite, abscesso Semanas Tumores, hematoma subdural Meses Degenerativas Fonte: MUTARELLI, EG7 A evolução pode ser monofásica, progressiva ou recorrente (Tabela 3). A evolução monofásica caracteriza-se por apresentar uma piora inicial e evoluir ou com estabilização dessa piora, como ocorre, por exemplo, no Acidente Vascular Cerebral, ou com melhora do quadro inicial, como ocorre na paralisia facial periférica de Bell. A evolução progressiva, por sua vez, é característica dos tumores e das doenças degenerativas7. Tabela 3 – Déficit neurológico central e exemplos de doenças neurológicas Fonte: MUTARELLI, EG7 A história neurológica não é obtida de maneira isolada, antes é interpretada no contexto de uma história médica geral (incluindo doenças prévias, traumatismos, internações, medicamentos e uso de álcool, fumo ou drogas recreativas), história familiar, ambiente ocupacional e social e revisão de sistemas não neurológicos (cabeça, olhos, ouvidos, nariz, garganta, respiratório, cardiovascular, gastrintestinal, renal ou urinário, genital, musculoesquelético, cutâneo, endócrino e hematológico)4. Tempo de instalação Doença sugerida Minutos Vasculite, traumatismoHoras Polirradiculoneurite, viral (paralisia facial periférica de Bell) Dias Pol i r radiculoneur i te, por f i r ia , d i f ter ia , intoxicações Semanas Intoxicações, periarterite nodosa Meses Degenerativas (Charcot-Marie, Dejerine-Sotas) Tipo de evolução Doença periférica Doença central Monofásica Paralisia facial periférica de Bell, polirradiculoneurite, intoxicação AVC, traumatismos, anóxia, encefalites virais, encefalomielite pós-virose, episódio isquêmico transitório Progressiva Tumor (compressão ou síndrome paraneoplásica), esclerose lateral amiotrófica, carencial (complexo B), degenerativas (Charcot-Marie) Tumor (compressão ou síndrome paraneoplásica), degenerativa (Parkinson, Alzheimer), carencial (déficit de B12, B1, ácido fólico) Recorrente Polirradiculoneurite, vasculite, porfiria, Doença de Refsum, miastenia grave, paralisia periódica Esclerose múltipla, vasculite, epilepsia, episódio isquêmico transitório Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 5 Dicas de questões durante a coleta da HMA podem ser encontradas no QUADRO 1. QUADRO1- Questões importantes para a coleta da História da Moléstia Atual (Baseado em MUTARELLI 2) A entrevista do paciente e/ou de sua família pode ser uma parte essencial do processo de exame. É o primeiro passo no estabelecimento de uma boa relação entre o paciente e o terapeuta2,7. Itens importantes da anamnese podem ser obervados na Figura 2. ! As condições associadas dizem respeita às comorbidades, ou seja, doenças crônicas como hipertensão e diabetes. Estas comorbidades podem aertar o examinador quanto a alguns riscos e até mesmo definir contra indicaçoes terapêuticas. A história familiar mostra os riscos de patologias que têm como características a possibilidade de herança genética História Fisiológica é a história do desenvolvimento neuro psico motor do indivíduo que nos traz informações importantes em patologias pediátricas História da Moléstia Atual: é a história da patologia atual que provocou o encaminhamento para a fisioterapia Nome, CPF, idade, data de nascimento, ocupação, escolaridade, telefones, cuidador, estado civil, condução, data da avaliação Identificação do Paciente HMA História Fisiológica Antecedent familiares Condições associadas 1. O paciente era previamente hígido? 2. Quais foram os primeiros sinais e sintomas, bem como as datas de instalação? 3. Como foi sua evolução ou ordem de aparecimento? 4. Quanto tempo demorou para o quadro se instalar completamente? 5. Procurou o médico ou foi socorrido? Como, quando, onde? 6. Precisou ser internado? Como foi a internação? Por quanto tempo ficou internado? Quais foram as complicações da internação 7. Os sintomas ainda estão piorando? 8. Quais os tratamentos realizados? 9. A evolução modificou-se com alguma medida terapêutica? 10. PERGUNTE-SE AO FINAL DA COLETA DA HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL: eu entendi toda a trajetória da doença do meu paciente? Se a resposta for não, ainda há algo a investigar. FIGURA 2. Itens da Anamnese. Nossa abordagem do exame orientado à tarefa considera o comportamento motor em vários níveis2, incluindo: - capacidades funcionais; - descrição das estratégias empregadas para obter as habilidades funcionais; - e quantificação dos comprometimentos sensoriais, motores e cognitivos subjacentes que restringem o movimento funcional. ! A anamnese é, sem dúvida, a parte mais importante da avaliação clínica7, assim como a queixa funcional é a parte mais importante da avaliação fisioterapêutica neurofuncional. O que é uma queixa funcional principal? É a principal atividade de vida diária, profissional ou de lazer que o paciente deixou de realizar ou tem encontrado dificuldades de executá-la, cujo retorno a esta função melhoraria muito a qualidade de vida deste indivíduo. Esta informação, quando coletada adequadamente, torna- se o grande mistério do investigador funcional. Para tanto, técnicas adequadas de abordagem também são necessárias pois não é um procedimento tão fácil. Com certeza, esta não será a única função trabalhada pelo fisioterapeuta, mas o processo de desvendar quais são os fatores que a impossibilitam ou a limitam nos clareia a estratégia terapêutica para abordar as outras disfunções. Assim, alguns itens são muito importantes durante sua avaliação (Figura 3). ! FIGURA 3. Itens da Avaliação da Queixa Funcional. O que é uma hipótese, e como nós a utilizamos na clínica? Uma hipótese pode ser definida como uma proposta para explicar certos fatos. Na prática clínica, • Capítulo 2: O exame no nível funcional: a queixa funcional Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Identificar a Queixa funcional • descobrir qual a queixa funcional principal do paciente Colher a História da Queixa Funcional • entender como esta disfunção afeta a vida do paciente; • identificar as possíveis causas que colaboram para esta disfunção do ponto de vista do paciente (hipóteses do paciente); Examinar a Queixa Funcional •quais as possíveis causas que colaboram para esta disfunção do ponto de vista do examinador (hipóteses do examinador) Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 7 ela pode ser considerada uma explicação possível da(s) causa(s) do problema do paciente. Em grande parte, a hipótese gerada reflete as teorias que o fisioterapeuta cria sobre a causa e a natureza da disfunção em seus pacientes2. Se o examinador aceita como verdade somente as hipóteses do paciente pode errar por omissão porque não considerou os saberes técnicos que lhe cabem como profissional neurofuncional. Por exemplo, o paciente pode procurá-lo em sua clínica e queixar-se de dificuldade para abotoar a camisa por fraqueza muscular. Na realidade, “fraqueza” é uma nomenclatura utilizada muitas vezes de forma errônea para diversas condições que podem contribuir para a dificuldade de abotoar como fadiga, instabilidade, incoordenação, hipoestesia. E por que isto ocorre? Porque muitas pessoas não conhecem a nomenclatura técnica e/ou nunca tiveram contato com estes distúrbios motores. Mas coletar estas informações são extremamente importantes, pois o avaliador precisa verificar a veracidade destas sensações e utilizar estes dados para guiá-lo durante a avaliação. Esta história deve ser posteriormente descrita na História da Queixa Funcional (Anexo 1). Seguem no quadro 2 algumas questões que podem auxiliá-lo na coleta desta história mas lembre-se que as questões devem ser guiadas de acordo com a particularidade de cada história: QUADRO2- Questões importantes para a coleta da História da Queixa Funcional (Fonte: própria) Observe que pelo foco das questões, a História da Queixa Funcional DIFICILMENTE É IGUAL à História da Moléstia Atual! Ao final de sua coleta, o examinador já deve ter em mente as hipóteses mais importantes que interferem na função (sugiro uma média de três hipóteses), por exemplo: fraqueza muscular, ataxia sensorial, fadiga, ataxia cerebelar, heminegligencia, hipertonia muscular, bradicinesia, apraxia, discinesias, entre muitos outros fatores. 1. Desde quando você tem esta dificuldade? 2. Qual é a dificuldade? 3. Como isto interfere no seu dia a dia? 4. Já tentou realizar esta atividade após o início da dificuldade? 5. Como foi? 6. O que você sentiu? 7. Por que foi difícil? 8. O que o impediu de executá-la da mesma forma como a realizava previamente à doença? 9. Estas dificuldades têm piorado, melhorado ou estabilizado? 10. O que melhora a execução desta atividade? 11. O que piora a execução desta atividade? Osegundo passo é examinar a queixa funcional, ou seja, pedir que o paciente execute ou simule a função que ele relatou previamente para que você possa observar, do ponto de vista técnico, as possíveis disfunções. Neste momento, você observará a existência das hipóteses levantadas pela História da Queixa Funcional, as descartará ou até mesmo encontrará novas hipóteses. É importante: - avaliar a execução da queixa funcional de forma espontânea, ou seja, da forma como o paciente executa em sua rotina sem interferência do avaliador - avaliar a execução da queixa funcional de forma intervencionista, ou seja, com a interferência do examinador que já inicia o teste de suas hipóteses. CASO CLÍNICO 1: “FRS, 30 anos, com diagnóstico médico de Trauma Raqui Medular associada à fratura em vértebra T10 após queda inadequada durante competição de judô há 2 anos, procura o fisioterapeuta com a queixa funcional de dificuldade de transferir-se da cadeira de rodas para a cama e vice-versa. Na História da Queixa Funcional relata que após a lesão nunca mais conseguiu realizar esta atividade de maneira totalmente independente e sempre necessita de auxílio de mais uma pessoa. SIC paciente (segundo informações colhidas do paciente), ele é capaz de chegar à beira do assento empurrando o encosto com extensão do tronco mas ao tentar transferir-se sente fraqueza nos membros inferiores. Refere que é capaz de sustentar-se com muita dificuldade em seus membros inferiores, eles “fraquejam” e logo sente o corpo “desabar”. Cita que também sente fraqueza no tronco e nos braços não sendo capaz de gerar força suficiente para realizar o push-up (extensão de membros superiores para erguer o tronco do assento) e frequentemente cai para trás. Nega tontura, mal estar, e flutuações com o período do dia.” Em quais hipóteses você está pensando? A maioria de vocês devem ter levantado hipóteses de fraqueza muscular de membros inferiores, superiores e/ou de tronco que podem contribuir tanto para a dificuldade de manter o ortostatismo como para realizar o push up. Acertou quem admitiu isso mas mantém a mente aberta para novas hipóteses, errou quem as assimilou como certas não havendo necessidade de examiná-las. Pois, ao realizar o exame da queixa funcional foi possível observar que: - o paciente necessita de um cuidador muito forte para colocá-lo em pé pois o paciente pesa aproximadamente 90 kg; - ele não é capaz de manter o ortostatismo sem auxílio do cuidador e este praticamente o carrega no colo, gira o paciente com rotação de coluna e solta o paciente no tablado; - quando os pés encostam no chão os MMII assumem postura extensora total, como se ficassem muito rígidos; Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 9 - quando solicitado, FRS não foi capaz de realizar o push up, e em uma das tentativas apresentou queda posterior do tronco; - Ao auxiliar o paciente, com um pouco de estabilidade em tronco, o mesmo foi capaz de realizar um push-up suficiente para a transferência (será realmente o déficit de força muscular?); Levantam-se, então, novas hipóteses: o paciente pode apresentar um déficit de equilíbrio que dificulta a transferência? Se for assim, o que está provocando este déficit de equilíbrio. O peso não é uma sobrecarga para a função? Ao final do exame da queixa funcional, o examinador não terá chegado a nenhuma conclusão mas terá traçado provavelmente todo o trajeto da investigação e consequentemente da conclusão e do tratamento. Portanto, o esclarecimento da causa dos problemas de movimento funcional requer que o fisioterapeuta2: - produza várias hipóteses alternativas sobre a causa potencial - determine testes essenciais e seus resultados esperados de modo a anular uma ou mais das hipóteses - conduza os testes - continue o processo de produção e eliminação de hipóteses ! É a partir deste momento que iremos confirmar as hipóteses levantadas ou eliminá-las. Vamos retornar ao caso fictício do paciente com Trauma Raqui Medular! Quais foram as hipóteses do ponto de vista do paciente? Fraqueza muscular de MMSS (membros superiores), fraqueza muscular no tronco e fadiga. Durante a avaliação da queixa funcional, você levantou novas hipóteses: instabilidade postural de tronco e ataxia sensitiva. Mas não descartou a possibilidade de haver fraqueza muscular de MMSS e de tronco, ou mesmo a fadiga, mas percebeu que elas podem ser secundárias. Partiremos então para a avaliação funcional. Esta parte do exame nos ajudará a esclarecer melhor a queixa funcional do paciente e também a conhecer outras limitações do paciente. O exame no nível da estratégia é uma abordagem qualitativa para a medida da função, uma vez que examina as estratégias usadas para realizar tarefas funcionais2. • Capítulo 3: O exame no nível da estratégia: medidas qualitativas da função Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional O que é uma estratégia? O termo estratégia não é limitado à avaliação do padrão de movimento utilizado para cumprir uma tarefa; também inclui o modo como o indivíduo organiza as informações sensoriais e perceptivas necessárias para realizar uma tarefa em diferentes ambientes. Portanto, as estratégias sensório-motoras que usamos associam as demandas da tarefa com nossa capacidade de executá-la. Se escolhemos estratégias ruins e a tarefa é difícil, podemos chegar aos limites da nossa capacidade muito antes de termos cumprido as demandas da tarefa2. Cabe ao fisioterapeuta investigador identificar tais erros nas escolhas das estratégias sensório-motoras e utilizar de suas ferramentas de reabilitação para corrigi-las e contribuir para um incremento na capacidade funcional de seu paciente. As atividades funcionais frequentemente avaliadas são: marcha, ortostatismo, apoio unipodal, sedestação, ajoelhado, semi-ajoelhado, decúbitos laterais e decúbito dorsal. Quando necessário, ainda podemos acrescentar a quadrupedia e a ponte. Recomenda-se iniciar a avaliação das funções e posturas mais altas (marcha e ortostatismo) para as mais baixas (decúbitos). Todas são funções essenciais para a execução de ações de vida diária como levantar-se da cama, tomar banho, pegar os sapatos, vestir-se, ir ao trabalho ou à escola. Vocês, provavelmente, as tenha feito hoje. Seu exame nos permite ter uma idéia mais ampla dos comprometimentos funcionais do paciente, da mesma forma que pode nos auxiliar a filtrar os fatores que interferem para a queixa funcional do paciente. Como assim? Você não levantou a hipótese de que FRS tenha uma instabilidade de tronco? Qual a melhor postura para isolar o tronco? Pense nisto. No Quadro 3, podemos observar os itens importantes para serem avaliados em cada postura. QUADRO3- Itens a serem avaliados no exame funcional (Fonte: própria) 1. A partir de qual postura o paciente adquire aquela que está sendo avaliada? 2. Como ele assume esta postura? 3. Como ele mantém esta postura? 4. Como está o ajuste tônico e consequentemente o alinhamento postural? 5. Como está o ajuste compensatório? 6. Como está o ajuste antecipatório? 7. O paciente é capaz de realizar atividades na postura? 8. Como possíveis alterações sensoriais interferem na manutenção desta postura? Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 11 ! O exame neste nível concentra-se na identificação dos comprometimentos que potencialmente restringem as capacidades de movimento funcional2. O exame neurológico é realizado frequentemente no momento em que já se formulou um diagnóstico hipotético ou, no mínimo, um diagnóstico diferencial de várias possibilidades4. O exame consiste em cinco partes: estado mental; nervoscranianos; função motora (força, coordenação); função sensorial (tato, artroestesia, pressão, temperatura, auditivo, vestibular, visual, dor); reflexos 2,4. O grau de detalhe que o clínico dedica a cada parte é influenciado pela história e por outros sinais sistêmicos ou neurológicos4. Não nos aprofundaremos nos testes específicos por já terem sido abordados em outras disciplinas. ! Diagnóstico fisioterapêutico é o termo que dá nome à disfunção primária na direção da qual o fisioterapeuta orienta seu tratamento. A disfunção é identificada pelo fisioterapeuta com base em informações obtidas do histórico, dos sinais, dos sintomas, do exame e dos testes que o terapeuta executa ou solicita2 e depende de um processo de interpretação destas informações8. Muitos acham que todas as questões neurológicas pertencem somente ao domínio do especialista da área. Entretando, muitos transtornos neurológicos cursam inicialmente com sinais e sintomas representados por quadros ortopédicos ou respiratórios. Desta forma, especialistas de outras áreas podem ser os primeiros profissionais que terão contato com estes pacientes e devem, portanto, serem capazes de identificar os transtornos existentes e realizar os encaminhamentos multiprofissionais adequados5. ! • Capítulo 4: O exame no nível do comprometimento: o exame neurológico Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional • Capítulo 5: O diagnóstico fisioterapêutico Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional • Capítulo 6: O prognóstico Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional O prognóstico inclui o nível de independência funcional que se espera que o paciente obtenha após a intervenção e a quantidade antecipada de tempo necessário para chegar a esse nível. Parte do prognóstico diz respeito à determinação dos níveis intermediários da função que serão executados no decorrer da terapia. Nesse ponto do processo de tratamento, o terapeuta estabelece um plano para alcançar os objetivos e resultados estabelecidos2. O plano definido de tratamento envolve os objetivos e resultados de curto e longo prazos, bem como as intervenções específicas que serão usadas, a duração e a frequência da intervenção exigidas para cumprir os objetivos e resultados e os critérios de liberação do paciente. Os objetivos de curto prazo são aqueles que se pretende obter em um período razoavelmente curto; a quantidade de tempo depende do local em que o paciente está recebendo o tratamento. Por exemplo, os objetivos de curto prazo em um paciente de reabilitação podem ser definidos semanalmente; por outro lado, os objetivos de curto prazo em um programa para pacientes de ambulatório podem ser definidos mensalmente2. Os objetivos de curto prazo também podem ser derivados dos objetivos de longo prazo, que são divididos em passos intermediários. Por exemplo, dentro de uma semana o paciente caminhará sem ajuda por três metros, usando uma bengala e sem nenhuma perda do equilíbrio. Portanto, as estratégias de tratamento direcionadas aos objetivos de curto prazo podem se concentrar na solução dos comprometimentos e/ou na execução de passos intermediários de tarefas funcionais2. Os objetivos de longo prazo definem o nível de desempenho que se espera do paciente no final do processo de intervenção. Tais objetivos são frequentemente expressos em relação a ganhos funcionais2, como: - quantidade de independência; - supervisão, ou nível de ajuda exigido para realizar uma tarefa; - progressão em relação ao equipamento ou à adaptação ambiental necessários para realizar a tarefa O envolvimento do paciente na determinação dos objetivos é um fator fundamental para a cooperação dele com o tratamento; portanto, é essencial envolvê-lo e a seus familiares no processo de planejamento2. Uma abordagem orientada à tarefa, para estabelecer um plano abrangente de tratamento, nclui as estratégias de intervenção projetadas para cumprir os seguintes objetivos, derivados do exame de três níveis2: - Solucionar, reduzir ou prevenir o comprometimento; - Desenvolver estratégias eficazes e específicas à tarefa - Adaptar as estratégias funcionais orientadas ao objetivo para diferentes tarefas e condições ambientais Tais objetivos estão dispostos não em uma abordagem sequencial, mas sim simultânea2. É importante lembrar que o fisioterapeuta lida com quadros de deficiência, limitação funcional, incapacidade e desvantagem, devendo estar continuamente Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 13 alerta para a presença de estados de incapacitação emocional, cognitiva ou social, pois desconsiderar suas respectivas repercussões sobre a incapacitação física, e vice-versa, representa um erro fundamental na prática de assistência fisioterapêutica de qualidade9. ! A prática fisioterapêutica frequentemente necessita de informações precisas e objetivas (geradas por medidas) sobre a habilidade de desempenho do indivíduo em suas tarefas motoras1. A coleta destas informações nas avaliações que precedem o tratamento auxiliam o fisioterapeuta a entender mais claramente o impacto da patologia nas disfunções de seu paciente bem como o impacto das disfunções na qualidade de vida deste indivíduo. Da mesma maneira, instrumentos que nos permitem realizar estas mensurações são valiosos para o acompanhamento do tratamento do paciente tanto para verificar de maneira mais objetiva sua evolução como para demonstrar para o paciente seus ganhos e perdas com a abordagem terapêutica. Para a realização destas mensurações, em reabilitação neurológica, há uma gama de ferramentas como escalas, questionários e estadiamentos construídos com finalidades específicas de avaliação (p.e. avaliação da qualidade de vida, escalas de equilíbrio e escalas de funcionalidade). Com a finalidade de obter-se maior fidedignidade destes instrumentos, os mesmos devem ser submetidos a testes de validação (onde observa-se sua replicabilidade inter examinadores e sua sensibilidade para cada patologia) e de adaptação cultural (com testes adaptados de acordo com especificidades culturais de cada país). Importante ressaltar que estas ferramentas de mensuração NÃO SUBSTITUEM UMA EFICIENTE AVALIAÇÃO FUNCIONAL, mas a complementam. Descreveremos, a seguir algumas escalas muito utilizadas na prática da reabilitação neurológica. 1.4.1. MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (anexo 2): A Medida de Independência Funcional (MIF) é um instrumento de avaliação da incapacidade de pacientes com restrições funcionais de origem variada, tendo sido desenvolvida na América do Norte na década de 1980. Seu objetivo primordial é avaliar de forma quantitativa a carga de cuidados demandada por uma pessoa para a realização de uma série de tarefas motoras e cognitivas de vida diária. Entre as atividades avaliadas estão os autocuidados, transferências, locomoção, controle esfincteriano, comunicação e cognição social, que inclui memória, interação social e resolução de problemas. Cada uma dessas atividades é avaliada e recebe uma pontuação que • Materiais complementares: Escalas Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional parte de 1 (dependência total) a 7 (independência completa), assim a pontuação total varia de 18 a 126. A aplicabilidade deste instrumento exige treinamento específico por parte do examinador10. 1.4.2. PASS – POSTURAL ASSESSMENT SCALE FOR STROKE PATIENTS (ANEXO 3): A escala PASS foi elaborado em concordância com 3 principios: (1) a habilidade para manter uma dada postura e o equilíbrio envolvido na mudança postural precisam ser avaliados; (2) a escala precisa ser aplicável para todos os pacientes, mesmo naqueles que possuem performance postural pobre; e (3) precisa conter item com dificuldadecrescente 11. 1.4.3. ESCALA MODIFICADA DE ASHWORTH (ANEXO 4): é a escala mais amplamente utilizada na avaliação do tônus muscular. Sua aceitação deve-se a sua confiabilidade e reprodutibilidade interobservador. A movimentação passiva da extremidade é realizada avaliando o momento da amplitude articular em que surge a resistência ao movimento. É uma escala ordinal que varia de 0 a 412. 1.4.4. ESCALA DE RANKIN (ANEXO 5) 1.4.5. ÍNDICE DE BARTHEL (ANEXO 6): O teste é considerado válido, mas não mostrou ser confiável1. As categorias avaliadas por esta escala consistem em: intestino, bexiga, arrumar-se, uso do vaso sanitário, alimentação, transferência, mobilidade, vestir-se, escada e banho. Estes itens são pontuados de zero a três, com zero significando total dependência de outros e três independência (embora ao caminhar possam ser utilizados auxílios)13. 1.4.6. TUG – TIME UP AND GO: O teste foi desenvolvido como uma monitoração rápida para detectar os problemas de equilíbrio que afetam as capacidades de mobilidade diária dos pacientes idosos. O examinador cronometra o tempo desde o início da tarefa na qual o indivíduo levanta-se de uma cadeira, caminha por três metros, até o momento em que retorna novamente até a cadeira2. Os adultos com o sistema neurológico intacto e que são independentes nas tarefas de equilíbrio e mobilidade são capazes de executar esse teste em menos de 30 segundos1. 1.4.7. TESTE DO ALCANCE FUNCIONAL: Este teste mede o alcance máximo à frente pelo posicionamento do membro superior com o indivíduo em ortostatismo. Realiza-se com o paciente em pé próximo a uma parede, à qual uma régua é presa. A posição inicial é com os pés discretamente separados e o membro superior com 90o de flexão de ombro à frente no mesmo plano horizontal da régua, mas sem tocá-la. O paciente fecha a mão e a posição do terceiro metacarpo em relação à régua é anotada. Pede-se, então, que o paciente alcance à frente o mais longe possível sem dar um passo e a posição do terceiro metacarpo é novamente anotada. A distância alcançada é comparada a padrões relacionados à idade (Tabela 4). O teste é preditivo de queda em idosos1, 2. TABELA 4. Teste de alcance funcional: padrões relacionados à idade Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 15 Fonte: CARR,J & SHEPHERD R1 1.4.8. ESCALA DE EQUILIBRIO DE BERG (ANEXO 7): este teste mensura o equilíbrio em 14 tarefas (incluindo sentar-se e ficar em pé sem apoio, levantar-se, e transferências).Tem sido relatada como confiável e auxiliar à verificação da probabilidade de queda em idosos1,2. 1.4.9. TESTES PARA DETECÇÃO DE APRAXIAS (ANEXO 8): Apraxia pode ser entendida como o comprometimento da capacidade de realizar movimentos, gestos ou habilidades previamente aprendidos, espontaneamente e/ou ao comando, seguido de uma disfunção e/ou lesão cerebal, cujos sistemas envolvidos na execução da ação estão intactos (ausência de distúrbios motores) e com plena consciência do ato a cumprir14. ANEXO 1 –AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NEUROFUNCIONAL DA USCS I . ANAMNESE Padrões Homens (cm) Mulheres (cm) 20-40 anos 42,50 ± 4,92 37,19 ± 5,54 41-69 anos 38,05 ± 5,61 35,07 ± 5,59 70-87 anos 33,43 ± 3,94 26,60 ± 8,97 Nome:__________________________________________________CPF:__________________ Idade:____Data nascim.:___/____/____ Ocupação:_______________Escolaridade:_______ Endereço:_____________________________________________________________________ Tel.:__________________ outros telefones:________________Falar com:________________ Acompanhante/ cuidador:__________________Estado Civil:__________Condução: _______ Dt da Triagem:____/___/_______DISPONIBILIDADE:_________________________________ II-EXAMES Data Exame Laudo Diagnóstico médico:_________________________________________________________________________________ ___________ Tempo de lesão:___________________________________________________________________________________ _____________ Médico responsável:_____________________________________________________________________________ ______________ Outros acompanhamentos terapêuticos e freqüência:__________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ____________________________ Queixa Principal:_______________________________________________________________________________ ________________ H.M.A.:_________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ Antecedentes familiares:______________________________________________________________________________ ________ ________________________________________________________________________________________ _____________________________ Outras condições associadas: ( )lesão de pele ( )HAS ( )diabetes ( )epilepsia ( )vertigens/labirintite ( )alterações comportamentais ( )doenças infecto-contagiosas ( )dislipidemia ( )aneurismas ( )hérnias inguinais ( ) hérnia de disco ( )veias varicosas ( )alterações de sono:_____ ( ) alterações ortopédicas:______________________________________________________________________________ ______ ( ) quedas no último ano: _____________________________________________________________________________________ Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 17 III-MEDICAMENTOS(alopatia e fitoterápicos) IV-EXAME FÍSICO GERAL V-Medida de Independência Funcional Medicamento Dose Posologia Tempo de uso Aspectos Cognitivos (colaboração, Glasgow, Mini Mental): Aspectos neurovegetativos (PA, FC, pupilas, esfíncter): Aspectos Respiratórios (tipo, padrão, expansibil, mm aces, oxigenioterapia, SatO2, tosse, broncoaspiração) Sondas, drenos, cateteres: Uso de órteses e outros recursos adaptativos: Atividade Triagem Classificação 1. Alimentação 7. INDEPENDÊNCIA COMPLETA: realiza com segurança, s/ alterações, s/ ajuda e em tempo razoável (mesmo com CR). Anda no mínimo 50 m. Nunca é incontinente. 6. INDEPENDÊNCIA MODIFICADA: uso de mio auxiliar, realiza atividades em tempo acima do normal ou com riscos. Anda no mínimo 50 m. S/ acides de incontinência 5. SUPERVISÃO OU PREPARAÇÃO: necessita apenas de presença física de outra pessoa s/ contato, ou, ajuda na preparação de itens necessários ou na aplicação de órteses). Deambulação doméstica (mínimo 15 m s/ supervisão ou no mínimo 50 m com supervisão). Acidentes ocasionais de incontinência < 1 X/mês 4. ASSISTÊNCIA COM CONTATO MÍNIMO: (faz 75% ou + da atividade ou é preciso apenas tocar a pessoa como auxílio para a realização das tarefas). Anda no mínimo 50 m. Acidentes com incontinência < 1x/sem 3. ASSISTÊNCIAMODERADA: (faz 50%-74% ou é preciso + do que apenas tocar). Anda no mínimo 50 m, sobe um lance de escadas. Acidentes com incontinência < 1x/dia 2. ASSISTÊNCIA MÁXIMA: (faz 25%-50% ou é preciso tocar a pessoa realizando grande esforço/ Anda no mínimo 15 m e sobe 4-6 degraus. É incontinente e suja-se quase que diária/te 1. ASSISTÊNCIA TOTAL: faz menos que 25% do trabalho 2. Higiene Pessoal 3. Banho (lavar/secar) 4. Vestir metade sup 5. Vestir metade inf 6. Vaso sanitário 7. Urina 8. Fezes 9. Trans leito! cadeira 10. Trans para vaso san 11. Trans para chuveiro 12. locomoção 50m 13. escada 12-14 degr 14. compreensão VI- QUEIXA FUNCIONAL VII- AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES FUNCIONAIS Transferência Manter c/apoio Manter s/apoio 15. expressão 16. interação social 17. resolução problema 18. Memória Queixa funcional principal: História da Queixa Funcional: Exame da Queixa Funcional: Locomoção (arrastar, engatinhar, marcha, cadeira de rodas): 0 – Não realiza 1 – Realiza com muito auxílio 2 – Realiza com pouco auxílio 3 – Realiza sem auxílio Bipedestação Sed!bip:___ Pegar caneta:___ 0 – Não realiza 1 – Realiza com muito auxílio 2 – Realiza com pouco auxílio 3 – Realiza sem auxílio 0- não mantém/ 1-mantém com a p o i o 2 p e s s o a s / 2 - mantém com apoio 1 pessoa/ 3- mantém com 1 mão 0- não mantém/ 1-mantém com apoio 2 pessoas/ 2- mantém com apoio 1 pessoa/ 3- mantém com 1 mão Unipodal MID: Unipodal MIE: 0 – Não realiza 1 – Realiza com muito auxílio 2 – Realiza com pouco auxílio 3 – Realiza sem auxílio 0- não mantém / 1- mantém por alguns segundos / 2 – mantém por mais de 5 seg/ 3 -mantém por mais de 10 s Sedestação: DD!sed:_____ Biped!sed:___ 0 – Não realiza 1 – Realiza com muito auxílio 2 – Realiza com pouco auxílio 3 – Realiza sem auxílio 0-não mantém/ 1-mantém com apoio/ 2-mantém sem apoio por 10 seg/ 3-mantém sem apoio por 5 min Quadrupedia: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 19 VIII- AVALIAÇÃO DOS FATORES QUE INTERFEREM NA MOTRICIDADE Ajoelhado e Semi-ajoelhado: Ponte: Independência no leito (Dl´s e posicionamentos em DD): 0 – Não realiza 1 – Realiza com muito auxílio 2 – Realiza com pouco auxílio 3 – Realiza sem auxílio Alterações do tecido muscular (encurtamentos, retrações): Alterações articulares (edema, limitações, deformidades, subluxações): Alterações do tônus muscular e clônus: Reflexos tendíneos (calcâneo, adutor, patelar, estilorradial, bicipital e tricipital): Reflexos primários: Outros reflexos (retirada,Hoffman, cutâneo abdominal, cutâneo plantar): Articulação Grupo Muscular Tônus E Tônus D Força E Força D Ombro Flexores Extensores Adutores Abdutores Rot mediais Rot laterais Cotovelo Flexores Extensores Escala de Arshworth (1- tônus normal/ 2-leve ↑ (canivete)/ 3-moderado ↑ / 4-acentuado ↑/ 5-rigidez em flex ou ext) Mais: 0-hipotonia/ HP-hipertonia plástica (roda denteada) (F)-fim da ADM/ (I)-início da ADM/ (T)-toda ADM IX- AVALIAÇÃO DA MOTRICIDADE X- CONCLUSÃO Pronadores Supinadores Punho Flexores Extensores Dedos Flexores Extensores Quadril Extensores Flexores Adutores Abdutores Rot mediais Rot laterais Joelho Flexores Extensores Tornozelo Flexores Extensores Tronco Flexores Extensores Inclinadores Provas de sustentação e resistência: Coordenação motora (índex-index, índex-nariz, calcanhar-tíbia, diadococinesia): Velocidade, oscilações, estabilidade, compensações, motricidade fina Movimentos espontâneos e/ou involuntários Capacidade para conceituar e programar os movimentos Outros testes e protocolos (nervos cranianos, heminegligência, apraxia, agnosias): Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 21 XI- OBJETIVOS FUNCIONAIS XII- CONDUTA ANEXO 2 – MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (Fonte: http:// medicalsuite.einstein.br/diretrizes/neurologia) ANEXO 3 – PASS – POSTURAL ASSESSMENT SCALE FOR STROKE PATIENTS (Fonte: BENAIN et al, 1999) A) MANUTENÇÃO DA POSTURA 1. Sedestação sem suporte (sentado sobre uma cadeira com altura de 50 cm com os pés tocando o chão) 0 = não é capaz de manter a postura 1 = capaz de sentar-se com leve suporte, por exemplo, uma mão 2 = capaz de sentar-se por mais de 10 segundos sem suporte 3 = capaz de sentar-se por 5 minutos sem suporte 2. Ortostatismo com suporte (posição livre dos pés) 0 = não é capaz de manter a postura, mesmo com suporte 1 = capaz de manter a postura com importante suporte de 2 pessoas 2 = capaz de manter a postura com moderado suporte de 1 pessoa Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 23 3 = capaz de manter a postura com suporte de apenas 1 de suas mãos 3. Ortostatismo sem suporte (posição livre dos pés) 0 = não é capaz de manter a postura sem suporte 1 = capaz de manter a postura sem suporte por 10 segundos ou apresenta importante descarga de peso em apenas um membro inferior 2 = capaz de manter a postura sem suporte por 1 minuto ou mantêm de maneira levemente assimétrica 3 = capaz de manter a postura sem suporte por mais que 1 minuto e ao mesmo tempo que realiza movimentos com os MMSS ao nível do ombro. 4. Apoio Unipodal sobre o membro não parético 0 = não é capaz de manter a postura 1 = capaz de manter a postura por poucos segundos 2 = capaz de manter a postura por mais que 5 segundos 3 = capaz de manter a postura por mais que 10 segundos 5. Apoio unipodal sobre o membro parético 0 = não é capaz de manter a postura 1 = capaz de manter a postura por poucos segundos 2 = capaz de manter a postura por mais que 5 segundos 3 = capaz de manter a postura por mais que 10 segundos B) MUDANÇAS POSTURAIS: pontue dos itens 6 a 12 com a classificação abaixo (itens 6 a 11 são realizados com uma altura de 50 cm e os itens 10 a 12 são realizados sem qualquer tipo de suporte) 0 = não realiza a atividade 1 = realiza a atividade com muito auxílio 2 = realiza a atividade com pouco auxílio 3 = realiza a atividade sem auxílio 6. Virar de decúbito dorsal para o decúbito lateral do dimídio afetado 7. Virar de decúbito dorsal para o decúbito lateral do dimídio não afetado 8. Sentar a partir do decúbito dorsal na beira do leito 9. Deitar para o decúbito dorsal a partir da sedestação à beira do leito 10. Levantar-se a partir da sedestação 11. Sentar-se a partir do ortostatismo 12. Em ortostatismo, pegar uma caneta no chão ANEXO 4 – ESCALA MODIFICADA DE ASHWORTH (Fonte: Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação) 1. = nenhum aumento no tônus muscular 1 = leve aumento do tônus muscular, manifestado por uma tensão momentânea ou por resistência mínima, no final da amplitude de movimento articular (ADM), quando a região é movida em flexão ou extensão; Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 25 1 + = leve aumento do tônus muscular, manifestado por tensão abrupta, seguida de resistência mínima em menos da metade da ADM restante; 2 = aumento mais marcante do tônus muscular, durante a maior parte da ADM, mas a região é movida facilmente; 3 = considerável aumento do tônus muscular, o movimento passivo é difícil 4 = parte afetada rígida em flexão ou extensão. ANEXO 5 – ESCALA DE RANKIN (Fonte: Ministério da Saúde) GrauDescrição ! ANEXO 6 – ÍNDICE DE BARTHEL MODIFICADO (Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE13) • Sem sintomasGrau 0 • Nenhuma incapacidade significativa, a despeito dos sintomas; • capaz de conduzir todos os deveres e atividades habituaisGrau 1 • Leve incapacidade • Incapaz de realizar todas as atividades prévias, porém é independente para os cuidados pessoaisGrau 2 • Incapacidade moderada • requer alguma ajuda mas é capaz de caminhar sem assistência (pode usar bengala ou andador)Grau 3 • Incapacidade moderadamente severa • incapaz de caminhar sem assistência e incapaz de atender às próprias necessidades fisiológicas sem assistênciaGrau 4 • Deficiência grave • Confinado ao leito, incontinente, requerendo cuidados e atenção constante de enfermagemGrau 5 • ÓbitoGrau 6 Alimentação Totalmente dependente Necessita de ajuda para cortar Independente 0 5 10 Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 27 Banho Não pode executar sem assistência Executa sem assistência 0 5 Toalete Pessoal Necessita de ajuda Lava o rosto, penteia cabelos e escova os dentes 0 5 Vestuário Totalmente dependente Necessita de ajuda, mas faz pelo menos a metade da tarefa dentro de um período de tempo razoável Independente, amarra sapatos, fixa fivelas e coloca adaptações (órtese, por exemplo) 0 5 10 Controle de intestinos Acidentes frequentes Acidentes ocasionais ou necessita auxílio com enema ou supositório Sem acidentes e independente para uso de enemas ou supositórios, se necessário 0 5 10 Controle da bexiga Incontinência ou necessidade de uso de dispositivo de coleta (fralda, coletor, sonda, etc) Acidentes ocasionais ou necessita de ajuda com o dispositivo de coleta Sem acidentes, capaz de cuidar do dispositivo de coleta, se for usado 0 5 10 Locomoção até o banheiro Não usa banheiro, restrito ao leito Necessita de ajuda para equilibrar-se, colocar as roupas, cortar o papel higiênico Independente no banheiro 0 5 10 Transferência da cama para a cadeira Restrito ao leito não é possível o uso da cadeira Capaz de sentar, mas necessita assistência máxima na transferência Mínima assistência ou supervisão Independente, inclusive nas travas da cadeira de rodas e levantar o suporte do pé 0 5 10 15 Mobilidade e deambulação Senta na cadeira de rodas mas não se impulsion Independente na cadeira de rodas por 50 m, não consegue caminhar Caminha com ajuda por uma distância de 50 m Independente por 50 m, pode usar dispositivos de auxílio, sem ser o andador com rodas 0 5 10 15 Subir escadas Não sobe escadas Necessita de ajuda ou supervisão Independente, pode usar dispositivo de auxílio 0 5 10 ANEXO 7: ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG (Fonte: SHUMWAY-COOK,AS & WOOLLACOTT, MH2) 1. Sentado para postura vertical Instruções: Use uma cadeira com braços. Estando o paciente sentado, peça para que se levante e fique em pé. Se ele se levantar usando os braços da cadeira, peça que tente levantar-se sem usar a s mãos, se possível. Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) capaz de ficar em pé, não usa as mãos e a estabilidade é independente (3) capaz de ficar em pé independentemente, usando as mãos (2) capaz de ficar em pé usando as mãos depois de várias tentativas (1) precisa de uma mínima ajuda para ficar em pé ou se estabilizar (0) precisa de uma ajuda moderada ou máxima para ficar em pé 2. Ficar em pé sem se apoiar Instruções: Peça ao paciente para ficar em pé durante 2 minutos, sem se segurar em nenhum apoio externo. Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) capaz de ficar em pé com segurança por 2 minutos (3) capaz de ficar em pé por 2 minutos com supervisão (2) capaz de ficar em pé por 30 segundos sem se apoiar (1) precisa de várias tentativas para ficar em pé por 30 segundos sem se apoiar (0) incapaz de ficar em pé por 30 segundos sem ajuda Se o indivíduo conseguir ficar em pé por 2 minutos com segurança, marque a pontuação máxima nos exercícios de ficar sentado sem apoio. Prossiga para a mudança da posição vertical para a sentada. 3. Ficar sentado sem se apoiar, pés no chão Instruções: Peça ao paciente para sentar-se com os braços cruzados durante 2 minutos. Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) capaz de ficar sentado com segurança por 2 minutos (3) capaz de ficar sentado por 2 minutos com supervisão (2) capaz de ficar sentado por 30 segundos (1) capaz de ficar sentado por 10 segundos (0) incapaz de ficar sentado sem apoiar-se por 10 segundos 4. Ficar em pé e depois sentar-se Instruções: Peça ao paciente para sentar-se Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) senta-se com segurança, com o uso mínimo das mãos (3) controla a descida usando as mãos (2) usa a parte posterior das pernas contra a cadeira para controlar a descida (1) senta-se independentemente, mas com uma descida descontrolada Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 29 (0) precisa de ajuda para sentar 5. Transferências Instruções: Peça ao paciente para andar de uma cadeira (use uma cadeira com braços) para outra (sem braços) e depois voltar Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) consegue transferir-se com segurança, com o uso mínimo das mãos (3) consegue transferir-se com segurança, com necessidade evidente de apoiar-se com as mãos (2) consegue transferir-se com dicas verbais e/ou supervisão (1) precisa de um indivíduo para ajudá-lo (0) precisa de duas pessoas para ajudá-lo, ou de supervisão para sentir-se seguro 6. Ficar em pé sem apoio, com os olhos fechados Instruções: Peça ao paciente para fechar os olhos e ficar imóvel em pé durante 10 segundos Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) consegue ficar em pé por 10 segundos com segurança (3) consegue ficar em pé por 10 segundos com supervisão (2) consegue ficar em pé por 3 segundos (1) incapaz de manter os olhos fechados por 3 segundos, mas fica estável (0) precisa de ajuda para não cair 7. Ficar em pé sem ajuda, com os pés juntos Instruções: Peça ao paciente para juntar os pés e ficar em pé sem apoiar-se em nenhum apoio externo Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) capaz de juntar os pés sem ajuda, e ficar em pé por 1 minuto com segurança (3) capaz de juntar os pés sem ajuda, e ficar em pé por 1 minuto com supervisão (2) capaz de juntar os pés sem ajuda, mas incapaz de manter a posição por 30 segundos (1) precisa de ajuda para chegar à posição, mas consegue ficar em pé por 15 segundos com os pés juntos (0) precisa de ajuda para chegar à posição e é incapaz de mantê-la por 15 segundos OS ITENS A SEGUIR DEVEM SER EXECUTADOS COM O PACIENTE EM PÉ SEM SE APOIAR 8. Alongar-se para a frente, com o braço esticado Instruções: Peça ao paciente que erga o braço a 90o. Alongue os dedos e estique o corpo para a frente o máximo que puder. O examinador deve colocar uma régua nas pontas dos dedos, quando o braço estiver a 90o. Eles não devem tocar a régua quando o paciente inclina o corpo para a frente. A medida registrada é a distância que os dedos atingem quando o indivíduo etá na posição máxima de inclinação para a frente Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) consegue alcançar com confiança mais de 25 cm (3) consegue alcançar com confiança mais de 10 cm (2) consegue alcançar com confiança mais de 5 cm (1)inclina o tronco para a frente, mas precisa de supervisão (0) precisa de ajuda para não cair 9. Pegar objetos do chão Instruções: Peça ao paciente para pegar o sapato/chinelo colocado na frente dos seus pés Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) consegue pegar o chinelo com segurança e facilidade (3) consegue pegar o chinelo, mas precisa de supervisão (2) incapaz de pegar, mas chega a 2,5 ou 5 cm do chinelo e mantém o equilíbrio sem apoio/ajuda (1) incapaz de pegar e precisa de supervisão enquanto tenta (0) incapaz de tentar; precisa de ajuda para não cair 10.Virar para olhar para trás/sobre os ombros direito e esquerdo Instruções: Peça ao paciente para virar e olhar para trás, sobre o ombro esquerdo. Repetir com o direito Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) olha para trás para ambos os lados e desloca bem o peso do corpo (3) olha para apenas um lado; para o outro, mostra menos deslocamento do peso (2) vira apenas para os lados, mas consegue manter o equilíbrio (1) precisa de ajuda enquanto vira (0) precisa de ajuda para não cair 11.Girar 360o. Instruções: Peça ao paciente para girar, fazendo uma volta completa. Faça uma pausa. Em seguida, peça para executar outra volta completa direção oposta. Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) capaz de girar 360o com segurança, em menos de 4 segundos para cada lado (3) capaz de girar 360o com segurança para um dos lados em menos de 4 segundos. (2) capaz de girar 360o com segurança, mas lentamente (1) Precisa de supervisão ou dicas verbais (0) Precisa de ajuda enquanto gira 12.Contar o número de vezes em que pisa em uma banqueta Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 31 Instruções: Peça ao paciente para colocar cada um dos pés alternadamente sobre a banqueta. Peça que ele continue, até que cada um deles tenha tocado a banqueta quatro vezes, formando um total de oito passos. Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) capaz de ficar em pé sem apoio e com segurança, e completar oito passos dentro de 20 segundos (3) capaz de ficar em pé sem apoio e completar os oito passos em menos de 20 segundos (2) capaz de completar quatro passos sem ajuda, com supervisão (1) capaz de completar mais de dois passos, mas precisa de ajuda mínima (0) precisa de ajuda para não cair/incapaz de tentar 13.Ficar em pé sem apoio, um dos pés à frente Instruções: (Demonstre ao paciente) peça ao paciente para colocar um dos pés diretamente na frente do outro. Se não conseguir colocá-lo diretamente na frente, peça para que tente dar o passo mais longo que conseguir à frente, de forma que o calcanhar de um dos pés fique na frente dos artelhos do outro Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) capaz de colocar o pé corretamente e sem ajuda e manter a posição por 30 segundos (3) capaz de colocar o pé à frente do outro sem ajuda e manter a posição por 30 segundos (2) capaz de dar um pequeno passo sem ajuda e manter a posição por 30 segundos (1) precisa de ajuda para dar o passo, mas consegue manter a posição por 15 segundos (0) perde o equilíbrio quando dá um passo à frente ou fica em pé 14. Ficar em pé sobre apenas uma das pernas Instruções: Peça ao paciente ficar em pé sobre apenas uma das pernas, enquanto puder, mas sem apoiar-se em nenhum apoio externo Pontuação: Por favor, marque a alternativa a que o resultado se aplica (4) consegue erguer a perna sem ajuda e manter a posição por mais de 10 segundos (3) consegue erguer a perna sem ajuda e manter a posição por 5-10 segundos (2) consegue erguer a perna sem ajuda e manter a posição por mais de 3 segundos (1) Tenta erguer a perna; incapaz de manter a posição por 3 segundos, mas continua em pé sem apoio (0) não consegue tentar ou precisa de ajuda para não cair ANEXO 8 – TESTES PARA DETECÇÃO DE APRAXIAS (Fonte: VAZ, ER; FONTES, SV; FUKUJIMA, MM14) Tipos de apraxia Testes Dinâmica - realizacão de três gestos - bater na mesa com a palma e com o dorso da mão - realizar um “8” com o dedo - domínio gráfico Ideomotora - sinal da cruz - cumprimento militar - dar adeus - mandar beijo Construtiva - escrita espontânea - desenho espontâneo - desenho com molde - reprodução de figuras com palitos Mielocinética - Imitar pregar um prego - Imitar cortar um papel - Agulha de costura - Imitar passar a ferro Da marcha - marcha - subir escadas De vestir - reconhecimento do próprio corpo com ordem simples - teste das luvas e dos anéis - teste do casaco com um braço do avesso - teste proprioceptivo Bucofacial - teste da língua - movimentos faciais ao comando verbal Agnóstica - reconhecimento de objetos familiares - reconhecimento de objetos pelo seu formato Diagonística - embrulho - dar nós - cubos Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional Profa Ms Márcia Midori Morimoto 33 ! 1. CARR, JH; SHEPHERD, RB. Reabilitação Neurológica: otimizando o desempenho motor. Editora Manole, 2008. 2. SHUMWAY-COOK A; WOOLLACOTT MH. Controle Motor. Teoria e aplicações práticas. Editora Manole, 2a edição, 2003. 3. SANTOS JB. Ouvir o paciente: a Anamnese no Diagnóstico Clínico. BSBM Brasília Médica. V36(3-4), pp 90-95, 1999. 4. BRUST, JCM. A prática da neurociência. Editora Reichmann & Affonso Editores, 2000. 5. CAMPBELL, WW. DeJong, o exame neurológico. Editora Gauanabara Koogan, 6a edição, 2007. 6. UMPHRED, DA. Fisioterapia Neurológica. Editora Manole, 2a edição, 1994. 7. MUTARELLI, EG. Propedêutica Neurológica. Sarvier Editora, 2000. 8. THORNQUIST, E. Varieties of functional assessment in physiotherapy.Scand J Prim Health Care, v12, 1994. 9. DELIBERATO, PCP. Exercícios Terapêuticos. Editora Manole, 2007. 10.RIBERTO M; MIYAZAKI MH; JUCÁ SSH; SAKAMOTO H; PINTO PPN; BATTISTELLA LR. Validação da versão brasileira da medida de independência funcional. Acta Fisiatr, v11(2), pp 72-76, 2004. • Referências Bibliográficas Unidade 1: Avaliação Fisioterapêutica Neurofuncional 11. BENAIN C; PÉRENNOU DA; VILLY J; ROUSSEAUX M; PELISSIER JY. Valitdation of a Standardized Assessment of Postural Control in Stroke Patients: The Postural Assessment Scale for Stroke Patients (PASS). Stroke, v30, pp 1826-1868, 1999. 12.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO. Espasticidade: Avaliação Clínica. Projeto Diretrizes, 2006. 13.MINISTÉRIO DA SAÚDE. Rotinas no AVC pré hospitalar e hospitalar. 14. VAZ, ER; FONTES, SV; FUKUJIMA, MM. Testes para Detecção de Apraxias por Profissionais da Saúde. Rev. Neurociências. V7(3): 136-139, 1999.
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