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Edmarson Bacelar Mota M estre em Engenharia pela PUC-RJ. Engenheiro eletrônico pela PUC-RJ. Professor e Consul-tor em diversos programas da FGV. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 61 Conceitos para refletir I O escopo das necessidades humanas C ompreender o escopo das necessidades humanas faz parte do repertório de atividades que nos ajudam a melhor entender as informações mercadológicas e de alguma forma melhor subsidiar decisões importantes pertinentes ao estabelecimento da estratégia e seus desdobramentos. O quadro 1 apresenta alguns tipos de necessidades humanas mais relevantes, se analisarmos as dimensões mercadológicas e seus impactos nas organizações. Vamos comentar sucintamente cada uma delas. Quadro 1 Necessidades declaradas e reais. Necessidades percebidas. Necessidades culturais. Necessidades atribuíveis a usos inesperados. Necessidades declaradas e reais Os clientes comumente declaram suas necessidades segundo seus pontos de vista e em sua lingua- gem. Isso acontece especialmente com os clientes externos. Um exemplo comum é a compra de bens. Os clientes podem declarar suas necessidades em termos dos bens que desejam comprar. Entre- tanto, suas necessidades reais são pelos serviços que aqueles bens podem prestar. A figura 1 exem- plifica alguns casos. O cliente deseja comprar O cliente realmente quer Alimentos Nutrição; sabor agradável Automóvel Transporte Televisor a cores Entretenimento Casa Espaço para viver Pintura da casa Aparência colorida; ausência de manutenção Figura 1. A não percepção das diferenças entre as necessidades declaradas e as reais pode ter sérias con- sequências. Acompanhe a história real a seguir: Duas empresas competiam entre si pelo mercado de redes para cabelos (naquele tempo, es- sas redes eram usadas para manter no lugar os cabelos das mulheres, depois de uma visita ao cabeleireiro). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 62 Os concorrentes focalizavam sua atenção na progressão do produto – a espécie e a cor das fibras, o processo de produção das redes, a embala- gem, os canais de vendas e assim por diante. Ambos os concorrentes foram extintos quando um químico apareceu com um spray que mantia no lugar os cabelos das mulheres e ainda era invisível. Embora as clientes tivessem dito que queriam comprar redes para cabelos, o que elas realmente queriam era um meio adequado para manter seus cabelos no lugar. O princípio que está por trás dessa diferença (necessidades declaradas e reais) foi elaborado em um artigo clássico: Miopia de marketing, de Theodore Levitt (1975). Levitt salientou a distinção entre a orientação para o produto e a orientação para o cliente. A compreensão das necessidades reais dos clientes requer respostas a per- guntas como as seguintes: Por que você está comprando este produto? Que serviço ou benefício você espera dele? Necessidades percebidas Os clientes, compreensivelmente, declaram suas necessidades baseados em suas percepções. Algumas dessas percepções estão relacionadas aos produtos. O exame desses casos sugere, com frequência, que exista uma diferença de percep- ção, entre clientes e fornecedores, quanto àquilo que está contido no termo produ- to. Essa diferença pode representar um problema ou uma oportunidade. As indústrias de serviços estão cheias de casos nos quais as percepções do cliente diferem daquelas do fornecedor, a respeito daquilo que constitui produto ou qualidade. Exemplos: Dois homens precisam cortar os cabelos. Um deles vai a uma barbearia (barbeiros). O outro vai a um salão (estilistas). Cada um deles tem o cabelo cortado por um profissional qualificado. Cada um sai essencialmente com a mesma aparência externa. As diferenças estão nos preços que eles paga- ram e nas suas percepções daquilo que estava incluído no produto/serviço. A indústria de fast-food tem crescido muito, baseada mais na velocidade dos serviços do que na qualidade da comida. Vejamos alguns exemplos em manufatura: Existem fábricas nas quais os doces cobertos de chocolate são levados por uma correia transportadora até o departamento de embalagem. No final da correia, há duas equipes de embaladores. Uma delas embala os doces em modestas caixas de papelão, destinadas a lojas de preços eco- nômicos e a outra equipe embala os mesmos tipos de doces em caixas de madeira forradas de cetim, destinadas a lojas de luxo. O preço resultante disso, para a mesma quantidade de doces, pode ser muitas vezes maior. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 63 Os respectivos compradores também encontram outras diferenças: a de- coração das lojas e a extensão dos serviços, por exemplo. Uma siderúrgica perdeu algumas vendas de aço inoxidável por motivos não relacionados à qualidade do produto (de acordo com a especificação). O cliente em questão era uma empresa de usinagem, que produzia com- ponentes de inox para serem vendidos a empresas da indústria aeroespa- cial. Essas empresas enfatizavam a limpeza em suas oficinas. A empresa de usinagem observou que o aço inox que recebia estava sujo, oleoso e mal embalado. Em contraste, uma siderúrgica concorrente entregava seu aço limpo e bem embalado. Quando os vendedores da primeira siderúr- gica explicaram tudo isso ao seu pessoal da fábrica, a reação foi: “Nosso aço é muito bom. O cliente está louco.” Alguns fornecedores podem considerar “irreais” as percepções dos clientes, mas nesse caso são eles que pagam caro. Em outros casos, os fornecedores concebem uma nova abordagem, que corresponda às necessidades percebidas dos clientes. Necessidades culturais As necessidades dos clientes, em especial dos clientes internos, vão além de produtos e processos. Elas incluem necessidades de autorrespeito, respeito aos outros, continuidade de padrões de hábitos e ainda outros elementos daquilo que é em geral chamado de padrão cultural. Muitas falhas na determinação das ne- cessidades dos clientes podem ser atribuídas à falta de compreensão da natureza e mesmo da existência desse padrão cultural. O conceito de padrões culturais pode ser resumido como segue: Toda organização é, também, uma sociedade humana. As grandes orga- nizações abrigam muitas dessas sociedades. Toda sociedade humana desenvolve um padrão de crenças, hábitos, práti- cas etc., baseado em sua experiência acumulada. Este é conhecido como padrão cultural ou, mais especificamente no caso de organizações, como Cultura Organizacional. Esse padrão provê à sociedade certos elementos de estabilidade: um sis- tema de leis e ordem, explicação de mistérios, rituais, tabus, símbolos de status e assim por diante. Esses elementos são vistos pela sociedade como possuidores de valores importantes. Qualquer mudança proposta torna-se uma ameaça a esses valores impor- tantes e, assim sendo, enfrentará resistência até que a natureza da ameaça seja entendida. A resistência não está limitada às sociedades organizadas. Ela se estende a indivíduos que sintam que seus valores pessoais estão ameaçados. Em muitos casos, as necessidades culturais não são declaradas abertamente, mas de forma disfarçada. Um exemplo muito comum diz respeito ao território, isto é, a propriedade de alguma área de responsabilidade, perícia ou algo seme- Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 64 lhante. Essa propriedade confere status; uma ameaça a ela é uma ameaça àquele status. Vejamos: Um novo processo proposto ameaça eliminar a necessidade de alguma pe- rícia humana; esta estará embutidana tecnologia. Os atuais peritos humanos irão resistir à introdução do novo processo. Suas razões declaradas serão plausíveis – os efeitos sobre os custos, sobre outras necessidades dos clientes etc. O único motivo que eles não darão é este: “Essa mudança vai reduzir meu status”. Contu- do, essa pode ser a razão real. Devemos buscar as razões reais que estão por trás das declaradas. No caso de resistência cultural, as razões reais raramente são óbvias: os disfarces costu- mam ser sutis. Necessidades atribuíveis a usos inesperados Muitas falhas de qualidade surgem porque o cliente usa o produto de maneira diferente daquela pretendida pelo fornecedor. Essa prática assume muitas formas: treinamento inadequado para a função a ser executada; sobrecarga operacional de equipamentos ou processos; documentos mal arquivados ou inadequados para o uso pretendido. O que é crítico em tudo isso é saber se o planejamento da qualidade deve agir baseado no uso pretendido ou no uso real. Podem ser incluídos fatores de segurança, já prevendo certas situações de uso inadequado, mas esses fatores po- derão elevar os custos globais. O essencial é saber: qual será o uso real (ou mau uso); quais são os custos associados; quais são as consequências do respeito ao uso pretendido. A aquisição dessas informações exige, obviamente, um estreito trabalho em equipe entre fornecedor e cliente. Alguns produtos são criados para uma finalidade, dentro do contexto mer- cadológico vigente, mas novas aplicações surgem com o tempo. Por exemplo, o computador foi criado como um poderoso instrumento para fazer cálculos, mas com o tempo, novas, poderosas e surpreendentes aplicações foram surgindo; a máquina de reproduzir livros, criada por Gutenberg, com o tempo teve uma nova e importante aplicação – a imprensa. Conhecimento explícito (codificado) e implícito (tácito) O conhecimento pode ser gerado, transformado e sinergizado de várias maneiras. No processo de pensamento/planejamento estratégico, além de traba- lhar com a informação, um importante insumo nesse processo, precisamos gerar, Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 65 compor, transformar, enfim, processar o conhecimento de várias maneiras. A in- formação é algo tangível, mas o conhecimento não, pois dependendo do contexto pode não ser percebido como tal, ou com a intensidade necessária. Ambas estão sujeitas ao crivo da necessidade e da aplicabilidade, quando orientadas ao ambien- te organizacional, podendo ser útil ou não. A figura 2 apresenta a evolução da informação, desde o momento em que temos o dado até que, em sucessivos processos de agregação de valor, chegamos ao seu ponto mais nobre: a sabedoria. É muito importante não confundir dado ou informação com conhecimento; pois o conhecimento é o que efetivamente gera resultado, gera produtos e serviços e coloca toda a engenhosidade humana a serviço da sociedade e suas necessidades; a sabedoria é o passo além, é quando criamos a partir do conhecimento, surpreendendo e inovando, genuinamente. Dado Informação Conhecimento Sabedoria Figura 2. O quadro 2 apresenta os conhecimentos tácito e codificado, associando o primeiro com processos humanos internos (implícito) e o segundo com processos exteriorizados (explícitos). No ambiente organizacional, onde a preocupação por resultados é muito maior do que em outras dimensões das necessidades humanas, é muito importante chegar à explicitação desse conhecimento, de modo a trans- formar a potencialização em concretização. Quadro 2 Conhecimento tácito é o conhecimento implícito Conhecimento codificado é o conhecimento explícito A figura 3 é uma matriz que mostra as formas de transformação ou de “am- pliação” dos tipos de conhecimento que estamos abordando. Vejamos cada uma das quatro possibilidades: Para Conhecimento tácito Conhecimento codificado D e Conhecimento Tácito Socialização Exteriorização Conhecimento Codificado Interiorização Combinação Figura 3. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 66 De conhecimento tácito para tácito A forma mais provável, e possivelmente a mais efetiva, é a socialização, ou seja, prover um ambiente humano de interação, debate, troca de ideias etc., de modo que as percepções implícitas e os repertórios de conhecimento desse tipo possam crescer nas pessoas envolvidas. De conhecimento tácito para codificado A exteriorização é a maneira mais usual. Podemos fazer isso com palestras formais, estruturando o conhecimento, exemplos de aplicação, artigos, ou seja, é preciso comunicar formalmente a sua existência e tentar torná-lo tangível, ou pelo menos perceptível. De conhecimento codificado para tácito A interiorização é a estratégia mais efetiva. Quando pensamos, avaliamos, procuramos enxergar um conhecimento sob domínio, ampliando seus limites, conectando-o com outras dimensões e aplicabilidades, estamos contribuindo para transformá-lo em algo maior, ou pelo menos diferente. De conhecimento codificado para codificado Combinar, esta é a ação recomendável quando desejamos ampliar o âmbito dos conhecimentos codificados. É “juntar” o que já temos ou sabemos buscando novos horizontes explícitos, formais. Eficiência, eficácia e efetividade Os quadros 3 e 4 apresentam os conceitos de eficiência e eficácia, associan- do-os a aspectos operacionais e estratégicos, respectivamente. Eficiência: fazer certo (responsabilidade predominantemente operacional). Eficácia: fazer a coisa certa (responsabilidade predominantemente gerencial). Efetividade = eficácia + eficiência. Quadro 3 Eficiência (associado ao operacional) Fazer certo. Quadro 4 Eficácia (associado ao estratégico) Fazer a coisa certa. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 67 O objetivo maior das organizações é a efetividade, onde além de ter as coi- sas certas sendo feitas, também são “bem feitas”, ou seja, otimização de custos, ciclos de processo etc. O quadro 5 destaca elementos típicos da eficiência, enfatizando-a como ação sobre os meios, os recursos e as atividades; já o quadro 6 mostra os elementos carac- terísticos da eficácia focados no atingimento dos objetivos e geração de resultados. Quadro 5 Eficiência Ênfase nos meios Resolver problemas Salvaguardar os recursos Cumprir tarefas e obrigações Rezar Quadro 6 Eficácia Ênfase nos resultados Atingir objetivos Otimizar a utilização dos recursos Obter resultados Ganhar o céu A pequena história a seguir ilustra o que seria eficácia. Um padre morre e chega ao céu. São Pedro, ao recepcioná-lo e identificá- -lo, dá a notícia de que devido a sua vida de dedicação, exemplo, disciplina e pregando a palavra de Deus, foi designado para o nível 4 do Céu (acima deste somente o nível mais elevado, o 5). O padre agradece e segue feliz adentrando o céu, mas eis que ouve uma voz familiar chegando (e, curioso, para e fica ouvindo). O homem se identifica para São Pedro, que exulta de felicidade dizendo-lhe que estava sendo ansiosamente aguardado e iria para o nível mais alto – número 5. O padre, indignado, retorna e, desculpando-se com São Pedro, diz que não é de ficar ouvindo conversas de outras pessoas, mas aconteceu e diz que devia haver algum engano, pois aquele homem ele já conhecia há muito tempo, vivia na região da sua paróquia e era um motorista de táxi impetuoso, sempre dirigindo em velocidade e perigosamente. São Pedro então lhe respondeu que este era o motivo – as pessoas quando entravam em seu carro, tamanho era o desespero e aflição, que sempre rezavamcom muita fé e sem dúvida aquele homem tinha sido muito eficaz na propagação da genuína fé! Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 68 É importante lembrar, pela oportunidade da história, que o ambiente or- ganizacional e a sociedade, de modo geral, olham e cobram a eficácia em vários âmbitos e níveis de responsabilidade. E para concluir esse tópico, reforçaremos o aspecto efetividade, citado an- teriormente. Quadro 7 Efetividade = eficácia + eficiência Dialética estratégia versus operações (eficácia versus eficiência) A dialética estratégia versus operações nos faz pensar sobre as possíveis combinações dos conceitos de eficácia (dimensão estratégica) e eficiência (dimen- são operacional), fazendo-os com alto e baixo desempenho, gerando, consequen- temente, quatro possíveis combinações (figura 4), conforme temos a seguir: Ineficaz Eficaz O pe ra ci on al Eficiente Falência (rapidamente) Desenvolvimento Ineficiente Falência (lentamente) Sobrevivência Figura 4. Eficácia estratégica e eficiência operacional Essa combinação ilustra o melhor do mundo, alinhamento perfeito das di- mensões estratégica e operacional. É o sucesso, o êxito pleno. Eficácia estratégica e ineficiência operacional Nessa combinação, apesar de as decisões estratégicas corretas, o caminho do sucesso sendo apontado com maestria, as ações não são levadas adiante ade- quadamente. A empresa sobrevive ou prospera lentamente. Falta a excelência ope- racional para dar sustentação ao processo estratégico. Ineficácia estratégica e eficiência operacional Rumos errados e implementação perfeita das decisões erradas. Aqui a mor- te é imediata, o fracasso chega sem dar aviso. É a falência rápida. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 69 Ineficácia estratégica e ineficiência operacional É similar ao tópico anterior, mas devido à ineficácia em implantar decisões erradas, a falência poderá chegar um pouco mais devagar, mas chega. Vejamos uma pequena história para ilustrar os conceitos que estamos abor- dando. Uma empresa em dificuldades já havia sido líder de mercado e vinha caindo, e estava em terceiro lugar em seu ambiente de negócios. A área comer- cial pressionava e reclamava principalmente sobre dois aspectos – o preço, que era o mais alto entre os três concorrentes e a comissão da equipe de vendas, que estava inadequada e fora do padrão do mercado. A alta direção tomou uma medida súbita – colocou o preço como o menor entre os três concorrentes e au- mentou temporariamente a comissão de vendas, para ver o impacto. As áreas industrial e financeira, preocupadas com a decisão, imediatamente formaram uma comissão e duas semanas depois concluíram que o preço de venda estava abaixo do custo real de produção; dessa forma, quanto mais vendesse maior seria o prejuízo! A sorte foi que, apesar das novas facilidades, a equipe comer- cial, por ser ineficiente, evitou um grande fracasso pela decisão ineficaz. Conclusão: se os vendedores fossem eficientes ao implementar as vendas, a empresa tinha apresentado um grande prejuízo (ineficácia). Matriz de análise de oportunidades A matriz de análise de oportunidades trata da classificação dos diversos cená- rios, eventos ou outros aspectos detectados e percebidos como possíveis oportuni- dades (ou que também possam ter essa perspectiva) segundo graus de probabilidade (alto, médio, baixo). A partir daí fica documentada a percepção do grupo que está conduzindo o planejamento estratégico quanto à caracterização desses eventos e a forma e o momento oportuno de utilizar ao longo do processo de planejamento. A figura 5 mostra as diversas combinações. Dessa forma, após pesquisa, brainstorming, percepções do grupo e outros formatos de coleta e consolidação de informações, é possível classificar as diversas possibilidades considerando- -se simultaneamente os aspectos probabilidade e impacto positivo. Os elementos ou situações que se encontram nos quadrantes que representam probabilidade de ocorrência mais alta, juntamente com impacto mais alto no negócio, devem ser priorizados no processo de planejamento. Probabilidade de ocorrência Alta Média Baixa Efeito sobre o negócio (impacto) Alto Médio Baixo Figura 5. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 70 Matriz de análise de ameaças É semelhante, em termos estruturais, ao citado no item anterior, só que para as ameaças. A figura 5 tem interpretação similar, só que para destacar e priorizar os aspectos ou eventos que representam maiores ameaças (probabilidade junto com impacto), orientando ações de reação ou superação das dificuldades ou riscos percebidos. Analise o texto a seguir e procure associá-lo aos conceitos de eficiência e eficácia. A gazela e o leão (FAUSTINO VICENTE – Adaptado) Toda manhã, na África, uma gazela desperta. Sabe que deverá correr mais depressa do que o leão, ou será morta. Toda manhã, na África, um leão desperta. Sabe que deverá correr mais do que a gazela, ou morrerá de fome. Quando o sol surge, não importa se você é um leão ou uma gazela: é melhor que comece a correr. Individualmente 1. Quais são os tipos de necessidades humanas mais característicos do mercado em que você atua e o que fazer para atendê-las de modo mais efetivo? Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 71 Em grupo 2. Discussão sobre as necessidades humanas e como influenciam as decisões estratégicas. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Conceitos para refletir I 72 Leitura do livro: DRUCKER, Peter F. Administrando para o Futuro: os anos 90 e a virada do século. São Paulo: Pioneira, 1992. 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