definido no artigo 165 da Constituição Federal, este campo no Sidor é composto de dois dígitos: XX e será associado à ação orçamentária da seguinte maneira: 10 – Orçamento fiscal; 20 – Orçamento da seguridade social; 30 – Orçamento de investimento. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 170 Despesa pública Identificador de uso (Iduso): o identificador de uso tem a finalidade de completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais pelos seguintes dígitos, que antecederão o código das fontes de recursos. 0 – Recursos não destinados à contrapartida; 1 – Contrapartida (BIRD); 2 – Contrapartida – (BID); 3 – Outras contrapartidas. Identificador de operações de crédito (Idoc): o Idoc identifica a opera- ção de crédito contratual a que se refere a ação, quando financiada mediante empréstimos de recursos com ou sem contrapartida de recursos da União. O número do Idoc também será usado nas ações de pagamento de amorti- zação, juros e encargos contratuais para identificar a operação de crédito a que se referem os pagamentos. Os gastos serão programados com o identificador de uso igual a 1, 2 ou 3 e o Idoc, com o número da respectiva operação de crédito. Quando os re- cursos não forem de contrapartida nem de operações de crédito, o Idoc será 9999. Identificador de resultado primário: tem como finalidade auxiliar a apu- ração do resultado primário constante da LDO, devendo constar no projeto de LOA e na respectiva lei em todos os grupos de natureza de despesa, iden- tificando, de acordo com a metodologia das necessidades de financiamento, cujo demonstrativo estará anexo à LOA, as despesas de natureza: 0 – financeira; 1– primária obrigatória, ou seja, aquelas que constituem obrigações cons- titucionais obrigatórias ou legais da União e constem da seção I do Anexo IV da LDO; 2 – primária discricionária, consideradas aquelas não incluídas no anexo específico citado no item anterior; 3 – Outras despesas constantes do orçamento de investimento que não impactam no resultado primário. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Despesa pública 171 Estágios das despesas Apesar de haver certa divergência quanto aos estágios da despesa, a dou- trina majoritária entende que a legislação prevê quatro estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento. Sendo estágios da execução: empenho, liquidação e pagamento. Empenho Liquidação Pagamento Estágios Fixação Execução Fixação É o valor total das despesas previstas na LOA e devem, em atendimento ao princípio do equilíbrio, ser iguais à receita. Esse estágio das despesas é registrado na contabilidade por meio do documento denominado “Nota de Dotação – ND”, automaticamente pelo Siaf. A fixação não é um estágio da execução das despesas, somente após a aprovação e publicação da LOA com seu consequente registro no Siaf é que se pode dar início à execução (empenho, liquidação e pagamento). Empenho O empenho é ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condi- ção (Lei 4.320/64, art. 58). O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Esse primeiro es- tágio é realizado no Siaf utilizando o documento “Nota de Empenho – NE”, que registra o comprometimento da despesa orçamentária. Na NE constará o nome do credor, a especificação e importância da despesa, bem como os demais dados necessários ao controle da execução e da programação financeira. O artigo 59, §2.º, da Lei 4.320/64, veda aos municípios a assunção de compromissos financeiros para execução depois do término do mandato do prefeito. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 172 Despesa pública O empenho deve ser prévio, ou seja, antecede a realização da despesa e está restrito aos créditos orçamentários, consignados na LOA ou em créditos adicionais. Fique ligado: não pode haver, em hipótese alguma, despesa sem prévio empenho. A obrigatoriedade do empenho prévio é assunto que causa bastante con- fusão, isso porque a Lei 4.320/64 prevê que é vedada a realização de despesa sem prévio empenho, e em outra parte dispensa a emissão da nota de em- penho, em casos especiais. Para tentar clarear as coisas precisamos distinguir o “empenho” da “nota de empenho”. Na verdade o empenho é apenas a autorização da autoridade competente, por meio de uma assinatura, ordenando, em nome do Estado, a assunção de uma obrigação. A nota de empenho é um documento, que na União se encontra no Sis- tema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siaf ), que será impresso após o empenho da despesa. Resumindo, a nota de empenho é a materialização do empenho. No caso do empenho é terminantemente vedada a sua dispensa, no caso da nota de empenho existe previsão legal de dispensa de sua emissão em casos espe- ciais como: despesas relativas a pessoal e encargos; � contribuição para o Pasep; � amortização, juros e serviços de empréstimos e financiamentos obtidos; � despesas relativas a consumo de água, energia elétrica, utilização de � serviços de telefone, postais e telégrafos e outros que vierem a ser de- finidos por atos normativos próprios; despesas provenientes de transferências por força de mandamento � das Constituições: Federal; Estaduais e de Lei Orgânicas de Municípios, e da execução de convênios, acordos e ajustes, entre entidades de di- reito privado das quais façam parte como acionista. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Despesa pública 173 Modalidade de empenho: o empenho possui três modalidades: ordiná- rio, estimativo e global3. Empenho ordinário: para atender despesas cujo montante é previamen- te conhecido e cujo pagamento ocorrerá de uma só vez. É a modalidade de empenho mais utilizada. Empenho estimativo: é utilizado para atender despesas cujo montante não se possa determinar e que possua base periódica não homogênea. Exem- plo: serviço de água, energia elétrica e telefone; gratificações, diárias etc. Empenho global: para atender despesas com montante previamente conhecido, tais como as contratuais, mas que terão o pagamento parcelado. Exemplo: aluguéis, salários, proventos, contrato de prestação de serviços por terceiros etc. Atenção: será feito por estimativa o empenho cujo montante não se possa determinar, e é permitido o empenho global de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. Liquidação Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito (Lei 4.320/64, art. 63). Essa verificação tem por fim apurar: a origem e o objeto do que se deve pagar; � a importância exata a pagar; � a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. � A liquidação é o segundo estágio da execução da despesa e se caracteriza pela entrega da obra, bens, materiais ou serviços, objeto do contrato com o fornecedor. Essa liquidação é realizada formalmente no Siaf, através da Nota de Lançamento (NL). O termo “liquidação”, na área pública, é para representar as atividades de preparação de uma despesa para pagamento. 3 O artigo 60, da Lei 4.320/64, estabelece as modalidades de empenho. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 174 Despesa pública Pagamentos Segundo a lei de finanças4, o pagamento da despesa somente será