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Odontologia legal - Tanatologia Forense

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Tanatologia Forense
“Estudo da morte”
Do grego, thanatos: morte, logia: ciência
Morte é a extinção do sujeito de direito (conceito jurídico). É o processo de cessação dos fenômenos vitais: respiração, circulação e função cerebral de modo definitivo, total ou permanente (conceito médico)
Morte encefálica
Resolução do CFM 1.480/1997 do critério morte cardiorrespiratória para morte encefálica. Diagnóstico: causa conhecida, processo irreversível, clinicamente justificado por coma aperceptivo, ausência de atividade motora supra-espinhal e apnéia, e complemento por exames que comprovam a ausência de atividade elétrica cerebral, ou ausência das atividades metabólicas cerebrais ou ausência de perfusão sanguínea cerebral.
Transplante de órgãos
No Brasil, há cerca de 70% de perda desses órgãos
Termo de declaração de morte encefálica não existe “atestado de óbito”, como há a declaração de nascimento que origina a certidão de nascimento, há a declaração de óbito, a qual dará origem a certidão de óbito, através da declaração de óbito emitida pelo médico
Classificação odonto legal da morte 
Quanto a realidade real ou aparente
Quanto a rapidez rápida ou lenta
Quanto a causa natural, violenta ou duvidosa
Morte real
 É a verdadeira morte, ocorrendo paralisação total, definitiva, permanente e irreversível de todos os fenômenos e atividades vitais. Não é um fato único, instantâneo, é o resultado de uma série de processos.
Morte aparente
 Estado em que o indivíduo está aparentemente morto. 
Temperatura cai sensivelmente
Rebaixamento das funções cardiorrespiratórias 
Sinais vitais baixos
Tríade de Thoinot 
Morte rápida
 Aquela que não há tempo hábil para realizar o tratamento adequado. Também chamada de morte súbita, inesperada.
Morte lenta
 Aquela que vem de maneira lenta, esperada, devagar. A culminação de um estado mórbido.
Morte natural
 Consequência de um processo esperado, previsível. Envelhecimento natural, perda das funções ou corolário de uma doença interna aguda ou crônica.
Morte violenta
 Homicídios, suicídios e acidentes. É obrigatória a realização de estudo e análise médico-juricial em caso de mortes violentas.
Morte duvidosa
Sem assistência quando ninguém estava presente no momento do óbito que pudesse procurar um auxílio. Exame necroscópico, com exame toxicológico das vísceras para determinar a causa mortis 
Suspeita mesmo com testemunhas e alguns dados de orientação diagnóstica, ela se mostra duvidosa quanto a sua origem. Exame necroscópico deve ser precedido da colheita de informações: anamnese familiar, vestes, documentos
Súbita é a morte de um indivíduo em bom estado de saúde aparente, com agonia breve, com caráter inopinado, que desperta dúvidas médico-legais 
Conceitos importantes
Biópsia retirada de um fragmento de um ser vivo para determinação de um diagnóstico
Autópsia exame de si próprio 
Autópsia médico-legal na necropsia exame minucioso de um cadáver, realizado por especialistas qualificados, para determinar momento e causa da morte
Autópsia médico-legal
 Deve ser sempre completa, isto é, compreende a abertura da caixa craniana, caixa torácica cavidade abdominal, por vezes a exploração de outro segmento corporal, desde que isso possa contribuir para o completo esclarecimento dos objetivos da autópsia.
Facultativa morte de causa interna – natural
Obrigatória morte de causa externa – violenta
Código penal – artigo 162 a autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo que a declaração nos forneceu 
Causas da morte
Médica 
Maria Clara Tabosa
Anemia aguda 
Asfixia
Assistolia/fibrilação ventricular
Choque metabólico
Choque toxêmico 
Choque traumático – neurogênico 
Depressão ou paralisia respiratória 
Envenenamento 
Síncope 
Traumatismo cranioencefálico 
Jurídica 
Homicídio morte em mãos de outro de forma dolorosa, culposa ou intencional 
Suicídio é a morte do indivíduo por lesões que se auto-inflinge com o objetivo de por fim a vida
Acidente morte por causa fortuitas e imprevisíveis 
Provas de cessação da vida
O diagnóstico de morte se baseia no estado de uma série de fenômenos objetivos que ocorrem no corpo
Sinais de cessação de vida sinais abióticos
Provas circulatórias parada circulatória
Provas respiratórias parada respiratória
Provas químicas substâncias da decomposição cadavérica 
Provas dinamoscópicas ausência de movimentos em resposta dinâmica de defesa
Provas neurológicas ausência de atividade cerebral
Sinais positivos da morte fenômenos cadavéricos
São os sinais positivos de morte, que se dividem didaticamente em:
Imediatos abióticos imediatos
Consecutivos abióticos mediatos
Algor, Rigor, Livor
Desidratação cadavérica perda de peso devido a perda de água
De 10-18kg/dia/adulto
De 8kg/dia/ feto e recém-nascido
Esfriamento de cadáver perda de calor
De 0,5 a 1,5° por hora 
O corpo equilibra a temperatura com o ambiente
Livores hipostáricos manchas arroxeadas, que resultam de sangue acumulado
De 2 a 3 horas após a morte
Deposição do sangue nas regiões de declive por força de gravidade
 
Rigidez cadavérica flacidez inicial é substituída 
De 2 a 3 horas após a morte, chegando ao máximo depois de 8 horas e desaparecendo após 24 horas
Transformativos 
Destrutivos
Autólise a nível celular ocorre o aumento da permeabilidade das membranas celulares aumentando a liberação de enzimas
Maceração amolecimento do tecidos quando o corpo fica submerso em meio líquido; pele esbranquiçada, friável, epiderme se solta da derme; derme se apresenta vermelha e brilhante 
Putrefação processo de decomposição da matéria orgânica por bactérias e pela fauna macroscópica. É dividida em 4 fases:
Acelerantes ambiente quente, ambiente úmido, obesidade, quadros sépticos, feridas extensas, roturas viscerais
Retardantes ambiente frio, ambiente seco, corpo desnudo, antibioticoterapia, envenenamento, embalsamento
Conservadores 
Corificação cadáveres inumados em urnas de zinco hermeticamente fechadas; inibe os fatores transformadores; pele com aparência de couro curtido recentemente 
Petrifação infiltração dos tecidos do cadáver por sais de cálcio; ocorre nos fetos mortos e retidos na cavidade uterina (litopédios – crianças de pedra)
Mumificação desidratação intensa; meio quente, arejado e seco; mais comum em pessoas magras e crianças; peso e volume reduzidos; pele ondulada, endurecida, parda, aspecto de couro; pode acontecer em alguns segmentos do corpo; favorece o exame por preservar lesões e valoriza identificações
Saponificação transformação do cadáver em substância de consistência mole e quebradiça; tonalidade amarelo escuro, com aparência de cera ou sabão; não é um processo inicial, surgindo depois de um estágio avançado de putrefação; mais comum em pequenas áreas ou segmentos limitados por adipocera; surge na 6ª semana depois da morte; área estagnada e solo argiloso e úmido de difícil acesso ao ar atmosférico 
Cronotanatognose – quadro de relação tempo/fenômeno após o óbito
	1 hora
	Aparecem os primeiros livores (pescoço); temperatura retal: 3 a 5°C; mandíbula semi-rígida
	2 horas
	Rigidez da mandíbula; temperatura retal: 25°C; esfriamento das mãos, pés e face
	3 horas
	Livores bem visíveis; rigidez nos músculos superiores; temperatura retal:35,5°C
	4 horas
	Rigidez dos membros inferiores; temperatura retal: 34°C
	6 a 8 horas
	Rigidez de todo o corpo; temperatura retal: 32°C
	8 a 12 horas
	Fixação dos livores nas partes declives, não mais desaparecendo à pressão nem às mudanças de posição do cadáver, presença precoce de larvas vivas e moscas sobre o cadáver 
	14 horas
	Livores com a máxima extensão e intensidade, mancha verde na fossa ilíaca direita (em tempo quente)
	15 a 24horas
	Temperatura igual ao do ambiente, hipóstases pulmonares
	24 horas
	Perda da transparência corpórea (estando o olho fechado), coloração verde escura na face inferior do fígado e no baço, presença de transudato com hemoglobina na cavidade abdominal
	24 a 36 horas
	Presença de transudato com hemoglobina na cavidade pleural
	48 horas
	Início do desaparecimento da rigidez
	3 dias
	Desaparecimento da rigidez; mancha verde atingindo 70% do abdome
	4 dias
	Mancha verde se espalhando por todo tórax e abdome
	6 dias
	Presença precoce de casuios (pupários)
	6 a 8 dias
	Cadáver totalmente tomado com manchas verdes
	7 a 8 dias
	Início da putrefação gasosa, fetidez intensa, rede venosa superficial (circulação póstuma de Brouardel), presença precoce de casuios (pupários)
	10 a 14 dias
	Presença de crisálias 
	15 a 30 dias
	Desprendimento da epiderme, inchação generalizada com protrusão dos globos oculares e língua, aparecimento de putrecina e cadaverina à pesquisa laboratorial
	1 a 2 meses
	Início da saponificação da gordura da substância (transformação em adipocera)
	1 a 6 meses
	Coloquiação de órgãos e tecidos, fauna sarco fagiana 
	2 a 4 meses
	Final da saponificação da gordura subcutânea
	3 meses
	 Início da saponificação dos músculos 
	3 a 9 meses
	Fauna dermestiana 
	4 a 6 meses
	Cor parda esverdeada do cadáver 
	10 meses 
	Fauna sifiliana e acariana, aparecimento de fungos
	2 a 3 anos
	Desaparecimento das partes moles (esqueletização)
	3 anos
	Desaparecimento dos ligamentos e cartilagens

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