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Ortodontia - Desenvolvimento craniofacial

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Maria Clara Tabosa
Desenvolvimento craniofacial
Crescimento resultado dos processos biológicos, através dos quais a matéria viva torna-se maior (aspecto quantitativo do desenvolvimento biológico)
Desenvolvimento conjunto de processos biológicos desde a fecundação até a idade adulta. É o progresso feito pelo organismo para atingir a maturidade
Maturação estabilização do estágio adulto obtido por meio do crescimento e desenvolvimento (nas meninas a maturidade é mais precoce que nos meninos 
Ossificação o osso se forma de dois modos básicos, dependendo do local de origem. A ossificação pode ser endocondral ou intramembranosa 
Ossificação intramembranosa
 A formação óssea membranosa ocorre a partir de uma condensação do tecido conjuntivo membranoso, na qual as células mesenquimais diferenciam-se em odontoblastos que produzem a substância óssea extracelular, denominada matriz osteóide. Essa matriz sofre calcificação, resultado no tecido ósseo.
 Os tecidos ósseos depositados pelo periósteo, endósteo, suturas e pela membrana periodontal são de formação intramembranosa.
Ossificação endocondral
 Na ossificação endocondral, inicialmente, forma-se uma cartilagem, um espaço para a peça óssea, que posteriormente será destruída e substituída pelo osso. Em algumas áreas, essa cartilagem persiste, sendo denominada cartilagem de crescimento. Essas áreas são responsáveis pelo crescimento em comprimento dos ossos longos, são as regiões entre epífises e diáfises.
 Na formação do tecido cartilaginoso, há inicialmente um crescimento intersticial, em que as células mesenquimais se diferenciam em condroblastos. Essas células começam a produzir uma matriz cartilágenea de tal forma que ficarão, posteriormente, aprisionados nessa matriz, dando origem aos condrócitos.
 O crescimento intersticial ocorre quase somente na fase inicial de crescimento da cartilagem, porque depois o crescimento é marjoritariamente aposicional (a partir dos condroblastos que se diferenciam em pericôndrio). Essa cartilagem posteriormente é invadida e substituída por tecido ósseo, denominado osso endocondral.
Mecanismos de crescimento ósseo 
 Todo crescimento ósseo se dá pelos mecanismos básicos de remodelação, deslizamento e deslocamento.
Remodelação óssea 
 Consiste nos processos especializados de APOSIÇÃO óssea em um lado da superfície cortical (onde há a direção do crescimento) e de REABSORÇÃO óssea na superfície oposta, promovida pelos osteoblastos e osteoclastos, respectivamente.
 É um processo seletivo de aposição (osteoblasto) e reabsorção (osteoclasto) que permite alterações na forma, nas dimensões e nas proporções de cada região óssea.
Deslizamento 
 É o movimento gradual da área de crescimento ósseo provocado pela combinação da aposição e reabsorção óssea (remodelação óssea) crescimento real.
 Movimento de crescimento na superfície óssea em função da aposição e reabsorção.
Deslocamento 
 É o movimento de todo o osso como uma unidade crescimento aparente.
Deslocamento primário o osso desloca-se as custas do seu próprio crescimento
Deslocamento secundário é provocado pelo crescimento de outras estruturas ósseas adjacentes
 Conforme o osso cresce, por deposição óssea em uma determinada direção, ele se desloca no sentido contrário, afastando-se do osso vizinho. Esse deslocamento recebe o nome de deslocamento primário. Já o deslocamento secundário, se dá pelo crescimento de outros ossos relacionados com esse osso direta e indiretamente. 
Ex: o crescimento em direção anterior da fase craniana e do lobo temporal do cérebro desloca a maxila para frente e para baixo
Ex: mandíbula se desloca para frente devido ao crescimento da cartilagem própria deslocamento primário 
Teorias do crescimento craniofacial 
Hunter 
HUNTER 
 TEORIA DA APOSIÇÃO/ REMODELAÇÃO Foi o primeiro a propor uma teoria para o crescimento craniofacial (1771), baseando-se na capacidade de remodelação óssea. Suas idéias surgiram quando ao avaliar a porção distal dos segundos molares decíduos em uma mandíbula infantil, supôs que para que houvesse espaço necessário para os dentes permanentes era preciso que a mandíbula crescesse em direção posterior a reabsorção da borda anterior e aposição óssea da borda posterior do ramo ascendente, e que isso contribuiria para o irrompimento dos dentes permanentes.
Sicher 
SICHER 
 TEORIA DA DOMINÂNCIA SUTURAL Em 1974, deduziu, após muitos estudos histológicos, que as suturas eram responsáveis pela maior parte do crescimento facial. Ele observou que a proliferação do tecido conjuntivo nas suturas resultava no afastamento dos ossos, deslocando-os na direção de menor resistência.
Scott 
SCOTT 
 TEORIA DO SEPTO CARTILAGINOSO O deslocamento para baixo e para frente da face era primariamente atribuído aos ossos da base do crânio, vômer e septo nasal (que possuem ossificação endocondral). Segundo Scott, a cartilagem é um tecido mais tolerante à pressão que as suturas vascularizadas e sensíveis, e, provavelmente, possui uma capacidade maior de empurrar expansivamente o complexo nasomaxilar para baixo e para frente.
Enlow 
ENLOW 
 TEORIA DO CRESCIMENTO EM “V” O crescimento sobre os extremos livres aumenta a distância entre eles mesmos. Muitos ossos faciais ou cranianos, ou partes de ossos têm uma configuração em forma de V. A deposição óssea ocorre no lado interno do V e a reabsorção acontece na superfície externa. A direção do movimento está voltada para a extremidade ampla do V.
Moss
MOSS 
 TEORIA DA MATRIZ FUNCIONAL A determinação do crescimento ósseo cartilaginoso é uma resposta ao crescimento intrínseco das estruturas associadas, chamadas por ele de matrizes funcionais. Para ele, cada componente da matriz funcional desempenha uma função necessária, como respiração, mastigação, fala, enquanto os tecidos esqueléticos apóiam e protegem essas matrizes.
Métodos de estudo do crescimento ósseo craniofacial
Histológico 
Antropológico 
Cefalométrico 
Superposição 
Implantes
Crescimento da abóbada e base cranianas
Abóbada fontanelas e suturas
Base sincondrose 
 À medida que o cérebro aumenta em volume, os ossos que o recobrem se expandem em altura, largura e profundidade. Esses ossos são auxiliados pelo sistema de suturas, fontanelas e alongamento das sincondroses, além do próprio processo de deslizamento da remodelação óssea (aposição na superfície externa e reabsorção na interna). O deslocamento primário gera tensão nas suturas, que resulta em neoformação óssea nos bordos dos ossos articulados.
Crescimento do complexo nasomaxilar
Remodelação
Suturas frontomaxilar, zigomáticomaxilar, pterigomaxilar, zigomaticotemporal
Cartilaginoso cápsula nasal
Matriz funcional globo ocular, língua, músculos, dentes
Crescimento em V face externa do arco maxilar sofre reabsorção e interna aposição 
Reabsorção porção nasal do processo palatino da maxila; superfície maxilar anterior ao processo zigomático; seio maxilar
Aposição tuberosidade da maxila; processo alveolar; região da espinha nasal anterior; suturas; superfície bucal do palato
Obs: a região do túber é a área de maior crescimento na maxila (promove o alongamento do arco na porção posterior, proporcionando, assim, espaço para o irrompimento dos molares)
 A maxila é um osso de origem exclusivamente intramembranosa que cresce por aposição e reabsorção óssea em quase toda a sua extensão e por proliferação de tecido conjuntivo nas suturas que a conectam ao crânio e base do crânio.
Obs: os músculos inseridos na maxila influenciam na forma final desse osso.
Crescimento mandibular
Remodelação
Sutura sínfise 
Endocondral côndilo 
Matriz funcional língua, dentes, músculos 
Crescimento em V
Reabsorção bordo anterior do ramo; região supramentoniana
Aposição côndilo; bordo posterior do ramo; processo alveolar; bordo inferior do corpo; chanfradurasigmóide; processo corononóide; mento
 A mandíbula é uma peça esquelética imóvel de ossificação mista:
Endocondral côndilos 
Intramembranosa corpo e ramo
 Os ramos e o corpo mandibular sofrem reabsorção nas suas paredes anteriores e aposição óssea nas paredes posteriores, promovendo um deslizamento na direção posterior, proporcionando espaço para irrupção dos dentes permanentes posteriores.
Predição de crescimento
Idade cronológica 
Idade biológica morfológica, esquelética (óssea), circumpuberal, dentária, mental
Métodos para determinação da idade óssea 
Idade carpal
 Radiografia de mão e punho ou radiografia carpal exame indicado para diagnóstico da maturidade óssea da criança (idade fisiológica) em relação a sua idade cronológica (idade em anos). Assim, o CD tem condições de avaliar se o crescimento ósseo da criança está finalizado ou ainda irá continuar por algum tempo. Nesse exame, são avaliados os ossos da mão da criança.
Vértebras cervicais
 Cefalometria observar mudanças no tamanho e na forma das vértebras cervicais em telerradiografias cranianas em norma lateral, podendo determinar, assim, o surto de crescimento puberal.
Obs: em ortodontia, a determinação da maturação óssea é um fator relevante no planejamento dos tratamentos.

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