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CIÊNCIA DOS MATERIAIS AULA 3 – Estrutura Cristalina Profa. MSc. Daiana Maria Furlan dmfurlan@anhembi.br 2019 - 1 ESTRUTURAS CRISTALINAS Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão diretamente relacionadas à sua estrutura cristalina, ou seja, ao arranjo estrutural de seus átomos no material. Mg Maior fragilidade que Au Au Maior ductibilidade que Mg PEBD % cristalinidade = 45 – 74% Módulo de elasticidade 0,17-0,28 GPa PEAD % cristalinidade = 65 – 95% Módulo de elasticidade 1,06-1,09 GPa Estruturas dos Materiais CRISTALINOS Agrupamento ordenado de átomos sobre longas distâncias atômicas (~100 nm) Exemplos: Metais Polímero Semicristalino PPBD Estruturas dos Materiais CRISTALINOS Quartzo – SiO2 cristalina Si O Visão em 3D do quartzo Material cerâmico cristalino Titanato de bário (BaTiO3) Estruturas dos Materiais FORMAS CRISTALINAS DO CARBONO Grafite Diamante Grafeno Estruturas dos Materiais NÃO CRISTALINO (AMORFO) Agrupamento desordenado de átomos – não existe ordem de longo alcance na disposição dos átomos Polímero amorfo Baquelite® Vidro – SiO2 amorfa Estruturas dos Materiais Quartzo Vidro SiO2 cristalina e SiO2 amorfa Diferentes arranjos do SiO2 Estruturas dos Materiais Gás Líquido Sólido amorfo Sólido Cristalino Figura – Distribuição dos átomos no espaço Estruturas Cristalinas CÉLULA UNITÁRIA – menor arranjo de átomos que pode representar um sólido cristalino e que conserva as suas propriedades originais. A célula unitária é escolhida para representar a simetria da estrutura cristalina Figura – Representação de uma estrutura cristalina cúbica de face centrada por (a) agregado de muitos átomos e (b) célula unitária com esferas reduzidas. Estruturas Cristalinas Célula Unitária e a Forma dos Cristais CÉLULA UNITÁRIA Como a rede cristalina tem uma estrutura repetitiva, é possível descrevê-la a partir de uma estrutura básica, como um “tijolo”, que é repetida por todo o espaço. Qual é a CÉLULA UNITÁRIA desse material cristalino? Células não unitárias Célula Unitária Menor “tijolo” que repetido reproduz a rede cristalina Os 7 Sistemas Cristalinos As 14 Redes de Bravais 30% dos materiais cristalinos 50% dos materiais cristalinos Estruturas Cristalinas dos Metais Estrutura Cristalina Demonstração Metais CS (Cúbica Simples) Po, Mn CCC (Cúbica de Corpo Centrado) Ba, Cr, Cs, Li, K, Mo, Na, Ta, Rb CFC (Cúbica de Fase Centrada) Ag, Al, Au, Ca, Cu, Pb, Pd, Pt HC (Hexagonal Compacta) Be, Cd, Mg, Os, Ru, Zn, Co CÉLULAS UNITÁRIAS Formas de Representação ÁTOMOS NO INTERIOR DA CÉLULA POSIÇÃO DOS ÁTOMOS (Reticulado – Esferas reduzidas) ARRANJO ATÔMICO (Modelo de Esferas) CS CCC CFC Fator de empacotamento atômico (FEA) FEA = volume dos átomos em uma célula unitária volume total da célula unitária FEA = n .VA VC.U. n = número de átomos que efetivamente ocupam a célula VA = volume do átomos (volume da esfera) R = Raio do átomo Vc.u. = Volume da célula unitária CRISTAIS CÚBICOS SIMPLES (CS) N° átomos dentro da célula unitária: 1/8 de átomo em cada vértice do cubo cai dentro da célula unitária Parâmetro de rede a 1/8 de átomo a a 1/8 x 8 átomos = 1 átomo dentro da célula Número de átomos por célula unitária: 1 aCS = 2R Parâmetro de rede: cubo comprimento da aresta (a) No sistema cúbico simples os átomos se tocam na face do cubo Relação entre o raio do átomo (R) e o parâmetro de rede (a): CRISTAIS CÚBICOS SIMPLES (CS) Fator de empacotamento atômico: FEA = n .VA VC n = n° átomos = 1 VA = Volume átomo = Vc.u. = Volume do cubo = a3 = (2R)3 = 8 R3 FEA = 1 . 8 R3 Baixo empacotamento atômico metais não cristalizam como CS devido à baixa densidade atômica. Só ocorre para Polônio (Po) e Manganês (Mn) FEA = 52% apenas da célula apenas está ocupado 3 4 3R 3 4 3R = 0,52 CRISTAIS CÚBICOS SIMPLES (CS) Número de átomos por célula unitária: ???? 1/8 de átomo 1/2 átomo R a N° átomos dentro da célula unitária: CRISTAIS CÚBICOS DE FACE CENTRADA (CFC) CRISTAIS CÚBICOS DE FACE CENTRADA (CFC) Parâmetro de rede: cubo comprimento da aresta (a) No sistema CFC os átomos se tocam na face do cubo a Diagonal da face ???????a CFC CRISTAIS CÚBICOS DE FACE CENTRADA (CFC) Fator de empacotamento atômico: FEA = n .VA VC n = n° átomos = ? VA = Volume átomo = Vc = Volume do cubo = ? ? ???????ccFFEA Empacotamento atômico denso (maior possível para empilhar as esferas em 3D) metais que cristalizam como CFC: Al, Cu, Au, Ag, Pb, Ca, Ni Demonstrar o fator de empacotamento para a célula cúbica CFC e CCC. Atividade Trazer resolvido para a próxima aula!!! Dois alunos serão sorteados para resolver e comentar sobre essa questão (vale pontuação!) 5 Sistemas Cúbicos - Resumo Sistema Cristalino N° átomos FEA CS 1 0,52 CCC 2 0,68 CFC 4 0,74 5 Polimorfismo ou Alotropia Polimorfismo: existência de mais de uma estrutura cristalina para um dado metal ou ametal. A estrutura cristalina que prevalece depende tanto da temperatura quanto da pressão externa. Formas alotrópicas do carbono: Fulereno, C60 5 Polimorfismo ou Alotropia Formas alotrópicas do ferro: 5 Polimorfismo ou Alotropia Formas alotrópicas do Estanho: Resfriamento 13,2 0C Semelhante a estrutura do diamante 5 Polimorfismo ou Alotropia 5 Monocristais e Policristais Monocristais Arranjo atômico periódico e regular se estende por toda a amostra sem interrupção; Todas as células unitárias tem a mesma orientação Policristais Crescimento difícil exige ambiente controlado Formado por cristais muitos pequenos ou grãos; Maioria dos sólidos cristalinos; Células unitárias em cada grãos possuem diferentes orientações 5 Monocristais e Policristais Ferro fundido Aço 1045 Contornos de grãos vistos em microscópio Micrografias de policristais obtidas em microscópio Monocristal de calcita, CaCO3 5 ANISOTROPIA / ISOTROPIA Algumas propriedades físicas dos monocristais de algumas substâncias dependem da direção cristalográfica na qual a medição é feita ANISOTROPIA Módulo de alguns metais em várias orientações cristalográficas Substância Isotrópica 5 - CALLISTER Jr., W. D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. São Paulo, LTC. 2008. - VLACK, V. Princípio de Ciência e Tecnologia dos Materiais. Rio de Janeiro, Campus, 2002. http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/milan/materiais/Aul a_03___Estrutura_solidos_cristalinos_parte_2.pdf - acesso em 28.08.2018 Referências Bibliográficas
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