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DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA

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DAP 
A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) é um processo patológico gradual, sintomático ou assintomático, de redução do fluxo sanguíneo. Em consequência desse processo, menos oxigênio é levado aos tecidos, podendo-se chegar até a oclusão de artérias dos membros inferiores. 
Estima-se que a prevalência da DAOP seja em torno de 15 a 20% na população acima de 55 anos e que cerca de 70 a 80% dos pacientes com a doença sejam assintomáticos.
Sua manifestação mais frequente é a claudicação intermitente, que é caracterizada por desconforto muscular no membro inferior, produzido pelo exercício, e que alivia com o repouso. Deve-se ao fato de a estenose arterial impedir o aumento do suprimento de sangue e oxigénio ao músculo nas situações em que o esforço induz a necessidade de maior aporte.
O grupo muscular mais frequentemente afetado é o gemelar, já que a zona arterial mais susceptível à aterosclerose é o setor femoro-popliteu. Noutros casos, a dor localiza-se aos músculos glúteos e das coxas, correspondendo a obstruções aorto-ilíacas, que, frequentemente, se acompanham de impotência sexual nos homens.
 A claudicação intermitente é cerca de duas vezes mais frequente nos diabéticos, assim como a necessidade de amputação por isquemia, que é cinco a 10x superior.
Uma vez que a sua causa mais frequente é a aterosclerose, a correção dos fatores de risco, em fase precoce da doença, pode controlar a sua progressão.
A gravidade da doença é caracterizada pelas limitações que causa na vida diária do doente. Se ela só se manifesta com esforços maiores do que os quotidianos, não são considerados incapacitantes; quando impede as tarefas diárias, é considerada incapacitante. 
Causas: Aterosclerose
	 	 Doenças inflamatórias
		 Síndrome compartimental
Fatores de risco:
Idade – prevalência aumenta com a idade, o envelhecimento da parede arterial.
Raça
Sexo
Tabagismo
Diabetes Melito (DM) - DAOP e diabetes, pelo fato dessa associação possivelmente aumentar o risco de DAOP de 1,5 a 4x.
Hipertensão arterial sistêmica (HAS)
Dislipidemia e sedentarismo, que contribuem para o desenvolvimento generalizado e progressivo de placas ateroscleróticas.
 Dentre esses fatores, a DM e o tabagismo merecem destaque, pois cada um deles parece implicar no aumento de três a quatro vezes do risco para o desenvolvimento da DAOP7-10. Recentemente, outros fatores têm sido considerados: a hiper-homocisteinemia, o fibrinogênio, a elevação da proteína C reativa (PCR) e a insuficiência renal crônica (IRC).
Prevalência de 32% da DAOP em renais crônicos pré-dialíticos, utilizando como método diagnóstico o índice tornozelo-braquial (ITB).
O ITB é um método não invasivo, de baixo custo, de fácil execução, além de possuir alta sensibilidade e especificidade. Em condições normais, a pressão sistólica dos membros inferiores é igual ou ligeiramente superior a dos membros superiores. Na presença de uma obstrução arterial nos membros inferiores, capaz de provocar redução de pressão no leito distal à lesão, ocorre uma queda da pressão sistólica ao nível dos tornozelos e, consequentemente, redução dos valores do ITB. 
O ITB, como marcador de DAOP assintomática, fornece informações importantes sobre aterosclerose subclínica, além de constituir um importante preditor de eventos cardiovasculares.
Um valor do ITB abaixo de 0,9 apresenta sensibilidade de 90 a 97% e especificidade de 98 a 100% para a detecção de estenoses arteriais que comprometam 50% ou mais da luz de um ou mais vasos de maior calibre dos membros inferiores.
DX: ITB< 0,7
 	 Padrão-ouro: USG doppler
 Exame físico
O tratamento pode ser feito com o uso de determinados medicamentos, como os destinados a abaixar os índices de colesterol e de pressão arterial, controlar os níveis de glicose no sangue, anticoagulantes, vasodilatadores e analgésicos para interromper e aliviar a dor.
Clínico: 
LDL <100 / <70 ALTO RISCO – sinvastatina
HAS – IECA
DM – HbA1C <7 
Parar tabagismo
Atividades Físicas
AAS – antiagregante plaquetário
Cilostazol – claudicação
Cirúrgico: 
Angioplastia transluminal
Bypass
4 tipos de isquemia: 
Assintomáticos
Claudicação-intermitente 
Isquemia-crítica (dor em repouso)
Oclusão arterial aguda
TTO: A
B: Retirar os fatores de risco
 Cilostazol
 AAS ou clopidogrel
C: internar e revascularizar
 Manejo de ulceras
 Amputação
 Cirúrgico
AGUDA
Causas: embolia ou trombose in situ.
Trombose: menor clínica
Embolo: clínica mais abrupta. Origem do coração, em sua maioria, devido a fibrilação arterial.

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