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199 POLITICA NACIONAL DE SAÚDE .... 200 MODELOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE...... 204 PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO SUS .................................................. 206 CONSTITUIÇÃO FEDERAL (CF) ....... 209 SAÚDE ................................................. 209 SUS ....................................................... 213 DOUTRINAS........................................ 213 PRINCÍPIOS ........................................ 215 GESTORES ......................................... 216 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............ 218 LEI N° 8080 DE 19/11/1990 ................ 220 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ..... 220 TÍTULO 1 .............................................. 220 TITULO 2 .............................................. 221 CAPÍTULO 1 ........................................ 221 CAPÍTULO 2 ........................................ 222 CAPÍTULO 3 ........................................ 223 CAPÍTULO 4 ........................................ 225 CAPÍTULO 5 ........................................ 227 CAPÍTULO 6 ........................................ 228 CAPÍTULO 7 ........................................ 229 CAPÍTULO 8 ........................................ 229 TÍTULO 3 .............................................. 230 CAPÍTULO 2 ........................................ 231 TÍTULO 4 .............................................. 231 TÍTULO 5 .............................................. 231 CAPÍTULO 1 ........................................ 231 CAPÍTULO 2 ........................................ 232 CAPÍTULO 3 ........................................ 233 LEI N° 8.142/90 ....................................... 235 LEI Nº 12.401/11 .................................. 238 CAPÍTULO 8 ........................................ 238 DECRETO Nº 7508/11. ........................ 240 CAPÍTULO 1 ........................................ 240 CAPÍTULO 2 ........................................ 241 CAPÍTULO 3 ........................................ 243 CAPÍTULO 4 ........................................ 243 CAPÍTULO 5 ........................................ 244 CAPÍTULO 6 ........................................ 247 PORTARIA Nº 3.916/98 ...................... 248 PREFÁCIO ........................................... 248 INTRODUÇÃO .................................... 248 JUSTIFICATIVA .................................. 249 DIRETRIZES........................................ 250 PRIORIDADES.................................... 257 RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS DE GOVERNO NO ÂMBITO DO SUS ........................ 261 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ................................ 263 RENAME ................................................. 264 FARMACOLOGIA .................................... 266 FARMACOCINÉTICA ................................ 268 FARMACODINÂMICA ............................. 295 FATORES QUE MODIFICAM OS EFEITOS DOS MEDICAMENTOS NO ORGANISMO ..................................... 305 ASSISTENCIA FARMACEUTICA (AF) ......... 306 CICLO DA ASSISTENCIA FARMACÊUTICA 308 RESOLUÇÃO Nº 338/2004 ...................... 314 RESOLUÇÃO Nº 596/2014 ...................... 316 ANEXO 1 ................................................. 316 TÍTULO 1 ................................................. 316 CAPÍTULO 3 ............................................ 318 CAPÍTULO 4 ............................................ 319 CAPÍTULO 5 ............................................ 322 TÍTULO 2 ................................................. 322 TÍTULO 3 ................................................. 322 TÍTULO 4 ................................................. 322 TÍTULO 5 ................................................. 323 ANEXO 2 ................................................. 323 TÍTULO 1 ................................................. 323 CAPÍTULO 1 ............................................ 323 TÍTULO 2 ................................................. 324 CAPÍTULO 1 ............................................ 324 CAPÍTULO 2 ............................................ 325 CAPÍTULO 3 ............................................ 325 CAPÍTULO 4 ............................................ 325 CAPÍTULO 5 ............................................ 326 CAPÍTULO 4 ............................................ 326 CAPÍTULO 7 ............................................ 327 CAPÍTULO 8 ............................................ 327 CAPÍTULO 9 ............................................ 327 ANEXO 3 ................................................. 328 NOÇÕES SOBRE ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E GERENCIAIS NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ........... 332 PLANEJAMENTO DA À SSISTÊNCIA FARMACÊUTICA .............................. 332 ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTOS....... 335 ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS ................. 336 LOGISTICA E ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ...................................... 339 CONTROLE DE ESTOQUE ........................ 340 PONTO DE RESSUPRIMENTO (PR) .......... 341 NOÇÕES GERAIS DA LEGISLAÇÃO VIGENTE ............................................ 342 PORTARIA Nº 204/2007 .......................... 342 RDC Nº 39/13 .......................................... 347 CAPÍTULO 1 ............................................ 347 CAPÍTULO 2 ............................................ 348 CAPÍTULO 3 ............................................ 349 CAPÍTULO 4 ............................................ 352 CAPÍTULO 5 ............................................ 352 RDC 44 .................................................... 353 CAPÍTULO 1 ............................................ 353 CAPÍTULO 2 ............................................ 353 CAPÍTULO 3 ............................................ 353 CAPÍTULO 4 ............................................ 355 CAPÍTULO 5 ............................................ 355 CAPÍTULO 6 ............................................ 359 PORTARIA 344 ........................................ 363 CAPÍTULO 1 ............................................ 363 CAPÍTULO 2 ............................................ 364 CAPÍTULO 3 ............................................ 365 CAPÍTULO 4 ............................................ 366 CAPÍTULO 5 ............................................ 366 CAPITULO 6 ............................................ 371 CAPÍTULO 7 ............................................ 372 CAPÍTULO 8 ............................................ 372 CAPÍTULO 9 ............................................ 374 CAPÍTULO 10 .......................................... 375 CAPÍTULO 9 ............................................ 375 RESOLUÇÃO Nº 585/2013 ....................... 378 PREÂMBULO .......................................... 378 CAPÍTULO 1 ............................................ 379 CAPÍTULO 2 ............................................ 380 ANEXO .................................................... 380 RESOLUÇÃO Nº 586/2013 ....................... 382 PREÂMBULO .......................................... 382 MEDICAMENTOS REFERÊNCIA, SIMILAR E GENÉRICO ....................................... 387 LEI Nº 13021/2014 .................................. 388 CAPÍTULO 1 ............................................ 388 CAPÍTULO 2 ............................................ 388 CAPÍTULO 3 ............................................ 388 CAPÍTULO 4 ............................................ 390 LEI ORGANICA DE OSASCO ............ 391 SAÚDE ................................................. 391200 POLITICA NACIONAL DE SAÚDE Entende-se por politicas públicas o conjunto de ações realizadas pelo estado e seus agentes, com a participação ou não da sociedade, visando garantir os direitos sociais previstos em lei. No séc. 20, o presidente RODRIGUES ALVES nomeou o médico OSWALDO CRUZ como diretor do departamento nacional de saneamento e saúde. O rio de janeiro era uma cidade de ruas estreitas e sujas, saneamento precário e consequentemente era um foco de doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste bubônica. Alves institui como meta de governo o saneamento e reurbanização da capital da república. O combate à varíola tornou-se prioridade, motivo pela qual foi instituída uma lei de vacinação obrigatória, a lei federal nº 1261/1904. Insatisfeito com esta e outras questões o povo reagiu; durante uma semana de novembro de 1904, o povo enfrentou as forças da policia e do exercito ate serem reprimidos com violência. Mesmo assim foi o suficiente para o presidente voltar atrás e suspender a lei, este episódio ficou conhecido como a REVOLTA DA VACINA. Ex.: 1: A cerca da lei federal nº 1261/1904, assinale a alternativa CORRETA. a. Correto: Instituiu a vacinação antivariola obrigatória para todo o território nacional; b. Criou o ministério da saúde do Brasil; c. Fundou a escola de cirurgia do rio de janeiro, anexa ao real hospital militar; d. Fundou na Bahia, o colégio médico-cirurgico no real hospital militar da cidade de salvador; e. Institui o instituto nacional de assistência medica da previdência social (INAMPS). No Brasil as primeiras leis sociais datam do final do séc. 19. Contudo, devido ao caráter pontual e isolado das mesmas, considera-se que no Brasil as primeiras políticas públicas de proteção social, só viriam a surgir, a partir do processo de industrialização, com o movimento operário grevista. A saúde nesta época foi marcada por campanhas sanitárias e reformas de órgãos federais. Houve um movimento pela mudança na organização sanitária que resultou na criação em 1921 do DEPARTAMENTO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA (DNSP), atuava nas áreas do saneamento urbano e rural da higiene industrial e dos serviços de higiene materno-infantil. Já em 1923, foi promulgada a lei ELOY CHAVES, que instituiu as CAIXAS DE APOSENTADORIA E PENSÃO (CAPs), sendo considerado o início das políticas sociais no Brasil. As CAPs eram organizadas por empresas, sendo administrados e financiados por empresários e trabalhadores. A lei Eloy Chaves, além da seguridade social, concedia serviço médico-assistenciais e medicamentos aos seus segurados. Nascem nesse momento complexas relações entre os setores públicos e privados que persistirão no futuro SUS. Ex.: 1: Assinale a alternativa CORRETA. a. Correta: No Brasil, durante a república velha, a assistência medica era prestada à população de baixa renda por meio das instituições de caridade, pois a assistência à saúde publica e privada era de baixa qualidade; b. A primeira reforma sanitária no Brasil se deu logo com a chegada da família real no Brasil em 1808; c. A população brasileira, no inicio do séc. 19, aceitou livremente as campanhas de vacinação, promovida pelo sanitarista Oswaldo Cruz, não sendo necessária a intervenção estatal com medidas obrigatórias; d. Apesar do desenvolvimento da colonização brasileira, a assistência médica dos jesuítas não conseguiu sobressair-se sobre a medicina indígena, que prevaleceu até os anos de 1960, quando houve o grande êxodo rural brasileiro; e. O SUS teve como principio basilar, para sua criação, a previsão constitucional de que a saúde é direito de todos e dever do estado, previsto na constituição federal de 1946. Em 1932, GETÚLIO VARGAS teve como uma de suas primeiras medidas criar o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE PÚBLICA (MESP). Dentre as políticas sociais que foram criadas por ele, destacamos a criação em 1933 dos INSTITUTOS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES (IAPs). Este modelo era organizado por categoria profissional e administrado pelo estado. Acentua-se o componente de assistência médica, em parte por meio de serviços próprios, mas, principalmente, por meio de compra de serviços do setor privado. Na década de 40, foram tomadas medidas de reestruturação e ampliação dos órgãos de saúde dos estados. Nesse sentido, as ações passavam então a serem coordenadas e centralizadas pelo governo federal através do MESP. Somente em 1953 ocorreu a divisão da saúde e educação, através do MINISTÉRIO DA SAÚDE, antes vinculado num único ministério. Em 1965 foi criado o INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDENCIA SOCIAL (INPS) que resultou da unificação dos IAPS no contexto do regime autoritário, de 1964, vencendo as resistências a tal unificação por parte das categorias profissionais que tinham institutos mais ricos. O INPS consolida o componente assistencial, com marcada opção de compra de serviços assistenciais do setor privado, concretizando o modelo assistencial HOSPITALOCENTRICO, CURATIVISTA e MÉDICO-CENTRADO, que terá uma forte presença no futuro SUS. E em 1974, grandes reformas administrativas na administração federal marcariam a criação do MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL (MPAS). Ex.: 1: Assinale a alternativa CORRETA sobre a evolução histórica da organização do sistema de saúde no Brasil e a construção do SUS quanto ao ano em que a secretaria de saúde e de assistência medica foram englobada, passando a construí a secretaria nacional de saúde, para reforçar o conceito de que não existia dicotomia entre saúde pública e assistencial médica. a. 1990; b. 1956; c. Correta: 1974; d. 1967; e. 1969. Em 1977, foi criado o SISTEMA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA E PREVIDÊNCIA SOCIAL (SNAP), e dentro dele, o INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTENCIA MÉDICO DE PREVIDENCIA SOCIAL (INAMPS), que passa a ser o grande órgão governamental prestador da assistência médica, basicamente custo de compras de serviços médicos hospitalares e especialistas do setor privado. É possível dizer que tal lógica do INAMPS, que sobreviveu com o órgão até a criação do SUS, ainda se reproduz no interior do sistema único mesmo passado 20 anos desde a sua criação. Ex.: 1: Quem poderia se beneficiar da assistência à saúde desenvolvida pelo INAMPS, antes da criação do SUS. a. Apenas os trabalhadores informais, sem carteira assinada, e seus dependentes, ou seja, não tinha o caráter universal; b. Todos os trabalhadores tanto da economia formal como os informais e seus dependentes, ou seja, tinha caráter universal; c. Apenas os funcionários públicos da união e seus dependentes, ou seja, não tinha o caráter universal; d. Correta: Apenas os trabalhadores da economia formal, com carteira assinada e seus dependentes, ou seja, não tinha o caráter universal; e. A toda população indiscriminadamente demonstrando caráter universal de assistência. Em 1982 foi implementado o PROGRAMA DAS AÇÕES INTEGRADAS DE SAÚDE (PAIS), que dava particular ênfase na atenção primária, sendo a rede ambulatorial pensada como porta de entrada do sistema. Visava à integração das instituições públicas da saúde mantidas pelas diferentes esferas de governo, em rede regionalizada e hierarquizada. Propunha a criação de SISTEMAS DE REFERÊNCIA e CONTRA REFERÊNCIA e a atribuição de prioridade para a rede pública de serviços de saúde, com complementação pela rede privada, após sua plena utilização, prévia a descentralização da administração dos recursos, simplificação dos mecanismos de pagamento dos serviços prestados por terceiros e seu efetivo controle, podemos reconhecer nas AÇÕES INTEGRADAS DE SAÚDE (AIS) os principais pontosprogramáticos que estarão presentes na criação do SUS. Em 1986, foi realizada a 8ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, com participação social, deu-se logo após o fim da ditadura militar, iniciada em 1964 e consagrou uma concepção ampliada de saúde e principio da saúde como direito universal e como dever do estado; princípios estes que seriam plenamente incorporados na CF de 1988. Ex.: 1: Em meio a uma profunda, crise econômica e politica do estado brasileiro surge, no final da década de 1970 e inicio dos anos 1980, o movimento pela reforma sanitária brasileira, que definida um sistema de saúde universal em contraposição ao modelo assistencial privatista, então vigente, que apresenta cada vez mais ineficiente, caro e excludente. O movimento pela reforma sanitária brasileira. a. Propôs estratégia como as ações integradas em saúde para o alcance de um sistema de saúde mais integrado que foram implantadas após a constituição de 1988; b. Teve a participação de profissionais de saúde de intelectuais da saúde coletiva e de lideranças politicas, mas sem a colaboração de parlamentares; c. Teve seu ponto alto na VII conferencia nacional de saúde, realizada em 1986, a qual produziu um relatório que pouco influenciou no SUS; d. Correta: Gerou mudanças no sistema de saúde, alcançando mudanças institucionais e apontando alternativas centradas na atenção primaria em saúde. 202 Ex.: 2: A____________ Ocorrida em março de 1986, contou com a participação de vários setores organizados da sociedade e, nela, houve um consenso de que, para o setor de saúde no Brasil, não era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira, mas sim uma mudança em todo o arcabouço jurídico-institucional vigente, que contemplasse a ampliação do conceito de saúde segundo os preceitos da reforma sanitária: a. 4ª Conferência nacional de cuidados em saúde pública; b. Correta: 8ª Conferência nacional de saúde; c. Conferência alma ata; d. 1ª Conferência internacional sobre cuidados primários de saúde; e. 3ª Conferência internacional sobre promoção de saúde. Em 1987, foi criado O SISTEMA UNIFICADO E DESCENTRALIZADO DE SAÚDE (SUDS) que tinham como principais diretrizes: universalização e equidade no acesso aos serviços de saúde, integralidade dos cuidados assistenciais, descentralizações de saúde, implementação de distritos sanitários. Trata-se de um momento marcante, pois, pela primeira vez, o governo federal começou a repassar recursos para os estados e municípios ampliarem suas redes de serviços, pronunciando a municipalização que viriam, com o SUS. As secretarias estaduais de saúde foram muito importantes neste movimento de descentralização e aproximação com os municípios, que recebiam recursos financeiros federais de acordo com uma programação de aproveitamento máximo da capacidade física instalada. Podemos localizar no SUDS os antecedentes mais imediatos da criação do SUS. Em 1988, foi aprovado a CONSTITUIÇÃO CIDADÃ, que estabeleceu a saúde como ``DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO´´ e apresenta, na sua seção 2, como pontos básico: as necessidades individuais e coletivas são consideradas de interesse e o atendimento um dever do estado, a assistência médico sanitária integral passa a ter caráter universal e destina-se a assegurar a todos o acesso aos serviços, estes serviços devem ser hierarquizados segundo parâmetros técnicos e a sua gestão deve ser descentralizada submetidas a órgãos colegiados oficiais, os conselhos de saúde, com representação paritária entre usuários e prestadores de serviços. Em 1990, a criação do SUS se deu através da lei nº 8080/1990, que dispõe sobre as condições para a programação, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. Em 1991, foi criada a COMISSÃO DE INGRESSOS TRIPARTITE (CIT) com representação do ministério da saúde, das secretarias estaduais e municipais de saúde e da primeira norma operacional básico do SUS, além da COMISSÃO DE INTERGESTORES BIPARTITE (CIB), para o acompanhamento da implantação e operacionalização do recém-criado SUS. As duas comissões, ainda atuantes, tiveram um papel importante para o fortalecimento da ideia de gestão colegiada do SUS, compartilhada entre os vários níveis do governo. Pacto pela saúde: É um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as esferas de gestão (união, estados e munícipios) com o objetivo de promover inovação nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do SUS. Ao mesmo tempo, o pacto pela saúde redefine as responsabilidades de cada gestor e função das necessidades de saúde da população e na busca da equidade social. A implementação do pacto pela saúde se dá pela adesão de munícipios, estados e união ao TERMO DE COMPROMISSO DE GESTÃO (TCG). O TCG substitui os processos de habilitação das varias formas de gestão anteriormente vigente e estabelece metas e compromissos para cada ente federativo, sendo renovado anualmente. Entre as prioridades definida estão a redução da mortalidade infantil e materna, controle das doenças emergentes e endêmicas (como dengue e hanseníase) e a redução da mortalidade por câncer de colo de útero e da mama, entre outras. As formas de transferência dos recursos federais para estados e munícipios também foram modificados pelo pacto pela saúde, passando a ser integrada em 5 grandes blocos de financiamento (atenção, básica, média e alta complexidade, da vigilância em saúde, assistência farmacêutica e gestão do SUS), substituindo, assim, as mais de 100 caixinhas que eram usadas para essa finalidades. a. COLEGIADOS DE GESTÃO REGIONAL (CGR): importante elemento para superar a fragmentação sistêmica, aproximar o dialogo (rede) e a pactuação para o espaço regional e no estabelecimento de ação cooperativa e solidaria entre os gestores. Ex.: 1. Sobre as politicas públicas de saúde no Brasil é CORRETO afirmar: a. Formado pelo conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados exclusivamente por órgão e instituições publicas federais, de administração direta, sem a participação das funções mantidas pelo poder público; b. Formado pelo conjunto de todas as ações serviços de saúde prestados por órgãos e instituições estaduais e municipais, da administração indireta e pelas fundações mantidas pelo poder público; c. Formado pelo conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta, sendo coordenada pela iniciativa privada; d. Correta: Formada pelo conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das funções mantidas pelo poder público; e. Formada por entidades filantrópicas, com anuência do governo federal. Ex.: 2: O evento em que se evidenciou que as modificações propostas para o setor de saúde transcendiam os marcos de uma simples reforma administrativa e financeira foi: a. Correta: 8ª Conferência de saúde; b. 3ª Conferência de saúde; c. 12ª Conferência de saúde; d. 2ª Conferência de saúde. Ex.: 3: Em 1987 foram criados os sistemas UNIFICADOS E DESCENTRALIZADOS DE SAÚDE (SUDS). A respeito desse sistema analise as afirmativas a seguir: 1. É possível localizar no SUDS os antecedentes mais imediatos da criação do SUS; 2. O SUDS teve como principais objetivos a unificação dos sistemas com consequente universalização da cobertura e a descentralização; 3. Um dos pontos negativosdo SUDS foi a pouca importância dada à equidade no acesso aos serviços de saúde. Esta(ão) correto(s) somente a(s) afirmativa(s): a. 1; b. 2; c. 3; d. Correta: 1 e 2; e. 2 e 3. Ex.: 4: Com vistas à municipalização dos serviços de saúde, a PMC assinou em 1987, o convênio com o denominado: a. Sistema único de saúde (SUS); b. Instituto nacional de assistência médica da previdência social (INAMPS); c. Fundação nacional de saúde (FUNASA); d. Correto: Sistema unificado e descentralizado de saúde (SUDS). Ex.: 6: Sabe-se que o SUS passou a ser efetivamente gestado a partir da promulgação da CF de 88 e foi fruto de um longo processo de evolução do sistema de saúde brasileiro. Antes disso, o sistema urgente com o programa de desenvolvimento de sistema unificados e descentralização de saúde nos estados. SUDS assinale a alternativa que apresenta corretamente o mês e o ano de criação do SUDS. a. Correto: Julho de 1987; b. Agosto de 1988; c. Maio de 1978; d. Outubro de 1988; e. Janeiro de 1985. Ex.: 7: Sobre as politicas públicas de saúde no Brasil é correto afirmar: a. Formado pelo conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestada exclusivamente por órgão e instituições públicas federais, da administração direta, sem a participação das fundações mantidas pelo poder público; b. Formado pelo conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgão e instituições estaduais e municipais, de administração indireta e pelas fundações mantidas pelo poder público; c. Formado pelo conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, administração direta e indireta, sendo coordenada pela iniciativa privada; d. Correto: Formado pelo conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público; e. Formado por entidades filantrópicas, com anuência do governo federal. 204 Ex.: 8: A respeito da politica de saúde e do SUS, julgue o item que se segue. As politicas de atenção à saúde foram reorganizados por meio de mecanismo de participação social, representados pelos conselhos de saúde, de mecanismo de formação da vontade politica, efetivadas por meio das conferências de saúde, de mecanismo de gestão compartilhada, negociação e pactuação entre os entes governamentais envolvidos num sistema descentralizado de saúde. ( ) certo ( ) errado. Resp.: Certo. Ex.: 9: A ação inovadora do pacto pela saúde, que efetiva a circulação permanente e contínua entre todos os munícipios e o estado, na região de saúde na qual está inserido, foi a criação. a. Da comissão bipartite; b. Do colegiado de gestão estadual; c. Da comissão tripartite; d. Correto: Do colegiado de gestão regional. Ex.: 10: A pactuação das diretrizes gerais sobre regiões de saúde, integração de limites geográficos, referencia e contra referencia é uma atribuição das (os): a. Comissões intersetoriais; b. Conselho municipais de saúde; c. Conferência de saúde; d. Correta: Comissões intergestores; e. Conselhos estaduais de saúde. Ex.: 11: Em 1987 foram criados os SUDs, respeito desse sistema analise as afirmativas a seguir. 1. É possível localizar no SUDs os antecedentes mais imediatos da criação do sistema único de saúde; 2. O SUDs teve como principal objetivos a unificação dos sistemas com consequentemente universalização da cobertura e a descentralização; 3. Um dos pontos negativos de SUDs foi a pouca importância dada à equidade no acesso aos serviços. Estão correta (s) somente a(s) afirmativa(s): a. 1; b. 2; c. 3; d. Correto: 1 e 2; e. 2 e 3. MODELOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE São entendidas pela forma de organização e articulação dos recursos físicos, tecnológicos, financeiros e do capital humano que se concentram disponíveis para propor solução aos problemas de saúde da sociedade. 1. Modelos sanitaristas campanhista (ou higienista): Modelo hegemônico de saúde que vigorou do final do séc. 19 até metade da década de 60, onde o sistema de saúde caracterizava-se pela politica de saneamento voltada para a erradicação ou controle de doenças que poderiam prejudicara exportação. O modelo campanhista se baseava em ações programadas e verticalizadas influenciadas pelo saber divulgado e que ficou conhecido como teoria unicausal; 2. Modelo médico privatista: Podemos afirmar que é o modelo hegemônico de saúde que vigorou dos anos 60 até meados dos anos 80. O modelo médico neoliberal vigorará nos anos 80, enquanto proposta conservados de reciclagem do anterior. Assim, torna-se hegemônico as ideias desses modelos, tendo como principais características: o atendimento individual, complexo, dominante e centrado na figura do medico, forte influência da previdência social, com extensão de sua cobertura, curativíssimo, biologicismo, fragmentação da assistência orientada para oferta de serviços com vista ao lucro e tendo- se ainda os fortes incentivos a constituição de complexos hospitalares com auxilio e subvenções que privilegiam o setor privado em detrimento das necessidades reais do setor público. 3. Modelo das propostas alternativas: Fortemente pensados nos anos de 1970 a partir de um movimento popular, social, politico e apartidário que ficou conhecido como movimento popular, social, politica e apartidário brasileiro impulsionando varias experiências de organização de uma estratégia racionalizada da politica de redemocratização em oposição ao governo militar. Ex.: 1: A respeito do Sanitaríssimo Campanhista, é CORRETO afirmar que: a. O modelo surgiu com a urbanização e as industrializações aceleradas que ocorreram no Brasil nos anos 1920/1930 e com o fortalecimento das Santas Casas e do Programa de Interiorização de Ações de Saúde e Saneamento. b. Correta: Encarna a saúde pública tradicional desenvolvida desde o início do século, visando ao combate das grandes endemias e fundamenta-se nos conhecimentos sobre as causas e transmissão das doenças infecciosas, propiciados pela revolução pasteuriana. c. Nasceu a partir e no interior do sistema previdenciário, dando assistência inicialmente apenas às famílias e aos trabalhadores inseridos formal e reconhecidamente no mercado de trabalho. d. Essa lógica de atenção ajustava-se e valorizava o sistema industrial que necessitava de trabalhadores em condições de trabalhar e de um sistema de saúde que atendesse a essa demanda. e. Foi aprovado pelo Congresso Nacional a partir da Lei Eloy Chaves, marco inicial da previdência social no Brasil. Através deste modelo foram instituídas as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP's). Ex.: 2: Em relação aos modelos assistenciais na saúde , assinale a assertiva CORRETA. a. Correto: O modelo sanitarista tem como objeto os modos de transmissão e os fatores de risco de doenças ou agravos. b. O modelo de Vigilância à Saúde referencia seu processo de trabalho na tecnologia médica, centrada no indivíduo. c. O sujeito do modelo médico-assistencial privatista é a equipe de saúde e a população. d. As tecnologias de comunicação social, planejamento e programação local situacional e tecnologias médico-sanitárias são os meios de trabalho utilizados pelo modelo sanitarista. e. As campanhas e os programas especiais de controle de alguns agravos surgiram no século 20 e caracterizam o modelo de Vigilância à Saúde.206 PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO SUS O processo de implantação e consolidação do SUS, desde sua concepção na CF, em 1988, vem sendo objeto de inúmeros instrumentos normativos, como forma de regulamentar esse sistema e colocar em pratica seus objetivos, diretrizes e princípios. A partir das definições legais estabelecidas pela CF de 1988 e a LEI ORGÂNICA DE SAÚDE (LOS) se iniciou o processo de implantação do SUS, sempre de uma forma negociada com as representações das secretarias estaduais e municipais de saúde. Esse processo tem sido orientado pelas normas operacionais do SUS instituídos por meio de portarias ministeriais. Estas normas definem as competências de cada esfera de governo e as condições necessárias para que estados e municípios possam assumir as novas posições no processo de implantação do SUS. As normas operacionais definem critérios para que o estado e municípios voluntariamente se habilitem a receber repasses do fundo de saúde. A habilitação às condições de gestão definida nas normas operacionais é condicionada ao cumprimento de uma série de requisitos e ao compromisso de assumir um conjunto de responsabilidade referente à gestão de saúde. Desde o inicio do processo de implantação do SUS, foram três NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS (NOB/SUS 01/93), (NOB/SUS 01/96) e (NOAS/SUS 01/2002). Embora o instrumento que formalize as normas seja uma portaria do MS, o seu conteúdo é definido de forma compartilhada entre o MS e os representantes do CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIA DE SAÚDE (CONASS) e do CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE (CONASEMS). 1. NOB-SUS 93: Procura restaurar o compromisso da implantação do SUS e estabelecer o principio da MUNICIPALIZAÇÃO, tal como havia sido desenhado. Institui níveis progressistas de gestão local do SUS e estabelece um conjunto de estratégias, que consagram a descentralização politico-administrativo na saúde. Também, define diferentes níveis de responsabilidade e competências para a gestão do novo sistema de saúde. Com a grande extensão de programas de saúde pública e serviços assistenciais, deu-se o inicio efetivo do processo de descentralização politica e administrativa, que pode ser observada pela progressiva municipalização do sistema e pelo desenvolvimento de organismos colegiados intergovernamentais. A participação popular trouxe a incorporação dos usuários do sistema ao processo decisório com a disseminação dos conselhos municipais de saúde, ampliando as discussões sobre as questões de saúde na sociedade. Ex.: 1: A NOB-93 estabeleceu bases a gestão da vigilância sanitária no sistema único de saúde. Segundo estas bases, escolhas a alternativa INCORRETA: a. As ações de vigilância sanitária foram incluídas entre as responsabilidades e os requisitos de gestão da saúde nas esferas estaduais e municipais; b. Incorreta: A descentralização das ações de vigilância sanitária conferiu aos municípios um caráter essencialmente regulatório, incluindo ações de normalização, organização e coordenação de ações e serviços; c. A responsabilidade pela execução das ações básicas e das ações de média e alta complexidade é delegada aos estados nos casos dos municípios não habilitadas às condições de gestão da saúde prevista na norma; d. A execução de ações de vigilância sanitária é de competência dos municípios, de acordo com o ordenamento jurídico do SUS; e. A fiscalização de ações de vigilância sanitária é de competência estadual e federal, de acordo com o ordenamento jurídico do SUS. 2. NOB-SUS 96: Representou a aproximação mais explicita com a proposta de um novo MODELO DE ATENÇÃO. Para isso, ela acelera a descentralização dos recursos federais em direção aos estados e municípios, consolidando a tendência à autonomia de gestão das esferas descentralizadas, criando incentivo explicito as mudanças, na lógica assistencial rompendo com o produtivíssimo e implantando incentivos aos programas dirigidos às populações mais carentes, como o PROGRAMA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (PACS) e às práticas fundadas das normas lógicas assistenciais, como PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMILIA (PSF). As principais inovações da NOB-96 foram: 1. A concepção ampliada de saúde considera a concepção determinada pela constituição englobando promoção, prevenção, condições sanitárias, ambientais, emprego, moradia etc.; 2. O fortalecimento das instâncias colegiadas e da gestão pactuada e descentralizada, consagrada na prática com as comissões intergestores e conselhos de saúde; 3. A transferência fundo a fundo, com base na população, e com base em valores per capita previamente fixado; 4. Novos mecanismos de classificação determinam os estágios de habilidade para a gestão, no qual os municípios são classificados em duas condições: gestão plena da atenção básica e gestão plena de sistema municipal. Na GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO BÁSICA, os recursos são transferidos de acordo com os procedimentos correspondentes ao PISO DA ATENÇÃO BÁSICA (PAB). A atenção ambulatorial especializada e a atenção hospitalar continuam financiadas pelo SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES (SIH-SUS). No caso dos municípios em gestão plena do sistema, a totalidade dos recursos é transferida automaticamente. Ex.: 1: O financiamento do SUS é de responsabilidade das três esferas de governo: união, estados e municípios. A modalidade preferencial de transferência de recursos entre os gestores é o repasse fundo a fundo. a. Atenção básica; regulação, controle, avaliação e auditoria, planejamento e orçamento; média e alta complexidade e gestão do SUS; b. Atenção básica; regulação, controle, avaliação e auditoria; planejamento e orçamento, média e alta complexidade e gestão do trabalho c. Atenção básica; vigilância em saúde; assistência farmacêutica; educação em saúde e gestão do SUS; d. Correta: Atenção básica; atenção de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar; vigilância em saúde; assistência farmacêutica, gestão do SUS e investimentos na rede de serviços de saúde; e. Nenhuma das alternativas está correta. Ex.: 2: Com relação à norma operacional da assistência à saúde NOB-SUS/9, assinale a alternativa CORRETA: a. O conjunto de diretrizes apresentada nessa norma operacional à saúde articula-se em torno do pressuposto de que, no atual momento da implantação do SUS, a ampliação da responsabilidade nos órgãos federais na garantia a de acesso aos serviços de atenção básica, a regionalização funcional do sistema são elementos centrais para o avanço do processo; b. Ao final do ano de 1998, a habilitação nas condições de gestão prevista na NOB-SUS 1/96 atingia mais de 95% do total dos municípios do país, a disseminação desse processo possibilita o desenvolvimento de experiência municipal exitosa e a formação de um contingente de profissionais, qualificação em diferentes área da gestão do SUS; c. Correta: A implantação das normas operacionais básicos do SUS. NOB-SUS/91 em especial das NOB-SUS 93 e 96, além de promover uma integração de ações entre as esferas de governo, desencadeou um processo de descentralização intenso, transferindo para os estados e, principalmente, para os municípios, um conjunto de responsabilidade e recursos para a operacionalização do SUS, antes concentradas no nível federal; d. Agregava-se a esse cenário a peculiar complexidade estrutura politica-administrativa estabelecida pela CF de 1985, em que os três níveis de governo são autônomos, com vinculação hierárquica; e. A NOAS-SUS usa-se de regulamentações passados e possibilita assistência, considerando os índices já obtidos e enfocando os desafios a seremsuperados no processo o permanente de consolidação e aprimoramento do INSS. 3. NOAS-SUS 2002: Para aprofundamento do processo de DESCENTRALIZAÇÃO, deve-se ampliar a ênfase na REGIONALIZAÇÃO e no aumento da EQUIDADE, buscando a organização e sistema de saúde funcional com todos os níveis de atenção, não necessariamente confinados aos territórios municipais e, portanto, sob-responsabilidade coordenada do SES: a. Estabelecer o processo de regionalização como estratégia hierarquização dos serviços de saúde e da busca de maior equidade; b. Instituir o PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO (PDR) como instrumento de ordenamento do processo de regionalização da assistência em cada estado. No âmbito nacional, funciona a COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE (CIT), integrada paritariamente por representantes do ministério da saúde, do CONASS e do CONASEMS, no âmbito estadual funciona a COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE (CIB) integrada paritariamente por dirigentes da secretaria estadual da saúde e do órgão de representação das secretarias municipais de saúde do estado. Dessa forma, todas as decisões sobre medidas para a implantação do SUS têm sido sistematicamente negociadas nessas comissões após amplo processo de discussão. Esse processo tem funcionado desse modo ao longo dos últimos 12 anos de vigor da lei 8.080, contribuindo para que venha alcançar à plena implementação do SUS. Uma vez constituído o SUS, houve a necessidade de regulamentação, o que aconteceu em 1990 com a promulgação das duas LEIS ORGÂNICAS DA SAÚDE (LOS): 208 1. Lei 8080/90: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências; 2. Lei 8142/90: Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências na área da saúde, e dá outras providências. Ex.: 1: De acordo com a norma operacional assistencial à saúde NOAS-2002 a principal estratégia de hierarquização serviços de saúde e de busca de mais equidade é a: a. Municipalização; b. Humanização; c. Correta: Regionalização; d. Programa pactuado integrado. Ex.: 2: Sobre a legislação do SUS, assinale a alternativa INCORRETA: a. Segundo a lei 8080/90, estão incluídos no campo de atuação do SUS ações de saúde do trabalhador; b. Segundo a lei 8142/80 para receberem recursos do fundo nacional de saúde, os municípios deverão ter um fundo de saúde; c. Incorreta: Segundo a constituição da republica federativa do Brasil, é permitida a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no país; d. Segundo a NOB-96, o gestor do sistema municipal é responsável pelo controle, pela avaliação e pela auditoria dos prestadores de serviço de saúde (Estatais e privadas) situadas em municípios. Ex.: 3: O piso de atenção básica é composta de uma parte fixa e de outra variável. Exemplo, de ação remunerada pelo PAB variável é encontrado no: a. Correta: Programa de saúde da família; b. Controle de tuberculose; c. Ação de saúde bucal; d. Eliminação da Hanseniase; e. Controle de hipertensão. Ex.: 4: As comissões intergestores bipartite. a. Contam com a importante participação de representantes da comunidade, que tem voto com o mesmo peso dos gestores; b. Correto: São instancias fundamentais na pactuação e deliberação para a realização dos pactos intra-estaduais e para a definição dos modelos de programas de saúde; c. São instancias dispensáveis à medida em que há uma descentralização cada vez maior das ações do SUS; d. São subordinadas à comissão intergestores tripartite; e. Devem ter sua composição aprovada pelos conselhos de saúde dos municípios participantes. Ex.: 5: Assinale a opção que apresenta a CORRETA relação entre a legislação indicada e o seu conteúdo. a. Correta: Norma operacional da assistência à saúde 1/2001 (NOAS/SUS/01/2001) — planos diretores de regionalização e de investimento e redes de assistência no SUS; b. Lei nº 80808/1990 – participação popular, controle social e financiamento no SUS; c. Lei nº 8142/1990 – organização e funcionamento dos serviços de saúde do SUS; d. Norma operacional básica (NOB/SUS/1996) – comissões intergestores tripartite e bipartite; e. Correta: Emenda constitucional nº 29/2000 – exclusão dos estados na participação do financiamento dos serviços de saúde dos munícipios do SUS. Ex.: 6: Assinale a alternativa INCORRETA. A norma operacional de assistência à saúde NOAS- SUS 01/2002: a. Amplia as responsabilidades dos municípios na atenção básica; b. Incorreta: estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de menor equidade; c. Cria mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão do SUS; d. Procede à atualização dos critérios de habilitação de estados e municípios. CONSTITUIÇÃO FEDERAL (CF) SAÚDE Art. 196: A saúde é direito de todos e dever do estado garantido mediante politicas sociais e econômicas que visem à redução de risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações para sua promoção, proteção e recuperação; Ex.: 1: O art. 196 da CF preconiza que a saúde é direito de todos e dever do estado [...] é CORRETO afirmar: a. O financiamento do SUS se dará exclusivamente com recursos provenientes dos orçamentos da união, dos estados e dos municípios; b. Correta: O direito a saúde será garantido mediante politicas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos; c. O acesso aos serviços de saúde pública é universal e gratuito somente aos brasileiros e estrangeiros residentes no país, possuem cadastro junto ao SUS; d. A execução dos serviços de saúde é exclusivo do poder público, que somente poderá ser auxiliado por pessoa jurídicas de direito público devidamente autorizado; e. As ações e serviços de saúde integra uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado para atendimento integral, com prioridade às atividades curativas mesmo que em documento dos serviços assistenciais. Art. 197: São de relevância pública as ações de saúde, cabendo ao PODER PÚBLICO dispor, nas formas da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feito diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoas física ou jurídica de direito privado; Ex.: 1: Conforme o art. 197 da CF, são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo à (ao)_______dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE a lacuna acima: a. Ministério da fazenda; b. Correta: Poder público; c. Policia militar; d. Ministério da saúde. Art. 198: As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único; 1. Descentralização, com direção única em cada esfera do governo; 2. Atendimento integral, com prioridades para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 3. Participação da comunidade. § 1º: O SUS será financiado, nos termos do art. 195 com recursos do orçamento da seguridade social, da união, dos estados, do DF dos municípios, além de outras fontes; § 2º: A união, os estados, DF e os municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursosmínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: 1. No caso da união, na forma definidas nos termos da lei complementar prevista no § 3º; 2. No caso dos estados e DF, produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os art. 157 as parcelas que forem transferidas aos respectivos municípios; 3. No caso dos municípios e do DF, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os art. 158 e 159, inciso 1, alínea b e § 3º. § 3º: Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 1. Os percentuais de que trata o § 1º; 2. Os critérios de rateio dos recursos da união vinculados à saúde destinados aos estados, ao DF e aos municípios, e dos estados destinados a seus respectivos municípios, objetivando a progressiva redução disparidades regionais; 3. As normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; 4. As normas de calculo de montante serão aplicadas pela união. § 4º: Os gestores locais do SUS poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. § 5º: Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para o plano de carreira e regulamentação das atividades de agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, cabendo à união, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos estados ao DF e aos municípios, para o cumprimento do referido piso salarial; 210 § 6º: Além da hipótese prevista no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da CF, o servidor que exerça funções equivalentes de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixado em lei, para o seu exercício. Ex.: 1: As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados, os conveniados que integram o SUS, são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da CF, obedecendo ainda ao seguinte principio. a. Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; b. Assistência às pessoas por intermédio de ações promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas; c. Correta: Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física moral; d. Formulação de politicas de saúde destinada a promover, nos campos econômicos e sociais, redução de riscos de doenças e de outros agravos. Art. 199: A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º: As instituições privadas poderão participar de forma complementar do SUS, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência às entidades filantrópicas, e as sem fins lucrativos; § 2º: É vetada a destinação direta de recurso público para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos; § 3º: É vetada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no país, salvo nos casos previstos em lei; § 4º: A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substância humana para fins de transplante, pesquisa e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vetado todo tipo de comercialização. Ex.: 1: O art. 199, § 1º da CF dispõe sobre a inserção das instituições privadas no SUS, estabelecendo que a participação deve ser de forma, dentre outras: a. Correta: Complementar, mediante contrato de direito público ou convenio; b. Adicional, estando prevista a destinação de recursos públicos para seu auxilio; c. Suplementar, a despeito do capital da instituição, se nacional ou estrangeiro; d. Indistinto, para entidades filantrópicas e privadas sem fins lucrativos; e. Plena, desde que os contratos não tenham soluções de continuidade. Art. 200: Aos SUS competem além de outras atribuições, nos termos da lei: 1. Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substancias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 2. Executar as ações de vigilância sanitária epidemiológica bem como as de saúde do trabalhador; 3. Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 4. Participar da formulação da politica e da execução das ações de saneamentos básico; 5. Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 6. Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e água para consumo humano; 7. Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e uso de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 8. Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido e do trabalho. Direito a saúde Está previsto no art. 196 da CF: Direito de todos: Podemos identificar na redação tanto um direito individual quanto um direito coletivo de proteção à saúde; O art. 196, por tratar-se de um direito social, consubstancia-se tão somente em norma programática, incapaz de produzir efeitos, apenas indicando diretrizes a serem observadas pelo poder público, significaria negar a força normativa da constituição. Esse direito subjetivo público é assegurado mediante políticas sociais e econômicas, ou seja, não há um direito absoluto a todo e qualquer procedimento necessário para a proteção, promoção e recuperação da saúde, independentemente da existência de uma política pública que o concretize. Há um direito público subjetivo a politicas públicas que promovam, protejam e recuperem a saúde. Dever do estado: Além do direito fundamental à saúde, há o poder fundamental de prestação de saúde por parte do estado. O dever de desenvolver politicas públicas que visem à redução de doença, à promoção, à proteção e a recuperação da saúde está expresso no art. 196,. Essa é uma atribuição comum dos entes da federação, consoante art. 23, II, da CF. Politicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos: Tais politicas visam à redução de risco de doença e outros agravos, de forma a evidenciar sua dimensão preventiva. As ações preventivas na área da saúde foram, inclusive, indicadas como prioritárias pelo art. 198, II da CF. Politicas no sentido de melhorias na rede de esgotos reduziriam consideravelmente a quantidade de doenças e, consequentemente, os dispêndios com saúde no Brasil. Politicas que visem ao acesso universal e igualitário: A constituinte estabeleceu um sistema universal de acesso aos serviços públicos de saúde, o que reforça a responsabilidade solidária dos entes da federação, garantindo, inclusive, a igualdade da assistência a saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. Questão que pode ser incluída no rol das politicas para um acesso universal ao sistema de saúde é a quebra de patentes de medicamentos. Ex.: 1: Trata-se de saúde, de acordo com a constituição federal, assinale a afirmativa INCORRETA: a. É da competência do SUS tornar a formação de recursos humanos na área da saúde; b. Incorreta: A saúde é direito de todos e dever do estado exceto nos casos em que o paciente tenha condições financeiras; c. A participação da comunidade é uma diretriz do SUS; d. Cabe ao poder público dispor,nos termos da lei, sobre regulamentação, fiscalização e controle das ações e serviços de saúde. Ex.: 2: Manuel de Souza, idoso e pobre, tem a necessidade de medicamento de uso continuado e controlado para se tratar de doença diagnosticado por médico do SUS. A medicação não faz parte das relações internacionais e municipais de medicamentos para recuperar sua saúde. Desta forma recorreu ao poder judiciário, acionando o município de Maceió. Sobre o caso narrado, conforme os princípios inseridos na carta magna estadual assinale a afirmativa CORRETA: a. Correta: O município está obrigado a fornecer a medicação, conforme orientação do medico, em virtude de seu dever de proteger a vida e a saúde dos munícipes; b. O município ao favorecer Manuel, irá contra o seu principio de igualdade, já que não somente ele necessita de remédio fora da lista; c. O município só está obrigado a entregar os remédios se houver a disponibilidade orçamentária, ante o principio da preservação de ordem econômica; d. O município só está obrigado a atender aos interesses locais porque a entrega de medicação a carentes é um programa de abrangência nacional; e. O município, pelo principio do controle da administração publica, não está obrigado a fornecer a medicação fora da relação municipal de medicamentos essenciais. Ex.: 3: O direito universal à saúde deve ser garantido pelo estado mediante politicas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de agravos, com base, dentre outros, na previsão constitucional segundo a qual. a. O direito universal à saúde deve ser garantido pelo estado mediante politicas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos com base, dentre outros, na previsão constitucional segundo a qual; b. O financiamento do SUS será efetivado integralmente com recursos do orçamento de seguridade social da união, responsável em assegurar o acesso universal e igualitário; c. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constitui um sistema único, organizado com vista ao atendimento integral, excluído os serviços assistenciais; d. É vetado as instituições privadas com fins lucrativos participarem do SUS; e. Correta: São de relevância pública as ações e serviços de saúde, devendo sua execução ser feita diretamente pelo poder público ou por meio de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Ex.: 5: A assistência a saúde: a. Correta: É livre à iniciativa privada; b. Exclui a participação direta de capital estrangeiro; c. Obriga internação domiciliar quando houver exigência médica; d. Permite a destinação de subvenções e auxiliar as instituições prestadoras de serviços de saúde com finalidade lucrativa. Ex.: 6: Com base na CF de 88, sobre o SUS, é CORRETO afirmar que: a. É livre o tráfico de órgão, tecidos e substância humana no território brasileiro; b. A assistência à saúde é expressamente provida à iniciativa privada; c. Correta: A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante politicas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação; d. Não tem relevância pública as ações e serviços de saúde; e. As ações públicas de saúde integram uma rede municipal e sem hierarquia. 212 Ex.: 7: De acordo com a CF de 88, cabe ao SUS, EXCETO: a. Executar as ações de vigilância sanitária epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; b. Fiscalizador e inspecionar alimentos, compreendidos o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e água para consumo humano; c. Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e uso de substâncias psicoativas, tóxicas e radioativas; d. Incorreta: Cobrir os eventos de doenças, invalidez, morte e idade avançada; e. Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalhador. Ex.: 9: Antes da criação do SUS, a saúde não era considerada um direito social. O SUS foi institucionalizado no Brasil com a: a. Lei nº 8.080/90; b. Lei nº 8.142/90; c. Declaração de alma; d. Constituição federal de 67; e. Correta: Constituição federal de 88. Ex.: 10: De acordo com o que dispõe a CF preencha as lacunas e assinale a alternativa CORRETA: A saúde é direito _____ e dever______, garantido mediante politicas ________ que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso______ Às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação: a. Dos trabalhadores/ do estado/ sociais e econômicas/ universal e igualitário; b. Dos trabalhadores/ da sociedade/ sociais e econômicas/ universal e igualitário; c. De todos/ da sociedade/ sociais e assistenciais/ restritas e proporcionais; d. Correta: De todos/ do estado/ sociais e econômicos/ universais e proporcionais; e. De todos/ do estado/ sócio e econômicos/ restritos e proporcionais. SUS É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamentos dos serviços de saúde estabelecido pela CF de 1988. O SUS é um sistema único porque segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob-responsabilidade das três esferas autônomas do governo FEDERAL, ESTADUAL e MUNICIPAL. O SUS não é um instituto nem um serviço, mas sim um sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que se integram para um fim comum. Esses elementos referem-se, às atividades de proteção, promoção e recuperação da saúde. A expressão SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) alude em termos conceituais ao formato e aos processos jurídico-institucionais e administrativo compatíveis com a universalização do direito à saúde em termos pragmáticos à rede de instituição, serviços e ações, responsáveis pela garantia do acesso aos cuidados e atenção a saúde. Os termos que compõem a expressão SUS espelham positivamente criticas a organização pretérita de assistência médica hospitalar brasileira. a. Sistema: Conjunto de ações e instituições, que de forma ordenada comum, perspectiva de ruptura com os esquemas assistenciais direcionadas a segmentos populacionais específico, que recortada segundo critérios socioeconômicos, quer definidos a partir de fundamentos nosológicos; b. Único: Referido à unificação de dois sistemas: o previdenciário e o ministério da saúde e secretarias estaduais e municipais de saúde, consubstancia da incorporação do INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DA PROVIDENCIA SOCIAL (INAMPS) pelo ministério da saúde e na universalização do acesso a toda as ações e cuidados da rede assistencial pública e privada contratada e ao comando único em cada esfera de governo; c. Saúde: Compreendida como resultante e condicionante de condições de vida, trabalho e acesso a bens e serviços e, portanto, componentes essenciais da cidadania e democracia e não apenas como ausência de doença e objeto de intervenção da medicina. Ex.: 1: Estão incluídos no campo de atuação do SUS, EXCETO. a. Incorreta: a participação na formulação da politica reduzindo a execução de ações saneamento básico; b. A formulação e execução da politica de sangue e seus derivados; c. A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; d. A formulação da politica de medicamento, equipamentos, imunobiológicos eoutros insumos para a saúde e a participação na sua produção; e. O incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico. DOUTRINAS Baseada na constituição, a construção do SUS se norteia pelos seguintes princípios doutrinários: 1. UNIVERSALIDADE: É a garantia da atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o individuo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como os contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do governo municipal, estadual e federal; A universalidade é um principio finalístico, ou seja, é um ideal a ser alcançado, indicando uma das características do sistema que se pretende construir e um caminho para sua construção. Para que o SUS venha a ser universal, é preciso desencadear um processo de universalização; ou seja, um processo de extensão de cobertura dos serviços, de modo que venha, paulatinamente, a se tornar acessíveis a toda a população; para isso, é preciso eliminar barreiras jurídicas, econômicas, culturais e sociais que interponham entre a população e os serviços. A primeira delas, a barreira jurídica, foi eliminada com a CF de 1988, na medida em que essa universalizou o direito à saúde e, com isso, eliminou a necessidade do usuário do sistema público colocar-se como trabalhador ou como indigentes situações que condicionavam o acesso aos serviços públicos antes do SUS. 2. EQÜIDADE: É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilegio e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite de que o sistema puder oferecer para todos; A equidade é mais um dos princípios finalísticos do SUS e, atualmente, o tema central em todos os debates sobre as reformas dos sistemas de saúde no mundo ocidental. A noção de equidade diz respeito à necessidade de tratar desigualmente os desiguais, de modo a alcançar a igualdade entre as pessoas e os grupos sociais e o reconhecimento de que muitas dessas desigualdades são injustas e devem ser separados da saúde, as desigualdades sociais apresentam como desigualdade diante de adoecer e do morrer, reconhecendo-se a possibilidade de redução dessas desigualdades de modo a garantir condições de vida e saúde mais iguais a todos. 214 3. INTEGRALIDADE: É o reconhecimento na prática dos serviços de que: Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; As ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; As unidades protetoras de serviços, com seus vários graus de complexidade, formam um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral. A integralidade diz respeito ao leque de ações possíveis para promoções da saúde, prevenção de riscos e agravos, e assistência, a doentes, implicado a sistematização do conjunto de práticas que vem sendo desenvolvidos para o enfrentamento dos problemas e o atendimento das necessidades da saúde. A integralidade é um atributo do modelo de atenção entendendo-se que um modelo de atenção integral à saúde contempla o conjunto de ações de promoção da saúde, prevenção de risco e agravos, assistência e recuperação. Ex.: 1: A universalidade, a integralidade, a equidade, a hierarquização, a regionalização e a participação popular estão no contexto dialético e legal da confirmação do SUS. Com relação ao principio da equidade, é CORRETO afirmar que consiste em: a. Oferecer atendimento indistinto a todos os usuários, quanto às questões curativas; b. Correta: Tratar desiguais de maneira desigual, para que todas as necessidades de saúde sejam atendidas da melhor forma e de acordo com as diferenças e vulnerabilidade especifica; c. Atender todos os indivíduos igualmente privilegiando as questões curativas e de acordo com as prioridades definidas pelo controle social; d. Realizar atendimento crescente de níveis de atenção primario para os de maior complexidade; e. Garantir acesso integral às ações e aos serviços de saúde. Resposta B: Segundo o principio da equidade, regiões com condições piores de saúde requerem mais investimentos do que aquelas mais estruturadas; pessoas mais carentes merecem ser tratadas com prioridades no SUS; usuário de saúde mais graves devem ser atendidos mais rapidamente que aqueles com situações clínicas mais leves etc. Ex.: 2: De acordo com o principio da integralidade, a atenção à saúde deve levar em consideração. a. As necessidades específicas de pessoas ou grupo de pessoas, ainda que minoritários em relação ao total da população; b. As necessidades básicas da população como em todo, sob a perspectiva do ganho de escala e de ações globais; c. Os povos indígenas e as suas peculiaridades, usando prioritariamente os medicamentos artesanais por eles fabricados nas populações rurais; d. Correta: O ser humano como um todo e, portanto, tratar de todos os aspectos físicos e psicológicos do individuo; e. O uso de alimentação integral com base em alimentos que não tiveram a respectiva estrutura modificada no processo de industrialização. Resposta D: De acordo com o principio da integralidade, a atenção à saúde deve levar em consideração o ser humano como um todo e, portanto, tratar de todos os aspectos físicos e psicológicos do individuo. Ex.: 3: Uma senhora, atualmente com 62 anos de idade, lembra-se do tempo em que o atendimento médico era restrito aos trabalhadores com carteira de trabalho assinada, destacando que ainda havia restrições de acesso para eles a algumas necessidade de atendimento com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que indica os princípios do SUS, que respectivamente, procuram resolver os problemas apontados por essa senhora. a. Integralidade e participação; b. Hierarquização e integralidade; c. Participação popular e universalidade; d. Equidade e universalidade; e. Correta: Universalidade e integralidade. Resposta E: de acordo com o principio da universalidade, a saúde deve ser acessível a todos, sem restrições. A integralidade está relacionada com a garantia de atendimento de todas as necessidades de saúde em todos os níveis de complexidade do SUS. Ex.: 4: Uma das preocupações dos cidadão e dos profissionais de saúde do SUS não ser adequada, em função de a capacidade de articulação entre os gestores de saúde ainda ser incipiente. Além disso, não se prioriza quem mais precisa de atendimento considerando a maior vulnerabilidade social, dado que todos têm acesso aos serviços de saúde. Com base na situação hipotética apresentada, assinale a alternativa que indica, respectivamente, os princípios do SUS que buscam atender realidades como as mencionadas nesse caso. a. Universalização e hierarquização; b. Participação popular e universalidade; c. Correta: Regionalização e equidade; d. Equidade e hierarquização; e. Universalidade e equidade. Resposta C: O processo de regionalização é construído com o objetivo de oferecer, num determinado território, com o objetivo de garantir a efetivação do principio da integralidade. O principio da equidade, regiões com condições piores de saúde requerem mais investimentos do que aquelas mais estruturadas. Pessoas mais carentes merecem ser tratadas com prioridades no SUS; usuário de saúde com situações clinica mais graves devem ser atendidos mais rapidamente que aqueles com situações clinicas mais leves etc. PRINCÍPIOS 1. REGIONALIZAÇÃO e HIERARQUIZAÇÃO: Os serviçosdevem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com definição da população a ser atendida. Isto implica na capacidade dos serviços em oferecer a uma determinada população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade. O acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção, que devem estar qualificadas para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica. A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. a. REGIONALIZAÇÃO: Implica a delimitação de uma base territorial para o sistema de saúde, que leva em conta a divisão politico- administrativa do país, mas também contempla a delimitação de espaço territorial específica para organização das ações de saúde, subdivisões ou agregações de espaço politico-administrativo; b. HIERARQUIZAÇÃO: Diz respeito à possibilidade de organização das unidades segundo grau de complexidade tecnológica dos serviços; isto é, o estabelecimento de uma rede que articula as unidades mais simples às unidades mais complexas, por meio de um SISTEMA DE REFERENCIA (SR) e CONTRA REFERÊNCIA (CR) de usuário e de informações. O processo de estabelecimento de redes hierarquizadas pode implicar o estabelecimento de vínculos específicos entre as unidades que prestam serviços de determinada natureza, como, exemplo, a rede de atendimento a urgência/emergência, ou a rede de atenção à saúde mental. 2. RESOLUBILIDADE: É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua competência. 3. DESCENTRALIZAÇÃO: É entendida como uma redistribuição das responsabilidades, quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da ideia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. A descentralização da gestão do sistema implica a transferência de poder de decisão sobre a política de saúde do nível FEDERAL (MS) para os ESTADOS (SES) e MUNICÍPIOS (SMS). Esta transferência ocorre a partir da redefinição das funções e responsabilidades de cada nível do governo com relação à condução politica administrativo do sistema de saúde em seu respectivo território, com a transferência de recursos financeiros, humanos e materiais para o controle das instancias governamentais correspondentes. Assim: O que é de abrangência de um município deve ser de responsabilidade do governo do município; O que é de abrangência do estado ou de uma região estadual deve estar sob responsabilidade do governo estadual; O que for de abrangência nacional será de responsabilidade federal. Deverá haver uma profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo, com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde, é o que se chama MUNICIPALIZAÇÃO DA SAÚDE. Aos municípios cabe, a responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos. 216 4. PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO: Garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local. Essa participação deve se darem nos conselhos de saúde, com representações paritárias de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra forma de participação são conferências de saúde periódicas, para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde. Deve ser considerado elemento do processo participativo o dever das instituições oferecer as informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde. 5. COMPLEMENTARIDADE DO SETOR PRIVADO: A CF definiu, que quando, por insuficiência do setor público, for preciso a contratação de serviços privados, isso deve se dar por três condições: a. Celebração de contrato, conforme as normas de direito publico, ou seja, o interesse público prevalecerá sobre o particular; b. A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS. Prevalecem assim, os princípios da universalidade, eqüidade, etc. como se o serviço privado fosse público, uma vez que, quando contratado, atua em nome deste; c. A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS, em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em cada região deverá estar estabelecido, considerando-se os serviços públicos e privados contratados, o que vai fazer, em que nível e em que lugar. Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços não lucrativos, conforme determine a CF. Por isso, tornando-se fundamental o estabelecimento de normas e procedimentos a serem cumpridos pelos conveniados e contratados, os quais devem constar em anexo dos convênios e contratos. Ex.: 1: As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o SUS são desenvolvidos obedecendo alguns princípios. Dentre eles, é CORRETO citar a. a. Centralização politica-administrativa, com direção única em cada esfera de governo; b. Uso da epidemiologia para o estabelecimento de execução de recursos e orientação programática; c. Igualdade da assistência à saúde, com privilégios de casos superiores; d. Correto: Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; e. Organização dos entes públicos para promover a duplicidade de meios para fins idênticos. Ex.: 2: Regionalização e hierarquização são as bases para: a. Humanização do SUS; b. Centralização do SUS; c. Correta: organização do SUS; d. Segmentação do SUS; e. Validação do SUS. Ex.: 3: São princípios e diretrizes do SUS, EXCETO. a. Universalidade; b. Equidade; c. Integralidade; d. Incorreta: Gratuidade; e. Regionalização. Ex.: 4: Ao afirmar que temos um sistema de saúde hierarquizado diz que ele é organizado por. a. Níveis diferentes de gestão; b. Áreas geográficas distintas; c. Correta: Níveis de complexidade tecnológicos; d. Critérios de vigilância em saúde. Ex.: 5: Considerando a necessidade de classificação de risco para organização do atendimento às urgências, estamos respeitando o principio do SUS de. a. Intersetorialidade; b. Integralidade; c. Correta: equidade; d. Universalidade; e. Descentralização. GESTORES Os gestores são as entidades encarregadas de fazer com que o SUS seja implantado e funcione dentro das diretrizes doutrinárias da lógica organizacional, e seja operacionalizado dentro dos princípios do SUS haverá gestores nas três esferas do governo municipal, estadual e federal. Os gestores do SUS são representantes de cada esfera do governo designados para o desenvolvimento das funções do executivo na saúde: 1. Âmbito nacional (MINISTÉRIO DA SAÚDE); 2. Âmbito estadual (SECRETÁRIO DE ESTADOS DE SAÚDE); 3. Âmbito municipal (SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE).
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