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FIMOSE E PARAFIMOSE
Quando não é possível sua retração manual, com exposição completa da glande, temos o diagnóstico de fimose.
No RN há dificuldade de exposição da glande por causa de aderências fisiológicas entre o prepúcio e a glande. Estas aderências tendem a ceder espontaneamente, com aproximadamente 90% dos pacientes resolvendo a fimose até os 3 anos de idade.
Condições benignas (somente acompanhamento): 
- fimose fisiológica, cistos de prepúcio ocasionados por esmegma (é fisiológico), balão transitório do prepúcio.
TRATAMENTO INICIAL
Uso tópico de cremes corticosteroides (betametasona 0,05%) com sucesso em 70% dos casos em 6 semanas de acompanhamento – tratamento de 4 a 8 semanas, aplicar, aplicar diretamente no prepúcio durante a higiene, duas vezes por dia. 
O corticoide acelera o processo natural de retração da pele. 
O Postec possui hialuronidase junto com o corticoide, pode ser usado de 1 a 12 semanas. 
Essas pomadas podem ser usadas somente a partir dos 4 anos de idade
A fimose patológica é definida como prepúcio que realmente não é retrátil causado por cicatriz distal no prepúcio. Essa fibrose no prepúcio pode ocorrer em razão de trauma, infecção ou inflamação. 
Os sintomas que pode ocorrer na fimose patológica são:
Quando o menino já conseguia ter retração completa do prepúcio e volta a ter irretratibilidade.
Disúria
Ereção dolorosa
Balanopostites recorrentes
Retensão urinária crônica, com formação de balão que se resolve somente com compressão manual.
A indicação de postectomia é controversa. Nos pacientes que a fimose não respondeu ao tratamento conservador e não apresentaram complicações da fimose, o momento para realização de postectomia varia de entre 3 a 10 anos de idade.
Indicações absolutas para postectomia – presença de uma ou mais das complicações:
Retenção urinária crônica
Infecção urinária de repetição – e que foram excluídas malformações genitourinárias.
Episódios de balanopostites de repetição
Balanite xerótica obliterante
Contraindicações para circuncisão:
Lactentes prematuros ou instáveis, ou em condições médicas severas.
Lactentes com menos de 24 h de vida.
Doença congênita de sangramento.
Anomalias penianas congênitas: 
hipospádia com anormalidade no prepúcio; pênis com curvatura ventral, torção de pênis (quando o meato uretral não está posição vertical), pênis embutido ou obesidade (quando tem uma faixa de gordura suprapúbica muito grande), edema significativo peniano; micropênis.
Postectomia = circuncisão:
- Controle da dor = anestesia local tópica = lidocaína 4% em creme + lidocaína 1% sem vasoconstritor (injetar 0,4 ml, bilateralmente na base do pênis). Nunca usar vasoconstritor, pelo risco de perda do órgão.
 - Exame do pênis e do escroto: avaliar o meato uretral para excluir hipospádia e torção peniana, que contraindicam a circuncisão.
- A postectomia clássica consiste na retirada parcial ou completa do prepúcio com a aproximação das margens da pele à borda mucosa restante do prepúcio.
Complicações da circuncisão:
Remoção inadequada da pele
Sangramento – normalmente leve e controlável com pressão local. É a complicação mais comum. Usar cautério bipolar para evitar hemorragias.
Infecção – normalmente leve e tratável com antibióticos locais, mas pode ocorrer sepse.
Fístula uretrocutânea
Estenose meatal – não é relacionada ao procedimento. Pode ocorrer quando urina de uma fralda molhada irrita o meato uretral exposto após circuncisão, causando dermatite química com fibrose subsequente.
Injuria na glande com amputação peniana.
Remoção excessiva de pele
Cicatriz no local da incisão, geralmente associada a pênis embutido.
Complicações anestésicas.
PARAFIMOSE:
Constitui uma das complicações naturais da fimose. 
Ocorre mais frequentemente quando o prepúcio é retraído até a base da glande/sulco coronal (geralmente durante a higienização) e não é possível a sua redução, ocasionando estrangulamento e edema.
 A conduta consiste em redução manual imediata com auxílio de lubrificantes
BALANOPOSTITE:
Condição inflamatória da glande e do prepúcio. 
A balanite é a inflamação de somente a glande. 
Tem causa multifatorial, mas geralmente resulta de pobre higiene que pode complicar com infecção secundária. 
Se o paciente não consegue urinar, passar sonda vesical. 
Em pacientes com balanopostites de repetição, fimose patológica pode ser fator contribuinte. 
O tratamento da balanopostite é antibiótico sistêmico e tópico (mupirocina 2x por dia) + banho de assento morno com permanganato de potássio e higiene repetida. 
Se resolve em 3 a 4 dias após instituição de higiene apropriada. 
Evitar exposição a irritantes, como óleos de banho, talcos, etc.
BALANITE XERÓTICA OBLITERANTE:
É uma dermatite crônica atrófica de etiologia desconhecida.
É um análogo do líquen escleroso atrófico e é caracterizada por placas brancas atróficas na glande e no prepúcio. Essas placas eventualmente crescem e coalescem em uma massa esclerótica que resulta em aderências, fimose e estenose meatal. 
Rara em crianças. 
Nos pacientes com BXO e fimose patológica e/ou envolvimento meatal, circuncisão é a escolha, sendo curativa na maioria dos pacientes.

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