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Resumo Saude Coletiva

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SAÚDE COLETIVA
Saúde: OMS: saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Relaciona-se a condições de alimentação, habitação, educação, meio ambiente, renda, transporte, trabalho, liberdade, lazer, acesso à serviços de saúde... Questão da Saúde NÃO É um “assunto de doença” -> processo biológico e social relacionado a qualidade de vida dos indivíduos e da coletividade. A partir do século XX: incorporação de aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais na noção da saúde -> influência na prática dos profissionais da saúde.
Saúde Coletiva: Campo de conhecimento e práticas que se referem à saúde como um fenômeno social. Compreende: O estado da saúde da população; os serviços de saúde disponíveis; O modelo da determinação social da saúde – doença (considerando aspectos econômicos, sociais, culturais, biológicos, ambientais e psicológicos para determinar uma realidade sanitária); Ações interdisciplinares de combate aos problemas de saúde.
• Constituição Federal: “A saúde é um direito de todos e dever do Estado” -> Direito universal à saúde.
• Diferenças individuais (idade, gênero, ocupação...) + diversidade de condições ambientais, econômicas e sociais no Brasil.
Políticas de Saúde no Brasil: 
• Desenvolvidas pelo Estado para assegurar direito de cidadania; • constituídas por um conjunto de planos, programas, ações e atividades:
- Planos: estabelecem diretrizes e prioridades da política pública
- Programas: estabelecem objetivos gerais e específicos
- Ações e Atividades: visam ao alcance e execução dos objetivos estabelecidos no programa.
Período Colonial (1530-1822):
• Portugal controlava o Brasil, não havia organização sanitária para dar assistência à Saúde da população; • Índios vítimas de doenças trazidas pelos colonizadores e escravos africanos (gripe, disenteria, sarampo, rubéola, escarlatina, varíola, tuberculose, bócio, malária...) • Escravos encontraram péssimas condições (excesso de trabalho e alimentação insuficiente). • Cura: exercida por jesuítas (assistência espiritual e corporal), poucos médicos e físicos vindos do exterior e pelos “práticos” (curandeiros, parteiras, sangradores, cirurgiões-barbeiros, boticários). • Primeiro hospital do Brasil: 1943 – Santa Casa de Misericórdia de Santos- São Paulo; • 1808: vinda da Corte ao Brasil – ações sanitárias e primeiras escolas de medicina
Império (1822-1889):
• Abertura dos portos, processo de urbanização e crescimento populacional -> medidas inadequadas de infraestrutura e higiene – surtos de epidemias (febre amarela, varíola, cólera). • 1826: diplomas para exercício da medicina (corpo docente) – ilegalidade para sangradores e curandeiros (com papel ainda importante no tratamento de pobres e escravos) • Ações de saúde pública com foco em controle sanitário -> habitações coletivas dos pobres, enterros em igrejas, lixo e valas a céu aberto.
República Velha (1889-1930):
• Início da adoção de políticas e programas públicos de saúde; • Epidemias e moléstias importantes ameaçavam economia e segurança do país -> febre amarela, peste, varíola, tuberculose e doenças intestinais; • Medicina que era focada no indivíduo começa a enxergar o “corpo social” -> sanitaristas, reordenar espaços urbanos; • Revolta da vacina (1904): lei que tornava obrigatória a vacinação contra varíola – protestos; • 1923: criação de Caixas de Aposentadorias e Pensões – benefícios e serviços de assistência médica a todos os trabalhadores urbanos (rurais só em 1960).
Governo de Getúlio Vargas (1930-1945):
• Industrialização; • Divisão na saúde:
- Saúde Pública: Ministério da Educação e da Saúde Pública
- Assistência Previdenciária: Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio
• Institutos de aposentadorias e pensões: categorias profissionais regulamentadas -> boa parte da população excluída do benefício -> medicina popular ou Santas Casas de Misericórdia; • quem tinha recursos pagava pela assistência médica; • Final 1930: homologada CLT
Instabilidade democrática e ditadura militar (1945-1985):
• Criado o Ministério da Saúde; • Campanhas de controle e erradicação de doenças específicas (lepra, malária). • Expansão da rede privada de hospitais e deterioração dos serviços da rede pública, desvios de verba da saúde para outros setores. • Desigualdades de acesso, quantidade e qualidade de serviços de saúde para população: desnutrição, mortalidade infantil, doenças transmissíveis.
Período de Transição e Período Democrático (a partir de 1985):
• 8ª Conferência Nacional de Saúde: Saúde = direito de cidadania e dever do Estado, instituição do SUS -> estratégias de descentralização, unificação, participação popular e democratização do sistema de saúde. • Princípios norteadores do SUS aprovados em 1988 pela Constituição Federal (princípios de integralidade, descentralização e universalização).
Princípios e Diretrizes do SUS
Documentos de base para a organização do SUS: • Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988; • Lei Orgânica da Saúde, de 19 de setembro de 1990; • Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
Atenção Básica
Primeiro nível de atenção em saúde: -> Conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades. Este trabalho é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nas Unidades Básicas de Saúde Fluviais, nas Unidades Odontológicas Móveis (UOM) e nas Academias de Saúde.
A ação do Fisioterapeuta no NASF envolve: Atendimentos individuais; visitas domiciliares (VD) com orientações aos pacientes, familiares e cuidadores, e adaptações na residência quando for o caso; abordagem familiar; ações educativas e de promoção em saúde; ações de inclusão social e escolar; trabalhos com grupos específicos (gestantes, portadores de doenças crônicas, cuidadores de pacientes dependentes, tabagistas, etc.).
SAÚDE DA CRIANÇA
O lúdico é o primeiro movimento da criança em direção ao seu potencial criador. A brincadeira é, para ela, um dos principais meios de expressão que possibilita a investigação e a aprendizagem sobre as pessoas e o mundo. Valorizar o brincar significa oferecer locais e brinquedos que favoreçam a brincadeira como atividade, que ocupa o maior espaço de tempo na infância. 
 Direitos da Criança: 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: • Objetivo = promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno; • abrange os cuidados com a criança da gestação aos 9 anos (especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade) -> redução da morbimortalidade e ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento. 7 eixos estratégicos -> orientar e qualificar as ações e serviços de saúde da criança no território nacional. Medidas que permitam: • nascimento e pleno desenvolvimento na infância; • redução das vulnerabilidades e riscos para o adoecimento e outros agravos; • prevenção das doenças crônicas na vida adulta e da morte prematura de crianças.
Aleitamento Materno: • Uma das prioridades do Governo Federal. • Recomendação do Ministério da Saúde: aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, amamentação até os dois anos de idade ou mais. • O leite materno é um alimento completo, de mais fácil digestão do que qualquer outro leite e é rico em anticorpos. • sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, dentição e respiração. • Benefícios para o bebê: protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, reduz chance de desenvolver obesidade, melhor desenvolvimento cognitivo.
Situações em que há restrições ao Aleitamento Materno: • Mães infectadas pelo HIV; • Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus da leucemia humanaT-cell); • Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Contraindicações absolutas ou relativas ao aleitamento (exemplo: antineoplásicos e radiofármacos). • Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose.
Amamentação e Hanseníase: • As mulheres que estiverem amamentando seus filhos não devem parar de tomar a medicação. • A gravidez e o aleitamento não contraindicam o tratamento PQT (Poliquimioterapia) padrão. • Os remédios podem estar presentes no leite materno, mas não causam nenhum problema para a criança. -> Devido aos graves efeitos teratogênicos, o medicamento à base de Talidomida somente poderá ser prescrito para mulheres em idade fértil após avaliação médica com exclusão de gravidez através de método sensível e mediante a comprovação de utilização de, no mínimo, 2 (dois) métodos efetivos de contracepção para mulheres em uso de talidomida, sendo pelo menos 1 (um) método de barreira (Resolução RDC N° 11, de 22 de Março de 2011).
Amamentação: Lei Estadual 16.396 (em vigor desde 4 de junho de 2014): institui a garantia e o direito de as mães amamentarem os filhos nos recintos coletivos de acesso público dos estabelecimentos comerciais dentro do Estado. Multa por descumprimento; • casas de espetáculos, bares, restaurantes e estabelecimentos similares.
Lei trabalhista: • Empresas com mais de 30 funcionárias com idade superior a 16 anos devem oferecer local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período de amamentação. Essa obrigação também pode ser substituída pelo auxílio-creche ou reembolso-creche. • Determina dois descansos especiais de 30 minutos no serviço para amamentar até que o bebê complete seis meses de idade, podendo ser estendido o período em caso de indicação médica. Esse intervalo também deve ser reconhecido para as mães adotivas.
Pré-natal e Parto: • Cuidados com o bebê começam a partir do momento em que a gravidez é confirmada -> mulher passa a ter acesso a consultas de pré-natal - orientações necessárias ao acompanhamento da gestação. • Nas consultas: gestante é examinada e encaminhada para realização de exames, vacinas e ecografias -> mínimo de 6 consultas de pré-natal durante a gravidez. Ainda durante o pré-natal, a mulher deve ser vinculada à maternidade em que dará à luz.
Parto e Nascimento: • durante a gravidez, a Unidade Básica de Saúde onde a gestante realiza o pré-natal deve encaminhá-la para conhecer a maternidade onde será realizado o parto. Boas práticas recomendadas pelo Ministério da Saúde: • cortar o cordão umbilical quando parar de pulsar; • Contato pele-a-pele imediato entre mãe e o recém-nascido; • Aleitamento materno na primeira hora de vida; • Alojamento conjunto;
Exames de Triagem Neonatal: Todo bebê que nasce no Brasil tem direito a realizar gratuitamente quatro - Exames -> exames da triagem neonatal: • Teste do Pezinho: Diagnóstico de fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. • Teste do Olhinho: Identificação de um reflexo vermelho quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê, semelhante ao observado nas fotografias. Detectar alterações que causem obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas. • Teste da Orelhinha: Realizado no segundo ou terceiro dia de vida do bebê e identifica problemas auditivos no recém-nascido. • Teste do Coraçãozinho: Medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém-nascido com o auxílio de um oxímetro. Alterações: ecocardiograma -> alterações no ecocardiograma: encaminhado para um centro de referência em cardiopatia. ***Problemas no coração são a terceira maior causa de morte em recém-nascidos.
Acompanhamento da Saúde da Criança: • Após os 24 meses: 1 consulta anual - Em todas as consultas de rotina, o profissional de saúde deve avaliar e orientar sobre: • Alimentação da criança. • Peso, comprimento ou altura e perímetro cefálico (este último até os 2 anos).• Vacinas. • Desenvolvimento. • Prevenção de acidentes. • Identificação de problemas ou riscos para a saúde. • outros cuidados para uma boa saúde.
SAÚDE DO IDOSO
Pacto pela Saúde 2006: • 2004 – oficina organizada pelo Ministério da Saúde “Agenda do Pacto de Gestão” – Norma que reafirmasse: - Compromissos do SUS e seus princípios; - Fortalecimento da atenção primária; - Valorização da saúde; - Articulação intersetorial.
-> Definição das diretrizes operacionais do Pacto pela Saúde: Contemplou 3 grandes áreas: - Pacto em Defesa do SUS (consolidar SUS como política do Estado, não de governo e levar à sociedade a discussão da política pública de saúde); - Pacto pela vida; - Pacto de gestão (estabelece responsabilidades solidárias dos gestores e contribui para gestão compartilhada do SUS). Pacto pela Vida: • Conjunto de compromissos sanitários (objetivos e metas) derivados da análise da condição de saúde da população e das prioridades definidas nas 3 esferas de governo.
METAS QUE PROMOVEM IMPACTO SOBRE A SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, COMPROMETENDO GESTORES DO SUS A ATINGIR OS OBJETIVOS PROPOSTOS. Prioridades do Pacto pela Vida: - Saúde do Idoso; - Controle do câncer de colo de útero e de mama; - Redução da mortalidade infantil e materna; - Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza.; - Promoção da Saúde; - Fortalecimento da Atenção Básica
O Pacto pela Vida considera idosa a pessoa com 60 anos ou mais. Diretrizes: - Promoção do envelhecimento ativo e saudável. - Atenção integral e integrada à saúde do idoso. - Estímulo às ações intersetoriais visando à integralidade da atenção. - O acolhimento preferencial em unidades de saúde, respeitando o critério de risco. - Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade na atenção à saúde da pessoa idosa. - Fortalecimento da participação social. - Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa. - Divulgação e informação sobre a Política Nacional da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS. - Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa. - Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
Ações Estratégicas: • Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa • Manual de Atenção Básica e Saúde para Pessoa Idosa • Programa de Educação Permanente a Distância • Acolhimento • Assistência Farmacêutica • Atenção Diferenciada na Internação • Atenção Domiciliar
População Idosa no Brasil: • IBGE - população idosa brasileira: 29.374 milhões de pessoas -> 14,3% da população total do país. • Expectativa de vida em 2016 para ambos os sexos aumentou para 75,72 anos (79,31 anos para a mulher e 72,18 para o homem).
Diretrizes da Saúde para Pessoa Idosa: Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa – principais diretrizes: • Envelhecimento ativo e saudável • Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa; • estimulo às ações intersetoriais; • fortalecimento do controle social; • garantia de orçamento; • incentivo a estudos; • pesquisas.
Estatuto do Idoso: • direito à vida; • à liberdade; • ao respeito; • à dignidade; • à alimentação; • à saúde; • à convivência familiar e comunitária. 
Direitos da Pessoa Idosa na Saúde: • Atenção integral à saúde da pessoa idosa, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. • Direito a acompanhante em caso de internação ou observação em hospital. • Direito de exigir medidas de proteção sempre que seus direitos estiverem ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade, do Estado,da família, de seu curador ou de entidades de atendimento. • Desconto de, pelo menos, 50% nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer. • Gratuidade no transporte coletivo público urbano e semiurbano, com reserva de 10% dos assentos, que deverão ser identificados com placa de reserva. • Reserva de duas vagas gratuitas no transporte interestadual para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos e desconto de 50% para os idosos que excedam as vagas garantidas. • Reserva de 5% das vagas nos estacionamentos públicos e privados. • Prioridade na tramitação dos processos e dos procedimentos na execução de atos e diligências judiciais. • Direito de requerer o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a partir dos 65 anos de idade, desde que não possua meios para prover sua própria subsistência ou de tê-la provida pela família. • Direito de 25% de acréscimo na aposentadoria por invalidez (casos especiais). • Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos devem ser objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como devem ser obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos: autoridade policial; Ministério Público; Conselho Municipal do Idoso; Conselho Estadual do Idoso; Conselho Nacional do Idoso.
Instituições de Longa Permanência para Idosos: • Instituições governamentais e não governamentais de caráter residencial – domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar. • ATENÇÃO INTEGRAL E CONTÍNUA AOS RESIDENTES • 1% dos idosos no Brasil • Papel do Estado: abrigamento de idosos pobres • Instituições públicas no Brasil (maioria municipal): 170 (5,2%) num total de 3.294. • Responsabilidade das políticas de cuidados de longa duração: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). • Fiscalização: Vigilância Sanitária (Anvisa). • Envelhecimento populacional -> aumento da sobrevida de pessoas com demandas assistenciais significativas decorrentes de declínio cognitivo ou físico – necessidades além de moradia -> cuidados de longa duração. • Censo anual online – demandas das instituições e residentes, adequação de recursos -> inadequados.
SAÚDE DO HOMEM
• Diretriz da Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH): promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e Municípios. Objetivo geral PNAISH: ampliar e melhorar o acesso da população masculina adulta – 20 a 59 anos – do Brasil aos serviços de saúde. Eixos temáticos: • Acesso e acolhimento – serviços de saúde como espaços masculinos; • Saúde sexual e saúde reprodutiva – direitos sexuais e reprodutivos; • Paternidade e cuidado – envolvimento ativo na gestação e cuidados com filho; • Doenças prevalentes na população masculina – fatores de risco e agravos à saúde; • Prevenção de violências e acidentes – população masculina e violências.
Novembro Azul: Novembro é o mês de conscientização sobre os cuidados integrais com a saúde do homem. -> Saúde mental, infecções sexualmente transmissíveis, doenças crônicas (diabetes, hipertensão) entre outros. -> 21 países, incluindo o Brasil, preparam campanhas sobre prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, além de levar informações sobre a prevenção e promoção aos cuidados integrais com o cuidado da saúde masculina. -> Orientações: alimentação saudável, evitar fumar e consumir bebias alcoólicas, prática de atividades físicas. -> Promover mudança no conceito de ir ao médico, encorajando os homens a fazerem exames de rotina e a cuidarem da saúde constantemente.
Exames básicos de rotina na prevenção e promoção da saúde do homem: • Pressão arterial. • Hemograma completo. • Testes de urina. • Teste de fezes. • Teste de glicemia. • Atualização da carteira vacinal. • Verificação do perímetro abdominal. • Teste de IMC.
Câncer de Próstata: • mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. • as estimativas apontavam 68.220 novos casos em 2018 -> risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens. Fatores de risco para desenvolvimento do câncer de próstata: • Idade: o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos. • Histórico de câncer na família: homens cujo o pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco. • Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado. Sinais e sintomas do câncer de próstata: • dificuldade de urinar; • demora em começar e terminar de urinar; • sangue na urina; • diminuição do jato de urina; • necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Exames são feitos para investigar o câncer de próstata: • Exame de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata. • Exame de PSA: é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata - Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata. Exame confirma/diagnostica o câncer de próstata: • Biópsia -> são retirados pedaços muito pequenos da próstata para serem analisados no laboratório. A biópsia é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal.
Agosto – mês de valorização da paternidade
-> Promover o engajamento dos homens nas ações do planejamento reprodutivo, no acompanhamento do pré-natal, nos momentos do parto de sua parceira e nos cuidados no desenvolvimento da criança, com a possibilidade real de melhoria na qualidade de vida para todas as pessoas envolvidas e vínculos afetivos saudáveis. Lei do Acompanhante - Lei Federal nº 11.108, de 07 de abril de 2005 -> determina que os serviços de saúde do SUS, da rede própria ou conveniada, são obrigados a permitir à gestante o direito a acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto. ->Pode ser o pai do bebê, o parceiro atual, a mãe, um(a) amigo(a), ou outra pessoa que a gestante escolher. -> A Lei do Acompanhante é válida para parto normal ou cesariana.
SAÚDE DA MULHER
• Ações em temas estratégicos: planejamento reprodutivo (métodos contraceptivos); atenção obstétrica (pré-natal, parto puerpério, urgências e emergências obstétricas e aborto), vigilância epidemiológica do óbito materno, violência sexual e doméstica, climatério; gênero e saúde mental; feminilização da Aids e Infecções Sexualmente Transmissíveis; câncer de colo de útero e mama. • As ações da área também têm como foco as mulheres negras, quilombolas, em situação de prisão; indígenas, do campo e da floresta, com deficiência, transexuais, lésbicas, bissexuais, idosas, em situação de rua e ciganas, entre outras.
Histórico: • 1983: Programa “Assistência Integral à Saúde da Mulher: bases de ação programática” – tema principal: controle de natalidade. • 2003: início da construção da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - Princípios e Diretrizes - equipe técnica de Saúde da Mulher avaliou os avanços e retrocessos alcançados na gestão anterior. • 2004: Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - Princípios e Diretrizes, construída a partir da proposição do Sistema Único de Saúde (SUS) e respeitando as características da nova política de saúde.
Rede Cegonha: • Estratégia lançada em 2011 pelo governo federal para proporcionar às mulheres saúde, qualidade de vida e bem estar durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida.Objetivo: reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes.
Outubro Rosa: Ações relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, desde os anos 90. Objetivo da campanha -> compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, câncer do colo do útero, promovendo a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade. Câncer de Mama: tipo de câncer mais freqüente na mulher brasileira -> desenvolvimento anormal das células da mama, que multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno. • Sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pela da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja; também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Mulher com 40 anos ou mais: exame clínico das mamas anualmente. Entre 50 e 69: pelo menos uma mamografia a cada dois anos.
• O que pode aumentar o risco de ter câncer de mama? Se uma pessoa da família - principalmente a mãe, irmã ou filha - teve essa doença antes dos 50 anos de idade e mulheres que já tiveram câncer em uma das mamas ou ovário, em qualquer idade. -> Mulheres com maior risco: a partir dos 35 anos de idade -> exame clínico das mamas e mamografia (anualmente).
LEI N° 11.664, DE 29 DE ABRIL DE 2008: Dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. | LEI N° 11.634, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007: Dispõe sobre o direito da gestante ao conhecimento e a vinculação à maternidade onde receberá assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde. | LEI N° 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006: Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. | LEI N° 11.108, DE 7 DE ABRIL DE 2005: Altera a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.| LEI N° 10.778, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2003: Estabelece a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos ou privados.
Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal: • Subsídios e orientação a todos os envolvidos no cuidado, no intuito de promover, proteger e incentivar o parto normal; • promover mudanças na prática clínica, uniformizar e padronizar as práticas mais comuns utilizadas na assistência ao parto normal; • diminuir a variabilidade de condutas entre os profissionais no processo de assistência ao parto; • reduzir intervenções desnecessárias no processo de assistência ao parto normal e consequentemente os seus agravos; • difundir práticas baseadas em evidências na assistência ao parto normal; • recomendar determinadas práticas sem, no entanto, substituir o julgamento individual do profissional, da parturiente e dos pais em relação à criança, no processo de decisão no momento de cuidados individuais.
Cuidados com o períneo: O trauma perineal ou genital deve ser definido como aquele provocado por episiotomia ou lacerações: • Primeiro grau – lesão apenas da pele e mucosas; • segundo grau – lesão dos músculos perineais sem atingir o esfínciter anal; • Terceiro grau – lesão do períneo envolvendo o complexo do esfíncter anal: - 3a – laceração de menos de 50% da espessura do esfíncter anal; - 3b – laceração de mais de 50% da espessura do esfíncter anal; - 3c – laceração do esfíncter anal interno. • Quarto grau – lesão do períneo envolvendo o complexo do esfíncter anal (esfíncter anal interno e externo) e o epitélio anal.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto: • Sempre que possível deve ser oferecido à mulher a imersão em água para alívio da dor no trabalho de parto. • os gestores nacionais e locais devem proporcionar condições para o redesenho das unidades de assistência ao parto visando a oferta da imersão em água para as mulheres no trabalho de parto. • se uma mulher escolher técnicas de massagem durante o trabalho de parto que tenham sido ensinadas aos seus acompanhantes, ela deve ser apoiada em sua escolha. • se uma mulher escolher técnicas de relaxamento no trabalho de parto, sua escolha deve ser apoiada. • A injeção de água estéril não deve ser usada para alívio da dor no parto. • A estimulação elétrica transcutânea não deve ser utilizada em mulheres em trabalho de parto estabelecido. • A acupuntura pode ser oferecida às mulheres que desejarem usar essa técnica durante o trabalho de parto, se houver profissional habilitado e disponível para tal. • apoiar que sejam tocadas as músicas de escolha da mulher durante o trabalho de parto. • A hipnose pode ser oferecida às mulheres que desejarem usar essa técnica durante o trabalho de parto, se houver profissional habilitado para tal. • por se tratar de intervenções não invasivas e sem descrição de efeitos colaterais, não se deve coibir as mulheres que desejarem usar áudio-analgesia e aromaterapia durante o trabalho de parto. • os métodos não farmacológicos de alívio da dor devem ser oferecidos à mulher antes da utilização de métodos farmacológicos.
Atenção Humanizada ao Abortamento: • nos casos em que exista indicação de interrupção da gestação, obedecida a legislação vigente e, por solicitação da mulher ou de seu representante, deve ser oferecida à mulher a opção de escolha da técnica a ser empregada: abortamento farmacológico, procedimento aspirativo (Amiu) ou a dilatação e curetagem.
 -> O aborto no Brasil somente não é qualificado como crime em três situações: • quando a gravidez representa risco de vida para a gestante. • quando a gravidez é o resultado de um estupro. • quando o feto for anencefálico, ou seja, não possuir cérebro. Esse último item foi julgado pelo STF em 2012 e declarado como parto antecipado com fins terapêuticos. • O medicamento Levonorgestrel usado para a anticoncepção hormonal de emergência se insere no contexto da Rede Cegonha como insumo eficaz para evitar a gravidez indesejada e, consequentemente, o abortamento inseguro. • Método mais adequado para a anticoncepção de emergência: Levonorgestrel. • nos serviços públicos de saúde– unidades básicas de saúde e ESF, UPA, centros de saúde – está disponível gratuitamente o Levonorgestrel de 0,75mg.

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