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Defesa auditoria - CBM

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA DE CONTROLE EXTERNO
7ª CCG - SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL
RELATÓRIO TÉCNICO COMPLEMENTAR
	PROCESSO:
	:
	 2008/50247-2
	NATUREZA:
	:
	 PRESTAÇÃO DE CONTAS 
	ATUAÇÃO:
	:
	 DEFESA
	ÓRGÃO:
	:
	 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO PARÁ – CBM
	RESPONSÁVEL:
	:
	PAULO GERSON NOVAES DE ALMEIDA 
Retornam a esta Controladoria os autos do processo nº 2008/50247-2, referente à Prestação de Contas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará – CBM/PA, exercício 2007, após a juntada do expediente de nº 2019/05066-7 (fls. 02 a 119 - vol. 12/12) encaminhado pelo Sr. Paulo Gerson Novaes de Almeida, Ex-Comandante Geral, à época, visando afastar as irregularidades registradas em Relatório de Fiscalização, às fls. 483 a 494 - vol. 11/12.
SITUAÇÃO PROCESSUAL
O relatório produzido por esta Controladoria, às fls. 483 a 494 - vol. 11/12, em face da auditoria programada na prestação de contas do exercício de 2007 concluiu, com fundamento no artigo 56, inciso III, alíneas “b”, “c”, “d” e “e” da Lei Orgânica deste TCE (LC nº 81/2012) c/c art. 158, III, “b”, c”, “d” e “e” do RITCE/PA (Ato n° 63/2012), pela IRREGULARIDADE das contas do Sr. Paulo Gerson Novaes de Almeida, Ex-Comandante Geral, à época, com devolução ao Tesouro Estadual no valor de R$ 1.711.421,25 (um milhão, setecentos e onze mil, quatrocentos e vinte e um reais e vinte e cinco centavos), sem prejuízo da aplicação das multas previstas nos artigos 82 e 83, inciso II e III da LOTCE/PA (LC n° 81/2012) c/c artigos 242 e 243 I “b” e “c”, em observância ao art. 283 do atual RITCE/PA.
O Parquet de Contas apresentou Parecer nº 085/2017, fls. 498 a 530 – vol. 11/12, concluindo pela irregularidade das contas de responsabilidade do Sr. Paulo Gerson Novaes de Almeida, Ex-Comandante Geral, à época, com devolução parcial do valor de R$ 3.917.804,67 (três milhões, novecentos e dezessete mil, oitocentos e quatro reais e sessenta e sete centavos), com fundamento no art. 158, III, “b”, “c” e “d” do RITCE/PA.
Justificou a necessidade da realização de inspeção extraordinária, prevista no art. 83, II do RITCE/PA, com o objetivo de apurar o real prejuízo causado ao Erário Estadual e promover a devida responsabilização.
Recomendou ao CBM/PA que: 
Observe a modalidade correta dos procedimentos licitatórios;
Designe formalmente fiscal para os contratos celebrados;
Observe as formalidades quanto ao devido atesto nas notas fiscais na oportunidade dos pagamentos;
Promova a segregação de função para atendimento dos princípios básicos do sistema de controle interno;
Abstenha-se de realizar pagamentos de serviços sem o preenchimento de todos os requisitos legais;
Indique o nome dos passageiros, o destino, a finalidade da viagem, na oportunidade de emissão de bilhetes;
Observe as Cláusulas contratuais na oportunidade da execução e pagamento dos contratos;
Fiscalize a execução dos convênios em que figure como repassador de recursos públicos;
Não realize dispensa de licitação sem fundamentação legal;
Não prorrogue contratos sem fundamentação legal;
Não promova acréscimo de valores nos contratos, sem fundamentação legal;
Submeta os procedimentos licitatórios a análise de um assessor jurídico, devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil;
Observe, na oportunidade de encaminhamento da prestação de contas final de exercício ou gestão, as determinações regimentais e das resoluções aplicáveis à espécie, principalmente, no que diz respeito ao envio dos documentos obrigatórios determinados em lei, evitando a incidência de multas regimentais; e
Atente para a realização dos Processos licitatórios, quando da assinatura dos contratos afetos àquele órgão, na medida em que o procedimento de dispensa de licitação se constitui em exceção para a contratação dos bens e serviços necessários;
Por fim, informou que encaminhou cópia dos relatórios de auditoria e do Parecer ao Ministério Público do Estado do Pará, para as devidas providências, nos termos do art. 129, I da Constituição Federal/1988; art. 182, I da Constituição Estadual/1989; art. 15 da LC nº 09/1992 (Lei Orgânica do MPC/PA) c/c o art. 52, II, da LC nº 57/2006 (Lei Orgânica do MPE/PA) e na Clausula Segunda, item I “c” c/c o item III, “a” do Termo de Cooperação nº 01/2012, firmado entre o MPC/PA e o MPE/PA e nos termos da Recomendação nº 02/2016 da Corregedoria Geral do MPC/PA, publicada no Diário Oficial do Estado do Pará.
Em obediência ao princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, consignado no artigo 5º, LV da Constituição Federal, foi encaminhada notificação ao Sr. Paulo Gerson Novaes de Almeida, às fls. 533/534 - vol. 4/7, para que este se manifestasse no prazo regimental. Em seguida sobreveio defesa pelo o que se passa a analisar:
2. DA DEFESA APRESENTADA PELO SR. PAULO GERSON NOVAES DE ALMEIDA
2.1. Do Contrato de Passagens Aéreas
a) Constatação
O relatório de fiscalização opinou pelo ressarcimento ao Erário dos seguintes valores: R$ 125.090,89 (cento e vinte e cinco mil, noventa reais e oitenta nove centavos) diante da ausência de comprovação de despesas; R$ 1480,24 (um mil quatrocentos e oitenta reais e vinte quatro centavos) pelo pagamento de passagens sem aplicação do desconto contratual; R$ 307,24 (trezentos e sete reais e vinte quatro centavos), pelo pagamento de tarifas sem o desconto contratual,
b) Razões de defesa
Em suas razões o defendente inicialmente enfatiza que os servidores em comento são instrutores da Polícia Civil lotados no Núcleo de Inteligência Policial (NPI), de modo que sistematicamente viajam para o interior do Estado com a finalidade de ministrarem cursos de atualização para os demais policiais lotados nesses interiores. Informa que não há no âmbito da PCPA burocracia ou formalidade, para a emissão de certificação aos policias ao final dos referidos cursos, menos ainda aos instrutores. Desse modo, alega que a presunção de que não houve a viagem apenas pela ausência de certificado não se sustenta e chega a ser temerária, data vênia.
Sustenta que as viagens, de fato, aconteceram, conforme consta nos relatórios de viagem dos servidores e que a ausência de certificado não inverte ou invalida a efetividade das viagens e os pagamentos, referentes às diárias correspondentes. Desse modo, concluiu que as viagens foram realizadas, as diárias foram pagas e os cursos foram ministrados, conforme verifica-se nos seguintes documentos anexados: Portaria n° 863/2011, solicitação de pagamento de diárias, minuta do treinamento básico em operações policias civis e investigação policial, as necessidades pedagógicas a serem viabilizadas para a realização do treinamento, publicação n° 278294 no D.O.E. n° 31992 em 05/09/2011, notas de empenho e relatórios de viagens correspondentes (fls. 213 a 228 – vol. 6/7).
Por fim, o defendente anexou aos autos as frequências dos citados servidores no curso aludido (Treinamento Básico de Operações Policiais Civis e Investigação Policial), na condição de instrutores, no período de 29/08 a 05/09/2011 (fls. 163 a 171 – vol. 7/7), bem como as frequências dos alunos participantes do curso (fls. 172 a 185 – vol. 7/7) e Declaração emitida pela Divisão de Ensino da Academia da Polícia Civil – ACADEPOL, subscrita pelo Sr. João Alberto Maciel e Sousa, Diretor à época, e pela Sra. Magdala de Souza, Secretaria Acadêmica (fl. 186 – vol. 7/7).
Assim, afirma que houve o atendimento ao Decreto Estadual n° 2.819/1994 e à Orientação Normativa n° 001/2008, haja vista a comprovação demonstrada nos autos.
c) Análise da defesa
Inicialmente verifica-se que a alegação de que não há no âmbito da PCPA burocracia ou formalidade para apresentação de certificado, decorrente de realização de cursos, menos ainda aos instrutores, não deve prosperar, haja vista a existência no âmbito estadual de legislação que verse sobre a concessão de diárias, como o Decreto Estadual n° 2.819/1994 e a Orientação Normativa n° 001/2008 - AGE, os quais nãoforam observados em sua totalidade, motivo pelo qual esta seção técnica sugeriu a devolução dos valores não comprovados, relativos aos pagamentos de diárias. 
Em seguida o defendente juntou aos autos cópias dos seguintes documentos: Portaria n° 863/2011, solicitação de pagamento de diárias, minuta do curso “Treinamento Básico em Operações Policiais Civis e Investigação Policial”, documento referente às “Providências da Superintendência Regional do Sudeste Paraense”, publicação n° 278294 no D.O.E. n° 31992 em 05/09/2011, notas de empenho, ordens bancárias, relatórios de viagens correspondentes (fls. 213 a 228 – vol. 6/7), além das frequências dos citados servidores no curso aludido, frequências dos alunos participantes e Declaração emitida pela Divisão de Ensino da Academia da Polícia Civil – ACADEPOL (fls. 163 a 186 – vol. 7/7).
Da análise procedida nos referidos documentos, verificou-se que a despesa com diárias consistiu no deslocamento de servidores ao município de Marabá para ministrar curso de aperfeiçoamento no período de 28/08/2011 a 06/09/2011, correspondendo a 91/2 diárias, segundo Portaria n° 863/2011-DGPC/OD/DRF (fl. 213 – vol. 6/7), contudo nas notas de empenho relacionadas (fls. 223, 226, 229 e 232 – vol. 6/7) há no item “especificação” 91/2 (nove e meia) diárias e no item “quantidade” 10 (dez) diárias, não constando esclarecimentos a respeito da diferença de informações detectada.
Além de que, na referida minuta (fls. 215 a 221 – vol. 6/7) no item “Condições de Execução”, consta data de execução do curso, no período de 29/08/2011 a 05/09/2011, bem como 07 (sete) disciplinas que seriam ministradas com carga horária total de 110 hs/aula.
Nesse sentido, observa-se, à fl. 219 – vol. 6/7, que aos instrutores Sr. Afonso Alves Rodrigues coube a instrução de 04 (quatro) disciplinas, com carga horária total de 50 hs/aula; aos Srs. Marnilson José de Sousa Rabelo e Marco Antônio Sena Chagas a instrução de 01 (uma) disciplina com carga horária de 40 hs e ao Sr. Kleiton Amâncio Cabral a instrução de 03 (três) disciplinas com carga horária total de 20 hs, assim demonstrado:
 Quadro 01: Diárias Pagas e Devidas
	INSTRUTORES
	N° DIÁRIAS
	 
	 
	
	PAGAMENTO (A)
	DEVIDAS (B)
	(A) - (B)
	VLR GLOSADO (R$)
	NOME
	DISCIPLINAS
	QTD
	VLR UNI (R$)
	VLR (R$) TOTAL 
	QTD
	VLR (R$)
	VLR (R$)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Afonso Alves Rodrigues
	Investigação Policial Moderna - 20 h/a
	9,5
	128,25
	1.282,50
	6,5
	833,63
	448,88
	448,88
	
	Atividade de Inteligência Policial - 12 h/a
	
	
	
	
	
	
	
	
	Sistemas de Informação de Segurança - 18 h/a
	
	
	
	
	
	
	
	Marnilson José de Sousa Rabelo
	Operações Policiais Civis - 40 h/a
	9,5
	128,25
	1.282,50
	4,5
	577,13
	705,38
	1.282,50*
	Marco Antônio Sena Chagas 
	
	
	
	1.282,50
	3,5
	448,88
	833,63
	833,63
	Kleiton Amâncio Cabral
	Relações Interpessoais - 05 h/a
	9,5
	128,25
	1.282,50
	9,5
	1.282,50
	0
	0
	
	Direitos Humanos - 05 h/a
	
	
	
	
	
	
	
	
	Orientação e Supervisão de Curso - 10 h/a
	
	
	
	
	
	
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	TOTAL GLOSADO 
	2.565,00
 Fonte: Elaborada pela 7° CCG
* Valor glosado pela ausência de comprovação 
Diante da análise dos documentos apresentados, ressaltam-se os seguintes pontos:
- Em relação ao Sr. Afonso Alves Rodrigues, acata-se os documentos e alegações arguidas, haja vista que as informações constantes na lista frequência dos alunos (fls. 172 a 185 – vol. 7/7) estão condizentes com o relatório de frequência do instrutor (fls. 163 a 171 – vol. 7/7), embora o Relatório Técnico contenha a exigência de apresentação do certificado ou diploma para comprovar a participação dos servidores no curso. 
Ademais, constatou-se que o instrutor ministrou as supramencionadas disciplinas nos dias 31/08, 02/09, 03/09 e 05/09/2011, correspondendo a 61/2 diárias (R$ 833,63), no entanto foram pagas 91/2 diárias (1.282,50), por essa razão sugere-se a devolução do valor de R$ 448,88 (quatrocentos e quarenta e oito reais e oitenta e oito centavos), equivalente a 3 diárias.
- Quanto ao instrutor Sr. Marnilson José de Sousa Rabelo, observa-se que alegações não merecem prosperar, haja vista a ausência da lista de frequência dos alunos, além da ausência do respectivo certificado, opinando-se pela manutenção da sugestão da devolução total do valor de R$ 1.282,50 (um mil, duzentos e oitenta e dois reais e cinquenta centavos).
- Constatou-se que o Sr. Marco Antônio Sena Chagas participou do curso nos dias 30/08 e 01/09/2011, equivalente a 31/2 diárias (R$ 448,88), porém recebeu 91/2 diárias (1.282,50), desse modo, sugere-se a devolução do valor de R$ 833,63 (oitocentos e trinta três reais e sessenta e três centavos), correspondente a 6 (seis) diárias.
- O Sr. Kleiton Amâncio Cabral ministrou as referidas disciplinas nos dias 29/08 e 06/09/2011, correspondendo a 9 ½ diárias (R$ 1.282,50).
Diante do exposto, esta seção técnica opina pela devolução do montante de R$ 2.565,00 (dois mil, quinhentos e sessenta e cinco reais), por ficar caracterizada a ocorrência de dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo e antieconômico.
2.2. Diárias concedidas ao servidor no seu período de plantão, em lugares distintos.
a) Constatação
No relatório técnico anterior, item 5.1.2.4, detectou-se a existência de concessão de diárias a servidores para viagem aos municípios de Ponta de Pedras, Baião, Salinas, Abaetetuba, Marabá, Redenção e Recife, no mesmo período dos plantões, supostamente realizados, segundo escala apresentada nos autos, motivo pelo qual ficou evidenciado o pagamento indevido de diárias no valor de R$ 6.381,00 (seis mil, trezentos e oitenta e um reais), concluindo-se pela devolução do referido valor ao Erário, haja vista a não comprovação das respectivas viagens.
b) Razões de defesa
O defendente alega que a Diretoria de Recursos Financeiros da Polícia Civil ao analisar os relatórios de viagens e de plantão dos servidores relacionados no item 5.1.2.4, detectou a existência de pagamento simultâneo, contudo ficou demonstrada através dos relatórios de viagens, devidamente assinados pelos interessados e seus superiores hierárquicos, a confirmação do deslocamento dos respectivos servidores. 
Desse modo, confirmado o deslocamento, conforme os normativos que regem a matéria, observou que os valores, correspondentes as diárias, foram recebidos de boa-fé, verificando-se que os procedimentos internos adotados estavam em consonância ao art. 12, II da IN n° 001/2008/AGE, uma vez que houve a comprovação dos deslocamentos.
Informou ainda que verificada a ausência de frequências de servidores que receberam a gratificação de plantão no período, e não existindo comprovação relativa aos plantões remunerados no mesmo período dos deslocamentos confirmados, constatou que deve ser ressarcido ao Erário o valor de R$ 1.959,43 (um mil, novecentos e cinquenta e nove reais e quarenta e três centavos), correspondente ao pagamento da referida gratificação e não o valor de R$ 6.381,00 (seis mil, trezentos e oitenta e um reais), relativo a diárias, considerando a confirmação do deslocamento.
Ressalta o defendente “que nessa situação encontram-se os servidores Afonso Rodrigues e Marnilson Rabelo. Estes estavam relacionados para plantões remunerados (cuja escala é elaborada com antecedência), mas, por descuido administrativo da chefia imediata (o ordenador de despesa não tem como saber se eventualmente está havendo montagem em escala de serviço), os servidores foram, no mesmo período ministrar curso em Marabá, o que está sobejamente comprovado como acima explicitado. ”
Destarte, concluiu que os servidores devem restituir ao Erário os valores referentes aos plantões que, mesmo recebendo, não os cumpriram, a exemplo dos demais.
c) Análise da defesa
O defendente insurge-se no sentido de comprovar a despesa com concessão de diárias, tendo em vista a ausência de documentos que justifiquem opagamento de gratificação de plantão remunerado, no mesmo período de deslocamento das diárias. Para tanto, anexa aos autos as respectivas portarias, publicação em Imprensa Oficial do Estado do Pará, escala de veraneio, notas de empenho, ordens bancárias e relatórios de viagens, assim demonstrado:
Quadro 02: Pagamento de Diárias em Período Simultâneo aos Plantões 
	DIÁRIAS
	PLANTÕES
	NOME
	DATA/HORA
	LOCAL
	PORTARIA
	NE
	DATA
	VLR (R$)
	DATA/
HORA
	LOCAL
	VLR (R$)
	Guiomar Dias Azulay
	01 a 03/07/11
Ida em 01/07 às 06:00 hs
	Ponta de Pedras
	457/2011
	2330
	30/06/11
	405,00 
	01/07/11
20:00 hs
	NIP
	211,24
	Guiomar Dias Azulay
	08 a 10/07/11
	Ponta de Pedras
	519/2011
	2619
	06/07/11
	405,00 
	09/07/11
	NIP
	211,24
	Antônio Carlos Machado da Silva
	15 a 17/07/11
Retorno em 18/07 às 06:00 
	Salinópolis
	597/2011
	2896
	13/07/11
	405,00 
	17/07/11
20:00 hs
	NIP
	211,24
	Antônio Carlos Machado da Silva
	29 a 31/07/11 Ida em 29/07/11 às 06:00 hs
	Salinópolis
	700/2011
	3403
	27/07/11
	405,00 
	29/07/11
20:00 hs
	NIP
	211,24
	Dario Moscoso Nogueira
	02 a 06/07/201
	Baião
	499/2011
	2552
	05/07/11
	607,50 
	05/07/11
	NIP
	211,24
	Mario Sergio Monteiro Ferreira
	21 a 23/10/11
Ida em 21/10/11 às 07:30 hs
	Abaetetuba
	1110/2011
	5439
	17/11/11
	270,00 
	21/10/11
20:00 hs
	NIP
	211,24
	Afonso Alves Rodrigues
	28/08 a 06/09/11
	Marabá
	863/2011
	4146
	02/09/11
	1.282,50 
	31/08/11
	NIP
	211,24
	Ronivaldo Pontes de Souza
	04 a 09/09/11
	Redenção
	910/2011
	4403
	13/09/11
	742,50 
	08/09/11
	GPE
	128,49
	Marnilson Jose de Souza Rabelo
	28/08 a 06/09/11
	Marabá
	863/2011
	4147
	02/09/11
	1.282,50 
	02/09/11
	GPE
	128,49
	Carlos André Viana da Costa
	27 a 29/10/11
	Recife
	1051/2011
	5255
	08/11/11
	576,00 
	28/10/11
	DRRB
	223,77
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	6.381,00 
	 
	 
	1.959,43 
Fonte: Relatório Técnico de Fiscalização da 7° CCG - 2011
Verificou-se que os relatórios de viagens juntados aos autos já foram apresentados em outra oportunidade, bem como parte das portarias, notas de empenho e ordens bancárias, no entanto o defendente juntou cópia do bilhete de passagem (fl. 56 – vol. 7/7), referente à diária concedida ao servidor Carlos André Viana da Costa, com deslocamento a Recife, além de cópia de Folha de Rosto Sintético (fl. 55 – vol. 7/7).
No tocante aos pagamentos dos plantões, o defendente afirmou que não há documentos comprobatórios que justifiquem a referida despesa, por essa razão sugeriu que o valor correspondente (R$ 1.959,43) fosse restituído aos cofres públicos, em detrimento do valor das diárias (R$ 6.381,00).
Por essa razão, juntou aos autos “Comunicações” (fls. 130, 133, 134, 138, 141, 147, 150, 152, 158 e 162 – vol. 7/7) que tratam da cientificação dos servidores sobre o desconto no contracheque correspondente ao valor pago indevidamente (gratificação de plantão).
Assim, considerando o conjunto probatório apresentado, acatam-se os documentos e as alegações arguidas, sugerindo-se a devolução do valor de R$ 1.959,43 (um mil, novecentos e cinquenta e nove reais e quarenta e três centavos) aos cofres públicos estaduais.
2.3. Pagamentos de diárias realizadas em duplicidade.
a) Constatação
Conforme item 5.1.2.5, verificou-se nos processos de pagamentos de diárias concedidas aos servidores do PCPA, a duplicidade de pagamentos a 18 (dezoito) servidores, no valor total de R$ 10.197,50 (dez mil, cento e noventa e sete reais e cinquenta centavos), considerando a existência de Portarias, Notas de Empenho e Ordens Bancárias, com o mesmo objeto (mesmo servidor/mesma destinação/mesmo período de viagem), ficando, portanto, caracterizado o dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo e antieconômico, concluindo-se pela devolução do referido valor ao Tesouro Estadual.
b) Razões de defesa
O defendente afirma “que neste caso, realmente, houve a duplicidade de pagamento das diárias aos servidores, mencionados no relatório, totalizando dezoito policiais. Urge, apenas, que se faça a retificação sobre os valores, uma vez que o TCE aponta a quantia de R$ 10.197,50 (dez mil, cento e noventa e sete reais e cinquenta centavos), mas em verdade tal valor importa em R$ 9.927,50 (nove mil, novecentos e vinte e sete reais e cinquenta centavos), haja vista que, equivocadamente, o nome do servidor Júlio Cesar Teixeira da Silva aparece três vezes na relação do TCE (fls. 507 do Relatório de Fiscalização). ”
Alega que não houve má fé no pagamento de diárias, mas que os servidores que as receberam devem restituí-las ao Erário, o que já foi providenciado pela Polícia Civil.
Citou a manifestação da Consultoria Jurídica da Polícia Civil, mediante o Parecer n° 231/2015-CONJUR, subscrito pela Coordenadora Chefe, Dra. Kelly Cristina Barros Castelo Branco, favorável ao ressarcimento dos plantões recebidos pelos servidores envolvidos, bem como as diárias pagas em duplicidade.
Alegou ainda que diante do parecer da Consultoria Jurídica e do Relatório de Fiscalização do TCE, o Delegado Geral, através do Protocolo n° 2015/152109, de 17/04/2015 (fl. 120 – vol. 7/7) determinou à Diretoria de Recursos Humanos que adotasse as providências necessárias. Por essa razão, a Diretora emitiu as Comunicações (fls. 130/163 – vol. 7/7) a todos os servidores que receberam indevidamente diárias ou plantões remunerados, informando a respeito do desconto a ser realizado no contracheque.
c) Análise da defesa
O defendente em suas alegações afirmou que, de fato, houve o pagamento em duplicidade de diversas diárias a servidores, no total de 18 (dezoito) policiais, entretanto, aponta a ocorrência de lançamento indevido por esta seção técnica, de modo que o valor sujeito a devolução seria de R$ 9.927,50 (nove mil, novecentos e vinte e sete reais e cinquenta centavos), não o valor de R$ 10.197,50 (dez mil, cento e noventa e sete reais e cinquenta centavos).
Para melhor entendimento, demonstra-se os valores apontados no relatório de fiscalização passíveis de devolução, como segue:
Quadro 3: Diárias pagas em duplicidade
	Data NE
	Nome Credor
	Processo
	LOCAL
	IDA
	VOLTA
	No. OB
	Data OB
	Valor
	04/07/11
	Alex Sandro Da Silva Mota
	Port 490/11
	Eldorado dos Carajás
	30/06/11
	04/07/11
	2572
	04/07/11
	607,50
	14/07/11
	Alex Sandro Da Silva Mota
	Port 551/11
	Eldorado dos Carajás
	30/06/11
	04/07/11
	3115
	15/07/11
	607,50
	13/09/11
	Antônio Paulo Azevedo Costa
	Port 908/11
	Vigia
	09/09/11
	11/09/11
	4634
	13/09/11
	237,50
	13/10/11
	Antônio Paulo Azevedo Costa
	Port 994/11
	Vigia
	09/09/11
	11/09/11
	5064
	13/10/11
	237,50
	13/09/11
	Ardilex Nazareno do S Barra
	Port 910/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	4660
	14/09/11
	742,50
	08/11/11
	Ardilex Nazareno dos S Barra
	Port 1070/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	5506
	08/11/11
	742,50
	13/09/11
	Carlos Maia Filho
	Port 910/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	4659
	14/09/11
	742,50
	08/11/11
	Carlos Maia Filho
	Port 1070/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	5509
	08/11/11
	742,50
	13/09/11
	Carlos Martins da Silva
	Port 910/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	4658
	14/09/11
	742,50
	08/11/11
	Carlos Martins da Silva
	Port 1070/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	5512
	08/11/11
	742,50
	13/09/11
	Claudio Fonseca e Gomes
	Port 908/11
	Vigia
	09/09/11
	11/09/11
	4631
	13/09/11
	237,50
	13/10/11
	Claudio Fonseca e Gomes
	Port 994/11
	Vigia
	09/09/11
	11/09/11
	5059
	13/10/11
	237,50
	13/09/11
	Emerson Lopes da Silva
	Port 910/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	4662
	14/09/11
	742,50
	08/11/11
	Emerson Lopes da Silva
	Port 1070/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	5511
	08/11/11
	742,50
	13/09/11
	Emilio De Quadros Peinado Junior
	Port 910/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	4657
	14/09/11
	742,50
	08/11/11
	Emilio de Quadros Peinado Junior
	Port 1070/11
	Redenção
	04/09/1109/09/11
	5510
	08/11/11
	742,50
	13/09/11
	Eric Marcos Nunes Cavalcante
	Port 910/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	4664
	14/09/11
	742,50
	08/11/11
	Eric Marcos Nunes Cavalcante
	Port 1070/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	5507
	08/11/11
	742,50
	04/07/11
	Givanildo Pereira dos Santos
	Port 490/11
	Eldorado dos Carajás
	30/06/11
	04/07/11
	2570
	04/07/11
	607,50
	14/07/11
	Givanildo Pereira dos Santos
	Port 551/11
	Eldorado dos Carajás
	30/06/11
	04/07/11
	3116
	15/07/11
	607,50
	13/09/11
	Igor Carleo Oliveira Da Silva
	Port 910/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	4663
	14/09/11
	742,50
	08/11/11
	Igor Carleo Oliveira Da Silva
	Port 1070/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	5505
	08/11/11
	742,50
	04/07/11
	Jean George Mesquita Pedrosa
	Port 490/11
	Eldorado Dos Carajás
	30/06/11
	04/07/11
	2571
	04/07/11
	607,50
	14/07/11
	Jean George Mesquita Pedrosa
	Port 551/11
	Eldorado Dos Carajás
	30/06/11
	04/07/11
	3117
	15/07/11
	607,50
	04/07/11
	Júlio Cesar Teixeira Da Silva
	Port 490/11
	Eldorado Dos Carajás
	30/06/11
	04/07/11
	2569
	04/07/11
	607,50
	14/07/11
	Júlio Cesar Teixeira Da Silva
	Port 551/11
	Eldorado Dos Carajás
	30/06/11
	04/07/11
	3118
	15/07/11
	607,50
	14/07/11
	Júlio Cesar Teixeira Da Silva
	Port 551/11
	Eldorado Dos Carajás
	30/06/11
	04/07/11
	5214
	20/10/11
	607,50
	13/09/11
	Nelson Jorge Osorio Lucas
	Port 908/11
	Vigia
	09/09/11
	11/09/11
	4632
	13/09/11
	237,50
	13/10/11
	Nelson Jorge Osorio Lucas
	Port 994/11
	Vigia
	09/09/11
	11/09/11
	5060
	13/10/11
	237,50
	13/09/11
	Nilvado Machado Pinto
	Port 908/11
	Vigia
	09/09/11
	11/09/11
	4633
	13/09/11
	237,50
	13/10/11
	Nilvado Machado Pinto
	Port 994/11
	Vigia
	09/09/11
	11/09/11
	5063
	13/10/11
	237,50
	13/10/11
	Raimundo De Farias
	Port 983/11
	Cametá
	22/07/11
	23/07/11
	5093
	13/10/11
	135,00
	14/12/11
	Raimundo De Farias
	Port 1259/11
	Cametá
	22/07/11
	23/07/11
	6642
	14/12/11
	202,50
	13/09/11
	Ronilvaldo Pontes De Souza
	Port 910/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	4661
	14/09/11
	742,50
	08/11/11
	Ronilvaldo Pontes De Souza
	Port 1070/11
	Redenção
	04/09/11
	09/09/11
	5508
	08/11/11
	742,50
	13/07/11
	Rui Guilherme Cruz Neves
	Port 593/11
	Salvaterra
	15/07/11
	17/07/11
	2960
	13/07/11
	405,00
	26/07/11
	Rui Guilherme Cruz Neves
	Port 687/11
	Salvaterra
	15/07/11
	17/07/11
	3452
	26/07/11
	405,00
	 
	 
	 
	 
	 
	TOTAL PAGO:
	20.395,00
	 
	 
	 
	 
	 
	VALOR DUPLICADO:
	10.197,50
Fonte: Relatório Técnico de Fiscalização da 7° CCG - 2011
Ocorre que foram realizados 03 (três) repasses no valor de R$ 607,50 (seiscentos e sete reais e cinquenta centavos) ao Sr. Júlio Cesar Teixeira da Silva, por meio das ordens bancárias, n° 2569, 3118 e 5214, portanto dois pagamentos a mais ao servidor. Deste modo, o valor correto a ser restituído aos cofres públicos corresponde a R$ 10.197,50 (dez mil, cento e noventa e sete reais e cinquenta centavos), conforme Quadro 3.
O defendente juntou as Comunicações (fls. 131, 132, 137, 139, 140, 142, 143, 144, 146, 148, 151, 153, 154, 155, 157, 159, 160, 161, – vol. 7/7) que tratam da cientificação dos servidores sobre o desconto no contracheque correspondente ao valor pago indevidamente (gratificação de plantão), porém consta somente uma comunicação ao Sr. Júlio Cesar Teixeira da Silva, sendo que deveriam ser duas, conforme mencionado.
Ademais o Sr. Nilton Jorge Barreto Atayde requereu juntada (Expediente n° 2015/09210-0) anexando os Demonstrativos de Cálculo e Folha – Ficha Financeira, às fls. 191 a 212 – vol. 7/7, relacionados ao desconto em folha dos “pagamentos de diárias realizados em duplicidade, cujo valor equivale a R$ 9.927,50 (nove mil, novecentos e vinte e sete reais e cinquenta centavos).
Diante do exposto, verificou-se que o defendente realizou o desconto em folha, mas de forma parcial, restando ausente o valor de R$ 607,50 (seiscentos e sete reais e cinquenta centavos), referente ao repasse indevido ao servidor Júlio Cesar Teixeira da Silva. Assim, sugere-se a devolução do respectivo valor a Erário estadual.
2.4. Ausência de relação da frota alugada.
a) Constatação
Em análise aos processos referentes às Notas de Empenho nº 2011NE00033 e 2011NE01299, concernentes ao Contrato nº 11/2008, firmado com a empresa Locavel Serviços Ltda., verificou-se que não há informações sobre os veículos locados, tais como nº de placa, de chassi e de renavan, constando apenas fatura e/ou Nota Fiscal de Serviços, onde informa o modelo e a quantidade adquirida, o que contraria os artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/1964.
Quanto ao pagamento das supramencionadas notas de empenho, não foi disponibilizado nenhum documento que comprovasse o efetivo recebimento dos serviços contratados, o que contraria o disposto no art. 63, § 1°, I, da Legislação Federal nº 4.320/1964, o qual dispõe sobre a liquidação da despesa. Desse modo, não foi possível, confirmar se os veículos referentes às notas de empenho citadas foram, realmente, utilizados pela Polícia Civil, para exercício de sua função pública.
Diante da ausência de informações capazes de quantificar e qualificar o objeto, bem como documentos comprobatórios da liquidação da despesa, esta seção técnica sugeriu a devolução da importância de R$ 1.591.251,47 (um milhão, quinhentos e noventa e um mil, duzentos e cinquenta e um reais e quarenta e sete centavos).
b) Razões de defesa
Aduz o defendente que diferentemente do que consta do relatório de fiscalização, fls. 525 e 526 – vol. 4/7, os documentos existem em abundância, somente não foram apresentados a esta Corte, em razão do prazo estipulado de 48 (quarenta e oito) horas concedido, sem considerar a realização da auditoria 04 (quatro) anos após o exercício da sua administração, sendo necessária a busca de documentos físicos nos arquivos da instituição.
Informa ainda que o documento “RELAÇÃO DE VEICULOS LOCADOS POR DIVISÃO/SECCIONAL/DELEGACIA” foi juntado às fls. 13 a 15 – vol. 5/7, o qual apresenta o tipo de veículo, a placa, o renavan e a unidade policial onde tais veículos ficavam baseados. Ressalta que no referido documento, embora não conste o nome da empresa Locavel, deve ser considerado para fins de comprovação, por se tratar dos veículos locados, ora objetos da presente auditoria. 
Desse modo anexa as CONSULTAS VEICULOS BASE PARÁ (fls. 18 a 73 – vol. 5/7), emitidas pelo Departamento de Trânsito do Estado do Pará – DETRAN, com a finalidade de comprovar tal alegação, haja vista que os veículos constantes na relação exarada pela Diretoria de Administração/Controle de Veículos da PCPA são os mesmos que constam das consultas fornecidas pelo DETRAN, e todos pertencentes a empresa Locavel.
Ademais, o defendente anexou cópias das fichas de CONTROLE DE VEÍCULO (fls. 74 a 113 – vol. 5/7), da empresa Locavel Ltda. (antes denominada Locarauto) com as discriminações dos carros locados, como placa e modelo e afirma serem “exatamente os mesmos veículos (alguns alterados por conta de substituições por pane e acidentes) que constam das relações da Polícia Civil/Controle de veículos e do Departamento Estadual de Trânsito do Pará - Detran, onde observa-se, inclusive, o recebimento dos veículos assinados pelos servidores da Polícia Civil”.
O requerente anexou ainda cópia do processo de pagamento fls. 114 a 247 – vol. 5/7, contendo as faturas de locação dos veículos relacionados ao período de janeiro a dezembro de 2011, todas atestadas pela servidora Zenilda Sanches Pureza Rodrigues, fiscal do contrato à época.
Destarte, entende que restou devidamente comprovado que os veículos oriundos do contrato celebrado com a Locavel Serviços Ltda., no exercício de 2011, foram efetivamente entregues e recebidos pela Polícia Civil do Estado do Pará.
Por fim, diante do exposto requer a improcedência dos termos do Relatório de Fiscalização e a exclusão de aplicaçãode multas a ele impostas.
c) Análise da defesa
Diante da conclusão do relatório técnico anterior, resultante da análise dos processos referentes às Notas de Empenho nº 2011NE00033 e 2011NE01299, concernente ao Contrato nº 11/2008, firmado com a empresa Locavel Serviços Ltda., o Sr. Nilton Jorge Barreto Atayde anexou a sua defesa os seguintes documentos: Relação de Veículos Locados por Divisão/Seccional/Delegacia; Relação de Veículos (Contrato n° 011/2008 - LOCAVEL); Consulta Veículos Base Pará (DETRAN); Controle de Veículos; Processo de Pagamento (notas fiscais, faturas, recibos e notas de empenho). Entretanto, cabe ressaltar que parte dos documentos juntados à defesa, já tinham sido apresentados anteriormente.
Depreende-se da análise do conjunto probatório, que a informação contida na relação de veículos locados (LOCAVEL) é condizente com a Consulta Veículos Base (DETRAN), contudo não é suficiente para comprovar se estes veículos foram efetivamente utilizados pela Polícia Civil, em decorrência do Contrato n° 11/2008. Ademais, embora haja o atesto nas faturas e nas notas fiscais do efetivo recebimento do serviço prestado, não consta nos autos termo de recebimento assinado pelo responsável. Portanto, em razão da fragilidade dos documentos apresentados, não foi possível demonstrar nexo de causalidade entre os veículos efetivamente utilizados pela PCPA e o pagamento efetuado. 
Outrossim, nas faturas de locação de veículos há informação somente do modelo e quantidade adquirida, não constando discriminação dos veículos utilizados, tais como nº de placa, de chassi e de renavan, além disso, consta especificação de veículo tipo sedan e tipo pick up, não contendo informação a respeito de veículo na marca Gol.
Ressalta-se ainda que na relação de veículos locados (CT n° 11/2008) contém 45 (quarenta e cinco) veículos, ou seja, quantidade menor que a prevista no contrato e seus aditivos.
Assim, as alegações do defendente não devem prosperar, tendo em vista a ausência de nexo de causalidade entre os documentos apresentados e a despesa realizada com locação de veículos, razão pela qual esta seção técnica opina pela manutenção do relatório técnico anterior, no tocante a sugestão de devolução de R$ 1.591.251,47 (um milhão, quinhentos e noventa e um mil, duzentos e cinquenta e um reais e quarenta e sete centavos).
2.5. Demais impropriedades e ilegalidades não mencionadas na peça da defesa.
Mantem-se o entendimento de todos os demais itens apontados no relatório técnico de fiscalização, sobre os quais o ex Delegado Geral, Sr. Nilton Jorge Barreto Atayde, não apresentou defesa.
3. CONCLUSÃO
Por todo o exposto e o que demais contam nos autos, acatam-se os argumentos de defesa do Sr. Nilton Jorge Barreto Atayde (CPF 089.732.612-15), relativo ao item 2.2 e de forma parcial os itens 2.1 e 2.3, mantendo a opinião nos demais itens analisados. Assim, opina-se pela retificação da conclusão técnica quanto ao montante a ser devolvido e, considerando o débito apurado, sugere-se a inclusão de multa no art. 82 da LOTCE/PA c/c art. 242 do RITCE/PA, nos seguintes termos: 
As contas do Sr. Nilton Jorge Barreto Atayde (CPF 089.732.612-15) no valor de R$ 502.364.762,18 (quinhentos e dois milhões, trezentos e sessenta e quatro mil, setecentos e sessenta e dois reais e dezoito centavos), evidenciaram a prática de atos de gestão capitulados no artigo 56, III, “b”, “c” e “d”, da Lei Orgânica deste TCE (Lei Complementar nº 81/2012) c/c art. 158, III, “b”, “c” e “d” (Ato n° 63/2012 – RITCE/PA), opinando-se, assim, pela IRREGULARIDADE das contas, com devolução ao Tesouro Estadual do valor de R$ 2.565,00 (dois mil, quinhentos e sessenta e cinco reais), conforme descrito no item 2.1; do valor de R$ 1.959,43 (um mil, novecentos e cinquenta e nove reais e quarenta e três centavos), conforme disposto no item 2.2; do valor de R$ 607,50 (seiscentos e sete reais e cinquenta reais), conforme disposto no item 2.3; e do valor de R$ 1.591.251,47 (um milhão, quinhentos e noventa e um mil, duzentos e cinquenta e um reais e quarenta e sete centavos) conforme disposto no item 2.4, totalizando R$ 1.596.383,40 (um milhão, quinhentos e noventa e seis, trezentos e oitenta e três reais e quarenta centavos), sem prejuízo da aplicação das multas previstas no artigo 82 e 83, II e III da LC n° 81/2012, correspondente ao art. 242 e 243, I, “b” e “c”, salvo norma mais benéfica, conforme do art. 283, todos do Ato n° 63/2012 (RITCE/PA). 
Ademais, mantem-se a sugestão ao Plenário deste Tribunal, nos termos do art. 116, IX, da Constituição do Estado do Pará, no sentido de determinar à Polícia Civil do Estado do Pará a implementação das providências pontuadas ao longo do relatório de fiscalização.
Por fim, considerando o princípio da ampla defesa e contraditório assegurado no art. 5º, LV da Constituição Federal de 1988, sugere-se que o Sr. Nilton Jorge Barreto Atayde, Delegado Geral à época, seja chamado ao processo nos termos do art. 210 do RITCE/PA – Ato n° 63/2012, para apresentar defesa conforme prazo regimental.
É o relatório complementar,
Belém (PA), 20 de maio de 2019.
Fernanda Freitas da Silva
Auditora de Controle Externo
Matrícula: 0101137
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