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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS DE 
LABORATÓRIO 
 
 
INTRODUÇÃO À GEOLOGIA GERAL 
 
 
GEOLOGIA - GEO011 
 
Laboratório de Hidrogeologia – Prédio NEST- 2º andar 
 
 
Nome Aluno:________________________________Mat.:_______ 
 
UNIFEI - Universidade Federal de Itajubá 
Professora Estefânia Fernandes dos Santos – V.03 
 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
PRÁTICA 1 - Introdução à Aula Prática de Geologia 
PRÁTICA 2 – Estudo da Dinâmica da Terra 
PRÁTICA 3 - Fixação de Conceitos Básicos 
ESTUDO DIRIGIDO SOBRE PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS 
PRÁTICA 4 – Distinção entre Mineral e Rocha 
PRÁTICA 5 - Propriedades Físicas dos Minerais Ligadas à Coesão 
PRÁTICA 6 - Propriedades Físicas dos Minerais Ligadas à Luz e Outras 
PROVA P1– Determinação Mineral 
PRÁTICA 7 - Identificação macroscópica das principais rochas ígneas 
PRÁTICA 8 - Identificação macroscópica das principais rochas sedimentares 
PRÁTICA 9 - Identificação macroscópica das principais rochas metamórficas. 
PRÁTICA 10 - Mapas Geológicos: Confecção e interpretação 
PRÁTICA 11 - Identificação de Rochas aplicadas à Engenharia 
PRÁTICA 12 – ATIVIDADE DE CAMPO – ROCHAS VULCANO-ALCALINAS E 
SEDIMENTARES DO COMPLEXO DE POÇOS DE CALDAS – MG e AGUAS DA PRATA - 
SP 
 
 
 
3 
 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE ESSE MATERIAL 
 
 
Esse material é um auxílio às aulas práticas de Geologia Geral GEO011. Foi compilado pela 
Professora Estefânia Fernandes dos Santos utilizando várias bibliografias, as quais ela dá 
credito a seguir: 
 
Manual of Mineralogy, de Klein & Hurlbut 
Manual de Mineralogia, de Dana & Hulburt, 
Manual de Ciência dos Minerais, de Klein & Dutrow, 
Mineralogia - Conceitos Básicos, de Hanna Jordt-Evangelista, 
Guia para determinação de Minerais, de Victor Leinz e João Ernesto de Souza Campos, 
Roteiros de Aula Prática de Mineralogia I – Maria de Lourdes Souza Fernandes, UFMG 
Decifrando a Terra. 2008 , Teixeira et al. Oficina de Textos Ed. 2 ou 3. 
Site acadêmico da UNESP: http://www.rc.unesp.br/igce/petrologia/nardy/elearn.html 
 
É vedada a reprodução desse material para fins além da aula prática. 
É vedada a disponibilização em sites online sem a devida autorização da autora. 
 
 
Prof. MSc. Estefânia Fernandes dos Santos 
Versão 02.2018 
 
 
4 
 
PRÁTICA 1- INTRODUÇÂO 
 
O interessado aluno ingressante dos cursos de Engenharia Civil, Ambiental e Hídrica 
necessita conhecer o solo, as formações rochosas e as interações com o meio no entorno. A 
maioria de suas atividades futuras e profissionais poderá estar relacionada ao conhecimento e 
exploração dos solos. 
Como parte fundamental para estudo e exploração dos solos tem-se necessariamente que 
acumular conhecimentos a respeito de seus materiais de origem. Fica então a pergunta, quais 
são os materiais de origem dos solos? 
Consideramos como materiais de origem dos solos: 
a) Rocha no estado íntegro (sem alteração - sã); 
b) Produtos de alteração de rochas "in situ"; 
c) Produtos (sedimentos) inconsolidados transportados e depositados. 
Todos esses materiais de origem dos solos são constituídos, na sua grande maioria, por 
minerais. Dessa forma tem-se que primeiro, estudar e conhecer os principais minerais que 
formam os materiais de origem dos solos e em seguida, caracterizar esses materiais para 
depois identificar e interpretar os fenômenos de transformação desses produtos em solos. 
Serão dadas informações do Laboratório pela professora. 
A seguir, iremos assistir a um vídeo e realizar a seguinte Atividade: 
ATIVIDADE 1: 
Assistir ao vídeo NatGeo sobre evolução do Universo e da Terra. 
Entender os conceitos descritos no Vídeo e responder: 
I – O que foi o Big Bang? 
II - Quais são os principais eventos da história da Terra? 
 
 
 
 
 
5 
 
PRÁTICA 2 – ESTUDO DA DINÂMICA DA TERRA – MODELO DE BLOCOS E VÍDEOS 
 
Exposição de vídeos. 
 
ATIVIDADE 2: 
Após a explicação em sala de aula, a demonstração dos vídeos sobre a Dinâmica da Terra, 
executar em prática, a construção de modelos geotectônicos que ocorrem na Terra, de acordo 
com as instruções da Professora. 
Material necessário para prática: tesoura, cola e régua. 
 
 
 
 
6 
 
PRÁTICA 3 – FIXAÇÃO DE CONCEITOS BÁSICOS 
 
ATIVIDADE 3 – Assistir ao vídeo sobre Minerais e Rochas e responder consultando a 
bibliografia listada: 
 
I - Conceito de MINERAL 
Consulte os livros indicados e transcreva a definição de MINERAL apresentada por cada um dos 
autores: 
a) KLEIN & DUTROW (Manual de Ciências dos Minerais) 
b) Teixeira et al. (Decifrando a Terra) 
c) Mineralogia Conceitos básicos (Hanna Jordt-Evangelista) 
No conjunto n° 1, separe os minerais daquelas amostras que não podem ser consideradas como tal, 
justificando sua resposta para cada uma das amostras. 
AMOSTRA MATERIAL Justificativa 
1 a 
1b 
1c 
1d 
1e 
 
II- Conceito de MINÉRIO 
A) Teixeira et al. (Decifrando a Terra) 
B) HANNA JORDT-EVANGELISTA (Mineralogia Conceitos básicos) 
O mineral que constitui a amostra nº 2 chama-se Hematita (Fe2O3). A hematita é um mineral muito 
comum em Minas Gerais, na região do Quadrilátero Ferrífero. Nessa região, apresenta-se em grandes 
depósitos, sendo utilizada como minério de ferro para a indústria nacional e para a exportação. A 
amostra em questão não foi coletada no quadrilátero ferrífero, mas numa região agreste do Mato 
grosso, distante das indústrias e rodovias. Ali a hematita não é explorada por ser anti-econômico seu 
transporte. 
Pergunta-se: A Amostra nº 2 pode ser considerada como minério de ferro? Justifique sua resposta. 
 
III- Conceito de JAZIDA: 
a) TEIXEIRA et al. (Decifrando a Terra) 
A Amostra nº3 é o mineral MALAQUITA, um carbonato de cobre hidratado (Cu2(OH)2CO3). Trata-se 
de um mineral raro em Minas Gerais, mas que ocorre em pequena escala em fraturas mineralizadas 
de algumas rochas, como o dolomito do Córrego do Eixo. Na amostra, tem-se dolomito como 
mineralização de malaquita (verde) 
Pergunta-se: Podemos afirmar que a referida ocorrência do Córrego do Eixo constitui uma Jazida? 
Justifique sua resposta 
 
 
7 
 
IV- Conceito de ROCHA 
a) TEIXEIRA et al. (Decifrando a Terra) 
Baseando-se no conceito de rocha, separem no conjunto nº4 as rochas que você encontrar, 
justificando sua resposta para cada uma das amostras. 
AMOSTRA MATERIAL Justificativa 
4 a 
4b 
4c 
4d 
 
V- Conceito de FÓSSIL 
a) TEIXEIRA et al. (Decifrando a Terra) 
No conjunto nº5, separe os materiais que podem ser considerados fósseis, e justifique sua resposta. 
AMOSTRA MATERIAL Justificativa 
5 a 
5b 
5c 
 
VI – Conceito de CRISTAL 
a) TEIXEIRA et al. (Decifrando a Terra) 
B) HANNA JORDT-EVANGELISTA (Mineralogia Conceitos básicos) 
Separem no conjunto nº6 os cristais que não são considerados minerais, justificando sua resposta. 
AMOSTRA MATERIAL Justificativa 
6 a 
6b 
6c 
6d 
6e 
 
 
VII - Conceito de GEMA 
a) TEIXEIRA et al. (Decifrando a Terra) 
B) HANNA JORDT-EVANGELISTA (Mineralogia Conceitos básicos) 
 
8 
 
No conjunto nº 7 separe as amostras que podem ser consideradas como gema 
AMOSTRA MATERIAL Justificativa 
7 a 
7b 
7c 
7d 
Material necessário para prática: livros, lápis, borracha e caneta. 
 
 
9 
 
ESTUDO DIRIGIDO SOBRE PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS 
As Questões abaixo se referem às propriedades físicas macroscópicas, isto é, aquelas que podem ser 
observadas em amostras de mão. Para respondê-las, consulte o livro Manual of Mineralogy, de Klein& Hurlbut ou Manual de Mineralogia, de Dana & Hulburt, ou o Manual de Ciência dos Minerais, de 
Klein & Dutrow, ou Mineralogia - Conceitos Básicos, de Hanna Jordt-Evangelista, ou Guia para 
determinação de Minerais, de Victor Leinz e João E. S. Campos. 
1- HÁBITO 
1.a) O que se entende por hábito mineral? 
1.b) Dê exemplos de termos usados na descrição de: 
1.b.1- cristais isolados; 
1.b.2- grupos de cristais distintos; 
1.b.3- grupos de cristais paralelos; 
1.b.4- agregado mineral formado de lamelas; 
1.b.5- agregado mineral formado por grãos; 
1.b.6- outros termos. 
2 – CLIVAGEM 
2.a) O que se entende por Clivagem? 
2.b) Que fatores são responsáveis pela clivagem? 
2.c) Que aspectos devem ser analisados ao se descrever a 
clivagem de um mineral? 
2.d) Como se classifica a clivagem quanto à qualidade? 
2.e) E quanto à forma? 
3- FRATURA 
3.a) O que se entende por fratura? 
3.b) Como se pode distinguir clivagem de fratura? 
3.c) Quais os termos usualmente aplicados para descrever as 
fraturas dos minerais? 
4- DUREZA 
4.a) O que se entende por dureza de um mineral? 
4.b) Estabeleça uma analogia entre tipos de ligação e dureza 
dos minerais. 
4.C) O que é e como se utiliza a escala de Mohs? 
4.d) Transcreva o nome dos minerais da escala de Mohs e sua 
respectiva dureza. 
4.e) Por que se diz que a escala de Mohs apresenta valores de 
dureza (D) relativa? 
4.f) Que outros materiais auxiliam na determinação de dureza? 
5- TENACIDADE 
5.a) Defina tenacidade. 
5.b) Que fatores são analisados ao se estudar a tenacidade de 
um mineral? Defina cada um deles. 
6 – PESO ESPECÍFICO 
6.a) O que se entende por peso específico ou densidade 
relativa (d) de um mineral? 
6.b) Que fatores influenciam esta propriedade? 
6.c) Como se procede, na prática, para a determinação do peso 
específico? 
7- COR 
7.a) Que fatores são responsáveis pela cor dos minerais? 
7.b) Que fenômenos podem ocorrer quando a luz branca incide 
sobre um mineral? 
7.c) Qual deles está relacionado à cor dos minerais? 
7.d) Como se classificam os minerais quanto a cor? 
Exemplifique 
 
8- TRAÇO 
8.a) O que é o traço de um mineral? 
8.b) Por que se diz que os minerais com dureza > que 7 têm 
traço incolor? 
9- BRILHO 
9.a) O que se entende por brilho? 
9.b) Como classificar os minerais quanto ao brilho? 
9.c) Que termos são utilizados para descrever o brilho dos 
minerais não metálicos? 
10 – JOGO DE CORES, IRIDESCÊNCIA, 
ACATASSOLAMENTO, PLEOCROÍSMO, 
BIRREFRINGÊNCIA 
10. Defina as seguintes propriedades óticas; 
10.a) Jogo de Cores 
10.b) Iridescência 
10.c) Acatassolamento 
10.d) Pleocroísmo 
10.e) Birrefringência 
 
11- PIEZOELETRICIDADE E PIROELETRICIDADE 
11.a) Qual a relação entre tipo de ligação química e 
condutividade elétrica? 
11.b) Defina os termos piezoeletricidade e piroeletricidade. 
 
12- MAGNETISMO 
12.a) Como os minerais podem ser classificados quanto a 
susceptibilidade magnética? 
12.b) Que minerais comuns são fortemente ferromagnéticos? 
12.c) Que fatores são responsáveis pelas propriedades 
magnéticas dos minerais? 
 
10 
 
PRÁTICA 4 - DISTINÇÃO ENTRE MINERAL E ROCHA 
 
A condição necessária para conseguir a distinção entre Mineral e Rocha é ter o conhecimento dos 
conceitos que os definem. Tanto mineral como rocha são corpos naturais que constituem a Litosfera. 
Várias são as definições de minerais e rochas. Apresenta-se abaixo as de uso mais corrente: 
Espécie Mineral: É um sólido homogêneo, de ocorrência natural, geralmente inorgânico, com 
composição química definida e uma estrutura cristalina (arranjo ordenado de cátions e ânions). Ex.: 
Hematita (α-Fe203), Calcita (CaCO3), Diamante (C). 
Mineralóide ou substâncias "amorfas": São substâncias inorgânicas que não apresentam um 
arranjo interno ordenado. Ex.: Vidro vulcânico 
Rocha : É um agregado natural, coerente, multigranular de uma ou mais espécies minerais. Podendo 
conter ainda, matéria orgânica e matéria vítrea. Ex.: 
Rocha Constituintes Principais 
Granito Quartzo, Feldspatos, Micas 
Calcário Calcita e Dolomita 
Arenito Quartzo 
Após esses conceitos, e utilizando-se dos critérios relacionados a seguir, é possível, após o exame de 
uma amostra, dizer se é um mineral ou uma rocha. 
A - Forma Externa: os minerais podem ocorrer espontaneamente com forma externa de cristais, 
devido apresentar uma estrutura cristalina definida. Podem exibir faces planas e regulares que no 
conjunto, podem formar poliedros (cubos, hexágonos, prismas, etc), embora isso não seja obrigatório. 
Uma rocha normalmente não apresenta forma poliédrica natural. 
a1) Apresentando forma poliédrica, mesmo que imperfeita, trata-se de um mineral (Figura 1). 
 
Figura 1. Formas poliédricas de minerais 
a2) Não apresentando nenhuma face plana e regular, pode ser mineral ou rocha. 
B) Matéria Orgânica. Definindo mineral como uma substância inorgânica, toda amostra que contiver 
matéria orgânica como constituinte, será considerada uma rocha. Geralmente, a matéria orgânica é 
reconhecida por apresentar cor escura, odor característico, ao friccionar suja os dedos e em contato 
com fogo torna-se combustível. 
 
11 
 
C) Número de Constituintes. Trata-se de uma avaliação do número de componentes da amostra 
(mineral, matéria orgânica, matéria vítrea). Em geral os diferentes constituintes são reconhecidos por 
apresentar propriedades distintas, como por exemplo cor, brilho, etc. 
c1) Se amostra apresentar mais de um constituinte, ela é uma rocha (Figura 2A). Entretanto, é 
possível na natureza, que alguns minerais apresentem impurezas disseminadas em seus cristais, 
como ilustrado nas Figuras 2B e 2C. 
c2) Se a amostra contiver apenas um constituinte, pode ser mineral ou rocha. Neste caso segue-se a 
análise e utiliza-se o critério da homogeneidade. 
 
Figura 2. Distinção entre mineral e rocha em função do número de constituintes. (A) material com mais de um 
constituinte → rocha; (B) material com dois constituintes, um deles considerado impureza → mineral; (C) 
material com várias partículas disseminadas, inclusões de um mineral em outro → mineral 
D) Homogeneidade. Se a amostra for constituída por partículas distintas, a luz incidente sobre ela 
será refletida com diferentes orientações. Neste caso tem-se uma rocha (Figura 3A). Se for constituído 
de uma única parte, toda amostra é um único indivíduo, não sendo possível reconhecer diferentes 
reflexões da luz nas partículas, têm-se um mineral (Figura 3B). 
 
 
Figura 3. Distinção entre mineral e rocha em função da homogeneidade. (A) material constituído por partículas 
distintas, com diferentes orientações e posições de reflexões de luz → rocha; (B) material constituído de uma 
única parte, não sendo possível reconhecer diferentes reflexões da luz nas partículas → mineral. 
Evidentemente que os critérios apresentam limitações e alguns cuidados devem ser tomados no 
reconhecimento macroscópico de minerais e rochas. O tamanho dos constituintes pode ser fator 
 
12 
 
limitante na identificação uma vez que estes podem ser muito pequenos (microscópicos) não sendo 
possível identificá-los a olho nu. 
Outros cuidados referem-se aos geodos e grupamentos cristalinos existentes nas rochas. Pode-se 
retirar (amostrar) uma parte de uma rocha no espaço de um geodo ou de um grupamento de cristais. 
Como exemplo, cita-se a retirada de uma porção de rocha no espaço de um geodo de um basalto 
vesicular (Figura 4A), ou a concentração de feldspatos ou micas de um granito, (Figura 4B). As 
amostras retiradas são grupamentos naturais de minerais que se formaram quando da consolidação 
da rocha, no caso do granito, ou após sua consolidação, no caso dosbasaltos, não constituindo uma 
nova rocha. 
 
Figura 4. (A) basalto vesicular mostrando geodo preenchido por cristais de quartzo; (B) granito 
mostrando acúmulo de micas. 
Os métodos macroscópicos de identificação de minerais e rochas citados, podem ser utilizados para a 
maior parte dos minerais e rochas de interesse econômico. 
Entretanto, algumas vezes estes métodos podem ser insuficientes e devem ser utilizadas técnicas 
complementares de laboratório como por exemplo, difratometria de raios-X, microscopia óptica e 
eletrônica, análises químicas e etc., para solucionar o problema. 
 
 
13 
 
 
ATIVIDADE 3: 
Dentre as amostras apresentados na sala, identificar os minerais, dos mineralóides, 
das rochas e dos materiais orgânicos. 
Amostras Tipo (Mineral, mineralóide, rocha ou 
orgânico) 
Constituinte(s) característico (s) 
que os distinguem 
01 
 
 
02 
 
 
03 
 
 
04 
 
 
05 
 
 
06 
 
 
07 
 
 
08 
 
 
09 
 
 
 
Material necessário para prática: Lupa de bolso de 10 x de aumento, Canivete, placa de 
porcelana. 
 
 
14 
 
PRÁTICA 5 - PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS LIGADAS À COESÃO 
 
1- DUREZA - A dureza (D) de um mineral é a resistência que sua superfície oferece ao ser 
riscada. Será adotada a escala de dureza de MOHS, estabelecida em 1824, na qual dez minerais 
comuns são ordenados em relação à resistência que oferecem ao risco (Figura 1). 
A escala de Mohs não é linear. Por exemplo, o diamante é cerca de 40 vezes mais duro que o 
talco, enquanto o coríndon que está logo abaixo do diamante (dureza 9), é da ordem de 9 vezes 
mais duro que o talco. A escala de Mohs é adimensional. Diz-se que o mineral tem dureza 5 ou 3, 
por exemplo, na escala de Mohs. 
 
Figura 1. Escala de Mohs utilizada para avaliação da dureza de um mineral. 
Para utilizar a escala de Mohs toma-se com limites a dureza da unha (aproximadamente 2,0 - 2,5) 
e de uma lâmina de canivete (canivetes comuns da ordem de 5,0 a 5,5). Desta forma tem-se: 
 
15 
 
DUREZA BAIXA: minerais riscados pela unha. (minerais de dureza 1 e 2); 
DUREZA MÉDIA: minerais não riscados pela unha, mas riscados pelo canivete (minerais com 
dureza até 5 – 5,5); 
DUREZA ALTA: não riscado pelo canivete (>6). 
A partir da escala de Mohs tem-se que: 
1- O mineral de maior dureza risca o de menor dureza; 
2- O mineral de menor dureza é riscado pelo de maior dureza; 
3- Minerais de igual dureza ou muito próximas não se riscam. Entretanto, quando fortemente 
atritados podem (não necessariamente) se riscar. 
 
2- CLIVAGEM - É a propriedade que apresentam muitos minerais de romperem com maior 
facilidade segundo determinados planos. Todo plano de clivagem é paralelo a uma face do cristal 
ou a uma face possível do cristal. 
A clivagem pode ser obtida por simples pressão ou por choque mecânico mais forte. Os minerais 
podem apresentar superfícies de clivagem em: 
a) 3 direções (Figura A) - Ex.: calcita, galena 
b) 2 direções (Figura B) - Ex.: feldspato 
c) 1 direção (Figura C) - Ex.: micas, talco 
d) ausente - Ex.: quartzo, turmalina. 
Figura 2. Diferentes tipos de clivagem dos minerais. (A, B, C e D) clivagem em 3 direções; ( E) clivagem em 2 direções; 
(F) clivagem em 1 direção. NOMES: (a) Cl.Cúbica; (b) Cl. Octaédrica; (c) Cl. dodecaédrica (d) Cl. romboédrica ; (e) 
Cl.prismática (f) Cl. Basal ou pinacoidal 
 
 
16 
 
3- FRATURA - É o tipo da superfície não plana apresentada por um mineral, após o mesmo ter 
sido submetido a um choque mecânico. 
A fratura pode ser: 
a) CONCHOIDAL - quando o mineral apresenta superfície em forma de concha profunda (Figura 
3) - Ex.: quartzo. 
 
b) SUB-CONCHOIDAL - quando o mineral apresenta superfície em forma de concha, mas pouco 
profunda – Ex.: aragonita. 
c) IRREGULAR - sem forma definida – Ex.: turmalina. 
 
4- HÁBITO - É a forma externa mais frequente de ocorrência de um mineral. O hábito depende da 
forma e velocidade de crescimento do mineral que por sua vez são Influenciadas pela 
temperatura, pressão, impurezas, etc. Pode-se concluir que um mesmo mineral, em condições 
genéticas distintas, pode apresentar hábitos diferentes. 
O hábito nem sempre é uma propriedade que diferencia um mineral do outro, mas sem dúvida é 
de grande importância. A seguir serão apresentados alguns hábitos comuns observados nos 
minerais. 
O hábito de um mineral pode ser observado em um cristal isolado ou em agregados de minerais. 
Quando o mineral apresenta cristais isolados, considera-se as seguintes formas: 
A) Tabular - devido ao maior desenvolvimento de duas faces paralelas (Figura 8A). Ex.: barita. 
B) Prismático - devido ao maior desenvolvimento do cristal segundo uma direção (Figura 8B). 
Ex.: quartzo. 
C) Piramidal - devido ao maior desenvolvimento das faces que formam pirâmides. Pode ser 
também bipiramidal (Figura 8C). Ex.: zirconita. 
D) Acicular - cristais finos, como agulhas (Figura 8D). Ex.: actinolita . 
Quando o mineral não ocorre em cristais bem individualizados, pode assumir as mais variadas 
formas, das quais citam-se: 
E) Granular - massa ou agregado constituído por grânulos: elementos cristalinos pequenos e 
irregulares (Figura 8E). Ex.: olivina, enxofre 
F) Maciço - massas homogêneas cristalinidade aparente, isto é, situação em que a 
individualização dos constituintes não pode ser feita a olho nu (Figura 8F). Ex.: Calcedônia. 
 
17 
 
G) Fibroso - massas aciculares finíssimas, onde não é possível distinguir formas geométricas nos 
indivíduos isolados (Figura 8G). Ex.: asbestos. 
H) Estalactítico - em forma de concreções mais ou menos cônicas (Figura 8H). 
Ex.: calcita. 
I) Lamelar ou Placóide - quando o material é constituído por um conjunto de lamelas ou placas 
empacotadas (Figura 8I). Ex.: talco, muscovita, sericita, lepdolita 
J) Escamoso - quando o material é constituído por um conjunto de cristais empacotadas em 
forma de pequenas escamas. Diferencia do placóide pelo tamanho reduzido (Figura 8J). Ex.: 
biotita, fucksita. 
K) Concrecionário - na forma de concreções, isto é, agregados mais ou menos estáveis, de 
forma arredondada e alongada constituídos de material cristalino e/ou amorfo (Figura 8K). Ex.: 
concreções de hematita, goethita. 
 
Figura 4. Diferentes tipos de hábito/formas apresentados pelos minerais 
5- TRAÇO – A cor do pó fino de um mineral é designada de traço. Enquanto as cores dos 
minerais podem ser muito variáveis, as cores dos traços são normalmente constantes. O traço é 
Botroidal ou reniforme 
 
18 
 
obtido riscando-se com o mineral uma placa de porcelana não polida. Exemplos de diferentes 
cores de traços produzidos por minerais são apresentados na Figura 9. 
 
Figura 9 Exemplos de diferentes cores de traços produzidos por minerais. 
 
6- SOLUBILIDADE - A solubilidade dos minerais pode ser considerada em relação a diversos 
ácidos, tais como HCl, HNO3, H2SO4 e HF. 
Para os minerais mais comuns e de maior interesse do curso a utilização do HCl diluído é o 
suficiente. Utilizando-se HCl diluído é possível separar os minerais em: 
A - INSOLÚVEIS – aqueles que não reagem com HCl. Ex. quartzo, turmalina 
B - POUCO SOLÚVEIS – aqueles que só se solubilizam com HCl aquecido ou quando 
pulverizados. Ex.: dolomita 
C - SOLÚVEIS – aqueles que se solubilizam em condições normais, podendo ser acompanhado 
por desprendimento de gás carbônico (efervescência) 
(CaCO3 + 2HCl → CaCl2 + H2O + CO2). 
Ex.: calcita, aragonita 
Nos quadros abaixo se tem relacionado os nomes dos principais minerais formadores de rochas 
de interesse para o curso e suas propriedades macroscópicas mais importantes.19 
 
 
 
20 
 
 
 
21 
 
 
Material necessário para prática: Lupa de bolso de 10 x de aumento, Canivete, placa de 
porcelana. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
AULA PRÁTICA 5 – GEO011 .2 Data ___________/_______/_________ 
NOME AMOSTRA DUREZA CLIVAGEM FRATURA HÁBITO TRAÇO SOLUBILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
PRÁTICA 6 - PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS LIGADAS À LUZ E OUTRAS 
 
1- BRILHO – O brilho de um mineral é a capacidade de reflexão da luz incidente sobre sua 
superfície. O brilho de um mineral pode ser dividido em 2 tipos: 
1.1 METÁLICO – brilho semelhante a um metal. Ex.: pirita, hematita; 
Subtipo SUBMETÁLICO - Os minerais são fracamente translúcidos a opacos e portanto 
exibem um brilho intermediário entre o brilho metálico e não metálico e são chamados de 
submetálicos. Exs.: cuprita, limonita, wolframita. 
1.2 NÃO METÁLICO – outros tipos de brilhos observados nos minerais. Exemplos: 
adamantino – Intenso como o de um Diamante. Ex.: Zircão, Diamante. 
vítreo e subvítreo– brilho semelhante ao vidro. Ex.: quartzo (hialino, ametista, fumê, etc); 
subvítreo: fluorita. 
micáceo – brilho intenso das superfícies das "placas" ou "escamas" dos minerais micáceos. 
Ex.: muscovita, biotita e lepdolita. 
resinoso – brilho semelhante a resina. Ex.: enxofre, monazita, ambar 
gorduroso – lembra o brilho de uma superfície engordurada. Ex.: feldspato, nefelina, bórax 
ceroso – como o da cera. Ex. variscita, cloroargirita. 
perláceo ou nacarado – brilho semelhante a pérola. Ex.: talco lamelar e granular, apofilita; 
sedoso ou acetinado – brilho semelhante a seda. Ex.: gipso, crisotila, goethita; 
terroso - Aparentam não possuir brilho. Ex: bauxita, argilas, etc 
 
2 - COR - A cor do mineral é um caráter importante em sua determinação. A cor de uma 
substância depende do comprimento de onda da luz que ela absorve. Por exemplo, um mineral 
que apresenta cor verde absorve todos os comprimentos de onda do espectro exceto aquele 
associado ao verde. Alguns autores consideram como fundamentais as seguintes cores dos 
minerais: branco, cinza, preto, azul, verde, amarelo, vermelho e castanho. Deve-se assinalar, 
entretanto, que podem ocorrer minerais das mais diversas tonalidades. 
As cores dos minerais, especialmente dos que apresentam brilho metálico, devem ser observadas 
na fratura fresca. Em geral a superfície exposta ao ar pode apresentar películas de alteração. 
Causas da cor: I. Presença de íons metálicos (metais de transição); II. Valência dos cátions; 
III. Estrutura do mineral e tipo de ligação. 
Os minerais de brilho não metálico podem ser divididos em: 
IDIOCROMÁTICOS – são aqueles que apresentam sempre a mesma cor dentro da 
espécie mineral, cor constante que depende da composição química. Ex.: enxofre 
(amarelo), malaquita (verde), azurita (azul), etc. 
ALOCROMÁTICOS – são aqueles que apresentam cor variável dentro da mesma espécie 
mineral em função da presença de impurezas na estrutura cristalina ou por causas de natureza 
 
24 
 
física (ex.: aumento de temperatura, radiação, etc). Estes minerais são incolores quando puros. 
Alguns exemplos são: 
- FLUORITA - incolor, amarela, rósea, verde ou violeta 
- TURMALINA - incolor (acroíta), rósea (rubelita), verde (esmeralda brasileira), azul (indicolita) e 
preta (afrisita) 
- BERILO - incolor, verde (esmeralda), azul-esverdeado ou azul água marinha, amarelo 
(heliodoro). 
- QUARTZO - incolor (cristal de rocha, hialino); amarelo (quartzo citrino), róseo (quartzo róseo), 
verde (quartzo prásio), violeta (quartzo ametista),cinza (quartzo fumê, quartzo phanton), branco, 
(quartzo leitoso). 
A cor é uma propriedade física importante na determinação dos minerais, mas nem sempre é 
constante. Desta forma, deve-se utilizar esta propriedade com cuidado. 
3 – IRIDESCÊNCIA – São cores espectrais emitidas por um mineral em seu interior ou na 
superfície causada por fraturas internas ou planos de clivagem ou mudança composicional. 
4 – PLEOCROÍSMO – É a propriedade de alguns minerais que possuem uma absorção seletiva 
da luz nas diferentes direções cristalográficas. 
5 – DIAFANEIDADE 
A Diafaneidade dos minerais descreve a sua maior ou menor capacidade de transmitir luz. Utiliza-
se a seguinte classificação para exprimir os vários graus dessa propriedade, podendo ter 
classificações intermediárias: 
 TRANSPARENTE: O contorno de um objeto visto através do mineral é nítido 
 TRANSLÚCIDO: O contorno de um objeto viso através do mineral não é visível. 
 OPACO: O mineral não deixa atravessar a luz por ele. 
6- BIRREFRINGÊNCIA OU DUPLA REFRAÇÃO 
É a diferença entre os índices de refração máximo e mínimo no interior do mineral. Se o índice de 
refração é alto, pode-se observar a duplicação de um objeto observado através de um cristal 
transparente dessa espécie. Ex: Calcita (Espato de Islândia) 
7 - MAGNETISMO 
Quando colocados num campo magnético, os minerais podem ou não tornar-se magnetizados. 
Em outras palavras, eles concentram ou não, no seu interior, as linhas de força de campo 
magnético em que se situam. Quanto ao caráter magnético, os minerais classificam-se em: 
DIAMAGNÉTICOS: não se magnetizam quando colocados num campo magnético. Ex: 
quartzo, fluorita, halita, bismuto, ouro e prata nativos, etc. 
 PARAMAGNÉTICOS: magnetizam-se quando colocados num campo magnético muito 
intenso, como o produzido por um eletroímã. Ex: rutilo, berilo e todos os minerais que contém 
ferro (olivinas, granadas, hornblendas, hematita, etc). 
 FERROMAGNÉTICOS: apresentam-se magnetizados mesmo na ausência do campo 
magnético externo. São fortemente atraídos por um ímã comum. Quando os ferromagnetos são 
aquecidos acima de uma temperatura crítica, perdem a sua habilidade de reter magnetismo de 
 
25 
 
maneira permanente. Ex; Magnetitas, Pirrotitas. Magnetita pode ocasionalmente possuir 
polaridade magnética, isto é a amostra funciona como uma agulha magnética. 
8- OUTRAS PROPRIEDADES – Existem outras propriedades específicas de alguns minerais 
como por exemplo estrias, untuosidade ao tato, avidez pela água, odor característico, 
plasticidade, luminosidade etc. É importante ressaltar que as propriedades citadas são úteis na 
identificação dos principais minerais. Entretanto, como mencionado anteriormente, em alguns 
casos pode haver necessidade de técnicas mais apuradas na identificação dos minerais. 
9- PESO ESPECÍFICO – É a razão entre a massa de um dado mineral e a massa de um volume 
igual de água, seno portanto, uma grandeza adimensional. O termo é muitas vezes usado no 
lugar da densidade, que é a razão entre a massa e volume e portanto, expressa em g / cm³. Na 
prática, os valores são os mesmos. 
Alguns minerais muito semelhantes em outras propriedades macroscópicas, podem possuir pesos 
bem diferentes. 
Exemplos: DOLOMITA CaMg (CO3)2, com uma densidade 2,85, pode ser distinguida de BARITA, 
BaSO4, de densidade 4,5. 
O Peso específico ou densidade é determinado por meio de aparelhos especiais como a balança 
de Jolly, picnômetro, etc. 
P. E. = d = Peso do mineral no ar 
Peso do mineral no ar – peso do mineral na água 
PARTE PRÁTICA: Qual o peso específico do mineral número ____? 
 
 
Material necessário para prática: Lupa de bolso de 10 x de aumento, Canivete, ácido 
clorídrico a 10%, ímã. 
 
26 
 
AULA PRÁTICA 6 – GEO011 .2 Data ___________/_______/_________ 
NOME 
AMOSTRA 
BRILHO COR IRIDESCÊNCIA PLEOCROÍSMO 
DIAFANEIDADE / 
BIRREFRINGÊNCIA OU 
DUPLA REFRAÇÃO 
MAGNETISMO27 
 
PRÁTICA 7- IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DAS PRINCIPAIS ROCHAS ÍGNEAS 
1 - INTRODUÇÃO 
As rochas ígneas ou magmáticas são formadas a partir do resfriamento e solidificação de um 
magma. O magma é um material em estado de fusão que se encontra em diferentes 
profundidades na crosta e manto terrestre. Geralmente ocupa espaço definido denominado 
câmara magmática. O magma é constituído por diversas substâncias onde predominam os 
silicatos, seguidos pelos óxidos e por compostos voláteis, sendo a água o mais importante. O 
magma contém ainda diversos gases que escapam na forma de vapor. Quando o magma 
extravasa na superfície terrestre é denominado lava (Figura 1). 
 
Figura 1. Esquema mostrando a câmara magmática (em preto) e os diferentes tipos de rochas ígneas formadas em 
função da profundidade de cristalização. 
 
Visando o estudo e reconhecimento de Rochas Ígneas, sejam elas formadas em profundidade ou 
na superfície terrestre, apresenta-se abaixo as principais propriedades macroscópicas que 
auxiliam suas identificações. Deve-se ressaltar que estas propriedades são relacionadas a 
observação a olho nu e que se prestam a identificação das rochas mais comuns. 
 
2 - PRINCIPAIS PROPRIEDADES MACROSCÓPICAS : 
2.1- GRANULAÇÃO ou TEXTURA: É a avaliação do tamanho dos minerais constituintes de uma 
rocha. Para efeito prático e de acordo com o tamanho dos constituintes, as rochas são 
denominadas em três grandes grupos de texturas sendo: 
 
28 
 
 
I- Grau de Cristalização 
A- Holocristalina 
B- Hipocristalina 
C- Holohialina 
II- Tamanho dos Cristais 
A - Faneríticas : rochas cujos minerais constituintes são identificados e distinguidos a olho nu. 
Em geral apresentam cristais maiores que 0,5mm. 
B - Afaníticas: rochas de granulação muito fina onde os constituintes minerais são dificilmente 
identificados e/ou distinguidos entre si a olho nu. Em geral apresentam cristais menores que 
0,5mm . 
C- Vítreas: Composição basicamente de vidros. 
III- Tamanho relativo dos Cristais 
A- Equigranular 
B- Inequigranular 
 
2.2- ÍNDICE DE COLORAÇÃO: As rochas ígneas podem apresentar minerais claros (félsicos) 
e/ou escuros (máficos) em quantidades variáveis. A avaliação da quantidade de minerais claros e 
escuros dará a classificação da rocha quanto ao Índice de Coloração, ou seja : 
A - Rochas Leucocráticas: rochas onde predominam minerais claros, tais como: quartzo, 
feldspatos, muscovita, etc. A tonalidade da rocha é clara, mesmo que seus minerais configurem à 
rocha textura afanítica (Figura 12A). 
B - Rochas Melanocráticas: rochas onde predominam minerais escuros, tais como: piroxênios, 
biotita, anfibólios, etc. A tonalidade da rocha é escura. (Figura 12B). 
C - Rochas Mesocráticas: rochas onde os minerais claros e escuros aparecem em proporções 
similares (Figura 12C). 
 
29 
 
2.3 - COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA: Trata-se de uma avaliação macroscópica qualitativa e 
quantitativa dos principais minerais constituintes da rocha. O procedimento consiste em 
identificar os diferentes minerais observados na rocha e estimar o volume que cada um 
ocupa. 
 Para identificar os minerais nas rochas separar-se os claros (félsicos) dos escuros 
(máficos): 
A - Minerais Félsicos: os minerais félsicos mais comuns presentes nas rochas ígneas são o 
quartzo e os feldspatos. Muscovita é mais raro de ser observada. 
 Para identificar o Feldspato na rocha utiliza-se as propriedades mais características 
apresentadas pelo mineral: brilho, cor, clivagem, dureza, forma do cristal. 
Na rocha o feldspato pode apresentar, principalmente, cor rósea, branca, cinza e esverdeada; 
brilho vítreo; dureza alta. A clivagem pode ser observada no "espelho de reflexão" da luz no 
plano e há a possibilidade de identificação de uma face do cristal (cristal com forma definida = 
euhedral). Tem-se dois tipos de feldspatos: Ortoclásio KAlSi3O8 e Plagioclásio CaAl2Si2O8 ou 
NaAlSi3O8 
 Para distinguir entre um e outro, observa-se as seguintes características: 
O Ortoclásio aparece sempre associado ao quartzo. Desta forma, se tem quartzo e somente 
um feldspato na rocha este é o Ortoclásio. 
Se uma rocha apresentar os dois feldspatos, o róseo é Ortoclásio e o outro (branco, cinza, 
esverdeado) é Plagioclásio. 
Se uma rocha tem feldspato e não tem quartzo, este feldspato é sempre o Plagioclásio. 
 Para identificar o Quartzo na rocha utiliza-se suas propriedades mais características: 
brilho, cor, fratura, dureza, forma do cristal. 
Na rocha o quartzo apresenta brilho vítreo; cor incolor a fumê (pardacento); fratura 
conchoidal; dureza alta; o cristal não apresenta forma definida (anedral). Sendo o último 
mineral a se cristalizar, ocorre nos interstícios da rocha deixados pelos feldspatos e micas. 
B - Os Minerais Máficos mais comuns presentes nas rochas ígneas são biotita, piroxênios e 
anfibólios. Turmalina é mais raro de ser observada. Na rocha a biotita apresenta cor preta; 
dureza baixa; clivagem perfeita; hábito escamoso/placóide. 
Os piroxênios e anfibólios (minerais ferromagnesianos) apresentam na rocha cor preta a 
verde-escura; brilho opaco a vítreo; dureza alta; sem clivagem. Apresentam hábitos 
granulares e cristais sem forma definida (anedral ou anédrico). 
Na rocha a turmalina apresenta dureza alta; fratura irregular; hábito prismático alongado. 
Observa-se ainda estrias paralelas a maior face do cristal. 
 
2.4- TEOR DE SÍLICA (SiO2) OU ACIDEZ: Em relação ao teor de sílica (SiO2) , as rochas 
podem ser classificadas em: 
 
30 
 
A - Ácidas: são rochas que apresentam teor de SiO2 maior que 65% do volume total de sua 
composição química. Macroscopicamente são rochas com conteúdo de quartzo de médio a 
alto (maior que 10%), sendo facilmente identificada devida sua abundância. 
B - Intermediárias: são rochas onde o teor de SiO2 está entre 65 e 52% do volume total de 
sua composição química. Macroscopicamente são rochas com pouco 
C – Básicas -> são rochas onde o teor de SiO2 está entre 45 e 52 % 
D – Ultrabásicas -> Teor de sílica inferior a 45 % 
 
 
 
3- ESTRUTURAS 
A- Amigdalóide: cavidades posteriormente preenchidas por cristais de mais baixa 
temperatura (após a cristalização do magma ou lava). Visível em rochas vulcânicas somente. 
B - Vesicular: cavidades formadas pela separação dos voláteis da lava. Visível em rochas 
vulcânicas somente. 
C- Maciça : Estrutura sólida, natural de rochas plutônicas. 
D- De fluxo: Orientação preferencial de mineral prismático na matriz da rocha ígneas, por 
exemplo, cristais de feldspatos orientados segundo um fluxo. 
E- Granular: Grãos presentes na matriz de forma uniforme. 
F- Porfirítica: Crescimento de um mineral em detrimento dos demais que compõem a matriz. 
G- Pegmatítica: Crescimento avantajado de minerais máficos e gemas. 
H- Vítrea: Estrutura de um vidro. Amorfo. 
 
31 
 
 
 
Material necessário para prática: Lupa de bolso de 10 x de aumento, Canivete, ácido 
clorídrico a 10%, ímã. 
 
32 
 
 
Amostra nº/ 
Nome 
Modo de 
Ocorrência 
Textura/ 
Granulação 
Índice de 
Coloração / 
Teor de Sílica 
(%) 
Composição 
Mineralógica 
Estrutura 
observada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
Classificação e Nomenclatura das Rochas Magmáticas- Recomendada pela IUGS 
1- Quartzolito 
2- Álcali-feldspato Granito 
3a- Sienogranito 
3b- Monzogranito 
4- Granodiorito 
5- Tonalito 
6'- Álcali-feldspato quartzo sienito 
7'- Quartzo sienito 
8'- Quartzo monzonito 
9'- Quartzo monzodiorito / Quartzo monzogabro 
10'- Quartzo diorito / Quartzo gabro / Quartzo anortosito 
6- Álcali-feldspato granito7- Sienito 
8- Monzonito 
9- Monzodiorito / Monzogabro 
10- Diorito / Gabro / Anortosito 
6"- Álcali-feldspato sienito com quartzo 
7"- Sienito com fóide 
8"- Monzonito com fóide 
9"- Monzodiorito / Monzogabro com fóide 
10"- Diorito / Gabro com fóide 
11- Fóide sienito 
12- Fóide monzosienito (sin.: fóide plagi-sienito) 
13- Fóide monzodiorito / Fóide monzogabro (ambos sin.: 
essexito) 
14- Fóide diorito / Fóide gabro (sin.: theralito) 
15- Foidolitos 
16- Rochas ultramáficas (ultramafilitos) 
 
 
 
Q - quartzo 
A - feldspatos alcalinos (ortoclásio, microclínio, pertita, anortoclásio, albita) 
P - plagioclasio e escapolita 
F - feldspatóides ou foids (leucita, nefelina, sodalita, analcima, etc.) 
M - Minerais máficos (micas, anfobólios, piroxênios, 
olivinas, opacos, epidoto, granada, etc.) 
CORRESPONDENTES VULCÂNICOS 
ROCHAS PLUTÔNICAS 
 minerais máficos menor que 90% 
(M<90) 
 
34 
 
PRÁTICA 8 - IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DAS PRINCIPAIS ROCHAS 
SEDIMENTARES 
 
1. TEXTURA OU GRANULAÇÃO 
A textura de uma rocha é a avaliação do tamanho de seus constituintes. No caso da rocha 
sedimentar, a textura está intimamente ligada aos constituintes das rochas preexistentes e 
materiais que lhe deram origem. 
Nas rochas clásticas ou mecânicas predominam minerais resistentes ao intemperismo, como, 
por exemplo, o quartzo, e/ou fragmentos de outras rochas de granulometria variada. Estes 
minerais e fragmentos são agregados e cimentados por material transportado em solução. As 
rochas clásticas ou mecânicas são constituídas, portanto, por grânulos e cimento (material 
que dá coesão às rochas). 
A classificação quanto à textura das rochas sedimentares clásticas ou mecânicas é dada pelo 
tamanho médio de seus constituintes. Na Figura 1 está representada a escala granulométrica: 
 
 
Figura 1. Escala granulométrica 
De acordo com a escala granulométrica as rochas clásticas ou mecânicas podem ser: 
1. Rudáceas: onde predomina a fração seixos ou cascalhos com areia. 
Ex: CONGLOMERADOS, BRECHAS, TILITOS. 
2. Arenosas: onde predomina a fração areia sem seixos ou cascalhos. Ex: ARENITOS 
3. Siltosas: onde predomina a fração silte. Ex: SILTITOS 
4. Argilosas: onde predomina a fração argila. Ex: ARGILITOS 
Os tipos de texturas para rochas terrígenas são em função de sua granulometria. Assim são 
utilizados termos como rudito, arenito e lutito ou respectivamente psefito, psamito e pelito. 
Quando uma rocha possui mais de um tipo de granulação, são utilizados termos compostos, 
tais como arenito pelítico, referindo-se a uma rocha com mais areia do que argila. 
 
35 
 
A textura também pode ser identificada pelo tipo de matriz, como arenito, ortoconglomerado e 
paraconglomerado, resultado direto da deposição de areia ou cascalho onde ocorre uma 
seleção granulométrica. Ortoconglomerado é quando a rocha é suportada pelo arcabouço, 
enquanto o paraconglomerado é suportado pela matriz, como mostra a figura abaixo de 
Harms et al., 1975 (em Giannini, 2000). Os psamitos terrígenos são classificados como " 
arenite" quando são limpos, e "subwacke" quando possuem menos de 10% de matriz 
verdadeira; do contrário, são chamados de wacke, onde o material fino tem caráter de matriz ( 
mais de 10%). 
As rochas químicas em geral apresentam textura fina, por vezes sem granulação aparente, 
formadas por materiais transportados em solução que precipitam para gerar novos minerais. 
As rochas sedimentares químicas mais comuns são os CALCÁRIOS sejam eles calcíticos ou 
dolomíticos e as rochas silicosas e ferruginosas. 
As orgânicas são formadas pelo acúmulo de restos de organismos ou por atividade biológica. 
Podem apresentar texturas finas ou mais grosseiras. Exemplos são os diatomitos, recifes de 
corais, carvão. 
 
2- COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA: 
Para avaliar a composição mineralógica de rochas sedimentares clásticas deve-se separar os 
fragmentos (grânulos), quando houverem, do cimento. O principal constituinte dos grânulos é 
o quartzo. 
Este mineral esta presente na maioria das rochas sedimentares clásticas devido à sua 
abundância na crosta terrestre e à sua resistência aos processos de intemperismo, erosão e 
transporte. Os materiais cimentantes são em geral produtos que vieram em solução e 
precipitaram entre os grânulos, matéria orgânica ou ainda partículas minerais menores (fração 
silte e argila, principalmente) que preenchem os espaços entre os fragmentos. 
Os cimentos são materiais muito finos e para identificá-los deve-se levar em conta a cor, a 
reação com HCl (solubilidade) e a coesão da rocha (quão rigidamente os 
grânulos estão ligados). 
O cimento normalmente apresenta as seguintes cores: 
 avermelhada a marrom: indicativa da presença de hematita (α-Fe2O3) 
 amarelada: indicativa da presença de goethita (FeOOH) 
 cinza escura a preta: indicativa da presença de matéria orgânica 
 incolor, branca e várias tonalidades claras: indicativa da presença de calcita, dolomita, 
sílica, argila. 
 
Para reconhecer o constituinte do cimento de cor clara, verificar a solubilidade (reação com 
HCl) e a coesão da rocha: 
 material solúvel: indicativo da presença de calcita 
 material pouco solúvel: indicativo da presença de dolomita material 
 insolúvel e coesão forte: indicativo da presença de sílica material insolúvel, coesão 
fraca (cheiro de barro quando úmido): indicativo da presença de argila. 
Os mesmos testes aplicados para identificar a composição do material cimentante das rochas 
clásticas, são válidos para o estudo da composição mineralógica das rochas de origem 
química e orgânica. 
 
 
36 
 
3- ESTRUTURA: 
As principais estruturas das rochas sedimentares, representadas na Figura 2, são: maciça, 
terrosa, granular, estratificadas em camadas plano paralelas; estratificadas em “folhas ou 
placas”, estratificadas em camadas cruzadas e brechóide (granular com fragmentos 
angulosos de outras rochas). 
 
 
Figura 2 - Principais estruturas de rochas sedimentares. 
 
 
 
 
37 
 
4 - IDENTIFICAÇÃO E RECONHECIMENTO: 
No quadro abaixo se tem relacionado os nomes das principais rochas sedimentares de 
interesse para o curso e suas propriedades macroscópicas mais importantes. As informações 
apresentadas no quadro auxiliarão na identificação das rochas. 
Quadro 1- Identificação macroscópica das rochas sedimentares. GR grânulo; CIM cimento 
Origem 
Textura ou 
Granulação 
Estrutura 
Composição 
Mineralógica 
Outras Obs. Nome da Rocha 
Clástica 
ou 
Mecânica 
Rudácea Granular 
GR →Quartzo 
CIM→Hematita + 
Sílica 
Goethita + Sílica 
Calcita + Sílica 
Rochas de 
cimentação forte 
CONGLOMERADOS: 
- Ferruginoso 
- Silicoso 
- Calcífero 
Clástica 
ou 
Mecânica 
Arenosa Granular 
GR→Quartzo 
CIM→Calcita+Argila+ 
Hematita 
Argila + Hematita 
Argila + Matéria 
Orgânica 
Sílica + goethita 
Rochas de 
cimentação forte 
e fraca 
ARENITOS: 
- Carbonático 
Avermelhado 
Argiloso 
-Carbonoso 
-Silicoso 
Clástica 
ou 
Mecânica 
Siltosa Maciça 
Quartzo, Argila, 
Hematita e Matéria 
Orgânica (podendo 
ainda conter pirita ) 
Não é possível 
distinguir a olho 
nu os grânulos do 
cimento. 
Sente-se os 
grãos de quartzo 
quando colocado 
o pó entre os 
dentes 
SILTITOS: 
- Roxo 
- Bege esverdeado 
- Cinza escuro 
Clástica 
ou 
Mecânica 
Argilosa Terrosa 
Argila, Hematita, 
Goethita 
Distingue-se do 
SILTITO pela 
avidez pela água, 
cheiro úmido. 
Não tem atrito 
quando colocado 
entre os dentes 
ARGILITOS: 
- Branco 
- Vermelho 
- Amarelo 
Clástica 
ou 
Mecânica 
Rudácea Brechóide 
Quartzo, Fragmentos 
de 
Rochas, Sílica e 
Carbonatos 
. 
Fragmentos das 
mais variadas 
litologiase 
tamanhos. Os 
grânulos estão 
cimentados por 
sílica e/ou 
carbonatos 
BRECHA 
ou 
TILITO (Origem 
glacial) 
Clástica 
ou 
Siltosa 
Estratificada 
em Folha 
Quartzo e Matéria 
Orgânica 
Odor de óleo, 
pode ocorrer 
cristais de pirita 
FOLHELHO 
CARBONOSO E/OU 
 
38 
 
Mecânica 
e 
orgânica 
BETUMINOSO 
Química Fina 
Estratificada 
em 
camadas 
Calcita e/ou dolomita 
Rocha com 
estratificação 
plano paralela 
típica 
CALCÁRIO 
DOLOMÍTICO 
 
QUADRO 2 - Nomenclatura das rochas sedimentares com base em sua descrição e possível identificação genética. 
Tipo de rocha 
Caráter do 
critério 
Critério Termos 
Siliciclástica 
Textural 
Granulação 
Rudito (psefito) 
Arenito (psamito) 
Lutito (pelito) 
Proporção de matriz 
"Arenite", ortoconglomerado 
"Wacke",(arenito 
argiloso) paraconglomerado 
Lamito 
Arredondamento 
Conglomerado 
Brecha 
Mineralógico 
Proporção QFL 
Quartzo rudito, quartzo 
arenito/"wacke"Grauvaca 
(quartzo, feldspato, líticos) 
Rudito feldspático, arenito / "wacke" 
feldspático (arcósio) 
 Rudito lítico, arenito / "wacke" lítico 
Diversidade ou pureza 
composicional 
Conglomerado oligomítico, conglomerado 
polimítico 
Folhelho, marga, folhelho calcífero, 
silicoso, porcelanito 
Outros 
Fissilidade Folhelho 
Ritmicidade Ritmito 
Carbonática 
Textural 
Granulação 
Calcirrudito (dolorrudito) 
Calcarenito (doloarenito) 
Calcilutito (dololutito) 
Tipos de grão / tipo de material 
intersticial 
Ooesparito, oomicrito 
Intraesparito, intramicrito 
Bioesparito, biomicrito 
Pelmicrito, pelsparito 
Mineralógico Relação calcita / dolomita Calcário, dolomito 
 
39 
 
5- DIAGRAMA DE ROCHAS LUTÁCEAS (LUTITOS): 
 
Para as rochas lutáceas é utilizado o diagrama de Alling, 1945 (figura ao lado, extraída 
de Giannini, 2000), onde é levado em consideração a proporção relativa de três 
componentes: argilominerais, carbonatos e sílica; não se limitando apenas às rochas 
terrígenas e nem ao conjunto de rochas alóctones. 
O nome porcelanito nada mais é do que um silexito com textura muito fina. Em amarelo 
estão assinaladas os diferentes tipos de estruturas associadas às diversas rochas 
sedimentares. 
 
Material necessário para prática: Lupa de bolso de 10 x de aumento, Canivete, ácido 
clorídrico a 10%, ímã. 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Amostra nº/ 
Nome 
Textura ou Granulação 
Composição 
Mineralógica 
Estrutura Origem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
PRÁTICA 9- IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DAS PRINCIPAIS ROCHAS 
METAMÓRFICAS. 
 
A. COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA 
Podem ser 
 Monominerálicas 
Como muitos Quartzitos (Quartzo) e mármores (Calcita); 
 Metapelíticas 
Grandes quantidades de micas, além de quartzo e minerais ricos em alumínio; 
Em condições de alto grau metamórfico a muscovita é consumida na presença de 
Quartzo formando feldspato potássico; 
 Metaígneas 
 
B. TEXTURA 
Textura das rochas metamórficas desenvolvem-se por Blastese -> Processo que implica 
nucleação e crescimento do mineral em estado sólido; 
Por esta razão: Blasto é utilizado para designar texturas metamórficas; 
I) Textura Granoblástica: Textura Granular sem predomínio de uma ou outra dimensão; 
Esta textura pode se desenvolver na forma de mosaicos; 
II) Textura Lepidoblástica: Rochas com predomínio de minerais micáceos orientados – 
Muscovita, Biotita ou Clorita; 
III) Textura Nematoblástica: minerais orientados prismáticos, como anfibólios e 
piroxênios; 
IV) Textura porfiroblástica : Alguns minerais podem se destacar no tamanho -> 
Porfiroblastos; Matriz mais fina o cerca; 
C. ESTRUTURAS 
I- Estrutura Maciça 
Rochas geradas sem P dirigida geram rochas maciças ou preservam vestígios 
indeformados do protólito; 
-> Quando há Presença de P dirigida -> Foliações; 
II- Estrutura Xistosa 
Foliação definida pela presença de minerais placóides (Mica e talco) ou prismáticos 
(Anfibólios) 
 
42 
 
III - Estrutura Gnáissica 
Orientação devido feldspatos e quartzo 
Bandamento -> resulta da presença de faixas de coloração ora mais claras ora mais 
escuras -> Gnaisses; 
Migmatitos -> estruturas gnáissicas e bandadas adquiridas -> escala variável -> Aspecto 
Frequentemente caótico 
IV- Clivagem ardosiana 
Quando a foliação é definida por minerais micáceos finos indistintos a olho nu. 
 
 
43 
 
Alguns exemplos de descrições de rochas metamórficas 
 
 
44 
 
 
 
45 
 
Amostra nº/ 
Nome 
Composição 
Mineralógica 
Textura/ Granulação Estrutura Origem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
PRÁTICA 10- MAPAS GEOLÓGICOS: CONFECÇÃO, INTERPRETAÇÃO E 
INTRODUÇÃO AO USO DA BÚSSOLA GEOLÓGICA. 
Será apresentado o conteúdo na aula teórica e continuado na aula prática para 
explicação dos métodos de interpretação de mapas geológicos, e em seguida, realizar a 
atividade abaixo. 
COMO SE INTERPRETA UM PERFIL GEOLÓGICO? Ordenar os estratos por ordem de 
antiguidade, e establecer a Série (sequência) estratigráfica a partir do seguinte 
princípio: 
PRINCÍPIO SOBREPOSIÇÃO DE ESTRATOS: 
 Os materiais mais antigos são cobertos pela mais moderna. 
 Em uma discordância, os materiais cortados por uma referida superfície são mais 
velhos do que aqueles que depositam nele. (Tem discordância normal e 
discordância angular) 
 Nos estratos dobrados, o dobramento é posterior as camadas mais moderna. 
 Falhas são sempre mais recente do que os materiais que ela afeta. 
 As rochas vulcânicas, plutônicas são mais moderno do que as rochas 
encaixantes 
 
1) Desenhar o Perfil geológico A-B 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
2) Colocar em legenda as litologias de acordo com a sua idade, da mais velha para a 
mais nova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
PRÁTICA 11 - IDENTIFICAÇÃO DE ROCHAS APLICADAS À ENGENHARIA 
 
a) Rochas magmáticas 
1. Estrutura maciça, compacta. 
2. Dureza média a elevada. 
3. No campo, a cor é relativamente homogênea. 
 
b) Rochas sedimentares 
1. Estrutura em camadas. 
2. Dureza baixa. 
3. No campo, a cor pode variar no sentido horizontal e vertical. 
4. Estruturas sedimentares típicas: estratificação cruzada, marcas de ondas, de animais, de 
chuva, do gelo, etc. Fósseis. 
 
c) Rochas metamórficas 
1. Estrutura orientada. Paralelismo dos minerais. 
2. Dureza média a elevada, com exceção das micáceas e carbonatadas. 
3. No campo, a cor pode variar, como as sedimentares. 
 
ROTEIRO PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ROCHAS APLICADAS À ENGENHARIA 
Serão apresentadas amostras de rochas que representam usos econômicos. Identificar o que se 
pede: 
 
1. Cor – deve ser referida, embora não seja muito importante; 
2. Granulação – importante: muito grossa, grossa, média, fina ou finíssima; 
3. Dureza – sua avaliação é dada por: riscável pela unha, facilmente pelo canivete e 
dificilmente pelo canivete; 
4. Estrutura – resume-se em: maciça, orientada ou estratificada; 
5. Minerais presentes – depende de um maior conhecimento do indivíduo; 
6. Conclusão: verificar a qual dos grupos anteriores pertence. 
 
A seguir, complementa-se a identificação com os seguintes elementos: 
 
7. Graus de alteração – classificam-se em: inalterada ou sã, ligeiramente, medianamente ou 
bastante alterada; 
8. Outras observações – elementos como: eventual fratura, presença de vesículas, etc; 
9. Tipo da rocha – Justificar; 
10. Nomeda rocha – Justificar. 
11. Uso e aplicação da Rocha - Justificar. 
 
 
 
 
50 
 
 
PRÁTICA 12 – ATIVIDADE DE CAMPO – ROCHAS VULCANO-ALCALINAS E 
SEDIMENTARES DO COMPLEXO DE POÇOS DE CALDAS – MG e AGUAS DA 
PRATA - SP 
 
Seguir roteiro a ser enviado pelo docente. 
As aulas dessa atividade equivalem a 8h/aula. 
 
 
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