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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação à Distância – AD1 Período - 2018/1º Disciplina: FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA Coordenador: ALEXIS TORÍBIO DANTAS Pesquise no material didático recomendado para o curso e discuta as seguintes questões: 1. Discuta os principais determinantes da crise nas bases do antigo sistema colonial no Brasil; R: A princípio a crise no sistema colonial começou baseado no conflito de interesses entre colônia e metrópole, onde este último tinha como primazia o enriquecimento próprio, tendo como base o latifúndio, a mão de obra escrava e monocultura, onde várias manifestações nativistas (Inconfidência Mineira – 1789, Conjuração Baiana – 1798 e Conspiração Suassuna – 1801) aconteceram na colônia por conta da insatisfação dos colonos, tendo em vista também o protecionismos da metrópole que não permitia a colônia de comercializar diretamente seu produtos com outros países, o monopólio português. Conclui-se enfim que os colonos desejavam a sua emancipação (independência) de Portugal. A crise se acentuou mais ainda na fase do aumento da produção e crescimento do mercado interno, sobretudo após o início do ouro, os interesses particulares da colônia foram aumentando de maneira significativa. O pacto colonial passou a ser, então, um empecilho à expansão dos negócios e, portanto, ao potencial de ganho dos colonos. 2. Examine as principais diferenças entre os sistemas de parceria e colonato que marcaram o processo de imigração no Brasil para a cultura cafeeira; R: No Sistema de Parceria o problema estava concentrado principalmente na relação fazendeiro/colonos, onde os fazendeiros iludiam os imigrantes que se deslocavam de sua pátria com a promessa de bons ganhos no plantio e na comercialização do café aqui no Brasil, mas que na verdade as promessas eram falsas, pois ao chegarem ao país já estavam devendo a sua passagem (transporte), sua alimentação e sua estadia, e isto já era um ponto mais que negativo, e se não bastasse os fazendeiros na hora de fazer o pagamento aos imigrantes, estes utilizavam-se de má fé, burlando o contrato e acrescentando débitos na conta dos trabalhadores, deixando-os em condições de vida miserável, basicamente estavam vivendo como escravos. Ao passo que no sistema de Colonato os imigrantes recebiam parte do cafezal para cuidar, uma das vantagens que os pés de café eram de boa qualidade e de alta produtividade, ao contrario do sistema anterior, ponto positivo para o Sistema de Colonato. Além da criação de uma forma de pagamento direto ao colono, pelo menos em parte do total que era devido pelo seu trabalho na lavoura, o fazendeiro foi obrigado a arcar com as despesas de viagem e do primeiro ano de trabalho, seguindo também de uma fatia de terra para que os imigrante plantassem para subsistência. E um ponto marcante neste sistema é que o governo paulista estava diretamente ligado a contratação dos imigrantes, o que viabilizava o custeio, estadia e alimentação e os asseguravam dos abusos por parte dos fazendeiros. 3. Explique as causas e os determinantes internos do círculo vicioso da desvalorização cambial no Brasil no último decênio do século XIX. R: A desvalorização cambial era decorrente de dois fatores primários, a redução da entrada de moeda estrangeira no país, devido à queda do preço internacional do café, e a pressão política exercida pelos cafeicultores, visando preservar seus ganhos em moeda nacional. E ainda outro fator preponderante que contribuiu para uma desvalorização ainda mais intensa foi a implantação de uma política de emissão monetária, na gestão de Rui Barbosa, que ficou conhecida como Encilhamento. Essa política causou uma profunda desordem financeira na economia brasileira. Este processo determinava a formação de um círculo vicioso, na medida em que o preço internacional do café sofria queda, a sustentação das receitas em mil-réis para os produtores e exportadores de café os estimulava a aumentar ainda mais a produção.
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