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SERVICOS DE ORIENTACAO ESCOLAR

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SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO 
ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
UNIDADE I- REFLEXÕES SOBRE O SERVIÇO DE 
ORIENTAÇÃO ESCOLAR 
 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: 
 Conceituar o serviço de orientação escolar; 
 Compreender a atuação do Orientador Educacional e suas atribuições; 
 Definir a atuação do Orientador Escolar dentro da Educação Básica; 
 
PLANO DE ESTUDO: 
Tópico I: A atuação do Orientador Escolar 
 
 Aula 1: CONCEITUANDO O SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO ESCOLAR 
 Aula 2: A FORMAÇÃO ACADÊMICA DO ORIENTADOR ESCOLAR 
 Aula 3: ÁREA DE ATUAÇÃO DO ORIENTADOR ESCOLAR 
 
Tópico II: A atuação do Orientador Escolar 
 
 Aula 1: DEFININDO AS FUNÇÕES DO ORIENTADOR ESCOLAR 
 Aula 2: O ORIENTADOR ESCOLAR E SEU TRABALHO JUNTO AOS 
ESTUDANTES 
 Aula 3: O ORIENTADOR ESCOLAR E SEU TRABALHO JUNTO AS FAMÍLIAS 
 
Tópico III: O Orientador Escolar Dentro Da Educação Básica 
 
 Aula 1: A ORIENTAÇÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 Aula 2: O ORIENTADOR ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL 
 Aula 3: O ORIENTADOR ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO 
 
 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
 
CONVERSA INICIAL 
 
 
 
 
Olá, cara aluna, caro aluno! Que alegria estudarmos juntos mais essa 
Unidade. É um prazer estarmos juntos para mais essa unidade de estudos, sob o 
título de Reflexões iniciais sobre o Serviço de Orientação Escolar. Para iniciarmos, é 
de grande importância que possamos conhecer o que faz um profissional que atua 
como Orientador Escolar e que tenhamos clareza de qual é o eu papel dentro da sua 
escola, conhecendo a sua formação e definindo quais são as suas atribuições. 
Veremos nesta Unidade que o Serviço de Orientação Escolar tem papel de grande 
importância dentro da escola, pois é este profissional que dá suporte à formação dos 
estudantes, não só acadêmica, mas também, no que diz respeito à sua formação 
cidadã. No decorrer desta unidade de estudo você terá a oportunidade de conhecer 
um pouco mais sobre as contribuições desta área para a escola: desde a gestão até 
os estudantes. Mostraremos no decorrer da Unidade que o Serviço de Orientação 
Escolar ainda vem buscando construir sua identidade dentro da escola e buscando 
ganhar um espaço cada vez maior dentro das escolas. Vale ressaltar que 
mostraremos nesta Unidade de estudo que o Serviço de Orientação Escolar contribui 
muito para um trabalho pedagógico integrado dentro das escolas. Você conhece a 
atuação do orientador escolar dentro da Educação Básica? Já consegue definir suas 
atribuições? Buscaremos evidenciar a ideia de que Orientador Escolar é um 
profissional que busca mediar as relações dentro da escola com harmonia, focando 
sempre na qualidade da educação a ser fornecida e na formação crítica e consciente 
dos estudantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
AULA 1: Conceituando o Serviço de Orientação Escolar 
 
Entende-se que o Serviço de Orientação Escolar, realizado pelo Orientador 
Escolar, tem fundamental importância dentro da escola, pois atua como articulador e 
mediador das relações dentro desse ambiente. 
 
Segundo Pascoal (2013), esse profissional cuida da formação dos 
estudantes de forma mais ampla, cuidando de suas formações como cidadãos, 
ajudando os educadores a entenderem melhor os comportamentos dos alunos. Para 
Pascoal (2013): 
Na escola, o orientador educacional é um dos membros da 
equipe gestora, ao lado do diretor e do coordenador pedagógico. Ele 
é o principal responsável pelo desenvolvimento pessoal de cada 
aluno, dando suporte a sua formação como cidadão, à reflexão sobre 
valores morais e éticos e à resolução de conflitos. Ao lado do 
professor, esse profissional zela pelo processo de aprendizagem e 
formação dos estudantes por meio do auxílio ao docente na 
compreensão dos comportamentos das crianças. Ou seja: enquanto 
o professor se ocupa em cumprir o currículo disciplinar, o orientador 
educacional se preocupa com os conteúdos atitudinais, o 
chamado currículo oculto. Nele, entram aspectos que as crianças 
aprendem na escola de forma não explícita: valores e a construção de 
relações interpessoais. (PASCOAL, P. 07, 2013). 
 
 
Isso nos faz compreender que o Orientador Escolar faz parte da gestão da 
escola e tem papel de grande responsabilidade auxiliando no desenvolvimento 
integral dos alunos, não só como estudantes, mas como cidadãos críticos e 
conscientes da realidade em que estão inseridos. Além disso, atua como suporte aos 
docentes no que diz respeito a acompanhar e entender o comportamento dos 
estudantes. 
 
 
Como evidencia Pascoal (2013), o Serviço de orientação escolar deve atuar 
como um elo entre a escola e a comunidade onde está localizada, conhecendo e 
compreendendo a sua realidade e estabelecendo um diálogo entre essa realidade e 
o contexto escolar. 
 
Como vimos nesta primeira aula, o Orientador Escolar é um importante 
membro da gestão da escola e cuida da formação dos alunos de forma ampla, 
preocupando-se com a formação integral dos mesmos, pensando em torná-los 
sujeitos críticos e conscientes de seus direitos e deveres dentro da sociedade. 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
Na próxima aula, dando sequência a essa discussão, vamos conhecer um 
pouco sobre a formação acadêmica necessária para esse profissional, verificando 
também sobre a sua remuneração em relação a remuneração dos professores. Bons 
estudos! 
 
 
PARA VOCÊ LER MAIS 
 
 
Para ampliar essa discussão, sugerimos a leitura complementar do texto 
“Orientação Educacional”, publicado pelo Brasil Escola. Nesse artigo, é mostrado que 
a orientação escolar prevê ações planejadas que integrem alunos, professores, 
direção, currículo escolar e comunidade a fim de promover, o pelo desenvolvimento 
do estudante. Segue o link: https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacao-
escolar/ 
 
 
 
 AULA 2: A Formação Acadêmica Do Orientador Escolar 
 
Podemos perceber que, como mostra Bugone, Dalabetha e Bagnana 
(2016), o papel do Orientador Educacional (OE) na escola é bem amplo, sendo de 
grande valia dentro do processo educacional, uma vez que almeja a formação integral 
do estudante e atua junto a toda a comunidade escolar. 
 
Fonte: http://orientacaoeducacionalemacao.blogspot.com/p/atribuicoes 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
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O Orientador Escolar, na maioria dos casos, é um profissional graduado em 
cursos de licenciatura que após conclusão desta formação inicial, buscou uma 
formação complementar através de uma especialização. Em menores proporções, há 
aqueles que concluíram o curso de Pedagogia já com a habilitação para Orientação 
Escolar. 
 
Conforme percebemos através da leitura de Bugone, Dalabetha e Bagnana 
(2016), não há grandes diferenças entre a remuneração e a carga horária de trabalho 
dos professores e do Orientador Escolar. Porém, pesar da remuneração semelhante, 
professores e orientadores têm diferenças marcantes em suas atuações, uma vez 
que o docente tem foco no processo de ensino-aprendizagem de determinados 
conteúdos já pré-definidos e o orientador Escolar tem o foco do seu trabalho voltado 
a formação integral dos estudantes, objetivando a construção de valores, de 
atitudes e ações, através de reflexões e pensamento crítico. 
 
Bugone,Dalabetha e Bagnana (2016) afirma que o Orientador Escolar tem 
grande responsabilidade dentro do contexto escolar: 
 
O OE tem um trabalho de grande importância e 
responsabilidade. Exige-se muito deste profissional, tanto em termos 
de formação, de atualização constante e de comportamento ético. 
Apesar de não haver um código de ética elaborado especificamente 
para o OE, como todos os profissionais, ele deve ter sua atuação 
pautada por princípios éticos, principalmente em relação às 
informações sobre alunos, funcionários, e pessoas da comunidade 
que participam diretamente no DESENVOLVIMENTO DE SEU 
TRABALHO. (BUGONE, DALABETHA E BAGNANA, 2016, P. 06). 
 
 
Posto isso, chamamos a atenção para o que Barbosa, Lima e Lima (2013) 
apontam: 
A Orientação Educacional deve ter como eixo de seu 
trabalho o aluno, não só o aluno que já apresenta problemas, mas 
todos os educandos, buscando equidade nesse processo de auxílio 
ao educando. Mas o orientador deve inserir-se na escola como um 
todo, pois o aluno é um ser biopsicossocial e está inserido numa 
sociedade da qual a escola é também parte (BARBOSA; LIMA; LIMA; 
2013, p.78). 
 
Ainda no que diz respeito à formação do orientador Escolar, percebe-se que 
mais do que o título que dá direito a esse profissional exercer a sua função, é 
necessário que a sua formação contemple elementos que o auxiliem a lidar com 
mediação de conflitos e com situações que ultrapassam as questões pedagógicas. 
 
 
 
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Sobre isso, Lucion, Silva e Berti (2016), nos mostra que a Orientação 
Educacional deve ocupar-se do ser humano em toda a sua amplitude, devendo lidar 
com situações e responder à formação de estudantes conscientes de seu papel no 
mundo. 
 
Diante disso, o que se percebe é que na formação do Orientador Escolar ele 
deve ter clareza da importância de seu papel na escola e estar apto a lidar e mediar 
situações de possíveis conflitos, embasado sempre no diálogo e no foco da formação 
cidadã dos alunos. 
 
Como vimos juntos nessa Aula 2, além da formação acadêmica exigida para 
atuação do profissional em Orientação Escolar, é necessário que o Orientador Escolar 
tenha ampla clareza sobre sua atuação. 
 
Ele precisa estar o tempo todo se atualizando, e com clareza da importância 
da ética em sua atuação. É imprescindível que saiba lidar com a mediação de 
possíveis conflitos no ambiente escolar. Diante disso, convido você, caro(a) aluno (a), 
a estudarmos juntos a aula 3, onde evidenciaremos qual a área de atuação desse 
profissional. 
 
 
 PARA VOCÊ SABER MAIS 
 
 
Para ampliar ainda mais a discussão e os seus conhecimentos sobre o 
Serviço de Orientação Escolar, a formação do profissional que atua nessa importante 
área da educação, sugerimos a leitura da reportagem intitulada “Quem é e o que faz 
o orientador educacional”, publicada na revista Nova Escola, que pode ser acessada 
através do link a seguir: https://novaescola.org.br/conteudo/47/quem-e-o-e-que-faz-
o-orientador-educacional 
 
 
 
AULA 3: Área de Atuação do Orientador Escolar 
 
 
Segundo Lucion, Silva e Berti (2016), o Orientador Educacional já passou 
por muitas mudanças. Para as autoras, esse profissional já foi visto e definido como 
um disciplinário ou como um inspetor escolar. 
 
 
 
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Atualmente, é aquele que atua para mediar possíveis conflitos dentro da 
escola e auxiliar os docentes a lidar com alunos com dificuldade de aprendizagem ou 
de disciplina. É o profissional que procura de forma mais focada incentivar a formação 
de cidadãos críticos, mas atuando em parceria com os professores e com as famílias. 
 
Lucion, Silva e Berti (2016) acreditam que na instituição escolar deve haver 
uma valorização de uma abertura, estimulada pelo orientador escolar, para os pais, 
professores, estudantes, orientadores, gestores, para que haja diálogo entre todos os 
envolvidos no processo educacional. 
 
Sobre isso, as autoras citadas afirmam: 
 
A Orientação Educacional ocupa-se do ser humano em 
todos os seus níveis, numa determinada época da vida e num 
determinado meio, devendo responder aos objetivos atuais da 
educação em relação à formação de um aluno consciente de seu 
papel no mundo. Paralelamente às funções de um orientador, 
pensando no desempenho positivo do educando, juntamente com os 
trabalhos com o corpo discente, está a questão da relação e o papel 
dos pais com seus filhos para que todo trabalho desenvolvido pela 
escola obtenha bons resultados. (LUCION, SILVA E BERTI, 2016, P. 
01). 
 
 
Por esse profissional lidar diretamente com relações humanas, o orientador 
educacional, muitas vezes pode ter sua atuação confundida com a atuação de um 
psicólogo. Segundo Pascoal (2013), não se deve cometer esse equívoco, porque 
mesmo que o orientador escolar lide com situações relacionadas a conflitos, 
dificuldades de convivência e de aprendizagem dos estudantes, sua atuação está 
voltada para o lado pedagógico e não para uma dimensão terapêutica. 
 
 
Fonte: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2115/ 
 
 
 
 
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Percebe-se que a atuação do orientador pedagógico, com base nas 
contribuições de Lucion, Silva e Berti (2016), está relacionada a um trabalho de 
colaboração com os demais profissionais da escola e não a um trabalho de fiscalizar 
e criticar condutas e posturas, sem refletir e apresentar propostas de melhorias para 
os possíveis conflitos que possam existir dentro do ambiente escolar. O foco de sua 
atuação são os alunos, mas não se tem como pensar em uma intervenção que 
desconsidere o contexto familiar e a influência dos professores, colegas e demais 
funcionários da escola. 
 
Como vimos nessa aula, o Orientador Escolar atua buscando mediar 
possíveis conflitos dentro da escola, além de auxiliar os professores no trabalho com 
aqueles alunos com alguma dificuldade de aprendizagem ou de disciplina, buscando 
a formação de cidadãos críticos através da escola. 
 
Diante disso, convidamos você, a seguir estudando conosco o Tópico II 
dessa Unidade, onde na aula 1, definiremos quais as funções do orientador Escolar. 
Vamos seguir aprendendo juntos! 
 
 
 
 
 PARA VOCÊ SABER MAIS 
 
 
Sugerimos, para refletir um pouco mais sobre a atuação do orientador 
escolar, que assistam o vídeo “O que faz o orientador educacional dentro de uma 
escola?” exibido pelo Programa Educação NT, em 02/12/2018. Nesse vídeo, é 
mostrado que o contato direto com o aluno faz com que ele e sua família percebam 
as dificuldades enfrentadas no dia a dia escolar. Confira o vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=Etbki9U_Nn8 
 
 
 
Tópico II: A atuação do Orientador Escolar 
 AULA 1: Definindo as Funções do Orientador Escolar 
 
O Orientador Escolar, como já vimos nas aulas anteriores, possui grande 
importância para um clima harmonioso dentro da escola. Suas funções são muitas e 
 
 
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todas elas de grande importância para a formação dos estudantes enquanto cidadãos 
críticos, conscientes de seus direitos e de seus deveres. 
 
Segundo Bugone, Dalabetha e Bagnana (2016), o Orientador Escolar, é 
grande contribuinte do processo pedagógico, acompanhando o trabalho dos 
professores, a didática de ensino e o currículo a ser trabalhado com os estudantes 
para alcançar objetivos pré-definidos pela equipe pedagógica.Dessa maneira, o Serviço de Orientação Escolar auxilia no desenvolvimento 
das relações interpessoais, criando um ambiente favorável ao processo de ensino e 
aprendizagem, buscando a formação ampla dos alunos, num trabalho de parceria 
entre alunos, professores, orientador escolar e demais membros da comunidade 
escolar. Assim, o Orientador Escolar é aquele que dialoga com todos da comunidade 
escolar estabelecendo diálogo com todos os envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem. 
 
Sobre a atuação do Orientador Escolar, lembramos o que Sanches (2012) 
nos mostra: 
A ação do Orientador Educacional desenvolve-se por meio 
de um conjunto específico de atividades, tais como: incentivar o corpo 
discente no processo de sua aprendizagem; orientá-lo para as 
temáticas sociais e afetivas; auxiliá-lo na sua escolha profissional. 
Essas atividades sempre se realizam com o apoio ou a parceria de 
diversas fontes, a saber: a estrutura educacional, os professores, os 
pais e até mesmo os próprios alunos (SANCHES, 2012, P. 04). 
 
Conforme nos mostra Pascoal (2013), o Orientador Escolar é aquele que 
orienta os alunos em seu desenvolvimento pessoal, preocupando-se com a formação 
de seus valores, atitudes, emoções e sentimentos. Além disso, esse profissional é 
responsável por: 
Orientar, ouvir e dialogar com estudantes, educadores, gestores e demais 
membros da comunidade escolar; 
 Participar da elaboração e execução do Projeto Político-Pedagógico (PPP) e 
da proposta pedagógica da escola; 
 Ajudar o educador entender melhor o comportamento dos estudantes e atuar 
nas situações de conflito; 
 Ajudar o educador a lidar com as dificuldades de aprendizagem dos 
estudantes; 
 Mediar possíveis conflitos entre estudantes, educadores e demais membros 
da comunidade escolar; 
 
 
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 Conhecer a legislação educacional, principalmente a Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação (LDB); 
 Conviver com os alunos e buscar ter boa relação com os mesmos. 
 
 
Fonte: http://centraldeinteligenciaacademica.blogspot.com/2016/03/a-
importancia-do-orientador-educacional.html 
 
O trabalho do Orientador Escolar vai além dos muros da escola, como 
mostra Pascoal (2013). O Orientador Escolar acaba por atuar exercendo uma espécie 
de ponte entre a escola e a comunidade em que está inserida, entendendo a realidade 
local e buscando trazer a comunidade para dentro da escola. 
 
O Serviço de Orientação Escolar tem ainda como função, segundo nos 
mostra Bugone, Dalabetha e Bagnana (2016), prestar auxílio aos professores, no que 
diz respeito ao processo pedagógico e didático, focando sempre em uma educação 
de qualidade, contribuindo para se pensar sobre as diferentes situações de 
aprendizagem, acompanhando a prática pedagógica através da reflexão e 
investigação. 
 
Dessa forma, vê-se que as funções de um Orientador Escolar são amplas, 
desde estabelecer um elo entre a escola e a comunidade até orientar os estudantes 
em suas ações, mediar conflitos, participar da elaboração do PPP, dentre outras. 
 
Assim, vemos que sua atuação junto aos estudantes é de extrema 
importância. Sendo assim, convidamos você, a estudar conosco a próxima aula, onde 
mostraremos a relevância do Orientador Escolar perante os alunos. 
 
 
 
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 PARA VOCÊ REFLETIR 
 
 
Como vimos, as atribuições do Orientador Escolar são muito amplas, mas 
sempre focadas na qualidade da educação e na formação do estudante como sujeito 
autônomo, reflexivo e crítico. Para refletir, responda a essa pergunta: “Será que dentro 
das escolas o orientador Escolar é visto como esse profissional com ampla atuação 
ou seu papel ainda é restrito apenas a resolver conflitos e questões disciplinares?” 
 
. 
Fonte: http://centraldeinteligenciaacademica.blogspot.com/2014/10/o-papel-do-
orientador-educacional-no.html 
 
 
AULA 2: O Orientador Escolar e seu Trabalho Junto Aos 
Estudantes 
 
Como vimos no item anterior, são muitas as funções de um Orientador 
Escolar. Nesse tópico vamos dialogar um pouco sobre a importância do trabalho 
desse profissional junto aos estudantes. 
 
Lucion, Silva e Berti (2016) nos mostram que a Orientação Escolar se torna 
mais significativa em nosso país, especialmente pela influência do ensino tecnicista 
por volta dos anos de 1960, onde surgem as preocupações com o encaminhamento 
 
 
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vocacional de jovens, quando eles começaram a ter acesso ao ensino médio e a 
formação técnica de maneira simultânea. 
 
Segundo Grinspun (2012) a atuação do Orientador Escolar, inicialmente, 
seria mais especificamente vinculada a escolha profissional, auxiliando os alunos 
nesse processo de escolha profissional. Porém, ao longo dos anos, diante das 
modificações no contexto social e escolar, essa atuação se ampliou até o momento 
em que o Orientador Escolar passou a atuar com foco em uma educação integral, 
ampla, focada na formação cidadã e na construção de valores éticos pelos 
estudantes. Sobre isso, Batista (2010), afirma que o Serviço de Orientação Escolar é 
um: 
 
[...] processo intencional e metódico destinado a 
acompanhar, segundo técnicas específicas, o desenvolvimento 
intelectual e a formação integral da personalidade dos estudantes, 
sobretudo adolescentes. (BASTISTA, 2010, P. 18). 
 
 
Como já vimos ao longo dessa aula, o papel do Orientador Escolar é de 
grande importância para bons resultados no que diz respeito ao planejamento escolar 
aos objetivos propostos, além da busca por garantia de um bom relacionamento para 
todos dentro da escola. 
 
Segundo Grinspun (2012), o Orientador Escolar deve ser um facilitador no 
processo ensino aprendizagem do aluno, auxiliando, orientando e mediando o mesmo 
em relação a todas as áreas de sua vida e seu convívio com o meio. 
 
O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na 
formação de uma cidadania crítica, e a escola, na organização e 
realização de seu projeto pedagógico. Isso significa ajudar nosso 
aluno ‘por inteiro’: com utopias, desejos e paixões. A Orientação 
trabalha na escola em favor da cidadania, não criando um serviço de 
orientação para atender aos excluídos, mas para entendê-lo, através 
das relações que ocorrem na instituição Escola. (GRINSPUN, 2012, 
p. 29). 
 
A ação do Orientador Escolar, segundo afirmam Lucion, Silva e Berti (2016), 
faz-se de grande relevância junto ao estudante adolescente, considerado como um 
indivíduo em transição, com um grande potencial a ser trabalhado, pois depende de 
aprendizado e de sua socialização para desempenhar seu papel em sua vida adulta. 
 
Desta forma, para as autoras citadas, percebe-se que o Orientador Escolar, 
deve desempenhar a sua função em parceria com os demais profissionais da escola, 
buscando um melhor acompanhamento dos estudantes. Porém, apesar de o foco de 
 
 
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seu trabalho ser o aluno e a sua formação, não há como desconsiderar o seu contexto 
familiar, a influência dos professores e demais funcionários da escola em sua 
formação. 
 
 
Fonte: http://blog.juanjosemillan.es/1250-el-sueno-del-orientador-escolar 
 
O Orientador Escolar precisa estar comprometido com a construção do 
indivíduo, aluno na formação de suas ações de cidadania, segundo nos mostram as 
autoras Bugone, Dalabetha e Bagnana (2016). Para elas, a busca não se dá apenas 
no processo de adquiririnformações, mas como se dá a formação desse sujeito, o 
aluno em formação. 
 
Dessa forma, para Bugone, Dalabetha e Bagnana (2016) pensar o Serviço 
de Orientação Escolar atualmente, não é se preocupar unicamente com os alunos 
considerados “problemas” na escola. Esse serviço precisa buscar contribuir para 
possíveis soluções para os problemas enfrentados pelos estudantes, mas sempre 
buscando uma compreensão ampla do aluno, pensando em suas relações dentro e 
fora da escola. 
 
Dessa maneira, conforme a leitura do trabalho de Bugone, Dalabetha e 
Bagnana (2016), podemos perceber que o maior desafio para o Orientador Escolar é 
de a escola em que atua oferecer uma educação de qualidade, em que a formação 
do aluno, seja ele criança ou adolescente, ocorra de forma ampla, formando um adulto 
que saiba exercer seus direitos e deveres de cidadão, sendo crítico, participativo e 
consciente de seu papel dentro da sociedade. 
 
Vimos nessa aula que o trabalho do Orientador Escolar junto aos estudantes 
é de extrema importância e deve ocorrer em parceria com os demais trabalhadores 
 
 
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em educação da escola. Sua atuação deve ter foco na formação daquele estudante 
de forma ampla, como cidadão. 
 
Posto isso, convidamos você a seguir estudando conosco sobre a atuação 
desse profissional, mas na próxima aula focaremos em sua atuação junto às famílias 
dos estudantes. 
 
 
 PARA VOCÊ SABER MAIS 
 
 
Para obter mais informações sobre o trabalho do Orientador Escolar junto 
aos estudantes na Educação Básica, sugerimos a leitura da reportagem “O papel do 
Orientador Educacional nas escolas”, publicada no site Jornada Edu. Confira: 
https://jornadaedu.com.br/acontece-na-escola/o-que-faz-um-orientador-educacional-
nas-escolas/ 
 
 
 
AULA 3: O Orientador Escolar e Seu Trabalho Junto as 
Famílias 
 
Como vimos no item anterior, o Serviço de Orientação Escolar precisa 
buscar contribuir para possíveis soluções para os problemas enfrentados pelos 
estudantes, mas sempre buscando uma compreensão ampla do aluno, pensando em 
suas relações dentro e fora da escola. 
 
Vimos, também, que o Orientador Escolar deve desempenhar a sua função 
em parceria com os demais profissionais da escola, buscando um melhor 
acompanhamento dos estudantes, sem desconsiderar o seu contexto familiar. 
 
De acordo com Crepaldi (2017), a família representa um dos primeiros 
ambientes no qual o indivíduo inicia sua vida em sociedade. Em parceria com outras 
instituições e, dentre elas, inclui-se a escola, a família tem condições de garantir ao 
aos filhos melhores condições de desenvolvimento em todas as áreas de sua vida. 
 
Em meio à família, segundo Crepaldi (2017), as crianças, adolescentes e 
jovens recebem instruções básicas de relacionamentos psicossociais, inspiram-se em 
exemplos e influências socioculturais. No campo da educação brasileira, temos 
observado a dificuldade encontrada pelos(as) gestores(as) de escolas estabelecerem 
parceria entre o espaço escolar e a família dos(as) alunos(as). Frequentemente, 
 
 
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podemos observar que a maioria dos(as) educadores(as) reclamam da pouca ou 
nenhuma demonstração de interesse da família em participar do cotidiano escolar 
do(a) filhos(as). 
 
Como nos mostra Crepaldi (2017), a participação dos pais na vida da criança 
é essencial, e quando se estende até a escola, torna-se o processo de aprendizagem 
uma extensão daquilo que se iniciou em seu convívio familiar. Para a autora, com 
essa participação dos pais no processo de ensino aprendizagem, a criança fica mais 
confiante, uma vez que percebe que todos se interessam por ela, e também porque 
passam a conhecer quais são as dificuldades e quais os conhecimentos que ela tem. 
 
Assim, a integração da escola com a família e de toda a comunidade, por 
meio de diálogos, é fundamental, uma vez que a escola é compreendida como um 
elemento de mediação entre o(a) aluno(a) e a família, conforme Crepaldi (2017). 
 
Nos dias atuais, segundo Bugone, Dalabetha e Bagnana (2016), um grande 
desafio do Orientador Escolar é trazer para dentro da escola e inserir no debate 
educacional as famílias dos estudantes. É necessário que se busque fazer com que 
os pais ou responsáveis pelos alunos participem de forma ativa da vida escolar de 
seus filhos, tarefa essa que nem sempre é fácil. 
Para as autoras citadas acima, a aprendizagem, é considerada a base na 
vida das pessoas e quanto mais participação da família nesse processo, melhores 
serão os resultados obtidos pelos estudantes. Além disso, com a participação da 
família em sua vida escolar, os estudantes possuem mais referências e bons 
exemplos a serem seguidos. 
 
 
Fonte: https://www.psicologiaviva.com.br/blog/atividades-educacao-infantil/ 
Porém, Bugone, Dalabetha e Bagnana (2016), mostram que para que isso 
aconteça é essencial que tanto escola, quanto família tenham clareza sobre suas 
responsabilidades diante da educação das crianças e adolescentes, não havendo 
dificuldade de limitações de deveres e responsabilidades. Assim, o Orientador Escolar 
 
 
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tem a função de criar laços com as famílias, a fim de caminharem, escola e família, 
em sintonia no processo de formação do estudante. 
 
Sobre a participação da família na vida escolar dos filhos, Souza (2010), 
afirma que: 
 
 
O Orientador ao elaborar seu planejamento precisa 
detectar quais são as reais perspectivas da família em relação 
à programação que a escola e o serviço de orientação 
educacional vão oferecer ao educando, neste sentido deve-se 
levantar dados de quais as reais possibilidades de assistência e 
participação dos pais na vida escolar dos filhos. (SOUZA, 2010, 
P. 13) 
 
Posto isso, para Bugone, Dalabetha e Bagnana (2016), é essencial que o 
Orientador Escolar busque criar uma parceria entre família e escola, mostrando-se 
disposto a escutar as demandas trazidas pelas famílias, acolhendo-a e trazendo-a 
para dentro da escola, dando oportunidade de participação nas decisões da vida 
escolar das crianças e adolescentes. Com a aproximação com a família, o Orientador 
Escolar, levando em conta que cada família possui a sua especificidade, terá 
ferramentas mais adequadas para planejar suas intervenções em relação aos 
estudantes. 
O que se conclui é que, o trabalho do Orientador Escolar é levar em 
consideração o contexto familiar do estudante, aproximando sempre a família da 
escola. 
 
Diante disso, veremos no próximo Tópico desta Unidade como se dá o 
trabalho do Orientador Escolar dentro da Educação Básica, iniciando nossos estudos 
pela Educação Infantil. 
 
 
 
 PARA VOCÊ LER MAIS 
 
 
 
Para ampliar a discussão sobre as funções do Orientador Escolar e a sua 
atuação junto aos professores, aos alunos e junto às famílias dos estudantes, sugere-
se a leitura da publicação: Atribuições do Orientador Escolar na rede pública de 
ensino do Distrito Federal. Nessa publicação, a autora delimita as ações desse 
 
 
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profissional no âmbito institucional; junto ao corpo docente e discente; junto á família 
e à rede social em que o estudante está inserido. Boa leitura! 
 
http://orientacaoeducacionalemacao.blogspot.com/p/atribuicoes-do-oe-no-
distrito-federal.html 
 
 
Tópico III: O Orientador Escolar Dentro da Educação 
Básica 
AULA 1: A Orientação Escolarna Educação Infantil 
 
Nas aulas anteriores, vimos que o Orientador Escolar é um profissional que 
precisa ter uma formação específica e que tem diversas funções junto aos estudantes, 
professores e demais membros da comunidade escolar. Nesta aula, vamos conversar 
um pouco sobre o Orientador Escolar dentro da Educação Básica. 
 
Conforme consta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a 
Educação Básica é composta pela Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º ao 9º 
ano) e Ensino Médio. 
 
Diante disso, a Orientação Escolar está prevista para toda a Educação 
Básica, assumindo, também, o papel de Orientação Profissional, que deve começar 
na escola desde os anos iniciais. 
 
Dessa forma, segundo Bugone, Dalabetha e Bagnana (2016), o orientador 
Escolar deve desenvolver seu trabalho desde a Educação Infantil, período em que a 
criança tem seu ingresso na escola, e é um dos períodos fundamentais para a 
formação de seu comportamento, já que basicamente tudo o que acontece em seu 
meio, é tomado como exemplo. Nesse sentido, Orientador Escolar precisa trabalhar 
com a indisciplina, problemas familiares, sociais, transtornos, dificuldade de 
socialização, entre outros. 
 
 
 
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Fonte: http://www.sosprofessor.com.br/blog/orientacao-educacional-na-
pratica/ 
 
O trabalho do Orientador Escolar na Educação infantil, segundo Oliveira 
(2015), pode ocorrer individualmente ou em grupos, trabalhando questões referentes 
à formação global do indivíduo, no que tange às questões de respeito, amor, 
fraternidade, dignidade, solidariedade, responsabilidade, ética e outros valores 
fundamentais e essenciais, segundo as autoras, para a convivência harmoniosa da 
pessoa humana. 
 
Oliveira (2015), afirma ainda que Orientação Educacional, na Educação 
Infantil, deve focar na integridade do ser, trabalhar em parceria com os professores, 
focando no bom desenvolvimento escolar dos alunos. A autora também destaca a 
importância de o Orientador Escolar demonstrar afeto e dedicação em sua prática, 
visando estabelecer laços de confiança com a criança. 
 
Percebe-se que o Orientador Escolar, na Educação Infantil, precisa dedicar-
se a garantir atividades que desenvolvam a psicomotricidade das crianças, outras que 
preparem os pequenos para a socialização e para a alfabetização. 
 
Silveira (2014), mostra que o Serviço de Orientação Escolar, deve 
acompanhar o desenvolvimento da criança, interessando-se pelos sinais que ela 
mostra a cada fase do desenvolvimento, contribuindo para a saúde emocional, social 
e cognitiva do aluno. 
 
A Orientação Escolar desenvolve um importante e também fundamental 
papel na Educação Infantil. Orientar os pais para que fiquem alertas sobre o processo 
de desenvolvimento dos filhos é estabelecer vínculo e parceria na trajetória do 
 
 
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desenvolvimento infantil, que será um adulto atuante na sociedade, mais adiante. 
Portanto, é fundamental a permanência da Orientação Educacional atuante na 
Educação Infantil, conforme nos relata Silveira (2014). 
 
Para a mesma autora, a Orientação Educacional ajuda no desenvolvimento 
de ações de uma educação voltada para prática social, porque auxilia na construção 
desse sujeito. Por meio de um projeto político-pedagógico condizente com as 
expectativas que serão desenvolvidas pela escola, a Orientação Educacional poderá 
desenvolver estratégias que visam a promoção da cidadania e o desenvolvimento das 
potencialidades das crianças. 
 
Seguindo com nossos estudos, convidamos você, caro(a) aluno(a), a 
estudar a próxima aula, onde veremos juntos como se dá a atuação do Orientador 
Escolar dentro do Ensino Fundamental. 
 
 
 
 
PARA VOCÊ LER MAIS 
 
Ainda sobre o que diz respeito ao Orientador Escolar e sua atuação na 
Educação Infantil, sugerimos a leitura da monografia de Andrea Teixeira de Souza, 
publicada pela Universidade Candido Mendes, em 2010, no Rio de Janeiro, intitulada 
“O Orientador Escolar na Educação Infantil”. Confira: 
http://gephisnop.weebly.com/uploads/2/3/9/6/23969914/o_orientador_educacional_n
a_educacao_infantil.pdf 
 
 
 
 AULA 2: O Orientador Escolar no Ensino Fundamental 
 
 
Segundo Silveira (2014), a Orientação Escolar tem o aluno como foco 
principal, onde vai incentivá-lo para um amplo desenvolvimento intelectual, físico, 
social, moral estético, político, educacional e vocacional, devendo mobilizar escola e 
família, para assim promover o que se quer, pois a principal atribuição do orientador 
educacional é realizar um trabalho de caráter mediador. 
 
 
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Fonte: https://www.sinprodf.org.br/pedagoga-vislumbra-um-futuro-melhor-para-
a-orientacao-educacional/ 
 
No Ensino Fundamental, fase em que é necessário se trabalhar sobre 
normas com os estudantes, o Orientador Escolar deve, sempre que possível, 
acompanhar a socialização dos alunos, verificando qualquer problema de indisciplina 
ou convivência, conforme mostra Oliveira (2015). 
 
Oliveira (2015) também evidencia que é importante que o Orientador 
Escolar, que atua com estudantes do ensino fundamental, busque sempre: 
 
 Esclarecer as normas e procedimentos adotados pela escola e cobrar dos 
alunos o cumprimento dos mesmos; 
 Elaborar ações que levam os alunos a desenvolver suas habilidades e 
descubram sua vocação; 
 Realizar atividades que façam os alunos compreender a importância dos 
valores sociais 
 Levar os alunos a conhecer os direitos e os deveres do cidadão, do Estado, da 
Família, bem como demais grupos da sociedade, e a respeitá-los. 
 Despertar atitudes responsáveis para com os estudos. 
 Incutir nos alunos o respeito pelos demais, bem como as diferenças individuais, 
sociais e culturais. 
 Desenvolver atitudes e hábitos de trabalho em grupo e também a valorização 
do trabalho como realização pessoal. 
 
 
 
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Agora, querido(a) aluno(a), convidamos você a estudar conosco a próxima 
aula. Nela evidenciaremos como se dá a atuação do Orientador Escolar no Ensino 
Médio. 
 
 
 PARA VOCÊ SABER MAIS 
 
 
Em relação à atuação do Orientador Escolar no Ensino Fundamental, 
sugerimos ampliar os conhecimentos através da reportagem publicada no Portal da 
Educação, intitulada: Atribuições do Orientador Escolar. Acesse através do link: 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/atribuicoes-do-
orientador-educacional/27856 
 
 
 
 AULA 3: O Orientador Escolar no Ensino Médio 
 
 
No Ensino Médio, ainda conforme nos mostram Bugone, Dalabetha e 
Bagnana (2016), o foco do Orientador Escolar recai de forma mais significativa na 
Orientação Profissional, possibilitando estratégias e um trabalho significativo para que 
o discente vivencie, explore, e decida sobre o caminho que irá seguir na vida adulta, 
mostrando sempre as diversas possibilidades, potencializando a autonomia 
necessária para que o estudante decida com base em suas expectativas, gostos, 
desejos e vontades. 
 
Ou seja, para Bugone, Dalabetha e Bagnana (2016), o Orientador Escolar 
na perspectiva da Orientação Profissional, deve abrir portas e possibilidades para que 
os estudantes analisem as diversas opções e perspectivas que aparecem neste 
momento fundamental da vida do indivíduo. Esse fato ganha ainda maior notoriedade, 
em contextos familiares precários, seja essa precariedadefinanceira, estrutural, 
afetiva, etc. em que a escola e o serviço da Orientação Educacional muitas vezes se 
constituem nas únicas bases sólidas que os estudantes possuem: 
 
 
 
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No entanto, o OE precisa se policiar para não dar respostas 
prontas para os problemas ou induzir para determinadas situações, 
mas sim, buscar a tematização, discussão e diálogo, apontando 
possibilidades para que os estudantes, de forma autônoma e 
emancipada, tomem suas próprias decisões, mostrando ainda que ele 
é responsável pelas suas escolhas e as possíveis consequências 
advindas delas. (BUGONE, DALABETHA E BAGNANA, 2016, P. 08) 
 
 
 
Fonte: https://www.colegiosaojoaquim.com.br/orientacao-educacional/ 
 
Sobre a atuação do Orientador Escolar no Ensino Médio, segundo Lucion, 
Silva e Berti (2016), o objetivo de seu trabalho é propiciar ao aluno uma formação que 
desenvolva suas potencialidades, respeitando as individualidades, preparando para 
o mundo do trabalho e para o exercício e cidadania. O orientador Escolar precisa 
colocar o aluno como centro do seu trabalho, focando sempre no maior 
aproveitamento educacional do mesmo. 
 
Aquino (2010), mostra que no Ensino Médio a atuação do Orientador 
Escolar é ampliada, uma vez que o mesmo acaba por auxiliar os estudantes a 
encontrar suas vocações. Para isso, é necessário muito diálogo e conversa com os 
estudantes deixando-os confiantes para fazer suas escolhas com acesso às 
informações. 
 
Por fim, para Aquino (2010), a orientação vocacional deve servir como um 
instrumento de apoio a escolha da carreira a ser seguida pelos estudantes, e cabe ao 
Orientador Escolar auxiliar os estudantes nessa importante escolha. Esse profissional 
não irá dizer ao aluno qual caminho seguir, mas mostrar as possibilidades e fazer o 
estudante ter conhecimento de suas características e personalidades. 
 
 
 
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Diante de tudo que estudamos juntos, convidamos você, caro(a) aluno(a), a 
ler o resumo dessa Unidade 1 e em seguida, realizar as atividades propostas com o 
objetivo de consolidar o que foi estudado! 
 
 
PARA VOCÊ REFLETIR 
 
 
Caro(a) aluno(a), percebemos através dos conteúdos da Aula 3, que o 
Orientador Escolar, assim como outros profissionais que trabalham na escola, acaba 
por servir de exemplo e influenciar as escolhas a serem feitas pelos estudantes com 
o qual atuam, pois a sua proximidade com os estudantes, faz com que os mesmos 
observem suas atitudes e comportamentos. No Ensino Médio, a responsabilidade 
desse profissional é ainda maior, uma vez através do diálogo, auxilia os alunos em 
suas escolhas profissionais, oferecendo informações e, muitas vezes, suporte 
emocional. 
 
Fonte: http://centraldeinteligenciaacademica.blogspot.com/2014/10/o-papel-do-
orientador-educacional.html 
 
 
NOSSO RESUMO 
 
 
Vimos neste Tópico I que o Orientador Escolar faz parte da gestão da escola 
e tem papel de grande responsabilidade auxiliando no desenvolvimento integral dos 
alunos, não só como estudantes, mas como cidadãos críticos e conscientes da 
realidade em que estão inseridos. Além disso, atua como suporte aos docentes no 
que diz respeito a acompanhar e entender o comportamento dos estudantes. é um 
profissional graduado em cursos de licenciatura que após conclusão desta formação 
inicial, buscou uma formação complementar através de uma especialização. O 
 
 
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orientador Escolar é o profissional que procura de forma mais focada incentivar a 
formação de cidadãos críticos, mas atuando em parceria com os professores e com 
as famílias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE II - SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO ESCOLAR 
E SEU HISTÓRICO 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: 
 Conhecer a história do Serviço de Orientação Escolar no Brasil; 
 Compreender como o Orientador Escolar foi ganhando espaço e a importância 
dentro das escolas de Educação Básica ao longo dos anos; 
 Conhecer os diferentes períodos de atuação da Orientação Escolar ao longo 
dos anos; 
 
PLANO DE ESTUDO: 
Tópico I: Histórico da Orientação escolar no Brasil 
 Aula 1: O INÍCIO DA ORIENTAÇÃO ESCOLAR 
 Aula 2: ORIENTAÇÃO ESCOLAR: MAIS UM POUCO DE HISTÓRIA 
 Aula 3: PERCURSO HISTÓRICO DA ORIENTAÇÃO ESCOLAR 
 
Tópico II: Os períodos da Orientação Educacional no Brasil 
 Aula 1: PERÍODO IMPLEMENTADOR E PERÍODO INSTITUCIONAL 
 Aula 2: PERÍODO TRANSFORMADOR PERÍODO DISCIPLINADOR 
 Aula 3: O PERÍODO QUESTIONADOR 
 
Tópico III: Do Período Orientador ao presente do Orientador 
Educacional 
 Aula 1: O PERÍODO ORIENTADOR 
 Aula 2: DA HISTÓRIA AOS DIAS ATUAIS 
 Aula 3: PRINCÍPIOS ÉTICOS NA ATUAÇÃO DO ORIENTADOR ESCOLAR 
 
 
 
 
 
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CONVERSA INICIAL 
 
 
 
Olá, cara aluna, caro aluno! Que alegria estudarmos juntos mais outra 
Unidade. É muito bom estarmos juntos para mais essa Unidade de estudos, sob o 
título de Serviço de Orientação Escolar e seu histórico. Inicialmente, é essencial que 
façamos uma volta ao passado e busquemos conhecer a história da Orientação 
Escolar em nosso país: as mudanças, as conquistas, as lutas e os desafios 
enfrentados ao longo dos anos por esse profissional. Veremos nesta Unidade que a 
orientação Educacional passou por seis períodos até se consolidar como a 
conhecemos hoje: Período Implementador, Período Institucional, Período 
Transformador, Período Disciplinador, Período questionador e Período orientador. 
 
No decorrer desta Unidade de estudo você terá a oportunidade de conhecer 
um pouco mais sobre a história desse profissional até chegar aos dias atuais e a 
forma como esse profissional é visto por estudantes, pais e demais funcionários das 
escolas. Mostraremos no decorrer desta Unidade que o Orientador Escolar, devido 
ao lugar ocupado dentro da escola e a sua proximidade com os estudantes, tem 
acesso a muitas informações pessoais sobre a vida desses alunos e, por isso, sua 
conduta deve ser sempre pautada na ética, garantindo assim, a confiança depositada 
a ele. Você conhece a história do profissional Orientador Escolar? Já teve acesso ao 
código de ética dessa profissão? Buscaremos mostrar, mais uma vez, que o 
Orientador Escolar é um profissional que busca mediar as relações dentro da escola, 
focando sempre na qualidade da educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 AULA 1: Início da Orientação Escolar 
 
 
A Orientação Escolar, função exercida geralmente por um pedagogo, como 
vimos na Unidade anterior, teve seu início em meados da década de 1930. 
 
Com base nas contribuições de Grinspun (2013), que realizou um estudo 
sobre a história do Orientação Educacional no Brasil, essa função, em nosso país, 
iniciou-se junto com o campo da Orientação Profissional: 
 
Em 1931, o Prof. Lourenço Filho criou o primeiro Serviço Público 
de Orientação Profissional no Brasil, em São Paulo. Em 1933, o Código de 
Educação do estado de São Paulo procurou instituir cursos vocacionais com 
a finalidade de fazer Orientação Profissional com os que terminavam o 
ensino primário e ingressavamno ensino médio. (GRINSPUN, 2013, P. 58) 
 
Em 1937, no antigo Instituto Profissional Masculino foi criado um Gabinete 
de Psicotécnica, destinado a orientar os alunos no 1º ano na escolha dos seus cursos 
profissionais secundários. Vários alunos foram, sistematicamente, examinados e 
orientados por um encaminhamento com caráter psicométrico. Convém ressaltar que, 
durante muito tempo, existiu nas escolas brasileiras, um sistema empírico de 
orientação. Registravam-se iniciativas isoladas, em reduzido número de escolas e 
outras instituições. 
 
Em 1938, segundo Grinspun (2013), o Instituto Nacional de Estudos 
Pedagógicos (Inep) criou uma subdivisão, em âmbito nacional, para implantar a 
Orientação Educacional. Nesta época, o conceito de Orientação Educacional era 
muito amplo e pouco preciso. O Serviço de Orientação Escolar, nesse período, estava 
sempre ligado à Orientação Pedagógica, sem assumir características próprias e 
específicas dentro do processo educacional. 
 
Os objetivos da Orientação Educacional nesse período se referem ao 
conhecimento do indivíduo, à orientação para uma profissão e à formação integral da 
personalidade do estudante. Os objetivos eram bem abrangentes, envolvendo 
atividades extracurriculares, relacionamento entre pais e mestres e até o controle 
disciplinar. Para Grinspun (2013), pode-se dizer que o trabalho da Orientação 
Educacional era pouco definido, sem que houvesse delimitação de suas atribuições. 
 
A expressão Orientação Educacional aparece oficialmente no Brasil no 
Decreto-lei nº 4.073, de 30 de janeiro de 1942 (Lei Orgânica do Ensino Industrial). 
Esta lei foi o primeiro passo decisivo para o estabelecimento da Orientação 
Educacional. No mesmo ano, introduziu-se a Orientação Educacional no ensino 
 
 
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secundário (Decreto-lei nº 4.244, de 9 de abril de 1942), conforme mostra Grinspun 
(2013). 
 
Alguns anos depois, surge o primeiro Manual de Trabalho dos Orientadores 
Educacionais, que foi publicado, em 1952, procurando conceituar as várias 
modalidades de Orientação, as funções do Orientador e o regime técnico-
administrativo dos cargos de Orientador Educacional. Não havia uma elaboração de 
conceitos concretos de uma Orientação Educacional mais adequada à realidade 
brasileira. 
 
Em 1957, o MEC iniciou um programa em que buscava promover a maior 
difusão da Orientação Educacional: 
 
Este verdadeiro despertar da Orientação Educacional brasileira 
só ocorreu quando a Diretoria do Ensino Secundário do MEC, sob a 
coordenação da Cades, "percebeu claramente que não existindo nem clima 
para as instalações dos serviços educacionais nos colégios, nem 
orientadores devidamente preparados, a Orientação Educacional jamais se 
tornaria uma realidade no Brasil e, muito menos ainda, uma realidade 
operante e integrada no sistema educativo" (SAALFELD, 1962, P. 10). 
 
Grinspun (2013) relata que, com o objetivo de estimular a formação dos 
orientadores em cursos de nível superior, foram realizados três simpósios nacionais 
em 1957, 1958, 1960, respectivamente, e uma série de seminários que discutiam os 
principais aspectos da Orientação Escolar. Nas reflexões ocorridas nesses eventos, 
acreditava-se que a Orientação Escolar deveria ser vista como atividade educacional 
fundamental: 
 
Orientação era o acompanhamento e aconselhamento, para 
afastar obstáculos que se opusessem ao trabalho do aluno, decorrentes de 
desajustamento de várias origens. (BRASIL, 1973, P. 8). 
 
 
Assim sendo, Grinspun (2013), acrescenta: 
 
 A Orientação Educacional seria veículo para a escola tornar-se 
mais flexível, mais sensível às diferenças individuais. Os esforços nesta fase 
eram feitos no sentido de definir a orientação, de lhe traçar direções, de lhe 
proporcionar meios de realização, projetando-se mais para um futuro do que 
para um presente. O princípio da Orientação adquiria pouco a pouco 
amplitude e relevância. (GRISNPUN, 2013, P. 61) 
 
Como vimos nessa aula, a história da Orientação Escolar no Brasil teve seu 
início em meados da década de 30 e, nesse período o foco de trabalho era voltado 
para a orientação profissional. Ao longo dos anos, aos poucos essa profissão foi se 
 
 
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consolidando mais e reformulando seus objetivos. Na aula 2, conheceremos um 
pouco mais sobre a história dessa profissão! Vamos lá! 
 
 
PARA VOCÊ LER MAIS 
 
 
Entender a história da Orientação Escolar no Brasil é de grande importância 
para que se entenda como o profissional que exerce essa função foi ganhando 
espaço dentro da Educação Básica brasileira. Para aprofundar um pouco mais nessa 
história, sugerimos a leitura do livro “A prática dos orientadores”, de autoria de Mírian 
Zippin Grinspun, publicado em 2012 pela Editora Cortez. Boa leitura! 
 
 
 
 AULA 2: Orientação Escolar: Mais Um Pouco de História 
 
 
Continuando a nossa conversa sobre a história da Orientação Escolar no 
Brasil, recorremos, novamente, à Grinspun (2013), quando a autora nos relata que 
em 12 de março de 1958 foi publicada a Portaria, nº 105, regulamentando o exercício 
da função de orientador educacional no ensino secundário e exigindo o seu registro. 
 
Nesse mesmo período, o Decreto nº 47038 de 16 de outubro de 1959, 
estabeleceu atribuições muito extensas ao orientador, dificultando e deixando o 
conceito de Orientação Educacional pouco preciso, prevalecendo a ideia de ser um 
profissional que auxilia nos problemas da escola: 
 
 De modo geral, o Serviço de Orientação Educacional era 
tido como: responsável pelo rendimento escolar; responsável pelo 
estudo dirigido; diretor espiritual e guia na resolução de problemas 
emocionais. Os objetivos de Orientação Educacional, de modo geral, 
abrangem nesta época a cooperação nos estudos e escolha da 
profissão, incluindo-se a colaboração com pais e professores, para a 
melhoria dos alunos. (GRISNPUN, 2013, P. 62). 
 
Pascoal, Honorato e Albuquerque (2008), a Lei 5.564, de 21/12/68, 
demonstra, assim como a LDB em vigor naquela época, preocupação com a formação 
integral do adolescente, embora traga orientações também referentes ao ensino 
 
 
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primário, como era naquela época designado, o ensino fundamental. Os autores 
mostram que a Orientação Educacional, pela legislação em vigor, era vista como: 
 
[...]destinada a auxiliar ao aluno, individualmente ou em 
grupo, no âmbito das escolas e sistemas escolares de nível médio e 
primário, visando o desenvolvimento integral e harmonioso de sua 
personalidade, ordenando e integrando os elementos que exercem 
influência em sua formação e preparando-o para o exercício das 
opções básicas(PASCOAL, HONORATO E ALBUQUERQUE, 2008, P. 
03). 
 
A LDB que veio a seguir, a 5.692/71, segundo Pascoal, Honorato e 
Albuquerque (2008), dizia, em seu artigo 10, que a Orientação Educacional seria 
instituída, obrigatoriamente, incluindo aconselhamento vocacional em cooperação 
com professores e famílias. 
 
Os mesmos autores mostram que: 
 
O campo de atuação do orientador educacional era, 
inicialmente, apenas e tão somente focalizar o atendimento ao aluno, 
aos seus "problemas", à sua família, aos seus "desajustes" escolares, 
etc., pouco ou quase nada voltado à autonomia do aluno e à sua 
contextualização como cidadão. Depois, voltou-se à prestação de 
serviços, mas sempre com o objetivo de ajustamento ou prevenção. 
(PASCOAL, HONORATO E ALBUQUERQUE, 2008, P. 05). 
 
AOrientação Educacional começa a ser questionada a partir de 1980, 
conforme mostram Pascoal, Honorato e Albuquerque (2008). Assim, os pressupostos 
teóricos começam a ser repensados e rediscutidos e o Orientador Escolar começa a 
participar de todos os momentos da escola: 
 
Discutindo questões curriculares, como objetivos, 
procedimentos, critérios de avaliação, metodologias de ensino, 
demonstrando sua preocupação com os alunos e o processo de 
aprendizagem. Os cursos de reciclagem que foram oferecidos aos 
orientadores contribuíram para que a discussão fosse mais ampla, 
envolvendo as práticas, os valores que a norteavam, a realidade dos 
alunos, assim como o mundo do trabalho. (PASCOAL, HONORATO E 
ALBUQUERQUE, 2008, P. 06). 
 
Com base nisso, origina-se uma nova visão de orientação educacional. Esse 
profissional passou a se preocupar com outros fatores além de cuidar e ajudar os 
alunos com problemas: 
 
 
 
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[...] necessidade de nos inserirmos em uma nova 
abordagem de Orientação, voltada para a construção de um cidadão 
que esteja mais comprometido com seu tempo e sua gente. Desloca-
se, significativamente, o onde chegar, neste momento da Orientação 
Educacional, em termos do trabalho com os alunos. Pretende-se 
trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu processo de 
cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas 
através do diálogo nas relações estabelecidas (GRINSPUN, 2002, p. 
13). 
 
 
Diante disso, Pascoal, Honorato e Albuquerque (2008), mostra que a década 
80, foi marcado por estudos, congressos, lutas sindicais, que, articuladamente, 
transformaram-se em grandes conquistas para os orientadores educacionais. 
 
Vimos nessa aula que durante os anos compreendidos entre 1958 e 1980, 
a Orientação Educacional saiu de um conceito pouco preciso até ser instituída, 
obrigatoriamente. Deixou de se preocupar apenas os alunos considerados “problema” 
e a se preocupar com o processo de aprendizagem. Na próxima aula, vamos 
conhecer mais sobre a história dessa profissão, a partir dos anos 2000! 
 
 
PARA VOCÊ SABER MAIS 
 
Para ampliar os seus estudos sobre a história da Orientação Escolar no 
Brasil e as características de sua história, sugerimos a leitura do artigo intitulado “O 
orientador educacional no Brasil: uma discussão crítica”, publicado pela revista 
Poiesis, volume 3, números 3 e 4, 2006, que pode ser acessado através do link a 
seguir: 
file:///C:/Users/Ludimila/Documents/Saved%20Games/Downloads/10549-
Texto%20do%20artigo-40818-1-10-20100722.pdf 
 
 
 AULA 3: Percurso Histórico da Orientação Escolar 
 
 
Seguindo com os estudos sobre a história da Orientação Escolar no Brasil, 
Pascoal, Honorato e Albuquerque (2008), afirma que por volta dos anos 2000, inicia-
se um novo período para esse profissional, em que o ensino público está caminhando, 
mas ainda apresentando muitos problemas, dentre eles, baixos resultados de 
 
 
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aprendizagem, mostrando que a escola e seus profissionais necessitavam ser 
repensados. 
 
No entanto, de acordo com informações apresentadas por Bortoletto (2017), 
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Pedagogia, 
Licenciatura, em Parecer aprovado em 13/12/2005, reduzem a orientação 
educacional à área de serviços e apoio escolar, o que significava, na visão da autora, 
um passo para a extinção desta função. 
 
Pascoal, Honorato e Albuquerque (2008), afirmam que, incoerentemente, o 
artigo 5º do Parecer citado, mencionava que o egresso do curso de Pedagogia deveria 
estar apto para uma série de tarefas possíveis apenas a partir de um trabalho 
integrado com outros profissionais da educação: 
 
II compreender, cuidar e educar crianças de zero a cinco 
anos, de forma a contribuir para o seu desenvolvimento nas 
dimensões, entre outras, física, psicológica, intelectual, social; 
VII promover e facilitar relações de cooperação entre a 
instituição educativa, a família e a comunidade; 
XIV realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, 
entre outros: sobre alunos e alunas e a realidade sociocultural em que 
estes desenvolvem suas experiências não-escolares; sobre 
processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-
ecológicos; sobre propostas curriculares e sobre organização do 
trabalho educativo e práticas pedagógicas (PASCOAL, HONRATO E 
ALBUQERQUE, 2008, P. 12). 
 
 
Para os autores, as tarefas listadas acima são apenas algumas que podem 
ser realizadas pelo orientador educacional, em trabalho articulado com o gestor e o 
coordenador pedagógico. 
 
Para Pascoal, Honorato e Albuquerque (2008), não há dúvidas de que a 
gestão escolar necessita de trabalho em conjunto de diferentes profissionais e suas 
funções. 
 
Vimos nessa aula 3, que a partir dos anos 200, outros desafios foram 
surgindo para esse profissional. Dentre eles, ser reduzida a área de serviços e apoio 
escolar. Porém, por outro lado, viu-se a amplitude de funções que podem ser 
exercidas por esse mesmo profissional. No próximo tópico de estudos vamos discutir 
sobre a divisão dos diferentes períodos históricos dessa profissão e suas 
características. Bons estudos! 
 
 
 
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PARA VOCÊ REFLETIR 
 
 
Neste Tópico I, da Unidade II, conhecemos um pouco da história da 
Orientação Escolar e as mudanças sobre o papel e a visão acerca desse profissional 
ao longo dos anos. Vimos que num dado momento, com as Diretrizes Curriculares 
para o curso de graduação em Pedagogia, em Parecer aprovado em 13/12/2005, a 
orientação educacional foi reduzida à área de serviços e apoio escolar. Diante disso, 
assim como Bortoletto (2017), sugerimos uma reflexão: Como assegurar avanços na 
aprendizagem sem contar com o apoio da equipe de Orientação Educacional? 
 
Tópico II: Os períodos da Orientação Educacional no 
Brasil 
AULA 1: Período Implementador e Período Institucional 
 
 
A evolução do conceito de Orientação Educacional no Brasil está vinculada, 
inicialmente, a cinco períodos marcantes, conforme nos mostra Grinspun (2013): 
 
• Período Implementador: de 1920 a 1941. 
• Período Institucional: de 1942 a 1960. 
• Período Transformador: de 1961 a 1970. 
• Período Disciplinador: de 1971 a 1980. 
• Período Questionador: a partir de 1980. 
 
Segundo Ferreira (2009), no Período Implementador, o conceito de 
Orientação Educacional era importado e apresentava uma concepção voltada para a 
questão vocacional. Tinha como objetivo principal a seleção para o treinamento 
profissional, utilizando como estratégia, as técnicas psicométricas. Essas técnicas 
eram originárias dos Estados Unidos. 
 
Nesse período, houve tentativas de adaptar essas técnicas à realidade 
brasileira, mas sem uma efetivação a ser considerada significativa. No que diz 
respeito aos resultados dos testes aplicados, eles eram devolvidos aos alunos através 
de perfis profissionais. 
 
Já o Período Institucional, com base nas contribuições de Ferreira (2009), 
caracterizou-se pelo surgimento da Orientação Educacional na legislação brasileira. 
Nesse período ocorreu toda a exigência legal da Orientação nas escolas com grande 
 
 
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esforço do Ministério da Educação e Cultura (MEC) para dinamizá-la e os cursos que 
cuidavam da formação de orientadores educacionais: 
 
A Orientação Educacional, nesse período emque é 
instituída por lei, no Brasil, buscava, com bases científicas, alcançar o 
desenvolvimento integral da adequação da personalidade do 
educando, visando o seu ajustamento pessoal, escolar e social. Não 
tendo em vista a formação da personalidade do aluno em função de 
princípios morais e religiosos, e nem mesmo a sua adequação ao 
exercício da profissão(BONFIM, 1981, P. 62). 
 
 
Nessa fase, segundo Ferreira (2009), o sucesso do orientador dependia, em 
grande parte, da sua compreensão de escola como um sistema social, a fim de 
determinar o tipo de ajuda que deveria oferecer e ainda como iria oferecê-la. Para a 
autora, nesse período, as contradições da própria sociedade não eram questionadas 
e as atividades da orientação eram marcadas por um cunho assistencial. 
 
Nessa primeira aula do tópico II, vimos que a história da Orientação 
Educacional está dividida em cinco principais períodos: Período Implementador, 
Período Institucional; Período Transformador; Período Disciplinador e Período 
Questionador. Aprofundou-se na discussão sobre os períodos Implementador e 
Institucional. Na próxima aula, aprofundaremos nas características dos períodos 
Transformador e Disciplinador. 
 
 
PARA VOCÊ LER MAIS 
 
Sugerimos, para ampliar seus conhecimentos sobre os períodos da 
Orientação Educacional, a leitura da dissertação de mestrado “Orientação 
Educacional no Brasil: estudo da produção literária (1940-1980)”, defendida e 
publicada em 1981, Por Elizabeth de Melo Araújo Bonfim, na UFRJ. É uma obra mais 
antiga, mas por se tratar de um resgate histórico, é extremamente relevante! A 
referência completa encontra-se ao final desta Unidade II. Boa leitura! 
 
. 
 
AULA 2: Período Transformador e Período Disciplinador 
 
 
 
 
 
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No início da década de 60, com base em Ferreira (2009), sabe-se que surgiu 
um movimento com o objetivo de transformar a orientação importada em uma 
orientação realmente necessária à realidade educacional do Brasil, assinalando 
assim, o surgimento de um novo período na Orientação Educacional, conhecido como 
Período Transformador. 
 
Nesse período, foi finalmente criada a profissão de Orientador Educacional 
em nosso país, através da Lei de Diretrizes e Bases de 1961. Nesse período, também 
se buscava delimitar um campo próprio para a Orientação Educacional, e afirmar a 
sua obrigatoriedade, estabelecendo critérios para a formação desse profissional, 
conforme nos mostra Ferreira (2009). 
 
Em 1968, a Orientação Educacional passou a ser realizada de maneira a 
focar na formação integral do indivíduo, preparando-o para o exercício das ações 
básicas na vida em sociedade. Pensou-se nesse período em um ambiente educativo 
e saudável, que proporcionasse a interação das várias funções e papéis das pessoas 
que fazem parte da comunidade escolar. 
 
Segundo Ferreira (2009), ainda nesse período, estabeleceu-se a formação 
do Orientador Educacional em nível de graduação, como uma das habilitações do 
curso de pedagogia. 
 
Na década seguinte, década de 70, inicia-se a fase chamada de Período 
Disciplinador. Nesse período, houve uma ênfase de adaptação às necessidades 
sociais e à formação profissional, focando no aconselhamento vocacional. 
 
Nesse momento, a orientação vocacional busca entender o contexto em que 
o estudante estava inserido, buscando a caracterização da comunidade, da escola e 
da clientela, além de buscar conhecer os interesses, aptidões e habilidades do aluno. 
 
Segundo Bonfim (1981), em seu resgate histórico sobre a história da 
Orientação Educacional no Brasil, vê-se um período em que se preocupava em 
oportunizar que cada aluno tivesse uma construção saudável de sua autonomia, 
buscando formar um cidadão crítico e objetivo. 
 
Nesse período, segundo Ferreira (2009), a Orientação Educacional a ser 
entendida como a responsável pelo aprimoramento das relações interpessoais e, 
desta forma, importante em todos os níveis de ensino. 
 
Nessa aula 2, buscamos caracterizar os períodos Transformador e 
Disciplinador. Na próxima aula, discutiremos sobre o Período Questionador e suas 
principais características! Boa aula! 
 
 
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PARA VOCÊ SABER MAIS 
 
 
Para você obter mais informações sobre os Períodos da Orientação 
Educacional e a história desse profissional, sugerimos que assista ao vídeo “Histórico 
sobre o Orientador Educacional”, de Roberta Guedes, disponível através do link: 
https://www.youtube.com/watch?v=NEcFJX_BxEw 
 
 
 
 
 
AULA 3: O Período Questionador 
 
 
 
 
Fonte: acervo Ipemig (2019). 
Segundo Ferreira (2009), a perspectiva de Orientação Educacional citada 
na aula anterior, foi a precursora de todo o movimento crítico a se desencadear na 
década de 80. 
 
Nos anos 80, começam a surgir os questionamentos dos profissionais com 
relação tanto à ideologia que regia a prática da Orientação Educacional, como as 
próprias teorias e instrumentos utilizados no dia a dia do profissional, iniciando assim 
o Período Questionador. De acordo com Ferreira (2009). 
 
 
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Esse período se configurou como um momento de parada 
e reflexão que retrata as inquietações pelas quais passou a 
Orientação Educacional na busca por um espaço próprio, específico 
e definido no campo educacional. Havendo nesse período uma busca 
intensa por uma análise crítica do papel do orientador educacional nas 
escolas, bem como por uma caracterização do próprio serviço de 
Orientação Educacional no processo educativo (FERREIRA, 2009, P. 
17). 
 
Nesse momento os trabalhadores que atuavam como Orientadores 
Educacionais, buscaram organização através dos sindicatos e, acabaram assim, 
fortalecendo a relação desse profissional com os demais profissionais da educação, 
segundo Ferreira (2009). 
 
O papel do orientador educacional discutido, evidenciando o compromisso 
político e pedagógico desse profissional: 
 
 
A prática dos orientadores ia sendo diferenciada de acordo 
com as possibilidades e espaços conquistados. Dessa forma, toda a 
prática da Orientação ia se debruçando nesta concepção de 
educação como um ato político, estando intrinsecamente relacionada 
com as mudanças ocorridas no núcleo da sociedade. Discutia-se a 
questão do trabalho não pelo caminho da sondagem de aptidões 
individuais, mas pelas questões sociais e pelo significado do próprio 
trabalho (FERREIRA, 2009, P. 17). 
 
Diante disso tudo, se percebe que, no Período Questionador, os 
Orientadores Educacionais ganham autonomia na luta pela defesa de uma escola 
pública, democrática e de qualidade. 
 
Vimos nessa aula que um dos últimos períodos da Orientação Educacional, 
o Período Questionador é aquele em que esses profissionais começaram a organizar-
se como categoria, fortalecendo assim, essa profissão. No próximo tópico de estudos 
vamos discutir sobre o período mais recente da Orientação Educacional, o Período 
Orientador, sobre os dias atuais e a importância da ética nessa profissão. Boa leitura 
e boas reflexões! 
 
 
PARA VOCÊ SABER MAIS 
 
 
 
 
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Para você obter mais informações sobre as origens da Orientação 
Educacional e a história desse profissional, sugerimos o vídeo intitulado “Origem e 
Evolução Histórica da Orientação Educacional”, com Mirian Grinspun, educadora que 
se dedicou a escrever sobre a OrientaçãoEducacional, disponível no link: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Xkl-lYg2Cvc 
 
 
Tópico III: Do Período Orientador ao presente do 
Orientador Educacional 
AULA 1: O Período Orientador 
 
A partir de 1990, a Orientação Educacional se volta para a construção de 
um estudante, que seja um cidadão comprometido com o tempo em que vive e com 
as pessoas que o rodeiam. O foco do trabalho passa a ser a subjetividade de cada 
aluno e a intersubjetividade, construídas através de muito diálogo e troca, com base 
no que nos evidencia Ferreira (2009). 
 
Na década de 90, vemos que “inúmeros são os fatores que nos mostram um 
novo momento vivido por esta área” (GRINSPUN, 2013, P.25). Houve a extinção da 
Federação Nacional de Orientação Educacional (FENOE), e, em uma tentativa de 
unificação dos trabalhadores de educação, a criação de uma entidade nacional, 
chamada de Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação. 
 
Grinspun (2013) nos afirma que foi precipitada a extinção de um órgão para 
o fortalecimento de outro, pois um não excluiria a importância do outro e sim, se 
complementariam. Diante disso, surge nesse momento, para muitos trabalhadores, 
uma grande insegurança em relação ao espaço ocupado pelo orientador educacional 
dentro da escola. Em relação tanto à prática, quanto ao mercado de trabalho. 
Segundo Grinspun (2013): 
 
A prática que virá está sendo construída, uma vez que os 
orientadores têm que buscar – sem o apoio específico de sua 
categoria em termos de órgão de classe _ a especificidade requerida 
no trabalho com os demais educadores (GRINSPUN, 2013, P.25). 
 
 
Porém, Grinspun (2013), importante autora na área da Orientação 
Educacional, afirma que a Orientação Escolar, não deixará de existir. Porém, acredita 
que a sua prática de modificar-se diante de novos contextos. Sejam eles contextos, 
social, político e histórico que possam surgir. Além disso, afirma ainda que, o Serviço 
 
 
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de Orientação Escolar não deixará de existir porque a educação não deixará de 
existir, mesmo que em formatos diferentes e ambas estão ligadas de tal forma que o 
próprio conceito etimológico de educação se compromete, enquanto educare, com 
orientação, isto é, refere-se a orientar, guiar, conduzir o indivíduo, como mostra 
Ferreira (2009). 
 
Em síntese, vimos nessa aula que o Período Orientador foi caracterizado 
como um período de atuação em que se respeita a subjetividade do estudante e tem 
foco no diálogo e na troca de experiências. Vamos, na próxima aula, conversar sobre 
como está, nos dias atuais, o contexto de atuação desse profissional! 
 
 
PARA VOCÊ LER MAIS 
 
 
Ainda sobre o que diz respeito aos diferentes períodos da Orientação 
Educacional, para ampliar as reflexões, sugerimos a leitura do artigo “O orientador 
Educacional e sua relevância para o trabalho educativo”, de autoria de Tatiane 
Andrade, disponível no link abaixo: 
 
https://www.webartigos.com/artigos/o-orientador-educacional-e-sua-relevancia-
no-trabalho-educativo/25438/ 
 
 
 
 
 AULA 2: Da História Aos Dias Atuais 
 
 
 
Após a apresentação dos seis períodos da Orientação Educacional no 
Brasil, vamos conversar nesta aula sobre como está atualmente a visão sobre esse 
profissional e a sua atuação. 
 
Segundo Ferreira (2009), atualmente, na Orientação Educacional, se vive 
uma fase que pode ser considerada crítica, em que se procura ajudar o aluno como 
um todo, considerando seus conflitos e o significado dos mesmos junto ao momento 
histórico atual. Assim, o Orientador Escolar busca estar ao lado do aluno, tentando 
fazer com que ele se perceba como agente de sua própria história de vida. 
 
 
 
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Após a leitura de Grinspun (2013), pode se perceber que a orientação 
educacional, hoje, é caracterizada por um trabalho muito mais abrangente no sentido 
de sua dimensão pedagógica. Percebe-se que a atuação desse profissional possui 
caráter mediador junto aos demais educadores, atuando com todos os protagonistas 
da escola no resgate de uma ação mais efetiva e de qualidade. 
 
 
Grinspun (2013) mostra que a concepção de orientação educacional deve, 
hoje, estar comprometida com: 
 
 a construção do conhecimento através de uma visão da relação sujeito-
objeto; 
 a realidade concreta da vida dos alunos, vendo-os como atores de sua 
própria história; 
 a responsabilidade do processo educacional na formação da cidadania, 
valorizando as questões do saber pensar, saber criar, saber agir e saber 
falar; 
 a atividade realizada na prática social, levando-se em consideração que 
dessa prática provém o conhecimento e que ele se dá como um 
empreendimento coletivo; 
 a diversidade da educação, questionando valores pessoais e sociais, 
submersos nos atos da escolha e da decisão do indivíduo; 
 a construção da rede de subjetividade que é tecida em diferentes 
momentos na escola e por ela; 
 o planejamento e a efetivação do projeto político-pedagógico da escola, em 
termos de sua finalidade, considerando os princípios que os sustentam, 
portanto, a filosofia da educação que os fundamenta, e as demais áreas 
que os articulam. 
 
 Atualmente sabemos que o papel do orientador é amplo e transcende os 
limites da escola. Segundo Grinspun (2013): 
 
a autora “o papel da Orientação Educacional no contexto 
atual, deslocou-se dos alunos-problemas para todos os problemas 
dos alunos/ da escola e refletindo, analisando, interferindo sobre 
esses problemas em tempos de globalização e da pós-modernidade. 
Devemos trabalhar, com o aluno, na possibilidade de sua totalidade, 
desenvolvendo o sentido da singularidade, da autonomia, da 
dimensão da solidariedade, no verdadeiro significado do humano” 
(GRINSPUN, 2013, p. 73). 
 
 
 
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 Nesse sentido, segundo Oliveira (2013), é possível concluir que 
o Orientador Escolar deve ajudar o estudante em seu desenvolvimento pleno, coletivo 
e não individualizado, procurando prepará-lo para a vida. 
 
Diante de tudo exposto, pode-se concluir, nesta aula 2, que, atualmente, o 
Orientador Educacional, possui ampla atuação e conhece a realidade de vida da 
maior parte de seus alunos! Diante dessa proximidade com os estudantes, é 
importante conhecer e refletir sobre o Código de Ética dessa profissão. Vamos 
estudá-lo! 
 
 
 
PARA VOCÊ REFLETIR 
 
Ao longo dos anos e dos diferentes períodos da Orientação Educacional, o 
profissional que atua nessa área teve o seu foco de trabalho modificado e também a 
maneira como é visto dentro das instituições escolares. Hoje, como se viu, a atuação 
desse profissional possui caráter mediador junto aos demais educadores, focando em 
melhorar a qualidade da educação através de suas ações. Diante disso, caro(a) 
aluno(a), pense e reflita: hoje, dentro das escolas, há clareza sobre o papel desse 
profissional? 
 
 
 
 
AULA 3: Princípios Éticos na Atuação do Orientador Escolar 
 
A presença do Orientador Educacional, segundo Jesus (2012), dentro da 
escola, gera um ambiente saudável, propício para que o educando se sinta livre para 
compartilhar suas experiências, que muitas das vezes são pessoais. Por isso, para a 
autora, o Orientador Educacional precisa agir com muita ética, pois tem acesso a 
informações pessoais dos estudantes: 
 
 
 
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Deste modo, é recomendável ao

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