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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS PRFESSORA CINOBELINA ELVAS DEPARTAMENTODO CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO: CULTURAS DE HORTALIÇAS Glênio Állex Alves Ribeiro Miquéias de Lima Santos 2018.2 BOM JESUS – PI Glênio Állex Alves Ribeiro Miquéias de Lima Santos RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO: CULTURAS DE HORTALIÇAS 2018.2 BOM JESUS – PI Boletim apresentado à disciplina de Adubação Orgânica e Compostagem, como parte dos requisitos necessários para à obtenção da segunda nota. Orientador: Prof. Dr. Julian Junio de Jesus Lacerda SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 01 2.0 USO DE ADUBOS ORGÂNICOS NAS HORTALIÇAS ........................................ 02 2.1 TIPOS DE MATERIAL ORGÂNICO USADO NA ADUBAÇÃO ......................... 03 2.2 BERINJELA .............................................................................................................. 03 2.3 CENOURA ................................................................................................................ 04 3.0 PREPARO DE FERTILIZANTES ORGÂNICOS ................................................... 04 3.1 BIOFERTILIZANTES .............................................................................................. 04 3.1.1 PREPARO DE BIOFERTILIZANTES NA PROPRIEDADE .............................. 04 3.2 COMPOSTO ORGÂNICO ....................................................................................... 05 4.0 PRINCIPAIS FONTES DE NURIENTES PERMITIDAS NA PRODUÇÃO ORGÂNICA .................................................................................................................... 06 5.0 CALCULO DA QUANTIDADE DE ADUBOS A UTILIZAR NO SISTEMA ORGÂNICO .................................................................................................................... 06 6.0 EXEMPLO PRÁTICO .............................................................................................. 08 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 12 1 1.0 INTRODUÇÃO As Hortaliças são grupos de vegetais cultivados em horta, onde partes como raízes, caules, folhas, flores, frutos e sementes, são consumidas pelos humanos como alimento. E em relação a sua forma de consumo, as hortaliças classificam-se em três tipos: tuberosas, herbáceas e hortaliça-fruto. Segundo SEDIYAMA et. al. (2014) “a produção de hortaliças em sistema orgânico requer tecnologias que respeitem os processos ecológicos, que promovam o aumento da matéria orgânica do solo e que sejam poupadoras de energia. Mas a produção orgânica seguem os princípios agroecológicos, que contribuem para a maior eficiência energética dos sistemas produtivos e, em conjunto, para o necessário desenvolvimento do setor de produção de hortaliças orgânicas”. O consumo de hortaliças é indispensável na alimentação dos seres humanos, pois são alimentos reguladores que tem como características serem fontes de vitaminas, minerais, nutrientes que mantém o equilíbrio do organismo e ajudam para seu pleno funcionamento. Além de todas as vitaminas e minerais presentes nas hortaliças, existe uma série de compostos bioativos presentes nestes vegetais que auxiliam no combate e prevenção de doenças. Como exemplo o licopeno (pigmento vermelho) presente no tomate, na melancia, etc., possui propriedades anticancerígenas e atuam como antioxidantes. Segundo SENAR (2012) “os produtores rurais brasileiros mostram diariamente sua competência na produção de alimentos e na preservação ambiental. Com a eficiência da nossa agropecuária, o Brasil colhe sucessivos bons resultados na economia. O setor é responsável por um terço do Produto Interno Bruto (PIB), um terço dos empregos gerados no país e por um terço das receitas das nossas expor tações”. 2 2.0 USO DE ADUBOS ORGÂNICOS EM HORTALIÇAS As recomendações de adubação orgânica para hortaliças apresentadas na tabela 1 constituem-se em valores médios obtidos de resultados de pesquisa agrícola realizadas pelo IAC. A distribuição dos fertilizantes orgânicos pode ser feita em área total, no sulco de plantio ou na cova, dependendo da espécie de hortaliça a ser cultivada. A aplicação do fertilizante orgânico deve ser realizada cerca de 30 dias antes do plantio das hortaliças o * Incorporar o fertilizante orgânico 30 dias antes do plantio de hortaliça; ** No Norte e Nordeste o cará é conhecido como inhame e o inhame é conhecido como taro. 3 que evita a possibilidade de “queima” de sementes ou mudas instaladas no local. 2.1 TIPOS DE MATERIAL ORGÃNICO USADO NA ADUBAÇÃO Podem ser utilizados como adubos orgânicos estercos de gado, de aves, de suínos, composto, resíduos de culturas e adubos verdes. Deve-se tomar cuidado no uso de estercos de animais; devem ser bem curtidos e, especialmente o de aves, não se recomenda quantidades superior à 20 t/ha ao ano, pois pode salinizar o solo. Em relação ao esterco de gado deve-se tomar cuidado para não usar quando for utilizado herbicida nas pastagens (SCHALLENBERGER, 2016). Os materiais orgânicos variam muito em sua composição química e a dose mais adequada depende das condições de mineralização, dos teores de nutrientes e da fertilidade do solo. Alguns nutrientes contidos nos resíduos orgânicos estão na forma orgânica devendo ser mineralizados para serem absorvidos pelas plantas. A partir daí a fração mineralizada comporta-se de forma semelhante aos nutrientes dos adubos minerais. O potássio aplicado por meio do adubo orgânico comporta-se como mineral desde a aplicação, uma vez que não faz parte de nenhum composto orgânico estável. Portanto, não necessita sofrer a ação dos microrganismos. O fósforo sofre mineralização de cerca de 80% no primeiro ano de cultivo e cerca de 20% no segundo ano. Para o nitrogênio a taxa de mineralização é de cerca de 50% no primeiro ano e 20% no segundo ano. A partir do terceiro ano a totalidade do Nitrogênio e o Fósforo aplicado na forma orgânica encontram-se mineralizados (SCHALLENBERGER, 2016). 2.2 BERINJELA Berinjeleira (Solanum melongena) é uma hortaliça de reconhecida importância na região Sudeste. Em 2010, foram produzidos no estado do Rio de Janeiro cerca de 17.400 toneladas (EMATER-RJ, 2010). Com relação à adubação orgânica da berinjela, as quantidades recomendadas podem variar entre 5 e 8 t ha-1 de "cama" de aviário, até 20 a 30 t ha-1 de esterco de curral ou composto orgânico (Almeida et al., 1988). Em estudo realizado com o objetivo de avaliar o efeito de doses crescentes de esterco bovino na produtividade de berinjeleira, Cardoso et al. (2009) encontraram o maior rendimento de frutos de berinjeleira por hectare associado à dose de 48 t ha-1. Apesar destes resultados, não se tem verificado informações com relação à adubação orgânica de berinjeleira cultivada 4 sobre coberturas vegetais. 2.3 CENOURA A cenoura responde à adubação orgânica, especialmente em solos de baixa fertilidade e/ ou compactados. É fundamental que o adubo esteja bem curtido. Recomenda-se, em geral, o esterco de galinha na dosagem de 10 toneladaspor hectare. Além de ser mais rico em nutrientes, principalmente cálcio, não contamina o solo com sementes de plantas invasoras. Caso utilize esterco de gado, recomendam-se 30 toneladas por hectare. Caso tenha condições de tempo, outra opção de adubação com material orgânico/vegetal é o plantio de plantas denominadas adubos verdes que proporcionam muitos benefícios ao sistema solo. O principal benefício é o condicionamento do solo gerando economia quando as plantas leguminosas são utilizadas, pois fornecem nutrientes, especialmente o nitrogênio. Alguns exemplos de plantas que são adubos verdes: crotalarias, mucunas, feijão de porco, feijão-guandu e nabo-forrageiro (Matos, 2011). 3.0 PREPARO DE FERTILIZANTES ORGÃNICOS 3.1 BIOFERTILIZANTES É o material líquido resultante da fermentação de estercos, adicionado ou não de outros resíduos orgânicos e nutrientes, em água. O processo de fermentação pode ser aeróbio (na presença de ar) ou anaeróbio (na ausência de ar). Apresenta efeitos nutricionais (fornecimento de micronutrientes) e fitossanitários, atuando diretamente no controle de alguns fitoparasitas por meio de substancias com ação fungicida, bactericida ou inseticida presentes em sua composição (Sousa, 2008). 3.1.1 PREPARO DE BIOFERTILIZANTE NA PROPRIEDADE Não há uma fórmula padrão para produção de biofertilizante. Por esta razão, apresentamos uma receita básica de biofertilizante líquido, na qual podem ser feitas variações: Em uma bombona plástica coloca-se volumes iguais de esterco fresco e água, deixando um espaço vazio de 15 a 20 centímetros no seu interior. Essa bombona deve ser fechada hermeticamente e na sua tampa deve ser adaptada uma mangueira plástica fina. Uma extremidade da mangueira fica no espaço vazio da bombona e a outra deve 5 ser imersa em um recipiente com água para permitir a saída do gás metano e impedir a entrada de ar (oxigênio). O final do processo, que dura de 30 a 40 dias, coincide com a cessação do borbulhamento observado no recipiente d’água, quando a solução deverá ter atingido pH próximo a 7,0. Para separação da parte ainda sólida o material deve ser coado em peneira e filtrado em um pano ou tela bem fina. Geralmente é utilizado diluído em água em concentrações variáveis de acordo com os diferentes usos e aplicações. Ressalta-se que esse biofertlizante não pode ser aplicado via foliar, apenas no solo (Sousa, 2008). 3.2 COMPOSTO ORGÂNICO Para produção do composto utiliza-se como matéria prima resíduos vegetais, ricos em carbono (galhos, folhas, capim e outros) e resíduos animais, ricos em nitrogênio (esterco bovino, de aves e de outros animais, cama de aviário de matrizes dentre outros). Quando só se dispõe de materiais pobres em N, como cascas de pinus, árvores velhas e capins, estas devem ser alternadas com camadas de resíduos de leguminosas. A escolha da matéria prima é importante para maior eficiência da compostagem. A relação Carbono/Nitrogênio (C/N) inicial ótima (de 25-35:1) pode ser atingida por meio do uso de 75% de restos vegetais variados e 25% de esterco. Esses resíduos, vegetais e animais, são dispostos em camadas alternadas formando uma leira ou monte de dimensões e formatos variados. O formato mais usual é o de seção triangular, sendo a largura comandada pela altura da leira, a qual deve situar-se entre 1,5 a 1,8 m. À medida que a pilha vai sendo formada, cada camada de material vai sendo umedecida com água tomando-se o cuidado para que não haja escorrimento. A pilha deve ser revirada (parte de cima para baixo e parte de dentro para fora) aos 15, 30 e 45 dias. No momento das reviradas, o material deve ser umedecido para ficar com umidade em torno de 50 a 60% (na prática, esse teor de umidade ocorre quando ao pegar o material com as mãos, sente- se que o mesmo está úmido e, ao ser comprimido, não escorre água entre os dedos e forma um torrão que se desmancha com facilidade). Para manter a umidade ideal a pilha deve ser coberta com palhas, folhas de bananeira ou lona plástica. O local deve ser protegido do sol e da chuva (área coberta ou à sombra de uma árvore). O composto estará pronto para o uso quando apresentar as seguintes características: temperaturas normalmente inferiores a 35°C; redução do volume para 1/3 do volume inicial; constituintes degradados fisicamente, não sendo possível identificá-los; permite que seja 6 moldado facilmente com as mãos; cheiro de terra mofada, tolerável e até mesmo agradável para alguns (Sousa, 2008). 4.0 PRINCIPAIS FONTES DE NUTRIENTES PERMITIDAS NA PRODUÇÃO ORGÂNICA Nitrogênio: estercos puros de animais diversos, cama e urina de animais, espécies leguminosas de adubos verdes (mucunas, crotalárias, guandu, feijão de porco, feijão bravo do Ceará, etc.), resíduos agroindustriais como torta de oleaginosas (mamona, algodão, soja) e de cacau, palhadas e resíduos de culturas leguminosas como soja e feijão, farinha de sangue, farinha de peixe, composto orgânico, biofertilizantes, bokashis, entre outros (Sousa, 2008); Potássio: cinzas, cascas de café, pós de rochas silicatadas com altos teores de potássio, talos de banana, entre outros; Fósforo: fosfatos naturais e farinha de ossos; Micronutrientes: alguns pós de rocha, estercos, fontes minerais permitidas (ex.: óxido de cobre e outros utilizados nos biofertilizantes). De acordo com a Instrução Normativa no. 007 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, podem ser utilizados sulfato de potássio e sulfato duplo de potássio e magnésio (o último de origem mineral natural), termofosfatos, sulfato de magnésio, ácido bórico (quando não utilizado diretamente sobre as plantas e o solo) e carbonatos (como fonte de micronutrientes). Entretanto, estes produtos podem ser empregados somente se constatada a necessidade de utilização mediante análise e se esses fertilizantes estiverem livres de substâncias tóxicas (Sousa, 2008). 5.0 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE ADUBOS A UTILIZAR NO SISTEMA ORGÂNICO Este é um assunto que precisa ser melhor estudado, uma vez que em olericultura orgânica o enfoque das adubações deve ser baseado não apenas no aspecto químico da fertilidade do solo, mas também nos componentes físico, físico-químicos e biológicos do solo, considerando inclusive os efeitos de médio e longo prazos do manejo da matéria orgânica. De toda forma, o cálculo da adubação para o plantio deve ser feito levando em consideração a análise química do solo, além da composição química do 7 adubo e da exigência da cultura. Em geral, as recomendações de material orgânico situam-se entre 10 a 50 t ha-1 de composto orgânico ou esterco curtido. Estas doses devem ser ajustadas de acordo com a cultura, com a qualidade do material, com as características químicas do solo que se vai cultivar, com a cultura antecessora e com o histórico de manejo orgânico. O sistema de manejo intensivo utilizado na produção de hortaliças tende a favorecer a elevação dos teores de nutrientes no solo com o decorrer do tempo. Portanto, para evitar desequilíbrios nutricionais, é importante considerar o efeito residual da adubação orgânica (Sousa, 2008). Como exemplo, considere o plantio de 1 hectare de cebola em que, utilizando-se os critérios de interpretação e recomendação da agricultura convencional, a análise de solo indicasse a necessidade de se aplicar 120 kg de N, 180 de K2O, 300 kg de P2O5. Na propriedade em questão tem-se disponível o esterco bovino, cinzas e fosfato natural, cujas características estão apresentadas na Tabela 2 (Sousa, 2008). Neste caso, como fonte de N tem-se apenas o esterco bovino. Assim, parasuprir todo o N recomendado (120 kg de N), a quantidade de esterco necessária será: N = quantidade de N recomendada pela análise de solo x fc para N = 120x20 = 2.400 kg.ha-1 de esterco bovino que fornece também: P = kg.ha-1 de esterco bovino: fc para P = 2.400/40 = 60 kg.ha-1; K = kg.ha-1 de esterco bovino: fc para K = 2.400/20 = 120 kg.ha-1. Para completar o K, vamos usar cinzas como adubo: K = (quantidade recomendada de K - K fornecido pelo esterco bovino) x fc para K = (180-120)x10 = 600 kg.ha-1 de cinzas que fornece também: P = kg.ha-1 de cinzas: fc para P = 600/40 = 15 kg.ha-1. Para completar o P, vamos usar o fosfato natural: 8 P = (quantidade recomendada de P - P fornecido pelo esterco bovino - P fornecido pelas cinzas) x fc para P = (300-60-15) x 3,3 = 742 kg.ha -1 de fosfato natural. Portanto, para atender as recomendações indicadas pela análise de solo neste exemplo, para o plantio de 1 hectare de cebola devemos aplicar 2.400 kg de esterco bovino, 600 kg de cinzas e 742 kg de fosfato natural. Esses cálculos levam em consideração apenas a constituição química dos adubos, sendo que os aspectos físico e biológico do solo e o efeito residual das adubações, muito importantes nos sistemas de produção orgânicos, não são considerados. Portanto, as quantidades recomendadas no exemplo acima devem ser ajustadas de acordo com a situação específica (características climáticas, de solo e histórico de manejo de cada local) do sistema de produção (Sousa, 2008). 6.0 EXEMPLO PRÁTICO 6.1 CENOURA Na tabela abaixo, são mostrados os valores recomendados de aplicação de nitrogênio, fósforo e potássio para cenoura publicada nas “Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais – 5ª Aproximação”, publicadas em 1999 pela Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais. Tabela 3. Recomendação de adubação mineral para a cenoura com nitrogênio, fósforo e potássio Disponibilidade de P ou de K Textura do solo Dose total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N Baixa 400 320 240 320 120 Média 320 240 160 240 120 Boa 240 160 80 160 120 Muito boa 160 80 0 80 120 Além de fósforo, potássio e nitrogênio, sugere-se aplicar micronutrientes de preferência esterco de curral curtido. Os micronutrientes podem ser aplicados no solo ou via foliar. Fonte: Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5ª aproximação, 1999. 9 Por hipótese, a análise do solo recomenda para a hortaliça a aplicação de 180 kg/ha de N, 280 kg/ha de P2O5 e 240 kg/ha de K2O. No quadro abaixo, os teores de NPK contidos na cama de frango e nas cinzas e mais um fertilizante fosfatado natural, através dos quais calcularemos a quantidade de cada um. Vamos primeiro calcular em termos de kg/ha, e como as adubações na maior parte são feitas por m² de canteiro, no final converteremos os resultados para g/m². a) Calcular a quantidade de cama de frango para fornecer os 180 kg/ha de N: Em 100 kg cama de frango temos ................. 3,5 kg N Em X kg cama de frango teremos ................. 180 kg N/ha X= (180*100) / 3,5 X = 5.150 kg/ha de cama de frango b) Os 5.150 kg/ha de cama de frango fornecem também P2O5 e K2O: Em 100 kg cama de frango temos ....................... 3,8 kg P2O5 Em 5.150 kg/ha cama de frango teremos ............ X kg P2O5/ha X = (5.150*3,8) / 100 X = 195 kg P2O5/ha Por outro lado: 100 kg cama de frango temos ........................... 3 kg K2O Em 5.150 kg/ha cama de frango teremos ......... X kg K2O/ha 10 X = (5.150*3) / 100 X = 155 kg K2O/ha c) Reposição das deficiências de P2O5 e K2O em relação à recomendação: Vamos usar as cinzas para completar as faltas de fósforo (280-195=85) e potássio (240-155=85). Em 100 kg cinzas temos .............. 10 kg de K2O Em X kg cinzas teremos .............. 85 kg K2O/ha X = (85*100) / 10 X = 850 kg/ha de cinzas Em 100 kg cinzas temos .............. 2,5 kg P2O5 Em 850 kg cinzas teremos ........... X kg P2O5/ha X = (850*2,5) / 100 X = 21 kg P2O5/ha Há, ainda uma deficiência de fósforo igual a 64 kg/ha (280-195-21). Valos repor com fosfato natural reativo. Em 100 kg fosfato natural temos ........ 24 kg P2O5 Em X kg fosfato natural teremos ........ 64 kg P2O5/ha X = (64*100) / 24 X = 270 kg/ha de fosfato natural Concluindo temos a seguinte composição de matérias-primas para fornecerem os nutrientes recomendados: 11 5.150 kg/ha de cama de frango 850 kg/há de cinzas 270 kg/ha de fosfato natural reativo. No caso de utilizar a adubação em g/m² de canteiro, basta dividir as quantidades por 10, ou seja: 515 g/m² de cama de frango, 85 g/m² de cinzas e 27 g/m² de fosfato natural. No caso de se aplicar o adubo na linha de semeadura e quisermos saber a quantidade em g/m linear, o cálculo é o seguinte: g/m linear de sulco = kg/ha x espaçamento (m) / 10. No caso da cama de frango é usando um espaçamento de 30 cm (0,3 m): g/m linear = (5.150 x 0,30) / 10 = 155 g/m linear. A adubação feita com os fertilizantes orgânicos deve ser incorporado ao solo pelo menos de 30-40 dias antes do plantio. Incorporar a 20 a 30 cm de profundidade, em todo o canteiro. 12 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CAMPOS, Thiago. Tudo que Você Precisa saber para Plantar Beterraba Orgânica. 2018. Disponível em: <http://thiagoorganico.com/como-plantar- beterraba-organica/>. Acesso em: 27 nov. 2018. 2. SCHALLENBERGER, Euclides. Uso de adubo orgânico na produção de hortaliças. 2016. Disponível em: <http://cultivehortaorganica.blogspot.com/2016/01/uso-de-adubacao-organica-na- producao-de.html>. Acesso em: 28 nov. 2018. 3. MATOS, FRANCISCO ANTONIO CACIO. et al. HORTALIÇA: CENOURA: Agricultura Familiar Cultive Renda e Sustentabilidade. 2011. Disponível em: <https://www.embrapa.br/documents/1355126/9124396/cenoura.pdf/19c5dcd7- a384-4ada-9356-6f59f38f7883>. Acesso em: 27 nov. 2018. 4. SOUSA, RB; ALCÂNTARA, FA; Adubação no sistema orgânico de produção de hortaliças. Circular Técnica 65, Embrapa Hortaliças. Brasília, DF Julho, 2008. 5. TRANI. P.E.; TERRA, M.M.; TECCHIO, M.A. TEIXEIRA. L.A.J.; HANASIRO. J. Adubação Orgânica de Hortaliças e Frutíferas. IAC (Instituto Agronômico). Campinas (SP), fevereiro de 2013. 6. SENAR. Hortaliças: cultivo de hortaliças raízes, tubérculos, rizomas e bulbos/ Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Brasília: SENAR, 2012 (Coleção SENAR; 149). 7. SEDIYAMA, M. A. N.; SANTOS, I. C.; LIMA, P. C. CULTIVO DE HOTALIÇAS NO SISTEMA ORGÂNICO. Revista Ceres, v.61, n.7. 8. EMATER-RJ (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro). 2010. Acompanhamento Sistemático da Produção Agrícola (ASPA). Disponível em: http://www.emater.rj.gov.br/tecnica.asp. Acesso em: 29 de nov. 2018. 13 9. ALMEIDA DL; SANTOS GA; DE-POLLI H; CUNHA LH; FREIRE LR; AMARAL SOBRINHO NMB; PEREIRA NNC; EIRA PA; BLOISE RM; SALEK RC. 1988. Manual de adubação para o Estado do Rio de Janeiro. Itaguaí: UFRRJ. 179p. (Coleção Universidade Rural. Série Ciências Agrárias, 2). 10. CARDOSO MO; OLIVEIRA AP; PEREIRA WE; SOUZA AP. 2009. Eggplant growth as affected by cattle manure and magnesium thermophosphate in association with cow urine. Horticultura Brasileira 27: 307-313.
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