Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Módulo 1: Iniciando a jornada para ser um excelente farmacêutico clínico Como funcionará o curso? Qualificação profissional teórica 1 x ao mês – 06 módulos INTRODUÇÃO AOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS CLÍNICOS E SBE CUIDADO FARMACEUTICO EM DM CUIDADO FARMACEUTICO EM HAS CUIDADO FARMACEUTICO EM PROBLEMAS DE SAÚDE AUTOLIMITADOS CUIDADO FARMACÊUTICO NA CESSAÇÃO TABÁGICA E GESTÃO DE PESO GESTÃO E NEGÓCIOS Curso Cuidado Farmacêutico em Farmácias Comunitárias – Capacitação em Serviços Clínicos Certificação teórica Curso de atualização Qualificação Profissional 96H Objetivos de aprendizagem deste módulo • Compreender a aplicação dos diferentes serviços farmacêuticos clínicos em Farmácias Comunitárias; • Analisar os aspectos regulatórios da farmácia clínica; • Analisar criticamente as diferentes etapas do processo de cuidado farmacêutico; • Desenvolver habilidades de semiologia e comunicação farmacêutica; • Compreender os métodos de busca de evidência aplicados a prática clínica A farmácia clínica veio para ficar (Correr, Otuki, 2013) Seleção Programação Aquisição Gestão Logística do Medicamento Cadeia de abastecimento farmacêutico Armazenamento Distribuição Prescrição Plano Terapêutico Dispensação Orientação Paciente Estado de Saúde Avaliação Diagnóstico Nível assistencial Antes do uso de medicamentos Durante o uso de medicamentos Compreensão do paciente e adesão terapêutica Efetividade e segurança da terapêutica Problemas Gestão Clínica do Medicamento Problema de saúde não tratado Falha no acesso ao medicamento Medicação não necessária Desvio de qualidade do medicamento Baixa adesão ao tratamento Interação medicamentosa Duplicidade terapêutica Discrepâncias na medicação Falta de efetividade terapêutica Reação adversa ou toxicidade Erro de medicação Contra-indicações Outros.. Resolução ReferênciaIndicação clínica e objetivo terapêutico Continuidade do cuidado Avaliações periódicas PORQUE Consulta Farmacêutica? Farmácia Clínica PRA QUÊ ? ❖ o que você entende sobre a farmácia clínica? ❖ a quanto tempo você ouve falar de consultório farmacêutico? ❖ as pessoas ao seu redor sabem que podem procurar o farmacêutico para consultar ? ❖ qual o papel do farmacêutico na consulta? ❖ você está seguro que é importante? Como está a saúde no Brasil? ❖ Pesquisa realizada pelo Datafolha (2014), sobre a saúde no Brasil, evidencia que, de forma progressiva, a saúde vem sendo considerada o principal problema do Brasil, na opinião dos entrevistados. Fonte: Datafolha, 2014.A saúde no Brasil. https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/42-pesquisa-datafolhainterfarma.pdf Como está a saúde no Brasil? 63% dos entrevistados encontraram algum grau de dificuldade de acesso ao atendimento médico. Entre os que têm plano, 58% consideram o acesso difícil Fonte:Datafolha, 2014.A saúde no Brasil. https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/42-pesquisa-datafolhainterfarma.pdf Quem são as pessoas que procuram a sua Drogaria? ► “FARMÁCIA É O ESTABELECIMENTO PARA O USUÁRIO DO MEDICAMENTO” Dispensar medicamentos ou saúde? ► “FARMÁCIA É O ESTABELECIMENTO DO MEDICAMENTO” E como anda a população no Brasil? ANO EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER DIFERENÇA ENTRE SEXOS (ANOS) TOTAL HOMEM MULHER 1940 45,5 42,9 48,3 5,4 1950 48,0 45,3 50,8 5,6 1960 52,5 49,7 55,5 5,9 1970 57,6 54,6 60,8 6,2 1980 62,5 59,6 65,7 6,1 1991 66,9 63,2 70,9 7,8 2000 69,8 66,0 73,9 7,9 2010 73,9 70,2 77,6 7,4 2014 75,2 71,6 78,8 7,2 DIFERENÇA 1940:2014 29,7 28,7 30,5 O que é envelhecer? Estamos nos preparando para envelhecer? ❖ Envelhecer não significa necessariamente adoecer. Fonte: KALACHE. Ver. Ciênc. saúde coletiva, 2008. MIRANDA, MENDES, SILVA. O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras. Rev. bras. geriatr. gerontol.,2016 ; IBGE, 2015; . PROJEÇÃO 2030: em média 80 anos Quem são os meus clientes? Quais serão os meus pacientes? Crescimento X Envelhecimento da População ❖ A transição demográfica demonstrada inicia com a redução das taxas de mortalidade e, após o tempo, com a queda das taxas de natalidade, provocando significativas alterações na estrutura etária da população Brasil 1950: 53.822.000 Brasil 2016: 209.567.000 Brasil 2066: 32.639.000 Fonte: MIRANDA, MENDES, SILVA. O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras. Rev. bras. geriatr. gerontol.,2016; IBGE 2013; IBGE, 2016. Eu preciso me preparar para quê? Por onde começar? ❖ Frequência das condições crônicas não transmissíveis Fonte: AJE; MILLER, 2009; MANSUR; FAVARATO, 2016a, 2016b; MORAES et al., 2003; IBGE, 2013; BRASIL.MINISTERIO DA SAÚDE , 2014 b, c, d, e. BRASIL.MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017. ❖ Quantos medicamentos você vende por dia para tratamento dessas condições? ❖ Será que eles compreendem o que são essas doenças? Quando as pessoas procuram as farmácias? As doenças crônicas geralmente apresentam: ❖ Causas multifatoriais, ❖ Início gradual; ❖ Curso clínico variável; ❖ Períodos de agudização, ❖ Incapacitação; ❖ Necessidade de intervenções farmacológicas; ❖Mudanças de estilo de vida; ❖ Processo de cuidado contínuo 31% dos brasileiros possui alguma doença crônica A ocorrência de doenças crônicas aumenta com a idade Fonte: MALTA. Rev. Saúde Pública, 2017. ABRAFARMA, 2016; BRASIL.MINISTERIO DA SAÚDE , 2014 b, c, d, e. As pessoas deveriam comprar medicamentos ou saúde? O que vale mais? ATIVIDADE FÍSICA INSUFICIENTE TABAGISMO USO NOCIVO DO ÁLCOL ALIMENTAÇÃO INADEQUADA A OMS destaca que diversas populações no mundo têm dificuldade de acesso e utilização dos serviços de saúde, o que constitui a principal barreira para enfrentar as Doenças crônicas não transmissíveis, em especial, para minimizar o sofrimento dos que já se encontram doentes. +/- 77% +/- 24% +/- 15% +/- 63% Polimedicação 1 em cada 3 IDOSOS utiliza 5 ou + medicamentos regularmente ❖ Você já se perguntou quantos idosos você atende por dia? ❖ Eles sabem para que servem os medicamentos? O que fazer se esquecer? ❖ Você sabe se eles fazem CORRETAMENTE o tratamento recomendado? ❖ Eles consideram que o tratamento está funcionando? Fonte: ABRAFARMA, 2016; BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE , 2014 b, c, d, e. Morbimortalidade relacionada a medicamentos Danos ocasionados por medicamentos Morbimortalida de relacionada a medicamentos Medicamentos desnecessários Omissões terapêuticas Reduções de dose Não adesão Falha terapêutica Reações adversas a medicamentos Overdoses Erros de medicação Interações medicamentosas Medicamentos impróprios Hospitalizações Óbitos Urgência e emergência Custos Fonte: GOLAY, 2011; KÖBBERLING, 2010; LIEBER, RIBEIRO, 2012; SOUZA et al., 2014. A jornada do paciente PACIENTE BUSCA ATENDIMENTO MÉDICO MÉDICO FAZ CONSULTA E SOLICTA EXAMES PACIENTE REALIZA EXAMES PACIENTE RETORNA AO MÉDICO COM EXAMES Fonte: ABRAFARMA, 2016. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE , 2014 b, c, d, e. DIAGNÓSTICO + MEDICAMENTO E AGORA? Medos, insegurança, tempo, custos, dúvidas... Paciente está sujeito a reação adversa? Efeito colateral? Interação medicamentosa? Falha de adesão? Quando paciente retorna ao médico? E até lá? Como o farmacêutico atua nesse cenário? O farmacêutico é o profissional de saúde mais acessível a população!! Dificuldade de acesso à informações e orientaçõessobre medicamentos Dificuldade de acesso ao medicamento O QUE O FARMACÊUTICO PODE FAZER??!! RESPALDO LEGAL Legislação Cuidado Farmacêutico em Farmácias Comunitárias Capacitação em serviços Ementa: regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências Atribuições Clínicas do Farmacêutico – Res.CFF nº 585/13 Todo farmacêutico pode atuar como farmacêutico clínico? Fonte: CFF, 2013. Res. 585. Fonte: CFF, 2013. Res. 585. Fonte: CFF, 2013. Res. 585. Prescrição Farmacêutica A prescrição farmacêutica é definida como ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde. (CFF, 2013) Cuidado Farmacêutico em Farmácias Comunitárias Capacitação em serviços Ementa: Regulamenta a prescrição farmacêutica e dá outras providências. Prescrição farmacêutica – Res.CFF nº 586/13 O que é prescrever no âmbito farmacêutico? Quando prescrever? Prescrição farmacêutica – Res.CFF nº 586/13 Onde? O que posso prescrever ? O que preciso saber? Prescrição farmacêutica – Res.CFF nº 586/13 E se eu for especialista, o que muda? Prescrição farmacêutica – Res.CFF nº 586/13 Prescrever? Por onde começar? Prescrição farmacêutica – Res.CFF nº 586/13 Mudança de Paradigma VOCÊ DECIDE: ❖ Você pode apenas vender medicamentos OU saúde com medicamentos... ❖ Você pode trabalhar com medicamentos OU pacientes que usam medicamentos? CASO 1 • Luiz, 50 anos, sobrepeso, hipertenso, compareceu a farmácia. Ele pediu para você medir a sua pressão arterial. Qual o serviço que você poderia oferecer para ele? Ando sentindo muita sede. Graças a Deus perdi um pouco de peso ultimamente... Rastreamento em saúde � Serviço que possibilita a identificação provável de doença ou condição de saúde, em pessoas assintomáticas ou sob risco de desenvolvê-las, pela realização de procedimentos, exames ou aplicação de instrumentos de entrevista validados, com subsequente orientação e encaminhamento do paciente a outro profissional ou serviço de saúde para diagnóstico e tratamento. CASO 1 • Você incentivou Luiz a fazer o teste de glicemia capilar, ali mesmo na farmácia. • A glicemia capilar de jejum foi de 350 mg/dL. Acho que foi o pudim que comi ontem no almoço Qual sua conduta? Cartão do paciente Encaminhamento Pode ser realizado também por meio de campanhas Caso 2 • Atenda o Romário... Quero medir a minha pressão. Trouxe o meu cartão. Não pratica atividades físicas Não faz nenhum tipo de dieta Fuma 1 maço de cigarros/dia por dia, há 15 anos. 13/11/2018 150 90 14/12/2018 154 92 22/01/2018 158 84 11/02/2019 150 90 15/02/2019 - Acho que a última vez que fui ao médico foi 2006. - Minha saúde é de ferro. - Meu “pai viveu até os 98 anos e nunca foi ao médico”. 150 90Hoje O que Romário precisa? Educação em saúde � Serviço que compreende diferentes estratégias educativas, as quais integram os saberes popular e científico, de modo a contribuir para aumentar conhecimentos, desenvolver habilidades e atitudes sobre os problemas de saúde e seus tratamentos. Tem como objetivo a autonomia dos pacientes e o comprometimento de todos (pacientes, profissionais, gestores e cuidadores) com a promoção da saúde, prevenção e controle de doenças, e melhoria da qualidade de vida. Envolve, ainda, ações de mobilização da comunidade com o compromisso pela cidadania. Alguns documentos.... Caso 3 Dona Maria, 76 anos, procura a farmácia para comprar seus medicamentos do mês. Ela tem uma história prévia de hipertensão, dislipidemia e tabagismo (fumou por 20 anos – parou há 2 meses quando infartou) e DAC (infarto com implante de stent farmacológico) • Prescrição: • Enalapril, 10 mg, 12/12h • AAS, 100 mg/dia • Clopidogrel 75 mg/dia • Sinvastatina, 40 mg/dia Quero todos menos o clopidogrel... Caso 4 Roberto, 55 anos, pedreiro, passa na farmácia e pede sua ajuda... • Escute Dr. João eu “tô” tomando a atorvastatina de manhã, têm problema? • Ah... E o AAS, o médico falou que tinha que ser depois do almoço, mas como eu levo marmita, eu sempre esqueço... Dispensação de medicamentos � Serviço proporcionado pelo farmacêutico, geralmente em cumprimento a uma prescrição de profissional habilitado. Envolve a análise dos aspectos técnicos e legais do receituário, a realização de intervenções, a entrega de medicamentos e de outros produtos para a saúde ao paciente ou ao cuidador, a orientação sobre seu uso adequado e seguro, seus benefícios, sua conservação e descarte, com o objetivo de garantir a segurança do paciente, o acesso e a utilização adequados. Uso Racional CFF, 2016 Caso – várias formas Registre e organize Caso 5 Mariana, 49 anos, procura a farmácia e queixa-se de tosse. “Essa tosse não melhora, eu estou incomodada”, quero um remédio para sarar! Tempo Há sete dias Qualidade ou característica Seca Quantidade ou severidade Incomoda mais a noite Ambiente Começou após mudança de casa Fatores que agravam ou que aliviam Ele não soube correlacionar exatamente, mas disse que quando está no seu quarto, parece que piora Sintomas associados Espirros, congestão nasal Manejo de problemas de saúde autolimitados � Serviço pelo qual o farmacêutico acolhe uma demanda relativa a problema de saúde autolimitado, identifica a necessidade de saúde, prescreve e orienta quanto a medidas não farmacológicas, medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica e, quando necessário, encaminha o paciente a outro profissional ou serviço de saúde. Manejo de problemas de saúde autolimitados...Prescrever o quê? QUEM SÃO OS MIPs?? ❖TEMPO DE COMERCIALIZAÇÃO; ❖SEGURANÇA; ❖SINTOMAS IDENTIFICÁVEIS; ❖TEMPO DE UTILIZAÇÃO; ❖SER MANEJ; ❖APRESENTAR BAIXO POTENCIAL DE RISCO; ❖NÃO APRESENTAR DEPENDÊNCIA. http://portal.anvisa.gov.br/listas-de-precos Etapas do processo semiológico e raciocínio clínico para o Manejo de condições de saúde autolimitadas CFF, 2016 Caso 6 Antônio, 70 anos, procura a farmácia com queixa de dispepsia e dor no braço, ele pede ao farmacêutico um sal de frutas. • HMP: HAS, DM2, DSL, Tabagista • PA média: 128/79 • FC: 110 • Glicemia capilar: 120 Não faça essa cara! Caso 6 Tempo Localização Quantidade ou severidade Ambiente Fatores que agravam ou que aliviam Iniciou hoje Desde o estômago e irradia para o peito e braço Incômodo durante todo o dia Começou após briga com seu filho Sente desconforto associado a estresse ou esforço Sintomas associados Queimação que irradia para braço esquerdo, associada a uma sensação de aperto FIQUE SEMPRE ATENTO AOS SINAIS DE ALERTA!! Como estamos indo?? Rastreamento em saúde Educação em saúde Dispensação de medicamentos Manejo de problemas de saúde autolimitados Caso 7 Joana, 45 anos, com história de hipotireoidismo, valvulopatia – estenose mitral severa – troca valvar há 8 anos. Procura a farmácia pois faz uns 3 meses que não faz exame para ver se o sangue está bom, e ficou preocupada... A João, eu ficava fazendo aquele exame toda semana, era cansativo, agora descuidei um pouco! Medicamentos em uso: Levotiroxina 50 mcg Varfarina 5 mg (seg-sex), 7,5 mg (sab-dom) Monitorização terapêutica � Serviço que compreende a mensuraçãoe a interpretação dos níveis séricos de fármacos, com o objetivo de determinar as doses individualizadas necessárias para a obtenção de concentrações plasmáticas efetivas e seguras. Caso 8 Paciente 70 anos, 85Kg, 1,65m, IMC: 31,22. História prévia de diabetes, hipertensão, DAC – 2 IAMs prévios. HbA1c 🡪 8,5%, PA consulta 🡪160/90. Relato prontuário 🡪 HAS e DM de difícil controle!!! Caso 8 MEDICAMENTO 7h30 Café 12h30 Almoço 16h Lanche 19h Jantar 22h Ceia A D A D A D A D A D Enalapril 20 mg 1 1 Carvedilol 12,5 mg 1 1 AAS 100mg 1 Glibenclamida 5mg 1 1 Metformina 850mg 1 1 Atorvastatina 40mg 1 Tosse Esquece Problemas GI “Medo” 5 tomadas/dia Revisão da farmacoterapia � Serviço pelo qual o farmacêutico faz uma análise estruturada e crítica sobre os medicamentos utilizados pelo paciente, com os objetivos de minimizar a ocorrência de problemas relacionados à farmacoterapia, melhorar a adesão ao tratamento e os resultados terapêuticos, bem como reduzir o desperdício de recursos. Tipos de Revisão da Farmacoterapia Revisão da medicação Objetivo Paciente presente? Todos os medicame ntos e terapias? Foco Tipo 1. Prescrições Avaliar questões técnicas da prescrição Não Não Posologia, IM, aspectos legais, discrepâncias, custo, entre outros Tipo 2. Adesão terapêutica Avaliar o comportamento do paciente no uso dos medicamentos Sim Sim Conhecimento, indicações, posologia, adesão, IM, RAM, duplicidades, conciliação, custo, entre outros Tipo 3. Resultados terapêuticos (Revisão Clínica) Avaliação a relação entre o uso de medicamentos e resultados – exames clínicos e laboratoriais Sim Sim Adesão, indicações, efetividade, segurança, entre outros (farmacoterapia ideal) Revisão da Farmacoterapia oRevisão estruturada da medicação • Necessidade • Adesão • Eficácia e Efetividade • Segurança • Custo-efetividade Caso 9 Marta, 50 anos, DAC, colocou stent há 5 meses, diz que se consultou com a endocrinologista recentemente e quer comprar essas duas receitas: a antiga do cardiologista e a nova da endócrino... Prescrição cardiologista • Enalapril 10 mg 1-0-1 • Clopidogrel 75 mg 0-1-0 • Atorvastatina 80 mg 0-0-1 • AAS 100 mg 0-1-0 Prescrição endocrinologista • Losartana 50 mg 1-0-1 • Metformina 850 mg 1-1-1 • Sinvastatina 40 mg 0-0-1 Conciliação terapêutica � Serviço pelo qual o farmacêutico elabora uma lista precisa de todos os medicamentos (nome ou formulação, concentração/dinamização, forma farmacêutica, dose, via de administração e frequência de uso, duração do tratamento) utilizados pelo paciente, conciliando as informações do prontuário, da prescrição, do paciente, de cuidadores, entre outras. Este serviço é geralmente prestado quando o paciente transita pelos diferentes níveis de atenção ou por distintos serviços de saúde, com o objetivo de diminuir as discrepâncias não intencionais. Conciliação de medicamentos - Rede Atenção primária • Paciente ambulatorial • UBS/ Ambulatórios Atenção secundária • Paciente internado • Hospital Atenção primária • Paciente ambulatorial • UBS/ Ambulatórios Transição do cuidado Dona Gessy Losartana 50mg, manhã e noite Ácido acetilsalicílico 100mg, almoço Hidroclorotiazida 25mg manhã Omeprazol 20mg manhã Levotiroxina 60mcg jejum Sinvastatina 20mg noite Glifage XR 500mg almoço e jantar Glicazida MR 30mg manhã e jantar Isordil 10mg (não estava na receita, mas ela disse que era para dor no peito e que tomava 2 vezes ao dia) Diazepam mg a noite Carvedilol 3,125mg manhã e noite Boro + Magnésio depois do almoço Enalapril 20 mg, manha e noite Organização de medicamentos? Dona Gessy Dona Gessy: conciliação e orientação Caso 10 Mateus, 60 anos, DM2, insulinizado. Sua HbA1c mais recente foi 9,0%, o que fez com que o farmacêutico solicitasse um diário glicêmico. Ele aplica 20 U de NPH e 4 U de regular a cada manhã, antes do café da manhã. Aplica também 16 U de NPH e 4 U de regular antes do jantar. Preparação/ ação Aparência Início da ação Pico Duração Regular (R) Límpida 0,5-1 h 2-4h 6-8h NPH (N) Turva 1-2 h 6-12h 18-24h Adaptado de Plácido, G.M.; Guerreiro, M.P., 2015 Gestão da condição de saúde � Serviço pelo qual se realiza o gerenciamento de determinada condição de saúde, já estabelecida, ou de fator de risco, por meio de um conjunto de intervenções gerenciais, educacionais e no cuidado, com o objetivo de alcançar bons resultados clínicos, reduzir riscos e contribuir para a melhoria da eficiência e da qualidade da atenção à saúde. Fontes: BRASIL, 2014 Caso 11 Graça, 70 anos, tabagista, apresenta história pregressa de dislipidemia e hipertensão. Em consulta farmacêutica ela apresenta um resultado médio de PA (2 últimas medidas) de 164/92 mmHg. Ela está utilizando para o tratamento da hipertensão apenas o atenolol 50 mg 2xdia. Caso 11 Acompanhamento farmacoterapêutico � Serviço pelo qual o farmacêutico realiza o gerenciamento da farmacoterapia, por meio da análise das condições de saúde, dos fatores de risco e do tratamento do paciente, da implantação de um conjunto de intervenções gerenciais, educacionais e do acompanhamento do paciente, com o objetivo principal de prevenir e resolver problemas da farmacoterapia, a fim de alcançar bons resultados clínicos, reduzir os riscos, e contribuir para a melhoria da eficiência e da qualidade da atenção à saúde. Inclui, ainda, atividades de prevenção e proteção da saúde. • Revisão da Farmacoterapia • Identificação dos Problemas presentes e potenciais • Definir Metas Terapêuticas • Intervenções • Agendamento de Retorno e Seguimento • Dados Específicos do Paciente • História clínica • História de Medicação • Resultados e Progresso do Paciente • Alcance das Metas Terapêuticas • Novos Problemas Realizar o seguimento individual do paciente Coletar e organizar dados do paciente Identificar problemas relacionados à farmacoterapia Elaborar um plano de cuidado em conjunto com o paciente Sistematizando... Serviços Farmacêuticos Clínicos Cuidado Farmacêutico Educação em saúde Rastreamento em saúde Dispensação de medicamentos Manejo de problemas de saúde autolimitados Monitorização terapêutica Revisão da farmacoterapia Conciliação terapêutica Gestão da condição de saúde Acompanhamento farmacoterapêutico Consulta Farmacêutica Consulta Farmacêutica “Episódio de contato entre o farmacêutico e o paciente, com a finalidade de obter os melhores resultados com a farmacoterapia, promover o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde. Objetiva, ainda, a promoção, proteção e recuperação da saúde, a prevenção de doenças e de outras condições, por meio da execução de serviços e de procedimentos farmacêuticos“ (CFF, 2016) Atribuições Clínicas do Farmacêutico – Res.CFF nº 585/13 Fonte: CFF, 2016 Roteiro da Consulta Farmacêutica Consulta Farmacêutica 1 • Acolhimento / Introdução 2 • Coleta dos dados 3 • Avaliação 4 • Plano de cuidado 5 • Fechamento Consulta Farmacêutica Introdução • Acolher / Cumprimentar o paciente • Apresentar-se • Apresentar o propósito da consulta • Solicitar ao paciente que exponha suas expectativas, preocupações e necessidades • Negociar o planejamento da consulta Consulta Farmacêutica Coleta dos dados • Dados sociodemográficos e antropométricos • História social • Condições de saúde e estado clínico atual • Queixas eHistória da doença atual • Percepção geral de saúde e Qualidade de vida • Farmacoterapia atual • Capacidade de gestão • Adesão ao tratamento (atitudes, crenças e comportamentos diante do tratamento) • Reações adversas a medicamentos • Acesso aos medicamentos e aos serviços de saúde Semiologia O que o paciente sente Percepções humanas Sintomas Achados do examinador Podem ser observados e quantificados Sinais A semiologia clínica é o estudo dos sinais e sintomas das doenças, ciência metodizada do diagnóstico clínico, requisito indispensável para a terapêutica e o prognóstico. A semiologia clínica relaciona os sinais e sintomas das doenças que afetam o ser humano, por meio de competências que envolvem o exame clínico (anamnese e exame físico), exames laboratoriais, métodos de diagnóstico por imagem e exames complementares, com o objetivo de identificar as necessidades de saúde do paciente Comunicação Tipos de comunicação Verbal Fala Escrita Não Verbal Oculésica (contato visual) Háptica (uso do toque) Cinésica (expressões corporais) Proxêmica (distância entre as pessoas) Visual (uso de símbolos e ícones) Objetics (uso de objetos) CFF, 2016 História Clínica HISTÓRIA CLÍNICA Queixa principal História da doença atual História familiar Revisão por sistemas História social História médica pregress a Correr, Otuki, 2013 ANAMNESE FOCAL Identificação da necessidade ou problema de saúde – Análise de sinais e sintomas • Início, duração e frequência dos sinais e sintomas • Área precisa dos sinais e sintomas • Termos descritivos específicos sobre o sinais e sintomas (ex. dor aguda, secreção com sangue) • O que o paciente estava fazendo quando os sinais e sintomas ocorreram • Fatores que fazem com que os sinais e sintomas melhorem ou que fiquem • piores • Outros sinais e sintomas que ocorrem com os sinais e sintomas primários • Leve, moderada ou grave Localização Tempo Qualidade ou característica Quantidade ou gravidade Ambiente Fatores que agravam ou que aliviam Sinais e sintomas associados Fonte: Brasil, 2014 a; Brasil 2014 b, Brasil, 2014 c; CONSENSO, 2007; CIPOLLE, STRAND, MORLEY, 2012; CFF, 2016; CORRER, OTUKI, 2013; QUEIROZ, 2009; WEED, 1968. H D A Consulta Farmacêutica Avaliação • Avaliar os problemas da farmacoterapia • Problemas relacionados ao resultado: Tratamento não efetivo; Reação adversa; Intoxicação medicamentosa • Problemas relacionados ao processo: Problemas de seleção e prescrição; dispensação ou manipulação; discrepâncias entre níveis ou pontos de atenção à saúde; administração e adesão; qualidade do medicamento; e monitorização Farmacoterapia ideal Segurança - A farmacoterapia não produz novos problemas de saúde - A farmacoterapia não agrava problemas de saúde pré-existentes Efetividade - O paciente apresenta a resposta esperada à medicação - O regime posológico está adequado ao alcance das metas terapêuticas Adesão Terapêutica - O paciente compreende e é capaz de cumprir o regime posológico - O paciente concorda e adere ao tratamento numa postura ativa Necessidade - O paciente utiliza todos os medicamentos que necessita - O paciente não utiliza nenhum medicamento desnecessário Baseado nos estudos de Cipolle, Strand, Morley e Fernández-Llimós et al. Consulta Farmacêutica Plano de cuidados • Elaborar o plano de cuidado, definindo as metas terapêuticas e as intervenções necessárias • Intervenções farmacêuticas: Informação e aconselhamento; provisão de materiais; monitoramento; alteração ou sugestão de alteração na farmacoterapia; e encaminhamento a outros profissionais ou serviços de saúde • Verificar a habilidade do paciente em seguir o plano • Avaliar se o paciente deseja informações ou explicações adicionais Consulta Farmacêutica Fechamento • Explicar ao paciente o que fazer caso tenha dificuldades em seguir o plano e com quem pode entrar em contato • Marcar uma próxima consulta ou combinar outras formas de contato Farmácia Clínica Desfechos humanísticos Desfechos econômicos Desfechos clínicos Efetividade e Segurança da Farmacoterapia Qualidade de vida e Percepção geral de saúde Acesso, Acessibilidade, Custo mensal, Impacto sobre a renda Fonte: CFF, 2016; CORRER, OTUKI, 2013 Serviços Farmacêuticos que geram Resultados & Mudam Vidas Casos reais Conteúdo gentilmente cedido pela Rede de Drogarias São Bento - MS Documentação da prática Registro da Consulta DADOS SUBJETIVOS ▪ Queixas do paciente e outras informações fornecidas por ele, parentes ou acompanhantes; #S ANAMNESE HF – HMP – HP – HS – QUEIXA - HDA Fonte: Brasil, 2014 a; Brasil 2014 b, Brasil, 2014 c; CFF, 2016; CORRER, OTUKI, 2013; QUEIROZ, 2009; WEED, 1968. Fonte: Ministério da Saúde, 2014. Registro da Consulta DADOS OBJETIVOS ▪ Inclui achados de exame físico e exames complementares (valores); #O Fonte: Brasil, 2014 a; Brasil 2014 b, Brasil, 2014 c; CFF, 2016; CORRER, OTUKI, 2013; QUEIROZ, 2009; WEED, 1968. Fonte: Ministério da Saúde, 2014. Registro da Consulta AVALIAÇÃO ▪ Refere-se às conclusões sobre a situação de saúde do paciente (problemas identificados); #A Fonte: Brasil, 2014 a; Brasil 2014 b, Brasil, 2014 c; CFF, 2016; CORRER, OTUKI, 2013; QUEIROZ, 2009; WEED, 1968. Fonte: Ministério da Saúde, 2014. Registro da Consulta PLANO DE CUIDADO ORIENTAÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE MONITORAMENTO SOLICITAÇÕES DE EXAMES ENCAMINHAMENTO PRESCRIÇÃO DE MIP`S E/OU SUGESTOES DE ALTERAÇÃO DA FARMACOTERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA FARMACOLÓGICA Fonte: CFF, 2016; CORRER, OTUKI, 2013; QUEIROZ, 2009; WEED, 1968. Fonte: Ministério da Saúde, 2014. #P SOAP ✔ Dados subjetivos (S) compreendem as queixas dos pacientes e outras informações fornecidas pelos pacientes, parentes ou acompanhantes. ✔ Dados objetivos (O) incluem os achados de exame físico e os exames complementares. ✔ Avaliação (A) se refere às conclusões sobre a situação do paciente, particularmente os problemas da farmacoterapia identificados. ✔ Plano (P) inclui os exames a serem solicitados, as informações prestadas aos pacientes e familiares visando orientação e educação, as sugestões feitas para mudanças na farmacoterapia e os encaminhamentos a outros profissionais. Documentação da prática Redação da prescrição � A prescrição farmacêutica deverá ser redigida em vernáculo, por extenso, de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais, sem emendas ou rasuras, devendo conter os seguintes componentes mínimos: I - identificação do estabelecimento farmacêutico ou do serviço de saúde ao qual o farmacêutico está vinculado; II - nome completo e contato do paciente; CFF, 2013 Redação da prescrição III - descrição da terapia farmacológica, quando houver, incluindo as seguintes informações: a) nome do medicamento ou formulação, concentração/dinamização, forma farmacêutica e via de administração; b) dose, frequência de administração do medicamento e duração do tratamento; c) instruções adicionais, quando necessário. IV - descrição da terapia não farmacológica ou de outra intervenção relativa ao cuidado do paciente, quando houver; Redação da prescrição V - identificação do farmacêutico, nome completo, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Farmácia; VI - local e data da prescrição. � Adicionalmente às recomendações da Resolução 586/2013, ressalta-se em prol da segurança do paciente sugere-se queinformação da via de administração dos medicamentos venha em destaque antes da especificação dos mesmos. Redação da prescrição � As terapias não farmacológicas devem estar descritas claramente na receita especificando-se qual medida concreta, quantidade/dosagem, duração do seu emprego, instruções e precauções do seu uso. � Quando houver encaminhamento a outro profissional ou outro serviço de saúde, adicional a outra intervenção, o farmacêutico deve especificá-la no receituário e emitir o documento de encaminhamento endereçado ao outro profissional ou outro serviço de saúde. Nome do estabelecimento ou serviço de saúde Nome do logradouro, número, bairro, cidade, estado, CEP, telefone ou outro tipo de contato, , CNPJ Paciente: Fernanda Vilela Contato: Rua das Flores, 22, Brasília/DF, (61) 2106-0000 Uso oral 1)Dornein 10 mg_____________________________________________ 1o comp Tomar 1(um) comprimido , via oral, pela manhã, com água, por até 3 dias, se houver dor. 2)Colocar bolsa de água gelada, durante 30 minutos, duas vezes ao dia, por 2 (dois ) dias, conforme orientado. 3)Procurar o ginecologista e entregar o encaminhamento. Brasília, 22 de novembro de 2018. Farmacêutico CRF xxxxx Redação do encaminhamento � Apresentação: identificação do paciente, dos medicamentos envolvidos na situação e dos problemas de saúde sob tratamento. � Motivo do encaminhamento: problemas da farmacoterapia identificados e manifestações clínicas que fundamentam a suspeita (sinais, sintomas, medidas clínicas). Utilizar linguagem técnica e evitar proposições de diagnóstico ou prognóstico. � Avaliação farmacêutica: relação entre os problemas encontrados e a farmacoterapia do paciente, incluindo possíveis causas. Proposta de solução do problema, incluindo alternativas terapêuticas e sugestões. � Fechamento: despedida formal, reforçando a solicitação da avaliação do médico sobre o problema, colocando-se à disposição e reforçando a continuidade do cuidado que será prestado. Data, carimbo e assinatura do farmacêutico Nome do estabelecimento ou serviço de saúde Nome do logradouro, número, bairro, cidade, estado, CEP, telefone ou outro tipo de contato, CNPJ À (AO): [nome do profissional, especialidade ou serviço] Prezado(a) Dr(a): Encaminho para avaliação médica a paciente Marcia Coelho, portadora de ICC CFIII, DSLP, HAS e obesidade. Em avaliação farmacêutica, observou-se que o paciente não possui exames laboratoriais que permitam a avaliação do tratamento da DSLP. Os últimos exames foram realizados há dois anos. Por isso sugerimos avaliação do perfil lipídico do paciente para verificação da efetividade da terapia. Com relação à farmacoterapia, o paciente possui problemas de adesão ao AAS e ao omeprazol, e foi orientado a seguir posologia prescrita pelo médico. O paciente também foi encaminhado para um serviço de Nutrição, na tentativa de reeducação alimentar e redução de peso. Grato pela colaboração, colocamo-nos à disposição para eventuais esclarecimentos. Assinatura mais carimbo Farmacêutico, CRF XXX Saúde baseada em evidências O que é saúde baseada em evidências? ◦Elo entre a boa pesquisa científica e a prática clínica ◦Prática de tomar decisões individualizadas, norteando-se por conceitos científicos Melhor Evidência Científica Valores e opinião do Paciente Experiência Clínica Introdução ▪Como a farmácia clínica promove o uso racional de medicamentos? ◦Eficácia ◦ Segurança ◦Qualidade ◦Menor custo Prática orientada em evidências Bases de Dados ▪Portal da Saúde Baseada em Evidências ▪www.psbe.ufrn.br ATIVIDADES
Compartilhar