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C A R L A G . D E A R A Ú J O S O A R E S M A C E I Ó , 2 0 1 9 SANGRAMENTOS: 2º METADE DA GESTAÇÃO PROFª CARLA ARAÚJO Soares.carlaaraujo@gmail.com IMPORTÂNCIA Morte Materna Brasil Região NE Total 1737 580 Hipertensão 407 172 Hemorragia 127 45 Sangramento 1º trimestre Abortamento Ectópica DTG 118 58 35 3 38 19 12 1 Infecção puerperal 18 90 DATASUS,2015 SANGRAMENTO VAGINAL após 20 semanas DPP Placenta Prévia Outros DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA Separação da placenta normalmente inserida (corpo ou fundo uterino) antes da expulsão do feto, acima de 20 semanas. Rotura dos vasos maternos na decídua basal com perda de função de trocas para o feto. DPP: Fatores de Risco Fatores de risco para o descolamento prematuro de placenta: Hipertensão arterial e Pré eclâmpsia – 50% dos casos Rotura prematura de membranas ovulares Cesareana prévia Trombofilias hereditárias Uso de cocaína Fatores mecânicos – trauma abdominal/rápida descompressão por rotura de polidramnio/ leiomiomas /brevidade do cordão Tabagismo – 10 a 19 cigarros aumenta em 40% a chance História prévia – eleva o risco em cerca de 10x Idade materna e paridade Gestação múltipla e polidrâmnio Fisiopatologia Evento único x alterações de longa evolução; Maior parte associada a anormalidades vasculares e placentárias Ausência de alterações (perda da camada muscular das artérias espiralada) após a 1º e 2º invasão trofoblástica leva a diminuição do fluxo placentário e reposta anormal a substâncias vasoativas. Vasos anormais isquemia e rotura (hemorrafia decidual) DPP 1º - HEMORRAGIA DECIDUAL HEMATOMA RETROPLACENTÁRIO DESCOLAMENTO DA PLACENTA SANGRAMENTO IRRITABILIDADE DA MUSCULATURA UTERINA HIPERTONIA UTERINA INFILTTRAÇÃO E DESORGANZAÇÃO DE CITOARQUITETURA MUSCULAR HIPOTONIA PÓS PARTO “ÚTERO DE COUVELAIRE” 1º - HEMORRAGIA DECIDUAL HEMATOMA RETROPLACENTÁRIO DESCOLAMENTO DA PLACENTA SANGRAMENTO IRRITABILIDADE DA MUSCULATURA UTERINA HIPERTONIA UTERINA INFILTTRAÇÃO E DESORGANZAÇÃO DE CITOARQUITETURA MUSCULAR HIPOTONIA PÓS PARTO “ÚTERO DE COUVELAIRE” DPP: Como é feito o diagnóstico? Diagnóstico é clínico Pode ser auxiliado por USG** e sugerido por achado da cardiotocografia (SFA). Exame Materno: convergência tensional, estado de pré choque ou hipovolêmico, sinais de CIVD ( petéquias, equimoses). DOR ABDOMINAL HIPERTONIA UTERINA/TAQUISSISTOLIA SANGRAMENTO GENITAL *vermelho escuro* HIPERTENSÃO/FATORES DE RISCO Diagnóstico Ultrassonografia Limitado. Coágulo pode não ser visível Complementar em casos de dúvidas/estabilidade materna e fetal. Sinais: coágulo retroplacentário, elevações da placa coriônica, aumento da espessura placentária, imagens compatíveis com coágulos no estômago do feto Ultrassonografia transvaginal com imagem de hematoma retroplacentario. A: limite entre a placenta e o coagulo retroplacentario; B: hematoma. Seta superior: placenta; seta inferior: feto DPP: Diagnóstico Coágulo retroplacentário DPP: COMO TRATAR? Clínica: Monitorização materna ( PA, FC, Débito úrinário) Exames laboratoriais ( Ht, Plaquetas, fibrinogênio*, TP, TTPa, tipagem sanguinea); Acesso venoso, sondagem vesical, oxigênio úmido Conduta Obstétrica: Via de parto?? Amniotomia: deverá ser sempre realizada!! Diminui área de descolamento (diminuição do volume uterino e compressão das artérias) e previne a passagem de tromboplastina decidual e fatores de coagulação para a mãe. DPP: COMO TRATAR? Estabilidade materna + Iminência do parto + Condição do Feto Feto vivo e viável* Cesárea se parto vaginal não for iminente Parto vaginal se este for iminente Feto morto ou inviável* e gestante estável Parto vaginal (avaliar sedação e estado materno) Placenta Prévia Presença de tecido placentário que recobre ou está muito próximo do orifício interno do colo uterino, acima de 28 semanas**. Estudos sugerem que a maior parte de placentas localizadas no segmento inferior no 1º e 2º trimestres não será mais no termo. REPETIR O EXAME ENTRE 28 E 34 SEMANAS Classificação Marginal: até 2cm do OIC Inserção Baixa: no segmento inferior, mas > 2cm do OIC Placenta Prévia: Quais os fatores de risco??? • Multiparidade • Idade > 40 anos • Abortos, curetagens, biópsias • Endometrites Dano endometrial • Fumantes • Altas altitudes • Gestação múltipla Baixa Nutrição/Oxigenação** *** 1 cesária: risco 4,5 x 4 cesárias: risco 44,9 x ** hipertrofia compensatória de vilosidades coriais CESARIANA PRÉVIA*** Placenta prévia: como é feito o diagnóstico?? CLÍNICA Sangramento vaginal indolor vermelho vivo, de repetição e progressivo ÚTERO: tônus normal e indolor ESPECULAR: colo normal, coágulos VITALIDADE FETAL PRESERVADA USG Padrão ouro! Abdominal + TVG** TOQUE VAGINAL NÃO DEVE SER REALIZADO! Ultrassonografia transvaginal em caso de placenta prévia centrototal. Seta: orificio interno do colo uterino; A: labio anterior; P: labio posterior; PP: placenta previa. PP: Como tratar? Estabilidade materna + Idade gestacional SEM sangramento ativo + feto prematuro Expectante Seguimento ambulatorial SEM sangramento ativo e feto de termo Parto com 37 semanas COM sangramento ativo e feto de termo Parto com 37 semanas COM sangramento ativo e feto prematuro Casos leves: expectante + internação Casos graves*: estabilizar + parto *Internamento, monitorização da mãe, estabilidade materna, transfusão, imunoglobulina Anti D, corticoide (25-34 s), repouso, tocólise*, se contração. Classificação Marginal: até 2cm do OIC Inserção Baixa: no segmento inferior, mas > 2cm do OIC VAGINAL PERMITIDO* VAGINAL PERMITIDO CESARIANA CESARIANA!! *VAGINAL: MULTÍPARA S + PARTO IMINENTE * Sem sangramento ativo + Realizar amniotomia + vigilância Placenta Prévia – Acretismo PP SEM CESÁREA ANTERIOR = 3% PP + 1 CESÁREA ANTERIOR = 11% PP + 2 CESÁREAS ANTERIORES = 40% PP + 3 CESÁREAS ANTERIORES = 61% Outras Causas Rotura Uterina Cicatriz uterina prévia (miomectomia, cesárea anterior) Uso indevido de misoprostol ou ocitocina Multiparidade Sobredistensão uterina Sinal de Bandl- Frommel Outras Causas Rotura de Vasa Prévia: Anomalia em que os vasos umbilicais se inserem de forma que cruzam o segmento inferior uterino, colocando-se a frente da apresentação. Placenta prévia (cesáreas anteriores) Placenta succenturiada Gestações gemelares Outras Causas Rotura de Vasa Prévia Rotura Uterina Sangramento uterino + sinais de sofrimento fetal agudo = INDICAÇÕES ABSOLUTAS DE CESÁREA DE URGÊNCIA DPP PP ROTURA UTERIA ROTURA DE VASA PRÉVIA INÍCIO Súbito Progressivo Súbito Após amiotomia ORIGEM Materno/fetal Materna Materna Fetal HEMORRAGIA Escura, única Viva, repetição Viva, única Viva, única SOFRIMENTO FETAL Grave e precoce Ausente ou tardio Grave e precoce Grave e precoce TÔNUS Aumentado Normal Normal Normal AMNIOTOMIA Não altera hemorragia. Diminui risco de CID Diminui a hemorragia ------------------ Desencadeia o sangramento DIAGNÓSTICO Clínico USG Clínico USG + DOPPLER C A R L A G . D E A R A Ú J O S O A R E S M A C E I Ó , 2 0 1 9 @soares.carlaaraujo@gmail.com SANGRAMENTOS: 2º METADE DA GESTAÇÃO
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