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Federalismo e descentralização

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FEDERALISMO E 
DESCENTRALIZAÇÃO
CONCEITO
“Organização política em que a autoridade final 
está dividida entre sub-unidades e um centro. A 
soberania está dividida entre dois níveis 
territoriais, cada um com sua autoridade e 
capacidade de agir independentemente em 
alguma áreas. Os cidadãos têm obrigações 
políticas com as duas autoridades.”
(Føllesdal, Andreas, "Federalism", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2003 Edition), Edward N. Zalta (ed.), forthcoming
URL = <http://plato.stanford.edu/archives/win2003/entries/federalism/>)
� Estado Unitário - ordem política, jurídica,
administrativa formam unidade singular, referida a
um só povo, um só território e um único titular do
poder público. Conta com dois níveis: o nacional
(soberano) e as administrações locais (semi-
autonomia política, jurídica e administrativa).
� Estado Federado - Estado soberano, união de
estados-membro com autonomia política jurídica e
administrativa. O poder do Estado emana dos
estados-membro, ligados em uma unidade estatal
(União). Os estados-membro não possuem soberania
externa e estão sujeitos a um poder único (federal).
� As federações envolvem divisões territoriais de 
autoridade que não podem ser alteradas 
unilateralmente e que estão inscritas na constituição. 
Em comparação, a autoridade descentralizada nos 
Estados unitários pode ser revogada de acordo com a 
vontade do poder central;
� as confederações têm vários centros de poder. 
Tipicamente, em uma confederação: a) o centro 
somente exerce autoridade delegada pelas sub-
unidades; b) o centro está sujeito ao veto das sub-
unidades em diferentes assuntos; c) as sub-unidades
não cedem autoridade permanente ao centro; d) as 
decisões do centro só afetam os cidadãos por 
consentimento das sub-unidades. Exemplos de 
confederações: EUA (1776-1787); Suíça (1291-1847); 
União Européia. 
(Føllesdal, Andreas, "Federalism", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2003 Edition), Edward N. Zalta (ed.), forthcoming
� Dois processos de federalismo podem ser 
identificados (Alfred Stepan, 1999): estados 
independentes se unem cedendo sua soberania em 
certos domínios para obter benefícios que não 
poderiam ser alcançados de forma isolada (segurança, 
prosperidade econômica). Tais federações são 
tipicamente construídas para limitar os poderes do 
centro e prevenir a tirania da maioria: EUA, Suíça, 
Austrália. [federalismo para unir]
� Em outro tipo de federalismo, a federação se 
desenvolve a a partir de Estados unitários e busca-se 
um arranjo político que impeça tentativas de secessão, 
em especial por parte de minorias dominantes em 
algumas áreas territoriais:Índia, Bélgica, Canadá, 
Espanha. [federalismo para manter a união]
(Føllesdal, Andreas, "Federalism", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2003 Edition), Edward N. Zalta (ed.), forthcoming URL = 
<http://plato.stanford.edu/archives/win2003/entries/federalism/>)
JOGO FEDERATIVO
PRINCÍPIO BÁSICO: 
A federação se sustenta em mecanismos 
cooperativos e competitivos 
TIPOS DE JOGOS FEDERATIVOS:
� competitivos
� cooperativos
� competitivos-cooperativos
MODELO COMPETITIVO
� modelo centrado na lógica do mercado 
transposta às ações do setor público
� a competição otimiza os resultados das 
políticas públicas;
� valorização dos governos subnacionais
� primazia da eficiência sobre a equidade
MODELO COOPERATIVO
� Modelo centrado nos mecanismos de 
compatibilização das ações dos vários níveis 
de governo
� valorização da esfera federal
COMPETITIVO - COOPERATIVO
� equilíbrio entre competição e cooperação
� valorização do pluralismo:
- independência: valorização da capacidade de 
autogoverno das esferas subnacionais;
- interdependência: parceria, tolerância, 
compromisso.
DIMENÇÕES FUNDAMENTAIS DO 
FEDERALISMO
JURÍDICO-ECONÔMICA:
distribuição de competências e legislação fiscal
JURÍDICO-POLÍTICA:
sistema de governo e legislação eleitoral
FEDERALISMO FISCAL
� O federalismo fiscal diz respeito a alocação de
recursos coerente com as responsabilidades de
cada nível de governo numa federação.
BRASIL COMO 
ESTADO FEDERAL
� Historicamente, a federação brasileira tem 
sido marcada por movimentos cíclicos de 
descentralização e centralização, com raízes 
na formação do Estado brasileiro.
CENTRALIZAÇÃO x 
DESCENTRALIZAÇÃO
� A dinâmica sócio-econômica capitalista está 
afetada por condicionamentos estruturais que 
não podem ser removidos pela via de uma 
simples reorganização territorial da 
administração do poder. A reorganização 
territorial não é suficiente, por si só, para 
impulsionar a modificação das bases 
econômicas, políticas e ideológicas do poder 
em uma sociedade
CENTRALIZAÇÃO x 
DESCENTRALIZAÇÃO
� O simples fato de determinadas questões ou 
políticas serem geridas pelo nível central não 
é indicador de uma gestão menos ou mais 
democrática, pois é a concretização de 
princípios democráticos nas instituições 
políticas de cada nível de governo que define 
seu caráter, não a escala ou âmbito das 
decisões.
CENTRALIZAÇÃO x 
DESCENTRALIZAÇÃO
� não há consenso de que a própria reforma 
das instituições possa produzir 
comportamentos democráticos. 
Comportamentos fortemente arraigados na 
cultura política de uma determinada 
sociedade podem ser um sério fator 
limitador na concretização dos 
comportamentos e princípios democráticos 
perseguidos.
CENTRALIZAÇÃO x 
DESCENTRALIZAÇÃO
� Em sociedades crescentemente integradas 
sob o ponto de vista econômico-territorial, 
onde as diversas coletividades locais 
constituem economias abertas sujeitas a uma 
crescente dependência externa, não é 
concebível que estas possam dispor da 
autonomia política requerida para 
impulsionar política públicas de orientação e 
conteúdo significativamente distintos das 
que imperam a nível nacional/internacional.
CENTRALIZAÇÃO x 
DESCENTRALIZAÇÃO
� O sucesso de reformas do Estado de tipo 
descentralizador supõe uma expansão seletiva 
das funções do governo central, mais 
especificamente o fortalecimento de suas 
capacidades administrativas e institucionais 
na condução e regulação de políticas setoriais 
implementadas pelos governos subnacionais e 
do próprio processo de descentralização. Essa 
função se torna ainda mais relevante em países 
caracterizados por disparidades intra-
regionais muito significativas, como é o caso 
do Brasil.
FEDERALISMO: PREMISSAS PARA 
O DEBATE
Premissa n.º 1: a repartição de encargos entre os 
entes federativos é, essencialmente, um 
problema político.
� O conceito de federalismo envolve a idéia de 
uma unidade baseada na pluralidade de 
soberanias. A pedra angular da ideologia 
federativa é, portanto, a divisão do poder. A 
definição das atribuições e responsabilidades 
de cada instância federativa depende, portanto, 
de um processo permanente de negociações, 
visando obter um compromisso satisfatório 
entre as partes e não soluções ideais sob a 
perspectiva técnica.
FEDERALISMO: 
PREMISSAS PARA O DEBATE
Premissa n.º 2: os problemas enfrentados pelos 
governos são cada vez mais complexos, exigindo 
ações integradas para resolvê-los.
� As necessidades a serem atendidas pelos 
governos implicam uma abordagem e 
tratamento integrado entre diferentes esferas 
governamentais. A gestão integrada exige, no 
entanto, o reforço do papel de coordenação dos 
estados e da União e da cooperação entre as 
esferas de governo.
FEDERALISMO: 
PREMISSAS PARA O DEBATE
Premissa n.º 3: a repartição de competências 
entre os entes federados deve obedecer ao 
princípio da subsidiaridade.
� A divisão de encargos deveria obedecer ao
princípio segundo o qual se determinada
instância federativa dispuser dos recursos paraexecutar uma função a instância superior não o
fará. Para que o princípio possa ser aplicado
com maior racionalidade precisa ser
considerada a proximidade em termos
espaciais.
FEDERALISMO: 
PREMISSAS PARA O DEBATE
Premissa n.º 4: a descentralização é o caminho,
mas não resolve todos os problemas.
� As vantagens da descentralização são bastante
conhecidas. Sua prática efetiva aproxima as
decisões (de interesse coletivo) das ações,
democratizando a gestão, na medida em que
facilita a participação, legitima o planejamento e
permite um maior controle por parte da
comunidade. Entretanto, esses princípios
organizativos não podem ser tomados como
panacéia para todos os males do sistema de
intervenção governamental.
QUESTÕES A CONSIDERAR
Princípios organizativos não podem ser 
tomados como panacéia para todos os males do 
sistema de intervenção governamental. A 
descentralização de serviços públicos só pode 
ser realizada se atendidos determinados 
requisitos. É preciso desmistificar o seu caráter 
mágico, reconhecer limitações e apontar 
eventuais desvantagens. Local government is 
beautiful, but...
QUESTÕES A CONSIDERAR
A descentralização aumenta os problemas de 
integração e coordenação e os conflitos de 
competência entre as diversas esferas de 
governo e mesmo entre instâncias da própria 
administração municipal. Essa dificuldade faz 
parte da própria natureza de redes 
institucionais ou de sistemas organizacionais 
mais complexos.
QUESTÕES A CONSIDERAR
A descentralização não reduz custos, pois 
elimina as economias de escala. Na medida 
em que multiplica os centros de decisão e 
ação, multiplica também os núcleos de 
apoio administrativo. 
QUESTÕES A CONSIDERAR
A descentralização dificulta a solução de 
problemas supra-locais ou supra-municipais, 
uma vez que passa a exigir a criação de novos 
mecanismos de coordenação e integração 
desnecessários em sistemas mais centralizados. 
Para o enfrentamento de muitas questões, será 
necessária a criação de associações de 
municípios.
QUESTÕES A CONSIDERAR
A descentralização torna a gestão e operação dos 
sistemas de prestação de serviços mais suscetível 
às influências positivas e negativas da política 
partidária. Na medida em que não estejam 
consolidados os mecanismos de controle social 
sobre o sistema, nas regiões onde o mandonismo 
local ainda é a principal prática vigente, os 
aspectos negativos tendem a prevalecer.
QUESTÕES A CONSIDERAR
A descentralização requer a melhoria da 
competência gerencial no níveis municipal e 
local, pois a maioria das prefeituras não possui 
quadros preparados em número suficiente para 
assumir encargos gerenciais mais complexos.

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