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Prevenção e Controle de Infecção em Instituição de saúde

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Prevenção e 
Controle de 
Infecção em 
Instituição de 
Saúde 
Prof.ª Januzilla Amaral - UNIP 
 
1 - Apresentação 
• Nesta disciplina pretende-se estudar os aspectos 
relevantes das Infecções Relacionadas à Assistência à 
Saúde (Iras), antigamente denominadas infecções 
hospitalares, seu impacto quanto à morbimortalidade, 
aspectos econômicos, prevenção, diagnóstico e medidas 
de controle 
 
 1.1 - Objetivos 
 
• A - reconhecer os principais fatores de riscos para Iras em 
procedimentos invasivos; 
• B - identificar clientes portadores de Iras por meio do raciocínio 
clínico para definição do agravo e pela interpretação de resultados de 
exames de cultura e seus respectivos antibiogramas; 
• C - implementar as precauções-padrão como medidas básicas de 
prevenção das Iras e como forma de prevenir infecções ocupacionais; 
• D - prescrever o tipo de precauções baseadas na transmissão 
(aérea, gotículas e contato) frente ao mecanismo de transmissão 
específico de cada agravo; 
• E - informar sobre resistência bacteriana. 
 
2 – Introdução 
 
• A Organização Mundial da Saúde (OMS), em outubro de 
2004, criou a Aliança Mundial para a Segurança do 
Paciente; 
• Meta 5 – OMS – 5% e 10% dos pacientes admitidos em 
hospitais adquirem uma ou mais infecções; 
• Anvisa, os erros associados à assistência à saúde causam 
entre 44 mil e 98 mil disfunções a cada ano nos hospitais; 
• Europa, um a cada dez pacientes sofrem danos evitáveis 
e eventos adversos ocasionados durante a assistência, 
sendo que 50% a 60% dos eventos são evitáveis. 
 
 
Um estudo realizado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de 
São Paulo (CRM, 2010), entre outubro de 2007 a janeiro de 2008, por 
solicitação do Ministério Público Estadual, em uma amostra de 158 
hospitais obteve os seguintes resultados: 
Amostra de 158 hospitais 
• 90% dos hospitais públicos e privados não 
cumprem pelo menos uma das exigências da 
legislação específica sobre o assunto; 
• 92% dos Programas de Controle de Infecções 
Hospitalares não atendem a pelo menos um 
dos itens obrigatórios de organização e 
funcionamento; 
• 35,4% das instituições não há normas ou 
protocolos sobre a utilização de antibióticos; 
• 49,4% não divulgam internamente informações 
referentes ao controle desse tipo de infecção; 
• 28,1% dos hospitais vistoriados não existia a 
pia para higienização das mãos e nem papel-
toalha para enxuga-lás. 
Conclusões 
• As Infecções Relacionadas à 
Assistência à Saúde (Iras) 
constituem-se em um sério problema 
de saúde pública; 
• a literatura científica informa que a 
existência de uma comissão de 
controle organizada e atuante reduz 
entre 30% a 43% o número de casos 
de infecção; 
• Hipócrates: “primeiro, não cause 
dano”, e de Florence: “Parecerá, 
talvez, um estranho princípio 
enunciar que o primeiro requisito de 
um hospital consiste no dever de não 
prejudicar o paciente”. 
3 - Conceito de Infecção 
Hospitalar. 
• Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998 da ANVISA; 
• Infecção hospitalar (IH) é aquela que é adquirida após a 
internação do paciente e que se manifesta durante a 
internação ou após a alta; 
• Infecção Comunitária (IC) como a infecção que foi 
constatada em incubação no ato de admissão do paciente, 
desde que não relacionada com internação anterior no 
mesmo hospital; 
• Infecção em recém-nascido. 
3.1 - Infecção Relacionada à 
Assistência à Saúde 
• Na década de 1990, o termo infecção hospitalar foi substituído 
por Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (Iras). Essa 
definição é mais abrangente por incluir os procedimentos 
realizados em ambulatórios, os cuidados domiciliares e, 
também, a infecção ocupacional adquirida pela equipe 
multiprofissional de saúde ao executar a assistência. 
• Quanto mais tecnológica a sociedade se apresenta, maiores são 
os procedimentos invasivos realizados e possibilitados com o 
avanço dessa tecnologia. 
• Outro fator impactante no desenvolvimento das Iras são as 
características individuais. 
3.2 - Aspectos Históricos 
das IRAS. 
• James Simpson, em 1830; 
• Oliver Wendell Holmes, nos Estados Unidos, e Ignaz Philip 
Semmelweis, na Europa, estabeleceram as bases para a 
compreensão da aquisição das Iras; 
• Holmes, em 1840, responsabilizou os obstetras pela 
disseminação das infecções entre puérperas; 
• Semmelweis, em 1847, concluiu seu estudo epidemiológico 
sobre a correlação entre a assistência médica e o maior risco de 
contrair a febre puerperal; 
• Florence Nightingale, em 1858, reduziu significativamente a 
mortalidade de soldados ingleses durante a Guerra da Criméia. 
Precursores do controle 
de IRAS. 
QUAL A RESPONSABILIDADE 
CIVIL NO CASO DE IRAS? 
Mínimo 25 linhas, manuscrito, com referência 
ou site e data de acesso. 
 
 
 
 
4 - Legislação e Aspectos 
Epidemiológicos das IRAS. 
 
• A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece as 
Iras como um problema de saúde pública e preconiza que 
as autoridades em âmbito nacional e regional 
desenvolvam ações com vistas a redução do risco de sua 
aquisição. (BRASIL, 2013); 
• As IRAS apresentam grande impacto sobre a letalidade 
hospitalar; a duração da internação e os custos. 
5 - Processo histórico das 
Comissões de Controle de 
infecção hospitalar – CCIH. 
• As primeiras Comissões de Controle de Infecção Hospitalar 
(CCIH) foram instituídas no País na década de 1960; 
• Nos anos 1980 as ações governamentais, por meio de normativas 
do Ministério da Saúde (MS), no sentido de implantação das 
CCIH, foram iniciadas de fato, foram publicados guias técnicos 
nacionais que tratavam da avaliação sanitária de estrutura, 
sendo ainda pouco utilizados os métodos epidemiológicos; 
• A partir de 1985, com a repercussão da morte do ex-presidente 
da república Tancredo Neves, em consequência de infecção 
hospitalar, essa questão assumiu uma maior relevância, o que 
resultou no Curso de Introdução ao Controle de Infecção 
Hospitalar, ministrado em todo o Pais. 
• 14 mil profissionais foram capacitados nesse curso e, no mesmo 
ano, foi publicado o Manual de Controle de Infecção Hospitalar. 
• Em 1988, foi instituído o Programa Nacional de 
Controle de Infecção Hospitalar por meio da Portaria 
nº 232/98 MS, e foi criada a Divisão Nacional de 
Controle de Infecção Hospitalar (Portaria no 666/90). 
• Em 1983 e 1992, foram publicadas, respectivamente, 
as Portarias nº 196 e nº 930, visando normalizar as 
ações de prevenção e controle de Iras. 
• Em 1999, foi constituída a Agencia Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa). O Programa Nacional 
de Controle de Infecção Hospitalar foi transferido do 
Ministério da Saúde, por meio da Portaria no 1.241, 
de 13 de outubro de 1999, que repassou as atividades 
de controle de infecções hospitalares para a Gerencia 
de Controle de Riscos a Saúde, da Diretoria de 
Serviços e Correlatos 
 
• 1990 – Conferência Regional sobre Prevenção e Controle 
de Infecções Hospitalares, apontado novamente a 
necessidade de implementação de comissões nacionais de 
prevenção de controle de Iras, e também indicou as 
seguintes diretrizes: 
• a vinculação da acreditação hospitalar a presença de 
programa de Iras; 
• a inclusão do tema nos currículos das ciências da saúde e 
programas de educação continuada; 
• a cooperação entre as instituições estatais e as 
universidades nas investigações epidemiológicas; 
• a identificação de laboratórios de referencia regional em 
microbiologia; 
• a instituição de grupos de trabalho voltados ao uso de 
antimicrobianos e o diagnostico microbiológico de Iras. 
 
• Em 2003, foi criada a Unidade de Controlede 
Infecção Hospitalar (Ucisa), que passou a ser 
denominada como Gerencia de Investigação e 
Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos 
(Gipea). 
• Em 2011 uma nova reformulação na estrutura 
organizacional da Anvisa ocorreu, passando o 
programa nacional a ser conduzido pela Gerencia de 
Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde 
(GVIMS) (BRASIL, 2013a). 
• Em 2004 foi realizado um novo treinamento em 
educação a, distancia direcionado aos profissionais 
das vigilâncias sanitárias (PADOVEZE; 
FORTALEZA, 2014). 
 
 
• No ano de 2003, foi criada a Unidade de Controle de 
Infecção Hospitalar (Ucisa), que passou a ser denominada 
como Gerencia de Investigação e Prevenção das Infecções e 
dos Eventos Adversos (Gipea). 
• No ano de 2007, em consonância com o movimento 
mundial na prevenção de Iras, o MS aceitou oficialmente o 
engajamento no Desafio Global para Segurança do 
Paciente proposto pela OMS 
• Em 2011 uma nova reformulação na estrutura 
organizacional da Anvisa ocorreu, passando o programa 
nacional a ser conduzido pela Gerencia de Vigilância e 
Monitoramento em Serviços de Saúde (GVIMS) (BRASIL, 
2013a). 
• Em 2011, a RDC/Anvisa nº 63 determinou o 
estabelecimento de estratégias e ações voltadas para a 
segurança do paciente, incluindo a prevenção de Iras. 
• 2013a). 
• No ano de 2012, foi instituída a Comissão Nacional de 
Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à 
Assistência a Saúde (CNCIRAS) por meio da Portaria 
nº 158, com a finalidade de assessorar a Diretoria 
Colegiada da Anvisa na elaboração de diretrizes, 
normas e medidas para a prevenção e o controle das 
Iras. 
• Em abril de 2013, foi publicada a Portaria MS/GM nº 
529, instituindo o Programa Nacional de Segurança 
do Paciente (PNSP), que contempla entre suas áreas 
de atuação a prevenção das Iras. 
• Em julho de 2013, foi publicada a RDC/Anvisa no 36, 
que instituiu as ações para a segurança do paciente 
em serviços de saúde, com medidas voltadas também 
para a prevenção e controle das Iras (BRASIL,2013) 
Aspectos 
Epidemiológicos das IRAS 
• Em 1994, foi realizada a única avaliação de amplitude nacional 
sobre a magnitude das Iras no Pais, identificando a prevalência 
de 15% de taxas de Iras em 99 hospitais terciários. 
• Em 15 de maio de 1999, o Ministério da Saúde decretou o Dia 
Nacional do Controle de Infecção Hospitalar, visando a 
conscientização de toda classe de profissionais de saúde para 
diminuir a incidência de óbitos provocados pelas Iras. 
• Em homenagem ao médico-obstetra Ignaz P. Semmelweiss, que 
nessa mesma data em 1947, incorporou a prática da lavagem de 
mãos como atitude obrigatória pelos enfermeiros e médicos que 
entravam nas enfermarias. Iniciativa que conseguiu reduzir a 
taxa de mortalidade de pacientes de 18% para 1,5% (BRASIL, 
2004a). 
 
• 2001, a Anvisa iniciou o diagnóstico do controle de 
Iras, que apontou questões de fragilidade estrutural 
para o controle: 
• 1/3 dos hospitais não possuía suporte de laboratório 
de microbiologia; 
• Proporção mais acentuada na região Nordeste 
(46,0%) e menos na região Sudeste (24%). 
• Requisitos essenciais não eram atendidos por todas as 
instituições, por exemplo, ter a CCIH nomeada 
(76,0%); fazer vigilância epidemiológica (77,0%); 
possuir um programa de controle de Iras (77%); 
realizar treinamentos específicos (44%) e aplicar 
medidas de contenção de surtos (33%) (PADOVEZE; 
FORTALEZA, 2014). 
 
• Em 2002 foi desenvolvido um inquérito nacional sobre 
a adequação dos laboratórios de microbiologia do 
Brasil, apontando importantes fragilidades nesse 
campo. 
• Em 2010, a Anvisa implantou o sistema de vigilância 
das infecções primárias da corrente sanguínea 
associadas ao cateter venoso. Os dados de 2012, 
referentes a 1.128 hospitais, identificaram a incidência 
de 5,7 e 2,0 de infecções primarias da corrente 
sanguínea por 1.000 cateter venoso central-dia, 
respectivamente de critério laboratorial e clínico, em 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de adultos, com 
Staphylococcus coagulasse negativo como o principal 
agente etiológico (PADOVEZE; FORTALEZA, 2014). 
 
• Em 2005, Diagnóstico do Controle da Infecção Hospitalar no 
Brasil - ANVISA, que teve a participação de 4.148 hospitais, o 
que correspondeu a 70% do número de hospitais cadastrados no 
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) no ano 
de 2003: 
• CCIH (76% dos hospitais); 
• monitoramento das IHs (77%). 
• Desenvolvimento de programas de controle de infecções (49%); 
• treinamentos específicos em controle de infecções (44%) 
• adoção de medidas de contenção de surtos (33%), 
• apenas 8% dos hospitais pesquisados indicaram a utilização dos 
critérios diagnósticos para infecções hospitalares do 
NNISS/CDC, adotados oficialmente no Pais desde 1995 e 
validados em diversos países, 
 
• Segundo dados da Anvisa, em 2011, 1.071 hospitais efetuaram 
notificações de Iras, o que correspondeu a um total de 10.639 
notificações no ano. 
 
A Anvisa propôs a 
criação do projeto 
denominado Pacientes 
pela Segurança do 
Paciente em Serviços de 
Saúde, que envolve a 
divulgação e a 
publicação de materiais 
educativos, como folder, 
cartazes, hotsite e 
vídeos, visando a 
melhoria da 
comunicação com os 
usuários dos serviços de 
saúde. 
 
Entre esses materiais 
esta um panfleto com 
informações sobre as 
Iras e, também, sobre 
os momentos de 
higienização das mãos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir de práticas laborais, tornar a 
aprendizagem mais significativa. 
É, portanto, por meio da prática que se 
educa e se aprende. 
 
 
 
 
 
• Elaborar um resenha contendo um quadro comparativo 
com os resultado do Diagnóstico do Controle da Infecção 
Hospitalar no Brasil – ANVISA – 2005 e o mais recente 
que encontrar no site da ANVISA. 
• https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/ 
 
 
 
 
 
FUNÇÕES DO ENFERMEIRO NA 
PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E 
CONTROLE DAS IRAS. 
6 - Um pequeno histórico do início 
do controle de infecção pela 
enfermagem 
 
 Florence Nightingale - 1858: 
 
• Conceito de contato por microrganismos; 
• Observações epidemiológicas realizadas por meio de controle estatístico das 
condições dos pacientes; 
• Ações simples quanto à limpeza do ambiente e pessoal, ar fresco, iluminação, 
temperatura adequadas, boa nutrição, repouso e manutenção do vigor do 
paciente contribuíam para a cura desses pacientes; 
• Hospital de Base de Scutari- taxa de mortalidade de 42,7%; 
• Reestruturou o hospital, abrindo cozinhas e lavanderias; 
• Reestabeleceu as condições sanitárias aos ambientes e realizou rondas 
noturnas e supervisão dos cuidados; 
• Taxas de mortalidade caíram para 2,2%. 
 
7 - Formação de biofilmes e o uso 
indiscriminado de antibióticos. 
• Biofilmes podem ser definidos como uma forma assumida 
pelas bactérias ao invadirem um novo ecotipo, como a espécie 
humana. 
• Aderem a um substrato – próteses, paredes de vasos, cateteres 
– e posteriormente produzem uma matriz, denominada 
glicocálice, onde formam microcolônias (PASTERNAK, 
2009). 
• As bactérias regulam sua densidade populacional e se 
comunicam por meio de um mecanismo chamado quorum 
sensing; 
• Há evidências que espécies diferentes possam se juntar nos 
microfilmes e levar a uma maior resistência a antimicrobianos. 
• Uma solução muito efetiva para o problema dos 
biofilmes em materiais prostéticos é ou não usá-los – 
ou pelo menos restringir ao mínimo seu uso. Um 
cateter intravascular usado com o devido cuidado e 
retirado assim que possível, tem menor risco decolonização e formação de biofilme que um cateter 
deixado por conveniência ou até porque ―podermos 
vir a precisar dele no futuro‖ e que fica, mesmo sem 
ser utilizado (PASTERNAK, 2009). 
8 - O enfermeiro assistencial e suas 
funções no controle, diagnóstico e 
prevenção das Iras. 
• O enfermeiro atua ativamente na prevenção, 
diagnóstico e controle das Iras, é o responsável pela 
equipe de enfermagem que está em contato direto com 
o paciente e visitantes 24 horas por dia, além de 
avaliar e controlar o ambiente e equipamentos e 
participar das equipes multidisciplinares. Assim, o 
enfermeiro assistencial deve preocupar-se, conforme 
Cansian (1977), com seis aspectos fundamentais, com 
o intuito de minimizar os riscos dos pacientes em 
adquirir infecções relacionadas à assistência à saúde 
(Iras). Vejamos cada um deles 
1 - Paciente 
• O estado de imunidade do paciente é o primeiro aspecto a 
ser observado. Pacientes com comprometimento da 
imunidade estão mais propensos a adquirir Iras. Pacientes 
em extremos de idade comumente possuem sistema 
imunológico afetado fisiologicamente: os bebês possuem 
sistema imunológico imaturo e os idosos possuem 
diminuição da função imunológica. Algumas doenças, como 
leucemias e queimaduras extensas, e alguns tratamentos, 
como as quimioterapias, podem contribuir para a 
depressão da imunidade e, consequentemente, para o 
aumento do risco de o paciente adquirir Iras. 
2 - Visitantes 
 
• Visitantes tanto podem ser veículo de transmissão de 
microrganismo como podem ser o contraente de uma 
infecção ao entrar em contato com o ambiente hospitalar. 
Por esses motivos, crianças menores de 12 anos possuem 
acesso restrito às visitas e é solicitado que os visitantes 
lavem as mãos antes de se aproximar do paciente, 
preferencialmente ao adentrar a unidade. 
3 - Equipe de saúde 
• A principal medida de 
prevenção e controle 
de infecção é a 
higienização das mãos 
antes e depois de 
entrar em contato com 
o paciente e seus 
pertences e 
equipamentos, 
utilizando técnica 
específica. 
4 - Equipamentos 
• Todos os dispositivos 
que entrarem em 
contato com o 
paciente devem ser 
higienizados 
conforme protocolo 
ou instruções do 
fabricante. 
5 - Técnicas de trabalho 
• É importante que a equipe respeite as normas de 
precauções (padrão, por gotículas, por contatos e por 
aerossóis), que não reencape agulhas, que dê o destino 
correto para materiais perfurocortantes, que use os 
equipamentos de proteção individual (EPI) e os 
equipamentos de proteção coletiva (EPC). 
• As boas práticas de biossegurança devem ser entendidas 
como forma de controle e prevenção de Iras. 
6 - Planta física 
 
• LEI N 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986 
 
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de 
enfermagem, cabendo-lhe: 
 I – privativamente: 
 
d) participação em projetos de construção ou reforma 
de unidades de internação. 
 
• É essencial que o enfermeiro fique atento aos pacientes 
que foram diagnosticados com infecção e os mantenha 
distantes de pacientes com comprometimento do sistema 
imunológico. 
 
• Pias distribuídas pela unidade e frascos de álcool gel 
próximos a entrada de cada leito também são medidas 
importantes. 
Álcool 70% , antisséptico 
e desinfetante. 
• O álcool 70% possui 
concentração ótima para 
atividade bactericida, pois a 
desnaturação das proteínas do 
microrganismo (atuam na 
membrana plasmática ou 
parede celular bacteriana, 
inibindo sua síntese e 
provocando sua destruição) 
faz-se mais rapidamente na 
presença da água, porque a 
água facilita a entrada do 
álcool para dentro do 
microrganismo. 
9 - O enfermeiro da Comissão de 
Controle de Infecção Hospitalar 
(CCIH) 
• A Portaria nº 2.616/1998 define as ações de prevenção para as 
Iras. 
• CCIH que tem como função elaborar, implementar, manter e 
avaliar o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar adequado às 
características e necessidades da instituição, formada por 
membros consultores e membros executores. 
• Consultores: profissionais representantes da medicina, da 
enfermagem, da farmácia, do laboratório de microbiologia e da 
administração. 
• Executores: técnicos de nível superior, em número mínimo de 
dois, contando eles obrigatoriamente com a presença do médico e 
do Enfermeiro. 
• A portaria cita que o enfermeiro deverá preferencialmente ser o 
membro executor do programa. 
 
CCIH 
• Baseado nas funções da Portaria 2.616/1998, considera-se 
uma CCIH ativa aquela que realiza: 
• Busca ativa das Iras; 
• Produz taxas associadas das Iras; 
• Faz a investigação de casos e surtos implantando medidas 
• de controle; 
• Padroniza o uso de antimicrobianos; 
• Elabora, aplica treinamentos e supervisiona normas e 
rotinas referentes ao controle e prevenção das Iras; 
• Produz e publica relatórios com os indicadores e taxas das 
Iras, e conta com serviço do laboratório de microbiologia. 
 
• Para que a CCIH possa atuar, ela deve ter livre acesso 
aos setores do hospital e prontuários; 
• Ter contato com o paciente e seu médico quando 
necessário; 
• Solicitar exames complementares que não tenham sido 
pedidos, a fim de esclarecimento de diagnóstico e da 
cadeia epidemiológica das Iras após comunicação com 
o médico responsável pelo paciente; 
• Solicitar outros exames especializados para detectar 
disseminadores, avaliar procedimentos, produtos e 
artigos. (CARDOSO; SILVA, 2004). 
Atividades realizadas pelos 
enfermeiros da CCIH 
• Diagnosticar e notificar os casos de Iras; 
• Identificar os riscos do desenvolvimento de Iras; 
• Inspecionar a aplicação de técnicas assépticas; 
• Avaliar e orientar a implantação de medidas de isolamento e introduzir 
medidas de prevenção da disseminação de microrganismos; 
• Ser um elo entre todos os setores do hospital como disseminador das ações de 
prevenção e controle de infecções; 
• Executar ações de vigilância sanitária nos setores da instituição objetivando 
a identificação de problemas relacionados às Iras, bem como a elaboração de 
medidas preventivas ou corretivas; 
• Realizar a notificação de doenças compulsórias; 
• Colaborar com os serviços de saúde ocupacional; 
• Informar outras instituições sobre casos de Iras transferidos; 
• Realizar ou participar de atividades de ensino sobre o controle de Iras para 
todos os profissionais da instituição (BARBOSA, 2007). 
Métodos de vigilância 
epidemiológica das Iras 
• A portaria 2.616, recomenda o uso da metodologia National 
Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS) para efetuar 
a vigilância epidemiológica das Iras. 
• O NNISS foi estabelecido em 1970 pelo Centro para Controle de 
Doenças (CDC) nos Estados Unidos. 
• Consiste em um método de busca ativa, sistemática e contínua da 
ocorrência e distribuição dos agravos à saúde e dos fatores 
determinantes das Iras. 
• Objetivos: obter taxas que permitam conhecer a realidade 
epidemiológica e a determinação de parâmetros aceitáveis; 
• Detectar surtos antes de uma propagação mais prejudicial; 
• avaliar a eficácia das medidas de prevenção aplicadas; 
• determinar áreas, situações e serviços prioritários (HINRICHEN, 
2013). 
COMPONENTES, OU 
PROTOCOLOS DE VIGILÂNCIA, 
POSSÍVEIS PELO NNISS SÃO: 
• GLOBAL – todos os pacientes são monitorizados em todos 
os sítios. 
• VIGILÂNCIA EM UTI adulta e pediátrica, a vigilância é 
ativa e diária, em que são controlados todos os pacientes 
internados. Em impresso próprio são registrados o número 
de pacientes internados, o número de cateteres vesicais e 
centrais e o uso de ventilação mecânica. A ficha de infecçãoé preenchida sempre que a IRA for diagnosticada, 
independentemente da localização topográfica. O impresso 
para o controle de pacientes e procedimentos deve ser 
preenchido diariamente. O enfermeiro da CCIH é o 
responsável pelo diagnóstico e coleta de dados. 
• VIGILÂNCIA CIRÚRGICA: todos os pacientes 
submetidos a procedimentos cirúrgicos são monitorados 
em todas as localizações topográficas corporais ou apenas 
para infecção da ferida cirúrgica. 
A Portaria 2.616 também indica a 
vigilância por meio de: 
 
• MÉTODOS PROSPECTIVOS, monitoram a ocorrência de infecção 
enquanto o paciente ainda está internado e avaliam o grau de risco no 
momento da sua admissão. Esse tipo de vigilância fornece uma visão 
periódica das IRA; devem ser analisados nas visitas diárias a presença de 
febre, o uso de antimicrobianos, o resultado de culturas positivas e os 
resultados de exames laboratoriais e radiológicos. 
• RETROSPECTIVOS, consistem na revisão de prontuários após a alta do 
paciente. Tem como limitações: qualidade das informações; identificação dos 
pacientes infectados; leva tempo revisar todos os prontuários; não detecta o 
aparecimento de surtos; promove uma distância entre a equipe da CCHI e os 
profissionais que estão na assistência aos pacientes. 
• TRANSVERSAIS, consistem na avaliação de todos os pacientes internados 
no hospital ou em uma unidade em um determinado período de tempo. Esse 
tipo de vigilância tem baixa eficácia, pois não fornece índices endêmicos e é 
difícil para identificar surtos 
Portaria nº 2.616, aponta 
as taxas mais 
importantes de serem 
obtidas e analisadas e as 
que são obrigatórias 
Taxa de IRAS 
• Infecção hospitalar/IRA – o numerador é o número de 
episódios de infecção hospitalar/IRA no período 
considerado e, como denominador, o total de saídas altas, 
óbitos e transferências ou entradas no mesmo período: 
 
Número de episódios de infecção hospitalar/IRA no período 
Total de saídas altas, óbitos e transferências ou entradas no 
mesmo período 
Pacientes com IRA 
• Pacientes com IRA – o numerador é o número de doentes 
que apresentam infecção hospitalar/ IRA no período 
considerado e, como denominador, o total de saídas (altas 
óbitos e transferências ou entradas) no período: 
 
Número de doentes que apresentam infecção hospitalar/ IRA no 
período considerado 
Total de saídas (altas óbitos e transferências ou entradas) no 
período. 
IRA topográfica 
• Distribuição das infecções hospitalares/IRA por 
localização topográfica no paciente – calculada tendo 
como numerador o número de episódios de infecção 
hospitalar/IRA em cada topografia no período 
considerado e, como denominador, o número total de 
episódios de infecção hospitalar/IRA ocorridos no 
período: 
Número de episódios de infecção hospitalar/IRA em cada 
topografia no período 
Número total de episódios de infecção hospitalar/IRA ocorridos 
no período 
Taxa de letalidade 
• Taxa de letalidade associada à infecção hospitalar/IRA é 
calculada tendo como numerador o número de óbitos 
ocorridos de pacientes com infecção hospitalar/IRA no 
período considerado e, como denominador, o número de 
pacientes que desenvolveram IRA no período: 
 
Número de óbitos ocorridos de pacientes com infecção 
hospitalar/IRA no período 
Número de pacientes que desenvolveram IRA no período 
Taxa de infecções por 
procedimentos. 
• taxa de infecções hospitalares por procedimentos/IRA é 
calculada tendo como numerador o número de pacientes 
submetidos a um procedimento de risco que 
desenvolveram infecção hospitalar e, como denominador, 
o total de pacientes submetidos a esse tipo de 
procedimento. Entre essas taxas temos: 
 
• taxa de infecção do sítio cirúrgico de acordo com o 
potencial de contaminação: 
 
 
Número de pacientes submetidos a cirurgia que desenvolveram 
infecção de sítio cirúrgico 
 
Total de pacientes submetidos a cirurgia 
 
• — taxa de infecção após cateterismo vesical: 
 
 
 
Número de pacientes que realizaram cateterismo vesical e 
desenvolveram Infecção do Trato Urinário (ITU) 
 
Total de pacientes submetidos a cateterismo vesical 
 
• — a taxa de pneumonia após uso de ventilação 
mecânica: 
Número de pacientes que utilizaram ventilação mecânica 
e desenvolveram PAV (Pneumonia Associada à Ventilação 
Mecânica) 
 
Total de pacientes submetidos à Ventilação Mecânica 
 
 
 
3 MICROBIOLOGIA DAS IRAS 
PÁG 23 A 38 – APOSTILA DA 1ª UNID. 
Resumo para complementação das Aulas. 
Deve conter todos os agentes etiológicos e abordar todos os 
subitens.

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