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AULA Nº 6 - ENFERMAGEM EM CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO E ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
Prezado aluno,
Sou a Professora Poly, Enfermeira graduada pela Universidade de Brasília (UnB) e Mestre pela Universidade de São Paulo (USP) na linha de Gestão em Serviços de Saúde. Tese de mestrado apresentada na XXIII Conferência Internacional da Federação Européia de Informática médica (MIE-2011) em Oslo- Noruega. Atuei como enfermeira no Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo, e por 5 anos na Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação em Brasília. Atualmente sou Enfermeira da área de Informática e Gestão de negócios na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH/HUB) e Professora Universitária na área da Enfermagem. 
Irei acompanhá-lo nesse momento de estudo a respeito das temáticas: Central de material e Esterilização e Enfermagem em Centro Cirúrgico. Irei dividir os dois temas em dois títulos principais, e logo em seguida cada título em subtítulos. É importante você se assegurar que está preparado para iniciarmos o nosso estudo, e que nada venha a te interromper durante seu raciocínio. Portanto, procure um local adequado e um ambiente em que você esteja confortável para se concentrar.
O material a seguir foi elaborado com as mais atualizadas referências na área e especialmente para a sua aprovação! Tentarei ser sucinta na teoria introdutória bem como no comentário das questões, trazendo assim o que de fato é atual e informações importantes para sua aprovação. Você verá que eu sempre estarei incluindo imagens, tópicos em quadros e algumas palavras sublinhadas, então fique de fato atento a essas observações que serão um diferencial no seu estudo. Todos os tópicos dos subtítulos foram os tópicos cobrados no seu edital. Para os casos em que não há questões comentadas a respeito do assunto eu coloquei uma teoria para direcioná-lo. Ok?
	TITULO DA AULA
	SUBTÍTULOS COM QUESTÕES COMENTADAS
Sempre que ver a figura é porque o assunto é comumente cobrado em provas.
Acrescentei em algumas questões, em especial as de cuidados de enfermagem em pós operatório o tópico “ Vamos diagnosticar? onde cito diagnósticos da NANDA para os casos em questão. E fique atento também quando verificar a figura que significa que vamos citar a legislação, ou seja, uma norma regulamentadora, uma norma do COFEN, e leis em geral. OK?
Vamos começar?
ENFERMAGEM EM CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)
Estrutura Física
O CME é uma unidade de apoio técnico destinada à recepção, expurgo, preparo, esterilização, guarda e distribuição dos materiais para as unidades de assistência à saúde.
Ou seja,
CME é uma Unidade de apoio técnico a todas as unidades assistências
Limpeza
Estocagem
Desinfecção
Recepção e Processamento
Distribuição
Esterilização
Guarda
Segundo a ANVISA uma Central de material de esterilização deve possuir uma cadeia de gestão. Na figura abaixo observamos a estrutura proposta pela ANVISA no que diz respeito a dimensão do serviço dentro de uma CME:
De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC 50/2002, o CME é composto de:
- área de lavagem e descontaminação;
- área de preparo de materiais; 
- área de esterilização; 
- área de armazenamento e distribuição de materiais e roupas esterilizados. 
A área física do CME deve permitir o estabelecimento de um fluxo contínuo e unidirecional do artigo médico hospitalar, evitando o cruzamento de artigos sujos com os limpos e esterilizados, como também evitar que o trabalhador escalado para a área contaminada transite pelas áreas limpas e vice-versa (SOBECC,2009).
Alunos fiquem atentos também quanto a classificação da ANVISA quanto as classes de CME:
CME Classe I- é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento
CME Classe II- é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa, passíveis de processamento
FIQUE LIGADO a única diferença da Classe I para a Classe II é que na Classe II ele também processa artigos de conformação complexa!! 
A RDC 307/2002 afirma que o CME deve existir quando houver: centro cirúrgico, centro obstétrico e/ou ambulatorial, hemodinâmica, emergência de alta complexidade e urgência. 
ATENÇÃO  A unidade pode se localizar fora do Estabelecimento de Assistência à Saúde.
O CME simplificado só pode existir como apoio técnico a procedimentos, que não exijam ambiente cirúrgico para sua realização, frequente em unidades básicas de saúde.
1. (HU-UFGD/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No Centro de Material e Esterilização, o conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas, é chamado de
a) barreira técnica.
b) procedimento operacional.
c) área semi-crítica.
d) comportamento crítico.
e) padrão de área
COMENTÁRIOS:
Na RDC 15 de 2012, no Art. 4º para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as seguintes definições:
I - barreira técnica: conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas;
Portanto, gabarito letra A.
Vamos fazer o seguinte, O Art.4 da RDC 15 de 2012 é um assunto muito cobrado em prova, em algumas situações a resposta é a própria definição na íntegra, como foi o caso dessa questão da AOCP. Então vou colocar logo abaixo uma tabela com todas as 29 definições existentes nesse artigo. Fique Ligado!!
	RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012
Definições do Art.4
	
I- barreira técnica
	conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas;
	
II- carga de maior desafio
	carga utilizada na qualificação de desempenho dos equipamentos, cujo desafio represente o pior cenário na rotina do serviço;
	III- centro de material e esterilização - CME
	unidade funcional destinada ao processamento de produtos para saúde dos serviços de saúde;
	IV - centro de material e esterilização de funcionamento centralizado
	unidade de processamento de produtos para saúde que atende a mais de um serviço de saúde do mesmo gestor;
	IV - centro de material e esterilização de funcionamento centralizado
	unidade de processamento de produtos para saúde que atende a mais de um serviço de saúde do mesmo gestor;
	V - consultório individualizado
	serviço de atendimento individualizado funcionalmente independente de um serviço de saúde;
	VI - controle de qualidade do processamento dos produtos para saúde
	avaliação sistemática e documentada da estrutura e do processo de trabalho e avaliação dos resultados de todas as etapas do processamento de produtos para saúde;
	VI - controle de qualidade do processamento dos produtos para saúde
	avaliação sistemática e documentada da estrutura e do processo de trabalho e avaliação dos resultados de todas as etapas do processamento de produtos para saúde;
	VII - data limite de uso do produto esterilizado
	prazo estabelecido em cada instituição, baseado em um plano de avaliação da integridade das embalagens, fundamentado na resistência das embalagens, eventos relacionados ao seu manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de pacotes, dobras das embalagens), condições de umidade e temperatura, segurança da selagem e rotatividade do estoque armazenado;
	VIII - desinfecção de alto nível
	processo físico ou químico que destrói a maioria dos microrganismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos;
	IX - desinfecção de nível intermediário
	processo físico ou químico que destróimicrorganismos patogênicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos inanimados e superfícies;
	X - detergentes
	produto destinado a limpeza de artigos e superfícies por meio da diminuição da tensão superficial, composto por grupo de substâncias sintéticas, orgânicas, líquidas ou pós solúveis em água que contêm agentes umectantes e emulsificantes que suspendem a sujidade e evitam a formação de compostos insolúveis ou espuma no instrumento ou na superfície;
	XI - embalagem para esterilização de produtos para saúde
	invólucro que permite a entrada e saída do ar e do agente esterilizante e impede a entrada de microorganismos:
	XII - lavadora ultrassônica
	equipamento automatizado de limpeza que utiliza o princípio da cavitação, em que ondas de energia acústica propagadas em solução aquosa rompem os elos que fixam a partícula de sujidade à superfície do produto;
	XIII - limpeza
	remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução da carga microbiana presente nos produtos para saúde, utilizando água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica (manual ou automatizada), atuando em superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro para manuseio e preparado para desinfecção ou esterilização;
	XIV - pré-limpeza
	remoção da sujidade visível presente nos produtos para saúde;
	XV - produtos para saúde críticos
	são produtos para a saúde utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos subepteliais, e sistema vascular, incluindo também todos os produtos para saúde que estejam diretamente conectados com esses sistemas;
	XVI - produtos para saúde semi-críticos
	produtos que entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas;
	XVII - produtos para saúde não-críticos
	produtos que entram em contato com pele íntegra ou não entram em contato com o paciente;
	XVIII - produtos para saúde passíveis de processamento
	produto para saúde fabricado a partir de matérias primas e conformação estrutural, que permitem repetidos processos de limpeza, preparo e desinfecção ou esterilização, até que percam a sua eficácia e funcionalidade;
	XIX - produto para saúde crítico de conformação complexa
	produtos para saúde que possuam lúmem inferior a cinco milímetros ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas;
	XX - produto para saúde de conformação não complexa
	produtos para saúde cujas superfícies internas e externas podem ser atingidas por escovação durante o processo de limpeza e tenham diâmetros superiores a cinco milímetros nas estruturas tubulares;
	XXI - processamento de produto para saúde
	conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades consumidoras;
	XXII - qualificação da instalação
	evidência documentada, fornecida pelo fabricante ou distribuidor, de que o equipamento foi entregue e instalado de acordo com as suas especificações;
	XXIII - qualificação de operação
	evidência documentada, fornecida pelo fabricante ou distribuidor, de que o equipamento, após a qualificação da instalação, opera dentro dos parâmetros originais de fabricação;
	XXIV - qualificação de desempenho
	evidência documentada de que o equipamento, após as qualificações de instalação e operação, apresenta desempenho consistente por no mínimo 03 ciclos sucessivos do processo, com parâmetros idênticos, utilizando-se pelo menos a carga de maior desafio, determinada pelo serviço de saúde;
	XXV - rastreabilidade
	capacidade de traçar o histórico do processamento do produto para saúde e da sua utilização por meio de informações previamente registradas;
	XXVI - resíduos de serviços de saúde
	são todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços de saúde, públicos ou privados, que por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final;
	XXVII - representante legal
	pessoa física investida de poderes legais para praticar atos em nome da pessoa jurídica;
	XXVIII - responsável técnico – RT
	profissional de nível superior legalmente habilitado, que assume perante a vigilância sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço de saúde ou pela empresa processadora, conforme legislação vigente;
	XXIX - unidades satélites
	são unidades dos serviços de saúde que realizam uma ou mais etapas do processamento de produtos para saúde, localizadas fora da estrutura física do CME e subordinadas a este em relação aos procedimentos operacionais.
2. (Conjunto Hospitalar Sorocaba-CHS/CETRO/2014) Em relação aos conhecimentos de enfermagem na Central de Material e Esterilização (CME) e a RDC nº 15/2012, analise as assertivas abaixo.
I. Na sala de desinfecção química, o enxágue dos materiais deve ser realizado com água que atenda aos padrões de potabilidade definidos em normatização específica.
II. O CME deve realizar a monitorização dos parâmetros indicadores de efetividade dos desinfetantes para artigo semicrítico, como concentração, pH ou outros, no mínimo uma vez por semana.
III. É proibido o uso de autoclave gravitacional de capacidade superior a 100 litros.
IV. É permitido alteração dos parâmetros estabelecidos na qualificação de operação e de desempenho de qualquer ciclo dos equipamentos de esterilização sob supervisão técnica.
V. O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização.
É correto o que se afirma em
a) II e IV, apenas.
b) I, III e V, apenas.
c) II, IV e V, apenas.
d) I e V, apenas.
e) II e V, apenas.
COMENTÁRIOS:
Vou comentar cada questão para chegarmos à assertiva CORRETA:
I- Verifique que o artigo da RDC nº 15 está na íntegra: Art. 87 Na sala de desinfecção química o enxágue dos produtos para saúde deve ser realizado com água que atenda aos padrões de potabilidade definidos em normatização específica. CORRETO
II- Art 90 da RDC nº 15 diz O CME deve realizar a monitorização dos parâmetros indicadores de efetividade dos desinfetantes para artigo semicrítico, como concentração, pH ou outros, no mínimo 1 vez ao dia, antes do inicio das atividades. INCORRETO
III- Art. 91 na íntegra é: É proibido o uso de autoclave gravitacional de capacidade superior a 100 litros. CORRETO
IV-Segundo o Art. 94 Não é permitido à alteração dos parâmetros estabelecidos na qualificação de operação e de desempenho de qualquer ciclo dos equipamentos de esterilização. Verifique a a norma não especifica se pode com a supervisão técnica, e veta a permissão. Portanto, INCORRETO
V- Isso mesmo! Olha o Art. 97: O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização. CORRETO
Gabarito letra B.
Essa questão era a própria documentação da norma. Portanto indico que após a realização dessa aula leiam novamente toda a norma para que fixe ainda mais o conteúdo.
3. (Prefeitura de Várzea Alegre – CE/URCA/2014) De acordo com as orientações gerais para a Central de Esterilização do Ministério da Saúde, todo processo de desinfecção e esterilização deve ser precedido pela limpeza e secagem rigorosas dos artigos. Do conceito de Desinfecção e esterilização de artigos todos estão correto, EXCETO:
a) Considera se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microorganismo contaminantes é menor do que 1:1000.000.
b) Desinfecção de nível intermediário possui ação bactericida e virucida, inclusive contra o bacilo da tuberculose, mas não destrói esporos.
c) O método e o tipo de desinfecção deve ser escolhido de acordo com o Artigo.
d) A esterilização só pode ser feita por meio de processo físico.
COMENTÁRIOS:
a) Convencionalmente considera-se um artigoestéril quando a probabilidade de
sobrevivência dos microorganismos contaminantes é menor do que 1:1.000.000. A
exposição de um artigo a um agente esterilizante, não garante a segurança do
processo, uma vez que esta depende de limpeza eficaz (Brasil 2001). CORRETO
b) Processo físico ou químico que destrói microrganismos patogênicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos inanimados e superfícies inclusive o bacilo da tuberculose. CORRETO
c) Isso mesmo! O método e o tipo de desinfecção deve ser escolhido de acordo com o Artigo. CORRETO
d) esse item é a exceção e portanto o item INCORRETO, veja porque:
Segue abaixo alguns dos métodos de esterilização. O método químico será explicitada melhor em outra questão. Porém guarde que existem os métodos físicos, químicos e físico-químicos de esterilização!
MÉTODOS FÍSICOS 
Esterilização por vapor
O vapor quente sob pressão é o método mais usado para esterilização de materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. Por esses motivos, deve ser usado para todos os itens que não sejam sensíveis ao calor e à umidade. O calor úmido destrói os micro-organismos por coagulação e desnaturação irreversíveis de suas enzimas e proteínas estruturais. Este tipo de processo é realizado em autoclaves. As autoclaves  podem ser divididas segundo os tipos abaixo:
Gravitacional - O vapor é injetado forçando a saída do ar. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar umidade ao final pela dificuldade de remoção do ar. As autoclaves verticais são mais indicadas para laboratórios. Na venturi, o ar é removido através de uma bomba. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar umidade pelas próprias limitações de remoção do ar do equipamento. 
Alto vácuo - Introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo. É mais seguro que o gravitacional devido a alta capacidade de sucção do ar realizada pela bomba de vácuo. 
Esterilização por calor seco
Este método é reservado somente aos materiais sensíveis ao calor úmido. Guarda suas vantagens na capacidade de penetração do calor e na não corrosão dos metais e dos instrumentos cortantes, sendo porém um método que exige maior tempo de exposição para alcançar seus objetivos, por oxidação dos componentes celulares. Abaixo, alguns exemplos de temperatura e respectivo tempo de exposição necessário:
	Temperatura
	Tempo
	171°C
	60 minutos
	160°C
	120 minutos
	149°C
	150 minutos
	141°C
	180 minutos
	121°C
	12 horas
MÉTODOS FÍSICO-QUÍMICOS 
De forma geral, os métodos físico-químicos são processos realizados com baixas temperaturas. A esterilização a baixa temperatura é requerida para materiais termo sensíveis e/ou sensíveis à umidade. O método ideal não existe e todas as tecnologias têm limitações.
Óxido de etileno
É quase que exclusivamente utilizado para esterilização de equipamentos que não podem ser autoclavados. A efetividade do processo depende da concentração do gás, da temperatura, da umidade e do tempo de exposição. Age por alcalinização de proteínas, DNA e RNA. As desvantagens para sua aplicação são o tempo necessário para efetivar o processo, o custo operacional e os possíveis riscos aos pacientes e aos profissionais envolvidos. Apresenta potencial carcinogênico e mutagênico, genotoxicidade, podendo alterar sistema reprodutor e nervoso e, ainda, causar sensibilização aos profissionais envolvidos no processo, devendo haver supervisão médica constante nos mesmos.
Radiação ionizante
Método extremamente caro de esterilização, tendo sido usado para tecidos destinados a transplantes, drogas, entre outros. Para outros artigos, perde para o óxido de etileno, justamente devido a seu custo. As vantagens do processo estão em permitir aos produtos serem tratados na sua embalagem de transporte e também no fato dos prestadores de serviço possuírem irradiadores de grande porte, onde pallets inteiros são processados ao mesmo tempo sem a necessidade de desconfigurar a carga, e os produtos não necessitam retornar ao fabricante inicial para serem reembalados. Nesta condição, podem ser despachados diretamente para o consumidor final reduzindo substancialmente os custos de logística.
Esse item foi bem fácil. Gabarito letra E.
4. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) Em relação à esterilização pelo óxido de etileno, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) É um método químico de esterilização.
b) Utiliza o Bacillus subtilis como indicador biológico.
c) A aeração é uma das etapas deste processo de esterilização.
d) O gás óxido de etileno pode causar irritação na pele e nas mucosas.
e) Necessita de adição de estabilizantes como o dióxido de cloro ou hidroclorofluorocarboneto.
COMENTÁRIOS:
Essa é uma questão interessante e complexa. Vamos aos itens:
a) O Item está INCORRETO porque esse método é considerado físico químico. Observe a tabela abaixo para você gravar:
	MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
	ALTERNATIVAS
	Métodos físicos
	vapor saturado/autoclaves  
calor seco 
Raios Gama/Cobalto  
	Métodos químicos  
	Glutaraldeído  
Formaldeído  
Ácido peracético  
	Métodos físico químicos
	Esterilizadoras a Óxido de Etileno (ETO)  
Plasma de Peróxido de Hidrogênio  
Plasma de gases (vapor de ácido peracético e peróxido de hidrogênio; oxigênio, hidrogênio e gás argonio)   
Vapor de Formaldeído  
b) Isso mesmo para esse processo o Bacillus subtilis é considerado como indicador biológico. Item CORRETO
c) Etapas do processo de estrilização com óxido de etileno são:
 Carregamento da Câmara
 Aquecimento da Câmara
 Programação do Ciclo de Esterilização
 Remoção do Ar por Alto Vácuo e Injeção de N2
 Umidificação
 Injeção do Gás Óxido de Etileno
 Tempo de Exposição
Remoção do Gás por Alto Vácuo e Injeção de N2
 Aeração
Portanto letra c) CORRETO
d)- O óxido de etileno C2H4O é um gás incolor à temperatura ambiente, é altamente inflamável. Em sua forma líquida é miscível com água, solventes orgânicos comuns, borracha e plástico. Para que possa ser utilizado o óxido de etileno é misturado com gases inertes, que o torna não-inflamável e não-explosivo. O óxido de etileno é irritante da pele e mucosas, provoca distúrbios genéticos e neurológicos. É um método, portanto, que apresenta riscos ocupacionais. Item CORRETO.
e)- os clorofluorocarbonados são usados como estabilizadores em combinação com o Óxido de Etileno e a Agência de Proteção Ambiental Americana baniu a produção dos clorofluorocarbonados. As alternativas menos prejudiciais ao ambiente são:  
- 8,5% de Óxido de Etileno e 91,% de Dóxido de Carbono  
- Msitura de Óxido de Etileno com hidroclorofluorocarbonados  
- 100% de Óxido de Etileno. Item CORRETO.
Portanto gabarito letra A.
Recursos Humanos e materiais
Vou deixar aqui na íntegra a Seção II da RDC n° 15 de 2012 com os seus devidos artigos. São apenas 3 artigos. Por isso leia com atenção: 
Art. 27 Todas as etapas do processamento de produtos para saúde devem ser realizadas por profissionais para os quais estas atividades estejam regulamentadas pelos seus conselhos de classe.
Art. 28 O CME e a empresa processadora devem possuir um Profissional Responsável de nível superior, para a coordenação de todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos para a saúde, de acordo com competências profissionais definidas em legislação especifica.
Parágrafo único. O responsável pelo CME Classe II deve atuar exclusivamente nesta unidade durante sua jornada de trabalho.
Art. 29 Os profissionais da CME e da empresa processadora devem receber capacitação específica e periódica nos seguintes temas:
I - classificação de produtos para saúde;
II - conceitos básicos de microbiologia;
III - transporte dos produtos contaminados;
IV - processo de limpeza, desinfecção, preparo, inspeção, acondicionamento,embalagens, esterilização, funcionamento dos equipamentos existentes;
V - monitoramento de processos por indicadores químicos, biológicos e físicos;
VI - rastreabilidade, armazenamento e distribuição dos produtos para saúde;
VII - manutenção da esterilidade do produto.
A Resolução do COFEN nº 293/04 fixa e estabelece parâmetros para o Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituições de Saúde e Assemelhados e para o dimensionamento de pessoal de Enfermagem (Enfermeiros,Técnicos e Auxiliares ) e em uma Central de Material, deve se considerar os serviços: Expurgo, Preparo, Esterilização, Distribuição e Arsenal, levando em conta a JST e todas as particularidades da Instituição .
Classificação dos artigos médico-hospitalares
Vamos retomar o assunto sobre classificação dos artigos médicos hospitalares, esse assunto já foi mencionado do quadro de definições da RDC nº 15, lembra? Então, como esse assunto é muito cobrado em provas de concurso iremos retomá-lo com as questões comentadas.
Esta classificação é realizada conforme o grau de contato do artigo com o organismo humano e indicados métodos com capacidade progressiva de descontaminação e processamento a fim de sua utilização seja realizada com segurança. 
De acordo com a definição clássica de Spaulding os artigos médico- hospitalares didaticamente podem ser classificados em: 
CRÍTICOS
SEMI CRÍTICOS
NÃO CRÍTICOS
Dica do dia: mentalize o quadro abaixo e certamente essa questão poderá te levar à aprovação:
Vamos como esse tema é cobrado em algumas questões:
5. (HUPES-UFBA/EBSERH/IADES/2014) De acordo com o grau de risco de aquisição de infecções, os artigos hospitalares são classificados em críticos, semicríticos e não críticos. A esse respeito, assinale a alternativa que indica artigos críticos.
a) Inaladores e termômetros.
b) Máscaras de ambu e PVC.
c) Cânula endotraqueal e comadres.
d) Endoscópio do trato digestivo e artroscópio.
e) Instrumental cirúrgico e tubos de látex.
COMENTÁRIO:
Vou deixar alguns exemplos porque sei que dessa forma na hora da prova você irá lembrar das imagens de cada classificação. Veja:
	
ARTIGOS CRÍTICOS
	
	
ARTIGOS SEMI CRÍTICOS
	
	
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS
	
Portanto conforme foi mencionado anteriormente, segundo a classificação de Spaulding os artigos críticos são instrumental cirúrgico e tubos de látex. Gabarito letra E.
6. (HUAC-UFCG/COMPROV/2014) Sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de desinfecção de alto nível, após a limpeza
b) São considerados produtos para saúde semicríticos: produtos que entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas
c) O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização
d) Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, poderão ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a base de aldeídos
e) As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no mínimo, anualmente
COMENTÁRIOS:
e b)- Segundo a ANVISA Artigo semi-crítico é aquele que entra em contato com a pele não íntegra ou com mucosa. Requer desinfecção de alto nível ou esterilização para uso. Exemplos: equipamentos de terapia respiratória e de anestesia, endoscopia. ITENS CORRETOS.
c)- Isso mesmo, é o artigo da RDC na íntegra.
d)- Fique atento a esse item porque essa foi uma inovação da RDC n° 15 de 2012. Art. 13 Parágrafo único. Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, NÃO poderão ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes à base de aldeídos. Portanto, INCORRETO
e) As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no mínimo, anualmente. ITEM CORRETO. E pode ser cobrado em prova utilizando outra freqüência, por isso lembre-se que é ANUALMENTE!
Gabarito letra D.
Processamento do material
O fluxo no CME deve ser prático e contínuo, por isso a equipe e o material deverão seguir um fluxograma unidirecional, ou seja, a direção é de uma região contaminada para uma limpa. A estrutura física dos Estabelecimentos de Assistência à Saúde e as legislações sanitárias são questões de extrema importância e podem ser designadas como elementos essenciais para a dinâmica de funcionamento do CME, pois uma planta física adequada proporcionará um fluxo unilateral, que é exigido pelas leis sanitárias.
7. (HU-UFMS/ EBSERH/Instituto AOCP/2014) No que se refere ao fluxo do material no interior da Central de Material Esterilização (CME), assinale a alternativa que corresponda à sequência correta recomendada.
a) Acondicionamento – Limpeza – Seleção – Esterilização – Distribuição.
b) Limpeza – Seleção – Esterilização – Acondicionamento – Distribuição.
c) Seleção – Acondicionamento – Limpeza – Esterilização – Distribuição.
d) Limpeza – Seleção – Acondicionamento – Esterilização – Distribuição.
e) Seleção – Limpeza – Acondicionamento – Esterilização – Distribuição.
COMENTÁRIO:
Segundo a figura acima que representa a orientação da SOBECC de 2009. Teremos: o seguinte fluxo:
Recepção (Seleção entre artigos sujos, roupas ou artigos limpos0 Limpeza e secagem dos artigos sujos Acondicionamento Esterilização Distribuição
Essa foi fácil. Gabarito letra E!
Inspeção, Preparo e Acondicionamento dos produtos para
saúde. 
Os materiais enviados para processamento na Central de Materiais e Esterilização (CME) da instituição devem ser passíveis de limpeza e desinfecção ou esterilização. È imprescindível que seja feita uma avaliação dessas condições para proceder ao processamento do artigo. Artigos que possuam em suas características componentes que não possam ser submetidos às etapas do reprocessamento devem ser recusados pelo setor. Exemplos desses artigos:
• Artigos com componentes em madeira (ex. instrumentais cirúrgicos, espátulas, palitos entre outros);
• Artigos que não possuam registro no Ministério da Saúde na classe de artigo médico
hospitalar (ex. luvas cortadas, pedaços de plástico, tampas diversas).
Veja abaixo os artigos da RDc n° 15 e as orientações sobre esse processo de inspeção, preparo e acondicionamento dos produtos: 
Art. 76 A limpeza dos produtos para saúde, seja manual ou automatizada, deve ser avaliada por meio da inspeção visual, com o auxílio de lentes intensificadoras de imagem, de no mínimo oito vezes de aumento, complementada, quando indicado, por testes químicos disponíveis no mercado.
Art. 77 O CME e a empresa processadora devem utilizar embalagens que garantam a manutenção da esterilidade do conteúdo, bem como a sua transferência sob técnica asséptica.
Art. 78 As embalagens utilizadas para a esterilização de produtos para saúde devem estar regularizadas junto à Anvisa, para uso especifico em esterilização.
Art. 79 Não é permitido o uso de embalagens de papel kraft, papel toalha, papel manilha, papel jornal e lâminas de alumínio, assim como as embalagens tipo envelope de plástico transparente não destinadas ao uso em equipamentos de esterilização.
Art. 80 A selagem de embalagens tipo envelope deve ser feita por termoseladora ou conforme orientação do fabricante.
Art. 81 Não é permitido o uso de caixas metálicas sem furos para esterilização de produtos para saúde.
Art. 82 O CME que utiliza embalagem de tecido de algodão, deve possuir um plano contendo critérios de aquisição e substituição do arsenal de embalagem de tecido mantendo os registros desta movimentação.
Parágrafo único. Não é permitido o uso de embalagens de tecido de algodão reparadas com remendos ou cerzidas e sempre que for evidenciada a presença de perfurações, rasgos, desgaste do tecido ou comprometimentoda função de barreira, a embalagem deve ter sua utilização suspensa.
Art. 83 É obrigatória a identificação nas embalagens dos produtos para saúde submetidos à esterilização por meio de rótulos ou etiquetas.
Art. 84 O rótulo dos produtos para saúde processados deve ser capaz de se manter legível e afixado nas embalagens durante a esterilização, transporte, armazenamento, distribuição e até o momento do uso.
Art. 85 O rótulo de identificação da embalagem deve conter:
I - nome do produto;
II - número do lote;
III - data da esterilização;
IV - data limite de uso;
V - método de esterilização;
VI - nome do responsável pelo preparo.
Monitorização e validação do processo de esterilização
Monitorar o processo requer etapas, são elas:
 Qualificação operacional no momento da instalação
 Controle rotineiro do equipamento
 Checagem da função do equipamento após consertos, reformas, grandes mudanças no tipo de carga e/ou embalagens.
Todos os procedimentos executados, bem como as condições dos ciclos, disposição das cargas, tipos de artigos e embalagens, devem fazer parte de um relatório. Ao término do processo deverão ser feitas recomendações com os relatórios checados pelo Controle de Infecção Hospitalar da Instituição. 
O controle rotineiro das cargas e dos esterilizadores são de vital importância para a qualidade do processamento. Este controle será feito por:
Novamente coloco a RDC n° 15 com os seus respectivos artigos agora a respeito da monitorização do processo de esterilização dos artigos, para dessa forma revisarmos a legislação vigente sobre o assunto: 
Art. 96 O monitoramento do processo de esterilização deve ser realizado em cada carga em pacote teste desafio com integradores químicos (classes 5 ou 6), segundo rotina definida pelo próprio CME ou pela empresa processadora.
Art. 97 O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização.
Art. 98 No monitoramento do processo de esterilização dos produtos para saúde implantáveis deve ser adicionado um indicador biológico, a cada carga.
Parágrafo único. A carga só deve ser liberada para utilização após leitura negativa do indicador biológico.
Art. 99 O monitoramento do processo de esterilização com indicador biológico deve ser feito diariamente, em pacote desafio disponível comercialmente ou construído pelo CME ou pela empresa processadora, que deve ser posicionado no ponto de maior desafio ao processo de esterilização, definido durante os estudos térmicos na qualificação de desempenho do equipamento de esterilização.
Art. 100 A área de monitoramento do processamento de produtos para saúde deve dispor de sistema para guarda dos registros dos monitoramentos
Outros Conceito importantes
Outro tema que cai bastante em provas de concurso são os conceitos. Portanto fiquem atentos.
Entendamos inicialmente que o CME constitui um ambiente de trabalho que apresenta riscos ocupacionais, que expõem os profissionais da saúde a fluidos corpóreos veiculadores de microorganismos, substâncias orgânicas e inorgânicas contaminadas. Por isso, há a importância da utilização de equipamentos de proteção individual (EPI). O uso de EPI neste setor diminui o risco de contato direto da pele e mucosas com qualquer material contaminado e os produtos químicos necessários ao processo.
Os conceitos abaixo são os mais cobrados sobre esse tema. Observe os sublinhados para entender a diferença entre os conceitos:
Limpeza é a remoção mecânica de sujidade em objetos inanimados ou superfícies, imprescindível antes da execução de processos de desinfecção e/ou esterilização. 
Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.
Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes. Portanto, é a destruição de micro-organismos existentes nas camadas superficiais ou profundas da pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergenico e passível de ser aplicado em tecido vivo.
Os detergentes sintéticos não-iônicos praticamente são destituídos de ação germicida. Sabões e detergentes sintéticos aniônicos exercem ação bactericida contra microorganismos muito frágeis como o Pneumococo, porém, são inativos para Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e outras bactérias Gram negativas. Consequentemente, sabões e detergentes sintéticos (não iônicos e aniônicos) devem ser classificados como degermantes, e não como antissépticos.
 
Degermação: Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de microorganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão. Ou seja, É a remoção de detritos e impurezas depositados sobre a pele (superficiais). Sabões e detergentes sintéticos, graças a sua propriedade de umidificação, penetração, emulsificação e dispersão, removem mecanicamente a maior parte da flora microbiana existente nas camadas superficiais da pele, também chamada flora transitória.
Fumigação: é a dispersão sob forma de partículas, de agentes desinfectantes como gases, líquidos ou sólidos.
Desinfecção é processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos, podendo ser de baixo, médio ou alto nível.
Desinfecção de baixo nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, alguns vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies, sem atividade contra micobactérias ou esporos bacterianos. 
Desinfecção de médio nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, micobactérias, maioria dos vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies. 
Desinfecção de alto nível: processo físico ou químico que destrói todos os microrganismos de objetos inanimados e superfícies, exceto um número elevado de esporos bacterianos.
Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.
Esterilizantes: são meios físicos (calor, filtração, radiações, etc) capazes de matar os esporos e a forma vegetativa, isto é, destruir todas as formas microscópicas de vida.
Germicidas: são meios químicos utilizados para destruir todas as formas microscópicas de vida e são designados pelos sufixos "cida" ou "lise", como por exemplo, bactericida, fungicida, virucida, bacteriólise etc.
Na rotina, os termos antissépticos, desinfetantes e germicidas são empregados como sinônimos, fazendo que não haja diferenças absolutas entre desinfetantes e antissépticos. Entretanto, caracterizamos como antisséptico quando a empregamos em tecidos vivo e desinfetante quando a utilizamos em objetos inanimados. 
Veja como esse assunto é comumente cobrado em questões:
8. (CAIPIMES/FUMUSA/2014) As funções primárias das embalagens são permitir a esterilização do conteúdo, mantê-los esterilizados até que sejam utilizados; e permitir a retirada asséptica do material, protegendo-o de possíveis adversidades. Considerando as características de uma embalagem ideal, analise as afirmativas abaixo, dê valores verdadeiro (V) ou falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
( ) Deve permitir adequada penetração e remoção do agente esterilizante.
( ) Apresentar bom custo-benefício.
( ) Deve ter alta memória, facilitando a abertura dos pacotes.
( ) Deve ser apropriada ao método de esterilização escolhido.
a) V – V – V – V
b) V – V – F – V
c) V – F – F – V
d) F – V – F – V
COMENTÁRIOS: 
Para responder vou retornar a teoria.OK?
A embalagem do material a ser esterilizado constitui vital importância durante e após o processo de esterilização para garantir a qualidade e a longevidade da esterilidade do produto. Na escolha da embalagem mais adequada ao material a ser processado, devemos observar as seguintes recomendações:
A embalagem deve ser apropriada para o material.
Deve ser apropriada para o método de esterilização.
Deve proporcionar selagem adequada.
Deve proporcionar barreira microbiana.
Deve ser compatível às condições físicas do processo de esterilização.
Deve ser resistente as condições físicas do processo de esterilização.
Deve permitir adequada remoção do ar.
Deve permitir a penetração do agente esterilizante
Deve permitir a remoção do agente esterilizante
Deve proteger o conteúdo do pacote de danos físicos
Deve resistir a rasgos
Deve ser livre de furos
Deve ser livre de ingredientes tóxico.
Deve ser isento de particulado.
Deve ser usada de acordo com as instruções escritas do fabricante.
Deve apresentar custo-benefício positivo.
As embalagens mais comuns no mercado e geralmente adequadas à maioria dos materiais-hospitalares são o papel grua cirúrgico, o tecido-não-tecido (SMS) e os containeres metálicos. O campo de algodão também pode ser utilizado, desde que respeitadas às características segundo normas ABNT NBR 13546 (o campo duplo tem a finalidade de proteger e acondicionar materiais) e NBR 14028 (confecção de campo duplo). É possível limpar o material sem esterilizá-lo; mas é impossível esterilizar um material sem antes limpá-lo corretamente. 
Portanto, gabarito letra B. Apenas o item que diz que a embalagem deve ter alta memória, facilitando a abertura dos pacotes é incorreto.
9. (HUCAM-UFES/EBSERH/Instituto AOCP/2014) O processo físico ou químico que destrói a maioria dos micro-organismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos é chamado de
a) esterilização.
b) assepsia.
c) descontaminação.
d) desinfecção de alto nível.
e) limpeza terminal.
COMENTÁRIO
Vamos retomar o conceito, pois dessa forma você não vai esquecer: Desinfecção de alto nível: processo físico ou químico que destrói todos os microrganismos de objetos inanimados e superfícies, exceto um número elevado de esporos bacterianos. Gabarito letra D.
10. (UFRN/COMPERVE/2012) Diversos tipos de microrganismos comportam-se de maneira diferente diante dos processos de desinfecção e esterilização. Alguns apresentam-se mais resistentes que outros. A opção que apresenta os microrganismos em ordem crescente de resistência à desinfecção e à esterilização é:
a) Esporos bacterianos, Fungos e Bactérias vegetativas.
b) Micobactérias, Prions e Fungos.
c) Prions, Micobactérias e Esporos bacterianos.
d) Micobactérias, Esporos bacterianos e Prions.
COMENTÁRIO:
No geral temos a seguinte ordem crescente considerando a resistência:
Vírus lipídicos, bactérias vegetativas, fungos, vírus não lipídicos, Mycobacterias, Esporos bacterianos e príons.
Portanto gabarito letra D. Micobactérias Esporos bacterianos Prions
11. (HC-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) A infecção nosocomial pode ser compreendida como uma infecção clínica, de forma ativa, que ocorre em pacientes internados, e não estava presente nesse indivíduo antes de se internar, ou seja, antes de ser admitido em um ambiente hospitalar. Os métodos para diminuir esta infecção são: assepsia, desinfecção e esterilização. A esterilização consiste em
a) limpeza ao final das cirurgias.
b) processo de destruição de parte dos micro-organismos, não incluindo os esporos.
c) evitar a transmissão de infecção altamente contagiosa, que pode se disseminar através do ar ou vias de contato.
d) ser o único meio de destruição dos micro-organismos em todas as formas que podem ser feitas por vapor, radiação e gás de óxido de etileno.
e) ser o único meio técnico que se tem para diminuir as infecções nosocomiais. Dependem, exclusivamente, da consciência do profissional de saúde em todas as áreas.
COMENTÁRIOS: 
Vamos apenas retomar o conceito acima descrito de esterilização que conseguimos responder a questão:
Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.
a)- a esterilização vai muito além de apenas realizar a limpeza
b)- não destrói apenas parte dos micro organismos
c)- a disseminação de infecção pelo ar não é evitada pela esterilização. Fique atento aos detalhes da questão!
d)- de fato é o único meio de destruição de todas as formas de vida microbiana! CORRETO
e)- para diminuir as infecções nosocomiais podemos ter diversos meios técnicos dentre eles o cuidado da equipe de enfermagem por exemplo através da lavagem das mãos.
Gabarito letra D.
12. (HC-FMB–UNESP/CAIPIMES/2013/RP) Escolha a frase correta sobre a desinfecção.
a) Consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os esporos.
b) É o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados.
c) É a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a esterilização.
d) É a remoção completa de micro-organismos, sendo o processo que mantém materiais e líquidos livres de pirogênios.
COMENTÁRIO:
Item A. Desinfecção consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os esporos.
Itens B e D. Esterilização é o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados.
Item C. Limpeza é a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a desinfecção ou esterilização.
Gabarito letra A.
13. (CISMEPAR-PR/AOCP/2011/RP) Em relação aos tipos de produtos químicos utilizados em limpeza de superfícies fixas, relacione as colunas e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.
1. Produtos tensoativos e detergentes.
2. Produtos alvejantes.
3. Produtos desincrustantes e enzimáticos.
4. Produtos desinfetantes.
( ) Geralmente à base de cloro, buscam, além de algum efeito desinfetante, o clareamento de determinados pisos.
( ) Tem em sua formulação enzimas que facilitam a remoção de sujidades. São mais utilizados para a limpeza de artigos e não de superfícies, pois os objetos precisam nele ficar submersos por um período de tempo.
( ) Utilizados na presença de matéria orgânica visível em qualquer superfície e em locais e instalações que possam constituir risco de contaminação para pacientes e funcionários, devido presença frequente de descarga de excreta, secreção ou exsudação de material orgânico.
( ) São os produtos que contêm necessariamente em sua formulação substâncias que têm a finalidade de limpar através da redução da tensão superficial (umectação), dispersão e suspensão da sujeira.
a) 2 – 3 – 1 – 4. b) 2 – 3 – 4 – 1. c) 3 – 4 – 1 – 2. d) 4 – 2 – 3 – 1. e) 1 – 3 – 4 – 2.
COMENTÁRIOS:
Segundo disposições da Anvisa, os tipos de produtos químicos utilizados em limpeza de superfícies fixas são os seguintes:[1: 	 Anvisa (disponível em http://www.ccih.med.br/Caderno%20E.pdf).]
	1. Produtos tensoativos e detergentes 
	são os produtos que contêm necessariamente em sua formulação substâncias que têm a finalidade de limpar através da redução da tensão superficial (umectação), dispersão e suspensão da sujeira.
	2. Produtos alvejantes 
	geralmente à base de cloro, buscam, além de algum efeito desinfetante, o clareamento de determinados pisos.
	3.Produtos desincrustantes e enzimáticos 
	tem em suaformulação enzimas que facilitam a remoção de sujidades. São mais utilizados para a limpeza de artigos e não de superfícies, pois os objetos precisam nele ficar submersos por um período de tempo.
	4. Produtos desinfetantes 
	- utilizados na presença de matéria orgânica visível em qualquer superfície e em locais e instalações que possam constituir risco de contaminação para pacientes e funcionários, devido presença frequente de descarga de excreta, secreção ou exsudação de material orgânico.
Gabarito letra B.
14. (Instituto INES/AOCP/2012/RP) Sobre os desinfetantes hospitalares, assinale a alternativa correta.
a) Quaternários de Amônia são responsáveis pela inativação do sistema enzimático e perda de metabólitos essenciais pela parede celular.
b) Fenólicos são responsáveis pela inativação de enzimas produtoras de energia, desnaturação de proteínas celulares e ruptura de membrana celular.
c) Compostos inorgânicos liberadores de sódio ativo são responsáveis pela inibição de reação enzimática básica da célula, desnaturação de proteína e inativação de ácidos nucleicos.
d) O álcool induz à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do metabolismo essencial para a rápida divisão celular.
e) Compostos inorgânicos liberadores de potássio ativo induzem à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do metabolismo essencial para a rápida divisão celular.
COMENTÁRIO:
Vamos descrever, no quadro abaixo, os principais desinfetantes hospitalares.
	Princípios Ativos Utilizados nos Desinfetantes Hospitalares: 
	Álcool (etílico e Isopropílico)
	mecanismo de ação: induz à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do metabolismo essencial para a rápida divisão celular;
espectro de ação: são bactericidas, tuberculocidas, fungicidas e virulicidas; mas não são esporicidas;
concentração de uso: álcool etílico a 70% em peso;
indicação de uso: desinfecção de nível intermediário de artigos e superfícies com tempo de exposição de 10 minutos na concentração indicada. Ex.: ampolas de vidros, termômetros retal e oral, estetoscópios, superfícies externas de equipamentos metálicos, camas, macas, colchões, bancadas etc.
	Fenólicos
	mecanismo de ação: inativação do sistema enzimático e perda de metabólitos essenciais pela parede celular; 
espectro de ação: bactericida, fungicida, virulicida (HIV) e tuberculicida;
concentração: são encontradas em concentrações de 1 a 7%; sendo a de 5% a mais utilizada;
uso: desinfecção de superfícies e artigos metálicos e de vidro em nível médio, ou intermediário e baixo, com tempo de exposição de 10 minutos para superfícies e de 30 minutos para artigos, na concentração indicada pelo fabricante;
atenção: não são recomendados para artigos que entram em contato com o trato respiratório, alimentos, berçário, nem com objetos de látex, acrílico e borrachas. Pelo efeito residual são ativos na presença de matéria orgânica. 
	Quaternários de Amônia
	são indicados para desinfecção de superfícies em berçários e unidades de manuseio de alimentos: 
mecanismos de ação: inativação de enzimas produtoras de energia, desnaturação de proteínas celulares e ruptura de membrana celular;
 espectro de ação: fungicida, bactericida, virulicida; 
concentração de uso: recomendada pelo fabricante; 
indicação: desinfecção de baixo nível: tempo de exposição de 30 minutos, na concentração indicada pelo fabricante. 
	Compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo (Hipoclorito de sódio/cálcio/lítio) 
	promove desinfecção de nível médio.
mecanismos de ação: inibição de reação enzimática básica da célula, desnaturação de proteína e inativação de ácidos nucléicos; expectro de ação: virulicida, bactericida, microbactericida e esporicida para um grande número de esporos; 
concentração de uso: 0,02 a 1%, dependendo da indicação de uso; 
indicação: desinfecção de lactários, cozinhas, depósitos de água, material de inaloterapia e oxigenoterapia na concentração de 0,02% e tempo de contato de 60 min. Desinfecção de superfície de unidade de diálise, hemodiálise, banco de sangue, laboratórios na concentração de 1% por 10 minutos;
observação: o uso é limitado pela presença de matéria orgânica, capacidade corrosiva e descolorante, não devendo ser usado em metais e mármore. 
	Solução de Iodo
	espectro de ação: bactericida, tuberculicida, fungicida, virulicida, não esporicida;
concentração de uso: álcool iodado a 0,5% e tempo de contato de 10 minutos;
indicação: na desinfecção de nível intermediário. Ampolas de vidro, estetoscópio, otoscópio, superfícies externas de equipamentos, partes metálicas de incubadora etc;
recomendações: após o tempo de contato, removê-lo friccionando álcool, para evitar os efeitos corrosivos do iodo. As soluções devem ser acondicionados em frascos escuros, fechados e guardados em locais frescos;
efeito residual de 2 a 4 horas;
ação neutralizada pela presença de matéria orgânica.
	Glutaraldeído
	promove desinfecção de alto nível;
mecanismos de ação: altera o DNA, RNA e síntese protéica;
espectro de ação: bactericida, fungicida, microbactericida e esporicida;
concentração: 2% por 30 minutos;
indicação: endoscópios de fibra ótica de alto risco (enxaguar com água estéril); artigos não descartáveis, metálicos ou corrosivos por hipoclorito; instrumental termo-sensível; equipamentos de aspiração etc.;
recomendações: materiais demasiadamente porosos como os de látex podem reter o glutaraldeído, caso não haja bom enxágue.
Apresenta atividade germicida em presença de matéria orgânica, entretanto, materiais colocados no glutaraldeído sem limpeza prévia apresentam impregnação de sangue e secreções pela formação de precipitados, dificultando a limpeza de maneira especial. O produto deve ser manipulado em local arejado e com uso de EPI.
Itens A e B. Os termos estão invertidos. Os quaternários de amônia são responsáveis pela inativação de enzimas produtoras de energia, desnaturação de proteínas celulares e ruptura de membrana celular. De outra forma, os fenólicos induzem a inativação do sistema enzimático e perda de metabólitos essenciais pela parede celular.
A situação apresentada no item C não é relatada na literatura. Logo, este item está incorreto.
Itens D e E. O álcool, e não os compostos inorgânicos liberadores de potássio ativo, induz à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do metabolismo essencial para a rápida divisão celular.
Gabarito letra D.
15. (Prefeitura de Vassouras-RJ/FUNCAB/2012/RP) O glutaraldeído é utilizado na concentração de 2% por um período de exposição de 30 minutos, em metais, borrachas e em materiais, como endoscópios, para:
a) limpeza.
b) esterilização.
c) desinfecção.
d) antissepsia.
e) contaminação.
COMENTÁRIOS:
FIQUE LIGADO: Segundo a ANVISA, “o glutaraldeído é o agente mais utilizado na desinfecção, na concentração de 2% e por um período de exposição de 30 minutos” 
. 
Não danifica metais, borracha, lentes e outros materiais, podendo ser utilizado na desinfecção de endoscópios e aparelhos com lentes. 
O enxágue do material pode ser feito em água corrente potável, a secagem com uma compressa ou toalha macia, ou com ar comprimido, acondicionado em recipiente desinfetado e guardado até o próximo uso. Ao manipular o glutaraldeído, o funcionário deve usar luva de borracha, óculos e máscara. 
O uso mais difundido do glutaraldeído é na desinfecção de artigos semicríticos e instrumentos sensíveis ao calor. Não deve ser usado na limpeza de superfícies pelo seu teor tóxico e fator econômico.
Gabarito letra C. 
16. (Prefeitura de Mage-RJ/FUNCAB/2012/RP) Formulações que têm em sua composição substâncias microbicidas e apresentam efeito letal para micro-organismos não esporulados são denominadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA):
a) desinfetantes. b) detergentes. c) esterilizantes.
d) algicidas. e) inseticidas.
COMENTÁRIOS:
Conforme comentários das questões anteriores. Gabarito letra A.
17.(Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011/RP) Sobre o processo de Esterilização de materiais, assinale a alternativa correta.
a) O vapor saturado sob pressão é um dos métodos mais usados para esterilização de materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida.
b) A esterilização em estufa é indicada para materiais termossensíveis, é um método que utiliza o calor seco para eliminar todos os microorganismos contidos nos materiais, exceto os esporos bacterianos.
c) A esterilização por calor seco é a primeira escolha, tratando-se de esterilização por calor. Esta preferência se justifica por preservar a estrutura dos instrumentos metálicos e de corte.
d) Os artigos termossensíveis devem sofrer autoclavagem, bem como os óleos, que permitem a penetração do vapor para um processo eficiente de esterilização.
e) Todos os artigos críticos devem passar por processo de esterilização de vapor sob pressão, pois a autoclavação é o único meio seguro de esterilização.
COMENTÁRIOS:
Os processos de esterilização por calor úmido (autoclaves) e calor seco (estufas) são os mais cobrados em provas de concursos. 
	
Vapor quente sob pressão
	é o método mais usado para esterilização de materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. Por esses motivos, deve ser usado para todos os itens que não sejam sensíveis ao calor e à umidade. O calor úmido destrói os microorganismos por coagulação e desnaturação irreversíveis de suas enzimas e proteínas estruturais. Este tipo de processo é realizado em autoclaves.
	
Calor úmido
	Como vantagens do calor úmido, é possível considerar o rápido aquecimento e a penetração do calor em artigos têxteis e a destruição de esporos microbianos em um curto período de exposição. Ele também é um processo econômico, de fácil controle de qualidade e não deixa resíduos tóxicos nos materiais submetidos ao processo de esterilização.
Em relação às desvantagens do calor úmido, podemos citar o efeito deletério sobre alguns materiais, particularmente aqueles que são intolerantes ao calor (produtos termossensíveis). Dependendo do material utilizado na fabricação dos artigos, o calor úmido poderá promover um efeito de corrosão e podem também ocorrer danos em fibras ópticas. Outra limitação é a não esterilização de óleos e pós, por serem impermeáveis ao vapor, os quais devem ser esterilizados por calor seco ou radiação.
	
Esterilização pelo calor seco 
	é feita em estufas elétricas equipadas com termostato e ventilador, a fim de promover um aquecimento mais rápido, controlado e uniforme dentro da câmara. A circulação de ar quente e o aquecimento dos materiais se faz de forma lenta e irregular, requerendo longos períodos de exposição e temperatura mais elevada do que o vapor saturado sob pressão para se alcançar a esterilização. 
Este processo deve se restringir a artigos que não possam ser esterilizados pelo vapor saturado sob pressão, pelo dano que a umidade pode lhes causar ou quando são impermeáveis, como vaselina, óleos e pós. 
As estufas são usadas para esterilizar materiais secos, como vidraria, principalmente as de precisão, seringas, agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases furacinadas, óleos, vaselina, etc.
Atualmente, a indicação para a esterilização por meio de calor seco é a esterilização de óleos e pós. Todavia, para a maioria dos serviços de saúde no Brasil, esses produtos são facilmente adquiridos já esterilizados. A ANVISA não recomenda a utilização de estufas em serviços de saúde.
Vamos aos itens?
Item A. Correto. O vapor saturado sob pressão é um dos métodos mais usados para esterilização de materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida.
Item B. Incorreto. A esterilização em estufa não é indicada para materiais termossensíveis, é um método que utiliza o calor seco para eliminar todos os microorganismos contidos nos materiais, inclusive os esporos bacterianos.
Item C. Incorreto. A esterilização por calor úmido (autoclave) é a primeira escolha, tratando-se de esterilização por calor. A Anvisa não recomenda a utilização de estufas em serviços de saúde.
Item D. Incorreto. Os artigos termossensíveis não devem sofrer autoclavagem, bem como os óleos, que não permitem a penetração do vapor para um processo eficiente de esterilização. Os artigos termossensíveis (sensíveis à alta temperatura) podem ser processados por métodos químico-líquidos (Ex.: aldeídos e ácido paracético), por radiação ionizante, por feixe de elétrons etc.[2: ]
Item E. Incorreto. Nem todos os artigos críticos devem passar por processo de esterilização de vapor sob pressão (autoclavação). Existem outros métodos eficazes de esterilização.
Gabarito letra A.
Classificação de instrumentos cirúrgicos
Vou citar logo abaixo a classificação dos instrumentos cirúrgicos. É um tema cobrado em provas específicas e particularmente quando o edital indica esse tema. Portanto leia atentamente.
Instrumentos de diérese
Por diérese entendemos serem as manobras cirúrgicas que dividem os tecidos.
Intrumentos de hemostasia
A hemostasia temporária pode ser executada, no decorrer da cirurgia, com instrumentos prensores, dotados de travas, denominados pinças hemostáticas. Prendem a estremidade do vaso seccionado até que a hemostasia definitiva seja feita, geralmente por ligadura feita com fios. Na medida do possível, devem pinçar apenas o vaso, com um mínimo de tecido adjacente. Também levam os nomes dos seus criadores; sendo muito semelhantes entre si, diferindo em pequenos detalhes. São diferenciadas, quase sempre, pelo desenho e ranhuras da parte interna de seus ramos prensores.
Instrumentos auxiliares
Instrumental auxiliarsão não interfere diretamente na ação, apenas cria condições proprícias para a atuação de outros instrumentos. Inclui as PINÇAS DE DISSECÇÃO, com e sem dente, cuja função é imobilizá-los para que sejam seccionados ou suturados.
Instrumentos de síntese 
Estes instrumentos são os responsáveis pelas manobras de fechamento da ferida cirúrgica, através da aplicação de suturas. Para isto são utilizadas AGULHAS e pinças especiais para conduzi-las denominadas PORTA-AGULHAS. Embora haja porta agulhas muito delicados para a preensão de agulhas pequenas, uma característica destes instrumentos é a robustez da sua parte prensora, bastante diferenciada das pinças hemostáticas. São fundamentais para a confecção das suturas, uma vez que a maioria das agulhas é curva e os espaços cirúrgicos são exíguos. 
Instrumentos especiais
Nesta categoria estão instrumentos que são ou foram desenvolvidos para manobras específicas em certos órgãos ou tecidos. Sua diversidade é enorme e podemos exemplificar isto citando o instrumental usado nas cirurgias ortopédicas. Alguns deles, contudo, estão presentes em praticamente todas as caixas de instrumental
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
CENTRO CIRÚRGICO 
O Centro cirúrgico é um setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas visando atender a resolução de intercorrências cirúrgicas por meio da ação de uma equipe integrada. Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção.
Características e objetivos do centro cirúrgico
“A finalidade do CC é realizar procedimentos cirúrgicos, devolvendo o paciente com melhor condição física e sem risco de infecção. Ele também pode servir para a formação de recursos humanos e para desenvolver pesquisas científicas e o para a evolução de novas técnicas cirúrgicas (POSSARI, 2006)”
É comum nas provas de concurso verificarmos conceitos de teoristas como POSSARI. Fique atento também aos conceitos e indicações Resolução de Diretoria Colegiada Nº 50 (RDC 50) e no Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar (MBAH). 
Organização do Centro Cirúrgico
O Centro Cirúrgico de um Estabelecimento Assistencial de Saúde é o setormais importante e de mais complexidade do hospital. A organização e funcionalidade de um CC vão depender de um bom planejamento físico e dos projetos complementares como: elétrico, hidráulico, sanitário, fluido/mecânico, climatização, incêndio e luminotécnico. Os materiais de construção e de acabamento devem ser de primeira qualidade para suportar a higienização e ter durabilidade, pois uma reforma requer muito tempo e um CC não deve parar, pois dele depende o salvamento de vidas.
Por ser um complexo sistema que integra um hospital, o centro cirúrgico requer suporte adequado técnico-administrativo no que concerne à equipamentos, normas e rotinas, recursos operacionais e humanos, que promovam a prevenção e controle dos riscos e protejam ética e legalmente as equipes multidisciplinares e a instituição. 
Dependências Básicas
Um Centro Cirúrgico deve dispor das seguintes dependências:
Vestiários Masculinos e Femininos: Devem oferecer acesso externo ( por fora das instalações do Centro Cirúrgico) e interno ( pelo corredor cirúrgico). É importante que eles disponham de sanitários e chuveiros ( para uso das equipes) e armários ( para a guarda de uniformes, roupas e outros pertences).
Posto de Enfermagem: Local destinado à chefia e à secretaria, que exercem o controle administrativo da unidade.
Copa: Área reservada ao pessoal do centro cirúrgico, para lanches rápidos.
Sala de Estar: Deve ficar localizada próximo aos vestiários e à copa, sempre que possível, servindo de área de descanso para a equipe do centro cirúrgico.
Área de baldeação ou troca-macas: Localizada à entrada do Centro Cirúrgico, onde se dá a transferência do paciente da maca em que veio para a maca privativa do centro.
Área de baldeação ou troca-macas: Localizada à entrada do Centro Cirúrgico, onde se dá a transferência do paciente da maca em que veio para a maca privativa do centro.
Sala de material cirúrgico ou de estocagem de material esterilizado: Destina-se à recepção, guarda e redistribuição de todo o material limpo e esterilizado a ser usado no Centro Cirúrgico. Poderá, eventualmente, contar com uma autoclave de esterilização rápida, para emergências.
Lavabos: Destinados à lavagem e anti-sepsia das mãos e ante-braços, antes da operação. Por isso, devem ser equipados com recipientes para Antissépticos e torneiras que possam ser manobradas sem o uso das mãos.
Sala de Expurgo: Local equipado com tanque para o despejo de sangue, secreções e outros líquidos provenientes da operação. Na sala de expurgo também de depositam, inicialmente, instrumentos, roupas usadas e outros materiais, para posterior lavagem. É considerada, portanto, área suja. 
Sala de material de limpeza: Área para a reserva de materiais e de utensílios usados na limpeza do Centro Cirúrgico.
Sala de equipamento: área usada para guardar aparelhos como os de anestesia, bisturi elétrico, aspiradores, focos portáteis, suportes de soro, mesas auxiliares e materiais que, eventualmente, não estejam em uso. O aparelho de raio X móvel poderá também ser guardado nessa sala, caso não haja local específico para ele.
Rouparia: Local destinado à guarda da roupa limpa não-estéril. Muitas vezes é representada apenas por um armário.
Sala de Operação(S.O): Dependência do Centro Cirúrgicodestinada à realização das intervenções cirúrgicas. Por isso, o trânsito a ela é restrito e a limpeza é feita com o máximo rigor, pois deve ser a área mais limpa do centro. Comumente, tem a forma retangular.
Sala de guarda de medicamentos e materiais estéreis descartáveis: Local onde se armazenam materiais descartáveis como seringas e agulhas, equipos de soro, fios de sutura, frasco de soro, entre outros.
Localização do Centro Cirúrgico
O centro cirúrgico deve estar localizado em área de fácil acesso para pacientes críticos e próximo às áreas de suporte. As salas cirúrgicas devem ser de fácil limpeza e, se possível, sem janelas. 
O desenho das salas cirúrgicas devem possibilitar: 
 Exclusão de contaminação externa ao centro cirúrgico para as salas, evitando o trânsito de muitas pessoas; 
 Separação de áreas limpas das contaminadas. 
O centro cirúrgico é dividido em três áreas: 
1. Irrestrita:Os profissionais podem circular com roupas comuns, que são permitidas, como o corredor que dá acesso ao exterior, vestiário e secretaria, incluindo pacientes. 
2. Semi-restrita: O tráfego é limitado a pessoas do próprio setor. O corpo e a cabeça devem estar cobertos, para não intervir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita, como expurgo, sala de estar e sala de preparo de material.
3.Restrita: Máscara são exigidas, além da roupa privativa de centro cirúrgico. As técnicas de assepsia devem ser rigorosamente controladas e utilizadas, evitando contaminação do meio, como salas cirúrgicas, sala de recuperação pós-anestésica e corredor interno. 
As atividades básicas do centro cirúrgico, segundo o Ministério da Saúde, são a realização de procedimentos cirúrgicos e endoscópicos e define as seguintes sub-atividades: 
 recepcionar e transferir pacientes; 
 assegurar a execução de procedimentos pré-anestésicos e executar procedimentos anestésicos nos pacientes; 
 realizar a correta escovação das mãos; 
 executar cirurgias e endoscopias em regime de rotina ou em situações de urgência; 
 realizar relatório médico e de enfermagem e registro das cirurgias e endoscopias realizadas; 
 proporcionar cuidados pós-anestésicos; 
 garantir apoio diagnóstico necessário e retirar órgãos para transplantes. 
Terminologia Cirúrgica
A nomenclatura ou terminologia cirúrgica é o conjunto de termos usados para indicar o procedimento cirúrgico.
O nome da cirurgia é composto pela raiz que identifica a parte do corpo a ser submetida
à cirurgia, somada ao prefixo ou ao sufixo.
Alguns exemplos de raiz: angio (vasos sangüíneos), flebo (veia), traqueo (traquéia), rino (nariz), oto (ouvido), oftalmo (olhos), hister(o) (útero), laparo (parede abdominal), orqui (testículo), etc.
	Prefixo/raiz
	Nome
	Significado
	Ex (externo, fora) + oftalmo (olho)
	Exoftalmia
	Projeção acentuada do globo ocular
	Circun (so redor) + cisão (separação)
	Circuncisão ou postectomia
	Excisão do prepúcio
Os sufixos mais utilizados na composição da terminologia cirúrgica são:
	Sufixo
	Significado do sufixo
	Significado da palavra
	Tomia
	Incisão, corte
	Laparotomia: abertura da cavidade abdominal
	Stomia
	Comunicar um órgão tubular ou oco com o exterior
	Colostomia: abertura cirúrgica na parede abdominal para comunicar uma porção do cólon com o exterior
	Ectomia
	Retirar parcial ou totalmente um órgão
	Esplenectomia: retirada do baço
	Plastia
	Reparação Plástica
	Rinoplastia: correção do nariz
	Ráfia
	Sutura
	Herniorrafia: sutura para correção da hérnia
	Pexia
	Fixação
	Nefropexia: elevação e fixação do rim
	Scopia
	Visualização da cavidade através de aparelhos especiais
	Laparoscopia: visualização da cavidade abdominal
Além desses termos, existem as denominações com o nome do cirurgião que introduziu a técnica cirúrgica (Billroth: tipo de cirurgia gástrica) ou, ainda, o uso de alguns termos específicos (exerese: remoção de um órgão ou tecido).
 O paciente cirúrgico recebe assistência da enfermagem nos períodos pré, trans e pós-operatório. O período pré-operatório abrange desde o momento pela decisão cirúrgica até a transferência do cliente para a mesa cirúrgica; a partir desse momento inicia- se o trans e intra- operatório, que termina com a saída do cliente do centro cirúrgico; o pós operatório vai desde o momento da recepção do cliente que retornou da cirurgia até a alta médica. O período pré-operatório divide-se em mediato e imediato:
no pré-operatório mediato o cliente é submetido a exames que auxiliam na confirmação do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações pós operatórias, ou seja, abrange o períododesde a indicação para a cirurgia até o dia anterior à mesma; o período imediato corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele e aplicação de medicação pré-anestésica.
Técnica asséptica e Paramentação cirúrgica
Técnica asséptica
A técnica asséptica permite a criação de ambientes esterilizados, com o objetivo de evitar o risco de infecções. Saiba mais.
ATENÇÃO TÉCNICA DE ASSEPSIA X TÉCNICA ASSÉPTICA
As técnicas de assepsia são procedimentos destinados à criação de um ambiente esterilizado ou asséptico (sem germes), principalmente por meio de esterilização, para proteger os doentes das infecções. 
LEMBRANDO NOVAMENTE A esterilização asséptica é diferente da anti-sepsia, que consiste na eliminação dos microorganismos mediante recurso a agentes químicos apropriados (os anti-sépticos), para impedir a sepsia (infecção).
A técnica asséptica é necessária sempre que exista qualquer processo que, potencialmente, implique risco de infecção. O doente pode ser contaminado através de quatro mecanismos diferentes: por outras pessoas, pelos instrumentos, por si próprio e pelo ar.
Para evitar as infecções, a assepsia é utilizada durante as intervenções cirúrgicas no bloco operatório e também nas pequenas intervenções cirúrgicas, tais como a introdução de um cateter urinário ou a sutura de uma ferida. A técnica asséptica é igualmente necessária no tratamento de doentes imunodeprimidos (ex. leucémicos) e naqueles cujas defesas naturais contra a infecção se encontram reduzidas.
Todas as pessoas que vão estar em contato mais direto com doentes dentro de um bloco operatório têm de desinfectar previamente as mãos e usar luvas e batas esterilizadas, bem como máscaras, toucas/barretes e botas descartáveis. Os instrumentos são esterilizados numa autoclave antes da sua utilização e colocados num carrinho revestido com material esterilizado. A pele da zona do corpo que vai ser sujeita a intervenção cirúrgica é desinfectada com soluções anti-sépticas de iodo, enquanto a pele das regiões mais próximas é coberta por panos esterilizados. Além disto, antes das intervenções cirúrgicas ao intestino, obtém-se a evacuação das fezes administrando laxantes e, por vezes, clisteres, a fim de diminuir os riscos de infecção. O lúmen intestinal é um território colonizado por múltiplos microoganismos e, por isso, potencialmente infectante.
Durante a intervenção cirúrgica, os instrumentos ou qualquer equipamento eventualmente contaminados são retirados do bloco operatório.
Num bloco operatório é importante manter o ar e sala impecavelmente limpos. As janelas ficam fechadas e o ar passa através de um sistema de ventilação especial que o purifica, mantendo-se também os níveis ideais de umidade, contrários à multiplicação microbiana.
Paramentação cirúrgica
Historicamente, o objetivo primário das barreiras de proteção em sala operatória sempre se dirigiu para a proteção dos pacientes à exposição de microrganismos presentes e liberados pelos trabalhadores.
É o vestuário especifico de acordo com os procedimentos realizado no Centro Cirúrgico. Tradicionalmente, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica. Ressalta que a utilização do uniforme privativo deve ser restrita ao ambiente do Centro Cirúrgico, com o objetivo de proteção dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em tal unidade critica. As roupas da rua nunca devem ser usadas em áreas semi-restritas ou restritas do centro cirúrgico. Deve haver um ponto de demarcação entre as áreas de circulação sem restrição e semi-restritas que ninguém pode ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que este deve incluir gorro ou capuz, propés e máscara facial.
Uma forma de facilitar o atendimento em casos de emergência e proporcionar o acesso a áreas restritas com maior rapidez e conseqüentemente diminuir a morbidade e mortalidade na instituição.
Preparo da equipe 
Principais recomendações para prevenção do ISC
 Minimizar o tempo de internação pré-operatório; 
 Tratar as infecções existentes previamente ao ato cirúrgico:
 Realizar a tricotomia apenas quando o pelo prejudicar a técnica cirúrgica. A tricotomia deve ser realizada, o mais próximo da cirurgia, não ultrapassando o prazo de duas horas, antes da mesma;
 Dar banho com água e sabão antes da cirurgia. Não há dados que demonstrem a necessidade do uso do anti-séptico no banho;
 Preparar o campo operatório, friccionando a região a ser operada com solução degermante PVP-I ou clorhexedina, seguindo-se a aplicação de solução anti-séptica alcoólica de PVP-I ou clorhexedina. Utilizar campos cirúrgicos estéreis;
 Preparar a equipe com paramentação adequada, incluindo gorro, máscara a avental estéril, o uso de protetor ocular está indicado para proteção contra respingos em mucosa ocular;
 Lavar as mãos com solução anti-séptica degermante (PVP-I ou clorhexedina) durante cinco minutos antes da primeira cirurgia e, por dois a três minutos, entre cirurgias;
 Usar luvas estéreis durante o ato cirúrgico, trocando-as quando perfuradas;
Processo de Paramentação
A paramentação da equipe cirúrgica exige a realização de procedimentos específicos, executados em passos padronizados e com observação rigorosas dos princípios científicos. Estes procedimentos são: degermação das mãos, vestir avental e roupa esterilizados, e calçar luvas esterilizadas.
Degermação das mãos e antebraços
Este procedimento se justifica por que a pele, normalmente, é habitada por duas populações bacterianas, ou seja, a flora residente e a transitória. A flora residente é constituída pro microrganismos capazes de sobreviverem e se multiplicarem na superfície cutânea e folículos pilosos, sendo portanto de difícil remoção. Os estafilococos coagulase negativa, corynebactéria (difteróides e corniformes), acinelobactéria e outros são microrganismos comumente encontrados na flora residente. A transitória, também conhecida como flora de contaminação, é composta por microrganismos diversos e de virulência variadas. Estes microrganismos nem sempre estão presentes na superfície da pele da maioria das pessoas e são removidos mais facilmente., algumas bactérias Gram-negativas (como, por exemplo, E. coli) têm condições mínimas de sobrevivência sobre a pele.
A degermação das mãos e antebraços da equipe cirúrgica deve promover a eliminação da flora transitória e redução da flora residente e, ainda, o retardamento da recolonização da flora residente pelo efeito residual. Sabe se que, após a realização de tal procedimento, estes microrganismos
Lavagem básica das mãos
É o simples ato de lavar as mãos com água e sabão, visando a remoção de bactérias transitórias e algumas residentes, suor, oleosidade e sujidade da pele. O objetivo da lavagem de mãos é reduzir a transmissão de microrganismos pelas mãos, prevenindo infecções.
Materiais e equipamentos necessários
- Pias com pedal ou torneira - Água
- Dispensadores de sabão líquido e anti-sépticos
- Porta papel toalha e papel toalha.
Este procedimento deve tornar-se um hábito e ser realizado da seguinte maneira: - fique em posição confortável, sem tocar na pia: abra a torneira, de preferência com a mão dominante ou com uso de papel; - mantenha se possível, a água em temperatura agradável, já que a água quente ou muito fria resseca a pele; - use, de preferência 2ml de sabão líquido e ensaboe as mãos por aproximadamente 15 segundos, em todas as suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e extremidades dos dedos; - enxágüe as mãos, retirando totalmente a espuma e resíduos de sabão; - enxugue-as com papel-toalha;- feche a torneira utilizando o papel-toalha descartável, sem encostar na pia ou na torneira.
Antes de qualquer procedimento cirúrgico, o profissional deve remover todas as jóias, inclusive alianças. As unhas devem ser aparadas, não

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