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MEDIAÇÃO E CONFLITOS

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1 ARBITRAGEM
Segundo o dicionário Michaelis da língua portuguesa, arbitrar significa:
1. Analisar e julgar como árbitro: O impasse só foi resolvido quando designaram um juiz para arbitrar.
2. Decidir ou resolver de acordo com critérios pessoais ou segundo a própria consciência: O júri arbitrou condenar o réu.
3. Atribuir ou estabelecer algo judicialmente: O tribunal arbitrou aos cidadãos que o voto é obrigatório.
4. Dirigir uma competição esportiva como árbitro ou juiz: Aquele juiz foi escolhido para arbitrar a partida final do campeonato.
FONTE: http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=arbitrar
Arbitrar está ligado ao poder de decisão que alguém que está fora da competição tem. Essa pessoa, portanto, é a responsável pela aplicação das regras.
No geral, pensamos na arbitragem como a forma de solução de conflito entre crianças muito novas – como já citado acima – nesse caso, como as partes envolvidas ainda não têm a capacidade de negociação, um adulto atua como árbitro da questão, estipulando, por exemplo, como o brinquedo que causou o conflito será usado – ou se continuará sendo usado.
Aqui vale recordar os ensinamentos de Piaget com relação ao desenvolvimento moral das crianças: até aproximadamente 2 anos as crianças estão em anomia, sem normas, por isso mesmo toda a orientação precisa vir de fora.
2 - MEDIAÇÃO
Ainda pensando em termos etários, a mediação será utilizada com crianças mais velhas, que já tenham um maior domínio da comunicação e uma maior capacidade de entender normas e regras. Aqui, a solução ainda depende de alguém de fora, que servirá mesmo como um mediador entre as partes.
Cabe ao mediador:
• Colocar as partes para conversar e a partir daí fazer a mediação, orientando a fala e, se necessário, estabelecendo regras para a conversa.
• Propor soluções para a questão – se estivermos falando de um conflito entre dois colegas de classe na escola, por exemplo, cabe ao mediador ouvir os dois lados da história e apresentar a melhor forma de solução para o conflito apresentado e isso deve, sempre que
possível, ser feito na frente de todos os envolvidos no conflito;
• Ter o cuidado de não demonstrar uma grande “comoção” ou envolvimento com o fato, sob pena de poder ser pensado como parcial.
Não interromper o outro, não agredir verbalmente o outro, dar sua versão dos fatos de forma calma etc.
Outro ponto que não pode ser esquecido, levando em consideração, ainda, o conflito entre dois colegas de escola, é o questionamento e a clareza acerca do que causou o conflito, algumas vezes, o real motivo não está expresso, por isso mesmo fica mais difícil apresentar uma solução adequada a ele.
A mediação é a forma mais comum de solução pacífica de conflitos e, embora eu esteja aqui utilizando como exemplo a instituição escolar, ela estará presente em outros ambientes. É a técnica empregada para mediar conflito em algumas instâncias do direito, onde as partes em disputa são colocadas em diálogo. 
A mediação é feita por uma terceira parte que, em conjunto com os envolvidos, procura “construir“ coletivamente uma solução para o conflito apresentado. Assim, o mediador tem como função aproximar as partes envolvidas, orientar o diálogo para que, em conjunto, encontre-se uma solução.
Para saber mais sobre as características, função e desafios de um mediador, não deixe de assistir à
entrevista realizada com a mediadora de conflitos, Elisa Schmidlin Cruz.
3 NEGOCIAÇÃO
A negociação precinde de uma terceira parte – necessária nas duas primeiras formas apresentadas até aqui. Por
isso mesmo pressupõe uma maior disponibilidade e maturidade das partes envolvidas no conflito.
Quando falamos em negociação para solução de conflitos, estamos pressupondo que as partes envolvidas tomaram, elas mesmas, a decisão de resolver o conflito de
forma pacífica, assim, estão dispostas a conversar e resolver a questão que incomoda a ambas.
Obviamente, essa forma de solução não é a mais indicada para crianças, já que, como já dissemos antes, nem sempre têm capacidade de comunicação e maturidade suficiente para, sem a ajuda de adultos, conversar sobre a questão que causou o conflito e resolvê-la. Entretanto, espera-se que, à medida que envelheçam, a capacidade de negociar e chegar a um acordo se desenvolva. Por isso mesmo, é necessário que as crianças sejam preparadas por meio de atividades que as capacitem para o diálogo e a audição atenta e respeitosa.
a negociação requer de todos os envolvidos uma disponibilidade subjetiva 
CONCLUSÃO
Vimos que existem algumas “técnicas” para solucionar conflitos.
 A arbitragem, em que a solução vem a partir de uma pessoa “fora” do conflito; 
a mediação, em que as partes conflitantes são postas para conversar; e uma terceira parte (não envolvida) serve de mediador da conversa e orientador na construção coletiva da solução e 
a negociação, em que os envolvidos resolvem conversando e negociando a melhor saída para a situação de conflito na qual estão envolvidas.
Vimos ainda que, em qualquer uma das formas apresentadas para solucionar o conflito, a capacidade de se ter uma boa conversa é fundamental, assim, saber ouvir e saber falar são elementos indispensáveis para a solução pacífica de conflitos.
2 DIREITOS HUMANOS
Vale lembrar que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, é o resultado de um ciclo de discussões que ocorrem logo após a Segunda Guerra Mundial. Frente aos horrores perpretados contra a humanidade no período de guerra, vários líderes mundiais se reuniram para organizar uma base comum de direitos que deveriam ser respeitados em todos os lugares do mundo, por serem considerados direitos mínimos à condição humana. Por isso, costuma-se dizer que os Direitos Humanos são autoevidentes e devem ser assegurados a todos, a partir de seu nascimento.
Composta apenas por trinta artigos, essa declaração tem norteado a construção e reconstrução de vários Estados Nacionais e pautado a ação de organizações sociais em todo o mundo.
No seu Guia de Estudo, você encontra o link para a declaração.
Esses direitos dão suporte às necessidades básicas de qualquer ser humano, são eles: o direito à vida, à alimentação, à moradia, à saúde, à educação, à liberdade política, de expressão, de religião, entre outros.
REGRAS
INJUSTAS
IRACIONAIS
SÃO REGRAS QUE NÃO ESTAO DE ACORDO COM A LOGICA QUE ORIENTA AQUELE ESPACO ESPECIFICO. 
DESNECESSARIO 
PQ NÃO FAZEM PARTE FRENTE A NENHUMA NECESSIDADE DE ORGANIZAÇÃO EX. EXIGIR QUE TODOS OS TRABALHOS SEJAM FEITOS EM PAPEL CARTÃO BRANCO
ANACRONICA
SÃO AQUELAS QUE PARECEM ESTAR DESENCAIXADAS HISTORICAMENTE DO CONTEXTO NAS QUAIS ESTAO SENDO UTILIZADAS, OU SEJA, ELAS PODEM TER FEITO SENTIDO EM ALGUM MOMENTO, MAS JÁ NÃO SE ENQUADRAM AO CENARIO ATUAL. EX. LEIS, REGRAS, COSTUMES
É CONVERSANDO QUE A GENTE SE ENTENDE: PASSOS 3 E 4
Orientações para a organização do seu estudo.
saber falar, mostrar-se respeitoso, não utilizar um tom acusatório, certamente, são elementos fundamentais para o sucesso de uma conversa que vise resolver conflitos. AX escuta também é necessária, também precisa de certa atenção. 
FORMAS DE ESCUTA
Olhar para a pessoa que fala.
• Prestar atenção ao que ela está lhe dizendo.
• Prestar atenção à sua linguagem corporal – demonstre que você a está escutando – tente não desviar o foco da atenção, olhar o celular, o relógio, mostrar-se ansioso para sair daquele lugar etc.
• Escutar sem interromper.
• Tentar, realmente, entender o ponto de vista da outra pessoa e lembrar-se que sua expressão facial também fala.
• Ficar atento à linguagem corporal da pessoa, ela lhe dá sinais de como o outro está se sentindo.
• Fazer perguntas que possam esclarecer a questão.
• Não ser moralista ou fazer sermões.
• Se necessário, repetir com suas palavras o que entendeu sobre o que a pessoa lhe falou.
• Permanecer calmo e sob controle.Para finalizar, vale lembrar que ao estabelecermos uma conversa, seja ela para Solucionar um conflito ou não, é sempre essencial tratar as pessoas por seus nomes, principalmente, se você for atuar como mediador.
1 TERCEIRO PASSO: DETERMINAR O QUE TODOS NECESSITAM
Como já vimos anteriormente, os conflitos, no geral, acontecem porque as partes envolvidas ou querem coisas incompatíveis, ou querem a mesma coisa – e não há o suficiente para todos.
 Bem, nestes casos, talvez a primeira coisa a fazer seja Perceber que nem sempre o que quero é o que necessito. No caso dos conflitos, esta diferenciação entre querer e necessitar pode ser a chave para solucionar a questão. 
Quando eu consigo determinar o que as partes envolvidas realmente necessitam, ou seja, qual é o objetivo/objeto da disputa, divergência, oposição etc.,
na qual elas estão envolvidas, fica mais fácil encontrar uma solução justa para a questão. Por isso mesmo, o foco deve ser sempre o “problema” e não as
pessoas envolvidas na questão.
levemos em conta o passo número três: determinar o que todos – ambas as partes – precisam (qual o real objetivo).
2 QUARTO PASSO: PROPOR SOLUÇÕES
Muitas vezes, perdemos um grande tempo discutindo as pessoas envolvidas no conflito e não nos focamos no principal. Muitas vezes, a solução requer apenas um pouco de criatividade.
É necessário mais que pressuposições para entender o que o outro realmente necessita. É preciso atenção, paciência e interesse real na tentativa de descobrir.
Feito isso, precisamos encontrar, coletivamente, a saída para o impasse, a disputa, a contenda que se desenvolve.
É CONVERSANDO QUE A GENTE SE ENTENDE: PASSOS 5 E 6
Orientações para a organização do seu estudo.
OBJETIVOS
1. Identificar o quinto e o sexto passos necessários para uma boa conversa resolvedora” de conflitos.
2. Eleger a solução que mais agrade a todos.
3. Fazer um plano de ação e colocá-lo em prática.
CONTEÚDOS DA UNIDADE
1. QUINTO PASSO: ELEGER A IDEIA QUE MAIS AGRADE A AMBOS
2. SEXTO PASSO: TRAÇAR UM PLANO E COLOCÁ-LO EM PRÁTICA
a calma não é, necessariamente, nossa principal virtude nesses episódios.
Como dissemos anteriormente, essas habilidades não são inatas, ou seja, ninguém nasce um “mediador”, mas todos nós podemos nos tornar mediadores à medida que treinamos nossas capacidades.
Como buscar as soluções pacíficas para os conflitos, é a:
empatia, ou seja, a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro; fazer o Exercício de, ao menos momentaneamente, tentar entender a perspectiva do outro, sua forma de ver e enxergar o mundo, pode nos ajudar a compreender as razões pelas quais o outro tomou determinada atitude.
O respeito também é elemento central nesta construção. Respeitar significa não ultrapassar os limites do outro, significa reconhecê-lo em sua individualidade, não julgá-lo e, principalmente, não estigmatizar ou fazer juízos de valor sobre seu comportamento.
o apreço pela diversidade, a valorização das diferenças, a compreensão de que essa variedade é fundamental para a sobrevivência em sociedade – fundamental porque é enriquecedora – fornece a base de sustentação do processo de construção de comportamentos pacíficos.
capacidade de tomar decisões, de fazer escolhas, isso porque escolher implica na capacidade de renunciar as outras opções.
assertividade, que, como vimos, é a habilidade de comunicar de forma objetiva, clara, mantendo entretanto a cortesia;
a capacidade de pensar crítica e criativamente, buscando soluções diferentes para as situações, soluções que possam ao mesmo tempo ser adequadas e justas e que, muitas vezes, rompem com padrões rígidos e tradicionais de comportamento em sociedade.
1 QUINTO PASSO: ELEGER A IDEIA QUE MAIS AGRADE A AMBOS
Como já vimos, a decisão de conversar sobre o tema que nos fez entrar em conflito dá início à construção coletiva de uma solução para o impasse, questão, divergência etc., em que nos encontramos. Já sabemos como nos comportar nessa conversa
e também sabemos que ela deve acontecer em um momento e em um lugar propício. Levando em consideração todos esses elementos, a conversa deverá nos levar a uma solução, o que exigirá de nós a capacidade de propor soluções apropriadas e de tomada de decisões. Esses dois elementos são essenciais
para que consigamos construir uma boa solução.
Vale lembrar que, nesse momento, não há mais “o meu ou o seu”, o resultado será “o nosso”, já que ambos (ou todos os envolvidos no conflito) firmaram o acordo de se envolver na busca de uma solução justa para a situação conflituosa. Aqui há um ponto ao qual se deve prestar bastante atenção, não há que se confundir colaboração com resignação, sob pena de o resultado ser encarado como imposição, ou seja, se uma parte simplesmente abre mão do que pensa, sem dialogar, sem participar das discussões, somente para evitar o conflito, ao invés de colaborar, está apenas adiando a questão que, muito provavelmente, voltará a aparecer em outro momento.
Portanto, temos a solução escolhida, a decisão tomada, mas falta colocarmos em prática.
2 SEXTO PASSO: TRAÇAR UM PLANO E COLOCÁ-LO EM PRÁTICA
Chegamos ao nosso último passo, depois de muito conversarmos, encontramos uma solução justa e alcançável, falta, então, colocá-la em prática. Esse é o momento em que, muitas vezes, perdemos todo o trabalho feito até aqui. Isso porque temos a sensação de que, tomada uma decisão, todo o restante estará resolvido. Ledo engano!
A decisão pressupõe, na maior parte das vezes, trabalho engajado. Como já dissemos, não há receita pronta, ou solução mágica, o que há é o envolvimento de todos os envolvidos no conflito na busca de uma solução pacífica e justa para este, mas lembre-se, as coisas não mudam do dia para a noite, é preciso persistência e a crença de que é possível modificá-las.
Muitas vezes, o combinado, o acordado como solução para o conflito enfrentado, precisa ser relembrado, reforçado, cobrado de todos os envolvidos, sob pena de perder-se no caminho.
Não há como negar isso, a possibilidade de descumprimento do combinado está posta, ou seja, é real. No entanto, cabe a nós – e aqui “nós” se refere a todos os envolvidos no conflito – refletirmos sobre o quanto estamos mesmo engajados nesta solução, o quanto acreditamos nela e, principalmente, qual a nossa disponibilidade de mantê-la.
Como acabei de dizer, mudanças não são imediatas e se, como vimos, os conflitos envolvem elementos importantes para nós – e para os outros envolvidos – imaginar que a mudança seria implementada e cumprida por todos de forma rápida é, no mínimo, ingênuo
CONCLUSÃO
vimos que tomar decisões nem sempre é uma tarefa fácil, visto que escolher significa também abrir mão de outras opções. Por isso mesmo, até nas decisões e soluções mais justas, a sensação de injustiça pode permanecer. Outro ponto discutido é a perseverança e a implicação na manutenção do combinado entre as
partes. Reconhecer que a mudança de hábitos e comportamentos não se dá de forma imediata, mas que requer disciplina e envolvimento é o caminho mais eficaz para que as soluções discutidas e acordadas se mantenham.

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