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GEOLOGIA, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E GEOTURISMO NO PARQUE ESTADUAL DA FONTE GRANDE, VITÓRIA ES (1)

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GEOLOGIA, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E GEOTURISMO NO PARQUE ESTADUAL DA FONTE 
GRANDE, VITÓRIA – ES 
Amanda Fernandes Silva1, Luiz Machado Filho2 
1 Universidade Federal do Espírito Santo, Graduanda em Geografia – UFES, amandafernandeslibra@gmail.com 
2 Universidade Federal do Espírito Santo, Mestre em Geologia – UFRJ, l.machado.filho@uol.com.br 
 
 
O Parque Estadual da Fonte Grande encontra-se em uma unidade de conservação, situado no maciço central da 
Ilha de Vitória, no Espírito Santo, Sudeste do Brasil. Inaugurado em julho de 1986, o parque é estadual, 
entretanto é administrado pela prefeitura de Vitória. Sua área atinge 260 hectares, praticamente toda coberta por 
vegetação de mata atlântica e abrange os seguintes morros: Fonte Grande (maior área), Mulundú, Santa Clara, 
Pedra do Vigia, Bastos e Pedra dos Dois Olhos. Apresenta um relevo acidentado e seu ponto culminante atinge 
309 m, sendo o ponto mais elevado da capital. O parque situa-se no interior do maciço granítico Vitória, datado 
em 500 M.a. U-Pb, que faz parte de um conjunto de intrusões em estágio pós-orogênico (Mapa Geológico do ES, 
2013). O maciço é um batólito, com cerca de 10 km de diâmetro, constituído por rochas magmáticas mais 
antigas, mais básicas e escuras, penetradas por fases magmáticas mais claras graníticas e recortado, em uma fase 
final, por pegmatitos. A rocha mais comum na área do parque, aflorando em lajedos e matacões, é um granito 
porfirítico cinza claro, com matriz de granulação grossa, constituída por feldspatos, quartzo, biotita, piroxênio 
e/ou anfibólio, envolvendo pórfiros centimétricos de k-feldspato. Algumas vezes o granito envolve xenólitos de 
rocha mais escura, não orientada e de granulação fina. Ocorrem também tipos com textura equigranular e 
granulação grossa, na parte mais elevada do parque e tipos equigranulares e de granulação média a fina, em 
Fradinhos. O parque possui sede administrativa, onde há um amplo estacionamento e o Centro de Educação 
Ambiental (CEA) integrado a Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Vitória, que é um espaço 
voltado para atividades pedagógicas que atendem escolas e comunidade em geral, com objetivo de estimular 
reflexão, sensibilização e aprendizado sobre temas ambientais, buscando conservação, preservação e 
sustentabilidade do bioma onde estão inseridos. O CEA tem um auditório, onde realiza palestras e promove 
visitas monitoradas de educação ambiental em 10 trilhas no parque, que também despertam os sentidos 
geográficos. O percurso inclui as trilhas: Pedra da Batata, Estrada Tião Sá, Mirante do Mangue, Caverna dos 
Morcegos, do Alpinista, Pedra dos Olhos, Vale do Ganda e Ruínas da Fazenda Boa Vista, e outras atividades, 
como a caminhada ecológica e o projeto lua cheia. Com localização e paisagens privilegiadas, o parque tem 
mirantes naturais como o Mirante Sumaré e Mirante da Cidade, que proporcionam espetaculares e múltiplas 
visões de Vitória e de seu entorno. No alto do Morro da Fonte Grande, porém fora da unidade de conservação, 
existe uma pequena área com torres de rádio e televisão. Elas atraem a atenção de muitas pessoas que circulam 
pela beira-mar e ajudam a direcionar os olhares para as belezas paisagísticas do parque. Pretende-se montar no 
CEA uma coleção de rochas do parque e painéis com textos e fotos ilustrativas sobre a geologia do Maciço 
Vitória e da área do parque, como incremento prático aos conteúdos sobre geologia, trabalhados nas escolas e 
também para turistas. 
 
Apoio: Museu de Minerais e Rochas e Pró-Reitoria de Extensão UFES. Prefeitura Municipal de Vitória. 
Palavras-chave: Fonte Grande, geologia, educação ambiental.

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