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FACULDADE DE PATO BRANCO – FADEP TRABALHO DE PSICOLOGIA E TRABALHO I PATO BRANCO- PR MAIO DE 2019 BRUNA CARDOZO MEIRA JESSICA BARBOSA KANANDA ZATTA TRABALHO DE PSICOLOGIA E TRABALHO I Trabalho acadêmico apresentado na disciplina de Psicologia e Trabalho I do 5° período do curso de Psicologia da Faculdade de Pato Branco - FADEP. Professora: Ms Francieli Dalla Costa. PATO BRANCO – PR MAIO DE 2019 1 INTRODUÇÃO Com base na teoria de necessidades de Maslow, foi enunciada pelo psicólogo Clayton Alderfer e vem reforçar que a motivação humana pode ser calibrada de acordo com uma hierarquia de necessidade. Porém, não de forma linear e progressiva, como afirma o primeiro. As pessoas oscilam aleatoriamente entre as camadas da pirâmide e a qualquer momento uma delas pode sair do topo e retornar para as necessidades da base da pirâmide. Apresenta três fatores essenciais para a motivação humana: necessidade existencial, necessidade de relacionamento e necessidade de crescimento. Fatores essenciais de Alderfer: Necessidades existenciais correspondentes às necessidades básicas de Maslow, ou seja, instintivas e relacionadas à sobrevivência do indivíduo. Necessidades de relacionamento é a necessidade social do ser humano de estabelecer seus relacionamentos interpessoais, ou seja, pertencer aos grupos sociais e prática da sociabilidade. Necessidades de crescimento é a necessidade do ser humano em se destacar pelas suas potencialidades, criando, sugerindo, participando e colaborando com o grupo social e com a humanidade. Alderfer percebia que as pessoas subiam e desciam dentro da hierarquia das necessidades. Devido a tal conclusão, ele diminuindo o número de níveis para três citados a cima, permitindo que as necessidades continuassem fossem padrão independentemente do indivíduo. Essa teoria adota no princípio de frustração e regressão, ou seja, uma necessidade inferior pode ser ativada quando uma necessidade mais elevada não pode ser satisfeita e também sustenta que mais de uma necessidade poder ser focalizada de uma única. 2 DESENVOLVIMENTO TEORIA ERC – CLAYTON ALDERFER (1969) Para Novaes (2007), no final da década de 1960, na tentativa de corrigir algumas das deficiências na hierarquia das necessidades de Maslow, Clayton Alderfer redefiniu as cinco necessidades hierarquizadas e as agrupou em três (ERC): Existência (E), que inclui as necessidades de bem-estar fisiológico e de segurança; Relacionamento (R), que reúne as necessidades sociais e de estima; e Crescimento (C), que equivale à necessidade de auto realização, desejo de crescimento e desenvolvimento pessoal. Segundo Robbins (2005, p.136), “Clayton Alderfer, da Universidade de Yale, trabalhou em cima da hierarquia das necessidades, de Maslow, para alinhá-la melhor com a pesquisa empírica. Esta hierarquia revisada ficou conhecida de teoria ERG (em inglês) ”. Figura 1. Comparação entre a hierarquia das necessidades de Maslow e a teoria ERC. A teoria ERC, (Existência, Relacionamento e Crescimento), segundo Shermerhom, Hunt e Osborn (1999), distingue-se de Maslow em aspectos importantes. Primeiramente, ela reconhece apenas três tipos de necessidade, tais como necessidades existenciais – o desejo de bem-estar fisiológico e material (materiais básicos), necessidades de relacionamento – o desejo de obter relacionamentos interpessoais e satisfatórios (este desejo de status e sociabilidade precisa de interação com outras pessoas para ser atendido) e as necessidades de crescimento – o desejo de constante crescimento e desenvolvimento pessoal. FISIOLÓGICAS SEGURANÇA SOCIAIS AUTOESTIMA REALIZAÇÃO PESSOAL EXISTÊNCIA RELACIONAMENTO CRESCIMENTO Em segundo lugar, segundo Schermehorn, Hunt e Osborn (1999), o que diferencia a teoria de Maslow é que a teoria ERC inclui um componente de frustação – regressão que sugere que quando uma necessidade de nível superior não pode ser satisfeita, ou seja, a frustação, uma necessidade de nível inferior já satisfeita pode ser reativada, isto é, a regressão. Conforme Bowdicth e Buono (1997), Alderfer sugere que o fracasso na satisfação de necessidades do relacionamento ou de crescimento irá causar interesse renovado pelas necessidades de existência. Robbins (2005) resume que, a teoria ERC, assim como a teoria de Maslow, argumenta que as necessidades de nível baixo levam a um desejo de satisfazer as de nível superior, mas várias necessidades podem executar em conjunto como motivadoras; e a frustação em tentar satisfazer uma necessidade que se encontra em um nível alto pode resultar na regressão a uma carência mais baixa. Schermerhorn, Hunt e Osborn (1999 p. 88), afirmam que “a teoria ERC sugere que essa constante ênfase em coisas relacionadas com as necessidades existenciais pode ser exagerada, porque o serviço deixa de satisfazer as necessidades de relacionamento e crescimento”. Sendo assim, é compreensível a tendência de destacar as preocupações de ordem inferior. Segundo Bowditch e Buono (1997), “a noção de que as pessoas moldam seus atos para satisfazer as necessidades insatisfeitas oferece um propósito e uma direção ao comportamento individual, uma ideia atraente para muitos cientistas sociais”. Robbins (2005) relata que diversos estudos dão embasamento à teoria ERC, mas também existem evidências de que ela não funciona em determinadas ocasiões. De maneira geral, ela representa uma versão mais válida da hierarquia das necessidades. Também é considerada a teoria mais coerente com nosso conhecimento das diferenças entre os indivíduos pelas evidências que demonstram que pessoas em culturas diferentes classificam as necessidades de maneiras diversas. 3 CONCLUSÃO Como vimos na teoria ERC de Clayton Alderfer, podemos perceber uma grande vantagem em sua teoria, pois ela permite que nós possamos crescer em vários aspectos, não ficando condicionados ao crescimento de todas as nossas necessidades para podermos estar em “um plano superior”. A ideia de não hierarquização, nos leva a sempre querer buscar o melhor de nós mesmos e, mesmo fracassando, não perdemos tudo, pois sempre somos muito bons em algo. A desvantagem é que, para alguns, essa teoria pode ser usada como desculpa para nunca melhorar naquilo que não é muito bom em si. Mas resumindo, Clayton Alderfer revolucionou o modo de pensar sobre motivação, e ela deve ser pensada e repensada por cada um de nós para que possamos ficar sempre com uma boa estima, animados e acima de tudo, motivados para podermos lutar por cada dia, como se cada um fosse o último que teremos. ” REFERÊNCIAS BOWDITCH, J. L; BUONO, A. F. Elementos de Comportamento Organizacional. São Paulo: Pioneira, 1997. NOVAES, Marília Vieira. A importância da motivação para o sucesso das equipes no contexto organizacional. 2007. Disponível em: <http.://www.pesquisapsicologica.pro.br/pub01/revista_integral1.pdf>. Acesso em: 07 de maio de 2019. ROBBINS, Stephan P. Comportamento Organizacional. 11.ed. São Paulo: Peaeson Pretice Hall, 2005. SCHERMERHORN, J. J. et. Al. Fundamentos de Comportamento Organizacional. 2.Ed. Porto Alegre: Bookman, 1999.
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