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ANATOMIA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR Profa. Ma. Michelle Inês e Silva A T M DEFINIÇÃO A área onde o côndilo da mandíbula se articula com o osso temporal do crânio é chamada de articulação temporomandibular (ATM). (OKESON, 2013) A T M É uma articulação bilateral, interligada pela mandíbula, com movimentos próprios para cada lado, porém simultâneos. A T M Fonte: Wilson Batista Mendes,2013. Plano Frontal ou Coronal Plano Transversal ou Horizontal Plano Transversal ou Horizontal Plano Mediano ou Sagital A ATM é uma diartrose A T M CLASSIFICAÇÃO Composta Sinovial Gingliomoartrodial A T M A ATM é composta pelo osso temporal, pela porção côndilar da mandíbula e pelo disco articular. COMPOSTA A T M Funcionalmente o disco age como um osso não calcificado. COMPOSTA A T M GINGLIMOARTROIDAL Movimento de dobradiça ginglimoidal Movimento de deslize artroidal A T M Articulação mais complexa do corpo, por que proporciona tanto o movimento de dobradiça como de deslizamento GINGLIMOARTROIDAL A T M O líquido sinovial tem duas finalidades: lubrificar prover as necessidades metabólicas. SINOVIAL A T M Possui líquido sinovial no seu interior. Dentro da cápsula articular. SINOVIAL A T M Osso Temporal Mandíbula Ligamentos Membrana sinovial Fluido sinovial Disco articular e zona retrodiscal Músculos Nervos Vasos sanguíneos COMPONENTES ANATÔMICOS A T M OSSOS A T M OSSO TEMPORAL A T M O côndilo mandibular articula-se com a porção escamosa do osso temporal. OSSO TEMPORAL FOSSA ARTICULAR TUBÉRCULO OU EMINÊNCIA ARTICULAR A T M A T M MANDÍBULA A T M Do temporal: concavidade ou fossa articular, e uma convexidade anterior: que é a Eminência articular. SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM A T M Da mandíbula: corresponde ao Côndilo (superfícies articulares do côndilo). SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM A T M São revestidas por cartilagem fibrosa. Tecido avascular; Denso fibroso. Este tipo de cartilagem é apropriada para suportar as cargas provenientes da função. SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM A T M O côndilo possui uma morfologia muito variada, mas sempre convexa em todos os planos. Frontalmente notam-se duas proeminências nas suas extremidades, entre os dois polos apresenta uma ligeira concavidade (fóvea pterigoide), onde se insere o M. pterigoide lateral inferior. SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM A T M Côndilo de uma vista anterior, apresenta projeções medial e lateral, denominadas polos. O polo medial articula-se com a superfície medial da fossa articular. FONTE: Okeson,2013 SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM A T M CAVIDADE GLENÓIDE OU FOSSA ARTICULAR Apresenta uma forma triangular; A porção medial da fossa é reforçada; O teto é delgado. A eminência articular forma a porção anterior da fossa articular. SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM A T M FONTE: Okeson,2013 COMPONENTES ANATÔMICOS APARELHO ESTOMATOGNÁTICO A T M Placa de fibrocartilagem. FONTE: Okeson,2013 SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM A T M DISCO ARTICULAR Está inserido entre o osso temporal e o côndilo mandibular. Age como um osso não calcificado que permite os movimentos da ATM. FONTE: Okeson,2013 SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM A T M DISCO ARTICULAR Composto por tecido conjuntivo fibroso denso. Maior parte desprovido de vasos sanguíneos e inervação. Somente a porção posterior é inervada. SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM A morfologia do disco depende da forma da fossa mandibular e do côndilo. Bicôncavo FONTE: Okeson,2013 A T M SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM DISCO ARTICULAR Corte sagital o disco pode ser dividido em três regiões de acordo com sua espessura: Área Central: ZONA INTERMEDIÁRIA – mais fina. Área Posterior: BORDA POSTERIOR – mais espessa que a borda anterior e que a zona intermediária. Área Anterior: BORDA ANTERIOR – mais espessa que a zona intermediária. A T M SUPERFÍCIES ARTICULARES DA ATM DISCO ARTICULAR A T M CÔNDILO DISCO EMINÊNCIA ARTICULAR Borda Posterior Zona Intermediária Borda Anterior Ligamento Posterior DISCO ARTICULAR A T M FONTE: Okeson,2013 APARELHO ESTOMATOGNÁTICO De um ponto de vista frontal o disco é mais espesso na sua porção medial que na lateral. DISCO ARTICULAR O disco articular se insere posteriormente em uma região de tecido vascularizada e inervada conhecida como Tecido ou Zona Retrodiscal ou Ligamento Posterior.A T M A T M Tecido conjuntivo frouxo, inervado e vascularizado, possuindo fibras elásticas. Possui células endoteliais sinoviais. A porção posterior vai se inserir na placa timpânica e no ligamento capsular. Função: proporcionar suprimento sanguíneo para a produção do líquido sinovial. TECIDO RETRODISCAL O disco articular na sua porção anterior vais se fusionar com a cápsula articular ( quase inexistente nesta área) e com o músculo pterigoideo lateral superior. A T M DISCO ARTICULAR As inserções anteriores e posteriores do disco estão presas ao ligamento capsular que envolve a maior parte da articulação. O disco se insere por medial e lateral ao côndilo. . A T M Isto divide a articulação em duas cavidades, ou Compartimentos DISCO ARTICULAR O compartimento de cima (supradiscal) ou superior delimitada pela superfície superior do disco e pela fossa mandibular. A T M Compartimento Supradiscal da ATM A T M E o compartimento inferior ou de baixo (infradiscal) delimitada pelo côndilo articular e pela superfície inferior do disco. Compartimento Infradiscal da ATM As superfícies internas das cavidades articulares estão rodeadas por células endoteliais especiais que formam um revestimento sinovial, formando a membrana sinovial. Produzem o líquido sinovial. A T M LÍQUIDO SINOVIAL FUNÇÃO NUTRITIVA LUBRIFICAÇÃO A T M LÍQUIDO SINOVIAL Permite que a articulação sofra a ação de cargas, deformando-se , porém sem alterar sua estrutura funcional Existem dois mecanismos de lubrificação pelo líquido sinovial: Lubrificação divisória: ocorre quando a articulação se move e o líquido sinovial é forçado de uma área da cavidade para outra evitando fricção no movimento. A T M LUBRIFICAÇÃO Lubrificação exudativa: capacidade das superfícies articulares absorverem uma pequena quantidade de líquido sinovial. Durante a função da articulação são criadas forças entre as superfícies articulares que empurram o líquido para dentro e para fora dos tecidos articulares eliminando a fricção na compressão. A T M LÍQUIDO SINOVIAL COMPONENTES ANATÔMICOS A T M APARELHO ESTOMATOGNÁTICO A T M Não atuam ativamente na função articulação, agem passivamente como agentes restringentes. Compostos de tecido conjuntivo colagenoso, não se esticam Podem ser alongados. Comprometendo o ligamento e alterando a função articular. LIGAMENTOS A T M Três ligamentos funcionais sustentam a ATM Ligamento capsular; Ligamentos colaterais (discais); Ligamento têmporomandibular. Existem dois ligamentos acessórios: Ligamento Esfenomandibular Ligamento Estilomandibular APARELHO ESTOMATOGNÁTICO LIGAMENTOS LIGAMENTO CAPSULAR Toda a ATM é envolvida pelo ligamento capsular e insere no colo do côndilo. Suas fibras agempara resistir a qualquer força medial, lateral ou inferior que tende a separar ou deslocar as superfícies articulares. A T M Bem delineado e resistente, mantendo em contato com as superfícies articulares durante os movimentos, funcionando como uma “esponja” para retenção do fluido sinovial A T M LIGAMENTO CAPSULAR Prendem as bordas medial e lateral do disco articular aos polos dos côndilos. Ligamento discal medial Ligamento discal lateral São responsáveis por dividir a articulação em dois compartimentos. Restrigem o movimento do disco para fora do côndilo. A T M LIGAMENTOS COLATERAIS (DISCAIS) Reforça o aspecto lateral do ligamento capsular. Composto por duas partes: o Uma porção externa obliqua o Uma porção interna horizontal. A T M LIGAMENTO TEMPOROMANDIBULAR LIGAMENTO TEMPOROMANDIBULAR PORÇÃO EXTERNA A T M Impede a queda excessiva do côndilo – limita a extensão de abertura da boca LIGAMENTO TEMPOROMANDIBULAR PORÇÃO INTERNA A T M Se estende da superfície externa do tubérculo articular e processo zigomático, posterior e horizontalmente, até o polo lateral do côndilo e parte posterior do disco articular. Limita o movimento posterior do côndilo e do disco. Protege a zona retrodiscal É um dos ligamentos acessórios da ATM. Parte da espinha do osso esfenoide, se inserindo na língula da mandíbula. A T M LIGAMENTO ESFENOMANDIBULAR LIGAMENTO ESTILOMANDIBULAR Segundo ligamento acessório. Parte do processo estiloide e se insere no ângulo e borda posterior do ramo da mandíbula. Limita movimento de protrusão excessiva. A T M INERVAÇÃO DA ATM E MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS I N E R V A Ç Ã O Nervo auriculo temporal Nervos temporal profundo e massetérico - adicional INERVAÇÃO Terceira divisão do nervo trigêmeo (mandibular) VASCULARIZAÇÃO DA ATM E MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS Artéria temporal superficial (região posterior da ATM) Artéria Meníngea Média (região anterior da ATM) Artéria maxilar (região inferior) V A S C U L A R I Z A Ç Ã O VASCULARIZAÇÃO É a disciplina científica que procura medir, modelar, explicar, equacionar, categorizar e catalogar os padrões de movimentos das criaturas vivas. (Adrian e Cooper 1998). A ATM é uma articulação extremamente complexa. Pois existem duas ATMs conectadas ao mesmo osso (mandíbula). Uma não pode agir sem influenciar na outra. B M A T M A ATM é uma articulação composta, sua função e estrutura pode ser dividida em dois sistemas distintos: oO primeiro sistema articular envolve a compartimento inferior (zona infra-discal). oO segundo é composto pelo complexo côndilo-disco que trabalha contra a superfície da fossa articular. (Compartimento superior) APARELHO ESTOMATOGNÁTICO B M A T M APARELHO ESTOMATOGNÁTICO B M A T M 1° sistema: Complexo côndilo-disco.B M A T M O disco encontra-se firmemente aderido ao côndilo através dos ligamentos discais lateral e medial. APARELHO ESTOMATOGNÁTICO B M A T M O único movimento fisiológico que pode ocorrer será a rotação do disco na superfície articular do côndilo. Este complexo é responsável pelo movimento de rotação da ATM. B M A T M APARELHO ESTOMATOGNÁTICO B M A T M 2° Sistema: côndilo-disco sobre superfície da fossa articular. O disco não se encontra firmemente preso à fossa articular - movimento deslizante entre estas superfícies é livre. Esse movimento é chamado de translação é quando a mandíbula se move para frente. APARELHO ESTOMATOGNÁTICO B M A T M B M A T M MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO Ocorre no compartimento superior, entre a superfície superior do disco articular e a fossa articular. O disco desta forma comporta-se como um osso, justificando por que a articulação é considerada composta. APARELHO ESTOMATOGNÁTICO B M A T M MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO B M A T M MÁXIMA ABERTURA BOCA FECHADA 50 mm 25 mm 0 mm TRANSLAÇÃO ROTAÇÃO B M A T M Por que o disco não é um menisco? APARELHO ESTOMATOGNÁTICO B M A T M Um menisco é uma fibrocartilagem em forma de cunha que de um lado, está presa à cápsula articular e do outro lado, está solto. O disco articular divide as cavidades articulares separando líquido entre elas. O disco atua no movimento, agindo como verdadeira superfície articular. B M A T M Para um bom funcionamento da ATM : As superfícies articulares não possuem junção ou união estrutural, mas devem ser mantidas em constante contato. B M A T M A estabilidade da articulação é mantida pelos músculos elevadores, mesmo em estado de repouso mantem-se em tônus.B M A T M Quando a atividade muscular aumenta o côndilo é forçado com maior intensidade contra o disco e o disco contra a fossa articular, resultando em um aumento da pressão intra-articular. Em repouso a pressão é baixa. Em apertamento dentário a pressão é alta. B M A T M O contorno e o movimento do disco permitem contato constante das superfícies articulares – estabilidade articular. B M A T M A medida que aumenta a pressão intra-articular o côndilo se instala na zona intermediária. Quando a pressão reduz e o espaço do disco é ampliado, a porção mais espessa do disco é rotacionada para preencher este espaço. B M A T M A direção de rotação do disco é determinada pelas estruturas que prendem o disco na porção anterior e posterior. B M A T M Por que o disco articular acompanha o côndilo no movimento de abertura e fechamento? B M A T M O mecanismo pelo qual o disco é mantido com o côndilo durante o movimento de translação depende: Morfologia do disco Pressão intra-articular. B M A T M A medida que aumenta a pressão intra-articular o espaço do disco se estreita o que intensifica o assentamento do côndilo nesta zona. O côndilo assentado na zona intermediária. B M A T M Durante a translação a combinação da morfologia do disco com a pressão intra-articular mantém o côndilo na zona intermediária e o disco é forçado a transladar para frente com o côndilo. B M A T M No retorno, a força de retração da lâmina retrodiscal superior segura o disco em uma rotação tão posterior no côndilo quanto a largura do espaço articular permitir. A pressão intra-articular e a morfologia do disco evitam que este seja retraído de forma exagerada. Por isso que o disco não volta abruptamente. B M A T M Função do Músculo Pterigoideo Lateral Superior Boca fechada, o PLS músculos em um estado de tônus. Pressão articular- baixa o MPLS rotacional o disco para uma posição mais anterior, quanto o espaço da cavidade permitir. B M A T M Durante a mastigação unilateral. O MPLS estabiliza a articulação. Estas vão receber forças diferentes, na articulação ipsilateral ele moverá o disco articular anteriormente para que não ocorra a falta de contato entre as superfícies articulares. B M A T M APARELHO ESTOMATOGNÁTICO O funcionamento normal da ATM deve seguir alguns princípios: Os ligamentos não participam ativamente do funcionamento. Os ligamentos não se esticam. As superfícies articulares das ATMs devem ser mantidas em contato constante. B M A T M A T M
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