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Sociedade dos poetas mortos- relato

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Análise crítica: Filme- Sociedade dos poetas mortos
O filme sociedades dos poetas mortos, é uma longa metragem que ocorre no ano de 1959, na famosa Academia de Welton nos Estados Unidos, conhecida pelos seus valores e preceitos conservadores tradicionais, voltada para a formação de líderes, com uma forte influência na escolha profissional desses jovens, tanto por parte da Academia, quanto dos familiares, pois a meta era levar esses jovens a adentrarem na Universidade de Harvard. A academia caminha na linha de três grandes pilares: honra, disciplina e excelência, na qual devem ser seguidos rigorosamente. 
John Keating (Robin Williams), o atual professor de literatura, confronta esse modelo vigente, e demanda transmitir os valores artísticos e a liberdade que cada um tem oculto dentro de si, através da poesia, pois os mesmos são reprimidos dentro da Welton e por suas famílias, pois pra época era tido como tabu.
Keating, instigava o pensar dos jovens sobre a existência, e sobre a delicadeza do viver. Em sua primeira aula ele apresenta uma famosa frase em latim, que se propaga no decorrer de todo o filme: “Carpe Diem”, que significa, “Aproveite o dia”, e isso suscitou nos meninos um desabrochar das suas vontades, das suas capacidades, das suas emoções, e visão de mundo. Com esse suscitar, o jovem Neil Perry (Robert Sean Leonard), descobre que Keating fez parte de um grupo chamado Sociedade dos Poetas Mortos, e junto com um grupo de amigos formam também um novo grupo, reunindo-se a noite em uma caverna próximo a Academia sem a permissão dos demais formadores. Tudo isso os levaram a uma trajetória por entre a poesia, permitindo-os através dos clássicos literários a chegarem a tantas respostas.
Num viés metodológicos sobre os processos grupais existentes e visíveis dentre todo o filme, é pertinente relatar que em nossas vivências diárias, nos encontramos sempre, ou quase sempre, rodeados por grupos e em grupos (Família, escola, amigos...), que em sua grande maioria estão ligadas a um mesmo objetivo. Porem mesmo com essa ligação em comum há suas singularidades individuais. Estar adentro de um grupo, é estar ciente da existência de conflitos e discordâncias que necessitam de acordos que vão conduzindo a situação, afim de soluciona-los. 
Através do filme podemos observar algumas situações de contextos grupais, que ajuda a compreender os fatores terapêuticos, que são processo que acontece através das interações de experiências humanas. 
Num primeiro momento podemos citar de forma geral a própria Academia como sendo um grupo que dita suas regras de forma rígida, homogeneizando o ambiente, não considerando a subjetividade dos jovens, sendo assim um grupo não facilitador para mudanças e resoluções dos conflitos existentes. 
O professor Keating era um grande facilitador dentro do grupo em sala de aula. Ele buscava libertar através da poesia, de modo singular cada jovem pra uma vivencia consigo mesmo e com meio, isso tornava a relação deles confiáveis, seguras e afetivas, e tudo isso são caraterísticas do fator terapêutico de coesão grupal, pois os jovens se sentiam confortáveis e amparados em sala de aula (grupo), o que liga a outro processo terapêutico: o instilação da esperança, pois Keating pretendia mostrar que cada um dos meninos eram capazes de realizar seus desejos e metas, que eles não eram meros sonhadores, mas que poderiam ir muito além do que a Welton, e seus pais os impusera. (Cena que Keating, pedia para que eles subissem na mesa, e pudessem enxergar a vida de uma outra forma). “Quando você pensa que conhece alguma coisa, você tem que olhar de outra forma. Mesmo que pareça bobo ou errado, você deve tentar!”Outro grupo existente era o próprio grupo sociedade dos poetas mortos, onde os jovens estavam unidos num objetivo de serem o que verdadeiramente eram, sem as regras da Academia e de seus parentes. Na caverna eles viviam a liberdade, por estarem em um meio que aspiravam da mesma ideia, junto aos clássicos literários e artes no geral. E dentro desse grupo o jovem Neil busca animar Todd A. Anderson (Ethan Hawke) dentro da sociedade, pelo fato de Todd ser tímido e não gostar de falar em público, e Neill o deixa responsável pelas atas das reuniões. E também o próprio professor Keating, o estimula a recitar a poesia em sala de aula, o fazendo ter novas experiências que até então eram ocultas pela sua timidez e insegurança. Essas situações ocorrem no fator terapêutico de aprendizagem interpessoal, onde a relação com o outro contribui na formação do sujeito, na qual busca experiências emocionais corretiva dentro do grupo.
Neil, ele vivia um grande conflito com sua família pois ele não fazia aquilo que almeja, mas realizava a vontade de seus pais. O pai busca através do filho, realizar o sonho que ele nunca teve oportunidade, que era medicina. E Neil acatava as ordens de seu pai, que era carrasco nas suas posições. Então essa situação pode ser ligada aos fatores terapêuticos existenciais, que relaciona aos fatos da existência, do ser humano, sobre as responsabilidades da própria vida. Como diz Victor Frankly: “O que faço daquilo que fazem de mim”. E isso era um dilema de Neil, pois seu sonho era atuar, encenar, viver arte, era onde ele via significado da vida, e tudo que ia de contrário a isso, não mais fazia sentido pra ele, mas quase sempre aceitava os fatos injustos impostos. 
O professor Keating tentou ajudar Neil, o encorajando a procurar seu pai e falar a verdade, dizer com sinceridade e convicção o que sentia, o que desejava. E dentro dos fatores terapêuticos, há o compartilhamento de informações, mais especificamente o aconselhamento direto, que juntos chegarão a um resultado, que no caso era o de Neil falar com seu pai. Aqui caberia o fator de recapitulação corretiva do grupo familiar primário, porem Neil não conseguia enfrentar o conflito, fato esse, que ele não falou a seu pai sobre sua vontade de atuar na peça e foi sem avisa-lo, mentindo também pra o professor.
Nas reuniões da sociedade dos poetas mortos eles buscavam mostrar que estavam todos na mesma circunstância, que não precisava ter medo pois ninguém estava só na situação. Aqui poderíamos ligar ao fator da universalidade, onde eles compartilhavam de sentimentos profundos, como era o caso de Knox T. Overstreet (Josh Charles), que é completamente apaixonado por Chris Noel (Alexandra Powers), e outros que compartilhavam seus sentimentos. Assim como Keating, que conduzia a uma libertação daqueles jovens, mas ao mesmo tempo sabia da singularidade de cada um.
Toda composição de grupo necessita de sistematização perante o objetivo, como por exemplo, o grupo de amigos (sociedade dos poetas mortos), que tinham uma união de ajuda quando precisavam sair para se reunirem fora da academia, e ao mesmo tempo a existência dos conflitos, apresentados ao final do filme, quando alguns entregam o grupo ao diretor, isso devido não ter existido uma boa comunicação e articulação pra solucionarem os supostos conflitos, talvez pelo fato do sentimento de individualidade estar prevalecendo entre o grupo.
“Só nos seus sonhos o homem é realmente livre, é assim e sempre vai ser. (Carpe Diem)” (Professor Keating- Filme- Sociedade dos Poetas Mortos)

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