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Norma Técnica para Laboratórios de Análises Clínicas

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Portaria nº 407/2002 – Laboratórios de Análises Clínicas 
02/ 05/ 2002 
Aprova NORMA TÉCNICA que trata das condições de funcionamento dos 
Laboratórios de Análises e Pesquisas Clínicas, Patologia Clínica e Congêneres, dos 
Postos de Coleta Descentralizados aos mesmos vinculados, regulamenta os 
procedimentos de coleta de material humano realizados nos domicílios dos 
cidadãos, disciplina o transporte de material humano e dá outras providências 
O Secretário de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições legais, 
considerando: 
que, a Constituição Federal estabelece as competências da União e dos Estados da 
Federação para tratarem concorrentemente das questões que dizem respeito à 
saúde dos cidadãos; 
que, compete à direção estadual do Sistema Único de Saúde , estabelecer normas 
para o controle e a avaliação das ações e dos serviços de saúde, incluindo Normas 
Técnicas especiais de vigilância sanitária, conforme artigo 41, parágrafo único, da 
Lei nº 6.066 de 31.12.99. 
que, a Lei Federal N° 8.078, de 11­09­90 (Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor), estabelece que os produtos e serviços não acarretarão riscos à saúde 
e segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis, 
obrigando­se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações 
necessárias e adequadas a seu respeito; 
que, no interesse da proteção da saúde, segurança e bem­estar do indivíduo e da 
coletividade de pessoas contra os agravos provocados por práticas no fornecimento 
e na prestação de serviços, impõe­se disciplinar e normatizar o funcionamento dos 
estabelecimentos que, por suas características e finalidades, destinem­se à coleta e 
processamento de material humano visando à realização de exames e testes 
laboratoriais, bem como dos estabelecimentos que destinem­se, exclusivamente, à 
coleta de material humano em regime ambulatorial; 
que, no interesse da proteção da saúde, segurança e bem­estar do indivíduo e da 
coletividade de pessoas, faz­se necessário normatizar a execução dos 
procedimentos de coleta de material humano nos domicílios dos cidadãos, assim 
como disciplinar a coleta, o transporte e o processamento destes materiais, 
objetivando a adoção de medidas destinadas a prevenir acidentes que envolvam 
clientes e profissionais, preservar a saúde dos trabalhadores envolvidos com tais 
atividades e, ainda, o meio ambiente; 
que, no interesse da informação e segurança do indivíduo e da coletividade de 
pessoas, medidas devem ser adotadas para disciplinar a veiculação de publicidade e 
o fornecimento de informações que possam induzir ou estimular a realização de 
exames e testes laboratoriais sem indicação de médico ou de cirurgião­dentista; 
que, os técnicos da Divisão de Vigilância Sanitária elaboraram estudos que 
embasaram a proposição de Norma Técnica submetida à consulta pública, através 
da publicação da Portaria nº 323­R de 09.07.01, de forma a propiciar a participação 
da sociedade civil; e, 
que, foram incorporadas ao ANEXO desta Portaria inúmeras contribuições 
tecnicamente fundamentadas apresentadas por representantes de instituições
universitárias, sociedades científicas, entidades classistas e estabelecimentos 
assistenciais de saúde, resolve: 
Resolve: 
Artigo 1º ­ Aprovar a NORMA TÉCNICA de que trata o ANEXO desta Portaria. 
Artigo 2º ­ O disposto nesta Portaria, aplica­se às pessoas físicas e jurídicas, de 
direito privado e público, envolvidas direta e indiretamente com o funcionamento 
de Laboratórios de Análises e Pesquisas Clínicas, Patologia Clínica e Congêneres, 
com o funcionamento de Postos de Coleta Descentralizados, com a execução de 
procedimentos de coleta de material humano nos domicílios dos cidadãos, com o 
transporte do material humano coletado para a realização de exames ou testes 
laboratoriais e, ainda, com a veiculação de publicidade e informações sobre a 
realização de exames e testes laboratoriais. 
Artigo 3º ­ O descumprimento do estabelecido no ANEXO desta Portaria constituirá 
infração à legislação sanitária e, no que couber, à Lei Estadual Nº 6.066 de 
31.12.99, ou instrumento legal que vier a substituí­la, sem prejuízo das demais 
penalidades cabíveis previstas em lei. 
Artigo 4º ­ Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, ficando 
revogada as disposições em contrário. 
JOSÉ CARLOS CARDOSO 
Secretário de Estado da Saúde 
ANEXO 
I­Definições 
Para os efeitos desta Norma Técnica, são adotadas as seguintes definições: 
I.1­ LABORATÓRIOS DE ANÁLISES E PESQUISAS CLÍNICAS, PATOLOGIA CLÍNICA E 
CONGÊNERES: 
estabelecimentos destinados à coleta e ao processamento de material humano 
visando a realização de exames e testes laboratoriais, que podem funcionar em 
sedes próprias independentes ou, ainda, no interior ou anexados a 
estabelecimentos assistenciais de saúde cujos ambientes e áreas específicas 
obrigatoriamente devem constituir conjuntos individualizados do ponto de vista 
físico e funcional. 
I.1.1­ Os estabelecimentos com as finalidades descritas no item 1, que localizam­ 
se no interior ou anexados a estabelecimentos de saúde sob responsabilidade 
médica, tais como hospitais, serviços de urgência e emergência, hospital­dia, 
ambulatórios e congêneres, compartilhando, portanto, o uso de dependências 
comuns com outras unidades e serviços destes estabelecimentos serão 
denominados Unidades de Laboratórios de Análises e Pesquisas Clínicas, Patologia 
Clínica e Congêneres. Estes estabelecimentos poderão ser operados pelas próprias 
empresas, instituições ou entidades onde estão inseridos ou por terceiros.
Para os efeitos desta Norma, estes estabelecimentos serão também denominados 
Unidades de Laboratórios Clínicos. 
I.1.1.2­ Os estabelecimentos com as finalidades descritas no item 1 que 
funcionarem em sedes próprias, não se localizando no interior ou anexados a 
estabelecimentos de saúde serão denominados Laboratórios Clínicos Autônomos. 
I.1.1.3­ As filiais dos Laboratórios Clínicos Autônomos com a finalidade de análise 
e pesquisa clínica deverão atender as normas sanitárias estabelecidas para 
funcionamento de Laboratórios de Análise, Pesquisa Clínica, Patologia Clínica e 
Congêneres. 
I.1.1.4­ Os estabelecimentos com as características e finalidades descritas no item 
1 e com as características descritas nos sub­itens I.1.1 e I.1.1.2., são aqueles que 
realizam:os exames e testes laboratoriais mínimos, afetos aos campos de diagnose 
específicos em Parasitologia, Urinálise, Microbiologia, Bioquímica, Hematologia e 
Imunologia, podendo ou não realizar demais exames e testes laboratoriais, 
inclusive aqueles exames e testes afetos a outros campos de diagnose específicos. 
I.1.2­ POSTOS DE COLETA DESCENTRALIZADOS: 
São estabelecimentos de saúde destinados, exclusivamente, a execução de 
procedimentos de coleta de material humano para envio aos Laboratórios de 
Análises e Pesquisas Clínicas, Patologia Clínica e Congêneres para a realização de 
exames e testes laboratoriais, e que podem ou não compartilhar o uso de 
dependências de estabelecimento de saúde. 
Os Postos de Coleta Descentralizados devem ser vinculados técnica e formalmente 
a Laboratórios de Análises e Pesquisas Clínicas, Patologia Clínica e Congêneres. 
I.2­ PROCEDIMENTOS DE COLETA DE MATERIAL HUMANO: 
São considerados procedimentos de coleta de material humano os de:sangue, 
urina, fezes, suor, lágrima, linfa (lóbulo do pavilhão auricular, muco nasal e lesão 
cutânea), escarro, esperma, secreção vaginal, raspado de lesão epidérmica 
(esfregaço), mucosa oral (esfregaço), raspado de orofaringe, secreção e mucosa 
nasal (esfregaço), conjuntiva tarsal superior (esfregaço), secreção mamilar 
(esfregaço), secreção uretral (esfregaço), swab anal, raspados de bubão inguinal e 
anal/perianal, coleta por escarificação de lesão seca/swab em lesão úmida e de 
pêlos e de qualquer outro materialhumano necessário para exame diagnóstico. 
I.2.1­ COLETA DOMICILIAR: 
Prestação de serviços que consiste na execução domiciliar de procedimentos de 
coleta de material humano, com finalidades diagnóstica, pré­operatória, de 
acompanhamento clínico ou de investigação epidemiológica. 
I.3­ LAUDO TÉCNICO:I 
Impresso padronizado, contendo inscrita a identificação dos estabelecimentos, 
destinado exclusivamente ao registro de resultados de exames e testes 
laboratoriais, de informações que com os mesmos se relacionem e, ainda, de 
informações previstas nesta Norma Técnica e na legislação em vigor. 
I.4­ BOX DE COLETA:
Ambiente específico para a execução, exclusiva, de coleta de material humano, 
delimitado em todas as suas faces por elementos construtivos ou divisórias que 
permitam o completo isolamento visual. 
II­ DA PUBLICIDADE 
II .1­ Os Responsáveis Técnicos pelos estabelecimentos de que trata esta Norma 
Técnica, que, por qualquer forma ou meio de comunicação, diretamente ou através 
de prepostos, fizerem veicular peças publicitárias, deverão informar clara e 
adequadamente sobre a natureza dos serviços prestados, no interesse da 
preservação da vida, da saúde, da segurança, da informação e do bem­estar dos 
indivíduos. 
II .1.1­ Para os efeitos desta Norma Técnica, a veiculação, por qualquer forma ou 
meio de comunicação, diretamente ou indiretamente, de peças publicitárias que 
tratem da realização de exames e testes laboratoriais que não sejam executados 
pelos próprios Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
somente poderá se dar contendo as inscrições, claras e precisas, dos nomes de 
empresas, instituições ou entidades, formalmente contratadas, que realizarem os 
exames e testes laboratoriais que não sejam executados pelos próprios. 
II .1.2­ A veiculação de peças publicitárias, por qualquer forma ou meio de 
comunicação, diretamente ou indiretamente, em desacordo com o disposto no sub­ 
item II.1.1 do presente Título, tipificará o fato da publicidade enganosa. 
II .2­ Para os efeitos desta Norma Técnica, é vedada a veiculação de peças 
publicitárias, por qualquer forma ou meio de comunicação, diretamente ou 
indiretamente, que venham a induzir ou estimular os clientes a realizarem, 
rotineiramente ou não, exames e testes laboratoriais sem indicação de médico ou 
de cirurgião­dentista no desempenho de suas respectivas atividades profissionais. 
II .3­ As autoridades sanitárias competentes, sempre que tomarem conhecimento 
das práticas de publicidade enganosa e daquelas que contrariem esta norma 
deverão adotar as providências que forem pertinentes ao seu campo de 
competência legal e, concomitantemente, oficiar os fatos e enviar ao Ministério 
Público cópias de documentos fáticos recentes, dentre eles o Relatório de Inspeção 
do estabelecimento. 
II I­ DOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES E PESQUISAS CLÍNICAS, PATOLOGIA 
CLÍNICA E CONGÊNERES 
II I.1. DA LICENÇA DE FUNCIONAMENTO 
Os Laboratórios de Análises e Pesquisas Clínicas, Patologia Clínica e Congêneres 
(Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos) somente 
poderão funcionar mediante licença sanitária, expedida pelos órgãos sanitários 
competentes. 
II I .1.1­ Aos Centros de Diagnoses, que prestem serviços que envolvam a 
utilização de radiação ionizante somente poderão funcionar com licenças sanitárias 
específicas para funcionamento de equipamentos emissores de radiação ionizante 
tendo ou não Unidades de Laboratórios Clínicos, após a verificação do cumprimento 
das disposições inscritas na legislação em vigor e nesta Norma.
II I.1.1.2­ Somente será concedida e expedida, pelas autoridades sanitárias 
competentes, licença sanitária para Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de 
Laboratórios Clínicos após: 
A.  Aprovação, pelos órgãos sanitários competentes, dos projetos de 
construção, reforma ou adaptação de edificações que sediarão estes 
estabelecimentos de saúde. 
B.  Realização de inspeções, por equipes técnicas, a fim de certificarem­se do 
cumprimento das normas previstas na legislação sanitária. 
C.  Análise de documentos que atestem a habilitação de todos os profissionais 
contratados nos termos da legislação trabalhista em vigor ou a título de 
prestação de serviços. 
D.  No caso dos profissionais contratados a título de prestação de serviços, 
deverá ser exigida a apresentação de documentos que confiram forma 
jurídica ao acordado entre as partes, nos termos da lei. 
E.  Análise de documentos contendo a relação dos nomes dos exames e testes 
laboratoriais que serão realizados, assim discriminado (s) segundo a (s) 
responsabilidade (s) por sua realização: 
1­ exames e testes realizados pelos próprios estabelecimentos; 
2­ exames e testes realizados por outros estabelecimentos pertencentes às 
próprias empresas, instituições ou entidades; 
3­ exames e testes realizados por estabelecimentos, formalmente 
contratados, pertencentes a outras empresas, instituições ou entidades. 
F.  Apresentação de contratos de terceirização com os estabelecimentos que 
realizam pesquisas ou exames para o contratante constando exames a 
serem contratados. 
G.  Deverá ser apresentada a licença sanitária do(s) estabelecimentos 
contratado(s). 
H.  Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos que 
manuseiam radioisótopos, "in vitro" ou "in vivo", deverão apresentar a 
autorização pertinente expedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear 
­ CNEN. 
II I.1.1.3­ Os Postos de coleta para solicitarem licença sanitária deverão 
apresentar a relação dos locais que recebem os materiais coletados para serem 
processados assim como a licença sanitária deste(s). 
II I .2­ DO CONTROLE E FISCALIZAÇÃO 
Os estabelecimentos de saúde de que trata esta norma, no caso de mudança de 
suas sedes de funcionamento, deverão atender às disposições para licenciamento 
desta Norma Técnica e da legislação vigente. 
II I .3­ DAS RESPONSABILIDADES TÉCNICAS 
II I.3.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
obrigatoriamente, somente poderão funcionar com a presença de profissionais 
responsáveis. 
II I .3.2­ A assunção de responsabilidades técnicas pelos Laboratórios Clínicos 
Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, poderá ser pleiteada pelos 
seguintes profissionais legalmente habilitados pelos respectivos conselhos 
profissionais:
A.  médico, em conformidade com o Decreto Federal N° 20.931, 11­01­32, que 
Regula e Fiscaliza o Exercício da Medicina no Brasil; 
B.  farmacêutico, em conformidade com o Decreto Federal N° 20.377, de 08­ 
09­31, a Lei Federal N° 3.820, de 11­11­60, o Decreto Federal N° 85.878, 
de 07­04­81, que Estabelece Normas Sobre o Exercício da Profissão de 
Farmacêutico; 
C.  biomédico, em conformidade com a Lei Federal N° 6.684, de 03­09­79, que 
Regulamenta as Profissões de Biólogo e de Biomédico, o Decreto Federal N° 
88.439, de 28­06­83, que Dispõe sobre a Regulamentação do Exercício da 
Profissão de Biomédico, a Lei Federal N° 6.686, de 11­09­79, sem as 
expressões consideradas inconstitucionais e a Lei Federal N° 7.135, de 26­ 
10­83, pelo Supremo Tribunal Federal, Representação 1.256­DF, Acórdão 
STF, de 20­11­85, ratificado pela Resolução N° 86, de 24­06­86, do Senado 
Federal; 
D.  biólogo, em conformidade com a Lei Federal N° 6.684, de 03­09­79, que 
Regulamenta as Profissões de Biólogo e de Biomédico, e o Decreto Federal 
N° 88.438, de 28­06­83, que Dispõe sobre a Regulamentação do Exercício 
da Profissão de Biólogo. 
II I.3.3­ A assunção de responsabilidades técnicas pelos Laboratórios de 
Toxicologia Clínica, poderá ser pleiteada pelos seguintes profissionais legalmente 
habilitados pelos respectivos conselhos profissionais: 
A.  médico; 
B.  farmacêutico; 
C.  químico, em conformidade com a Lei Federal N° 2.800, de 18­06­56,e o 
Decreto Federal N° 85.877, de 07­04­81, que Estabelece Normas Sobre o 
Exercício da Profissão de Químico. 
II I.3.4­ Os Responsáveis Técnicos pelos Laboratórios Clínicos Autônomos e 
Unidades de Laboratórios Clínicos, obrigatoriamente serão, também, os 
Responsáveis Técnicos pelos Postos de Coleta Descentralizados aos mesmos 
vinculados técnica e formalmente. 
II I.3.4.1­ As filiais dos Laboratórios Clínicos Autônomos especificadas no item 
I.1.1.3 deverão possuir responsável técnico próprio. 
II I .3.5­ Os Responsáveis Técnicos pelos Laboratórios Clínicos Autônomos e 
Unidades de Laboratórios Clínicos, estes últimos solidariamente com os 
Responsáveis Técnicos pelos estabelecimentos assistenciais de saúde, responderão 
por quaisquer transtornos ou danos ocasionados aos clientes derivados da 
inapropriada orientação, coleta, conservação, preparo, acondicionamento, 
transporte do material coletado, processamento e realização de exames e testes 
laboratoriais, assim como por transtornos ou danos decorrentes de erros na 
informação de resultados. 
II I .3.5.1­ A operação de Unidades de Laboratórios Clínicos por terceiros, não 
eximirá os Responsáveis Técnicos pelos estabelecimentos assistenciais de saúde de 
responsabilização por quaisquer transtornos ou danos ocasionados aos clientes. 
II I .3.6­ O disposto nos itens III.3.5, III.3.5.1 do presente Título, aplicar­se­á, 
também, a quaisquer transtornos ou danos ocasionados aos profissionais de saúde 
e aos trabalhadores de frotas de veículos automotores, bem como de empresas que 
transportam objetos e coisas, que sejam derivados do descumprimento do 
estabelecido nesta Norma Técnica em relação ao transporte de material humano 
para a realização de exames e testes laboratoriais.
II I.4. DOS CADASTROS 
II I.4.1­ Os órgãos de vigilância sanitária competentes organizarão o Cadastro de 
Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, da seguinte 
forma: 
A.  registro, no Cadastro destes estabelecimentos, de informações sobre a 
existência de Postos de Coleta Descentralizados aos mesmos vinculados 
técnica e formalmente; 
B.  registro, no Cadastro destes estabelecimentos, de informações sobre a 
execução domiciliar de procedimentos de coleta de material humano; 
C.  registro, no Cadastro destes estabelecimentos, de informações sobre a 
implantação do Programa de Garantia de Qualidade. 
II I.5 DA ORGANIZAÇÃO 
II I.5.1­ DA IDENTIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS 
II I.5.1.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
deverão ser clara e precisamente identificados, mediante o emprego de artefatos 
de comunicação visual de quaisquer natureza, de forma que as suas finalidades 
sejam facilmente compreendidas pelo público. 
II I .5.1.2­ Deverão ser afixados em locais onde possam ser facilmente lidas por 
clientes, acompanhantes e circunstantes, utilizando­se para este fim de quaisquer 
artefatos de comunicação visual, as seguintes informações: Razão social, nome 
fantasia, CNPJ e os nomes dos Responsáveis Técnicos e os números de suas 
inscrições nos Conselhos Regionais de Exercício Profissional do Estado do Espirito 
Santo. 
II I .5.2­ DOS REGISTROS E DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE 
II I.5.2.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
deverão manter cópias de instrumentos organizacionais e de relações contendo os 
nomes dos profissionais que trabalham regularmente nestes estabelecimentos, de 
maneira que possam ser objeto de rápida verificação por parte das autoridades 
sanitárias competentes. 
II I .5.2.1.1­ Entende­se por trabalho regular nos estabelecimentos, a execução no 
interior de suas dependências de atividades afetas ao exercício de profissões ou 
ocupações do campo da saúde ou não, mediante contrato trabalhista ou a título de 
prestação de serviços. 
II I .5.2.2­ Nos estabelecimentos de que trata o presente Título, os registros 
deverão ser inscritos de forma clara, precisa e completa, em todas as fases do 
processo de produção de serviços, desde a coleta e recebimento de amostras de 
material humano até a emissão de Laudos Técnicos. 
II I .5.2.2.1­ Os registros a que se refere o item anterior, deverão propiciar a 
rastreabilidade de todo o processo de produção nos dois sentidos, ou seja, 
tomando­se como início do rastreamento a amostra ou o Laudo Técnico. 
II I .5.2.3­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
deverão manter os arquivos dos seguintes Instrumentos de Controle, devidamente
atualizados e organizados de tal forma que possam ser objeto de rápida verificação 
por parte das autoridades sanitárias competentes: 
A.  o cadastro de Clientes Atendidos. 
B.  O controle de Laudos Técnicos emitidos e entregues. 
C.  Controle de Amostras Tecnicamente Comprometidas­ (Controle de Rejeição 
e Repetição de Coleta de Material Humano Tecnicamente Comprometido) 
com base em critérios de Aceite e Recusa de Amostras estabelecidos pelo 
Responsável Técnico. 
II I .5.2.4­ Os arquivos dos Instrumentos de Controle de que tratam os sub­itens a, 
b, e c, do item III.5.2.3 deverão conter os seguintes registros mínimos: 
1.  identificação dos clientes: nome completo, idade, sexo, endereço, forma de 
contato ágil (telefone do trabalho, de parentes, de vizinhos, residencial ou 
outros) e o nome do responsável legal quando for o caso; 
2.  as datas e os horários em que foram efetuadas as coletas, as datas e os 
horários de recebimento do material e, ainda, os nomes dos profissionais 
responsáveis pela coleta e recebimento do material humano; 
3.  os nomes completos dos médicos ou dos cirurgiões­dentistas solicitantes, 
seus respectivos números de inscrição nos Conselhos Regionais de Exercício 
Profissional do Estado do Espirito Santo e os nomes de todos os exames e 
testes laboratoriais solicitados; 
4.  as datas da entrega dos Laudos Técnicos de todos os exames e testes 
laboratoriais aos clientes, nos seus domicílios ou a terceiros mediante prévia 
autorização dos clientes e/ou aos médicos ou cirurgiões­dentistas 
solicitantes; 
5.  as datas das coletas que foram repetidas em função das primeiras amostras 
se apresentarem comprometidas tecnicamente para a realização de exames 
e testes laboratoriais; 
6.  as razões de natureza técnico­operacional que resultaram no 
comprometimento das amostras e demandaram a sua rejeição e/ou a 
repetição dos procedimentos de coleta de material humano. 
II I.5.2.4.1­ O Cadastro de Clientes Atendidos e o Controle de Laudos Técnicos 
poderão constituir um Instrumento de Controle único. 
II I .5.2.4.2­ Os Instrumentos para Controle de Amostras Tecnicamente 
Comprometidas, deverão conter os registros de que tratam os números 1, 5 e 6, do 
item III.5.2.4. 
II I .5.2.5­ No caso de informatização dos arquivos de Instrumentos de Controle, 
deverão ser realizadas cópias de segurança dos mesmos mantendo­se os disquetes 
ou discos compactos (CDs), devidamente identificados, nos próprios 
estabelecimentos para análise das autoridades sanitárias competentes. 
II I .5.2.5.1­ Recomenda­se a adoção do menor intervalo de tempo possível entre a 
realização de uma cópia de segurança e outra, a juízo dos Responsáveis Técnicos 
pelos estabelecimentos. 
II I .5.2.6­ Os arquivos de Cadastro de Clientes Atendidos e de Controle de Laudos 
Técnicos, deverão ser mantidos, no mínimo, durante 05 (cinco) anos, utilizando­se 
no processo de arquivamento o ordenamento cronológico.
II I.5.2.6.1­ Recomenda­se a manutenção dos arquivos de Controle de Amostras 
Tecnicamente Comprometidas, no mínimo, durante 02 (dois) anos, utilizando­se no 
processo de arquivamento o ordenamento cronológico. 
II I .5.2.7­ Os resultados dos exames e testes realizados, obrigatoriamente, serão 
emitidos em impressos próprios para Laudos Técnicos que deverão conter os 
seguintesregistros: 
1.  a identificação dos clientes e a identificação clara, precisa e completa dos 
estabelecimentos responsáveis pelas análises clínico­laboratoriais; 
as datas das coletas ou do recebimento das amostras, as datas da emissão 
dos Laudos Técnicos e os nomes do profissionais que os assinam e seus 
respectivos números de inscrições nos Conselhos Regionais de Exercício 
Profissional do Estado de Espirito Santo; 
o nome do material humano analisado, o nome do exame realizado e o 
nome do método utilizado; 
os valores de referência normais e respectivas unidades; 
o valor do resultado do exame ou teste laboratorial e respectiva unidade. 
II I.5.2.8­ Deverão constar dos Laudos Técnicos contendo resultados de Testes 
para a Detecção de Anticorpos Anti­Vírus da Imunodeficiência Humana (Anti­HIV), 
obrigatoriamente, as seguintes informações: 
A.  As metodologias e antígenos virais utilizados em cada ensaio, conforme o 
estabelecido no ANEXO I, da Portaria N° 488/SVS, de 17­06­98, do 
Ministério da Saúde. 
B.  Diagnóstico Sorológico da Infecção pelo HIV, que, somente poderá ser 
confirmado e expedido após a análise de, no mínimo, 02 (duas) amostras de 
sangue coletadas em momentos diferentes, conforme dispõe a Portaria N° 
488/SVS, de 17­06­98, do Ministério da Saúde. 
II I.5.2.9­ Os Laudos Técnicos emitidos pelos Laboratórios Clínicos Autônomos e 
Unidades de Laboratórios Clínicos, deverão ser devidamente assinados pelos seus 
Responsáveis Técnicos e/ou por profissionais legalmente habilitados, de nível 
superior, pertencentes aos quadros de recursos humanos destes estabelecimentos. 
II I .5.2.10­ Os Laudos Técnicos deverão ser entregues diretamente aos clientes ou 
aos seus representantes legais, se for o caso, e, ainda, indiretamente através dos 
profissionais de estabelecimentos de saúde, no caso de Postos de Coleta 
Descentralizados. 
II I.5.2.10.1­ Os resultados dos exames e testes laboratoriais, poderão ainda ser 
entregues: 
1.  nos domicílios dos clientes, caso estes, quando da coleta de amostras, 
autorizem tal modalidade de entrega, mediante assinatura de impressos dos 
próprios Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios 
Clínicos; 
2.  a indivíduos nominados pelos clientes, caso estes, quando da coleta de 
amostras, autorizem terceiros a receberem os Laudos Técnicos, mediante
assinatura de impressos dos próprios Laboratórios Clínicos Autônomos e 
Unidades de Laboratórios Clínicos. 
3.  Através da rede eletrônica de comunicação ,caso estes, quando da coleta de 
amostras, autorizem tal modalidade de entrega, mediante assinatura de 
impressos dos próprios Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de 
Laboratórios Clínicos. 
II I .5.2.10.2­ Os resultados dos exames e testes laboratoriais, cujas amostras 
tenham sido coletadas em hospitais, ambulatórios e congêneres, após serem 
informados aos clientes, deverão ser arquivados, preferencialmente nos prontuários 
dos clientes. 
II I .5.2.11­ No caso de informatização dos arquivos contendo resultados de 
exames e testes laboratoriais, deverão ser realizadas cópias de segurança dos 
mesmos mantendo­se os disquetes ou discos compactados (CDs), devidamente 
identificados, nos próprios estabelecimentos para análise das autoridades sanitárias 
competentes. 
II I .5.2.11.­ A informatização de arquivos contendo resultados de exames e testes 
laboratoriais, não eximirá os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de 
Laboratórios Clínicos do cumprimento do estabelecido nos itens III.5.2.9 e 
III.5.2.10 ou III.5.2.10.1, números 1,2 ou 3. 
II I .5.2.11.1­ A informação de resultados de exames e testes laboratoriais 
utilizando­se de equipamento de telefonia, poderá se dar quando solicitada pelos 
médicos ou pelos cirurgiões­dentistas solicitantes, no entanto, não eximirá os 
Responsáveis Técnicos pelos estabelecimentos do cumprimento do disposto no item 
anterior. 
II I .5.2.11.2­ A informação de resultados de exames e testes laboratoriais 
utilizando­se de equipamento de fax­modem e meios de comunicação on line, 
poderá se dar quando autorizada por escrito pelos próprios clientes e/ou requerida 
pelos médicos ou pelos cirurgiões­dentistas solicitantes, no entanto, não eximirá os 
Responsáveis Técnicos pelos estabelecimentos de garantir a guarda dos Laudos 
Técnicos originais. 
II I .5.2.12­ Os Responsáveis Técnicos pelos Laboratórios Clínicos Autônomos e 
Unidades de Laboratórios Clínicos, deverão garantir a privacidade dos cidadãos 
através da implantação de medidas eficazes que confiram caráter confidencial a 
quaisquer resultados de exames e testes laboratoriais. 
II I .5.2.13­ Nos impressos próprios (Impressos para Laudo Técnico e 
assemelhados) dos Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios 
Clínicos, recomenda­se a inscrição de textos de natureza educativa contendo 
orientações claras, precisas e facilmente compreensíveis que estimulem os clientes 
a apresentarem os resultados de exames e testes laboratoriais aos médicos ou aos 
cirurgiões­dentistas solicitantes. 
II I .5.2.14­ Os documentos, contratos e quaisquer arquivos de Instrumentos de 
Controle referentes aos Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de 
Laboratórios Clínicos, deverão estar disponíveis para a averiguação, imediata, por 
parte das autoridades sanitárias competentes. 
II I .6­ DAS INDICAÇÕES DOS EXAMES E TESTES LABORATORIAIS E NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE
II I.6.1­ A indicação de exames e testes laboratoriais compete ao médico e ao 
cirurgião­dentista no desempenho de suas respectivas atividades profissionais. 
II I .6.1.1­ No interesse da saúde e bem­estar dos clientes portadores de 
enfermidades crônicas, deverão os profissionais que os assistem emitir uma 
solicitação inicial indicando a periodicidade da repetição de exames e testes 
laboratoriais rotineiros. 
II I .6.1.2­ No interesse da saúde e segurança dos clientes, poderão os médicos e 
cirurgiões­dentistas, quando da ocorrência de situações imprevistas, solicitar a 
realização de exames e testes laboratoriais através de equipamentos de telefonia 
ou meios de comunicação on line, e, posteriormente, enviar a indicação, por 
escrito, para os estabelecimentos que executaram tais procedimentos. 
II I .6.1.3­ Para os efeitos desta Norma Técnica, é proibida a realização de exames 
ou testes laboratoriais, que se destinem à detecção de infecção pelo Vírus da 
Imunodeficiência Humana (HIV), sem a solicitação de médico ou de cirurgião­ 
dentista no desempenho de suas respectivas atividades profissionais. 
II I .6.1.3.1­ No caso de estabelecimentos e serviços de saúde vinculados 
legalmente e administrados pelo Poder Público, ou por este autorizados, que, por 
suas finalidades, destinem­se a prestar orientações à clientela sobre a Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida (SIDA­AIDS), os exames ou testes sorológicos para 
detecção da infecção pelo HIV poderão ser solicitados por profissionais de saúde, de 
nível superior, mediante supervisão médica. 
II I .6.1.4­ No caso de coleta de material visando a realização de exames e testes 
laboratoriais sem indicação de médico ou de cirurgião dentista, os responsáveis 
técnicos pelos Laboratórios Clínicos Autônomos ou pelas Unidades de Laboratórios 
Clínicos estarão assumindo total responsabilidade por quaisquer transtornos ou 
danos ocasionados aos clientes, quer aqueles que possam ser relacionados aos 
resultados de exames e testes, quer aqueles que possam ser relacionados com a 
ausência de acompanhamento de médico ou de cirurgão­dentista. 
II I .6.1.5­ Os Responsáveis Técnicos pelos Laboratórios Clínicos Autônomos e 
Unidades de Laboratórios Clínicos que executem exames e testes microbiológicos e 
sorológicos, informarão os resultados de exames e testes laboratoriais sugestivos 
de doenças de notificação compulsória e de agravos à saúde, emconformidade com 
as orientações específicas das autoridades sanitárias responsáveis pelo Sistema de 
Vigilância Epidemiológica. 
II I .6.1.5.1­ A informação de resultados de exames e testes laboratoriais 
sugestivos de doenças de notificação compulsória e de agravos à saúde, deverá ter 
caráter sigiloso. 
II I .7­ DAS COMISSÕES E DO CONTROLE DE QUALIDADE 
II I.7.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
deverão instituir programações e manter em funcionamento as Comissões Internas 
de Prevenção de Acidentes ­ CIPAs, ou seguir as recomendações das CIPAs dos 
estabelecimentos onde estão inseridos, sendo que as ações programáticas 
desenvolvidas também deverão produzir efeitos no funcionamento dos seus Postos 
de Coleta Descentralizados, no que for aplicável. 
II I .7.1.1­ As Comissões Internas de Prevenção de Acidentes ­ CIPAs, deverão ser 
instaladas em conformidade com a legislação em vigor.
II I.7.2­ Os estabelecimentos de que trata o presente Título, obrigatoriamente, 
instituirão seus próprios Programas de Garantia de Qualidade (PGQs) objetivando 
avaliar a qualidade das coletas e do processamento de material humano, assim 
como dos resultados de exames e testes laboratoriais obtidos e, ainda, garantir 
processos contínuos de busca da qualificação dos serviços prestados ao indivíduo e 
à coletividade de pessoas. 
Dentre outras atividades, este Programa deve contemplar o Controle de Qualidade 
Externo e o Controle de Qualidade Interno. 
II I.7.2.1­ As ações desenvolvidas como consequência da implantação dos 
Programas de Garantia de Qualidade nos estabelecimentos de que trata a presente 
norma, também, deverão produzir efeitos no funcionamento dos seus Postos de 
Coleta Descentralizados, no que for aplicável. 
II I .7.2.2­ Como parte dos seus Programas de Garantia de Qualidade, os 
Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, que também 
tenham por finalidade a execução domiciliar de procedimentos de coleta de material 
humano, deverão instituir ações programáticas específicas voltadas para o 
monitoramento da coleta domiciliar de material humano. 
II I.7.2.2.1­ O monitoramento da coleta domiciliar de material humano, consiste 
em um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente visando: 
1.  monitorar continuamente a eficiência da execução dos procedimentos 
técnicos de coleta, conservação, acondicionamento e transporte de amostras 
coletadas segundo grupos de exames e exames específicos; 
2.  prevenir acidentes que envolvam profissionais de saúde e clientes, assim 
como trabalhadores de frotas de veículos automotores responsáveis pelo 
transporte de material humano; 
3.  monitorar o cumprimento das disposições desta Norma Técnica em relação 
ao transporte de material humano; 
4.  obter informações, por meios diretos ou indiretos, sobre a clareza e precisão 
das orientações prestadas aos indivíduos, durante a coleta domiciliar, pelos 
profissionais de saúde; 
5.  avaliar a pertinência técnica da execução domiciliar de procedimentos de 
coleta de material humano segundo exames específicos; 
6.  aferir o nível de aceitação, por parte dos indivíduos, da execução domiciliar 
de procedimentos de coleta de material humano segundo grupos de exames 
e exames específicos. 
II I .7.2.2.2 O monitoramento da coleta domiciliar de material humano, deverá ser 
objeto de supervisão por parte de profissionais de nível superior, pertencentes aos 
quadros dos estabelecimentos de que trata a presente norma, sendo que os seus 
Responsáveis Técnicos indicarão formalmente os profissionais responsáveis por 
estas atividades. 
II I.7.2.2.2.1­ Os profissionais de nível superior de que trata o item III.7.2.2.2 são 
os seguintes: médico, enfermeiro, farmacêutico, biomédico, biólogo e químico. 
II I.7.2.2.2.2­ Os profissionais Supervisores da Coleta Domiciliar de Material 
Humano, deverão elaborar Relatórios de Avaliação semestrais e entregá­los aos 
Responsáveis Técnicos ou a profissionais por estes indicados. 
II I.7.2.2.2.3­ Recomenda­se, especialmente aos estabelecimentos que 
apresentem significativo volume mensal de coleta de amostras nos domicílios dos
cidadãos, que os Supervisores da Coleta Domiciliar de Material Humano sejam 
membros das Comissões Internas de Garantia de Qualidade. 
II I.7.2.3­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
como parte dos seus Programas de Garantia de Qualidade, deverão instituir o 
desenvolvimento de ações programáticas sistematizadas, deliberadas e 
permanentes visando garantir a incorporação do Princípio da Biossegurança aos 
seus Programas de Garantia de Qualidade. 
II I.7.2.3.1­ Entende­se como incorporação do Princípio da Biossegurança, a 
adoção de um conjunto de medidas voltadas para a prevenção, minimização ou 
eliminação de riscos inerentes às atividades de prestação de serviços, produção, 
ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, que possam comprometer a saúde 
do homem, o meio ambiente e, ainda, a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. 
II I .7.3.4.2­ Inicialmente, deverão ser priorizados os seguintes pontos: 
1.  a normatização de procedimentos de segurança, a fim de preservar a saúde 
de profissionais e clientes; 
2.  a sinalização das áreas de risco, a fim de prevenir a ocorrência de acidentes 
e preservar a saúde dos profissionais; 
3.  o uso de equipamentos de proteção coletiva (EPCs) quando aplicável e dos 
equipamentos de proteção individual (EPIs), a fim de preservar a saúde de 
profissionais e clientes; 
4.  o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde ­ infectantes, químicos e 
rejeitos radioativos ­ que potencialmente exponham a riscos os profissionais, 
os clientes e o meio ambiente; 
5.  a criação de um sistema interno de monitoramento da saúde dos 
trabalhadores, que inclua a notificação de acidentes e a realização de 
exames admissionais e periódicos. 
II I .7.4.3­ Os Responsáveis Técnicos pelos Laboratórios Clínicos Autônomos e 
Unidades de Laboratórios Clínicos, deverão providenciar os recursos materiais e 
humanos necessários, a calibração e manutenção preventiva periódica de 
equipamentos e, ainda, organizar treinamentos de profissionais, dentre outras 
medidas que façam­se pertinentes, de forma a propiciar condições técnico­ 
operacionais favoráveis ao desenvolvimento dos Programas de Garantia de 
Qualidade (PGQs) nos estabelecimentos de que trata a presente norma. 
II I.7.4.4­ No interesse da preservação da saúde e segurança dos indivíduos e da 
coletividade de pessoas, bem como dos profissionais de saúde, para os efeitos 
desta Norma Técnica, tipificará infração à legislação sanitária vigente a não 
implantação dos Programas de Garantia de Qualidade (PGQs) nos Laboratórios 
Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos. 
II I .8 DA ESTRUTURA FÍSICO­FUNCIONAL 
II I.8.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
de acordo com suas especificidades e em conformidade com a complexidade dos 
procedimentos executados, deverão obedecer as normas gerais de edificações 
previstas na legislação municipal e estadual, em normas e regulamentos 
pertinentes e na Portaria N° 1.884/GM, de 11­11­94, do Ministério da Saúde, ou 
em instrumento normativo que vier a substituí­la. 
II I .8.2­ Fica terminantemente proibida a instalação dos estabelecimentos de que 
trata a presente norma, nas dependências de farmácias, drogarias e congêneres.
II I.8.3­ O acesso aos estabelecimentos de saúde de que trata esta norma, com 
exceção dos ambientes destinados à coleta e recebimento de material humano, 
deverá ser restrito aos profissionais que trabalham nos setores analíticos e técnico­ 
administrativos e aqueles autorizados pelos Responsáveis Técnicos dos Laboratórios 
Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos como por exemplo,estagiários e técnicos responsáveis por manutenção de equipamentos. As 
dependências destes estabelecimentos não poderão ser utilizadas para outras 
finalidades. 
II I.8.4­ Nos Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
obrigatoriamente, deverão ser cumpridas as seguintes exigências: 
A.  As edificações deverão ser supridas por água potável ou pelo Sistema 
Público de Abastecimento de Água em localidades que contem com tal 
sistema. 
B.  As edificações deverão contar com mecanismos de drenagem de esgoto ou 
estar ligadas ao Sistema Público de Esgoto Sanitário em localidades que 
contem com tal sistema. 
C.  Os ambientes e áreas de coleta, processamento de material humano e 
realização de exames e testes laboratoriais, deverão ser providos de ralos 
dotados de fecho hídrico (sifão) e dispositivo de fechamento (tampa 
escamoteável). 
D.  O armazenamento externo e a destinação final dos resíduos sólidos de 
serviços de saúde, deverão obedecer à legislação municipal e estadual, às 
normas pertinentes e ao estabelecido na Portaria N° 1.884/GM, de 11­11­ 
94, do Ministério da Saúde, ou em instrumento normativo que vier a 
substituí­la. 
E.  Nos ambientes de coleta, processamento de material humano e realização 
de exames e testes laboratoriais, os pisos deverão ser lisos, duráveis, 
impermeáveis, laváveis e resistentes às soluções desinfetantes e, as paredes 
deverão ser lisas e resistentes. 
F.  Nos ambientes de coleta, processamento de material humano e realização 
de exames e testes laboratoriais, somente poderão ser instaladas divisórias 
constituídas de materiais que sejam lisos, duráveis, impermeáveis, laváveis 
e resistentes às soluções desinfetantes. 
G.  Os ambientes deverão ser dotados de dispositivos de aeração e climatização 
eficazes, naturais ou artificiais, de modo a garantir a qualidade do ar 
ambiente e o conforto ambiental apropriado para o trabalho humano. 
H.  Nos ambientes de coleta, processamento de material humano e realização 
de exames e testes laboratoriais deverá haver telas milimétricas nas janelas, 
caso as janelas cumpram a função de propiciar a aeração ambiental. 
I.  A iluminação deve possibilitar segurança nas atividades, garantindo perfeita 
visualização tanto para o processamento de amostras quanto para um 
manuseio seguro de recipientes contendo material humano, de 
equipamentos, de produtos e de artigos. 
J.  O suprimento de energia elétrica, necessariamente, apresentará estabilidade 
de tensão e corrente elétrica nas dependências onde estão instalados 
equipamentos empregados no processamento de material humano e 
realização de exames e testes laboratoriais, de maneira a não afetar o 
funcionamento dos equipamentos e, deste modo, não comprometer a 
qualidade das análises clínico­laboratoriais. 
K.  a rede de energia elétrica deverá ser controlada quanto às oscilações e 
potências requeridas, com a finalidade de prevenir o comprometimento dos 
sistemas internos dos equipamentos. 
L.  obrigatoriedade de existência de sistema que garanta a conservação 
adequada de reagentes, amostras biológicas e outros produtos termo­ lábeis 
quando houver interrupção do suprimento de energia elétrica.
II I.9­ DOS AMBIENTES E ÁREAS MÍNIMAS DOS LABORATÓRIOS CLÍNICOS 
AUTÔNOMOS E UNIDADES DE LABORATÓRIOS CLÍNICOS GERAIS 
II I.9.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos 
Gerais, que desenvolvem atividades de coleta no interior de suas dependências, 
deverão contar com: 
A.  Área para Registro de Clientes. 
B.  Sala de Espera para Clientes e Acompanhantes, cujo uso poderá ser 
compartilhado com outras unidades, no caso de Unidades de Laboratórios 
Clínicos. 
C.  Sanitários para Clientes e Acompanhantes, cujo uso poderá ser 
compartilhado com outras unidades, no caso de Unidades de Laboratórios 
Clínicos. 
C.1­ Estes sanitários, quando houver demanda de utilização, deverão ser 
separados por sexo e possuir lavatórios com sabão, papel toalha e lixeira 
com tampa e acionamento por pedal. 
D.  Sala para Coleta de Material com lavatório. 
D.1­ Os estabelecimentos dotados de um único ambiente de coleta deverão 
contar com sala específica e exclusiva para esta finalidade, com dimensão 
mínima de 4,5 metros quadrados, provida de cadeira de coleta e maca. 
D.2­ Os estabelecimentos que contarem com mais de 01 (um) ambiente de 
coleta, poderão contar com de Box de coleta 
D.3­ O Box de Coleta, necessariamente, apresentará dimensão mínima de 
1,5 metro quadrado. 
D.4­ Tendo mais de um Box deverá pelo menos um deles, ser provido de 
maca e deverá possuir dimensão para tal finalidade maior que 1,5 metro 
quadrado. 
D.5­ Os estabelecimentos que contarem com 02 (dois) Boxes de Coleta, 
obrigatoriamente, possuirão no mínimo 01 (um) lavatório localizado o mais 
próximo possível dos ambientes de coleta. 
D.6­ Os estabelecimentos que contarem com mais de 02 (dois) Boxes de 
Coleta, deverão possuir 01 (um) lavatório para cada 02 (dois) Boxes de 
Coleta adicionais ou fração, localizado o mais próximo possível dos 
ambientes de coleta. 
D.7­ A sala de coleta deverá contar com sanitário em anexo, destinado à 
coleta de amostras, sendo provido de lavatório com sabão, papel toalha e 
lixeira com tampa e acionamento por pedal 
E.  Área para Classificação e Distribuição de Amostras, com dimensão mínima 
de 3,0 metros quadrados. 
F.  Sala de Lavagem, Preparo e Esterilização de Material, com dimensão mínima 
de 9,0 metros quadrados. 
G.  Devem existir salas e/ou ambientes individualizados para: 
G.1­ Bioquímica, com Área para Eletroforese; 
G.2­ Urinálise;
G.3­ Hematologia; 
G.4­ Imunossorologia. 
H.  Devem existir salas para: 
H.1­ Preparo de Parasitologia com área mínima de 3,0 metros quadrados e 
sistema de exaustão que garanta conforto e salubridade aos funcionários e 
evite a dispersão de aerossóis; 
H.2­ Microscopia de Parasitologia, com área mínima de 3,0 metros 
quadrados; 
H.3­ Microbiologia; 
II I.9.1.1­ Para os efeitos desta Norma Técnica, os ambientes e áreas de que trata 
o item III.9.1, destinados à realização de exames e testes laboratoriais em campos 
de diagnose específicos, serão também denominados Laboratório de Parasitologia; 
Laboratório de Urinálise; Laboratório de Microbiologia; Laboratório de Bioquímica; 
Laboratório de Hematologia; e, Laboratório de Imunologia. 
II I .9.1.2­ Os ambientes e áreas de que trata item III.9.1, deverão estar contidos 
em espaço físico com dimensão mínima de 36 metros quadrados. 
II I.9.1.3­ Os ambientes e áreas de que trata o item III.9.1, deverão contar com 
lavatórios e com as instalações exigidas pela Portaria N° 1.884/GM, de 11­11­94, 
do Ministério da Saúde, ou por instrumento normativo que vier a substituí­la. 
II I .9.1.4­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos 
Gerais, deverão: 
1.  Contar com bancadas constituídas de material liso, durável, impermeável, 
lavável e resistente às soluções desinfetantes; 
2.  Dispor de área física, equipamentos e mão­de­obra compatíveis com sua 
produção de exames e de áreas de trabalho situadas em torno dos 
equipamentos, adequadas ao tipo de operação e à classe dos equipamentos. 
3.  Manter a distância mínima entre equipamentos de 0,60cm. 
4.  Contar com área provida de instalação para chuveiro de emergência e lava­ 
olhos. 
5.  ­ Contar com Depósito de Equipamentos e Materiais, cujo uso poderá ser 
compartilhado com outras unidades, no caso de Unidades de Laboratórios 
Clínicos. 
6.  Contar com Depósito de Material de Limpeza, exclusivo. 
7.  Contar com Sala de Preparo de Reagentes, com dimensão de 3,0 metros 
quadrados, quando for o caso. 
8.  Deverão preencher ainda os seguintes requisitos mínimos: 
A.  os ambientes deverão ser arejados e bem iluminados; 
B.  os ambientes onde haja manipulação de materialclínico, deverão ser 
providos de lavatórios e/ou pias, estas últimas providas de torneiras com 
acionamento automático; 
C.  deverá haver o fornecimento de água potável para os profissionais. 
D.  contar com sanitários para funcionários, cujo uso poderá ser compartilhado 
com outras unidades, no caso de Unidades de Laboratórios Clínicos. 
II I .9.1.5­ Para os efeitos desta Norma Técnica, é terminantemente proibido a 
utilização de ambientes e áreas de trabalho como locais para os profissionais 
fazerem refeições ou tomarem lanches.
II I.9.1.6­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos 
Gerais, que também prestarem serviços em demais campos de diagnose 
específicos, deverão dispor de espaço físico com dimensão mínima de 6,0 metros 
quadrados para cada campo de diagnose específico. 
II I .9.1.6.1­ As dependências onde são prestados serviços nos campos de diagnose 
específicos aludidos no item anterior, deverão contar com lavatórios e atender aos 
termos de normas pertinentes e da Portaria N° 1.884/GM, de 11­11­94, do 
Ministério da Saúde, ou de instrumento normativo que vier a substituí­la. 
II I .10­ DOS AMBIENTES E ÁREAS MÍNIMAS DOS LABORATÓRIOS CLÍNICOS 
AUTÔNOMOS E UNIDADES DE LABORATÓRIOS CLÍNICOS PARA DIAGNOSE 
ESPECÍFICA 
II I.10.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos 
Para Diagnose Específica, que desenvolvem atividades de coleta no interior de suas 
dependências, aplicam­se os termos do capítulo III.9 
II I.10.2­ Os profissionais dos órgãos de vigilância sanitária competentes, ao 
analisarem projetos de construção, reforma ou adaptação de Laboratórios Clínicos 
autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, deverão considerar as 
características dos processos de produção de serviços, bem como os equipamentos 
aos mesmos incorporados, na avaliação estrutural de ambientes e áreas destinadas 
à execução de procedimentos de natureza técnica. 
II I .11­ DOS EQUIPAMENTOS, PRODUTOS E ARTIGOS 
II I.11.1­ Nos Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios 
Clínicos, de acordo com suas especificidades e em conformidade com a 
complexidade dos procedimentos executados, no que for aplicável, somente 
poderão ser utilizados equipamentos, produtos e artigos, de fabricação nacional ou 
importados, cuja comercialização tenha sido objeto de autorização por parte dos 
órgãos públicos competentes. 
II I .11.1.1­ Os grupos de equipamentos, produtos e artigos, de fabricação nacional 
ou importados, classificados como produtos correlatos, deverão ser objeto de 
registros, ou da isenção dos mesmos, junto ao Órgão de Vigilância Sanitária, do 
Ministério da Saúde. 
II I.11.1.2­ Os equipamentos, produtos e artigos, de fabricação nacional ou 
importados, utilizados nos estabelecimentos de que trata esta Norma, no que for 
aplicável, obrigatoriamente, deverão acompanhar­se de Instruções de Uso emitidas 
pelos fabricantes e/ou fornecedores, em língua portuguesa, contendo as 
informações pertinentes previstas na legislação em vigor. 
II I .11.1.3­ Os produtos e artigos, de fabricação nacional ou importados, utilizados 
nos estabelecimentos objeto da presente regulamentação, no que for aplicável, 
obrigatoriamente, deverão apresentar nos rótulos e embalagens, apostas pelos 
fabricantes, a inscrição das informações pertinentes previstas na legislação em 
vigor. 
II I .11.1.4­ Nos Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios 
Clínicos, os grupos de equipamentos, inclusive os equipamentos ou aparelhos 
volumétricos de vidro, deverão apresentar condições tais de conservação, 
manutenção, operação, calibração e aferição que não comprometam sua eficiência, 
desempenho e manuseio e não interfiram na qualidade dos resultados de exames e
testes laboratoriais, propiciando, assim, a prestação de serviços sem transtornos ou 
danos para clientes e profissionais. 
II I .11.1.5­ As Instruções de Uso, em língua portuguesa, dos equipamentos de 
fabricação nacional ou importados, classificados como produtos correlatos, deverão 
conter as seguintes informações: 
1.  nome do produto e marca; 
2.  nome do fornecedor e seu endereço; 
3.  origem do produto, informando o nome do fabricante e seu endereço; 
4.  a indicação, finalidade, uso e aplicação a que se destina o produto; 
5.  as especificações e características técnicas do produto; 
6.  as orientações suficientes e adequadas para o uso ou aplicação correta e 
segura do produto; 
7.  as precauções, os cuidados especiais e os esclarecimentos sobre os riscos 
possíveis com o uso ou aplicação do produto, bem como os cuidados 
especiais na armazenagem e transporte, quando aplicável. 
II I .11.1.5.1­ No caso dos equipamentos, partes e acessórios, que tenham obtido 
registros como produtos correlatos, além das informações discriminadas no item 
anterior e em demais disposições legais, os seus impressos deverão também 
conter: 
1.  informações técnicas sobre o princípio físico de funcionamento do produto; 
2.  informações gráficas e descritivas suficientes para identificação das partes, 
peças e acessórios que compõem o produto; 
3.  as orientações ao usuário suficientes e adequadas para a instalação, 
montagem e manutenção preventiva e corretiva do produto; 
4.  a indicação de assistência técnica no País autorizada pelo fabricante, 
incluindo endereço e telefone para contato. 
II I .11.1.5.2­ No caso de produtos que não se acompanham de Instruções de Uso, 
as informações de que trata o item III.11.1.5 deverão estar contidas nos rótulos 
das embalagens externas dos produtos, conforme dispõe a Portaria Conjunta N° 
1/SVS­SAS, de 08­03­96, do Ministério da Saúde. 
II I.11.1.5.3­ No caso dos equipamentos importados empregados no 
processamento de material humano e realização de exames e testes laboratoriais, 
os Responsáveis Técnicos pelos Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de 
Laboratórios Clínicos deverão solicitar aos fabricantes, fornecedores ou 
distribuidores e manter disponíveis, para análise das autoridades sanitárias 
competentes, cópias dos seguintes documentos: 
1.  Em relação aos equipamentos, partes e acessórios, que tenham obtido 
registros como produtos correlatos, os documentos elencados, a seguir, no 
item A ou B 
A.  Cópias de comprovantes de registro ou de cumprimento de legislação com 
igual significado e, se for o caso, de autorizações de livre comércio dos 
produtos nos países de sua procedência, firmados por dirigente do órgão 
federal de saúde competente ou de outra instituição com competência legal 
para emitir estes documentos. 
B.  Cópias dos comprovantes de registro ou de cumprimento de legislação com 
igual significado e, se for o caso, de autorizações de livre comércio dos 
produtos, reconhecidas pelo consulado brasileiro nos países de procedência
dos produtos e acompanhadas de tradução juramentada em língua 
portuguesa. 
II I.11.1.5.4­ Para os efeitos desta Norma Técnica, os equipamentos necessários e 
imprescindíveis para o desenvolvimento do processo de produção de serviços, em 
cada campo de diagnose específico, independente da complexidade de suas 
tecnologias, deverão apresentar a eficiência e o desempenho que deles se espera e, 
portanto, não produzirão alterações nos padrões esperados de qualidade e 
confiabilidade dos resultados das análises clínico­laboratoriais. 
II I .11.1.6­ Os Responsáveis Técnicos pelos Laboratórios Clínicos Autônomos e 
Unidades de Laboratórios Clínicos, deverão manter disponíveis no interior das 
dependências destes estabelecimentos, para análise das autoridades sanitárias 
competentes, Instrumentos de Controle atualizados contendo as seguintes 
informações em relação aos equipamentos empregados no processamento de 
material humano e realização de exames e testes laboratoriais: 
1­ Planilha do Equipamento: data do último conserto ou reparo, datada última 
calibração, data da última manutenção preventiva e sua periodicidade. 
Na Planilha do Equipamento deverá constar campo específico para registro do nome 
do técnico responsável pela execução das atividades de conserto ou reparo, 
calibração e manutenção preventiva. 
2­ Planilha dos Equipamentos ou Aparelhos Volumétricos de Vidro: tipos de 
equipamentos ou aparelhos volumétricos de vidro utilizados nos processos 
analíticos e data da última calibração. 
Na Planilha dos Equipamentos ou Aparelhos Volumétricos de Vidro deverá constar 
campo específico para registro do nome do técnico responsável pela execução das 
atividades de calibração. 
3­ Contrato (s) de Prestação de Serviços, firmado (s) com pessoa (s) física (s) ou 
jurídica (s), com capacitação técnica para executar (em) os procedimentos de 
conserto ou reparo, calibração e manutenção preventiva, sendo que o (s) contrato 
(s) deverá (ão) conter a (s) especificação (ões) do (s) equipamento (s). 
Entende­se capacitação técnica como o conhecimento do (s) processo (s) 
tecnológico (s) do (s) equipamento (s). 
4­ Comprovantes de Capacitação de profissionais dos próprios estabelecimentos 
que executam os procedimentos de conserto ou reparo, calibração e manutenção 
preventiva de equipamentos empregados no processamento de material humano e 
realização de exames e testes laboratoriais. 
Os Comprovantes de Capacitação deverão conter as especificações, fornecidas 
pelos fabricantes, dos equipamentos objeto de conserto ou reparo, calibração e 
manutenção preventiva. 
II I .11.1.7­ Nos estabelecimentos de que trata o presente Título, os equipamentos 
e produtos que não estiverem em perfeitas condições de uso deverão ser retirados 
do interior dos ambientes de trabalho ou, quando a remoção for impossível, exibir 
aviso inequívoco de proibição de uso. 
II I.12­ DO TRANSPORTE DAS AMOSTRAS PARA ANÁLISE
II I.12.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
que mantenham Postos de Coleta Descentralizados, deverão garantir segurança no 
transporte do material humano coletado até suas dependências. 
II I .12.1.1­ O transporte deverá ser feito de forma segura em veículo cujo uso não 
seja coletivo e que permita a manutenção das características das amostras, 
necessárias ao seu processamento correto, assegurando qualidade no resultado, 
estando além disso, não oferecendo perigo aos profissionais que as transportam. 
II I.12.1.2­ O serviço de transporte poderá ser terceirizado para empresa 
devidamente licenciada para essa atividade. 
II I.12.1.3­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios 
Clínicos, que possuírem serviço terceirizado de transporte de amostras deverão 
obrigatoriamente firmar contrato de terceirização para a atividade onde serão 
delimitadas as responsabilidades específicas. 
II I .12.1.4­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios 
Clínicos que também tenham por finalidade a coleta domiciliar de material humano, 
deverão dispor de veículos automotores próprios para o transporte até suas 
dependências das amostras coletadas, bem como para o transporte dos 
profissionais até os domicílios dos cidadãos. 
II I.12.1.5­ O transporte das amostras nos veículos deverá ser feito de forma 
segura que permita a manutenção das características das amostras, necessárias ao 
seu processamento correto assegurando qualidade no resultado estando além disso 
não oferecendo perigo aos profissionais que as transportam. 
II I.13­ DOS RECURSOS HUMANOS 
II I.13.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
deverão ser dotados de quadros de recursos humanos dimensionados de forma a 
garantir a sua operacionalização sem quaisquer transtornos ou danos para os 
clientes. 
II I .13.1.1­ No dimensionamento dos quadros de recursos humanos, deverão ser 
considerados pontos quantitativos e pontos qualitativos (relacionados às formações 
técnicas diferenciadas e às habilitações dos profissionais necessárias e exigidas pela 
legislação em vigor para a execução de atividades específicas). 
II I .13.2­ Nos termos da legislação em vigor, nos estabelecimentos de que trata a 
presente norma, os procedimentos de coleta de material humano poderão ser 
executados pelos seguintes profissionais legalmente habilitados: 
II I.13.2.1­ De nível superior: 
1.  médicos e enfermeiros; 
2.  farmacêuticos, biomédicos, biólogos e químicos, que no curso de graduação 
e/ou em caráter extracurricular freqüentaram disciplinas que confiram 
capacitação para a execução das atividades de coleta. 
II I .13.2.2­ De nível técnico: técnicos de enfermagem, assim como técnicos de 
laboratório, técnicos em patologia clínica e profissionais legalmente habilitados que 
concluíram curso de Ensino médio que possua em sua grade curricular ou em
caráter extracurricular, disciplinas que confiram capacitação para a execução das 
atividades de coleta. 
II I .13.2.2.1­ Os profissionais de que trata o item anterior, poderão executar todas 
as atividades técnicas relacionadas às etapas de tratamento pré­analítico, mediante 
prévio treinamento. 
É dispensável prévio treinamento para técnicos de laboratório e técnicos em 
patologia clínica. 
II I .13.2.3­ De nível intermediário (médio): auxiliares de enfermagem, assim como 
profissionais legalmente habilitados que concluíram curso de Ensino Fundamental 
que possua em sua grade curricular ou em caráter extracurricular, disciplinas que 
confiram capacitação para a execução das atividades de coleta. 
II I .13.2.3.1­ Os profissionais de que trata o item anterior, poderão executar todas 
as atividades auxiliares relacionadas às etapas de tratamento pré­analítico, 
mediante prévio treinamento. 
II I.13.2.4­ Durante um PERÍODO DE TRANSIÇÃO, poderão continuar executando 
as atividades de coleta, mediante supervisão de profissional de nível superior, os 
funcionários que o vem fazendo há mais de 01 (um) ano e que foram submetidos a 
treinamentos específicos voltados para a execução de tais atividades, mas que não 
concluíram curso de Ensino Fundamental sendo que, nestes casos, os Responsáveis 
Técnicos pelos estabelecimentos de que trata a presente norma deverão: 
· Apresentar, às autoridades sanitárias competentes, os comprovantes de 
conclusão de cursos de qualificação profissional destes funcionários, em 
nível de ensino de 1° grau, em conformidade com o prazo estabelecido 
nesta Norma . 
II I .13.2.5­ Nos termos da legislação em vigor, nos estabelecimentos de que trata 
a presente norma, os procedimentos de processamento de material humano e 
realização de exames e testes laboratoriais, poderão ser executados pelos 
seguintes profissionais legalmente habilitados: 
1.  De nível superior: médicos, farmacêuticos, biomédicos e biólogos, 
responsáveis pelas análises clínico­laboratoriais. 
II I .13.2.5.1­ No caso de Laboratórios de Toxicologia Clínica, os seguintes 
profissionais de nível superior: ­ médicos, farmacêuticos e químicos, responsáveis 
pelas análises clínico­laboratoriais, e, ainda, biomédicos e biólogos. 
II I .13.2.5.2­ De nível técnico: técnico de laboratório, técnico em patologia clínica 
e profissionais legalmente habilitados que comprovem conclusão de curso de Ensino 
Médio que confira capacitação para a execução de atividades técnicas afetas à fase 
pré­analítica e, sob supervisão dos profissionais responsáveis pelas análises clínico­ 
laboratoriais, afetas à fase analítica. 
II I .13.2.5.3­ De nível intermediário (médio): profissionais legalmente habilitados 
que concluíram curso de Ensino Fundamental que confira capacitação para a 
execução de atividades auxiliares relacionadas às fases pré­analítica e analítica.
II I.13.2.6­ Para os efeitos desta Norma Técnica, todos os profissionais deverão 
estar legalmente habilitados, sendo que, serão considerados legalmentehabilitados, os profissionais que apresentarem: 
A.  Documentos comprovatórios de conclusão dos seguintes cursos de formação 
ou qualificação profissional: 
A­1­ de nível superior: medicina, farmácia, ciências biológicas ­ modalidade 
médica (biomedicina), ciências biológicas ou história natural (biólogo), 
química e enfermagem; 
A.2­ de nível técnico: técnico de enfermagem e profissionais que concluíram 
curso de Ensino Médio que confira capacitação para a execução das 
atividades de coleta; 
A.3­ de nível técnico: técnico de laboratório, técnico de patologia clínica e 
profissionais que concluíram curso de Ensino Médio que confira capacitação 
para a execução de atividades técnicas afetas às fases pré­analítica e 
analítica; 
A.4­ de nível intermediário (médio): auxiliar de enfermagem e profissionais 
legalmente habilitados que concluíram curso de Ensino Fundamental que 
confira capacitação para a execução das atividades de coleta; 
A.5­ de nível intermediário (médio): profissionais legalmente habilitados que 
concluíram curso de Ensino Fundamental que confira capacitação para a 
execução de atividades auxiliares relacionadas às fases pré­analítica e 
analítica. 
B.  Diplomas ou Certificados de Conclusão expedidos por instituições ou 
entidades reconhecidas pelas autoridades do setor da educação, a nível 
federal e estadual, que ministrem cursos de formação ou qualificação 
profissional no campo da saúde. 
C.  Diplomas ou Certificados de Conclusão de cursos de formação ou 
qualificação profissional reconhecidos pelo Ministério da Educação ou por 
instâncias técnico­administrativas que o antecederam. 
D.  Inscrições e obrigações legais regularizadas junto aos Conselhos Regionais 
de Exercício Profissional do Estado do Espirito Santo, quando for o caso. 
II I.13.2.7­ Os Responsáveis Técnicos pelos Laboratórios Clínicos Autônomos e 
Unidades de Laboratórios Clínicos, deverão: 
A.  Manter organizados e acessíveis às autoridades sanitárias competentes os 
contratos de trabalho dos profissionais, bem como os documentos legais que 
corroborem e dêem forma jurídica à prestação de serviços nas dependências 
dos estabelecimentos, quando for o caso, por profissionais não contratados 
nos termos da legislação trabalhista vigente; 
B.  Manter organizados e acessíveis às autoridades sanitárias competentes os 
comprovantes de habilitação dos profissionais contratados e dos prestadores 
de serviços, quando for o caso, assim como os números dos seus registros 
junto aos Conselhos Regionais de Exercício Profissional do Estado do Espirito 
Santo; 
C.  Prover uniformes de trabalho (jalecos de mangas longas, dentre outros) 
para os profissionais de suas equipes técnicas, bem como de suas equipes 
de higienização ambiental (vestimenta apropriada, dentre outros),
consideradas as características e especificidades técnicas das atividades 
executadas; 
D.  Providenciar a vacinação contra o tétano e contra o Vírus da Hepatite B e 
todas aquelas consideradas necessárias à segurança de todos os 
profissionais que executam as atividades de coleta, processamento de 
material humano e higienização ambiental; 
E.  Garantir o treinamento teórico­prático dos profissionais, sempre que a 
execução de novos procedimentos e recursos tecnológicos forem 
incorporados ao processo de produção de serviços destes estabelecimentos; 
F.  Garantir o treinamento dos profissionais das equipes de higienização 
ambiental, no que se refere ao manuseio, acondicionamento, transporte, 
armazenamento, tratamento e destinação final de resíduos de serviços de 
saúde; 
G.  Organizar atividades de reciclagem, no mínimo anuais, dos profissionais de 
nível universitário, de nível técnico e, também, de nível intermediário 
(médio), contratados nos termos da legislação trabalhista vigente, que 
executam os procedimentos de coleta, transporte de material humano, 
processamento e realização de exames e testes laboratoriais, e, quando for 
o caso, também dos profissionais prestadores de serviços cuja atuação se 
relacione com as atividades fim destes estabelecimentos de saúde; 
G.1­ essas atividades de reciclagem dos profissionais a que se refere o sub­ 
item g, poderão ser ministradas pelos próprios Responsáveis Técnicos pelos 
estabelecimentos de saúde e/ou por profissionais pelos mesmos indicados 
ou, ainda, em cooperação com instituições universitárias, órgãos públicos, 
conselhos de exercício profissional e sociedades científicas. 
II I .13.2.8­ É obrigatória a manutenção dos registros comprobatórios da vacinação 
dos profissionais no interior das dependências dos estabelecimentos de que trata a 
presente norma, de forma a propiciar a rápida verificação por parte das autoridades 
sanitárias competentes. 
II I .13.2.9­ É obrigatória a emissão de Certificados de Participação em Atividades 
de Reciclagem, por parte dos Responsáveis Técnicos pelos Laboratórios Clínicos 
Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, contendo os nomes dos 
profissionais, suas profissões ou ocupações, os temas técnicos abordados, as 
cargas horárias, as datas e os nomes dos palestrantes e, quando for o caso, os 
nomes de instituições, órgãos públicos ou entidades envolvidas. 
II I .13.2.10­ É obrigatória a confecção de Planilhas de Participação em Atividades 
de Reciclagem, no mínimo anuais, contendo os nomes dos profissionais, suas 
profissões ou ocupações, os temas técnicos abordados, as cargas horárias e as 
datas de realização das atividades. 
II I.13.2.7.10­ Garantir que o disposto no capítulo III.13, também, produzam 
efeitos no funcionamento dos Postos de Coleta Descentralizados vinculados aos 
estabelecimentos de que trata a presente norma. 
II I.14. DOS PROCEDIMENTOS 
II I.14.1­ DOS PROCEDIMENTOS GERENCIAIS 
II I.14.1.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios 
Clínicos deverão compilar em formato de MANUAL DE ROTINAS DE 
FUNCIONAMENTO os seguintes procedimentos operacionais e orientações técnicas:
1.  procedimentos administrativos: rotinas de recepção, registros de clientes e 
entrega de Laudos Técnicos contendo resultados de exames e testes; 
2.  procedimentos de preparo do cliente, segundo exames específicos; 
3.  procedimentos de coleta de material humano, segundo exames específicos; 
4.  procedimentos de identificação do material humano coletado; 
5.  procedimentos de preservação e conservação de material humano, segundo 
exames específicos; 
6.  procedimentos de preparo de material humano, segundo exames 
específicos; 
7.  procedimentos analíticos contendo a descrição de métodos e técnicas 
utilizadas, segundo exames específicos; 
8.  critérios de rejeição de material humano coletado. 
9.  valores de referência normais; 
10.prazos previstos para emissão de Laudos Técnicos contendo resultados de 
exames e testes laboratoriais de rotina. 
II I .14.1.2­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios 
Clínicos, que também tenham por finalidade a coleta domiciliar de material humano 
e, ainda, que transportam amostras de material dos Postos de Coleta 
Descentralizados até suas dependências, deverão acrescer aos seus Manuais de 
Rotinas de Funcionamento os seguintes procedimentos operacionais: 
1.  procedimentos de preservação, conservação e acondicionamento de 
amostras de material humano, segundo grupos de exames; 
2.  procedimentos para transporte de amostras de material humano em 
Veículos Automotores para Transporte; 
3.  procedimentos de limpeza e desinfecção dos Veículos Automotores para 
Transporte, inclusive em caso de acidente com derrame das amostras. 
II I .14.1.3­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios 
Clínicos, poderão optar por compilar em formato de MANUAL DE ROTINAS DE 
FUNCIONAMENTO os procedimentos operacionais gerais e elaborar, em igual 
formato, MANUAIS DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO(POP) relativos 
especificamente a: 
1.  fase pré­analítica (POP Tipo I ou POP I); 
2.  fases analíticas inerentes a cada campo de diagnose (POP Tipo II ou POP II); 
3.  coleta domiciliar de material humano (POP Tipo III ou POP III); 
4.  transporte de amostras coletadas (POP Tipo IV ou POP IV). 
Esses Manuais devem ser datados, assinados pelo Responsável Técnico e 
atualizados. 
II I.14.1.4­ Os estabelecimentos de que trata o presente Título, deverão possuir 
MANUAIS DE BIOSSEGURANÇA com o seguinte conteúdo mínimo: a identificação 
dos riscos, a especificação das práticas e procedimentos para eliminar os riscos e, 
ainda, as providências imediatas a serem adotadas pelos profissionais no caso da 
ocorrência de acidentes e incidentes. 
II I .14.1.5­ Os estabelecimentos de que trata a presente norma, deverão possuir 
MANUAIS DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS E SUPERFÍCIES e de 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE. 
II I.14.1.5.1­ As rotinas de limpeza da vidraria deverão constituir uma Seção ou 
Capítulo específico dos Manuais de Processamento de Artigos e Superfícies, quando 
for o caso.
II I.14.1.6­ Os estabelecimentos de que trata a presente norma, poderão optar 
pela elaboração de Instrumentos únicos, ou seja, MANUAIS DE PROCESSAMENTO 
DE ARTIGOS E SUPERFÍCIES E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE 
SAÚDE. 
II I.15­ DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE PRODUTOS E ARTIGOS 
II I.15.1­ Os Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios Clínicos, 
deverão desenvolver ações voltadas para o controle das datas de recebimento, dos 
registros obrigatórios, dos prazos de validade e das condições de conservação, 
armazenamento e estocagem de produtos e artigos. 
II I .15.1.1­ No desenvolvimento destas ações, deverá haver o intercâmbio formal 
de informações entre os setores técnicos e os setores organizacionais responsáveis 
pela aquisição, armazenagem e controle de estoques de produtos e artigos. 
II I .15.2­ Os estabelecimentos de saúde cuja maior complexidade organizacional 
determine a existência de distintos departamentos com funções de coordenação 
técnica e de coordenação da aquisição, armazenamento e controle de estoques de 
produtos e artigos, deverão: 
1.  garantir que os setores organizacionais responsáveis pelas atividades afetas 
à fase pré­analítica e à fase analítica forneçam as especificações técnicas 
dos produtos e artigos a serem adquiridos; 
2.  garantir que os setores organizacionais responsáveis pela aquisição, antes 
de adquirirem produtos e artigos, se certifiquem da existência dos registros 
obrigatórios; 
3.  garantir que os setores organizacionais responsáveis pela aquisição 
informem aos responsáveis pelo processo de produção de serviços as datas 
de recebimento e os respectivos prazos de validade dos lotes de produtos e 
artigos de uso corrente. 
II I .15.3­ Deverão ser estritamente observadas as recomendações dos fabricantes, 
contidas nas Instruções de Uso ou em documentos com igual finalidade, relativas 
às condições de armazenamento e conservação de reagentes e de demais insumos 
utilizados no processamento de material humano e realização de exames e testes 
laboratoriais. 
II I .15.4­ Recomenda­se a verificação, periódica, do desempenho dos reagentes. 
II I .15.4.1 Deverão ser registradas as datas de início do uso dos reagentes em 
Instrumentos de Registro próprios para tal finalidade. 
II I.15.5­ Para os efeitos desta Norma Técnica, é proibida a utilização de produtos 
e artigos cujos prazos de validade tenham expirado. 
II I.15.6­ É proibido o reprocessamento de artigos médico­hospitalares 
descartáveis de uso único. 
II I .15.6.1­ A reesterilização de artigos médico­hospitalares descartáveis de uso 
único não utilizados e cujos prazos de validade da esterilização inicial tenham 
expirado, constitui­se em situação excepcional e prevista na legislação vigente, 
sendo que a sua concretização deverá ser precedida do cumprimento das seguintes 
exigências:
1.  os Responsáveis Técnicos pelos estabelecimentos objeto da presente 
regulamentação, ou profissionais pelos mesmos indicados por escrito, 
deverão autorizar a reesterilização destes artigos; 
2.  é obrigatório certificar­se de que os artigos descartáveis de uso único não 
tenham sido utilizados previamente e, ainda, avaliar se são apropriadas as 
suas condições de conservação, armazenamento e estocagem; 
3.  é obrigatório, cumprido o estabelecido neste sub­item, número 2, certificar­ 
se da inviolabilidade e absoluta integridade de invólucros e embalagens 
originais destes artigos; 
4.  é obrigatório, cumprido o estabelecido neste sub­item, números 2 e 3, 
autorizar por escrito, em impressos próprios que contenham a identificação 
dos estabelecimentos, a reesterilização destes artigos e indicar o emprego 
de processos de esterilização pertinentes. 
II I .15.1.8­ As disposições do capítulo III.15, também, deverão produzir efeitos no 
funcionamento dos Postos de Coleta Descentralizados vinculados aos 
estabelecimentos de que trata a presente norma. 
II I.16­ DOS PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO DA INFRA­ESTRUTURA PREDIAL, 
DE GRUPOS DE EQUIPAMENTOS E DE VEÍCULOS AUTOMOTORES PARA 
TRANSPORTE 
II I.16.1­ Nos estabelecimentos de que trata a presente norma, deverão ser 
implantadas rotinas visando garantir a manutenção da infra­estrutura predial. 
II I .16.2­ Nos Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de Laboratórios 
Clínicos, deverão ser implantadas rotinas visando garantir a manutenção preventiva 
dos equipamentos, incluindo os equipamentos empregados na fase pré­analítica, na 
esterilização de materiais, no tratamento adicional e específico da água potável e 
no processamento de dados, observando­se, no mínimo, a periodicidade 
recomendada pelos fabricantes e/ou fornecedores. 
II I .16.3­ Deverão ser implantadas rotinas visando calibrar, aferir e controlar, 
periodicamente, a eficiência dos equipamentos específicos utilizados em todos os 
campos de diagnose. 
II I.16.4­ Deverão ser implantadas rotinas visando calibrar e aferir, 
periodicamente, os equipamentos ou aparelhos volumétricos de vidro utilizados na 
fase analítica em todos os campos de diagnose. 
II I.16.5­ Deverão ser implantadas rotinas visando controlar, periodicamente, com 
meios bacteriológicos, a eficácia do processamento de materiais em equipamentos 
para esterilização. 
II I.16.6­ Deverão ser implantadas rotinas visando controlar, periodicamente, a 
eficácia do tratamento adicional e específico da água potável em equipamentos 
para estes fins, assim como para afastar a possibilidade de contaminação 
bacteriológica e química da água tratada. 
II I.16.7­ Os estabelecimentos de que trata a presente norma, deverão implantar 
rotinas visando garantir a manutenção preventiva dos Veículos Automotores para 
Transporte. 
II I .16.8­ As disposições dos itens III.16.1, III.16.2 e III.16.6, no que for aplicável, 
também, deverão produzir efeitos no funcionamento dos Postos de Coleta 
Descentralizados vinculados aos estabelecimentos de que trata o presente capítulo.
II I.17. ­ DOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS 
II I.17.1­ Aos clientes que se dirigirem aos estabelecimentos de que trata a 
presente norma para o agendamento de exames e testes laboratoriais, deverão ser 
fornecidas instruções de preparo, por escrito, utilizando­se para tal finalidade de 
textos claros, precisos e de fácil compreensão. 
II I.17.1.1­ No caso da utilização de equipamentos de telefonia, os profissionais 
deverão informar seus nomes e transmitir aos clientes as instruções de preparo de 
forma clara, precisa e em linguagem de fácil compreensão. 
II I.17.1.2­ Os profissionais dos Laboratórios Clínicos Autônomos e Unidades de 
Laboratórios Clínicos, quando da coleta de material humano, deverão prestar aos 
clientes explicações simples, claras e precisas sobre estes procedimentos técnicos,

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