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LIVRO ESTUDO TRANSVERSAL - RELAÇÕES DE CONSUMO E SUSTENTABILIDADE

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Relações de Consumo e 
sustentabilidade
Estudos Transversais
RELAÇÕES DE CONSUMO E 
SUSTENTABILIDADE
Autor (a): Prof. Dr. Kleber Renan de Souza Santos
Centro Universitário Leonardo da vinCi - UniasseLvi
3Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
1 INTRODUÇÃO
Olá, bem-vindo à disciplina de Estudos Transversais, que abordará conte-
údos referentes a relações de consumo e sustentabilidade. Você deve se pergun-
tar: por que devo estudar relações de consumo e sustentabilidade? Pois bem, 
antes de explicarmos a importância desse estudo, vamos compreender o que 
contempla a disciplina Estudos Transversais.
Os Estudos Transversais são temas que se conectam e se entrelaçam 
através dos diversos ramos das ciências biológicas, humanas e exatas. Tratam 
de temas que incorporam conteúdos múltiplos e essenciais para a formação 
de um cidadão consciente do ambiente total, capaz de observar a realidade 
em que vive, revisar o passado e buscar um futuro melhor e em harmonia 
com a natureza e a sociedade, tudo isso para contribuir com a formação in-
tegral da pessoa. 
Continue Lendo
4Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Neste livro, apresentamos como as relações de consumo afetam direta e 
indiretamente a sustentabilidade do planeta e discutimos algumas maneiras de 
contribuir para promover o desenvolvimento sustentável. 
Você sabia que o Brasil possui uma Política Nacional das Relações de 
Consumo? Essa política visa contribuir para a sustentabilidade da ordem 
econômica, e está descrita no art. 4° do Código de Defesa do Consumidor, 
Lei n° 8.078 de 1990, que traz uma série de objetivos para o atendimento das 
necessidades dos consumidores: o respeito à dignidade, saúde e segurança, 
a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de 
vida, além da transparência e harmonia das relações de consumo, visando 
dar eficácia aos princípios norteadores estabelecidos no artigo 170 da 
Constituição Federal (CARVALHO NETO, 2012). Desde então, os termos 
“consumo consciente”, “consumo responsável” e “consumo sustentável” 
têm se tornado comuns nos meios de comunicação do Brasil e do mundo, 
expressando uma ideia de consumo que “extrapola o atendimento das 
necessidades individuais. São levados em consideração seus reflexos na 
sociedade, economia e meio ambiente” (SILVA et al., 2012, p. 96).
Continue Lendo
5Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Ainda, falaremos da Logística Reversa, um conceito associado à 
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, em que os 
produtores devem receber de volta os resíduos oriundos do consumo de seus 
produtos. Também apresentaremos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
– ODS, conhecidos como Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável. 
Ainda, para ir além dos ODS, discutiremos a origem do termo sustentabilidade, 
demonstrando que, apesar do uso formal da palavra ser considerado recente, a 
ideia e aplicação são antigos.
Com essa leitura você será conduzido a identificar e a refletir sobre 
a crescente importância do consumo consciente, da logística reversa, da 
sustentabilidade e dos ODS. Boa leitura e aprendizado transversal!
6Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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2 RELAÇÕES DE CONSUMO
O termo consumo se refere ao ato de obter ou utilizar um bem ou 
serviço. Trata-se de uma realidade marcante nas sociedades modernas. 
Com o aumento da prática surgiram os termos sociedade de consumo e 
consumismo, que significam, respectivamente, a tentativa de expressar as 
mudanças de consumo que vêm ocorrendo nas sociedades contemporâneas 
e a expansão da cultura do “ter” em detrimento da cultura do “ser” (IDEC, 
2005). Assim, as relações de consumo representam as relações entre o 
consumidor e o fornecedor, tendo como elo o produto em questão.
Observamos que o comportamento de 
consumo traz em si reflexos diretos e indiretos 
na cultura, na política, no meio ambiente 
e na vida em sociedade como um todo. 
Contudo, a busca de critérios éticos 
7Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
para as relações de consumo é antiga. Nas Escrituras Sagradas já se observa 
uma preocupação de proteger o consumidor, exemplo no Jardim do Éden, no 
qual Adão e Eva teriam experimentado uma fruta em desobediência à ordem 
de Deus. Naquele cenário, o “consumo do desnecessário” trouxe uma grave 
consequência, a expulsão do paraíso. Fazendo uma analogia, podemos dizer 
que nos dias de hoje o “consumo do desnecessário” provoca o desequilíbrio 
ambiental que vivemos.
Você já se perguntou quais são suas necessidades básicas? Do que 
realmente você precisa para viver bem? São muitos os questionamentos 
que auxiliam nossa tomada de decisão em relação ao consumo. Seja sobre a 
alimentação, a higiene, a saúde, a vestimenta, o bem-estar. De certo modo, 
estamos sempre consumindo algo, o diferencial é compreender se o que 
consumimos é necessário ou supérfluo.
8Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Para demonstrar, em nível mundial, como 
o comportamento humano de consumo afeta 
o equilíbrio planetário, o Instituto Brasileiro 
de Defesa do Consumidor - IDEC (2005, p. 15) 
apresenta os seguintes dados:
20% da população mundial, que habita prin-
cipalmente os países afluentes do hemisfério 
norte, consome 80% dos recursos naturais 
e energia do planeta e produz mais de 80% 
da poluição e degradação dos ecossistemas. 
Enquanto isso, 80% da população mundial, 
que habita principalmente os países pobres 
do hemisfério sul, fica com apenas 20% dos 
recursos naturais. Para redução dessas dis-
paridades sociais, permitindo aos habitantes 
dos países do sul atingirem o mesmo padrão 
de consumo material médio de um habitan-
te do norte, seriam necessários, pelo menos, 
mais dois planetas Terra.
9Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Esses dados evidenciam a desigualdade em nível mundial e soam como 
um alerta para nosso modo de consumo. Afinal, não é possível que todos 
os habitantes da Terra tenham o mesmo padrão de consumo médio de um 
habitante dos países desenvolvidos do hemisfério norte. Sabe o motivo? 
Simplesmente porque estamos ultrapassando a resiliência de nosso planeta, 
ultrapassando a capacidade da Terra de se regenerar aos impactos antrópicos 
provocados, seja pelo desmatamento, pela contaminação dos rios e mares, 
o acúmulo de lixo e resíduos diversos, poluição do ar e do solo, emissões 
radioativas etc.
Agora, observe a figura a seguir, e registre suas impressões sobreela. 
Sua análise e reflexão são importantes para favorecer a compreensão dos 
temas abordados neste livro.
10Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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FIGURA 1 – O CONTRASTE NA CIDADE DE SÃO PAULO - DISTINTAS REALIDADES SEPARADAS 
POR UM MURO: NA ESQUERDA A FAVELA/COMUNIDADE DE PARAISÓPOLIS E NA DIREITA O 
BAIRRO DO MORUMBI
FONTE: <http://bit.ly/2LX9XxY>. Acesso em: 1 jun. 2019.
11Relações de Consumo e sustentabilidade
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Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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A temática do consumo se tornou tão proeminente que, em 2005, 
o Ministério do Meio Ambiente publicou um Manual de Educação para 
o Consumo Sustentável, o qual apresenta diretrizes para um consumo 
consciente, traz discussões sobre as relações de consumo e como esse tema 
invadiu as esferas das vidas social, econômica, cultural e política, indicando 
que o tempo e o próprio corpo humano se transformam em mercadorias 
(MMA, 2005).
Contudo, para você, o que é consumo? É algo que vai além do 
consumo de alimentos, roupas, calçados, meios de transporte, obtenção de 
informação, entretenimento? Percebe que em praticamente todo o tempo 
estamos consumindo? Seja o consumo de produtos ou serviços de modo 
pago ou gratuito, o fato é que estamos consumindo. Talvez até o ar que 
respiramos seja objeto de consumo. Felizmente, hoje, não pagamos pelo seu 
uso, mas certamente já “pagamos” pela qualidade do ar que respiramos.
12Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Na tentativa de regulamentar as relações de consumo no Brasil, 
foi publicada, em 1990, a Lei n° 8.078, que trata do Código de Defesa do 
Consumidor e institui a Política Nacional de Relações de Consumo. Conforme 
o artigo 4°, são princípios desta lei:
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de 
consumo;
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: 
 a) por iniciativa direta;
 b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações repre-
sentativas; 
 c) pela presença do Estado no mercado de consumo; 
 d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de 
qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo 
e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de 
desenvolvimentos econômico e tecnológico, viabilizando os princípios 
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição 
Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre 
consumidores e fornecedores;
13Relações de Consumo e sustentabilidade
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Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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IV - educação e informação de fornecedores e consumidores quanto aos 
seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo;
V - incentivo à criação, pelos fornecedores, de meios eficientes de controle 
de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de 
mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo;
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado 
de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de 
inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos 
distintivos;
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;
VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.
 Um dos aspectos mais relevantes do Código de Defesa do Consumidor 
diz respeito ao direito à informação. Está prevista a informação adequada 
sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de 
quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes, preço 
e os riscos. Um exemplo de aplicação do direito é a rotulagem das embalagens 
de produtos que contenham derivados de organismos geneticamente 
modificados, também chamados de transgênicos. 
14Relações de Consumo e sustentabilidade
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Quer registrar sua opinião sobre o PLC 34/2015? 
Seja um cidadão ativo! Clique aqui e participe! 
Para saber mais sobre os direitos do consumidor e consumo 
consciente clicando aqui.
Uma tentativa de reduzir a rotulagem dos transgênicos foi proposta 
pelo Projeto de Lei da Câmara n° 34 de 2015, prevendo a alteração da Lei 
de Biossegurança para liberação do produtor de alimentos de informar ao 
consumidor sobre a presença de componentes transgênicos quando for 
inferior a 1% da composição total do produto alimentício. 
Atualmente, o PLC 34/2015 encontra-se em tramitação no Senado 
e, conforme dados da consulta pública disponível no site do Senado, 
mais de 95% dos que opinaram são contra essa proposta de alteração da 
Lei de Biossegurança, pois afetaria diretamente o direito à informação e 
comprometeria o direito de escolha do consumidor, impossibilitando saber 
se um alimento é realmente livre de transgênicos.
15Relações de Consumo e sustentabilidade
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CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Acompanhe um trecho do livro “Pedagogia do consumo: 
família, mídia e educação”, de Inez Lemos, publicado em 2007.
Com entusiasmo, mantenho acesa a chama da esperança na ca-
pacidade de contestar, investigar e reinventar saídas. Convoco 
pais, educadores e interessados na luta contra a farsa do bem-es-
tar proporcionada pelo fetiche da mercadoria, de uma sociedade 
que se apoia no espetáculo e se sustenta no engodo da imagem 
e na ilusão do excesso [...]. O objetivo é reforçar a crença na pos-
sibilidade do sujeito tomar para si as rédeas de seu futuro, de seu 
destino, refutando os poderes obscurantistas, quer derivem de 
uma ciência perversa, quer venham travestidos do progresso sal-
vacionista, mercantilista e enganador (LEMOS, 2007, p. 8).
16Relações de Consumo e sustentabilidade
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2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
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E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Dica de vídeo
O vídeo “Vamos falar sobre solos” possui pouco mais de cinco mi-
nutos, foi produzido pelo desenhista de animações Uli Henrik Stre-
ckenbach para a primeira Semana Global de Solos em 2012. O ví-
deo enfatiza a dependência da humanidade dos solos e descreve 
como certas tendências de consumo e de manejo do solo amea-
çam o desenvolvimento sustentável. Clique aqui para assistir.
17Relações de Consumo e sustentabilidade
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
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3 LOGÍSTICA REVERSA
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3 LOGÍSTICA REVERSA
A logística reversa consiste na observância do ciclo de vida dos 
produtos, de modo a corresponsabilizar a sociedade e empresas pela 
recolha dos produtos do pós-venda e pós-consumo e o encaminhamento 
para reaproveitamento ou destinação segura. Trata-sedo reaproveitamento 
inteligente dos materiais (LEITE, 2017). 
A logística reversa se destaca como a quarta área da logística 
empresarial, sendo as três primeiras a logística de suprimentos (responsável 
pelas ações e suprir as empresas dos insumos materiais), de apoio à 
manufatura (responsável pelo planejamento, armazenamento e controle 
dos fluxos internos) e distribuição (cuida da entrega dos pedidos recebidos) 
(LEITE, 2017). Uma visão geral desse fluxo é apresentada na Figura 2. 
18Relações de Consumo e sustentabilidade
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DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
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3 LOGÍSTICA REVERSA
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FIGURA 2 – VISÃO GERAL DAS ÁREAS OPERACIONAIS DA LOGÍSTICA 
EMPRESARIAL COM ÊNFASE NA LOGÍSTICA REVERSA
FONTE: Adaptado de Leite (2017)
 
Você deve estar se perguntando: o que é logística reversa de pós-
venda e de pós-consumo? A pós-venda visa agregar valor a um produto que é 
devolvido por razões comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia 
pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento, avarias no transporte 
etc. A logística reversa de pós-consumo se refere aos produtos inservíveis 
ao primeiro proprietário, objetiva o retorno dos produtos descartados pela 
sociedade em geral após o uso e inclui tanto os bens duráveis quanto os 
descartáveis, encaminhando-os para reuso, remanufatura ou reciclagem até 
a destinação final adequada (LEITE, 2017).
19Relações de Consumo e sustentabilidade
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
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E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Considerando as facilidades de consumo da vida moderna e a baixa 
durabilidade da maioria dos produtos, é notável a elevada produção de resíduos 
ao longo de nossa vida. Quer ver um exemplo? Em 1994 se deu o início da 
produção de latas de alumínio no Brasil, sendo produzidas cerca de 20 bilhões de 
unidades de latinhas em 2014. Por sorte, o alumínio é um excelente exemplo de 
revalorização econômica, visto que seu processo de reciclagem economiza 95% 
de energia na produção, apresentando índices de investimentos em fábricas de 
reciclagem muito inferiores àqueles de fábricas de alumínio virgem, portanto, 
evitando a extração de bauxita (LEITE, 2017). Isso contribui para o Brasil ser o 
líder mundial em reciclagem de alumínio, com índice de 98,4%, enquanto no 
mundo esse índice é de, aproximadamente, 75% (GAMA, 2016).
Por outro lado, no caso do plástico, foram reciclados apenas cerca 
de 15% em 2014, do total de 6,5 milhões de toneladas produzidas naquele 
ano no Brasil (LEITE, 2017). Mais recentemente, o Relatório “Solucionar a 
poluição plástica: transparência e responsabilização”, do Fundo Mundial para 
a Natureza – WWF, revelou que o Brasil é o 4° maior produtor de resíduos 
plásticos do mundo, atrás dos Estados Unidos, China e Índia, reciclando 
apenas 1,2% do total produzido em 2016 (WWF, 2019).
20Relações de Consumo e sustentabilidade
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CONSUMO
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E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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O problema do plástico é tão sério que atualmente é tema constante 
de manchetes de jornais e redes sociais no mundo todo, sendo categorizado 
em três faixas de tamanho: macro, micro e nanoplástico. Em relação aos 
microplásticos, um estudo constatou a contaminação de 93% da água de 
garrafas provenientes de 11 marcas diferentes e em nove países. Além disso, 
ainda são desconhecidos os efeitos da ingestão de microplásticos nos seres 
humanos e outras espécies de animais (WWF, 2019). Esses dados revelam o 
quão urgente é a aplicação da logística reversa para modificar esse quadro.
Na Figura 3 é apresentada a visão geral do ciclo de vida do plástico, 
desde sua produção até os mercados secundários de reuso e reciclagem. 
Conforme destacado pelo relatório do WWF (2019), para solucionar a 
poluição plástica precisamos de transparência e responsabilização. Para isso, 
a organização pede, além de outras recomendações, que o público reduza o 
consumo de plásticos desnecessários, reutilize e recicle o que for utilizado. 
21Relações de Consumo e sustentabilidade
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CONSUMO
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E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
FIGURA 3 – VISÃO GERAL DO CICLO DE VIDA DO PLÁSTICO CONFORME 
RELATÓRIO WWF (2019)
Para Leite (2017, p. 69), “a vida útil de um bem é entendida como o 
tempo decorrido desde sua produção até o momento em que o primeiro 
consumidor/cliente se desfaz”. O referido autor destaca que é possível 
prolongar a vida útil do bem destinando-o a um novo consumidor/cliente, 
por exemplo com uso de segunda mão, ou destinar o produto para a coleta 
seletiva, coletas informais etc., tornando-o um bem de pós-consumo.
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22Relações de Consumo e sustentabilidade
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CONSUMO
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E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
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Contudo, em resumo, o que está impulsionando a poluição plástica? 
Onde estamos errando? Veja, na Figura 4, uma explicação que responde a 
essas questões.
FIGURA 4 – RESUMO DOS INSUCESSOS EM TODO O CICLO DE VIDA DOS 
PLÁSTICOS QUE IMPULSIONAM A POLUIÇÃO PLÁSTICA NO MUNDO
FONTE: WWF (2019) & Dalberg (2019).
23Relações de Consumo e sustentabilidade
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Essa percepção do ciclo de vida 
dos produtos é importante, mas não 
suficiente para promover mudanças. 
É preciso estabelecer metas para 
reduzir ao máximo a geração de 
resíduos na natureza. Assim, com 
foco na problemática do plástico, o 
WWF (World Wildlife Fund) (2019) 
propõe intervenções necessárias no 
ciclo de vida do produto para migrar 
rumo ao plástico zero na natureza 
a níveis regional e nacional. Confira 
os detalhes da proposta na Figura 5.
24Relações de Consumo e sustentabilidade
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DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
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FIGURA 5 – INTERVENÇÕES NECESSÁRIAS NO CICLO DE VIDA DO PLÁSTICO PARA 
MIGRAÇÃO RUMO AO PLÁSTICO ZERO NA NATUREZA A NÍVEIS REGIONAL E 
NACIONAL, CONFORME WWF (2019)
Conforme propostas apresentadas no Relatório WWF (2019), o 
caminho para um futuro sem plástico na natureza passa pela valorização do 
produto em cada fase do seu ciclo de vida, agregando valor aos materiais de 
pós-consumo e otimizando o gerenciamento de resíduos.
25Relações de Consumo e sustentabilidade
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CONSUMO
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E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
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No ENADE (Exame Nacional de Desempenho do Estudante) de 2009, 
no âmbito da formação geral, a terceira questão abordou a temática do 
consumo consciente, citando a campanha do Ministério do Meio Ambiente 
para redução do uso de sacolas plásticas. Confira!
QUESTÃO ENADE 2009 – O Ministério 
do Meio Ambiente, em junho de 2009, 
lançou campanha para o consumo cons-
ciente de sacolas plásticas, que já atin-
gem, aproximadamente, o número alar-
mante de 12 bilhões por ano no Brasil. 
Veja o slogan dessa campanha:O possível êxito da campanha 
ocorrerá porque: 
I - se cumpriu a meta de emissão zero 
de gás carbônico estabelecida pelo 
Programa das Nações Unidas para 
o Meio Ambiente, revertendo o 
atual quadro de elevação das mé-
dias térmicas globais. 
26Relações de Consumo e sustentabilidade
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CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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II - deixaram de ser empregados, na confecção de sacolas plásticas, materiais 
oxibiodegradáveis e os chamados bioplásticos que, sob certas condições 
de luz e de calor, se fragmentam. 
III - foram adotadas, por parcela da sociedade brasileira, ações comprome-
tidas com mudanças em seu modo de produção e de consumo, aten-
dendo aos objetivos preconizados pela sustentabilidade. 
IV - houve redução tanto no quantitativo de sacolas plásticas descartadas 
indiscriminadamente no ambiente, como também no tempo de decom-
posição de resíduos acumulados em lixões e aterros sanitários.
Estão CORRETAS somente as afirmativas 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) II e IV. 
E) III e IV.
FONTE: http://bit.ly/2YWvfiL. Acesso em: 22 jun. 2019.
27Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
Então, conseguiu responder à questão? Note que ela foi aplicada antes 
da publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), 
prevendo a logística reversa. Contudo, as campanhas em prol da redução do 
consumo de sacolas plásticas já se faziam presentes em nosso país e em várias 
partes do mundo, dada a relevância do problema.
Nesta questão ENADE, as afirmações I e II estão erradas ao dizerem que 
“se cumpriu a meta de emissão zero de gás carbônico [...], revertendo o atual 
quadro de elevação das médias térmicas globais” e “deixaram de ser empre-
gados, na confecção de sacolas plásticas, materiais oxibiodegradáveis”. A cam-
panha espera justamente o contrário, ou seja, requer mudanças de atitude da 
sociedade, tanto em relação ao padrão de consumo de plástico pela população 
quanto aos modos de produção pela indústria, incluindo o uso de tecnologias 
para produção de materiais biodegradáveis. Vale destacar que uma socieda-
de formada por cidadãos conscientes tem poder para promover mudanças no 
nível das empresas e faz uso do plástico de forma consciente e seletiva (BOC-
CHESE, 2014). Assim, as afirmações III e IV apontam caminhos corretos para o 
possível êxito da campanha, conforme indicado na alternativa E.
28Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
A normatização da logística reversa no Brasil se deu com a publicação da 
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei n° 12.305 de 2010, que trata 
do tema em seu art. 33, o qual determina que os fabricantes, importadores, dis-
tribuidores e comerciantes são obrigados a estruturar e a implementar sistemas 
de logística reversa mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, 
de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos 
resíduos sólidos para os seguintes produtos: I - agrotóxicos, seus resíduos e em-
balagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua 
resíduo perigoso; II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus 
resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercú-
rio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Vale destacar que o compartilhamento de responsabilidades, previsto 
na PNRS, o impacto causado no mercado pelos produtos ou matérias-primas 
reaproveitados e a complexidade de retorno dos produtos parecem justificar 
a demora observada na implantação de programas de logística reversa no 
Brasil. Além disso, outra dificuldade em efetivar a logística reversa no país 
está no custo do transporte, que representa cerca de 50% do custo logístico 
direto e da mesma maneira na logística reversa (LEITE, 2017). 
29Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Conforme determina a PNRS, a logística reversa é uma obrigação 
legal dos fabricantes e dos importadores, os quais deverão proceder com a 
destinação ambientalmente adequada, sendo o rejeito encaminhado para a 
disposição final ambientalmente adequada.
No ciclo, compete ao consumidor final devolver aos fabricantes ou 
importadores, após o uso, os produtos e embalagens de: I - agrotóxicos, 
II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e 
embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e 
de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Ainda, 
compete ao produtor/fornecedor dispor de informações necessárias aos 
consumidores sobre a recolha dos resíduos de sua responsabilidade.
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30Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
No contexto da logística reversa e do ciclo de vida dos produtos e sua 
durabilidade, a “obsolescência programada” se mostra como uma estratégia 
das empresas de tecnologia, especialmente da área de eletroeletrônicos e de 
informática, estimulando o consumo de novos produtos, divulgando a ideia 
que os antigos já estariam desatualizados, obsoletos, mesmo que não estejam.
Para se aprofundar no tema do consumismo e como isso compromete 
a sustentabilidade, veja o documentário “A História Secreta da Obsolescência 
programada”. Clique aqui para assistir o vídeo.
31Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS 
DE DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
O que é sustentabilidade? Por que esse tema é tão abordado 
atualmente? Desde quando existe essa palavra? A ideia de sustentabilidade 
é recente? O desenvolvimento sustentável é possível? O que significa ODS? 
Essas e tantas outras perguntas fazem ecoar em nossa mente o quanto somos 
movidos pela busca do conhecimento. Ainda, cada vez mais que buscamos, 
novas perguntas vão surgindo e em um ciclo sem fim.
Iniciar esse tópico com essas perguntas tem o objetivo de demonstrar 
que não há um consenso na literatura sobre o conceito de sustentabilidade, 
porém a compreensão da palavra é algo bom, que busca o equilíbrio dinâmico 
para as presentes e futuras gerações (FEIL; SCHREIBER, 2017).
Para tentar elucidar essas questões, vamos analisar a Figura 6, que 
apresenta um esquema do conceito de sustentabilidade.
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32Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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FIGURA 6 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE
FONTE: O autor
Note as cores, as palavras e a ideia de equação representadas na Figura 
6. O termo “conhecimento” está sob um fundo branco, representando nossa 
capacidade de adquiri-lo, como uma página em branco disponívelpara a 
escrita. A “consciência”, por sua vez, em fundo amarelo, representa a luz, 
algo que ilumina nossa mente nas tomadas de decisão para distinção do 
certo e do errado, do bem e do mal, com vistas a nos ajudar a escolher entre 
o bem e o melhor. E a “atitude”, em fundo azul, representa nossas ações, 
como algo concreto, que provoca mudanças no seu entorno, semelhante ao 
que faz a água da chuva, dos rios ou oceanos. 
33Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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O somatório desses elementos, inclusive suas cores, resulta na SUSTEN-
TABILIDADE. Palavra destacada com uma dimensão maior, em fundo verde, a 
cor das plantas, da esperança, a base da vida. O verde que é definido como 
uma cor secundária, proveniente da mistura do amarelo com azul, que são 
cores primárias. O branco do conhecimento geralmente toma uma tonalidade 
amarela ou azul, pois estamos sempre aprendendo com a consciência e as ati-
tudes. Portanto, a sustentabilidade é resultante do somatório de um conjunto 
de fatores em prol da melhoria e manutenção da qualidade e equilíbrios so-
cioeconômico e ambiental do presente e para o futuro. Assim, vamos resgatar 
na literatura o significado e origem das palavras sustentável, sustentabilidade 
e desenvolvimento sustentável. Para você, essas palavras são sinônimas?
De acordo com Hofer (2009) apud Feil e Schreiber (2017), o termo 
sustentável originou-se da expressão em idioma alemão “Nachhaltend” ou 
“Nachhaltig” (longevidade), do livro Lyra, de Carlowitz, em 1713, em francês 
“durabilité” (durável) e em holandês duurzaamheid e Duurzaam (sustentá-
vel). Já o conceito de desenvolvimento sustentável surge pela primeira vez 
34Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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em 1980, em um relatório intitulado “A Estratégia Global para a Conserva-
ção” – publicado pela União Internacional para a Conservação da Natureza 
(IUCN). Contudo, a proposição formal do conceito de desenvolvimento sus-
tentável é atribuída ao Relatório de Brundtland, Our Common Future – Nosso 
futuro comum, preparado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, publicado em 1987.
Assim, a literatura parece indicar que a ideia e o conceito de desenvol-
vimento sustentável são relativamente recentes, demonstrando distancia-
mento da história da humanidade em suas raízes mais profundas. Contudo, 
mesmo sem utilizar os termos sustentável, sustentabilidade e/ou desenvol-
vimento sustentável, o tema já vem aparecendo em literaturas mais antigas 
há muitos anos. Observe a Figura 7 a seguir e o que ela retrata.
35Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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FIGURA 7 – REPRESENTAÇÃO DA MULTIPLICAÇÃO E PARTILHA DOS PÃES E PEIXES 
E A RECOLHA DAS SOBRAS
FONTE: <http://bit.ly/2SlsCo1>. Acesso em: 21 jun. 2019.
36Relações de Consumo e sustentabilidade
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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A figura apresenta uma passagem bíblica sobre a multiplicação dos pães 
e dos peixes. Contudo, o que isso tem a ver com sustentabilidade? Observe, a 
seguir, como o relato bíblico contempla as principais ideias de sustentabilidade 
quando comparado ao conceito proposto pelo Relatório de Brundtland.
TABELA 1 – O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO RELATÓRIO 
DE BRUNDTLAND E A IDEIA DE SUSTENTABILIDADE NA BÍBLIA SAGRADA
Relatório de Brundtland, 1987 João 6, 11-13. Observações
Entende-se por desenvolvimen-
to sustentável “o desenvolvi-
mento que procura satisfazer as 
necessidades da geração atual, 
sem comprometer a capacidade 
das gerações futuras de satisfa-
zerem as suas próprias necessi-
dades, significa possibilitar que 
as pessoas, agora e no futuro, 
atinjam um nível satisfatório de 
desenvolvimentos social e eco-
nômico e de realização humana 
e cultural, fazendo, ao mesmo 
tempo, um uso razoável dos re-
cursos da terra e preservando as 
espécies e os habitats naturais”.
“Jesus tomou os pães, deu gra-
ças e distribuiu aos que estavam 
sentados, tanto quanto queriam. 
E fez o mesmo com os peixes. 
Depois que se fartaram, disse 
aos discípulos: “Juntai os pe-
daços que sobraram para que 
nada se perca!” Eles juntaram 
e encheram doze cestos com os 
pedaços que sobraram dos cinco 
pães de cevada que comeram”.
Ambos os textos: 
1- reconhecem a importância do 
satisfazer as necessidades huma-
nas atuais sem comprometer as 
futuras; 
2- envolvem as pessoas no com-
promisso pela partilha daquilo 
que é necessário para o bem-es-
tar humano; 
3- chamam ao trabalho as pes-
soas para o não desperdício e 
respeito aos demais seres da na-
tureza.
FONTE: O autor
37Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Diante desse contexto podemos concluir que a ideia de sustentabilidade 
não é recente! Já relatada há milênios e resgatar essa história é uma maneira 
de promover a cidadania.
Em um artigo de revisão sobre o significado dos termos sustentável, 
sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, os autores Feil e Schreiber 
(2017, p. 678) concluíram que: 
Os atributos de sustentável, sustentabilidade e desenvolvimento 
sustentável, em termos gerais, possuem significados distintos, não podendo 
ser utilizados como sinônimos, pois cada um relaciona-se a uma práxis 
específica. Entretanto, não podem ser consideradas práticas isoladas, pois 
o êxito no alcance do sustentável ocorre via combinação do conjunto de 
atributos da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável.
Portanto, o conjunto dos atributos que compõem o desejo do 
desenvolvimento sustentável e a necessidade da sustentabilidade é que 
permitirá alcançarmos o sustentável.
38Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Em setembro de 2015 representantes da Organização das Nações 
Unidas (ONU) se reuniram em Nova York e adotaram a Agenda 2030 para 
o Desenvolvimento Sustentável, um documento que inclui 17 Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável – ODS e 169 metas para alcançá-los, o que 
equivale a, aproximadamente, 10 metas para cada objetivo. Conforme 
Preâmbulo da Agenda 2030, os ODS são integrados e indivisíveis, e equilibram 
as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e 
a ambiental, o conhecido tripé da sustentabilidade. Em outras palavras, o 
desenvolvimento sustentável é aquele que se dá de modo socialmente justo, 
economicamente viável e ambientalmente correto.
Vale ressaltar que os ODS são oriundos do aperfeiçoamento dos 
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), constituídos por 8 objetivos 
que vigoraram até o ano de 2015.
Observe, na Figura 8 a seguir, quais são os Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável. Neste tópico, daremos ênfase aos ODS 2, 6, 7, 11 e 12, 
apresentando as metas propostas para esses objetivos, concluindo com o 
objetivo 17, que visa integrar todaa sociedade em prol do cumprimento dos 
demais objetivos. 
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39Relações de Consumo e sustentabilidade
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2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
FIGURA 8 – RESUMO ESQUEMÁTICO DOS ODS DA AGENDA 2030 DA ONU
FONTE: <http://bit.ly/2Y57JDa>. Acesso em: 21 jun. 2019.
Uma característica comum dos ODS é sua universalidade, pois para 
cada objetivo é previsto uma intenção positiva que atinja a todas as pessoas, 
em todas as idades e em todo o mundo.
Os ODS visam estimular a ação em cinco áreas de importância crucial 
para a humanidade e o planeta. Essas áreas são conhecidas como os “5 P’s” 
do Desenvolvimento Sustentável. Observe a Figura 9 a seguir.
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40Relações de Consumo e sustentabilidade
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2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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FIGURA 9 – OS 5 P’S DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CONFORME 
AGENDA 2030 DA ONU
FONTE: <http://bit.ly/2Y3GmJz>. Acesso em: 21 jun. 2019.
41Relações de Consumo e sustentabilidade
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CONSUMO
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E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Para conhecer um pouco mais sobre os ODS, acompanhe a seguir a 
descrição de cada um deles e acesse o link dos excelentes vídeos elaborados 
pelo IBGE para disseminar essa informação pelo Brasil.
TABELA 2 – DESCRIÇÃO DOS ODS E LINK PARA OS VÍDEOS
ODS Link do vídeo do IBGE
Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas 
as suas formas, em todos os lugares.
https://www.youtube.com/
watch?v=wLP6roH0XvU
Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a 
segurança alimentar e melhoria da nutrição 
e promover a agricultura sustentável.
https://www.youtube.com/
watch?v=rvET4ADE8JQ
Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável 
e promover o bem-estar para todos, em 
todas as idades.
https://www.youtube.com/
watch?v=LMOynUxsGHo
Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva 
e equitativa e de qualidade, e promover 
oportunidades de aprendizagem ao longo 
da vida para todos.
https://www.youtube.com/
watch?v=htHKxLMIWrY
42Relações de Consumo e sustentabilidade
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero 
e empoderar todas as mulheres e meninas.
https://www.youtube.com/
watch?v=Mm0gzKOiJVU
Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e 
gestão sustentável da água e saneamento 
para todos.
https://www.youtube.com/
watch?v=ydH9YpoxpsI
Objetivo 7. Assegurar o acesso confiável, 
sustentável, moderno e a preço acessível 
à energia para todos.
https://www.youtube.com/
watch?v=Qi5EQ_n0DNo
Objetivo 8. Promover o crescimento eco-
nômico sustentado, inclusivo e sustentá-
vel, emprego pleno e produtivo e trabalho 
decente para todos.
https://www.youtube.com/
watch?v=AGV3rW83UKk
Objetivo 9. Construir infraestruturas resi-
lientes, promover a industrialização inclu-
siva e sustentável e fomentar a inovação.
https://www.youtube.com/
watch?v=ghQZfF0nEdQ
Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro 
dos países e entre eles.
https://www.youtube.com/
watch?v=DGLMC3Mcygc
43Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Objetivo 11. Tornar as cidades e os assen-
tamentos humanos inclusivos, seguros, re-
silientes e sustentáveis.
https://www.youtube.com/
watch?v=GCml3wU2g7g
Objetivo 12. Assegurar padrões de produ-
ção e de consumo sustentáveis.
https://www.youtube.com/
watch?v=tMtMphzAcK8
Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para 
combater a mudança do clima e seus im-
pactos.
https://www.youtube.com/
watch?v=ruOzd5Mthnc
Objetivo 14. Conservação e uso sustentável 
dos oceanos, dos mares e dos recursos ma-
rinhos para o desenvolvimento sustentável.
https://www.youtube.com/
watch?v=-Qy6HtE0GZU
Objetivo 15. Proteger, recuperar e promo-
ver o uso sustentável dos ecossistemas ter-
restres, gerir de forma sustentável as flo-
restas, combater a desertificação, deter e 
reverter a degradação da terra e deter a 
perda de biodiversidade.
https://www.youtube.com/
watch?v=Q5TYYyD7HB8
Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas 
e inclusivas para o desenvolvimento susten-
tável, proporcionar o acesso à justiça para to-
dos e construir instituições eficazes, respon-
sáveis e inclusivas em todos os níveis.
https://www.youtube.com/
watch?v=RkRpbUt1fCM
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44Relações de Consumo e sustentabilidade
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Objetivo 17. Fortalecer os meios de im-
plementação e revitalizar a parceria global 
para o desenvolvimento sustentável.
https://www.youtube.com/
watch?v=zzqUdXGKkW0
Fonte: Adaptado de: ONU (2015) e IBGE (2019)
Diante dos desafios de aperfeiçoar meios para cumprir as metas dos 
ODS, o Brasil participou, na sede da Comissão Econômica para a América La-
tina e o Caribe (CEPAL), em Santiago (Chile), do III Fórum sobre o Desenvolvi-
mento Sustentável, realizado de 22 a 26 de abril de 2019. Durante o evento, a 
delegação brasileira apresentou o relatório “Agenda 2030 – Metas Nacionais 
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. Um documento de 546 pági-
nas que, conforme destacado pelo Presidente do IPEA, Ernesto Lozardo, “com 
essa iniciativa, o Brasil passa a ser um dos poucos países do mundo a dispor de 
um instrumento que orienta a territorialização dos ODS, mantendo a abran-
gência e a ambição da proposta original” (IPEA, 2018, p. 9).
Acompanhe, na Tabela 3, a descrição das metas e algumas notícias 
relacionadas aos ODS 2, 6, 7, 11 e 12.
Continue Lendo
45Relações de Consumo e sustentabilidade
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
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TABELA 3 – METAS DOS ODS 2, 6, 7, 11 E 12 COM DESTAQUE DE ALGUMAS 
NOTÍCIAS RELACIONADAS
ODS Metas relacionadas Notícias relacionadas
2. Acabar com a 
fome, alcançar a 
segurança alimen-
tar e melhoria da 
nutrição e promo-
ver a agricultura 
sustentável.
2.1 Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular 
os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, 
nutritivos e suficientes durante todo o ano.
2.2 Até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, incluindo atingir, até 2025, as 
metas acordadas internacionalmente sobre nanismo e caquexia em crianças menores 
de cinco anos de idade, e atender às necessidades nutricionais dos adolescentes, mu-
lheres grávidas e lactantes e pessoas idosas.
2.3 Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de ali-
mentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores 
e pescadores, inclusive por meio de acesso seguro e igual à terra, outros recursos produti-
vos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agrega-
ção de valor e de emprego não agrícola.
2.4 Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produçãode alimentos e implementar 
práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem 
a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças cli-
máticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e 
que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo.
2.5 Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais 
de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, inclusive por meio de 
bancos de sementes e plantas diversificadas e bem geridas em níveis nacional, regional 
e internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios de-
correntes da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados.
2.a Aumentar o investimento, inclusive via o reforço da cooperação internacional, em 
infraestrutura rural, pesquisa e extensão de serviços agrícolas, desenvolvimento de 
tecnologia, e os bancos de genes de plantas e animais, aumentando a capacidade de 
produção agrícola nos países em desenvolvimento, em particular nos países menos de-
senvolvidos.
2.b Corrigir e prevenir as restrições ao comércio e distorções nos mercados agrícolas 
mundiais, incluindo a eliminação paralela de todas as formas de subsídios à exportação 
e todas as medidas de exportação com efeito equivalente, de acordo com o mandato da 
Rodada de Desenvolvimento de Doha.
2.c Adotar medidas para garantir o funcionamento adequado dos mercados de commo-
dities de alimentos e seus derivados, e facilitar o acesso oportuno à informação de mer-
cado, inclusive sobre as reservas de alimentos, a fim de ajudar a limitar a volatilidade 
extrema dos preços dos alimentos.
Projeto de combate à po-
breza no Ceará é apresen-
tado durante seminário em 
Montevidéu
46Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
6. Assegurar a 
disponibilidade e 
gestão sustentá-
vel da água e sa-
neamento para 
todas e todos
6.1 Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo à água potável e segura para 
todos.
6.2 Até 2030, alcançar o acesso ao saneamento e à higiene para todos, e acabar com 
a defecação a céu aberto, com especial atenção para as necessidades das mulheres e 
meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade.
6.3 Até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo 
e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo pela 
metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a 
reciclagem e reutilização segura globalmente.
6.4 Até 2030, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os 
setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para 
enfrentar a escassez de água, e reduzir substancialmente o número de pessoas que 
sofrem com a escassez de água.
6.5 Até 2030, implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, 
inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado.
6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo 
montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos.
6.a Até 2030, ampliar a cooperação internacional e o apoio à capacitação para os países 
em desenvolvimento em atividades e programas relacionados à água e saneamento, 
incluindo a coleta de água, a dessalinização, a eficiência no uso da água, o tratamento 
de efluentes, a reciclagem e as tecnologias de reuso.
6.b Apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais para melhora da gestão 
da água e do saneamento.
ONU: 1 em cada 3 pessoas 
no mundo não tem acesso 
à água potável
7. Assegurar o 
acesso confiável, 
s u s t e n t á v e l , 
moderno e a 
preço acessível 
à energia para 
todas e todos.
7.1 Até 2030, assegurar o acesso universal, confiável, moderno e a preços acessíveis a 
serviços de energia.
7.2 Até 2030, aumentar substancialmente a participação de energias renováveis na 
matriz energética global.
7.3 Até 2030, dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética.
7.a Até 2030, reforçar a cooperação internacional para facilitar o acesso à pesquisa e 
tecnologias de energia limpa, incluindo energias renováveis, eficiência energética e 
tecnologias de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas, e promover o investimento 
em infraestrutura de energia e em tecnologias de energia limpa.
7.b Até 2030, expandir a infraestrutura e modernizar a tecnologia para o fornecimento de 
serviços de energia modernos e sustentáveis para todos nos países em desenvolvimento, 
particularmente nos países menos desenvolvidos, nos pequenos Estados insulares em 
desenvolvimento e nos países em desenvolvimento sem litoral, de acordo com seus 
respectivos programas de apoio.
Investimento em energias 
renováveis supera o de 
combustíveis fósseis em 
2018 no mundo
47Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
11. Tornar as cida-
des e os assenta-
mentos humanos 
inclusivos, segu-
ros, resilientes e 
sustentáveis.
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço aces-
sível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas.
11.2 Até 2030, proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sus-
tentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a segurança rodoviária por meio da 
expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessidades das pesso-
as em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos.
11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as capacidades para o 
planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e susten-
táveis e em todos os países.
11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural 
do mundo.
11.5 Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas 
afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir as perdas econômicas diretas cau-
sadas em relação ao produto interno bruto global, incluindo os desastres relacionados 
à água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de vulnerabilidade.
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive 
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros.
11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, 
acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e pes-
soas com deficiência.
11.a Apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas, pe-
riurbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional e regional de desenvolvimento.
11.b Até 2020, aumentar substancialmente o número de cidades e assentamentos 
humanos adotando e implementando políticas e planos integrados para a inclusão, a 
eficiência dos recursos, mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a resiliência a 
desastres e desenvolver e implementar, de acordo com o Marco de Sendai para a Redu-
ção do Risco de Desastres 2015-2030, o gerenciamento holístico do risco de desastres 
em todos os níveis.
11.c Apoiar os países menos desenvolvidos, inclusive por meio de assistência técnica e 
financeira, para construções sustentáveis e resilientes, utilizando materiais locais.
No Rio, seminário global 
discute prevenção de in-
cêndios na gestão do pa-
trimônio cultural
48Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsaisÍndice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
12. Assegurar pa-
drões de produ-
ção e de consumo 
sustentáveis.
12.1 Implementar o Plano Decenal de Programas sobre Produção e Consumo Susten-
táveis, com todos os países tomando medidas, e os países desenvolvidos assumindo a 
liderança, tendo em conta o desenvolvimento e as capacidades dos países em desen-
volvimento.
12.2 Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais.
12.3 Até 2030, reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial, nos 
níveis de varejo e do consumidor, e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias 
de produção e abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita.
12.4 Até 2020, alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos químicos e 
todos os resíduos ao longo de todo o ciclo de vida destes e de acordo com os marcos 
internacionais acordados, e reduzir significativamente a liberação para o ar, água e solo, 
minimizando seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente.
12.5 Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, 
redução, reciclagem e reuso.
12.6 Incentivar as empresas, especialmente as empresas grandes e transnacionais, a 
adotarem práticas sustentáveis e a integrarem informações de sustentabilidade em seu 
ciclo de relatórios.
12.7 Promover práticas de compras públicas sustentáveis e de acordo com as políticas 
e prioridades nacionais.
12.8 Até 2030, garantir que as pessoas, em todos os lugares, tenham informação rele-
vante e conscientização para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida em har-
monia com a natureza.
12.a Apoiar países em desenvolvimento para fortalecerem suas capacidades científicas 
e tecnológicas, mudando para padrões mais sustentáveis de produção e consumo.
12.b Desenvolver e implementar ferramentas para monitoramento dos impactos do de-
senvolvimento sustentável para o turismo sustentável, gerando empregos, promovendo 
a cultura e os produtos locais.
12.c Racionalizar subsídios ineficientes que encorajam o consumo exagerado, eliminan-
do as distorções de mercado e de acordo com as circunstâncias nacionais, inclusive por 
meio da reestruturação fiscal e a eliminação gradual desses subsídios prejudiciais, caso 
existam, para refletir os seus impactos ambientais, tendo plenamente em conta as ne-
cessidades específicas e condições dos países em desenvolvimento e minimizando os 
possíveis impactos adversos sobre o seu desenvolvimento de uma forma que os pobres 
e as comunidades afetadas sejam protegidos.
Metade dos corais do 
mundo desapareceram 
nos últimos 150 anos, diz 
chefe da ONU
FONTE: Adaptado de: <http://bit.ly/2Y57JDa>. Acesso em: 11 jun. 2019.
49Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
A análise e o acompanhamento das ações para o cumprimento das 
metas e objetivos da Agenda 2030 são os principais desafios para gestão 
dos ODS. Afinal, como mensurar o cumprimento das metas estabelecidas? 
Como avaliar o avanço ou não na realização das ações para atingir as metas 
em nível global?
 Para isso, foram criados e estão em contínua adequação os Indicadores 
Globais para os ODS, num total de 232 indicadores. Contudo, no Brasil, 
aproximadamente 40 indicadores não possuem dados disponíveis no país, 
incluindo temas como perdas econômicas atribuídas a desastres, agricultura 
sustentável, uso de métodos de planejamento familiar, consumo de materiais, 
tráfico de animais silvestres, vítimas de violência, tráfico de pessoas, entre 
vários outros temas (KRONEMBERGER, 2019).
Conforme Kronemberger (2019), para facilitar a implementação do 
quadro de indicadores globais, foi adotada uma classificação dos indicadores 
em Tiers. Confira na Tabela 4.
50Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
TABELA 4 – DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE INDICADORES ODS GLOBAIS SEGUNDO 
A CLASSIFICAÇÃO EM TIERS - ATUALIZAÇÃO EM 27 DE NOVEMBRO DE 2018
Grupo de Indicadores Número de indicadores
Tier I: indicador é conceitualmente claro, tem meto-
dologia e padrões internacionalmente estabelecidos 
e os dados são produzidos regularmente pelos paí-
ses para, no mínimo, 50% dos países e da população 
em cada região onde o indicador é relevante.
100
Tier II: indicador é conceitualmente claro, tem me-
todologia e padrões internacionalmente estabeleci-
dos, mas os dados não são produzidos regularmente 
pelos países.
82
Tier III: não tem metodologia e padrões internacio-
nalmente estabelecidos, mas a metodologia está sen-
do (ou será) desenvolvida ou o indicador testado.
44
Múltiplos Tiers* 6
Total 232
*Indicadores formados por subindicadores com diferentes classificações.
FONTE: Adaptado de Kronemberger (2019, p. 41)
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51Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Note que o desafio é grande para a aplicação dos indicadores, visto 
que mais de 40 deles ainda não possuem metodologia, demonstrando a 
enorme lacuna entre o desejável e o realizado.
Para acompanhar em tempo real os indicadores ODS do Brasil, foi criado 
um site operado em conjunto pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística e pela PR/SEGOV/SNAS - Secretaria Nacional de Articulação Social 
(https://indicadoresods.ibge.gov.br/relatorio/sintese). Conforme a última 
atualização disponibilizada em 18/06/2019, o relatório aponta o total de 
244 indicadores e com as seguintes proporções no Brasil: 70 indicadores 
produzidos, 81 em análise/construção, 48 não possuem dados, 38 sem 
Metodologia Global, e 7 não se aplicam ao Brasil.
Para destacar a relevância da temática da sustentabilidade nas provas 
do ENADE, analise a questão a seguir.
52Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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QUESTÃO ENADE 2017 – Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
(ODS) compõem uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Na-
ções Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em setembro de 2015. 
Na agenda, representada na figura a seguir, são previstas ações em diver-
sas áreas para o estabelecimento de parcerias, grupos e redes que favore-
çam o cumprimento desses objetivos.
53Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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Considerando que os ODS devem ser implementados por meio de ações que 
integrem a economia, a sociedade e a biosfera, avalie as afirmações a seguir.
I - O capital humano deve ser capacitado para atender às demandas por 
pesquisa e inovação em áreas estratégicas para o desenvolvimento 
sustentável.
II - A padronização cultural dinamiza a difusão dos conhecimentos científico 
e tecnológico entre as nações para a promoção do desenvolvimento 
sustentável.
III - Os países devem incentivar políticas de desenvolvimento do 
empreendedorismo e de atividades produtivas com geração de 
empregos, garantindo a dignidadeda pessoa humana.
É correto o que se afirma em:
A) II, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.
FONTE: <http://portal.inep.gov.br/provas-e-gabaritos3>. Acesso em 21 jun. 2019.
54Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
Então, conseguiu responder com facilidade? Observe que as afirmações 
I e III estão corretas, pois destacam a importância da capacitação humana 
para atender às demandas dos ODS e o dever dos países na incentivação do 
empreendedorismo com respeito à dignidade da pessoa. Essas ações são 
coerentes com o que se espera para promover o desenvolvimento sustentável.
A afirmação II está errada por considerar que “a padronização 
cultural dinamiza a difusão do conhecimento científico[...]”. Tal frase está 
fora do contexto dos ODS, pois estes se fundamentam nos direitos humanos 
universais, com respeito à diversidade cultural e à dignidade da pessoa. Além 
disso, a difusão do conhecimento não é dinamizada pela padronização da 
cultura. Portanto, a alternativa “D” (I e III, apenas) é a resposta correta desta 
questão ENADE.
Analisaremos agora outra questão ENADE relacionada à 
sustentabilidade. Observe que a questão inicia com uma imagem (charge) e 
solicita avaliar duas asserções em relação à charge. 
55Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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QUESTÃO ENADE 2016 
A partir das ideias sugeridas pela 
charge, avalie as asserções a seguir 
e a relação proposta entre elas.
I - A adoção de posturas de 
consumo sustentável, com 
descarte correto dos resíduos 
gerados, favorece a preservação 
da diversidade biológica.
PORQUE
II - Refletir sobre os problemas 
socioambientais resulta em 
melhoria da qualidade de vida.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa 
correta da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa correta de I.
56Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são proposições falsas.
FONTE: <http://portal.inep.gov.br/provas-e-gabaritos3>. Acesso em: 21 jun. 2019.
O uso de figuras nas questões ENADE tem se tornado cada vez mais 
frequente, especialmente nas questões relacionadas ao meio ambiente e 
sustentabilidade. Sobre a questão apresentada, a asserção I é uma proposição 
verdadeira, pois associa a adoção de posturas de consumo consciente e 
descarte correto dos resíduos como medidas favoráveis para a preservação 
da biodiversidade. A proposição II é errada e não justifica a proposição I, pois 
apenas “refletir” sobre os problemas não resulta em melhoria da qualidade 
de vida. Assim, a alternativa “C” (A asserção I é uma proposição verdadeira, 
e a II é uma proposição falsa) é a resposta correta desta questão.
No último ENADE, aplicado em 2018, também foi abordado o tema 
sustentabilidade no âmbito da Formação Geral, com uma questão relacionada 
à mobilidade urbana e cidade sustentável. Vale a pena rever aquele 
conteúdo e ficar por dentro. O Objetivo 17 menciona: Fortalecer os meios 
57Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento 
sustentável. Isso é fortalecer as parcerias pelas metas. Esse objetivo é 
fundamental para o sucesso de cada um dos demais 16 objetivos. Talvez 
você se pergunte: como assim estabelecer parcerias pelas metas? Se cada 
um fizer a sua parte sozinho já está bom... Será?
Diante do avanço dos meios de comunicação, é esperado que a hu-
manidade tenha facilidade em se comunicar e formar uma rede em prol do 
cumprimento dos ODS, contudo, a história nos mostra o quanto tem sido 
difícil o ser humano estabelecer vínculos éticos e permanentes com um ob-
jetivo comum, tendo em vista o não cumprimento das diversas recomen-
dações das Conferências Mundiais de Meio Ambiente e Desenvolvimento 
Sustentável, com destaque às de Estocolmo (Suécia) em 1972, a do Rio de 
Janeiro (ECO92) em 1992, a de Johanesburgo (África, Rio+10) em 2002, e a 
do Rio de Janeiro (Rio+20) em 2012.
58Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Apesar dos desafios, a esperança nos motiva a continuarmos 
acreditando na humanidade. Ainda, como parte dela, devemos nos esforçar 
para fazer a nossa parte por um mundo mais sustentável.
Com satisfação chegamos ao fim da disciplina Estudos Transversais II, 
que teve como objetivo auxiliá-lo na compreensão dos temas RELAÇÕES DE 
CONSUMO E SUSTENTABILIDADE. Com certeza, você constatou a importância 
desses temas para sua vida pessoal e profissional, e como esses conhecimentos 
são úteis para tomada de decisão mais consciente e para a execução de 
ações mais inteligentes em prol da sua qualidade de vida, a do próximo e a 
do planeta como um todo.
Desejamos sucesso em sua trajetória. Saudações sustentáveis!
59Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
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1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
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REFERÊNCIAS
BOCCHESE, Jocelyne da Cunha. ENADE comentado componente: formação 
geral edições 2009, 2010, 2011, 2012. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014. 104 
p. Disponível em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/enade-
formacao-geral.pdf Acesso em: 1 jun. 2019.
CARVALHO NETO, Frederico da Costa. Política Nacional das Relações de 
Consumo e Sustentabilidade. In: POMPEU, Gina Vidal Marcílio; SOBRINHO, 
Rui Cardoso de Mello Tucunduva. Direito e sustentabilidade. 1. ed. 
Local: FUNJAB, 2012. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/
artigos/?cod=85f3375756047fba. Acesso em: 1 jun 2019.
CORTESE, Tatiana Tucunduva Philippi; KNIESS, Claudia Terezinha; MACCARI, 
Emerson Antonio. Cidades inteligentes e sustentáveis. 1. ed. Barueri: Manole, 
2017. 157 p. FEIL, A. A.; SCHREIBER, D. Sustentabilidade e desenvolvimento 
sustentável: desvendando as sobreposições e alcances de seus significados. 
Cadernos EBAPE.BR, v. 14, n., p. 667-681, 2017. Disponível em: http://dx.doi.
org/10.1590/1679-395157473 Acesso em: 1 jun. 2019.
60Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
Continue Lendo
GAMA, Mara. Brasil é campeão mundial na reciclagem de latas de 
alumínio. 2016. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/
seminariosfolha/2016/06/1784363-brasil-e-campeao-mundial-na-
reciclagem-de-latas-de-aluminio.shtml. Acesso em: 1 jun. 2019.
IDEC. Consumo sustentável: Manual de Educação. Brasília: Consumers 
International/ MMA/ MEC/IDEC, 2005. 160p. Disponível em: http://www.
mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/consumo_sustentavel.pdf. 
Acesso em: 1 jun. 2019.
IPEA. Agenda 2030 – Metas Nacionais dos Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável. 2018. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/
stories/PDFs/livros/livros/180801_ods_metas_nac_dos_obj_de_desenv_
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KRONEMBERGER, Denise Maria Penna. Os desafios da construção dos 
indicadores ODS globais. Cienc. Cult., São Paulo, v. 71, n. 1, p. 40-45, 2019. 
Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v71n1/v71n1a12.pdf. 
Acesso em: 1 jun. 2019.
61Relações de Consumo e sustentabilidade
estudos tRansveRsais
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 RELAÇÕES DE 
CONSUMO
4 SUSTENTABILIDADE 
E OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
REFERÊNCIAS
3 LOGÍSTICA REVERSA
LEITE, Paulo Roberto. Logística reversa: sustentabilidade e competitividade 
– teoria – prática – estratégias. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
LEMOS, Inez. Pedagogia do consumo: família, mídia e educação. Belo 
Horizonte: Autêntica, 2007. 192 p.
ONU. Roteiro para a localização dos Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável: implementação e acompanhamento no nível subnacional. 2016. 
Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2017/06/
Roteiro-para-a-Localizacao-dos-ODS.pdf. Acesso em: 1 jun. 2019.
ONU. Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento 
sustentável. 2015. Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/
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PEREIRA, Péricles Ewaldo Jader. Leitura e interpretação de mapas, gráficos 
e imagens. Indaial: UNIASSELVI, 2019. 66 p.
WWF - World Wildlife Fund. Solucionar a poluição plástica: transparência 
e responsabilização. 2019. Disponível em: https://d335luupugsy2.
cloudfront.net/cms/files/51804/1552932397PLASTIC_REPORT_02-2019_
Portugues_FINAL.pdf. Acesso em: 1 jun. 2019.

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