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Resumo p1 - Psicoterapia Psicanalítica

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Resumão P1 – Psicoterapia Psicanalítica
MÉTODO PSICANALÍTICO FREUDIANO
*O método psicanalítico de Freud originou-se do método catártico, que era utilizado por Breuer, esse método pressupunha que o paciente se submetesse à hipnose e seu objetivo era alcançar a catarse, uma espécie de descarga afetiva (ab-reação) que o indivíduo vivencia após tomar conhecimento de seus traumas. Quando o paciente era submetido ao método catártico, por vezes, era possível experienciar momentos traumáticos novamente, transferindo para seu analista suas dores. A eficácia dessa terapêutica era explicada através da eliminação dos sintomas, após “colocá-los para fora”. Porém, o que complicou, de certa forma, a aplicação do método catártico, foi o fato de nem todas as pessoas serem submetidas à hipnose, ou seja, haviam pessoas que não eram sugestionáveis.
Embora o método catártico tenha sido deixado de lado, ele contribuiu grandemente com a psicanálise, visto que as outras terapias não davam o lugar de fala para o indivíduo e o método catártico, sim. Após Freud abandonar a hipnose, ele desenvolve então a conhecida associação livre, utilizada até os dias de hoje.
*Freud, com a associação livre, percebeu que era comum acontecerem pequenas amnésias ou buracos de lembranças, considerando como um efeito do processo terapêutico e denominou-as de RECALQUE. Contrapondo esse recalque, existiam forças inconscientes que não permitiam que tais memórias viessem à tona. Nomeou este processo de RESISTÊNCIA.
*Era tudo muito novo, considerando que o método da associação livre estava sendo ainda desenvolvido por Freud, então, inicialmente, a tarefa do método freudiano era a suspensão das amnésias e o preenchimento dessas lacunas de memória, mas a posteriori esse objetivo passa a ser a superação das resistências e recalques. Finalmente, após perceber que seus objetivos eram um tanto quanto pretensiosos, concluiu que a psicanálise não devia objetivar a cura total da doença e sim sua cura prática, ou seja, alcançando um patamar onde esta doença não seja capaz de afetar o indivíduo de modo à prejudicá-lo em sua vida cotidiana, passando a administrar o sofrimento.
*Freud e Breuer explicavam a formação dos sintomas nos “Estudos sobre Histeria” como a expressão de um trauma que foi recalcado, passando então, a ser um substituto de uma ideia sobre o trauma. Ex.: Filha cuidando de pai tuberculoso, passa a ter sintomas parecidos com os de seu pai, mesmo sem possuir tuberculose.
*Segundo Freud, haviam algumas condições psíquicas que não eram indicadas para tratamento psicanalítico naquela época, eram elas:
Anorexia, histeria aguda, confusão mental e depressão melancólica. Tais condições psíquicas, encaixavam-se no que Freud entendia por psicose. Para ele o psicótico seria incapaz de realizar uma relação de transferência dentro da psicoterapia psicanalítica, pois era extremamente narcísico, ou seja, voltado para o próprio eu. Mais à frente, Lacan encontra meios para tratar psicose.
*Psiconeurose: Histeria, neurose obsessiva, fobia.
RECOMENDAÇÕES AO MÉDICO PARA TRATAMENTO PSICANALÍTICO
*Freud sugere que o analista possua uma atenção equiflutuante, levando em conta “tudo” que é dito pelo paciente e não se fixando em um ponto específico. Sendo assim, o analista é capaz de perceber o todo e até mesmo lembrar-se quando uma mesma questão já retratada na psicoterapia ressurgir.
*Também foi recomendado por Freud, que o analista faça suas anotações após a sessão de psicoterapia psicanalítica, para que assim, seja possível considerar o todo, sem se ater em um evento específico relatado, ou perder a atenção em outras partes igualmente importantes, por estar anotando, e não dando a devida atenção ao seu paciente.
*Freud adverte que a ambição terapêutica pode atrapalhar o processo psicanalítico, visto que, desta forma, o analista pode estar mais interessado em seu próprio êxito, curando o paciente, do que nas sessões e na psicoterapia em si. Portanto, recomenda que expectativas não sejam colocadas no processo terapêutico e que as mesmas podem vir a gerar resistências no paciente.
*Freud recomenda também que o analista utilize tudo que escuta de seus pacientes como material para interpretação do que está inconsciente sem que algo deste material seja substituído por uma própria censura. Deste modo, destaca-se que é impreterível que o analista se submeta também a ser analisado, ou seja, faça terapia, para que o que é da ordem de seu próprio inconsciente não possa interferir no processo terapêutico de seu paciente.
*Freud desaconselha técnicas afetivas, pois as mesmas, segundo sua visão, podem atrapalhar o processo de análise, construindo no outro algo seu, que não emergiu dele.
*É comum que o psicanalista seja tentado a educar o paciente de alguma maneira, porém, Freud adverte que a atividade e a direção da análise deve vir do paciente e que não se deve sugestioná-lo.
*Freud diz que reunir lembranças específicas, meditar sobre certos períodos da vida ou recorrer à leituras psicanalíticas, pode causar ao paciente confusão mental pelo excesso de racionalização e reforçar determinados sintomas.
LIÉGE LISE — DIFERENÇAS ENTRE A ANÁLISE LACANIANA E AS TERAPIAS: COMO RECONHECER O ANALISTA LACANIANO?
*A ética que sustenta a prática do analista lacaniano é a ética do desejo singular, ou seja, focada no desejo subjetivo daquele indivíduo, já nas demais terapias, segue-se a ética do bem estar, ou seja, promover bem estar à aquele paciente.
*Sintoma para psicanálise é a expressão do desejo inconsciente e para as outras terapias o sintoma está diretamente relacionado à doença.
*As diferenças entre a prática psicanalítica e as terapias no tratamento das queixas são que, na psicanálise, o sujeito fala sobre o sintoma e, de certa forma, é o responsável por ele, já nas outras terapias, a doença é a real responsável pelo sintoma do paciente.
*A psicanálise leva o sujeito a pensar e falar sobre seus sintomas e angústias, já as outras terapias propõem técnicas e dão orientações capazes de dissolver ou solucionar o “problema”.

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