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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO - 
UEMASUL 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS, TECNOLÓGICAS E LETRAS – 
CAMPUS AÇAILÂNDIA 
CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL 
 
 
 
 
JORNANDES DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
A COMPOSTAGEM APLICADA COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL: Uma experiência prática no Centro de Ensino Integral Lourenço 
Antônio Galletti no município de Açailândia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Açailândia 
2019 
 
 
JORNANDES DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A COMPOSTAGEM APLICADA COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL: Uma experiência prática no Centro de Ensino Integral Lourenço 
Antônio Galletti no município de Açailândia. 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental da Universidade Estadual 
da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL, 
Campus Açailândia como requisito para obtenção 
de título de Tecnólogo em Gestão Ambiental. 
 
Orientador: Prof. Dr. Bruno Lucio Meneses 
Nascimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
Açailândia 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica elaborada por Raniere Nunes da Silva– Bibliotecário CRB 13/729 
 
 
 
S237c 
 
Santos, Jornandes da Silva 
 
 A compostagem aplicada como ferramenta de educação ambiental: 
uma experiência prática no Centro de Ensino Integral Lourenço Antônio 
Galleti no município de Açailândia / Jornandes da Silva Santos. – 
Açailândia, MA, 2019. 
 44f. : il. 
 
 Monografia (Curso de Tecnologia em Gestão Ambienta) – 
Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL, 
Açailândia, MA, 2019. 
 
 1. Resíduos orgânicos. 2. Educação ambiental. 3. Compostagem. I. 
Título. 
CDU 504:37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JORNANDES DA SILVA SANTOS 
 
 
A COMPOSTAGEM APLICADA COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL: Uma experiência prática no Centro de Ensino Integral Lourenço 
Antônio Galletti no município de Açailândia. 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental da Universidade Estadual 
da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL, 
Campus Açailândia como requisito para obtenção 
de título de Tecnólogo em Gestão Ambiental. 
 
 
Aprovada em: 24/06/2019 Nota: _______ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
__________________________________________________________ 
Prof. Dr. Bruno Lucio Meneses Nascimento (Orientador) 
Doutorado em Engenharia Civil com Ênfase em Saneamento Ambiental 
 Universidade Federal do Ceará -UFCE 
 
 
Profª Natália Stheffany de Brito Lima 
Mestranda em Ciências Florestais e Ambientais 
Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão-UEMASUL 
 
 
Profª Esp. Tyessy Gomes Sousa 
 Especialista em Ensino de Genética e Educação Especial Inclusiva 
Universidade Estadual do Maranhão/ Núcleo de Tecnologia Educacional- UEMANET
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus por ter me concedido a oportunidade de ingressar e 
chegar ao término de mais um curso de graduação, o curso de Gestão Ambiental, o 
qual me identifico muito. 
À FAPEMA (Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico do Maranhão), por financiar o projeto. 
Ao Centro de Ensino Integral Lourenço Antônio Galletti, por ter abrido as 
portas para realização do projeto. 
À UEMASUL (Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão-
Campus Açailândia), bem como aos professores do campus Açailândia pela 
dedicação e principalmente ao meu orientador professor Bruno Lúcio Meneses pelo 
apoio oferecido no decorrer do curso e na execução deste trabalho. 
A diretora do curso de Gestão ambiental, professora Tânia Zanella Horster 
que não mediu esforços, para que eu concluísse esse curso em tempo hábil. 
A todos os meus colegas de curso pela troca de conhecimento ao longo 
desses três anos. 
À FAVALE (Faculdade Vale do Aço - Açailândia-MA), pela parceria. 
A minha esposa Lídia Barreto pela compreensão, bem como ao meu filho 
Lucas Gael, que foi desprovido da minha presença, nos momentos de leitura, 
pesquisas e redação desse TCC. 
Para todos que de alguma forma contribuíram para a realização desse 
trabalho. 
 
Jornandes da Silva Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Semear ideias ecológicas e plantar 
sustentabilidade é ter a garantia de 
colhermos um futuro fértil e consciente” 
 
Sivaldo Filho 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 Localização do lixão da sede do município de Açailândia. .......................... 19 
Figura 2 Abertura /Palestra e oficina de compostagem ............................................. 29 
Figura 3 Fase final da compostagem realizada ......................................................... 30 
Figura 4 Composto orgânico e biofertilizante ............................................................ 31 
Figura 5 Etapa na horta orgânica/ Adubação, plantio e produção............................. 33 
Figura 6 Apresentação do projeto no CE Professora Norma Suely .......................... 34 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 Eventos marcantes com a temática ambiental desde a década de 70. ...... 23 
Tabela 2 Resultado da análise do composto orgânico (material seco e líquido) ....... 35 
Tabela 3 Restos de alimentos reaproveitados nas composteiras. ............................ 37 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 Resíduos ricos em nitrogênio e os ricos em carbono ................................ 36 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
EA – Educação Ambiental 
EJA –Educação de Jovens e Adultos 
FAPEMA – Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico do Maranhão 
FAVALE – Faculdade Vale do Aço 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IPC – Índice Potencial de Consumo 
MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo 
MEC – Ministério da Educação e Cultura 
pH – Potencial de Hidrogênio 
PLS - Projeto de Lei do Senado 
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos 
UEMASUL – Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão 
UICN – União Internacional para a Conservação da Natureza 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho vem expor para a comunidade acadêmica assim como para o leitor de 
modo geral, um projeto que tem como base a Compostagem de resíduos orgânico, 
aplicado como ferramenta de Educação Ambiental. A presente pesquisa teve por 
objetivo geral relatar uma experiência de educação ambiental desenvolvida no 
Centro Integral de Ensino Lourenço Antônio Galletti em Açailândia; através da 
produção adubo pela compostagem de resíduos sólidos orgânicos provenientes da 
merenda escolar e das residências dos alunos e a implantação de uma horta 
escolar. De início fez -se uma análise de como é a gestão dos resíduos sólidos na 
cidade de Açailândia, chegando a visitar o lixão da cidade. Em seguida buscou-se 
aprofundar na temática, onde consultou-se diversas bibliografias, como artigos, 
teses e livros. Utilizou-se também o Google Earth como ferramenta para alcançar as 
coordenadas geográficas, a localização e imagem do lixão da cidade. O trabalho de 
campo incluiu a observação in loco do lixão, mas se fundamentou na execução da 
compostagem, a produção da horta dentro da escola e pôr fim a realização das 
palestras de educação ambientalem algumas escolas públicas da cidade. 
 
Palavras – Chaves: Resíduos orgânicos. Horta. Escola. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work exposes to the academic community as well as to the reader in general, a 
project that is based on Organic Composting, applied as an Environmental Education 
tool. The present research had as general objective to report an experience of 
environmental education developed in Lourenço Antônio Galletti Integral Teaching 
Center in Açailândia; through the production of fertilizer for the composting of organic 
solid waste from school meals and student residences and the establishment of a 
school vegetable garden. Initially an analysis was made of how solid waste 
management is in the city of Açailândia, arriving to visit the city dump. Afterwards, we 
sought to deepen the subject, where several bibliographies, such as articles, theses 
and books, were consulted. Google Earth was also used as a tool to reach the 
geographical coordinates, location and image of the city's dump. The fieldwork 
included on-site observation of the dump, but it was based on the execution of 
composting, the production of the garden within the school and to end the realization 
of the lectures of environmental education in some public schools of the city. 
 
Keywords: Organic waste. Vegetable garden. School. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 12 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 16 
2.1 Resíduos sólidos ........................................................................................ 16 
2.1.1 Gestão dos resíduos sólidos em Açailândia. ................................................ 17 
2.2 O processo de Compostagem ................................................................... 20 
2.3 Educação Ambiental .................................................................................. 22 
3 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 26 
3.1 Área de Estudo ........................................................................................... 26 
3.2 Materiais ...................................................................................................... 28 
3.3 Conscientização da Comunidade Escolar, entrega das Composteiras e 
Manutenção da compostagem .................................................................. 28 
3.4 Avaliação da Qualidade do Resíduo Líquido e Sólido da Compostage.32 
3.5 Cultivo e manutenção da horta na escola. ............................................... 32 
3.6 Divulgação do projeto como educação ambiental. ................................. 34 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES. ................................................................ 35 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 39 
 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 40 
APÊNDICE ................................................................................................... 43 
 
 
 
12 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A exploração dos recursos naturais começou a se intensificar com a 
primeira etapa da Revolução Industrial desse modo contribuindo com o aumento de 
resíduos sólidos lançado ao meio ambiente. Hoje estamos vivenciando a terceira 
etapa dessa Revolução Industrial como assim é chamada pelos historiadores e a 
cada dia a sociedade lança mão da natureza para produzir alimentos e bens 
materiais para atender ao consumo desenfreado da população mundial que cresce a 
cada dia. O resultado disso são graves problemas ambientais como o acúmulo de 
resíduos sólidos em lixões, a poluição do solo, dos rios e do ar e consequentemente 
a proliferação de doenças que ameaça à saúde e a vida das pessoas. 
A geração de resíduos sólidos domiciliares, é um grave problema 
ambiental, nos últimos anos, tem crescido bastante e não há na maior parte dos 
municípios brasileiros, coleta, transporte, tratamento e destinação adequados a esse 
tipo de resíduo, que possui grande capacidade de atrair vetores de doenças e sua 
decomposição provoca mau cheiro e um líquido escuro e altamente poluente 
conhecido como chorume. 
Sabe-se que os problemas ambientais é um assunto muito discutido na 
atualidade, isso se dá pela necessidade que os seres humanos têm em dar 
continuidade à sua existência. Diante da dinâmica social é que a sociedade tem de 
se basear no pensamento holístico, pois desse modo se vê como parte integrante da 
natureza, assim, se propõe a discutir sobre educação ambiental como princípio de 
qualidade de vida. 
Em relação aos resíduos sólidos orgânicos, o modelo gerencial de 
compostagem possui grandes vantagens, pois além de desviar resíduos do lixão a 
céu aberto, do aterro sanitário ou controlado, ainda promove uma nova utilização 
para a Matéria Orgânica. 
De acordo a NBR 13591 (1996), a compostagem corresponde ao 
processo de decomposição biológica da fração orgânica biodegradável dos resíduos, 
efetuado por uma população diversificada de organismos em condições controladas 
de aerobiose e demais parâmetros desenvolvidos em duas etapas distintas: uma de 
degradação e outra de maturação. 
13 
 
 
Além do benefício ambiental, a compostagem pode ser utilizada como 
ferramenta fundamental nas estratégias de Educação Ambiental, pois a mesma tem 
capacidade de promover mudanças de valores, hábitos e mudanças de atitudes 
como a redução do envio de resíduos para os Aterros e ou lixões por meio da 
educação ambiental usando a sensibilização com a participação dos alunos e 
colaboradores de escolas de ensino fundamental e médio. 
A educação ambiental é considerada essencial para formar cidadãos 
conscientes, capazes de tomar decisões incidentes sobre a realidade socioambiental, 
de forma comprometida com a vida do planeta (FONSECA, 2009). 
Incorporar a educação ambiental é muito mais do que mudar 
comportamentos, tais como economizar água e luz ao tomar banho, ao lavar 
utensílios e a calçada, ou separar lixo para a reciclagem e para a reutilização, ou 
mesmo não consumir demasiadamente e evitar desperdício. Educação Ambiental é 
um processo de educação política, é formar atitudes que predisponham à ação 
(PELICIONI, 2005). 
Entre os motivos que justificaram a aplicação desta pesquisa destacam-
se em sentido amplo o fato de que as escolas de Ensino Médio e as residências, em 
suas atividades diárias, geram resíduos sólidos que são classificados em: a) 
orgânicos, que são compostos por restos de preparo de alimentos, sobras das 
refeições, limpeza de jardins e áreas arborizadas, que podem ser utilizados para 
compostagem e uso nas hortas e jardins escolares; b) inorgânicos, material 
proveniente de plásticos, papeis, papelão, embalagens em geral e metais, esses 
materiais podem ser destinados à coleta seletiva. Portanto se faz necessário a 
implementação de ações que gerenciem resíduos orgânicos e assim reduza o envio 
desse material para os Aterros. 
A presente pesquisa teve por objetivo geral relatar uma experiência de 
educação ambiental desenvolvida no Centro Integral de Ensino Lourenço Antônio 
Galletti em Açailândia através da produção adubo pela compostagem de resíduos 
sólidos orgânicos provenientes da merenda escolar e das residências dos alunos e a 
implantação de uma horta escolar. 
Objetivos específicos foram: Conscientizar pais e alunos sobre a 
importância de se destinar de forma correta os resíduos sólidos orgânicos, bem 
como a possível reciclagem dos mesmos; Proporcionar conhecimento técnico por 
14 
 
 
meio de palestrasde capacitação especializada para agentes educacionais da rede 
de ensino pública estadual; Adaptar a escola à lei 12.305/2010 e decreto 7.404/2010 
- Política Nacional de Resíduos Sólidos, igualmente como as normas técnicas da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT que dispõe de critérios a 
compostagem dos resíduos orgânicos para sua gestão adequadas; Promover o 
gerenciamento de resíduos orgânicos de forma teórica e pratica aos alunos de rede 
pública, adequando o armazenamento, tratamento e destinação final; Contribuir para 
a formação do saber adepto de consciência, ações, atitudes e capacidades que 
estimulem a comunidade além do muro da escola na realização de práticas 
sustentáveis; 
O presente trabalho científico é uma pesquisa do tipo exploratória, 
segundo Gil (2008) a pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o 
problema e tenta explicitá-lo de forma mais clara. Esta pesquisa está fundamentada 
nos métodos dedutivo e indutivos, o método indutivo o qual auxiliou nos trabalhos de 
revisão bibliográficas, desse modo se compreendeu melhor as ideias dos textos dos 
autores que se que dedicaram especificamente ao tema abordado nesse trabalho e 
demais autores que também, foi de grande importância a leitura de seus escritos, 
portanto, o método indutivo, que cria leis a partir da observações dos fatos, partindo 
do particular para o universal foi utilizado para fundamentar as observações e 
interpretações dos elementos transformadores do meio ambiente. 
Para realização deste projeto e consequentemente redação deste TCC, 
buscou-se aprofundar na temática. Consultou-se diversas bibliografias, como artigos, 
teses e livros. Utilizou-se também o Google Earth como ferramenta para alcançar as 
coordenadas geográficas, localização e imagem do lixão da cidade. O trabalho de 
campo se restringiu a observação in loco do lixão, a execução da compostagem, a 
produção da horta e enfim as palestras de educação ambiental realizadas nas 
escolas. 
Esse estudo de treinamento e conscientização ambiental foi desenvolvido 
para alunos e pais de alunos aprenderem realizar o manuseio e o descarte 
adequado de material orgânico gerado e assim inserir a comunidade estudantil e 
domiciliar na Lei nº 12.305/10, a qual dispõe da nova política de resíduos sólidos. 
Este projeto pretende contribuir para que essas instituições de ensino realizem com 
êxito sua missão de proporcionar acesso a uma educação para uma melhor 
15 
 
 
qualidade de vida, fortalecendo a cidadania e estimulando ações sustentáveis por 
parte de sua comunidade escolar. 
Portanto, pesquisas como esta são de grande importância para o 
desenvolvimento da consciência ambiental na população da cidade de Açailândia. 
Dentro desse cenário insere-se o problema ambiental do acumulo de resíduos 
sólidos e do não tratamento correto dos mesmos, uma vez que pode proporcionar 
impactos ambientais como contaminação do solo e da água. 
Diante disso, é importante frisar que os estudos sobre compostagem de 
resíduos sólidos orgânicos e a implantação de uma horta orgânica no ambiente 
escolar são interessantes ferramentas de educação ambiental, pois demonstram na 
prática a vivência escolar com as questões ambientais. 
16 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 Resíduos sólidos 
 
Sabemos que a humanidade depende de todos os recursos oferecidos 
pela natureza para sua sobrevivência, mas essa relação homem/natureza não é tão 
harmoniosa como já foi num passado bem remoto. Para que haja redução dos 
impactos ambientais, o homem deve extrair de forma sustentável e manter a 
qualidade do ambiente. 
 O aumento populacional tem proporcionado aumento na produção de 
resíduos sólidos, entre os quais se destacam: o lixo urbano, o lodo de esgoto e 
resíduos de origem agrícola. Tais resíduos podem causar impactos à qualidade 
ambiental, visto que os mesmos apresentam composição e propriedades bastante 
variáveis que dependem de sua origem, processo de tratamento empregado, de 
seus constituintes orgânicos e minerais, e da presença de microrganismos 
patogênicos e elementos tóxicos (SILVA et al., 2008). 
Em relação aos Resíduos Sólidos Urbanos, a quantidade gerada tem 
preocupado bastante os profissionais da engenharia sanitária nos últimos anos. 
Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos 
Especiais (2014) revelam que no Brasil estima-se a produção de 195.233 toneladas 
de resíduos sólidos por dia. Desse total, cerca de 52% é oriundo da região sudeste e 
22,2% da região nordeste. Desse total de resíduos produzidos pelos brasileiros, 
58,4% são destinados a aterro sanitários, 24,2% vão para aterros controlados e 
17,4% são direcionados a lixões. 
Considerando o total gerado, ainda é muita a quantidade de resíduos que 
são direcionados aos lixões. Conde, Stachiw e Ferreira (2014) relatam que a 
preocupação ambiental em torno dos lixões é considerável, pois esses ambientes 
fornecem condições propícias para proliferação de vetores de doenças, além de 
moscas, baratas e ratos, dificultando o controle de epidemias. Além disso, esses 
locais liberam gases e geram a decomposição do lixo que forma o chorume, líquido 
que contamina o solo, o ar e os recursos hídricos ocasionando grande dano 
ambiental. 
17 
 
 
A nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), implementada pela 
lei federal 12.305, de 02 de agosto de 2010, prioriza a necessidade de se extinguir 
de uma vez por todas a presença de lixões no Brasil. Para isso, a lei determinou aos 
municípios brasileiros que até 02 de novembro de 2014 extinguissem os lixões a céu 
aberto e os aterros controlados, alegando o efeito danoso que os mesmos oferecem. 
Porém, esse prazo teve que ser prorrogado por mais quatro anos para que as 
prefeituras se organizassem e construíssem aterros sanitários adequados para o 
recebimento dos resíduos sólidos. 
 
2.1.1 Gestão dos resíduos sólidos em Açailândia. 
 
O manejo dos resíduos sólidos em grande parte das cidades brasileiras, 
ocorre em situação precária, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), em o Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic 2017), quase metade dos 
5.570 municípios brasileiros não tem atualmente um plano integrado para o manejo 
dos resíduos sólidos. Em contra partida a nova Política Nacional de Resíduos 
Sólidos (PNRS), coloca como condição a elaboração de plano municipal de gestão 
integrada de resíduos sólidos, para que o Distrito Federal e os municípios tenham 
acesso aos recursos e incentivos destinados a esta área. 
 Nesta perspectiva, muitos municípios deixam de receber verbas para a 
gestão dos resíduos sólidos, movido pela má gestão dos recursos públicos. 
O município de Açailândia assim como muitos outros municípios vive em 
desconformidade com a lei. Não precisa ser especialista para perceber as 
irregularidades em relação ao manejo dos resíduos sólidos, parece que já se tornou 
cultura na cidade, o fato de jogar lixo nas ruas. 
Por onde se anda em Açailândia é possível presenciar resíduos 
espalhados pelas ruas; são montanhas de sacolas ou caixas de papelão repletas de 
lixo sobre as calçadas. Nos últimos anos a Prefeitura distribuiu algumas caçambas 
para o armazenamento de resíduos em pontos estratégicos da cidade; porém por 
falta de uma frequência maior do serviço de coleta as caçambas ficam abarrotadas 
de lixo e em muitos casos em meio a pequenos lixões que se formam nas ruas da 
cidade. 
18 
 
 
Os impactos ambientais por esse manejo inadequado são previsíveis, 
visto que estes resíduos são carregados para esgotos, causando entupimento das 
poucas galerias que existem no município e/ou sãolevados pelas enxurradas no 
período chuvoso para dentro dos riachos que drenam a cidade, causando a poluição 
das águas e contribuindo para o assoreamento dos mesmos. 
Outro grande impacto é queima desses resíduos em lotes baldios pelos 
próprios moradores, que causa a poluição do ar, pela emissão da fumaça que libera 
dióxido de carbono, o que além de contribuir com o aquecimento global, traz uma 
série de outras consequências, quer sejam elas de efeito ambiental, econômico e 
social. 
De acordo com relatório apresentado pela empresa Gestão ambiental 
Projetos e Consultoria para implementação do Plano Municipal de Saneamento 
Básico de Açailândia que versa sobre os Prognósticos e Alternativas para a 
universalização, diretrizes, objetivos e metas para o serviço de saneamento básico 
do Plano, o município de Açailândia conta com três lixões mais especificamente nas 
proximidades da sede municipal, em Pequiá e em Novo Bacabal. Os dois primeiros 
estão na zona urbana definida no Plano Diretor de 2006. 
O terreno usado como lixão pela sede do município fica a cerca de 7,5 km 
do centro urbano, com as seguintes coordenadas geográficas: -4°55’35” S, 
47°32’39” W. Ainda segundo dados da empresa Gestão ambiental Projetos e 
Consultoria, em média 173 toneladas de resíduos depositadas diariamente no local, 
incluindo resíduo domiciliar, comercial, lixo público (capina, podas, construção civil), 
pneus, baterias, sucatas metálicas, etc. O número poderia ser menor se o município 
tivesse um serviço de coleta seletiva. A figura 1, apresenta a localização do referido 
Lixão. 
19 
 
 
Figura 1 Localização do lixão da sede do município de Açailândia. 
 
Fonte: (Google Earth,2019) adaptada pelo autor, 2019. 
 
Em visita ao lixão presenciou-se pessoas trabalhando e morando dentro 
do local em condições degradantes e até mesmo crianças vivendo em meio a 
fumaça proveniente dos incêndios nos resíduos, urubus e todo tipo de podridão 
ameaçando a saúde daquelas pessoas. 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi sancionada em 2010. Por Lei, 
os municípios deveriam criar aterros sanitários até o final deste ano e os resíduos 
recicláveis não poderia mais ser enviados para aterros. 
Mas o Senado Federal aprovou em seção do dia 1º de julho de 2015, no 
Plenário da Casa, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 425/2014, que prorroga, de 
forma escalonada, prazo para os municípios se adaptarem à Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS). Enquanto isso muitos municípios não conseguem nem 
elaborar e finalizar, seu Plano Municipal de Resíduos Sólidos. Açailândia se 
enquadra no grupo de municípios com mais de 100 mil habitantes que teve o prazo 
prorrogado para 31 de julho de 2019; mas que também se arrasta para concluir o 
Plano de Resíduos Sólidos. Segundo a assessoria de Planejamento de Açailândia, 
está sendo elaborado um Plano de Saneamento básico que inclui o Plano de 
Resíduos Sólidos, com previsão de término até novembro, e só então vai começar o 
planejamento para construção de um aterro sanitário. Mas, enquanto isso sofremos 
a consequência desse manejo inadequado dos resíduos sólidos em Açailândia. 
 
20 
 
 
2.2 O processo de Compostagem 
 
Outra necessidade para o gerenciamento de resíduos sólidos é o 
tratamento. As estratégias de tratamento utilizadas devem priorizar a redução do 
volume e o reaproveitamento do produto resultante. Para isso é necessário que o 
poder público, juntamente com o privado, alcance metas de redução de resíduos na 
fonte e faça a reutilização, reciclagem e, quando necessário, o tratamento dos 
resíduos antes de dispô-los de forma ambientalmente adequada. 
Levando em consideração essas metas, pode-se afirmar que a 
compostagem é uma técnica adequada para alcançar muito desses objetivos, pois a 
mesma reduz a massa de resíduos, tornando-os livre de contaminantes e com 
elevado potencial de reutilização e reciclagem. 
Diversos tipos de resíduos sólidos orgânicos podem ser tratados pelo 
processo de compostagem, porém, os mais utilizados são: lodo de esgoto 
(RAMÍREZ, et al., 2008); dejetos de suínos (BUSTAMANTE, et al., 2013), esterco 
bovino (Millner et al., 2014), colmos de milho (Luo et al., 2014), alimentos de origem 
animal, poda de árvores e gramas de jardins (AWASTHI et al., 2014) e outros. 
Existem vários tipos de compostagem e um diversificado número de variáveis que 
podem influenciar na qualidade do processo. 
A qualidade do composto e do processo de compostagem são influenciados por 
diferentes variáveis ambientais, dentre as quais estão a umidade, aeração, balanço 
de nutrientes, substrato e pH (LIANG, DAS e MCCLENDON, 2003). A manutenção 
da umidade é importante pois a água é necessária para manter o metabolismo 
microbiano, tendo faixa considerada adequada para a compostagem em torno de 
40-50 a 65% (INÁCIO e MILLER, 2009; TIQUIA, 2005; KIELH, 2012). Diante disso, 
estudos relatam que a inibição da atividade microbiológica é inibida quando a 
compostagem possui umidade abaixo de 40%, tornando-se assim baixa e 
insuficiente para manutenção da atividade termofílica da compostagem. Entretanto, 
o excesso de umidade faz com que aeração seja reduzida e se inicie o processo 
anaeróbico com liberação de odores desagradáveis e passíveis de atrair vetores. 
Nesse sentido, um adequado equilíbrio entre as necessidades de água disponível e 
gases devem ser mantidas pois quando a umidade está em excesso poderá 
21 
 
 
favorecer processos anaeróbios, proporcionando aumento no tempo de 
compostagem e composto de baixa qualidade (DIAZ e SAVAGE, 2007). 
A aeração é outra variável importante que deve ser controlada. Na prática 
a compostagem é um processo predominantemente aeróbio, sendo comum a 
formação de microsítios e até zonas internas anaeróbias (<10 % de O2) devido ao 
intenso consumo de O2 pelo metabolismo microbiano (INÁCIO e MILLER 2009). No 
decorrer da compostagem, o nível de CO2 aumenta e o O2 diminui constantemente, 
sendo que a concentração de oxigênio varia de 15 a 20% e dióxido de carbono de 
0,5 a 5%. Quando o nível de oxigênio for inferior a este intervalo, os microrganismos 
anaeróbios começam a ultrapassar os aeróbios e o processo de respiração 
anaeróbico passa a assumir a compostagem (DIAZ e SAVAGE, 2007). Em casos 
onde a difusão de oxigênio é muito deficiente, a fermentação ocorre como sinal de 
mal andamento do processo de compostagem, havendo a produção de compostos 
intermediários de forte odor (INÁCIO e MILLER, 2009). 
Outro fator importante para manter o bom funcionamento da 
compostagem é a concentração de carbono e nitrogênio. Portanto, o carbono e o 
nitrogênio são os principais, senão, os mais importantes nutrientes para que os 
microorganismos envolvidos na compostagem realizem suas atividades. Quanto 
maior for a relação C/N, maior será o tempo de decomposição do material pois a 
atividade biológica é reduzida. Diaz e Savage (2007) relatam que uma relaçao C/N 
inicial de 25-30 é ideal para a maioria dos residuos, já que o metobolismos dos 
microorganismos consomem cerca de 30 partes de carbono para uma parte de 
nitrogênio assimilado. 
Afora sua contribuição com o equilíbrio do meio ambiente, a 
compostagem pode ser usada como ferramenta de Educação Ambiental, pois pode 
promover mudanças de valores, hábitos e mudanças de atitudes como a redução do 
envio de resíduos para os Aterros e com a participação dos alunos e colaboradores 
de escolas de ensino fundamental e médio, poder-se-á sensibilizar a sociedade em 
geral. De um certo modo isso acaba corroborando com o que o Ministério da 
Educação e Cultura (MEC) recomenda no Brasil, ao afirmar que é importante que se 
estabeleçam novosmodelos educacionais, buscando interação entre saúde, meio 
ambiente e desenvolvimento comunitário por meio de programas interdisciplinares. 
 
22 
 
 
2.3 Educação Ambiental 
 
As temáticas em torno do meio ambiente são devido a fatores como a 
crescente degradação ambiental, bem como a preocupação com a escassez de 
alguns recursos naturais. Fatores como esse têm sido colocadas em pauta, 
atualmente, em muitos debates públicos e acadêmicos. Prova disso são as 
conferências nacionais e internacionais, realizadas com diferentes membros da 
sociedade brasileira e de diferentes países, que buscam estabelecer como os países 
devem agir em relação aos problemas ambientais, por exemplo, para minimiza-los, 
como foi proposto na Rio+20, na Eco 92, dentre outros. 
O aumento com a preocupação ambiental é um fator extremamente 
positivo e que pode ser percebido devido ao surgimento de diversos mecanismos, 
como a redução de emissão de gazes do efeito estufa, redução do desmatamento e 
degradação de florestas. A Agenda 21, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo 
(MDL) debatido no Protocolo de Quioto, entre outros, propõe alternativas para 
conciliar o crescimento econômico com a preservação da natureza para as gerações 
futuras, ou seja, um “desenvolvimento sustentável”. 
Mas seria possível conciliar o crescimento econômico com a preservação 
da natureza? Atualmente, o Brasil e o mundo vivem o sistema capitalista de 
produção, onde o lucro é a principal meta. Como harmonizar esses dois fatores, que 
são extremamente conflitantes? 
Surge, então a educação ambiental como forma de tentar conscientizar a 
população para a importância da preservação da natureza. De acordo com artigo 1º, 
da lei nº 9795, de 27 de abril de 1999: 
 
“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o 
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, 
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio 
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida 
e sua sustentabilidade."(BRASIL,1999). 
 
O termo “Educação Ambiental” começou a ser utilizado por volta de 1948, 
num encontro da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) em 
Paris na França, porém os rumos da Educação Ambiental (EA) começam a ser 
realmente definidos e debatidos a partir da Conferência de Estocolmo. A tabela 01 a 
23 
 
 
seguir apresenta de forma abreviada eventos marcantes que abordaram a temática 
Educação Ambiental desde a década de 1970 até a década atual. 
 
Tabela 1 Eventos marcantes com a temática ambiental desde a década de 70 
EVENTO ANO FATO IMPORTANTE 
Conferência de 
Estocolmo 
1972 
Inserção da temática da Educação Ambiental na 
agenda internacional. 
Carta de 
Belgrado 
1975 
Lançamento do Programa Internacional de 
Educação Ambiental, em Belgrado (na antiga 
Iugoslávia) no qual são definidos os princípios e 
orientações para o futuro. 
Conferência de 
Tbilisi 
 
1977 
Aconteceu em Tbilisi, na Geórgia (ex-União 
Soviética), a Conferência Intergovernamental 
sobre Educação Ambiental, foi deste encontro – 
firmado pelo Brasil – que saíram as definições, 
os objetivos, os princípios e as estratégias para 
a Educação Ambiental que até hoje são 
adotados em todo o mundo. 
Conferência de 
Moscou 
1987 
O Congresso objetivou a discussão das 
dificuldades encontradas e dos progressos 
alcançados pelas nações, no campo da 
educação ambiental, e a determinação de 
necessidades e prioridades em relação ao seu 
desenvolvimento, desde a Conferência de Tbilisi. 
Conferência Rio 
92 (Eco 92) 
1992 
Tratado de Educação Ambiental para 
Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade 
Global (Anexo) elaborado pela sociedade civil 
planetária. 
Conferência de 
Tessalônica 
1997 
Educação e Consciência Pública para a 
Sustentabilidade, os temas colocados na Rio 92 
são reforçados. 
Rio +20 2012 
Além da organização logística da Conferência, o 
CNO Rio+20 buscou orientar e sensibilizar os 
24 
 
 
participantes sobre ações de sustentabilidade 
planejadas como parte de um processo 
educativo que servisse de legado intangível do 
evento. A Política Nacional de Educação 
Ambiental, Lei nº 9.795/99, foi o parâmetro legal 
para definir o trabalho com o público-alvo 
diversificado que circulou pelos espaços oficiais 
da Rio+20. 
Fonte: BRÜMER,2010 adaptado pelo autor. 
 
Desse modo a educação ambiental, está voltada a preservação da 
natureza e a construção de um meio ambiente equilibrado, focando na reciclagem 
deixando de lado o consumo exagerado. Essa conscientização sobre o consumo 
seria a mais importante, pois a origem de grande parte da degradação ambiental se 
dá como consequência da poluição e da utilização dos recursos naturais para o 
aumento da produção para abastecer o consumo. Segundo estudos do Índice 
Potencial de Consumo (IPC Maps) de 2016: “Através da análise dos dados entre 
2015 e 2016, mostra que o consumo nacional tem fôlego para chegar a R$ 3,9 
trilhões.” 
E a consequência disso, é o aumento da degradação ambiental e a 
utilização dos recursos naturais, para os economistas o aumento no consumo 
sempre é algo positivo, pois movimenta a economia do país, porém com isso, com 
certeza houve também o crescimento da destruição da natureza. 
O direito de um ambiente ecologicamente equilibrado para a as gerações 
futuras foi garantido na Constituição Federal Brasileira, por meio do artigo 225, caput 
que diz: 
 
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações."(BRASIL,1998). 
 
O consumo gera resíduos, poluição e degradação da natureza. Surge 
então uma grande questão: como diminuir o consumo? É inegável que a educação 
ambiental seria de fundamental importância para a criação dessa conscientização 
25 
 
 
sobre as consequências do consumo. Porém o grande desafio que surge se dá pelo 
fato de que as empresas utilizam os meios de comunicação para influenciar a 
população a consumir seus produtos. Com grande poder de persuasão elas instigam 
a população a consumir seus produtos exageradamente. Como concorrer com as 
propagandas? É uma concorrência desleal. São milhões de reais investidos em 
marketing, enquanto existe poucas políticas de incentivo a educação ambiental. 
Além do artigo 225, da Constituição Federal Brasileira, a agenda 21 
também trata da sustentabilidade. Trata de um programa de ações que propõe um 
padrão diferente de desenvolvimento, conciliando a proteção da natureza, a justiça 
social e a eficácia da economia. Instrumentos como esses são fundamentais para 
encorajar a educação ambiental. 
O atual modelo de produção brasileiro é sustentado pelo consumo. 
Portanto, ressaltar as consequências dele é um grande conflito social, econômico e 
ambiental. Mas se não reduzirmos o consumo, como a sociedade vai garantir o 
direito a um ambiente ecologicamente equilibrado para as futuras gerações? O 
desafio é aliar as políticas ambientais à educação ambiental, a fim de fiscalizar, 
sensibilizar governos, empresas, pessoas e a sociedade como um todo à agir em 
prol de um meio ambiente melhor. Entre os vários desses desafios está a 
compostagem dos resíduos orgânicos, que atrelada a educação ambiental pode 
reduzir substancialmente o envio de resíduos sólidos aos aterros sanitários e lixões. 
Segundo Pereira Neto, (1989 p.12), compostagem do lixo urbano é uma 
solução nobre, com visão de futuro, e deflagrauma bandeira onde o lixo constitui-se 
solução e não problema. 
A compostagem utiliza práticas que favorecem a transformação da 
matéria orgânica de resíduos em um material mais estável e passível de ser 
reaproveitado. Porém, em virtude do acelerado grau de industrialização das cidades 
e das diferentes origens dos resíduos orgânicos, torna-se então necessário ter 
segurança e conhecimento quanto ao reaproveitamento desses compostos 
produzidos a partir da compostagem. 
Neste sentido, é necessário que sejam desenvolvidos treinamentos para 
ensinar e conscientizar comunidades a fazer a compostagem de forma segura e 
correta, contribuindo assim com o meio ambiente por meio dessa simples técnica, 
mas muito eficaz. 
26 
 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A presente pesquisa é do tipo exploratória. Segundo Gil (2008) a 
pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o problema e tenta 
explicitá-lo de forma mais clara. Esta pesquisa está fundamentada nos métodos 
dedutivo e indutivos, o método indutivo o qual auxiliou nos trabalhos de revisão 
bibliográficas, desse modo se compreendeu melhor à análise dos textos dos 
autores que se dedicaram ao estudo da temática abordada nesse trabalho e demais 
autores que também, foi de grande relevância a leitura de seus escritos, portanto, o 
método indutivo, que cria leis a partir da observações dos fatos, partindo do 
particular para o universal foi utilizado para fundamentar as observações e 
interpretações dos elementos transformadores do meio ambiente 
 
3.1 Área de Estudo 
 
Este trabalho foi desenvolvido no Centro de Ensino Integral Lourenço 
Antônio Galletti na Rua Raimundo Pimentel Filho s/n, bairro Nova Açailândia no 
Município de Açailândia. Cidade esta que se situa a 549 km de São Luís, Capital do 
Estado do Maranhão. Possui uma localização estratégica, no entroncamento 
rodoferroviário, formado pelas rodovias Belém-Brasília (BR-010) e BR-222, que liga 
a Belém/Brasília à BR- 316 (Pará/Maranhão), onde se formou ainda o 
entroncamento das ferrovias Carajás - São Luís e Norte - Sul, ligando Açailândia à 
cidade Imperatriz situada 80 km ao sul. 
O município de Açailândia está inserido na microrregião de Imperatriz, na 
mesorregião Oeste no estado do Maranhão, na macrorregião Nordeste do Brasil. O 
município tem como principais limítrofes o município de Itinga do Maranhão, ao 
Norte; São Francisco do Brejão e João Lisboa ao Sul; Bom Jesus das Selvas, Bom 
Jardim e Amarante do Maranhão, a Leste e Cidelândia, a Oeste. Conforme Figura 2 
a seguir: 
27 
 
 
Figura 2 localizações da área - Centro de Ensino Lourenço Antônio Galletti 
 
Fonte: (Wikipédia,2019). Adaptado pelo autor, 2019 
 
Nessa escola foi montado quatro kits de composteiras, adquirida do 
Instituto Casológica, financiadas pela FAPEMA (Fundação de Amparo à Pesquisa e 
ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão). Essas composteiras 
são formadas por um sistema com três caixas sobrepostas onde são depositados os 
restos de alimentos produzidos pela rotina escolar, e através do trabalho das 
minhocas e dos micro-organismos é produzido um adubo orgânico o qual está sendo 
utilizado na manutenção da horta dentro das escolas. 
 
 
 
28 
 
 
3.2 Materiais 
 
• 4 Kit Composteiras Casológica 
• 1 pazinha 
• 1 Balde de Plástico. 
• 60 Garrafas PET 
• 2 termômetros tipo espeto. 
• 2 pares de luvas de látex 
• 1 Carro de mão 
• 2 Enxadas 
• 2 Pás de bico com cabo de madeira 
• 1 Peneira para areia 
• 1 Pazinha para horta 
• 1 Rastilho 
• 2 Agendas 
• 4 aparelhos de celular 
• 1 Notebook 
• 1 Projetor digital 
• 700 Folders 
 
3.3 Conscientização da Comunidade Escolar, entrega das Composteiras e 
Manutenção da compostagem 
 
O Projeto iniciou na prática logo após a entrega das composteiras na 
escola. Logo em seguida da entrega, no início do mês de março convocou-se a 
comunidade escolar (Professores, Diretor e Alunos) para participar de oficinas de 
compostagem e horticultura orgânica, no auditório do Centro de Ensino Lourenço 
Antônio Galletti. 
Esta primeira etapa de conscientização contou com a participação dos 
acadêmicos do curso de Agronegócio da FAVALE (faculdade Vale do Aço) de 
Açailândia sob coordenação do professor Bruno Meneses, onde além da palestra 
sobre compostagem ministrada pelo professor orientador, os acadêmicos 
ministraram uma oficina que ensinaram a fabricar composteiras doméstica, a partir 
29 
 
 
de baldes plásticos usados do tipo embalagem de margarina. Como mostra (figura 
02). 
 
Figura 3 Abertura /Palestra e oficina de compostagem 
 
Fotos: Autor, março/2019. 
 
Além de fazer parte do projeto, a comunidade escolar contribuiu com a 
troca de conhecimento e experiências, juntamente com seus familiares que 
ajudaram a gerar informações e aprendizados que estão utilizados para impulsionar 
e fomentar a compostagem doméstica na cidade de Açailândia. 
Em relação aos Resíduos, é interessante ressaltar que os alunos foram 
ensinados a separar o resíduo orgânico do inorgânico em suas residências, e trazê-
lo até a escola, depois enviado para as composteiras na escola. 
Esse kit composteiras é ideal para residências com 05 a 06 pessoas; é 
formado por um sistema com três caixas sobrepostas, as duas caixas digestoras de 
60 litros cada, “onde ocorrem a compostagem dos resíduos orgânicos com as 
minhocas” essas caixas possuem pequenos furos no fundo, para vasar o líquido e 
para livre circulação das minhocas e a caixa coletora que é a menor com capacidade 
de 39 litros serve de base para as demais caixas e para coletar e armazenar o 
composto líquido também chamado de biochorume ou biofertilizante que se 
desintegra da matéria orgânica em decomposição nas caixas digestora. 
Cada kit veio contendo uma porção de minhocas do tipo vermelha 
californiana, cujo nome cientifico é (Eisenia foetida). Essas minhocas vieram 
30 
 
 
alocadas com composto orgânico em saquinhos de tecido provido de aeração, cada 
saquinho continha em média 200 minhocas. 
O processo de compostagem ocorre dentro das composteiras onde são 
depositados os restos de alimentos produzidos pela rotina escolar, e através do 
trabalho das minhocas e dos microrganismos é produzido um adubo orgânico, 
também chamado de composto e o biofertilzante os quais estão sendo utilizado na 
adubação da horta dentro da escola. 
Além da cantina da escola, os resíduos orgânicos reaproveitados no 
processo de compostagem foram provenientes também das residências dos alunos 
participantes, bem como fizemos coleta também na feira livre da cidade, para 
agilizar o andamento do projeto. O material estruturante foi coletado na própria 
escola, resultante dos processos de capina e varrição de folhas secas, além disso foi 
coletado também pó de serra de madeira natural em uma movelaria da cidade. 
Diariamente foi feita a manutenção das composteiras com adição dos 
resíduos orgânicos frescos e material estruturante como folhas secas ou serragem e 
semanalmente o composto era revirado para propiciar uma boa aeração e 
temperatura ideal, que deve ser menor que 70º Graus Celsius. 
A temperatura do composto dentro das composteiras foi medida com 
frequência com termômetro digital tipo espeto resistente á água- Ak02 Com 
certificado de calibração. Na fase inicial atingiu uma média de 33º C, na fase: 
denominada fase de maturação, a temperatura permaneceu na faixa 30 º C , na 
fase: denominada humificação que é a última fase da compostagem e onde o 
material se torna excelente fonte de nutrientes para o solo e para as plantas, a 
temperatura média apresentadafoi de 28 ºC. 
 
Figura 4 Fase inicial/ maturação e humificação 
 
 Fonte: Autor, abril/2019 
31 
 
 
Para verificar a umidade nas composteiras usamos uma técnica simples, 
que consistiu em pegar porção do composto com a mão em luva de látex e apertar 
fortemente entre os dedos, quando a luva ficava levemente úmida, significava que 
está tudo bem, quando um pouco d'água, escorregava nos dedos significava que o 
composto não estava no ponto certo, ou seja atrapalhava o processo de 
decomposição. Nessa situação era aplicado na maioria das vezes serragem fina de 
madeira natural seca, para equilibrar a umidade. 
Quando o composto orgânico atingiu a fase de humificação foi retirado 
das caixas cuidadosamente para não agredir as minhocas. As composteiras foram 
levadas para um local ensolarado ou com muita claridade para que as minhocas se 
escondessem na parte mais profunda das caixas, e assim não fossem removidas 
junto com o composto. No mês de maio retiramos e armazenamos o composto 
orgânico no chão em local sombreado, em média foi coletado 20 kg por caixa. 
O biofertilzante ou biochorume; é outro produto gerado no processo de 
compostagem; a coleta desse líquido ocorreu quinzenalmente o qual armazenamos 
em garrafas PET, para utilização na horta juntamente com o composto sólido. No 
período de abril a maio coletamos em média 4 litros de biofertilzante por kit., 
totalizando 16 litros no período. A figura 05 apresenta composto orgânico na fase 
final e o biofertilizante. 
 
Figura 5 Composto orgânico e biofertilzante 
 
Foto: Autor. abril/2019 
 
32 
 
 
Os restos de alimentos antes de ser postos nas caixas digestoras eram 
picotados o máximo possível para facilitar o processo de compostagem. 
 
3.4 Avaliação da Qualidade do Resíduo Líquido e Sólido da Compostagem 
 
O resíduo líquido e o sólido gerado nas composteiras foram analisados ao 
final da compostagem; de acordo com os Métodos da Embrapa (2009) e MAPA 
(2007) para caracterizar a quantidade de Nitrogênio, Fósforo, Potássio, Cálcio, 
Magnésio, Sódio, Zinco, Ferro, Manganês, Cobre, pH (água), densidade 
Condutividade elétrica, Acidez, Alumínio e de metais potencialmente tóxicos (Cd, 
Cu, Cr, Pb, e Zn) em extrato nitroperclórico com quantificação por espectrometria de 
emissão atômica. 
Essa análise seria realizada no Laboratório de Química Ambiental da 
UEMASUL (Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão) , no campus 
de Imperatriz. Mas por indisponibilidade de profissionais habilitados, as amostras 
foram encaminhadas para o Solocria Laboratório Agropecuário Ltda. em Goiânia-
GO. Os resultados dessa análise serão apresentados no tópico 5 (Resultados e 
discussão). 
 
3.5 Cultivo e manutenção da horta na escola. 
 
Uma horta orgânica não é apenas um sistema de cultivo sem o uso de 
adubos químicos e agrotóxicos. É um modelo que utiliza mecanismos de 
desenvolvimento limpo, saudável, que provém de um sistema de cultivo que observa 
as leis ambientais; e todo o manejo agrícola está baseado no respeito ao meio 
ambiente e na preservação dos recursos naturais e o aumento da biodiversidade. 
O solo é à base da produção agrícola orgânica; a nossa horta seguiu 
esses preceitos, com uso do solo da própria escola, o qual foi arado com enxada, 
desmanchado os torrões e peneirado para extrair o excesso de pedras e os resíduos 
sólidos não orgânico em geral presentes no local, depois foi adicionado o composto 
orgânico produzido nas composteiras. Este trabalho foi realizado pelo pesquisador 
com a participação dos alunos da turma de 1º ano, bem como um funcionário da 
33 
 
 
escola. Na (figura 06) apresenta algumas etapas da horta como adubação, plantio e 
produção. 
Figura 2 Etapa na horta orgânica/ Adubação, plantio e produção 
 
Fotos: Autor, junho/2019. 
 
A maior eficiência do composto orgânico é obtida quando ele é utilizado 
após o término do processo de compostagem. O composto orgânico foi incorporado 
ao solo quinze dias antes do plantio. A quantidade do composto orgânico aplicada 
no solo da horta, variou de acordo com a exigência nutricional de cada tipo de planta 
cultivada. 
As espécies cultivadas na horta da escola foram: Alface (Lactuca sativa 
L.), Coentro (Coriandrum sativum), Cebolinha (Allium schoenoprasum), Tomate 
cereja (Solanum lycopersicum var. cerasiforme) e pimenta malagueta (Capsicum 
frutescens). O Maxixe Liso Jaiba, (Cucumis anguri), uma das espécies que foi 
mantida, o qual naturalmente germinou na horta, de sementes provenientes do 
próprio composto orgânico. 
A produção da horta foi utilizada na cozinha da escola e servida para 
complementar a merenda escolar. 
 
 
 
 
 
34 
 
 
3.6 Divulgação do projeto como educação ambiental. 
 
O projeto foi apresentado em cinco escolas da cidade, com intuito de 
propagar a educação ambiental, alertando assim as pessoas que é possível 
contribuir com o meio ambiente por meio de ações simples, mas sustentável que é o 
caso da compostagem. Bastante aplaudido o projeto em todos os locais onde foi 
apresentado, por ser uma ideia pequena, mas que trazem resultados grandiosos. 
No Centro de Ensino Integral Lourenço Antônio Galletti, local onde o 
projeto está sendo desenvolvido, tivemos a participação de 100 alunos das do 1º, 2º 
e 3º ano do ensino médio regular. 
Além do CE Lourenço Galletti, apresentamos o projeto no Centro de 
Ensino Professora Norma Suely Mendes, com a participação de 40 alunos do 
ensino médio da EJA 1ª etapa e 50 alunos do 3º ano do ensino médio regular. Na 
escola Municipal Tânia Leite, participaram da palestra 60 alunos do ensino 
fundamental das séries 8º e 9º anos; na escola Municipal Leônidas Clemente de 
Morais tivemos a participação de 46 alunos das séries 6º, 7º, 8º e 9º ano e na Escola 
Municipal Gonçalves Dias. Tivemos a participação de 60 alunos do 4º e 5º ano, 
totalizando 356 participantes. 
 
Figura 3 Apresentação do projeto no CE Professora Norma Suely 
 
Foto: Autor. junho/2019. 
 
 
35 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES. 
 
O processo de compostagem ocorre dentro das composteiras onde são 
depositados os restos de alimentos resultante da merenda escolar, e através do 
trabalho das minhocas e dos micro-organismos é produzido um adubo orgânico de 
qualidade e nutritivo também chamado de composto e o biofertilzante os quais estão 
sendo utilizado na adubação da horta dentro das escolas. A seguir apresentamos 
uma tabela com o resultado da análise. 
 
Tabela 2 Resultado da análise do composto orgânico (material seco e líquido) 
RESULTADO DA ANÁLISE COMPOSTO ORGÂNICO 
(Material seco) e ADUBO LÍQUIDO. 
N............................................(g/Kg): 12,0 
P2O5 ...........................Total (g/Kg): 6,0 
K2O.......................................(g/Kg): 9,0 
Ca..........................................(g/Kg): 11,0 
Mg.........................................(g/Kg): 1,3 
Cobre.................................(mg/Kg): 70,0 
Ferro..................................(mg/Kg): 6300,0 
Manganês...........................(mg/Kg): 160,0 
Zinco...................................(mg/Kg): 150,0 
C.Elétrica...........................(mS/cm): 0,60 
Chumbo..................................(ppm): 0,01 
Cadmio...................................(ppm): 0,01 
Cromo.....................................(ppm): 1,20 
Sódio....................................(mg/Kg): 280,0 
Ph.......................................................: 8,24 
(Adubo líquido) Densidade..(g/mL): 0,99 
* N, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn, Zn, B, Co e Mo - Teores Totais; 
* pH em H2O na relação 1 : 2,5.Fonte: Solocria adaptado pelo autor, 2019. 
A elevação da temperatura é um dos fatores de grande relevância no 
processo de transformação da matéria orgânica, pois é a temperatura do ambiente 
36 
 
 
que reflete o processo de decomposição do material compostado pelos 
microorganismos decompositores. 
A temperatura do composto dentro das composteiras na fase inicial 
atingiu uma média mais elevada cerca de 33º C, na fase: denominada fase de 
maturação, a temperatura permaneceu na faixa 30 º C , na fase: denominada 
humificação que é a última fase da compostagem e onde o material se torna 
excelente fonte de nutrientes para o solo e para as plantas, a temperatura média 
apresentada foi de 28 ºC. 
Na última fase percebemos uma queda na temperatura, isso sinaliza boa 
qualidade do composto significa que está pronto para o uso. Em todas as fases da 
compostagem a temperatura atingiu médias aceitáveis sempre inferior a 70º graus. 
No quadro abaixo apresentamos uma lista de materiais que segundo as pesquisas, 
são mais ricos em nitrogênio e carbono. 
Quadro 1 Resíduos ricos em nitrogênio e os ricos em carbono 
 
Verdes (Ricos em Nitrogênio) Marrons (Ricos em 
Carbono) 
Folhas verdes Serragem de madeira 
Restos de frutas e verduras 
Grama 
Papelão 
Folhas secas 
Plantas novas e as partes novas das 
plantas 
Papel de jornal 
Resto de comida Restos de poda 
Borra de café, chá 
 
Fonte: elaborado pelo autor,2019. 
Como podemos observar, os alimentos ricos em nitrogênio são 
classificados como “verdes” e os alimentos ricos em carbonos classificamos como 
“marrons”. Para obter melhor resultado no nosso composto, adicionamos serragem 
de madeira natural para equilibrar a umidade e aumentar o teor de carbono no 
composto. Pois a maior parte dos resíduos utilizados são enquadrados como verde 
37 
 
 
ricos em nitrogênio. Segue abaixo uma tabela com os principais resíduos usados na 
compostagem: 
Tabela 3 Restos de alimentos reaproveitados nas composteiras. 
Restos de alimentos reaproveitados nas composteiras 
Espécies Local de coleta 
Melancia Feira 
Palha de milho verde Feira 
Palha de feijão verde Feira 
Uva Feira 
Mandioca Feira 
Abóbora Cozinha da escola. 
Casca de banana Cozinha da escola 
Coentro e cebolinha Cozinha da escola/Residências de alunos 
Maxixe Feira/Residências de alunos 
Tomate 
Cozinha da escola/Feira/Residências de 
alunos 
Repolho 
Cozinha da escola/Feira/Residências de 
alunos 
Batata 
Cozinha da escola/Feira/Residências de 
alunos 
Alface 
Cozinha da escola/Feira/Residências de 
alunos 
Elaborado pelo autor,2019 
 
A análise demonstrou que alguns macronutrientes no composto orgânico 
apresentou baixos teores como o de Nitrogênio, Fósforo e potássio. As 
percentagens de N-P-K no composto orgânico acabado foram relativamente baixas, 
mas o benefício trazido por elas acontece devido à liberação de nitrogênio e fósforo 
no solo em proporções que, podem ser sintetizadas pelas plantas. 
 Quanto aos micronutrientes destaca-se os altos valores de cobre e ferro 
(70 mg/Kg e 6300 g/Kg respectivamente) que são tóxicos em excesso. Mas como o 
composto foi misturado ao solo na proporção 2kg / m², os altos terrores desses 
elementos não prejudicaram as plantas ao contrário nutriram. O composto 
38 
 
 
apresentou Ph alcalino de 8,24 o que contribui para neutralização do Ph ácido do 
solo. 
A produção da horta implantada não foi tão expressiva, como também 
não teve retornos financeiros, visto que era um espaço pequeno; mas contribuiu 
imensamente com a escola, uma vez que sua produção é toda destinada à merenda 
dos estudantes. Dentre as espécies colhidas, estão a Alface (Lactuca sativa L.), 
Coentro (Coriandrum sativum), Cebolinha (Allium schoenoprasum). 
Além disso conseguimos conquistar através deste projeto a promoção da 
valorização do meio ambiente visando sustentabilidade e economia, e a 
possibilidade do aprendizado sem valor comercial. 
Com a implantação desta horta através do projeto “A compostagem 
aplicada como ferramenta de educação ambiental - Uma experiência prática no 
Centro de Ensino Integral Lourenço Antônio Galletti no município de Açailândia.”, 
trouxe benefícios como o aprendizado pessoal, bem como mostrou benefícios 
sociais dentro dos pilares da sustentabilidade, entendendo que o uso desenfreado 
de hoje é a falta de recursos naturais amanhã. 
A divulgação do projeto, por si só já se configurou como conscientização 
ambiental, em todas escolas que apresentamos o projeto, todos os participantes 
deram muita atenção ao nosso trabalho. Em uma dessas escolas tomaram a 
iniciativa de montar um sistema de compostagem para atender a horta que já existe 
na escola com adubo de qualidade. 
O projeto contou com a elaboração de um folder a “Arte da 
Compostagem” que foi necessária para subsidiar o desenvolvimento do projeto de 
educação ambiental, onde é ensinado para os educandos transformarem o resíduo 
orgânico gerado na cozinha do colégio em húmus através de vermicompostagem, 
isto é, com o uso de minhoca californianas que acelera o processo de decomposição 
dos restos de alimentos. As apresentações assim como o folder traz o assunto de 
forma bastante clara, com uma linguagem simples e didática, facilitando a 
compreensão do educando e favorecendo a melhoria do processo de ensino 
aprendizagem. Embora que de forma ínfima este projeto veio contribuir para diminuir 
o volume de lixo enviado ao lixão da cidade; disseminou de modo didático a 
concepção do pensamento ecológico para crianças, jovens e adultos; e promoveu os 
primeiros passos para iniciar o Projeto de Compostagem Doméstica. 
39 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esse projeto com composteiras doméstica mostra que é possível 
contribuir com Meio Ambiente, dando uma destinação correta aos resíduos 
orgânicos domésticos, o que visa diminuir consideravelmente o volume de lixo 
enviado aos Aterros Sanitários e/ou lixões. Utilizando uma simples técnica pensada 
para pequenos espaços, como por exemplo em apartamentos e ao mesmo tempo 
que se faz o manejo correto dos resíduos orgânicos produz-se adubo de qualidade 
para o plantio de hortaliças que a ser consumida gera restos que volta novamente 
para a composteira fechando infinitamente o ciclo dos resíduos orgânicos. 
Pesquisa como essa, veio para incentivar a formulação e implementação 
de práticas voltadas a gestão ambiental na comunidade escolar; bem como 
disseminar de modo didático a concepção do pensamento ecológico para crianças, 
jovens e adultos. Além de promover hábitos alimentares mais saudáveis e 
impulsionar o descarte adequado de outros resíduos; vem também estimular o 
plantio urbano e resgatar a conexão com a natureza, além de conscientizar sobre 
problemas e soluções no meio ambiente 
Enfim, uma série de outros benefícios foram alcançados com esta 
pesquisa, como por exemplo a inserção do Centro de Ensino Integral Lourenço 
Antônio Galletti no Rol de Instituições do Continente que participam de Editais da 
Fapema e executam pesquisas de grande impacto para a Sociedade; além de 
fortalecer uma linha de pesquisa voltada para a Produção Orgânica de Alimentos; 
bem como fornecer subsídios científicos e práticos para inserir os Estudantes da 
Educação básica em temáticas relacionadas a resíduos sólidos e preservação 
ambiental. 
 
 
 
40 
 
 
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43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE 
 
 
 
44 
 
 
Apêndice 1 Frente do Folder a Arte da Compostagem 
 
Apêndice 2 Verso do Folder a Arte da Compostagem

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