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Pato Vet - Vesícula Urinária

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Patologia Veterinária – Vesícula urinária (18/09/2019)
Nefrite intersticial: é uma doença importante e pode estar associada a outras doenças, como leptospirose (em alguns casos promove aborto) e circovirose suína. Ou seja, o interstício estará recheado células inflamatórias decorrentes de outras doenças.
Microscopia: infiltrado intersticial onde se está branco.
Nefrite granulomatosa: neutrófilos serão as principais células nesta nefrite, além de células gigantes e macrófagos. Pode ser encontrada na PIF – peritonite infecciosa felina – promovida por um coronavírus, o córtex renal terá uma coloração mais esbranquiçado e amarelado e é uma patologia sistêmica. 
Ao efetuar um corte neste rim acometido, provavelmente se ouvirá um ranger, pois, posteriormente a necrose, teremos uma mineralização e calcificação de determinadas partes do órgão.
Diagnóstico final: cultivo e identificação do agente etiológico, o tipo bacteriano. 
Nefrite supurativa embólica: pode ser observada principalmente em casos de porcos, afetando animais jovens. Nada mais é que bactérias presentes no glomérulo renal, podendo elas soltarem êmbolos que chegarão a região cortical, promovendo microabscessos. 
Pode ser promovida pelo Actinobacillus equuli (no caso de equinos, mormente em potros) principalmente, também pelo agente etiológico denominado Erysipelothrix rhusiopathiae, que acomete suínos, e Corynebacterium causadora de pseudotuberculose em pequenos ruminantes.
Microscopia: glomérulos preenchidos por bactérias eosinofílicas nos rins. 
Glomerulite viral: inflamação que acomete aos glomérulos renais, causada por vírus, e sendo uma lesão direta seguida por replicação. Há algumas doenças que levam a esta alteração patológica.
Vírus da hepatite infecciosa canina (adenovírus), arterite equina (arteriviridae), peste suína (flaviridae), doença de New Castle (paramyxovírus) e citomegalovírus em suínos, sendo uma inflamação neonatal. 
Glomerulonefrite imunomediada: é uma doença imunomediada caracterizada pela deposição ou formação local de imunocomplexos nas paredes dos capilares dos glomérulos. 
Etiologia: estes imunocomplexos podem ter diversas origens. No cão, infecciosa – vírus: hepatite infecciosa, E. coli e parasitas Erlichia, Leishmania, Dirofilaria e Babesia –; gatos, infecciosa – FeLV, peritonite infecciosa –, há alguns casos de poliartrites que formam os imunocomplexos que serão depositados nos rins. 
Sinais clínicos: o animal se apresenta letárgico e com ligeiras perdas de peso e massa muscular. À medida que o depósito continua, apresentará edemas, ascite (o que acarretará em aumento de peso) e atrofia muscular. 
Diagnóstico: leva-se em conta os sinais físicos, análise urinária (proteinúria, relação proteína:creatinina), hemograma, bioquímica sanguínea e eletroforese das proteínas do soro sanguíneo.
Existem três tipos de glomerulonefrite imunomediada: proliferativa, membranosa e membranoproliferativa
Proliferativa: 
Membranosa: espessamento lento e gradual da membrana basal dos capilares sanguíneos presentes nos glomérulos renais. Pode levar a uma perda de proteínas, sendo mais comum no sexo masculino.
Causas: autoimunidade contra receptores próprios, infecções por hepatite B e C ou sífilis, medicamentos tais quais anti-inflamatórios não esteroidais e sais de ouro, tumores cancerosos como melanoma e pós-transplante renal ou de medula óssea;
Histologia: espessamento da membrana basal glomerular, com depósito de imunocomplexos nas alças capilares. 
Sinais clínicos: proteinúria, aumento do “colesterol ruim”, problemas de coagulação, perda de anticorpos, pequena perda de glóbulos vermelhos na urina;
Diagnóstico: exame de urina e sangue, taxa de filtração glomerular, exame de anticorpos antinucleares (para indicação de doenças autoimunes), biópsia de rim e ultrassom. 
Membranoproliferativa: é caracterizada por lesões nas membranas basais e mesângios dos glomérulos dos néfrons. Existem algumas causas que levam a esta patologia, sendo elas doenças autoimunes, rejeições a transplantes renais, infecções crônicas – hepatite B e C, endocardite ou malária – e neoplasias [leucemia e linfoma]. 
Sinais clínicos: hematúria, azotemia, proteinúria (urina espumosa por perda de proteína nela), pouca micção, fadiga, entre outros;
Diagnóstico: na microscopia, pode ser avistado hipercelularidade e duplicação da membrana basal glomerular.
Epidemiologia: corresponde a cerca de 6 a 12% dos casos de glomerulonefrite.
Glomeruloesclerose: é uma doença renal caracterizada por cicatrização (esclerose) e endurecimento de um segmento de alguns glomérulos renais. 
Causas: pode ser congênito ou secundário a obesidade, refluxo nefropático, anemia falciforme e nefropatia associada ao HIV;
Sinais clínicos: proteinúria assintomática. Conforme vai aumentando a hipoproteinia, aparecem sinais como edema no rosto e pernas, aumento de peso por retenção de líquido, urina espumosa – proteinúria –, colesterol alto e perda de apetite. 
Diagnóstico: na microscopia, apresenta-se esclerose segmentar ou total dos glomérulos; na imunofluorescência, observaremos depósitos de IgM e C3.
Síndromes clínicas 
Insuficiência renal: precisa ser levada a uma avaliação bioquímica sanguínea, para análises de ureia e creatinina. Se ocorre a elevação destas duas, a tendência é informar que há danos discreto ou acentuado nos rins.
Aguda;
Crônica.
Ambas podem promover azotemia e, posterior e possivelmente, uremia, e dependem da causa para serem classificadas. 
Azotemia: confundida com uremia, e é somente os níveis de ureia e creatinina elevados.
Uremia: os níveis de ureia e creatinina estarão elevados e serão associados a lesões clinicopatológicas. Há outros marcadores, como potássio, que indicam esta patologia, porém a ureia e creatinina são as mais importantes.
A uremia se desenvolve em casos que filtração glomerular é reduzida em 75% ou mais em relação a normalidade; favorecendo a retenção de substâncias tóxicas. 
Lesões pré-renais: existem causas como fluxo renal reduzido, insuficiência cardíaca congestiva – ICC – e obstrução vascular (compressão, neoplasmas, etc.).
Aqui, ocorre a diminuição da perfusão renal, tendo uma baixa taxa de filtração glomerular. E, assim, há mais retenção de substâncias tóxicas que seriam eliminadas pela urina. 
Lesões pós-renais: também ocorre a diminuição da perfusão renal, como obstrução do trato urinário inferior, obstrução neoplásica nos ureteres ou, até mesmo, em casos que estão próximas ao trato urogenital, como no útero, pois pode comprimir estas estruturas, ou em casos de inflamação. 
Compressão ou obstrução do trato urinário inferior.
Associadas às lesões renais
Edema pulmonar: pode ser decorrente de ações de toxinas urêmicas, que causam lesões na parede vascular, ou mesmo por hipoproteinia. Estando mais avermelhado e brilhoso.
Pericardite fibrinosa: no átrio esquerdo do coração, por vezes, pode haver esta pericardite, sendo nada mais que uma degeneração fibrinoide das arteríolas e se estendendo até a aorta. 
Gastrite e estomatite ulcerativa e hemorrágica: no cão observa-se bastante desses acometimentos; no caso da saliva, é decorrente da secreção de amônia por bactérias produtoras de urease, promovendo necrose local. Aumenta-se o nível de ácido clorídrico do estômago, promovendo erosões e úlceras em sua mucosa. O sangue estará aderido onde há essas lesões. 
A amônia promove necrose nos vasos da gengiva e na região ventral da língua, além de um cheiro característico, facilitando o exame físico. 
Anemia hipoplásica: as mucosas podem estar brancas, e isso se deve a fragilidade eritrocitária. Teremos uma menor produção de eritropoietina, a qual estimula a medula óssea a produzir eritrócitos; com a disfunção renal, isto não será possível. 
Alteração do metabolismo cálcio/fósforo
Essas alterações promovem lesões sistêmicas no animal, como mineralização dos tecidos moles (estômago, pulmão, músculo intercostais) devido a reabsorção do cálcio, promovendo osteodistrofia fibrosa – a retirada de cálcio dos ossosé excessiva, um exemplo é a “mandíbula de borracha” [reabsorveu tanto cálcio que ficará frágil].
Hiperplasia da paratireoide: a forma inativa da vitamina D não será ativada nos rins, devido aos danos que foram gerados neste órgão. Com isso, o organismo sofrerá uma hiperfosfatemia, onde o fosfato não será eliminado no rim por causa da fragilidade glomerular, e não ocorre a absorção intestinal do cálcio por conta que a vitamina D ativa não está sendo produzida; assim, o paratormônio será estimulado para a reabsorção do cálcio presente nos ossos.
Muitas vezes, o cálcio torna-se elevado no sangue e se deposita nos lugares errados, como tecidos moles.
Patologias da pelve renal
Pielonefrite: inflamação da pelve renal, normalmente associada a infecção ascendente bacteriana; pode ser também por êmbolos bacterianos. Há uma certa dilatação nesta área.
Aguda; e
Crônica.
Principais agentes causadores do trato urogenital: Streptococcus, Staphylococcus, E. Coli e Proteus.
Cistite e prostatite podem levar a pielonefrite.
Hidronefrose: dilatação da pelve renal, podem ser causas: cálculos no ureter ou uretra, neoplasias também nas outras duas estruturas, inflamação crônica no sistema urogenital, má formação congênita (entretanto, é mais rara) e alterações iatrogênicas – por exemplo, cirurgia de ovário-histerectomia e, na hora de suturar, “grudou-se” ao ureter, obstruindo-o e assim a urina não consegue sair, levando o animal à morte. 
A dilatação da pelve acontece porque estas causas obstruem o caminho da urina e a impede de sair, dilatando a pelve. 
Hidronefrose por obstrução de tumor: quando um tumor começa a crescer bastante e próximo ao ureter e o comprimiu, levando a dilatação da pelve renal.
Necrose de papila renal: pode ser considerada uma alteração de pouco significado clínico e normalmente não leva a óbito. Isso indica que o animal foi tratado com medicamentos recentemente.
Medicamentos que causam esta alteração...
Anti-inflamatórios não esteroidais (fenilbutazona, flunixina meglumina, banamine em equinos, cães e gato com medicamentos para humanos, às vezes até mesmo com a mesma dosagem – aspirina, paracetamol –, etc.)
Parasita: Dioctophyma renale, normalmente a fêmea é maior em relação ao macho. Podem ser encontrados soltos na cavidade abdominal, no ureter, uretra e na pelve renal.
Esse parasita pode destruir completamente o parênquima renal, e estão presentes em sapos, peixes e outros animais silvestres; a transmissão do Dioctophyma se dá ao consumo destes.
Dependendo da infestação, nem a patologia compensatória pode atuar, uma vez que os dois rins podem acabar sendo comprometidos.
É de costume ser um achado de necropsia. 
Cálculos urinários
Recorrente em cães, pequenos ruminantes e touros.
Urolitíase: formação de cálculos no sistema urinário, pelve, ureter, uretra ou vesícula urinária. 
Costumeiramente são formados de deposição de ácidos orgânicos ou inorgânicos e de substâncias, como cistina, xantina, fosfato, carbonato, sílica, urato e bifosfato (este com certa frequência), ao redor de um núcleo orgânico. Este núcleo pode ser composto pelas células em descamação da vesícula urinária.
Serve praticamente para qualquer concreção endógena, seguindo o princípio supracitado.
A coloração, formato e tamanho podem ser variados, tudo dependendo da sua composição química. 
As causas são diversificadas...:
pH da urina, em que o ácido faz com que o cálculo seja de oxalato, já alcalino, estruvita ou carbonato;
Consumo de água. Baixo consumo: precipitação desses materiais e a formação do cálculo;
 Fator nutricional, por isso a ração deve ser bem balanceada. Alimentos com excesso de determinadas substâncias costumam promover os cálculos, sendo exemplo os ricos em fosfato;
Plantas. Exemplos: trevo-vermelho e trevo-branco, pois possuem quantidade maior de oxalato;
Magnésio interfere no metabolismo normal dos gatos, com tendências ao desenvolvimento de cálculos de estruvita. Muitas a estruvita está associada a síndrome urológica felina;
Sexo, habitualmente ocorrendo mais em machos, pois suas uretras são mais alongadas e menores diâmetros;
Locais também interferem, sendo a base do pênis o precípuo em cães, o apêndice vermiforme (“chicotinho” na saída do óstio externo da uretra) tende ao acúmulo de cálculos em ovinos e arco isquiático e flexura sigmoide em bovinos.
*cálculos acarretam, por vezes, em cistites, uretrites e outras inflamações em qualquer lugar que estejam presentes. Podem promover edema e extravasamento de urina ao redor. 
Cistite: inflamação da vesícula urinária, variando de aguda a crônica. Na maioria das vezes, é causada por agentes bacterianos e fúngicos – contudo, menos frequentes. 
Diagnóstico: cultura e cultivo dos agentes.
Classificadas em supurativa ou neutrófila, mononuclear, folicular, asséptica, hemorrágica e enfisematosa (casos de diabetes mellitus).
Cistite mononuclear: inflamações que demandam pela ação de células mononucleares;
Cistite folicular: é crônica e caracterizada por pequenos nódulos mucosos e formação de folículos linfoides na lâmina própria, costumeiramente causada por infecções (bacteriana, fúngica) e tuberculose;
Diagnóstico diferencial: deve ser divergida do tumor vesical (CIS e linfoma).
Cistite enfisematosa: é desenvolvida a partir de bactérias produtoras de gás, que se alimentam de substratos como a glicose, proteínas ou hidratos de carbono do tecido, presente na vesícula urinária, são exemplos a E. Coli, Clostridium spp. e Klebsiella pneumoniae. Um fator de risco é a diabete mellitus descompensada com glicosúria associada;
Caracteriza-se pela presença de vesículas repletas de gás na parede da vesícula urinária e, por vezes, bolhas de gases no lúmen desse órgão. 
O gás formado é composto de nitrogênio, oxigênio e dióxido de carbono. 
Diagnóstico: são mais úteis as radiografias, pois ecografias apresentam imagens confusas devido a presença de gás intraluminal, chegando a ocultar a anatomia da vesícula urinária. 
Intoxicação por Pteridium arachnoideum: presente em diversas regiões do mundo, comumente conhecida por “samambaia”. Promove intoxicação aguda ou crônica, e seu princípio ativo é o ptaquilosídeo – que proporciona a formação de neoplasmas no sistema digestório superior e na vesícula urinária (sendo chamada de hematúria enzoótica, variando entre hemangioma e hemangiossarcoma) e diátese hemorrágica. 
É uma planta viciante, que tende ao emagrecimento do animal e micção com sangue [por vezes até com coágulos]. 
Leucose bovina ou enzoótica: diversos neoplasmas presentes na vesícula urinária, sendo um tumor primário de linfócitos. Possui áreas amareladas e pálidas, focalmente extensas.

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